02.01.2023 Views

gobp_reabilitação-respiratória_mceer_final-para-divulgação-site

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

pode ser explicado pela má oxigenação do músculo-esquelético, devido

à redução da densidade capilar na musculatura periférica, assim como,

ao reduzido número de interações entre capilares e fibras com impacto

negativo na oxigenação dos tecidos, particularmente em cenários de

hipoxémia contínua ou intermitente, por exemplo, em AVD ou durante

um exercício físico (Gea, Martínez-Llorens & Ausín, 2009).

142

A perceção de fadiga nos membros inferiores é o principal fator à

limitação do exercício em 45% na pessoa com doença respiratória crónica

(Spruit et al., 2013). A redução da massa muscular contribui para a perda

ponderal (17 a 35% das pessoas) e condiciona uma redução da força e da

tolerância ao exercício físico. (Rabinovich & Vilaró, 2010).

Os exercícios de reeducação ao esforço pressupõem o aumento da

tolerância ao esforço, diminuição da sensação de cansaço, redução do

consumo de oxigenoterapia e aumento da qualidade de vida (Nici et al.,

2006; Spruit et al., 2013). Estes exercícios baseiam-se nos princípios do

treino de exercício físico e devem incluir exercícios aeróbicos, exercícios de

endurance e exercícios de alongamento e relaxamento (Spruit et al., 2013).

5.2. Componentes do treino de exercício

O treino de exercício contribui para melhorar a função muscular e

consequentemente reduzir a dispneia em pessoas com doença respiratória

crónica reforçando o papel do desuso muscular na ocorrência da disfunção

esquelética (Gea, Martínez-Llorens & Ausín, 2009; Rabinovich & Vilaró,

2010; Spruit et al., 2013). Os programas de treino de exercício para pessoas

com doença respiratória crónica combinam treino de resistência (treino

aeróbico) e treino de força (treino anaeróbico), têm benefícios importantes

no tratamento da disfunção muscular periférica (Spruit et al., 2013) e

ajudam a diminuir a intolerância ao esforço, foco de intervenção do EEER.

GUIA ORIENTADOR DE BOA PRÁTICA | REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!