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• Horizonte O: é um horizonte orgânico e superficial,

formado por resíduos vegetais e animais decompostos ou

em decomposição. Nas condições climáticas brasileiras

raramente o horizonte O é espesso, limitando-se

normalmente a poucos centímetros, se houver. Em

uma floresta podemos observar o horizonte O, também

conhecido por “liteira”, que é a acumulação de folhas,

galhas, frutos e sementes, que ocupam um ou mais

centímetros na superfície do solo. Apenas no alto de

serras o horizonte O é mais espesso, alcançando dezenas

de centímetros, como no alto da Serra do Mar ou da

Serra da Mantiqueira. Apesar de fino, o horizonte O é

importante para o solo, pois impede o impacto da gota

da água na superfície do solo e reduz o escorrimento da

água, com isso contribuindo para reduzir a erosão. Além

disso, o horizonte O também contribui para reduzir a

evaporação da água, mantendo o solo mais úmido. Quando

os agricultores utilizam o “plantio direto” (veja o módulo

Conservação do Solo), eles não queimam nem destroem

o horizonte O, mantendo o mesmo sobre a superfície do

solo e reduzindo a erosão.

• Horizonte A: é um horizonte mineral e superficial

do solo, que apresenta cor mais escura que os demais

horizontes minerais do solo (Figura 2), e maior atividade

biológica. É muito comum os livros didáticos citarem o

horizonte A como sendo orgânico, porém o mesmo tem

pouca matéria orgânica em relação à matéria mineral.

Apesar de haver pouca matéria orgânica no horizonte A,

esta tem grande capacidade de colorir o solo e, por este

motivo, o horizonte A pode ser mais escuro. Devido ao frio,

na região sul do Paraná, por exemplo, o horizonte A é bem

escuro e espesso, mas em outras regiões mais quentes

do Paraná ou do Brasil, a cor do horizonte é A mais clara

e, às vezes, até difícil de diferenciar do horizonte B ou C.

• Horizonte B: é um horizonte mineral e subsuperficial,

ou seja, está abaixo do horizonte O ou A. Em geral as cores

do horizonte B são homogêneas, variando do amarelo,

vermelho, vermelho-amarelado ou marrom (Figura 2).

Em solos mais jovens o horizonte B pode estar ausente

ou ter poucos centímetros de espessura, enquanto em

solos mais velhos (intemperizados) pode alcançar alguns

metros de espessura. Embora tenha matéria orgânica e

atividade biológica, esta ocorre em proporção menor do

que no horizonte A.

• Horizonte C: é um horizonte mineral e subsuperficial,

sendo o mais jovem dos horizontes do solo. É muito

comum o horizonte C ter cores mescladas (misturadas)

(Figura 2), pois há tanto minerais da rocha (minerais

primários) como minerais do solo (minerais secundários)

neste horizonte. Este horizonte pode ser considerado uma

transição entre a rocha (camada R) e o solo propriamente

dito (horizontes A e B). É um material que não apresenta

resistência forte quando escavado com uma pá, e ainda

pode incluir resíduos da rocha intemperizada (alterada).

• Camada R: é o substrato rochoso propriamente dito,

cuja escavação com a pá é muito difícil ou impossível,

e que teve pouca ou nenhuma transformação para virar

solo.

Deve ser ressaltado que nenhum horizonte é obrigatório no

solo. Por exemplo, um solo pode ter sequência de horizontes

O-A-B-C-R, enquanto outro solo pode ter simplesmente

uma sequência A-R ou O-R. Na Figura 3 são apresentados

alguns exemplos de sequências de horizontes em perfis de

solos.

O A A O A

C A B

C C

R R

R

R R

Figura 03: Exemplos de algumas sequências de horizontes em perfis de solos.

saiba mais

Consulte o capítulo 2 do livro “O Solo no Meio

Ambiente” (LIMA e MELO, 2007), disponível no

link: http://www.escola.agrarias.ufpr.br/index_

arquivos/Page905.htm

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

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