02.01.2023 Views

gobp_reabilitação-respiratória_mceer_final-para-divulgação-site

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ou corrigir os defeitos posturais, deformações torácicas e corrigir

as assinergias ventilatórias (Bott et al., 2009). Uma respiração mais

superficial, costal e superior, frequente na pessoa com DPOC, acentua

as assinergias respiratórias, sendo fundamental a implementação de

exercícios respiratórios para contariar esta consequência (Nici et al.,

2006; Bott et al., 2009; Direção Geral da Saúde, 2009). Na base dos

exercícios respiratórios, está o controlo da respiração, com tomada de

consciência dos tempos e amplitudes respiratórias (controlo e dissociação

dos tempos respiratórios) (Branco et al., 2012). Deve ser realizada numa

posição de descanso e relaxamento, devendo existir em cada expiração

um maior relaxamento, com redução da frequência respiratória. Esta

técnica pode ser usada em contexto crónico ou agudo (Bott et al., 2009).

217

A respiração abdominodiafragmática e a sua reaprendizagem são

necessárias para uma respiração mais eficaz e consequente redução

da dispneia. Este tipo de respiração não é recomendável às pessoas

com DPOC severa, devido ao aumento da sensação de falta de ar

(Nici et al., 2006; Bott et al., 2009; Langer et al., 2012). A respiração

abdominodiafragmática e expiração com os lábios semi-cerrados, ou

as duas técnicas associadas, promovem uma melhoria da ventilação

alveolar. A expiração com os lábios semi-cerrados deve ser aplicada em

períodos de exacerbação e em momentos de maior esforço, como seja

nas AVD (Bott et al., 2009). Os exercícios respiratórios que promovem

a correção de assinergias respiratórias, devem ser aplicados nestas

situações (Bott et al., 2009) já que melhora a tolerância ao exercício, sem

que no entanto, tenham um efeito consistente na melhoria da dispneia

ou da qualidade de vida (Holland et al., 2012).

O treino dos músculos inspiratórios em pessoas com DPOC está

unicamente recomendado em pessoas com pressão inspiratória menor

ou igual a 60 cm/H20 e/ou insuflação pulmonar (Direção Geral da Saúde,

2009). Pode ser implementado de forma isolada ou em associação com

o treino de exercício prescrito (Bott et al., 2009; Spruit et al., 2013;). Não

se recomenda a sua implementação de forma sistemática na pessoa com

DPOC (Nici et al., 2006; Direção Geral da Saúde, 2009 e Spruit et al.,

2013). O treino deve ser realizado com pressões de 15% a 80% de pressão

GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!