02.01.2023 Views

gobp_reabilitação-respiratória_mceer_final-para-divulgação-site

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Em algumas situações podem observa-se hiperinsuflação pulmonar

resultante da limitação do fluxo aéreo expiratório, do colapso das

pequenas vias aéreas, da diminuição da atividade da musculatura

inspiratória no final da expiração e da redução da complacência

pulmonar. Esta hiperinsuflação conduz a um aumento do diâmetro do

tórax e encurtamento dos músculos inspiratórios, colocando-os em

desvantagem mecânica ventilatória (Gimeno-Santos, 2015). A resistência

imposta durante o treino da musculatura inspiratória parece ajudar na

redução desta desvantagem (Gimeno-Santos, 2015) com consequente

redução da sensação de dispneia, melhoria da força e resistência

muscular (Turner et al., 2011), melhorando a qualidade de vida (Thomas

& Bruton, 2014). Apesar do efeito positivo, a inclusão do treino dos

músculos respiratórios num programa de RR não é consensual e não se

recomenda de forma standard (Bott et al., 2009).

As técnicas de prevenção e correção postural são aconselháveis,

principalmente em crianças de modo a minimizar as alterações

resultantes das crises asmáticas e das posturas adotadas (ombros

elevados e protaídos, aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax,

da lordose, da tensão da musculatura do pescoço, ombros e coluna)

(Baltar, Santos & Silva, 2010).

O exercício tem um impacto positivo na capacidade de exercício, na

função pulmonar e na qualidade de vida em pessoas com asma (Bott et

al., 2009 e Carson et al., 2013), reduzindo a hiperreatividade brônquica

e o broncoespasmo (Eichenberger, Diener, Kofmehl & Spengler, 2013).

O treino de exercício parece ter também um impacto positivo nos

aspetos psicossociais que envolvem o processo de saúde (Mendes et al.,

2011; Spruit et al., 2013). Os aspetos psicossociais assumem particular

importância nas pessoas com asma (Oraka, King, & Callahan, 2010).

Questões relacionadas com representações psicossociais, conceito de

auto estima e autoeficácia, alterações nos comportamentos saudáveis

e expectativas da eficácia do tratamento são determinantes no controlo

da doença e parte imprescindível da relação terapêutica (Oraka et al,

2010; Ritz et al., 2013).

213

GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!