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Os aspetos psicossociais e nutricionais assumem especial relevo na

pessoa com DPOC (Nici et al., 2006; Direção Geral da Saúde, 2009). A

maioria das pessoas com DPOC apresenta ansiedade e depressão reativa à

evolução da doença e aos episódios recorrentes de dispneia (Direção Geral

da Saúde, 2009). As alterações na autoimagem, autoestima e nas relações

familiares e sociais (com compromisso da sexualidade) acentuam o grau

de ansiedade e depressão, a exclusão social e a restrição na participação

que podem ser minoradas pela intervenção consistente e planeada dos

profissionais de saúde no programa de RR (Bott et al., 2009).

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O défice nutricional afeta particularmente a pessoa com DPOC, com

impacto na fraqueza muscular respiratória e esquelética, com repercussões

nas AVD, na capacidade para o exercício e num maior risco de exacerbações

sendo por isso tão importante a sua abordagem e a respectiva inclusão no

programa de RR (Direção Geral da Saúde, 2009; Spruit et al., 2013).

As técnicas de gestão de energia fazem parte integrante da componente

educacional dos programas de RR (Direção Geral da Saúde, 2009; Spruit

et al., 2013) e demonstraram um benefício significativo no alívio da

dispneia aquando da sua implementação durante a realização das AVD

(Velloso & Jardim, 2006).

7.2.3. Reabilitação respiratória na pessoa com fibrose quística

A fibrose quística é uma doença multissistémica genética e hereditária,

apresentando uma mortalidade de 85% nos casos diagnosticados (Smyth

et al., 2014). As manifestações pulmonares da fibrose quística incluem

inflamação e alteração do transporte mucociliar com consequente infeção

crónica da via aérea, evoluindo progressivamente para bronquiectasias e

fibrose pulmonar (Quadro 66).

GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

A colonização bacteriana secundária à retenção de secreções favorece

a metaplasia do epitélio brônquico, impactação mucóide periférica e

desorganização da estrutura ciliar, formando-se rolhões de secreções

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