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inspiração normal e elevá-las na inspiração profunda, origina uma

respiração paradoxal torácica superior que se manifesta por retração

inspiratória do tórax superior (Branco et al., 2012).

Igualmente as alterações na morfologia do tórax condicionam a

ventilação e consequentemente as trocas gasosas (Presto & Damázio,

2009) (Figura 1). Nas alterações da morfologia do tórax destaca-se:

––

Curvaturas anormais da coluna dorsal: a escoliose, a hipercifose

e a cifoescoliose. Estes desvios proporcionam deficiência na

expansibilidade torácica, interferindo negativamente na compliance

toracopulmonar e na ventilação, com diminuição da capacidade

vital. Na escoliose estruturada e na hipercifose acentuada, os

volumes pulmonares encontram-se diminuídos, bem como, os

diâmetros torácicos e mobilidade costo-vertebral encontram-se

alterados. Esta situação origina um “bloqueio” da grelha costal

com repercussão na mecânica ventilatória, podendo numa fase

avançada da idade, originar alterações graves na função respiratória

e insuficiência respiratória global (Branco et al., 2012).

––

Pectus Excavatum: verifica-se uma diminuição do diâmetro ânteroposterior

do tórax e desvio do coração. Nestes casos não há grande

alteração dos volumes pulmonares, mas pode originar compressão

cardíaca com repercussão no retorno venoso (Branco et al., 2012).

––

Pectus carinatum: caracteriza-se por uma protusão acentuada do

osso esterno e das cartilagens costais (Branco et al., 2012). Não

oferece complicações do ponto de vista ventilatório ou cardíaco.

––

Tórax em forma de barril: há um aumento do diâmetro ânteroposterior

(com horizontalização das costelas) devido à perda da

retração elástica dos pulmões e aumento do volume residual.

Pode verificar-se um aumento do diâmetro longitudinal e

transversal do tórax e a horizontalização das hemicúpulas

diafragmáticas. Normalmente este formato do tórax acompanha

as doenças que decorrem da obstrução do fluxo aéreo como

o enfisema pulmonar, asma crónica e bronquiectasias.

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GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

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