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duas variáveis poderemos calcular a relação VEMS/CVF, que traduz a

percentagem de ar exalada no primeiro segundo da capacidade vital

forçada. Este parâmetro (VEMS/CVF) possibilita conhecer com detalhe,

o grau e o tipo de distúrbio respiratório obstrutivo e pode ser indicador

de uma possível alteração ventilatória restritiva ou mista, medindo

com fidelidade os componentes do sistema (Quanjer et al., 2012). Já a

percentagem de VEMS (classificação GOLD que estratifica o padrão de

gravidade da DPOC) é preditor da severidade da obstrução (Pellegrino,

2005). Além destes parâmetros a espirometria fornece também o pico

expiratório máximo, os débitos expiratórios forçados a 25%, 50%, 75% e 25-

75% da capacidade vital, entre outros (Hyatt, Scanlon & Nakamura, 2014).

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A espirometria pode exprimir-se através de duas representações

gráficas, sendo uma delas através da curva de débito-volume, que avalia

o débito associado ao volume pulmonar correspondente ou uma curva

de volume-tempo que caracteriza o volume de ar, relacionando-o com o

tempo expiratório (Pellegrino et al., 2005). A principal variável observada

nesta curva é o volume expiratório forçado no primeiro segundo sendo

que a redução do VMES está associada a uma alteração ventilatória

(Quanjer et al., 2012).

A Pletismografia é outra técnica para avaliação da função respiratória

que permite conhecer a quantidade de ar que os pulmões podem conter.

Estuda a relação existente entre a pressão alveolar, o volume pulmonar e

o fluxo aéreo, dando desta forma a conhecer: a resistência da via aérea à

circulação do ar e a capacidade e volumes pulmonares (incluindo os não

mobilizáveis) (Quanjer et al., 2012). Os parâmetros que adquirem maior

importância nesta avaliação são o volume residual, a capacidade pulmonar

total e a resistência da via aérea (Hyatt, Scanlon & Nakamura, 2014).

Por volume residual entende-se a quantidade de ar que permanece

no pulmão após uma expiração máxima. Corresponde a 25 a 35% da

capacidade pulmonar total e é determinado pela capacidade de os

músculos expiratórios criarem uma pressão de compressão suficiente

para se opor às forças de retração expansiva da caixa torácica (Hyatt,

Scanlon & Nakamura, 2014). A capacidade pulmonar total define-se

GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

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