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e em Portugal (Araújo, 2016). A pneumonia refere-se, na maioria dos

casos, a uma condição infeciosa do pulmão na qual a totalidade ou parte

dos alvéolos estão preenchidos com líquido e eritrócitos, num processo

designado por consolidação pulmonar (Yang et al., 2010). Normalmente

causadas por agentes bacterianos, podem apresentar uma etiologia

vírica, fúngica ou de outros agentes infeciosos (Guessous et al., 2008).

Classifica-se como típica versus atípica e da comunidade versus infeção

associada aos cuidados de saúde (Branco et al., 2012).

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O padrão respiratório da pneumonia é restritivo (Guessous et al., 2008)

caracterizado por diminuição da compliance pulmonar com aumento da

frequência respiratória e redução do volume corrente. Existe redução

da área disponível para trocas gasosas (consequência da inflamação

do parênquima pulmonar) com consequente diminuição do índice

ventilação-perfusão (Yang et al., 2010). Devido à exsudação interalveolar

ocorre diminuição da ventilação alveolar (Branco et al., 2012).

Apesar da evidência científica acerca dos reais benefícios da RR em

pessoas com pneumonias ser escassa, a componente de RFR tem sido

bastante usada (Yang et al., 2010). A intervenção depende do estadio

da doença e centra-se fundamentalmente na otimização da ventilação,

na prevenção e correção de alterações posturais, na permeabilidade

da via aérea e na redução do trabalho respiratório (Yang et al., 2010;

Pattanshetty & Gaude, 2010; Branco et al., 2012; Castro et al., 2013). As

técnicas como controlo da respiração, drenagem postural, percussão,

vibração, huffing, tosse, TEF, ciclo ativo da respiração, exercícios de

expansão torácica e dispositivos de oscilação externa têm sido estudadas

na pessoa com pneumonia (Yang et al., 2010; Pattanshetty & Gaude,

2010). O posicionamento com a cabeceira elevada 30-45º melhora

a ventilação (Pattanshetty & Gaude, 2010, Castro et al., 2013) Todos

os exercícios que visem a melhoria da mobilidade da parede torácica

melhoram a ventilação e aumentam a tolerância ao exercício (Yang et al.,

2010; Castro et al., 2013).

GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

A identificação do estadio da doença é fundamental para justificar a

intervenção do EEER (Branco et al., 2012). Na fase inicial o tratamento visa

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