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As pessoas com doenças pulmonares intersticiais apresentam

frequentemente dispneia (correlacionada inversamente com a capacidade

funcional e o prognóstico), tosse e incapacidade para o exercício com

repercussões nas AVD e na qualidade de vida (King, Pardo & Selman, 2011;

Raghu et al., 2011; Rubin et al., 2012). Outros sintomas podem surgir como

a dor, o edema, a rigidez articular e a dificuldade em deglutir (Rubin et al.,

2012). Muitas das manifestações das doenças pulmonares intersticiais são

semelhantes às observadas na pessoa com DPOC: dispneia, intolerância

ao esforço, fadiga e exaustão, depressão e reduzida capacidade para o

exercício funcional. Por isso, o programa de RR é semelhante ao realizado

nessas situações (Holland, Wadell & Spruit, 2013).

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A dispneia e a expetoração são sintomas prevalentes pelo que são

recomendadas: técnicas de relaxamento, controlo e dissociação dos

tempos respiratórios, posicionamento, expiração com os lábios semicerrados

e respiração abdominodiafragmática, com o objetivo de

reduzir a frequência respiratória e melhorar a ventilação e em caso de

broncorreia é necessário implementar técnicas de limpeza eficaz da via

aérea (Paschoal et al., 2007; Kozu et al., 2010; Huppmann et al., 2012;

Holland, Wadell & Spruit, 2013).

A limitação ao exercício na pessoa com doença pulmonar intersticial

está relacionada com a alteração da mecânica respiratória, das trocas

gasosas e da circulação (Spruit et al., 2013; Salhi, Troosters, Behaegel,

Joos & Derom, 2010). A disfunção muscular periférica (associada ao

sedentarismo) parece contribuir igualmente para essa limitação (Spruit

et al., 2013). Um programa de treino de exercício irá contrariar os efeitos

do descondicionamento físico, contudo é recomendado precaução na

sua implementação e a necessidade de monitorização contínua devido

à hipoxémia induzida pelo esforço (Holland et al., 2008; Salhi et al.,

2010; Raghu et al., 2011; Holland, Wadell & Spruit, 2013; Spruit et al.,

2013). No caso de doenças pulmonares intersticiais é característico um

aumento acentuado da frequência respiratória em resposta ao exercício

(Raghu et al., 2011; Spruit et al., 2013), este padrão conduz a um aumento

da ventilação do espaço morto e da alteração da relação ventilação/

perfusão, contribuindo para a queda marcada da PaO2 ao esforço. Nestas

GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

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