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a elevação dos mesmos, com um ângulo superior a 90º devido à

instabilidade do externo (Moreno et al., 2011).

A redução da tolerância ao exercício e da qualidade de vida é um

resultado frequente em pessoas no pós-operatório. Num estudo aleatório

com pessoas lobectomizadas por neoplasia do pulmão, concluiu-se que

a RR precoce permitia um regresso ao estado físico pré-operatório em

média após 12 semanas (Arbane et al., 2011). A intolerância ao exercício

e incapacidade funcional normalmente persiste após a cirurgia torácica

(Katsura, Kuriyama, Takeshima, Fukuhara & Furukawa, 2015). Múltiplos

fatores contribuem para a manutenção deste estado, incluindo a condição

muscular esquelética anterior à cirurgia ou a inatividade/imobilidade

associada à imobilidade no pós-operatório (Rochester, 2008). Um

programa de exercício deverá ser estabelecido com a pessoa de forma a

reverter estas limitações (Spruit et al., 2013). A realização de mobilizações

ativas ou passivas dos membros inferiores e o levante precoce reduzem o

risco de fenómenos tromboembólicos (Donkers et al., 2008).

Os músculos respiratórios encontram-se igualmente enfraquecidos.

Pessoas que apresentam fraqueza muscular respiratória no período

pré-operatório apresentam maior risco de desenvolver complicações

pulmonares pós-operatórias, sendo por isso, indicado o uso de exercícios

de tonificação da musculatura respiratória, quer através da inspirometria

de incentivo quer através de exercícios diafragmáticos com resistência

na inspiração no pós-operatório (Hulzebos et al., 2006; Feltrim et al.,

2007; Oliveira & Fantinati, 2011; Borja et al., 2012).

Reabilitação no pós-operatório da cirurgia abdominal

Em pessoas submetidas a cirurgia abdominal alta é comum a alteração

da relação ventilação/perfusão devido a uma disfunção diafragmática

(parésia) e inibição do nervo frénico (Rochester, 2008). Nestes casos,

a incidência de complicações pulmonares pós-operatória é superior

relativamente à cirurgia abdominal baixa. Na cirurgia abdominal baixa

a reeducação funcional respiratória precoce melhora a oxigenação sem

aumentar a dor abdominal (Manzano, Carvalho, Saraiva-Romanholo &

Vieira, 2008).

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GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

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