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tempo após a lesão, na pessoa com lesão da medular superior (Casha &

Christie, 2011; Roth et al., 2010; Arora et al., 2012; Postma et al., 2015).

O treino dos músculos expiratórios tem mostrado melhoria da pressão

expiratória máxima e da função ventilatória (diminuição do volume

residual, aumento da capacidade vital) em pessoas com tetraplegia, com

melhoria da morbilidade respiratória (Roth et al., 2010).

201

A cinta abdominal, aplicada entre a margem costal e a pélvis, melhora a

função pulmonar (volume corrente, capacidade inspiratória e capacidade

vital), uma vez que comprimem o conteúdo abdominal, colocando o

diafragma numa posição mais vantajosa e permitindo pressões intratorácicas

mais eficazes (Julia, Sa'ari & Hasnan, 2011; Wadsworth, Haines, Cornwell,

Rodwell & Paratz, 2012). Tem maior eficácia quando utilizada em decúbito

dorsal, em posição sentado ou na posição vertical, mas a sua aplicação deve

ser avaliada de forma individualizada (Bott et al., 2009).

A alteração dos mecanismos de depuração das secreções na pessoa

com LVM exige a aplicação de técnicas de limpeza da via aérea (Casha &

Christie, 2011). A tosse espontânea deve ser incentivada e treinada. Para

melhorar a sua eficácia, recomenda-se que seja realizada em posição

sentada com ligeira inclinação para a frente, garantindo a segurança do

procedimento (para que a pessoa não caia). Quando a tosse espontânea

é ineficaz, a tosse assistida e a utilização do insuflador/exsuflador estão

indicadas (Prevost, Brooks & Bwititi, 2015). A tosse assistida é mais eficaz

se for realizada em posição sentada.

A utilização do insuflador/exsuflador deve ser considerada em situações

de lesão medular superior, em que mais nenhuma técnica tenha resultado,

e as pressões utilizadas devem ser ajustadas individualmente (Bott et al.,

2009). Se a tosse continuar a ser ineficaz com este dispositivo deve associarse

a tosse assistida (compressão abdominal). Em lesões agudas, pode

ocorrer bradicardia ou instabilidade cardiovascular, pelo que se recomenda

precaução na sua utilização. Terminar a utilização do dispositivo com uma

insuflação ajuda a prevenir o colapso alveolar (Bott et al., 2009).

GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

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