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Política

Adriano Moreira: 100 anos ao serviço de Portugal

Por: Rita Silva

Fotografia: Global Images

Ministro de Salazar no período da ditadura e Presidente do CDS em democracia, Adriano Moreira deixou

um longo percurso político e académico. Morreu a 23 de outubro de 2022, aos 100 anos de idade.

Foi a 6 de setembro de

1922 que Grijó, Macedo

de Cavaleiros,

em Bragança, recebeu Adriano

José Alves Moreira, filho do

polícia António José Moreira

e de Leopoldina do Céu Alves.

Da aldeia foi para Lisboa,

a cidade grande, onde passou

a sua infância e aprendeu as

primeiras letras, e onde viu

a sua irmã mais nova, Otília,

nascer. Morou em Campolide,

estudou no Liceu Passos

Manuel e, em 1944, em plena

guerra mundial, licenciou-se

em Ciências Histórico-Jurídicas

pela Faculdade de Direito

de Lisboa. Após concluir o

curso, iniciou a sua carreira

profissional na função pública,

como jurista no Arquivo

Geral do Registo Criminal e

Policial, saindo depois para

o departamento jurídico da

General Electric em Portugal.

Enquanto jovem, Adriano

Moreira, sem muito se interessar

ainda pela política, foi

simpatizante da Oposição Democrática,

chegando mesmo

a assinar listas do Movimento

de Unidade Democrática

(MUD). Nessa altura, juntou-se

a Teófilo Carvalho dos

Santos, um opositor ao regime

de Salazar, com quem ajudou

a defender a família do general

Marques Godinho. Esta

defesa custou-lhe uma detenção

na prisão do Aljube, onde

conheceu Mário Soares, e de

onde foi libertado passado

dois meses. Embora defendessem

posições contrárias,

naquele encontro, no meio

de muitos presos políticos,

formou-se uma amizade que

perdurou até ao fim da vida.

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