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a compliance pulmonar), como forma de atingir a capacidade máxima

de insuflação, em pessoas com elevada dependência do ventilador e

pessoas com diminuição da capacidade de falar (Bott et al., 2009)

Devido à fraqueza muscular e consequente ineficácia da tosse

surgem atelectasias de forma recorrente. As atelectasias e os infiltrados

pulmonares alteram a relação ventilação/perfusão e comprometem as

propriedades mecânicas do pulmão e da caixa torácica, reduzindo a

compliance pulmonar, aumentando o trabalho respiratório e agravando

a fadiga (Bott et al., 2009). Para uma cleareance mucociliar adequada,

é necessário a implementação de técnicas de limpeza da via aérea (Bott

et al., 2009). As técnicas convencionais, como a drenagem postural

parecem não ser eficazes nestas situações (Bott et al., 2009).

A fraqueza dos músculos orofaríngeos impede o encerramento da glote

e a estabilidade das vias respiratórias superiores na fase de compressão

da tosse, o que aumenta o risco de aspiração, pneumonia e insuficiência

respiratória. A tosse assistida, manualmente ou mecanicamente deve

ser instituída para a prevenção de atelectasias e infeções respiratórias

(Bott et al., 2009; Bach & Mehta, 2014). A tosse assistida deve ser usada

para aumentar o pico de fluxo da tosse. A sua utilização associada à

sustentação máxima da inspiração (por respiração glossofaríngea ou

insuflação com ambu) poderá ser uma estratégia a adotar para potenciar

o fluxo expiratório e melhorar a eficácia da tosse (Bott et al., 2009).

A tosse assistida mecanicamente por um insuflador/exsuflador, em

pessoas com doença neuromuscular, produz um aumento significativo

no fluxo da tosse (Morrow et al., 2013; Anderson, Hasney, & Beaumont,

2013). Em comparação com outras técnicas parece não haver diferenças

na eficácia da tosse (Morrow et al., 2013). As pressões de insuflaçãoexsuflação

mecânica devem ser ajustadas à pessoa para otimizar a

insuflação e a exsuflação capazes de produzir uma tosse eficaz. Porém,

podem-se implementar outras técnicas previamente com o objectivo

de facilitar a mobilização das secreções (Bott et al., 2009). A ventilação

intrapulmonar percussiva tem sido aplicada também em pessoas com

doença neuromuscular, como técnica de limpeza das vias aéreas, todavia

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GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

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