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Apostila Capelania Atualizada e-book1 (2) (1)

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Diretor Pr. Eliezer Pinto da Silva

Psicanalista Clínico - ONP: 2623220

Associado Individual ABED


CENTRO TEOLÓGICO PLENITUDE - CTP

A CTP apresenta a importância do ministro e membro evangélico ser

reconhecido juridicamente, de acordo com a classificação brasileira de

ocupação do ministério do trabalho e classificação brasileira de ocupação do

ministério do trabalho e emprego. Tem CBO 2631-05.


SUMÁRIO

1 COMO SURGIU A CAPELANIA? ........................................................................... 3

MANUAL DE CAPELANIA ........................................................................................ 4

2 ONDE ATUA UM CAPELÃO? ................................................................................ 6

3 DIREITOS E DEVERES DO CAPELÃO ................................................................. 7

4 DIREITOS DO ASSISTIDO..................................................................................... 7

5 PASTOR ................................................................................................................. 8

6 CAPELÃO .............................................................................................................. 8

7 CAPELANIA HOSPITALAR.................................................................................. 8

PRINCÍPIOS BÁSICOS.......................................................................................................... 9

A ROTINA DA VISITAÇÃO AOS DOENTES ........................................................................ 9

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA .................................................................................. 10

REAÇÃO DA PESSOA EM ESTADO TERMINAL.............................................................. 11

8 CAPELANIA SOCIAL ......................................................................................... 11

9 CAPELANIA CARCERÁRIA OU PRISIONAL ..................................................... 13

OBJETIVOS GERAIS DA CAPELANIA PRISIONAL ......................................................... 13

ATIVIDADES PERMANENTES ........................................................................................... 14

O CAPELÃO PRISIONAL DEVE SE PREOCUPAR COM ................................................. 14

O PODER DA ORAÇÃO NA VISITA DO CAPELÃO .......................................................... 15

RELACIONAMENTO DO CAPELÃO COM OS PRESOS E FUNCIONÁRIOS ................. 15

O PERFIL DO AGENTE PENITENCIÁRIO ......................................................................... 16

O PERFIL DO PRESO BARSILEIRO .................................................................................. 16

VISITAÇÃO PRISIONAL ...................................................................................................... 16

A REBELIÃO ........................................................................................................................ 17

COMO IDENTIFICAR O INÍCIO DE UMA REBELIÃO ........................................................ 18

QUESTIONÁRIO DE CAPELANIA.......................................................................... 19

DECLARAÇÃO ....................................................................................................... 21


1 COMO SURGIU A CAPELANIA?

O que é um Capelão?

Capelania: Vem da palavra capa. Aquele que guarda ou protege. É o exercício

da função extra pastoral que visa à assistência espiritual, enfocando a pessoa do

Senhor Jesus Cristo no contexto do Reino de Deus e não apenas de um grupo

religioso. É levar a fé, a esperança e o amor (I Co 13:13); é aperfeiçoar sua fé com as

obras (Tg 2:22); é ser ovelha de Jesus (Mt 25:35-36); é uma visão Bíblica.

Capelão: É um ministro religioso autorizado a prestar assistência religiosa e a

realizar cultos religiosos em comunidades religiosas, conventos, colégios,

universidades, hospitais, presídios, corporações militares e outras organizações. Ao

longo da história, muitas cortes e famílias nobres tinham o seu capelão. (Wikipédia –

Enciclopédia Livre) na sociedade devem portar-se com descrição, absoluto respeito e

dignidade cristã; devem ter boa conduta, irrepreensíveis perante todos; devem amar

o Brasil e se esforçarem para que todos quantos os cercam, amem a Pátria e

observem as suas Leis. Devem zelar pelo bom nome dos seus colegas, não

permitindo que, em qualquer situação, haja comentários desabonadores a respeito

dos mesmos. Outro sim, devem fazer tudo quanto estiver ao seu alcance para evitar

que, quem quer que seja, use propaganda negativa contra os Capelães cristãos,

através de imprensa escrita, falada e televisada, procurando o benefício dos seus

subalternos.

Como Surgiu (História e Definição): Capelania não é um termo moderno. Surgiu

no século passado e são várias as versões para sua origem. O certo é que devido as

constantes guerras realizadas por países dominadores e sua necessidade constante

de permanência longe de casa entre outros originou esse serviço restrito ao socorro

espiritual e físico, inicialmente aos feridos e posteriormente estendido aos envolvidos

em combate, de forma a manter a chama da fé e do amor em corações endurecidos

pela guerra e o espectro da morte. No entanto, comumente, devido a expressão

conforme dita do amor é atribuído à sua origem nas Forças Armadas do Exército em

1776. Conta-se que na França, um oficial Sgt. Martinho ao encontrar um homem

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abandonado na rua debaixo de chuva e frio, cortou sua Capa e o cobriu num ato

de solidariedade, humanismo, caridade, ajuda e amor ao próximo. Ao morrer,

esta capa foi levada como uma relíquia para a Igreja para ser venerada. Esta igreja

recebeu o nome de "Igreja da Capa". Daí as derivações Capela, Capelão e Capelania.

Capelão é um "eclesiástico" que conduz atos religiosos em conexão a uma Igreja,

Associação Religiosa, Capela ou Ministério Religioso.

MANUAL DE CAPELANIA

“Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles, dos que sofrem mal

tratos, como se, com efeito, vós mesmos em pessoa fosseis maltratados”. Hb 13:3.

São três as perguntas básicas para iniciar o curso de Capelania.

1. Porque estou aqui?

2. Pretendo ser Capelão Voluntário?

3. Tenho “amor” pelos necessitados?

A Bíblia Sagrada nos dá diversos motivos para tal.

a. Ter chamado para ministrar. Ef 4:11

b. Compaixão pelas almas. Jo 3:16 e Mt 22:37-39

c. Vida santificada. Ex 39:30

d. Vida consagrada. Mt 17:14-21

e. Amor pelos aflitos. Tg 1:27

f. Conhecimento bíblico. II Tm 2:15.

g. Respeitar os regulamentos (Mt 7:12)

h. Simpatia e cortesia ao se relacionar com doentes e detentos. At.2:47

i. Ouvir com atenção. O enfermo precisa ser ouvido. Tg 1:19

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A força que move a obra da Capelania é a compaixão. Jesus sempre teve

compaixão dos necessitados. Jesus Cristo mandou pregar o evangelho a toda

criatura, em todo o mundo. Nenhum lugar pode ficar excluído e nenhuma pessoa deve

ser considerada “não evangelizável”. O maior problema do mundo sobre os

necessitados é a indiferença. A assistência religiosa deve se basear na valorização

da pessoa humana.

Entendemos que a verdadeira assistência espiritual é aquela que põe a pessoa

em harmonia com Deus e consigo mesmo para que possa facilitar a cura dos seus

problemas físicos e mentais. O capelão terá que depender de Deus, da sua vida

espiritual e do seu bom senso na hora de encarar cada caso de assistência espiritual.

Aconselhar é um processo em que conduzimos pessoas à maturidade. "A

transformação que vem pela renovação de nossa mente", (Rm. 12.2) pode atuar sobre

o comportamento dos seres humanos produzindo sentimentos construtivos,

significado e segurança para sua existência.

No nosso dia a dia precisamos fazer escolhas, tomar decisões. Precisamos

saber discernir não somente o bem, mas também o mal. Por isso é necessário o

capelão compreender que ele é uma agente que leva a consolação por que ele já foi

consolado.

Àqueles que apenas deseja falar, conversar, dê ouvidos;

Àqueles que queiram injeções de otimismo cristão, dê esperança;

Àqueles que tenham sentimento de culpa, rejeição, dê aceitação;

Àqueles que precisam ser confrontados, dê a verdade e amor;

O ministro de Deus deve ouvir corretamente.

Assim, precisa ouvir o que está por trás das palavras. Palavras ditas, palavras

não ditas, e palavras em suspenso. Talvez os lábios digam algo, mas a expressão

facial, as mãos, a expressão corporal digam outra. O capelão precisa “ouvir”

corretamente os sentimentos de quem está à sua frente. O capelão é ungido para

tocar vidas. Estamos nos referindo à influência. Você vai tocar muitas vidas e deve

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fazê-lo com muito cuidado e sabedoria. Use suas mãos para abençoar crianças,

jovens, adultos, idosos, e faça isso com amor.

Você vai lidar com almas enfermas. São doenças do comportamento, mazelas

do espírito, enfermidades psicossomáticas, e espirituais que condicionam as pessoas

a viver marginalizadas na sociedade, você vai tocar vidas em diferentes níveis de

cuidado: o nível da amizade, do conforto, da confissão, do ensino, do

aconselhamento, da psicoterapia, da deficiência física, da depressão, das

enfermidades crônicas. Todos esses estão no nível do conforto.

Voluntário é a pessoa que, motivada por valores de participação e

solidariedade, doa seu tempo, trabalho e talento, de maneira espontânea e não

remunerada, para uma causa de interesse social e comunitário. Segundo a definição

das Nações Unidas, “o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse

pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração

alguma. Qualquer pessoa pode ser voluntária, independente do sexo, grau de

escolaridade ou idade, o importante é ter boa vontade e responsabilidade.

Voluntários são extremamente importantes não somente pelos seus

conhecimentos, mas simplesmente pelo fato de que existem, estão disponíveis

quando for preciso.

Capelania é o ministério espiritual de serviço a Jesus que cuida daqueles que,

por razões distintas, foram retirados do convívio de suas famílias e estão fora da

normalidade do convívio da sociedade. Estão nessa situação os hospitalizados,

encarcerados, pessoas recolhidas em asilos e orfanatos, pessoas jogadas nas ruas.

Também os militares das forças armadas, policiais, médicos e enfermeiras

plantonistas, e outros que, por força do seu serviço, ficam fora da convivência e

comunhão das suas famílias e estão sob constante pressão psicológica e stress.

2 ONDE ATUA UM CAPELÃO?

Hospitais, Prisões, Escolas, Asilos, Orfanatos, Universidades, Quartéis

Militares, Funerais, Acidentes, Catástrofes, Inundações. Independente de onde

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estiver, o Capelão deve estar em prontidão para ajudar aos necessitados em qualquer

circunstância.

3 DIREITOS E DEVERES DO CAPELÃO

Direitos do Capelão:

o Ter acesso garantido àqueles que assim o solicitam;

o Ser respeitado no exercício de sua função;

o Não ser discriminado por raça, cor, idade ou religião que professa.

Deveres do Capelão:

o Acatar as determinações legais e normas internas de cada instituição

hospitalar ou penal, a fim de não pôr em risco as condições do paciente

ou a segurança do ambiente hospitalar, prisional ou outro no qual

desempenhe suas atividades;

o Respeitar a regras de higiene e preparação do ambiente hospitalar,

prisional ou outro no qual desempenhe suas atividades;

o Exercer a Capelania sem discriminação de raça, sexo, cor, idade ou

religião, tendo em mente sua missão de confortar e consolar o aflito, seja

ele quem for.

4 DIREITOS DO ASSISTIDO

Constituição Federal, artigo 5o, item X: São

invioláveis a intimidade, a vida privada, a

honra e a imagem das pessoas.

O assistido tem direito a:

Ser respeitado no momento de sua dor;

Ser tratado com a verdade, sem ferir os princípios de preservação de sua

integridade física e moral;

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Ter sua religião e crença respeitadas;

Ter resguardada sua individualidade e liberdade de pensamento.

5 PASTOR

Cuida de um rebanho, um grupo que se reúne costumeiramente em um lugar

(templo), composto de pessoas de diversos níveis sociais, portadoras de uma

experiência comum (a conversão) e que ali se congregam para adoração e instrução

espiritual. Tem como objetivo fazer o rebanho crescer naquele contexto, dentro de

princípios doutrinários. Administra a igreja; alimenta o rebanho com a pregação da

Palavra de Deus; defende o rebanho de doutrinas erradas; cura as feridas; aconselha.

Atende problemas graves apenas eventualmente. Preocupa-se em trazer sermões

dentro de certos objetivos gerais.

6 CAPELÃO

Não tem um rebanho seu. Algumas das pessoas alvo do atendimento do

capelão podem até pertencer a uma igreja, mas nas circunstâncias em que estão

precisam de atendimento eventual e especial. Lida com pessoas individualmente,

cada uma com problemas próprios, principalmente na área espiritual; não trabalha em

ensinos sistematizados numa direção doutrinária, seu trabalho não tem natureza

formativa, ao contrário, a ética recomenda não tocar em assuntos doutrinários; lida

diariamente com a dor; administra a Palavra de Deus a problemas individuais.

7 CAPELANIA HOSPITALAR

A tarefa de visitar enfermos, tanto em hospitais, como em domicílios, parece

fácil, mas não é. Quem já passou por alguma experiência de enfermidade, em que

teve que ficar acamado por alguns dias, pode se lembrar daquelas pessoas que

vinham para a beira do seu leito, com longas histórias, algumas dessas histórias sobre

doenças, o que agravava ainda mais o seu estado de saúde. Com certeza, uma visita

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a enfermo deve minorar o sofrimento, consolar o espírito e ajudar o estado geral da

pessoa, e não piorar sua situação.

PRINCÍPIOS BÁSICOS:

O visitador deve estar limpo, com roupas simples, mas sem exageros;

Ao entrar para visitar alguém, lave corretamente as mãos. Isto evita o risco de

contaminação;

Postura otimista: o visitador não pode aparecer diante do paciente com uma

fisionomia de preocupação e pessimismo. Deve manter uma fisionomia alegre,

simpática e comunicativa, sem exageros;

Olhar discreto: a expressão facial do visitador quando põe-se diante de uma

enfermidade pode ajudar ou atrapalhar;

Equilíbrio emocional: autocontrole;

Capacidade de relacionamento afável com qualquer pessoa;

Capacidade de conviver com opiniões religiosas contrárias à sua;

Convívio com a Palavra de Deus e vida espiritual abundante e vida de oração.

Essa convivência com Deus, que vai comunicar vida aos pacientes.

A ROTINA DA VISITAÇÃO AOS DOENTES

Visitar pessoas individualmente, de preferência fora do horário de visitas;

Se você conhece a pessoa, identifique-se brevemente;

Evite tocar em remédios, tubos e instrumentos médicos que estejam sendo

utilizados, nem tente consertar posições do paciente. Se for preciso, chame a

enfermagem;

Não leve alimento e não toque em vários enfermos sem lavar as mãos;

Não opine sobre exames, mesmo que tenha conhecimento técnico sobre para

isso;

Não tente explicar a situação da enfermidade nem pergunte sobre o custo do

tratamento;

Se o paciente estiver lúcido, ouça-o com paciência e com interesse;

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Se chegar algum médico, dê-lhe preferência. Se precisar, retire-se por um

momento;

Não demore muito na visita;

Aguarde o momento de entrar com os recursos da Palavra de Deus;

Procure consolar e criar no paciente otimismo e confiança em Deus;

Na hora da oração, fale de fé e da vontade de Deus na nossa vida. Não prometa

cura. Diga que Deus pode curar. Isso faz a diferença;

Ao sair, lave bem as mãos.

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

A UTI nasceu da necessidade de oferecer suporte avançado de vida a

pacientes com doenças graves que porventura possuam chances de sobreviver,

destina-se a internação de pacientes com instabilidade clínica e com potencial de

gravidade. É um ambiente de alta complexidade, reservado e único nos hospitais, já

que se propõe a estabelecer monitoração completa e vigilância 24 horas. O capelão

sempre pode ter acesso à unidade de terapia intensiva de um hospital, pois todos

sabem que ele conhece as regras. Em alguns hospitais, você terá que vestir uma

roupa especial, além de ter, também de lavar as mãos corretamente na entrada e na

saída.

Um assistente social, médico ou enfermeira, só em ver a pessoa lavar as mãos,

sabe se ela é preparada ou não para a visitação. O tempo de visita normalmente é

limitado, sendo esse tempo de acordo com cada unidade. Se a pessoa estiver em

coma, observe o seguinte: fale baixo perto dela e não comente sobre seu estado

clínico, e nada que possa desagradá-la. Em alguns casos, a pessoa sai do coma e se

lembra de tudo que foi falado à sua volta. A pessoa em coma, está comprovado,

recebe a mensagem. Por isso não receie de falar, tomando apenas o cuidado de fazêlo

tranquilamente e com voz mansa. Recite versículos bíblicos fáceis. Fale que Jesus

o ama e perdoa todos os seus pecados. Encoraje-o a confiar em Jesus como seu

Salvador e Senhor. Ore, pedindo a Deus por ele, da melhor maneira que sentir no

momento. Agradeça a Deus pela vida dele.

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REAÇÃO DA PESSOA EM ESTADO TERMINAL

Negação: é a primeira reação. Ele nega que está doente. É nesse momento

que a família é desafiada a investigar mais e ter paciência.

Revolta: depois de convencer-se de que é verdade, a pessoa passa a

perguntar: “Por que eu?” “Por que Deus deixou isso acontecer comigo?”

Barganha: depois de descarregar sua revolta, ela começa a imaginar se pelo

menos pudesse fazer isto ou aquilo antes de partir e aí, tenta negociar.

Depressão: o paciente se desinteressa por tudo e praticamente se entrega à

situação, fica desanimado.

No caso da visitação a enfermos, principalmente hospitalizados, a oração, em

vez de ajudar, pode atrapalhar, se não atentarmos para certos detalhes como:

Uma só pessoa – Não é aconselhável uma reunião de oração. Apenas uma

pessoa deve orar. Um período longo de muitas orações, cada uma de um jeito

e em tons diferentes de voz, pode criar problemas emocionais no enfermo.

Voz suave – Não se deve fazer aquela oração gritada, com exaltação de voz.

Oração é conversa com Deus. Portanto, o que vai fazer efeito é a fé e não o

efeito psicológico de palavras fortes.

Sem encenações – Não faça encenações, não provoque expectativas, não

dramatize sua oração. Faça tudo naturalmente. Qualquer alteração nas

emoções do paciente pode ser prejudicial.

Pedido - Ponha a pessoa nas mãos de Deus e peça-lhe que realize a sua

vontade na vida do enfermo. Não insinue na oração que Deus tem que curar.

O enfermo quer orar – Se estiver lúcido, deixe-o orar também, mas sob

vigilância. Se ele se emocionar e chorar, continue a oração você mesmo e

encerre-a imediatamente.

8 CAPELANIA SOCIAL

A Capelania social é voltada para a condição socioeconômica da população.

Hoje, como ontem, ela se preocupa com as questões relacionadas à saúde, à

habilidade, ao trabalho, à educação, e, enfim, às condições reais da existência e

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qualidade de vida. Ela tem de criar pés. Se o povo não vem à igreja, a igreja tem que

ir até ele. Só assim podemos romper nossos círculos fechados e alargar o raio de

nossa atuação. Precisamos marcar presença nos lugares mais distantes e insólitos,

mais frios e sórdidos. Além disso, é preciso abrir espaço nas dependências da igreja

para favorecer suas organizações e movimentos, de forma a sentirem que Deus os

criou para a vida digna e humana e tornar-se voz dos que não tem voz, para que

possam enfrentar aquilo que os oprime.

“A ação social deve estar associada à apresentação do Evangelho,

como meio para mostrar às pessoas o cuidado e o amor de Deus, ao

conhecer e suprir-lhe as necessidades materiais através de Seu povo”

A Capelania social é a solicitude de toda a igreja para com as questões sociais.

Trata-se de uma sensibilidade que deve estar presente em cada igreja e em cada

dimensão, setor e pastoral. A Capelania social tem como finalidade concretizar, em

ações sociais e especificas, a solicitude da igreja diante de situações reais de

marginalização.

Deus não faz acepção de pessoas, e nas páginas da Bíblia encontramos

pessoas, que Deus destacou. No Antigo Testamento sobressai-se ‘Vê, ouve e sente’

o clamor dos oprimidos escravizados no Egito (Ex 3:7-10). Os profetas não se cansam

de chamar a atenção sobre o direito e a justiça para com os pobres. Nos Evangelhos,

novos rostos desfilam diante de nós. Jesus enumerou listas em que descreve aqueles

que se encontram mais pertos do caminho do Pai. Em Mt 25:31, as bem-aventuranças;

em Mt 5:1-12, o programa de Jesus; e o episódio do bom samaritano, em Lc 10:25-

35. Os Atos dos Apóstolos, as Cartas de Paulo e o Apocalipse revelam igualmente a

atenção das primeiras comunidades para com os pobres. Desde cedo, os cristãos se

organizam para suprir as necessidades básicas de seus irmãos.

Essa palavra define o trabalho da Capelania Social. Ter compaixão é ter

empatia, sentir o que sente o marginalizado que muitas vezes lhe foi negado

oportunidades pelo Estado, religião, e empresariado, de viver uma vida de dignidade,

de auto sustentabilidade pessoal e familiar, tornando-se marginalizado e

estigmatizado pela sociedade. A Capelania Social pode e deve ser exercida com todas

as ferramentas que temos – escolaridade, templos, carros, experiências, posição

social, evangelho – para levar aos marginalizados ajuda. Como o Samaritano da

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parábola de Jesus, o capelão que serve na área social não passa de largo dos

necessitados. Ao contrário, ele para, desce do seu cavalo, toca, passa óleo nas

feridas, carrega até a estalagem, paga as contas e deixa uma reserva para sustentálo

naquele período difícil.

O resgate da cidadania, devolvendo a educação, organizando cursos

profissionalizantes, dando trabalho, respeito, amor. Organizando-se no Terceiro Setor

(ONGs) para se habilitar a receber recursos dos governos Federal, Estadual e

Municipal para gerar políticas públicas de resgate do ser humano. Começar com

ações paternalistas (cestas básica, roupa, pagar contas, levar a hospitais, dar comida)

e continuar com ações que levam o necessitado social a resgatar sua dignidade se

auto sustentando (evangelizando, profissionalizando, alfabetizando, civilizando).

9 CAPELANIA CARCERÁRIA OU PRISIONAL

“Estive preso, e fostes ver-me...” Mt 25:36. A palavra cárcere vem do latim e

significa prisão, subterrâneo, lugar úmido, sombrio, onde os presos ficavam com os

pés atados a corrente. Carceragem é o local destinado à administração do cárcere.

Além de ser responsável pela ordem e a disciplina do estabelecimento carcerário, diz

respeito aquele que está recolhido ao cárcere. Os apóstolos Paulo e Pedro estiveram

várias vezes em cárceres, estabelecimentos próprios da época. Paulo escreveu muito

das suas notáveis cartas quando estava encarcerado, inclusive em companhia de

Silas (Atos 16:23,24-26).

OBJETIVOS GERAIS DA CAPELANIA PRISIONAL:

Acompanhar os presos em todas as circunstâncias e atender suas

necessidades espirituais, dando assistência espiritual também a familiares;

Verificar as condições de vida e sobrevivência dos presos e ajudar melhorar

junto a setores responsáveis;

Priorizar a defesa intransigente da vida, bem como a integridade física e moral

dos presos;

Intermediar relações entre presos e familiares;

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Educar os presos no Evangelho de Jesus Cristo, levando a salvação até eles;

Acompanhar seu processo de discipulado dentro do Evangelho de Cristo.

ATIVIDADES PERMANENTES:

Visitas aos presos, especialmente quando doentes, nas enfermarias ou nas

celas de castigo ou de “seguro”;

Participar de dias festivos, celebrações e encontros, para reflexão (dias cívicos,

círculos bíblicos, orações, etc.);

Sensibilizar as comunidades sobre os problemas dos presos e mostrar o valor

da Capelania Carcerária;

Fazer parcerias e relacionamento de trabalho com os poderes públicos e com

o Ministério Público, Ordem dos Advogados, Conselhos dos Direitos Humanos;

A persistência na crença da recuperação do condenado é fator essencial para

o sucesso do trabalho da Capelania. O capelão precisa estar consciente da sua difícil

missão. O homem nasceu para ser feliz e a circunstância que o leva a delinquir não

extingue esse anseio natural do ser humano.

O CAPELÃO PRISIONAL DEVE SE PREOCUPAR COM:

A saúde do preso, pois o condenado é, na maioria das vezes, um doente;

A educação religiosa do preso para convívio social, incluindo civilidade, bons

costumes e o encaminhamento a Jesus, a profissionalização e a instrução, por

serem requisitos intrínsecos do ser humano;

A instrução reduz o índice de porcentagem de analfabetos e semi-analfabetos

que povoam os presídios. Se possível, deve-se incluir o curso de evangelização

para aprimorar a cultura do condenado;

Se não temos em nossa constituição a prisão perpétua e a pena de morte, o

preso será reintegrado à sociedade. Então, precisamos recuperá-lo;

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O Evangelho de Cristo ao condenado e sua importância na vida do ser humano.

É preciso levá-los a ter experiência com Deus e aprender a amar e ser amado. Existem

métodos de recuperação eficientes sem que se cuide dessa metas indispensáveis em

qualquer trabalho evangélico dentro de uma penitenciária que vise preparar o

condenado para o regresso ao convívio da sociedade.

O PODER DA ORAÇÃO NA VISITA DO CAPELÃO

O capelão é um agente de Deus, portanto, ele deverá manter-se sempre em

oração, pois dentro de um presídio encontram-se vários demônios junto aos presos.

Demônio da mentira, da prostituição, de homicídio, de roubo, de estupro, das brigas e

da morte. Portanto, o capelão deverá manter-se em oração e consagração total. O

poder da oração é muito grande e importante para a evangelização. É através da

oração que os demônios são expulsos e os presos são libertados. É neste momento

que começa a atuar o Espírito Santo nos corações dos presos, fazendo com que se

arrependem e aceitem a Jesus como seu único e suficiente Salvador.

RELACIONAMENTO DO CAPELÃO COM OS PRESOS E FUNCIONÁRIOS

O capelão prisional sempre deve manter sua ética e postura cristã com presos

e funcionários do presídio. O capelão não deve ter exageros nem normas e rotinas

com os presos, mas sim, submeter-se as normas do presídio e, principalmente, ter

flexibilidade quando for ministrar cultos aos detentos. O capelão deve estar sempre

em harmonia com agentes penitenciários, diretores, detetives e delegados, para que

seu trabalho seja eficiente. Para tanto, ele deve manter sua educação e

comportamento exemplares; saber ouvir e falar na hora certa, pois uma das maiores

bases para manter esses relacionamentos sólidos, frequentes, é agir com moderação

e caráter formado.

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O PERFIL DO AGENTE PENITENCIÁRIO

O Agente Penitenciário realiza um importante serviço público de alto risco, por

resguardar a sociedade civil contribuindo através do tratamento penal, da vigilância e

custódia da pessoa presa no sistema prisional durante a execução da pena de prisão,

ou de medida de segurança, conforme determinadas pelos instrumentos legais. Desta

sorte, existe a necessidade de que os agentes penitenciários apresentem um perfil

adequado para o efetivo exercício da função, requer, pois um engajamento e um

compromisso para com a instituição a que pertençam. Conforme determinadas pelos

instrumentos legais. Devem ter atitudes estratégicas e criteriosas, para corroborar

com mudanças no trato do homem preso, e realizá-las em um espírito de legalidade

e ética. Ter a humildade de reconhecer a incapacidade a respeito dos meios capazes

de transformar criminosos em não criminosos, visto que determinados condicionantes

tendem a impedir essa ação.

O PERFIL DO PRESO BARSILEIRO

A maioria absoluta é formada por pessoas pobres, de classe baixa. 70% não

completaram o ensino fundamental; 10,5% são analfabetos; 18% desenvolvem

alguma atividade educativa 72% vivem em total ociosidade. É preciso melhorar o

modelo das nossas penitenciárias; 55% são pessoas de 18 a 29 anos. Mais da metade

dos nossos jovens estão na prisão.

Quase a metade dos presos é preso por roubo (121.611). A segunda maior

razão das prisões é o tráfico de entorpecentes (59.447), seguidos de furtos (56.933)

e homicídios (46.363).

VISITAÇÃO PRISIONAL

Na prática deveremos observar algumas formas de linguagem que facilitarão a

assistência ao preso devido à sua condição de estado psicológico.

Não pergunte a um prisioneiro, na frente dos outros internos, sua razão de estar

na cadeia;

16


Evite fazer muitas perguntas pessoais;

Dê seu testemunho cristão (convicção);

Demonstre interesse genuíno no prisioneiro e em seu bem-estar;

Saiba que muitos prisioneiros podem se sentir esquecidos ou abandonados

devido à falta de visitantes;

Há uma tendência entre eles de não aceitar a responsabilidade de seus atos e

de culparem os outros pela situação;

Não deixe que a “religião” domine sua visita;

Não dê seu endereço ou telefone a prisioneiro;

Demonstre que você está interessado nele como gente (pessoa), e não pelo

motivo de sua internação;

Aprenda os regulamentos da instituição e obedeça rigorosamente sem

questionar.

É recomendável visitar prisões em grupo;

É importante que a visita seja: homem para homem e mulher para mulher;

Ao aconselhar, seja cuidadoso, prudente e equilibrado;

Esteja atento aos sinais de perigo indicados pelos agentes penitenciários ou os

próprios sentenciados;

Quando abordar um prisioneiro não seja insistente;

Esteja sensível ao problema de cada interno;

Procure usar linguagem clara, com segurança;

Evite ao máximo, fazer alguma promessa.

A REBELIÃO

Quando em caso de rebeliões, manter a calma, geralmente o início do motim é

o momento mais estressante, trata-se da maneira do rebelado se comunicar,

expressar seu sentimento de raiva e revolta com o sistema prisional. Neste instante

ele irá fazer de tudo para chamar a atenção das autoridades competentes e da mídia.

17


COMO IDENTIFICAR O INÍCIO DE UMA REBELIÃO

São essas as características do presidiário no início de uma rebelião:

Mau ouvinte;

Não olha para quem está falando;

Não dá qualquer pista com os olhos e o corpo de que está prestando atenção;

Interrompe o que o outro está dizendo;

Fala que já entendeu;

É indiferente aos sentimentos do outro;

Faz comentários negativos sobre o que está sendo contado;

Critica e acusa.

18


QUESTIONÁRIO DE CAPELANIA

NOME COMPLETO:

VALOR: 10 DATA: / / NOTA

1. Qual é a força que move a Capelania?

2. Qual é a verdadeira assistência espiritual?

3. O que é aconselhar?

4. O que e ser voluntario?

5. O que é Capelania?

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6. Onde atua um capelão?

7. Quais são os deveres de um capelão?

8. Quais são os direitos de um capelão?

9. Quais são os direitos de um assistido?

10. Qual e a lei federal da Capelania?

Envie esta prova para o e-mail: eliezersilvarp@gmail.com

!

Ou entregue ao coordenador responsável e receba em casa seu certificado e

credencial de Capelão Evangélico.

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DECLARAÇÃO

Eu ,

portador(a) do CPF sob o nº . . - , residente e domiciliado(a) no

seguinte endereço:

Declaro estar ciente que este curso tem caráter religioso, e estou de acordo em

receber o certificado de capelão eclesiástico. Curso livre de qualificação de

autoridades eclesiástica para atividades religiosas.

Quero receber meu certificado e a credencial de Capelão Evangélico.

,

Local:

Data: de de 20 .

Assinatura do declarante

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CAPELANIA ESCOLAR ,UMA OBRA DE AMOR

]

CENTRO TEOLOGICO PLENITUDE

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CAPELANIA ESCOLAR

Oque é Capelania Escolar?

A escola é o maior campo missionário dos nossos dias. Ao nos

aproximarmos das escolas, conhecemos uma realidade

desafiadora. Professores, diretores, alunos e pais estão

exauridos em busca de soluções para seus conflitos e

percalços. Esta realidade pode ser vista como uma grande

porta aberta para que a igreja brasileira seja relevante em seu

tempo, e a Capelania Escolar é o ministério que oferece

“pastoreio” , consolo e um ombro confiável para que a pessoa

sofrida possa compartilhar sua DOR. Como posso me envolver

no ministério de Capelania Escolar? Deus nos deu um dom

especial (I CO 7.7) que deve ser usado para transformar a vida

e a realidade das pessoas. Você pode colocar seu dom a

disposição de Deus para servir como voluntário em uma escola.

É muito importante que você participe de um treinamento

para saber os desafios e oportunidades das escolas em nossos

dias. Sou funcionário de uma empresa e não tenho todo o dia

livre, mesmo assim posso ser um capelão? É verdade que

Capelania e tempo de qualidade andam juntos, entretanto,

você pode atuar nesse ministério de várias formas: a) Você

pode dedicar um turno por semana em uma escola. Neste caso,

é importante definir com a direção os dias e horários em que

ela poderá contar com sua presença. Essa atuação, ainda que

pequena, trará grandes resultados. b) Você pode ser um

mediador na escola. Esta função permitirá que membros das

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igrejas de sua cidade estejam atuando em caráter voluntário

dentro de suas especialidades. Por exemplo: Um médico (a)

poderá ministrar uma palestra por mês com temas que

venham a interessar aos pais, professores, alunos e

funcionários da escola. Um policial da igreja poderá ministrar

palestras dentro da escola falando dos riscos das drogas e suas

consequências. Outros dons poderão ser aplicados dentro

dessa mesma dinâmica. É bom lembrar que todas essas

ferramentas virão acompanhadas de uma aplicação espiritual.

Tenho todo o tempo livre e gostaria de ser capelão em uma

escola, mas como terei o meu sustento? Hoje temos pelo

menos três possibilidades de fazer Capelania. Podemos atuar

em escolas: particulares, confessionais e públicas. Nas duas

primeiras possibilidades o capelão é, geralmente, um

funcionário remunerado pela própria instituição. Já os

capelães que atuarem em escolas públicas devem ter seu

próprio sustento que poderá vir: a) Da sua aposentadoria. b)

Da sua família que lhe enviará como missionário. c) De uma

igreja que fará parte do projeto “Adote uma Escola”. d) De uma

junta missionária. e) Ou de outras fontes que lhe permita o

sustento mínimo. Vencida essa fase, o Capelão que atuar

dentro de uma escola pública se tornará em muito pouco

tempo uma pessoa bastante respeitada. Seu ministério

influenciará toda comunidade escolar e seus familiares. Não

temos dúvidas de que a Capelania Escolar é uma poderosa

ferramenta para a evangelização dos nossos dias.

Concomitantemente com a evangelização, também

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observamos de forma prática que a Capelania tornou-se uma

grande estratégia para a transformação do ser humano em seu

múltiplo perfil, a saber: Bio Psíquico - Social. Metas: É de

conhecimento que as escolas são vítimas de violência tanto

física e moral, e que essa violência muitas vezes são praticada

por ex-alunos da própria escola que uma vez sentiram-se

discriminados e rejeitados perante a sociedade e até mesmo

no seio da família. A capelania tem por objetivo levar uma

palavra de amor e compreensão, palavra esta dirigida não

somente aos alunos, mas também aos familiares e educadores.

O objetivo principal da capelania escolar é: aproveitar este

espaço concedido para evangelizar a todos, dentro do

perímetro escolar. É assim que a Capelania estará cumprindo

suas metas e objetivos cumprindo o IDE de Nosso Senhor,

JESUS CRISTO; (Mc: 16:15.) A Bíblia diz: ensina a criança no

caminho onde deve andar (Pv. 22.6).

OBS

Fale o que achou desta capelania.

Sua fala , vai servir de nota para seu histórico.

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