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perfusão e do espaço morto), possível lesão mecânica da via aérea (de

contacto pelo tubo endotraqueal, e barométricas pela pressão positiva),

aumento do risco de infeção respiratória e descondicionamento dos

músculos respiratórios (atrofia diafragmática) (Gosselink et al., 2011;

Mendez-Tellez & Needham, 2012; Ntoumenopoulos, 2015). A estas

complicações acrescem as complicações associadas ao processo de

sedação e imobilização prolongada, como seja o descondicionamento

neuromuscular periférico e respiratório, polineuromiopatia e delírio que

diminuem a eficácia da tosse, comprometem os volumes pulmonares,

promovem a retenção de secreções e a presença de atelectasias

(Zomorodi, Topley & Macanaw, 2012). As sequelas resultantes destas

complicações são motivo de preocupação quando se avaliam os

resultados em saúde.

O planeamento e a execução de um programa de RR na fase aguda da

doença conserva e potencia as capacidades existentes para a independência

funcional e a promoção da autonomia, favorece um desmame ventilatório

mais precoce, contribuindo para uma rápida reintegração do doente na

família e consequente redução dos dias de internamento em uma unidade

de cuidados intensivos (Gosselink et al., 2011).

A evidência sugere que um programa de RR, que incorpore exercícios

respiratórios e uma mobilização progressiva e precoce, é benéfica para

a pessoa internada em unidade de cuidados intensivos, com inúmeros

benefícios em termos funcionais, psicológicos e ventilatórios, favorecendo

o desmame ventilatório (Stiller, 2013), a diminuição do tempo de ventilação

mecânica (Mendez-Tellez & Needham, 2012; Berney et al., 2012 e Stiller,

2013) e da incidência do delírio (Berney et al., 2012). O programa de RR

ajuda a prevenir alterações respiratórias associadas à imobilidade (Berney

et al., 2012) e a promover a força muscular (Mendez-Tellez & Needham,

2012). Porém, não existe consenso quanto à intensidade, frequência e

duração das intervenções (Ntoumenopoulos, 2015).

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GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

O programa de RR na pessoa em estado crítico pode ser organizado em

4 fases: preparação para a VMI; durante a VMI; desmame ventilatório/

extubação e após a VMI (Jerre et al., 2007, Sousa, Duque & Ferreira, 2012).

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