02.01.2023 Views

gobp_reabilitação-respiratória_mceer_final-para-divulgação-site

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

frio) (Testas & Testas, 2008), do posicionamento do corpo (posições de

descanso) e da alternância de decúbitos (França et al., 2012).

Os exercícios respiratórios como a reeducação abdomino-diafragmático

e a reeducação costal (seletivos e globais), reduzem a ansiedade, melhoram

o padrão respiratório, favorecem a adaptação da pessoa à modalidade

ventilatória e permitem manter e recuperar a mobilidade diafragmática

(Testas & Testas, 2008). De igual forma, o recurso a técnicas de expansão

pulmonar que visam melhorar a relação ventilação/perfusão na pessoa

submetida a ventilação mecânica, deve ser ponderado consoante o

diagnóstico funcional (Gosselink et al., 2011; Berney et al., 2012).

231

Associada à imobilidade, a VMI condiciona um padrão ventilatório

predominantemente restritivo, com uma diminuição da expansão da

caixa torácica (rigidez progressiva das estruturas pleurocostais) e da

excursão do diafragma (Vaz, Maia, Melo & Rocha, 2011), que condiciona

uma diminuição global dos volumes pulmonares, da capacidade

residual funcional e hipoventilação alveolar com alterações da relação

ventilação/perfusão (hipoxémia) (Vaz et al., 2011). As técnicas de

expansão ou reexpansão pulmonar podem minimizar estes efeitos. Na

pessoa submetida a VMI podem ser utilizadas as seguintes técnicas:

hiperinsuflação manual ou com o ventilador; hiperinsuflação manual

combinada com a compressão torácica durante a expiração (bag

squeezing), manobra de compressão-descompressão torácica súbita,

utilização da PEEP, ventilação dirigida e posicionamento corporal (Jerre

et al., 2007; Presto & Damázio, 2009; Ambrosino, Janah & Vagheggini,

2011; Gosselink et al., 2011; França et al., 2012; Stiller, 2013).

Na pessoa submetida a VMI identifica-se um elevado risco de retenção

de secreções brônquicas condicionada pela sua situação clínica (Gosselink

et al., 2011) com aumento do volume e da viscosidade das secreções (Naue

et al., 2011) e ineficácia da tosse (Ntoumenopoulos, 2015). Devido a estes

fatores é essencial manter a permeabilidade da via aérea com recurso a

técnicas de limpeza da via aérea (Stiller, 2013). A seleção destas técnicas

depende de vários fatores como a patologia de base (traumatismo: torácico,

crânio ou vertebro-medular, patologia pulmonar, entre outras), o grau de

GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!