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Sentinela Impresso

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Editorial

Por um país mais inclusivo

Estou mais do que nunca influenciado pela convicção de que a igualdade

social é a única base da felicidade humana.” - Nelson Mandela

EDITORIAL

Jornal Sentinela

A falta de acessibilidade

e qualidade de vida para

pessoas com deficiência

é um dos maiores problemas

em Portugal. Embora

estejam a ser tomadas várias

medidas, ainda há um

longo caminho a percorrer.

Infelizmente, em Portugal,

ninguém está preparado para

lidar com algo fora da norma.

São muitos os casos onde a

falta de inclusão está intrínseca

na sociedade. À custa da

ignorância dos cidadãos em

relação a este tema, ter autonomia,

arranjar emprego, ou até

mesmo fazer amigos, pode-se

tornar um desafio. Há medidas

que devem ser tomadas.

Um primeiro passo fundamental

seria uma mudança

no sistema de ensino. A

necessidade de ensinar leis

de física ou estudar os Descobrimentos

não é superior à

de preparar todos os cidadãos,

desde pequenos, a construir

e perpetuar uma sociedade

justa e igualitária. A maioria

dos jovens adultos “perdeu”

tempo numa disciplina chamada

de Cidadania. Na teoria,

prepara os jovens para a

vida e para os desafios sociais

que possam enfrentar. Na

prática, tinham reuniões sobre

o comportamento escolar.

O Estado ajuda as pessoas

com estas dificuldades fornecendo

alguns recursos, como

cadeiras de rodas e outros

instrumentos. No entanto, o

tempo de espera acaba por ser

longo, e as pessoas recebem

estes apoios dois ou três anos

depois. Não basta dar a estas

pessoas os instrumentos que

precisam, se depois não criam,

na cidade, as acessibilidades

necessárias para que possam

ter uma vida normal, ou pelo

menos tentar. Segundo a Convenção

sobre os Direitos das

Pessoas com Deficiência, as

mesmas devem ter acesso a

“condições de igualdade com

os demais, ao ambiente físico,

ao transporte, à informação

e comunicações”. Isto inclui

“as tecnologias e sistemas de

informação e comunicação,

bem como outras instalações

e serviços abertos ou prestados

ao público, tanto nas

áreas urbanas como rurais”.

Não conseguir entrar em

monumentos, escolas, espaços

de lazer, usar elevadores

sem tamanho ou linguagem

próprios (braille ou voz, por

exemplo) e, até mesmo, em

centros de saúde, é uma realidade

demasiado presente

em pleno século XXI.

Acreditamos que ninguém

gostaria de ter a sua liberdade

individual condicionada.

O jornal Sentinela é inclusivo

e esforça-se para dar mais

visibilidade a estes problemas

que precisam de ser alterados

com urgência. Os direitos de

um cidadão não diferenciam

géneros, sexos, classes sociais

e, muito menos, as características

físicas ou cognitivas de

um indivíduo. Temos o dever

de vigiar e alertar. Não

só de vigia pela verdade,

mas de vigia pela igualdade.

Bruna Jardim Carla Silva Maria Andrade

Pedro Pimparel Serafim

Rita Silva

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