02.01.2023 Views

gobp_reabilitação-respiratória_mceer_final-para-divulgação-site

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

inspiratória máxima, sendo normalmente utilizada 30% e 60% da PIMáx

(Bott et al., 2009). A duração desta intervenção pode variar entre as 6

semanas e os 6 meses.

As técnicas de limpeza da via aérea são fundamentais nos programas

de reabilitação da pessoa com DPOC (Nici et al., 2006; Branco et al.,

2012; Spruit et al., 2013). O ciclo ativo da respiração e a expiração forçada

parecem ser eficazes na limpeza da via aérea (Nici et al., 2006; Ides,

Vissers, Backer, Leemans & Backer, 2011), assim como os dispositivos de

oscilação externa (Bott et al., 2009). Outras técnicas igualmente eficazes

são: drenagem postural, manobras acessórias, ventilação percussiva

intrapulmonar e a pressão expiratória positiva (Ides et al., 2011). A

associação de técnicas para uma melhor limpeza da via aérea, bem como

adequar a técnica a utilizar às escolhas da pessoa parecem ser uma maisvalia

(Bott et al., 2009).

O exercício físico é hoje considerado o pilar da reabilitação pulmonar

(Nici et al., 2006; Direção Geral da Saúde, 2009; Spruit et al., 2013) e é

encarado como a melhor forma de melhorar a função muscular em pessoas

com DPOC que apresentem intolerância ao esforço, dispneia/fadiga ou

limitações na realização das atividades de vida (Spruit et al., 2013). Uma

das metas do programa de RR na pessoa com DPOC é interromper o ciclo

vicioso da inatividade através de uma intervenção fisiológica e psicológica,

com recurso às técnicas da gestão de energia, treino de AVD e treino de

exercício físico (aeróbico, membros superiores e inferiores) (Nici et al.,

2006; Bott et al., 2009; Direção Geral da Saúde, 2009; Branco et al., 2012;

Spruit et al., 2013). Numa fase inicial da intervenção pode-se promover

apenas a marcha (simples ou em tapete rolante), porém numa fase mais

avançada, recomenda-se o treino de resistência e força, mediante a

avaliação clínica da pessoa (Spruit et al., 2013).

Para todas as técnicas implementadas e para uma adequada gestão da

doença é necessário um programa educacional estruturado e direcionado

para a pessoa, consoante as suas necessidades (Nici et al., 2006; Direção

Geral da Saúde, 2009; Spruit et al., 2013).

218

GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!