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aumentado (Fernandes & Beserra, 2006; Collins, Elia & Stratton, 2013).

As dificuldades na mastigação e deglutição decorrentes da dispneia,

tosse, secreções e fadiga, e a utilização de corticoides tem igualmente

um impacto negativo sobre o estado nutricional (Fernandes & Beserra,

2006; Spruit et al., 2013; Van de Bool et al., 2014).

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É importante manter uma nutrição adequada, quantitativamente

e qualitativamente, na pessoa com patologia respiratória crónica. A

correção da desnutrição conduz a uma melhoria na função imunológica,

reduzindo o risco de exacerbações de origem infeciosas e virais (Milla,

2007; Collins et al., 2013; Global Initiative for Chronic Obstructive

Pulmonary Disease, 2015), observando-se também uma melhoria na

função muscular respiratória, com melhor resposta ventilatória às

exigências diárias (Collins et al., 2013; Spruit et al., 2013; Gomes, Ziegler,

Rothpletz-Puglia & Marcus, 2014). Um melhor estado nutricional na

pessoa com patologia respiratória crónica tem contribuído para o

aumento da sobrevida (Haller et al., 2014; Gomes et al., 2014), enquanto

um mau estado nutricional conduz ao aumento da intensidade dos

sintomas, diminuição da qualidade de vida, diminuição da capacidade em

realizar exercício, aumento das complicações pós-operatórias e aumento

do consumo dos recursos de saúde (Fernandes & Bezerra, 2006; Collins

et al., 2013; Spruit et al., 2013).

Para determinar o estado nutricional é necessário a avaliação

do índice de massa corporal (Direção Geral da Saúde, 2009; World

Health Organization, 2015). Um peso corporal inferior a 90% do peso

ideal e um IMC inferior a 20kg/m2 são fatores de mau prognóstico

independentemente da gravidade da obstrução da via aérea (Fernandes

& Bezera, 2006; National Institute for Health and Care Excellence, 2010;

Spruit et al., 2013). Um IMC>25kg/m2 requer igualmente atenção (Spruit

et al., 2013; Liu et al., 2015). A obesidade tem uma maior prevalência na

DPOC, principalmente no fenótipo "blue bloater" (Liu et al., 2015).

GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

As necessidades energéticas devem ser determinadas individualmente

de acordo com a idade e estadio da doença (Milla, 2007; Stallings et

al., 2008). Devido à deficiência de energia que ocorre nestes casos,

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