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Sociedade
“
O jornalismo
de guerra,
ensinou-me, entre
outras coisas, que
eu só posso falar
daquilo que eu
vejo, do que está à
minha frente. É a
única coisa que eu
posso falar e saber
que não estou a enganar
ninguém.”
aceitam o pagamento com
cartões, sendo necessário “levar
imenso dinheiro para lá”.
O papel do jornalismo em
conflitos está muito para além
de simplesmente relatar a
guerra. Os jornalistas têm a
função de ajudar as pessoas a
compreenderem aquilo que se
passa, informar até à exaustão,
acusar abusos e violações
de direitos internacionais.
Rui Caria afirma que aprendeu
muito sobre o jornalismo
enquanto estava no terreno.
As tecnologias e redes sociais
vieram mudar o mundo
e o jornalismo de guerra
também foi afetado. Hoje em
dia, as reportagens e diretos
de guerra fazem-se com um
simples smartphone e isso
permite captar os momentos
de forma natural e espontânea.
“Eu fiz a guerra com
um telemóvel, não levei uma
câmara para a guerra, levei
um iPhone”, sustenta Caria.
Na opinião de Rui, “as
redes sociais são os assassinos
da democracia”, na
medida em que fazem com
que as pessoas apenas reajam
sem terem pensamento
crítico. Acredita que “o jornalismo
está a matar-se a
ele próprio”. São vários os
órgãos de comunicação social
que promovem o jornalismo
do cidadão, fazendo com que
“de repente as notícias são
MTV, são coisas como no
Youtube, são coisas abanadas,
é preciso é mostrar.”.
Em momentos de guerra,
o jornalismo é particularmente
necessário. Desde que se
iniciou a guerra na Ucrânia,
a 24 de Fevereiro, foram vários
os jornalistas portugueses
que pudemos acompanhar
através das transmissões dos
vários canais televisivos. Todos
aqueles que estiveram no
terreno do conflito, têm como
objetivo informar mais e melhor.
Fazer uma reportagem de
guerra é e será sempre difícil.
Fotografias: Rui Caria
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