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Reabilitação no pós-operatório da cirurgia torácica

Na cirurgia torácica estão incluídos diferentes tipos de intervenção como

seja a descorticação (remoção de camada fibrinosa da pleura visceral), a

pleurectomia (resseção de um segmento ou vários da pleura), a pleurodese

(união das pleural visceral e parietal através de um agente químico), a resseção

cuneiforme (remoção de uma área pulmonar circunscrita), a segmentectomia

(remoção de um ou mais segmentos pulmonares), a lobectomia (remoção de

um lobo pulmonar) e a cirurgia cardíaca.

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Em pessoas submetidas a cirurgia torácica é frequente a diminuição do

volume corrente originando alteração da relação ventilação/perfusão e

hipoxémia (Rochester, 2008). Otimizar a ventilação e reexpandir o tecido

pulmonar previne a atelectasia e a pneumonia, pelo que exercícios de RFR

devem ser implementados nesta situação (Westerdahl et al., 2005; Neves,

Aguiar & Sleutjes, 2005 e Moreno et al., 2011). Para melhorar a capacidade

ventilatória, o uso de inspirómetria de incentivo é recomendada na pessoa

submetida a cirurgia torácica (Renault et al., 2009; Ambrosio et al., 2011;

Dallazen et al., 2011; Moreno et al., 2011; Crisafulli et al., 2013).

O tipo de incisão cirúrgica e a presença de dor podem conduzir

igualmente a alterações ventilatórias devido aos posicionamentos

antiálgicos e diminuição da amplitude dos movimentos respiratórios. O

posicionamento, as técnicas de relaxamento e as técnicas de correção

postural devem ser implementados (Moreno et al., 2011). Exercícios de

expansão torácica, técnicas de tosse (assistida ou dirigida com contenção

da sutura), ciclo ativo da respiração e a drenagem postural modificada e

deambulação precoce são normalmente usados nestes casos (Hulzebos

et al., 2006; Shakouri, 2015).

Na pneumectomia é recomendado o posicionamento em semi-fowler

de modo a prevenir a fístula brônquica e nunca sobre o lado não operado.

A tosse não deve ser solicitada por risco de rutura do coto brônquico

(Crisafulli et al., 2013).

GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

Em caso de esternotomia é necessário ter em atenção a amplitude

dos movimentos dos membros superiores, não sendo recomendado

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