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graves e elevados graus de dependência funcional associado à diminuição

acentuada da tolerância ao exercício, dispneia e fadiga (Rochester, 2008,

Evans et al., 2009, Spruit et al., 2013). O principal objetivo do transplante

pulmonar será, portanto, melhorar a sobrevivência e aumentar a qualidade

de vida dessas pessoas (Gutierrez-Arieas et al., 2016).

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Integrar uma lista de transplantação pulmonar implica uma abordagem

multidisciplinar que envolve fatores clínicos, fatores económicos,

psicossociais e familiares, bem como, uma componente educacional que

promova não só o ensino sobre o procedimento e os cuidados a ter na

manutenção do novo órgão, como também a modificação comportamental

necessária para receber um órgão transplantado (Garvey, Fullwood

& Rigler, 2013; Yusen et al., 2014). É importante que a pessoa tenha

consciência de que o tratamento não é curativo, mas sim a troca de uma

doença pulmonar grave por um estado de imunossupressão crónica com

as complicações daí resultantes (Junior et al., 2015). Neste contexto, a RR

reveste-se de capital importância tanto no período pré-transplante como

no período pós-transplante (Dierich et al., 2013; Florian et al., 2013).

Reabilitação Respiratória no período pré-transplante

A recomendação de RR no período pré-transplante, está relacionado

com o facto das doenças respiratórias crónicas terminais serem

altamente incapacitantes com quadros dispneia severa, limitação ao

exercício e com co-morbilidades físicas e psíquicas associadas que

devem ser geridas por uma equipa multidisciplinar (Nici et al., 2006;

Gloeckl, Halle & Kenn 2013; Spruit et al., 2013). A correta gestão da

doença e da adesão terapêutica a todo o processo implica que a pessoa

compreenda claramente a doença, os benefícios e os riscos inerentes ao

transplante e os ajustes a efetuar no seu estilo de vida. Os programas de

RR no período pré-transplante constituem a pedra basilar para a gestão

e compreensão da doença, contribuindo para a promoção da saúde e

promovendo o “empowerment” da pessoa (Florin et al., 2013; Spruit et

al., 2013; Schmidt et al., 2015).

GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

No transplante poderá ser substituído um ou os dois pulmões. A pessoa

submetida a transplante deve compreender a natureza do procedimento,

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