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limitações funcionais, baixa tolerância ao exercício e maior frequência

de exacerbações (Maurer et al., 2008; Schneider et al., 2010; Willgoss

& Yohannes, 2013). O aumento da ansiedade e depressão normalmente

está relacionado com o aumento da incapacidade funcional e o aumento

da dispneia originando comportamentos de autoexclusão social e

familiar, irritabilidade, pessimismo e atitudes hostis para com os outros

com repercuções importantes na qualidade de vida (Nici et al., 2006;

Direção Geral da Saúde, 2009; Goldstein et al., 2012).

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As disfunções neurofisiológicas, como a dificuldade de concentração,

perda de memória e outras perturbações cognitivas estão também

associadas a quadros depressivos (Nici et al., 2006; Direção Geral da

Saúde, 2009), podendo originar dificuldade em resolver problemas

comuns na vida diária, incapacitar uma correta adesão ao regime

terapêutico ou inviabilizar a implementação de planos de autogestão

(Nici et al., 2006; Spruit et al., 2013; Yohannes & Alexopoulos, 2014).

O apoio psicossocial pode facilitar o processo de ajustamento à doença,

através de pensamentos encorajadores e comportamentos adaptativos,

ajudando a pessoa a diminuir as emoções negativas, muitas vezes através da

desmistificação de ideias erróneas relativamente à doença e às incapacidades

por ela geradas (Nici et al., 2006; Yohannes & Alexopoulos, 2014).

A terapia cognitivo-comportamental sugere uma redução no

desconforto psicológico (Goldstein et al., 2012; Williams, Cafarella, Paquet

& Frith, 2015). As abordagens típicas incluem o ensino de estratégias de

controlo de stresse, controlo do pânico e treino de relaxamento (Nici

et al., 2006; Direção Geral da Saúde, 2009). Parece ser importante a

perceção de dispneia (componente física e afetiva), os pensamentos e

crenças associadas à sensação de falta de ar e a resposta comportamental

habitual (por exemplo, evitar ou terminar uma atividade física), de modo

a adequar a resposta comportamental às alterações fisiopatológicas

decorrentes da doença (Williams et al., 2015).

GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

As técnicas de relaxamento devem ser integradas na rotina diária da

pessoa para controlo de dispneia e do pânico (Nici et al., 2006), por

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