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3.2.1.1. Exame físico

A inspeção, palpação, percussão e auscultação são etapas de uma

avaliação minuciosa (Miller, Owens, & Silverman, 2015) do exame físico

(Palange & Simonds, 2013).

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3.2.1.1.1. Inspeção

A inspeção pode identificar sinais de dificuldade respiratória (adejo

nasal, polipneia, utilização de músculos acessórios, tiragem dos músculos

intercostais, cianose), padrões respiratórios anormais, e deformidades

da parede torácica (Meredith & Massey, 2011; Kisner & Colby, 2005). A

cianose (central e periférica) caracteriza-se por uma, coloração azulada

e é indicativa de doença respiratória e/ou cardíaca (Kisner & Colby,

2005). A cianose das unhas ou periférica indica baixo débito cardíaco, já

a cianose labial ou central é indicador de trocas gasosas desajustadas a

nível pulmonar (Kisner & Colby, 2005).

Analisar o processo respiratório quanto à ritmicidade, profundidade,

frequência, simetria e padrão de ventilação são aspetos descritores

da função ventilatória (DesJardins, Burton & Timothy, 2015), orienta

a tomada de decisão dos EEER. O padrão ventilatório é denunciador

do esforço que a pessoa realiza numa excursão ventilatória, e coloca,

em evidência os músculos que se encontram em atividade (Presto &

Damázio, 2009). O padrão costal ou apical, o padrão diafragmático ou

abdominal, o padrão misto e o paradoxal são padrões respiratórios que

o EEER poderá observar durante a inspeção (Menoita & Cordeiro, 2012).

O padrão respiratório poderá estar alterado na pessoa com doença

respiratória (Presto & Damázio, 2009; DesJardins, Burton & Timothy,

2015). O aumento do volume pulmonar (hiperinsuflação) pode causar

alterações na zona de oposição do diafragma dando origem a um

diafragma plano (Branco et al., 2012; DesJardins, Burton & Timothy,

2015). É possível observar-se uma retração inspiratória das costelas

inferiores (sinal de Hoover) denunciando uma respiração paradoxal (ex.

traumatismos torácicos). A diminuição da força dos músculos intercostais

externos, que tem como função estabilizar as costelas durante a

GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

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