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Grande Entrevista
Fotografia: Maria Andrade
E roubaram-lhe isso. E ninguém
tem o direito de roubar
nada a ninguém apenas por
pura inveja. E é isso que me
incomoda muito em Portugal,
é que a maioria dos casos são
construídos por pura inveja.
“
Se me perguntarem
qual é o
maior defeito do
povo português é a
inveja”
Em 2019, 2020 e 2021 foi
distinguida como uma das
25 mulheres mais influentes
em Portugal. É então
alguém bastante conhecido
para a generalidade do público.
O que é que as pessoas
não conhecem sobre si?
Tem alguma característica
que tenta não mostrar ou
que gostava de passar mas
que não é fácil no meio da
esfera pública?
Essa é mais de ser respondida
por vocês que estão a
falar comigo. Eu quando falo
com algumas pessoas que não
me conhecem, tendem a dizer
que ficam surpreendidas com
a minha ligeireza nas palavras
e com o à vontade que
acabo por criar. Isso quererá
dizer, eventualmente, que têm
de mim uma imagem, quem
não me conhece, mais austera,
mais séria, mais formal do
que eu efetivamente sou. Eu
sou uma pessoa muito próxima,
procuro ser o mais afável
que consigo, considero-me
simpática e bom coração, e
talvez isso não seja percecionado
porque o jornalismo nos
obriga a adotar uma posição
bastante mais resguardada, no
que ao emocional diz respeito.
Mas quem melhor do que vocês
hoje para testemunharem
aquilo que eu passo ou não passo…
não sei bem, talvez isso.
Ainda há algum sonho por
concretizar?
O dar a volta ao mundo (risos)...
nunca vou desistir dele.
Eu adorava dar uma volta ao
mundo. Tenho apenas uma
amiga, que estudou comigo
na faculdade, que andou dois
anos a viajar com os filhos
pelo mundo inteiro e eu acho
que, um dia, ainda vou conseguir
concretizar esse sonho.
Consegue definir Sandra
Felgueiras em 3 palavras?
Ui, vocês são muito exigentes
(risos). Em três palavras…
em três palavras. A minha filha
vai dizer “estás sempre a falar
de ti” e eu “pois, fazem-me
perguntas sobre mim e eu tenho
de responder sobre mim”.
(E a filha responde) “Ah, mas
assim pareces muito egocêntrica”.
Como é que eu hei de
contornar esta pergunta sem
parecer egocêntrica, quando
vocês me perguntam como é
que eu me considero. Bem,
como é que eu me considero…
“
Eu considero-
-me boa mãe,
boa jornalista e
bom coração”
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