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os riscos peri e pós-operatórios e os procedimentos facilitadores da

recuperação no pós-operatório. A componente educacional reveste-se

de particular importância nestes programas de RR (Li et al., 2013; Hoffman

et al., 2017). É necessário abordar igualmente questões sobre o estado

de imunossupressão a que estarão sujeitos, cuidados a ter na toma da

medicação imunossupressora, risco de infeções e rejeição, cuidados com

a higiene, alimentação, hábitos sociais e de exercício (Florian et al., 2013;

Spruit et al., 2013; Gutierrez-Arias et al., 2016).

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Existe evidência que a capacidade de exercício (medido pela prova

de marcha de 6 minutos) e a PaCO2 em repouso estão diretamente

relacionadas com a taxa de sucesso dos transplantes pulmonares

(Langer, 2015; Hoffman et al., 2017). De facto, pessoas com baixa

tolerância à atividade têm frequentemente mais complicações no pósoperatório

com aumento das complicações associadas e do tempo

de internamento (Dierich et al., 2013; Florian et al., 2013; Gutierrez-

Arias et al., 2016). Apesar da causa da intolerância à atividade ser de

origem multifatorial, a disfunção muscular periférica revela-se a causa

principal desta intolerância, reduzindo a força e a resistência muscular,

aumentando o consumo e as necessidades de oxigénio e a PaCO2 em

repouso. Ao estabilizar e/ou melhorar a disfunção muscular, a reabilitação

respiratória melhora a tolerância à atividade e o padrão respiratório (Nici

et al., 2006; Spruit et al., 2013). Nesta perspetiva, o programa de RR pré

transplante pulmonar é dirigido às alterações ventilatórias, musculares

e posturais causadas pela patologia de base contribuindo para manter

o melhor estado físico, psicológico e social possível até ao momento do

transplante pulmonar.

A maior parte dos programas de reabilitação respiratória atuais indicados

para candidatos a transplante pulmonar seguem as recomendações

gerais da ERS/ATS, que aconselha exercícios respiratórios, treino

aeróbico, treino de força muscular de membros superiores e inferiores

e programa educacional. Estes programas devem ter a periodicidade de

3 vezes por semana sendo desejável a manutenção desta estratégia de

tratamento desde a entrada em lista de transplante (Rochester, 2008;

Holland et al., 2012; Spruit et al., 2013).

GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

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