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O treino de força muscular origina menos dispneia que o treino de

resistência sendo uma alternativa segura para pessoas com dispneia

grave (Spruit et al., 2013). Este tipo de treino engloba treino dos membros

inferiores (Nici et al., 2006; Direção Geral da Saúde, 2013; Spruit et al.,

2013), dos músculos respiratórios (Ambrosino et al., 2008; Casals, 2005;

Gallagher, 2010) e dos membros superiores. Estes exercícios podem ser

feitos de forma assistida ou resistida segunda a condição da pessoa e a

avaliação do EEER (figura 22, 23, 24 e 25).

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No que diz respeito ao treino de força muscular dos membros

superiores, importa salientar que, para além das alterações das fibras

musculares faladas anteriormente, existe a agravante de que a elevação

dos membros superiores altera o recrutamento muscular ventilatório e

postural resultando em assincronia toracoabdominal com aumento da

dispneia e abandono do exercício (Janaudis-Ferreira, Wadell, Sundelin &

Lindstrom, 2006; Clini & Ambrosio, 2014). A alteração da força muscular

repercute-se na intolerância à realização de AVD e na qualidade de

vida da pessoa com doença crónica (Shah, Nahar; Vaidya & Salvi, 2013;

Dolmage et al., 2013 e Clini & Ambrosio, 2014).

Recentemente comprovou-se que o treino dos membros superiores

sem apoio (por um período de 3 meses, 3 vezes por semana) tem

grandes benefícios no aumento da eficácia da realização das AVD

mantendo-se os resultados durante 6 meses (Kathiresan, Jeyaraman &

Jaganathan, 2010; Clini & Ambrosio, 2014) (Figura 23). O treino resistido

dos membros superiores aumenta a força muscular e a capacidade

de exercício (Janaudis-Ferreira et al., 2012), suportando a inclusão do

treino dos membros superiores em programas de treino de exercício em

pessoas com patologia respiratória crónica (Spruit et al., 2013; Clini &

Ambrosino, 2014).

GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

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