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PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Confira como foi a festa da indústria de base florestal aos melhores do ano<br />
REPRESENTATIVIDADE<br />
FEMININA<br />
MULHERES MARCAM PRESENÇA<br />
EM TODOS OS SETORES FLORESTAIS<br />
FEMALE<br />
REPRESENTATIVENESS<br />
WOMEN ARE PRESENT IN<br />
ALL SECTORS FOREST
Sem Dinagro-S<br />
Resistente?<br />
Então pode tirar<br />
o cavalinho<br />
da chuva.<br />
Assista agora o vídeo<br />
de demonstração do<br />
NOSSO PRODUTO!
Seu investimento<br />
não é brincadeira.<br />
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resistente à água.<br />
*Testada a eficácia com até 20mm de chuva.<br />
Invista em pioneirismo, inovação e eficiência.<br />
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ATENÇÃO: ESTE PRODUTO É PERIGOSO À SAÚDE HUMANA, ANIMAL E AO MEIO AMBIENTE. USO AGRÍCOLA; CONSULTE SEMPRE UM AGRÔNOMO; INFORME-SE E REALIZE<br />
O MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS; SIGA AS ORIENTAÇÕES DA BULA PARA O DESCARTE CORRETO DAS EMBALAGENS E RESTOS OU SOBRAS DE PRODUTOS; LEIA<br />
ATENTAMENTE E SIGA AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO E BULA OU FAÇA-O A QUEM NÃO SOUBER LER; UTILIZE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.
até papai noel já sabe, material de<br />
corte com alta resistência, você<br />
encontra na rotary-ax.<br />
Em qualquer época do ano,<br />
sempre a melhor escolha!<br />
agradecemos a parceria e confiança<br />
em nós depositada durante esse ano.<br />
Que 2023 seja um ano repleto de<br />
alegrias e novas realizações.<br />
rotaryax<br />
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SUMÁRIO<br />
DEZEMBRO 2022<br />
42<br />
A FORÇA<br />
DELAS<br />
08 Editorial<br />
10 Cartas<br />
12 Bastidores<br />
14 Notas<br />
28 Coluna Cipem<br />
30 Frases<br />
32 Entrevista<br />
40 Coluna<br />
42 Principal<br />
48 Prêmio REFERÊNCIA<br />
68 Artigo<br />
70 Codornada<br />
76 Estudo<br />
80 Economia<br />
84 Pesquisa<br />
88 Agenda<br />
90 Espaço Aberto<br />
48<br />
70<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
07 Agroceres<br />
41 Bayer<br />
39 Beltz do Brasil<br />
09 BKT<br />
13 Carrocerias Bachiega<br />
11 Corteva<br />
87 D’Antonio Equipamentos<br />
92 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
23 DRV Ferramentas<br />
37 Engeforest<br />
19 Euroforte<br />
67 Expoforest<br />
17 Fex<br />
79 J de Souza<br />
83 Lion Equipamentos<br />
91 Log Max<br />
15 Lufer Forest<br />
65 Mill Indústrias<br />
35 Planflora<br />
21 Remsoft<br />
04 Rotary-Ax<br />
33 Rotor Equipamentos<br />
89 Tech Forestry<br />
25 Tecmater<br />
29 Unibrás<br />
27 Vantec<br />
31 Watanabe<br />
06 www.referenciaflorestal.com.br
Desde 2015 produzindo resultados e soluções<br />
nas operações do controle das formigas cortadeiras.<br />
1.170.000 ha realizados com monitoramento.<br />
440.000 ha de operações mecanizadas e georreferenciadas com emissão de<br />
relatórios gerenciais para análises entre realizado e recomendado<br />
17.500 profissionais capacitados em operações de controle das formigas cortadeiras.<br />
Acompanhamento por indicadores de resultado.<br />
Altos níveis de resultados pós controle, com redução da infestação e dos danos<br />
econômicos na área plantada.<br />
Otimização das doses recomendadas e dos custos operacionais.
EDITORIAL<br />
Demonstração de força<br />
Desafios não faltaram no primeiro ano pós-pandemia. Muitas incertezas<br />
e inseguranças fizeram parte do caminho percorrido durante 2022 e o setor<br />
florestal saiu maior, mais forte e verdadeiro exemplo de trabalho, dedicação<br />
e união para superar qualquer adversidade. Toda essa força é composta pelas<br />
pessoas que se dedicam por um segmento melhor. O momento é de celebrar<br />
essas conquistas, pois o trabalho para atingí-las foi grande, mas também<br />
de analisar e dar os toques finais nos planos para 2023, que está às portas.<br />
Nessa edição o Leitor confere o trabalho que a Bayer tem feito para o fortalecimento<br />
das mulheres que fazem parte da empresa, a cobertura completa do<br />
Prêmio REFERÊNCIA 2022, as informações sobre as florestas paranaenses,<br />
o recorde batido pelo setor florestal brasileiro em 2021 e uma entrevista exclusiva<br />
com Paulo Bannemann, presidente da AGAFLOR, contando um pouco<br />
da história e dos planos da associação. Desejamos a todos uma ótima leitura,<br />
um feliz natal e um próspero ano novo. Em 2023, a Revista REFERÊNCIA<br />
continuará trazendo as melhores informações, novidades e muito trabalho<br />
para fortalecer o nosso segmento. Até lá!<br />
2<br />
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A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXIV • Nº247 • Dezembro 2022<br />
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Na capa dessa edição a<br />
força das mulheres do<br />
time Bayer <strong>Florestal</strong><br />
Confira como foi a festa da indústria de base florestal aos melhores do ano<br />
REPRESENTATIVIDADE<br />
FEMININA<br />
MULHERES MARCAM PRESENÇA<br />
EM TODOS OS SETORES FLORESTAIS<br />
FEMALE<br />
REPRESENTATIVENESS<br />
WOMEN ARE PRESENT IN<br />
ALL SECTORS FOREST<br />
DEMONSTRATION OF STRENGTH<br />
Challenges were not lacking in the first-year post-pandemic. Many uncertainties<br />
and insecurities were part of the path taken in 2022. Nevertheless,<br />
the Forest-based Sector became better, stronger, and a true example of work,<br />
dedication, and unity to overcome all adversities. All these strengths resulted<br />
from people who dedicated themselves to a better segment. The time is to<br />
celebrate these achievements because the work to achieve them was boundless,<br />
but also to analyze and put the final touches on plans for 2023, which<br />
is knocking at the door. In this issue, the reader can confer the work Bayer<br />
has carried out to strengthen the women who are part of the Company, the<br />
full coverage of the Reference Award 2022, information about the forests of<br />
Paraná, the record set by the Brazilian Forest-based Sector in 2021, and an<br />
exclusive interview with Paulo Bannemann, President of Agaflor, detailing<br />
a little of the history and plans of the association. We wish you all pleasant<br />
reading, a merry Christmas, and a prosperous new year. In 2023 Revista<br />
REFERÊNCIA will continue to bring the best information, news, and a lot of<br />
work to strengthen our segment. Until next time!<br />
Entrevista com<br />
Paulo<br />
Bannemann<br />
Confira no artigo, a caracterização<br />
das espécies florestais<br />
3<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXIV - EDIÇÃO 247 - DEZEMBRO 2022<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Vinicius Santos<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Cipem<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
Me Hua Bernardi<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Midias Sociais / Social Media<br />
Cainan Lucas<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal - Carlos Felde<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial<br />
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />
Knop<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
Cristiane Baduy<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
0800 600 2038<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />
signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />
property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />
without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />
08 www.referenciaflorestal.com.br
CARTAS<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Conheça os vencedores do maior prêmio do setor de base florestal de 2022<br />
PRODUTIVIDADE<br />
MANUTENÇÃO COM O FABRICANTE<br />
PRODUCTIVITY<br />
GARANTE MELHOR DISPONIBILIDADE<br />
MAINTENANCE WITH THE MANUFACTURER<br />
E EFICIÊNCIA NA COLHEITA<br />
ENSURES BETTER AVAILABILITY<br />
AND HARVEST EFFICIENCY<br />
Capa da Edição 246 da<br />
<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de novembro de 2022<br />
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www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXIV • Nº246 • Novembro 2022<br />
CAPA<br />
Por Carlos Amaral, Campinas (SP)<br />
Grande trabalho da empresa trazendo excelência em atendimento para os<br />
clientes, isso é um diferencial que garante a continuidade de parcerias comerciais<br />
ENTREVISTA<br />
Por André Oliveira, Lages (SC)<br />
Ações como essa criam um ambiente cada vez mais inclusivo e que<br />
valoriza as mulheres no nosso segmento. Parabéns para a Rede Mulher<br />
<strong>Florestal</strong>!<br />
Foto: Emanoel Caldeira<br />
REGULAMENTAÇÃO<br />
Por Andreia Castro, São Leopoldo (RS)<br />
Cuidar das pessoas é tão importante quanto cuidar de florestas e dos produtos<br />
do nosso setor, e a ação da AMIP junto ao Ministério Público é muito importante<br />
para mostrar para a sociedade a preocupação que temos com os trabalhadores<br />
Foto: divulgacão<br />
RECONHECIMENTO<br />
Prezados diretores,<br />
Na última terça-feira (29/1), a ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base <strong>Florestal</strong>),<br />
especialmente em nome da presidente do Conselho Diretor, Mariana Lisbôa, teve a honra de<br />
participar e ser agraciada com o Prêmio REFERÊNCIA 2022.<br />
Ficamos felizes com essa premiação que visa prestigiar as empresas que se destacaram no setor<br />
madeireiro e florestal. Isso nos estimula a continuar trabalhando, sempre com importantes parcerias<br />
com as Estaduais Florestais, com a IBÁ e demais entidades do setor.<br />
Para nós este reconhecimento vale ainda mais por se tratar de uma iniciativa dessa editora que há<br />
20 anos se destaca na divulgação e promoção do setor florestal brasileiro. Assim, estendemos nossos<br />
agradecimentos e cumprimentos para toda a equipe dessa editora que produz brilhantemente títulos<br />
como o da REFERÊNCIA FLORESTAL, REFERÊNCIA INDUSTRIAL, entre outros.<br />
Cordialmente,<br />
Wilson Andrade - Diretor Executivo - ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base <strong>Florestal</strong>)<br />
Salvador, 01 de dezembro de 2022<br />
Senhor Pedro Bartoski Jr.<br />
Diretor Executivo da Jota Editora<br />
Senhor Fábio Machado<br />
Diretor Comercial da Jota Editora<br />
Prezados diretores,<br />
Na última terça-feira (29/1), a Associação Baiana das Empresas de Base <strong>Florestal</strong> (ABAF), especialmente<br />
em nome da presidente do Conselho Diretor, Mariana Lisbôa, teve a honra de participar e ser agraciada<br />
com o Prêmio Referência 2022.<br />
Ficamos felizes com essa premiação que visa prestigiar as empresas que se destacaram no setor<br />
madeireiro e florestal. Isso nos estimula a continuar trabalhando, sempre com importantes parcerias<br />
com as Estaduais Florestais, com a Ibá e demais entidades do setor.<br />
Para nós este reconhecimento vale ainda mais por se tratar de uma iniciativa dessa editora que há 20<br />
anos se destaca na divulgação e promoção do setor florestal brasileiro. Assim, estendemos nossos<br />
agradecimentos e cumprimentos para toda a equipe dessa editora que produz brilhantemente títulos<br />
como o da Referência <strong>Florestal</strong>, Referência Industrial, entre outros.<br />
Cordialmente,<br />
Wilson Andrade - Diretor Executivo<br />
ABAF - Associação Baiana das Empresas de Base <strong>Florestal</strong><br />
(71) 98801-3000 / wilsonandrade@terra.com.br / abaf.org.br<br />
CURTA NOSSA PÁGINA<br />
10 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />
@referenciaflorestal<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados também para redação<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
Um cultivo forte depende do controle do pré ao pós-plantio.<br />
Outliner ® é um herbicida sistêmico desenvolvido para o controle pós-emergente<br />
de plantas daninhas de folhas largas. Uma excelente opção para manutenção<br />
das entrelinhas da floresta, desde o primeiro ano de desenvolvimento até os<br />
estágios mais avançados.<br />
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na manutenção da floresta.<br />
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0800 772 2492 | saiba mais: corteva.com.br<br />
® Marcas registradas da Corteva Agriscience e de suas companhias afiliadas. ©2022 Corteva.
BASTIDORES<br />
Revista<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
EVENTO<br />
No evento do lançamento da nova<br />
logo da APRE Florestas (Associação<br />
Paranaense de Empresas de Base<br />
<strong>Florestal</strong>), os diretores da Revista<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL, Fábio<br />
Machado e Pedro Bartoski Jr., junto<br />
com os diretores da Komatsu Forest,<br />
Eduardo Nicz e Carlos Borba.<br />
ENTREVISTA<br />
A presidente da Rede<br />
Mulher <strong>Florestal</strong>,<br />
Mariana Schuchovski,<br />
durante o jantar do<br />
Prêmio REFERÊNCIA<br />
2022, apresentou com<br />
orgulho a entrevista<br />
que ela concedeu para<br />
a Revista na edição de<br />
Novembro/22.<br />
Foto: Emanoel Caldeira<br />
ALTA<br />
SUPERÁVIT HISTÓRICO<br />
O governo federal registrou um superavit de R$<br />
30,8 bilhões no mês de outubro. Desde 2016 não<br />
era um resultado primário tão grande quanto esse,<br />
que também é o segundo maior superávit para o<br />
período na década. Os dados foram divulgados pelo<br />
Tesouro Nacional no final de novembro. O resultado<br />
primário é formado pelas receitas (como arrecadação<br />
de tributos) contra as despesas. No acumulado<br />
de janeiro a outubro de 2022, o superavit é de R$<br />
85,7 bilhões, o que corresponde a 1,02% do PIB<br />
(Produto Interno Bruto). Em 12 meses, as contas<br />
tiveram saldo positivo real de R$ 85,73 bilhões, o<br />
maior valor desde 2013. Números expressivos que<br />
demonstram a recuperação da economia do país<br />
no pós pandemia.<br />
DEZEMBRO 2022<br />
INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS<br />
A falta de transparência, quebra de decoro e principalmente<br />
os rompantes autoritários de membros do alto<br />
escalão do judiciário colocaram em cheque as ações das<br />
instituições nacionais. Aquelas que deveriam ser um porto<br />
seguro para a população e as mais sérias guardiãs da<br />
Constituição Brasileira demonstram em ações e decisões<br />
que seus ideais quase sempre são mais importantes que<br />
a nossa maior regulamentação regente. Lutar por democracia<br />
não é acumular poder e fazer mandos e desmandos<br />
ao bel-prazer, mas sim, demonstrar transparência<br />
de processos, respeito à população e manter a chamada<br />
liturgia do cargo, com ações que se enquadrem dentro<br />
do que cada um dos representantes públicos jurou<br />
defender. O Brasil precisa ter segurança na justiça e não<br />
desconfiança e medo de suas decisões.<br />
BAIXA<br />
12 www.referenciaflorestal.com.br
Agradecemos a todos os nossos<br />
parceiros e amigos que estiveram<br />
em nosso lado neste ano,<br />
Que 2023 seja repleto de novas<br />
conquistas e realizações.<br />
Desejamos a todos um<br />
Feliz Natal e próspero Ano Novo!<br />
(19) 3496-1555 carroceriasbachiega<br />
www.carroceriasbachiega.com.br
NOTAS<br />
Alternativa polivalente<br />
Foto: divulgação<br />
O MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), por meio do SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro),<br />
promoveu em novembro, o IV Seminário Nacional do Bambu, no Câmpus da Universidade Estadual de<br />
Goiás, em Pirenópolis. O objetivo do evento foi promover a cadeia produtiva e o desenvolvimento sustentável<br />
rural e urbano a partir da utilização do bambu nas mais diversas formas.<br />
O evento debateu a importância de buscar alternativas de materiais com menor consequência ambiental,<br />
econômica e social para diminuir os impactos negativos do clima e a perda de biodiversidade. O bambu se<br />
destaca por ser uma das alternativas com grande potencial para diferentes usos, como material construtivo,<br />
alimentício, energético, entre outros utensílios.<br />
No seminário foi abordado como tema central a Cadeia Produtiva do Bambu para o Desenvolvimento<br />
Sustentável. O Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro apresentou conjunto de instrumentos e iniciativas que dispõe para<br />
cooperar nas discussões de ampliar o potencial de desenvolvimento da cadeia produtiva do bambu. Além disso,<br />
coloca como uma oportunidade para o fortalecimento dessa economia de base florestal, dado à multiplicidade<br />
de usos do bambu e dos avanços científicos e tecnológicos sociais. Durante os dias do encontro, foram<br />
organizadas várias sessões temáticas sobre o uso dos bambus na arquitetura, design, agronomia, artesanato,<br />
culinária, políticas públicas, entre outras.<br />
14 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Reunião de trabalho<br />
Foto: divulgação<br />
Em meados de novembro aconteceu a quarta reunião técnica da ACR em 2022. O encontro, realizado em<br />
Caçador/SC, reuniu cerca de 30 profissionais de empresas associadas e teve a gestão florestal como principal<br />
tema. A abertura foi feita pelo presidente da ACR, Jose Mario Ferreira e pelo diretor-executivo da associação,<br />
Mauro Murara Jr.<br />
Em seguida, o ex-presidente da ACR (gestão 2002 – 2004) e gerente florestal da Adami por mais de 15 anos,<br />
Sérgio Luiz Bostelmann, fez uma apresentação da empresa. “É de suma importância as empresas trocarem<br />
informações. Estamos muito felizes por podermos proporcionar este encontro e divulgar os trabalhos desenvolvidos<br />
através dos tempos. Tenho certeza de que a maioria dos associados levou algo de útil para suas empresas”,<br />
destacou Sérgio.<br />
Outras três apresentações completaram o encontro. O professor Dr. Carlos Roberto Sanquetta, da UFPR<br />
(Universidade Federal do Paraná), falou sobre crédito de carbono e as oportunidades e desafios do setor florestal<br />
neste mercado. O também professor, Dr. Edison Perrando, da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria),<br />
abordou os retrospectos e perspectivas do zoneamento produtivo para Pinus taeda, feito em parceria com a<br />
empresa Adami. Fechando a parte técnica da reunião, o engenheiro florestal Bruno Conte apresentou ferramentas<br />
e resultados obtidos na gestão e inventário florestal na Adami ao longo dos últimos oito anos.<br />
16 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Defesa do meio ambiente<br />
Após matéria veiculada pelo programa Fantástico da rede Globo (20/11), o CIPEM/MT (Centro das Indústrias<br />
Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), em seu papel de entidade representativa do<br />
setor de base florestal organizado, veio a público declarar que apoia totalmente toda e qualquer ação de coibição<br />
a ilícitos ambientais que venham a se desenvolver no estado de Mato Grosso e no Brasil como um todo. Na nota,<br />
a entidade afirma que produzir com responsabilidade e respeito ao meio ambiente é uma das principais metas do<br />
setor de base florestal organizado e a ilegalidade contamina toda a cadeia produtiva, além de depreciar o valor de<br />
mercado da madeira nativa e desprestigiar aqueles que investem recursos e esforços para garantir o cumprimento<br />
da Lei.<br />
A associação ainda ressalta que lamenta e repudia veementemente que nos dias atuais ainda sejam surpreendidos<br />
com a divulgação de crimes ambientais desta natureza nas redes de comunicação. Tal prática, além de<br />
causar grande prejuízo econômico a produtores e ao erário, acaba maculando a imagem de toda uma categoria<br />
econômica que com responsabilidade e sustentabilidade é uma das principais geradoras de empregos e divisas<br />
para 44 Municípios de Mato Grosso.<br />
Além disso, o Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável, que dá origem à matéria prima legalizada – a madeira nativa - é<br />
uma das principais ferramentas para o combate às mudanças climáticas, devido a sua premissa de conservar as<br />
florestas em pé, com toda a sua biodiversidade, além de sequestrar e estocar carbono.<br />
Ainda segundo a nota, o CIPEM acompanha continuamente os esforços do órgão ambiental estadual Sema/MT<br />
(Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Mato Grosso) nas melhorias da gestão florestal, e contribui sempre que<br />
solicitado e com a devida pertinência, seja em pesquisas ligadas ao fortalecimento do Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável,<br />
aprimoramento dos procedimentos do licenciamento da atividade, incremento da segurança nos sistemas de<br />
controle da produção e comercialização dos produtos florestais, a exemplo do novo sistema as vésperas de ser implantado<br />
o “Sisflora 2.0”. O conteúdo completo da nota pode ser acessado no site do CIPEM, através do seguinte<br />
endereço: https://cipem.org.br/.<br />
Foto: divulgação<br />
18 www.referenciaflorestal.com.br
com5<br />
FLORESTA<br />
Melhoria<br />
operacional<br />
Menor custo<br />
de produção<br />
Redução da<br />
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NOTAS<br />
Prêmio florestal<br />
Foi a entrega do VII Prêmio Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro em Estudos de Economia<br />
e Mercado <strong>Florestal</strong> para trabalhos científicos no campo de estudos florestais.<br />
O prêmio é uma iniciativa do SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro), órgão vinculado ao<br />
MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), em parceria com a<br />
ENAP (Escola Nacional de Administração Pública) e com apoio da CNI (Confederação<br />
Nacional da Indústria).<br />
Durante a cerimônia, o diretor-geral do Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro, Pedro<br />
Neto, reforçou a importância da parceria na estimulação da produção acadêmica.<br />
Segundo Pedro, foi possível juntar política pública, iniciativa privada e escola<br />
de governo, direcionando, estimulando a produção acadêmica por um tema tão<br />
importante para o Brasil, que é a economia florestal. “Nos últimos anos, o Serviço<br />
<strong>Florestal</strong> Brasileiro vem dando cada vez mais ênfase nas suas temáticas operacionais,<br />
ao tema de economia florestal, aplicada na cadeia de produtos madeireiros e<br />
não madeireiros e também do que vem das concessões florestais”, explicou Pedro.<br />
O prêmio teve o foco de promover as discussões sobre as temáticas da economia<br />
e do mercado da produção florestal sustentável na academia e nos setores<br />
produtivos, o concurso tem como subtemas: concessões florestais; PIB Verde; sistema<br />
tributário do setor florestal; comércio internacional; tendências para os segmentos<br />
de florestas plantadas e/ou nativas; impactos econômicos e de mercado<br />
da Lei de Proteção da Vegetação Nativa; instrumentos econômicos e financeiros<br />
voltados ao setor florestal; dentre outros.<br />
O prêmio foi dividido nas categorias graduando e profissional. Na categoria<br />
de graduação, receberão R$ 20 mil, R$ 10 mil e R$ 5 mil. Os candidatos deveriam<br />
estar cursando a primeira graduação ou recém-formado. Já na categoria profissional,<br />
foram entregues R$ 25 mil, R$ 15 mil e R$ 10 mil, e os candidatos teriam que<br />
ter no mínimo o diploma de conclusão de curso de nível superior em qualquer<br />
área de formação ou diploma de curso técnico expedidos por instituição de ensino<br />
reconhecida por órgão competente. Ambos receberam troféus e certificados,<br />
além da publicação da monografia em formato eletrônico.<br />
Foto: divulgação<br />
20 www.referenciaflorestal.com.br
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NOTAS<br />
Nova direção<br />
Foto: divulgação<br />
O Conselho de Administração da Florestar São Paulo – Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e<br />
Consumidores de Florestas Plantadas está sob nova gestão. Leonardo Genofre, Gerente de Relações Institucionais<br />
da Bracell, estará à frente do cargo, conforme anunciado durante a Assembleia Geral da entidade, para o biênio<br />
2022/2024.<br />
Leonardo Genofre, afirma que assumir a presidência de uma entidade comprometida com valores com os quais a<br />
Bracell também acredita tem uma relevância muito grande. “Estou honrado com este novo desafio. Estarei comprometido<br />
em atuar em prol do desenvolvimento sustentável do setor, seguindo com o nosso propósito de que tudo o<br />
que fazemos deve ser bom para o país, o clima, as comunidades e os clientes”, destacou Leonardo.<br />
A Florestar é uma entidade civil, sem fins lucrativos, cujo foco é fomentar o crescimento e a competitividade da<br />
produção florestal de seus associados, transformando seus interesses e necessidades em resultados. A associação<br />
estimula a implementação de florestas de uso múltiplo e com funções ambientais, incluindo o mecanismo de desenvolvimento<br />
limpo visando o controle do efeito estufa.<br />
“Estamos com ótimas expectativas para este novo ciclo de gestão na Associação. Temos uma agenda focada em<br />
Políticas Públicas e atuação interinstitucional, fornecendo apoio e representação a nossas Empresas Associadas para<br />
o desenvolvimento da cadeia produtiva de florestas plantadas no cenário paulista”, reforça Fernanda Maria Abilio,<br />
Diretora Executiva da Florestar.<br />
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NOTAS<br />
ABNT contra incêndios<br />
Os membros da Comissão de Estudos<br />
da ABNT (Associação Brasileira de Normas<br />
Técnicas) de Segurança Contra Incêndio<br />
<strong>Florestal</strong> (CE-024:105.001) se reuniram para<br />
dar continuidade às ações dos planos de<br />
proteção contra incêndios florestais que irão<br />
compor a norma brasileira para prevenção e<br />
controle de incêndios florestais.<br />
A Comissão é formada por diversos<br />
atores e entidades e possui cinco GT (grupos<br />
de trabalho), destinados a elaboração dos<br />
textos para normas nos seguintes temas: estudo<br />
preliminar e diagnóstico; plano de prevenção;<br />
detecção e comunicação; combate;<br />
e ações de registro pós-fogo. A previsão para<br />
publicação da NBR (Norma Brasileira) é maio<br />
de 2023. NBRs não são mandatórias, uma<br />
vez que elas não são criadas pelo Governo<br />
ou por algum órgão de poder público, mas<br />
por instituições privadas. Todavia, este tipo<br />
de norma, pode impulsionar alterações nas<br />
normativas legais e outras legislações que<br />
dispõem sobre o tema.<br />
Nos últimos encontros, foram discutidas<br />
as definições em relação à detecção e à comunicação,<br />
pois a eficiência das ferramentas<br />
de detecção e de comunicação é fundamental<br />
para garantir que o combate seja iniciado<br />
ainda em pequenas proporções, evitando<br />
consequências mais graves. Por essa razão, a<br />
comissão trabalhou os conceitos e definições<br />
dos mecanismos e estruturas utilizadas<br />
na detecção e comunicação das ocorrências<br />
de incêndios florestais. Foram apresentados<br />
os tipos de sistemas de detecção (fixo,<br />
móvel, manual ou automatizado), assim<br />
como as principais ferramentas e estratégias<br />
de comunicação. Ainda durante a reunião,<br />
foi validado boa parte do texto em relação a<br />
esse tema, que contempla também a parte<br />
de alerta e sinalização das áreas com risco<br />
de incêndios.<br />
Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
SIMPOS 2022<br />
Fotos: SIMPOS<br />
Foi realizado durante o mês de novembro o SIMPOS 2022, principal encontro científico das Ciências Florestais<br />
no Brasil, que ocorre a cada dois anos, sendo essa edição realizada pela UNICENTRO (Universidade Estadual<br />
do Centro Oeste).<br />
Eduardo Lopes, coordenador do curso de pós-graduação de Ciências Florestais da UNICENTRO, destacou<br />
que o objetivo do evento é dar a oportunidade dos estudantes divulgarem trabalhos, estabelecer parcerias e<br />
ampliar a integração entre as universidades e as empresas do setor. “O tema dessa edição é discutir como podemos<br />
formar profissionais cada vez mais inseridos dentro da ciência e inovação”, explicou Eduardo.<br />
A palestra magna do evento foi ministrada pelo Diretor do Departamento de Empreendedorismo Inovador<br />
do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Cesar de Oliveira Pinto. O diretor afirmou que é necessário<br />
pegar os casos de sucesso e ampliar para os outros setores sem ficarmos presos a apenas uma empresa<br />
inovadora. “O nosso desafio é trazer e criar casos para segmentos diferentes no Brasil, pois a tecnologia está em<br />
tudo e pode ser uma imensa parceira das ciências florestais”, destacou Marcos.<br />
Durante os quatro dias de eventos os participantes puderam acompanhar palestras com grandes nomes<br />
do setor público e privado relacionados a cadeia de base florestal, com foco no empreendedorismo, produção<br />
florestal e preservação ambiental. O encerramento do evento ficou marcado pelas premiações dos trabalhos<br />
universitários apresentados. Foram 242 inscritos para as categorias: Conservação do meio ambiente, Economia<br />
e política, Manejo florestal, Silvicultura e Tecnologia de produtos florestais, sendo premiados três trabalhos em<br />
cada categoria.<br />
Também foi anunciado que o próximo simpósio será realizado em Santa Catarina, pela UDESC (Universidade<br />
do Estado de Santa Catarina), na cidade de Lages (SC), em 2024.<br />
26 www.referenciaflorestal.com.br
nutrição animal | biomassa | reciclagem | empilhadeiras | laminadora | serraria<br />
animal feed | biomass | recycling | forklifts | veneer peeling line | sawmill<br />
´
COLUNA<br />
ECONOMIA<br />
VERDE<br />
Desvendando o<br />
Mercado de Crédito<br />
de Carbono e a<br />
relação com o<br />
Manejo <strong>Florestal</strong><br />
Sustentável<br />
A estimativa é<br />
que somente no<br />
Brasil, o mercado<br />
de carbono possa<br />
movimentar cerca<br />
de US$100 bilhões<br />
até 2030<br />
https://cipem.org.br<br />
N<br />
os últimos anos, o debate internacional em torno do crédito de carbono tem se<br />
intensificado no contexto de agendas dedicadas à discussão da pasta Ambiental e<br />
Climática, em âmbito global, a exemplo da Conferência das Nações Unidas sobre<br />
Mudança do Clima de 2021 (COP-26), sediada em Glasgow, na Escócia e a COP-<br />
27, em 2022, no Egito.<br />
Dessa forma, o objetivo do presente artigo consiste em ampliar o conhecimento em torno<br />
dos benefícios ambientais e econômicos relacionados com o Mercado de Crédito de Carbono,<br />
bem como destacar o manejo florestal sustentável enquanto uma atividade econômica e sustentável<br />
diretamente relacionada com o sequestro de carbono e, consequentemente um dos principais<br />
vetores deste promissor mercado.<br />
A priori, tem-se que uma tonelada de carbono que deixa de ser lançada na atmosfera equivale<br />
a 1 crédito de carbono, concedido àquela empresa que, comprovadamente, mapeou, quantificou<br />
e registrou determinada meta preestabelecida de redução de emissões de GEE (Gases do<br />
Efeito Estufa). É válido informar que o CO2 (dióxido de carbono) é utilizado como referência para<br />
classificar os demais GEE quanto ao seu poder de aquecimento global, por ser o gás mais abundante<br />
na atmosfera. Em outras palavras, mesmo que sejam reduzidas as emissões de outros gases,<br />
como por exemplo o gás metano, o crédito concedido será medido em toneladas de dióxido<br />
de carbono equivalente (tCO2eq).<br />
Assim, o Mercado de Carbono propicia um valor monetário à redução das emissões, concedendo<br />
créditos de carbono aos empreendimentos que atingiram as metas. Em linhas gerais,<br />
os créditos de carbono representam uma moeda de troca entre aqueles empreendimentos que<br />
obtiveram os créditos em recompensa aos seus esforços de reduções, com os empreendimentos<br />
que não podem ou ainda não conseguem reduzir suas emissões. Em suma, a premissa é de<br />
que por meio do lucro financeiro àquele que contribui com os objetivos ambientais, os consumidores<br />
deste crédito sejam incentivados a buscar formas de reduzir as emissões de carbono,<br />
alterando suas matrizes energéticas, para que possam no futuro neutralizar suas emissões sem a<br />
necessidade de adquirir créditos de terceiros e, talvez, obtê-los e comercializá-los também.<br />
Com base em informações divulgadas pela CNN, a estimativa é que somente no Brasil, o<br />
mercado de carbono possa movimentar cerca de US$100 bilhões até 2030, o que reitera o alto<br />
potencial brasileiro nesta grande empreitada que pretende impactar positivamente o meio<br />
ambiente, bem como a economia. Nesse sentido, é possível afirmar que o segmento florestal<br />
organizado é um importante vetor do mercado de carbono brasileiro, pois, por meio do manejo<br />
florestal sustentável, a floresta nativa é conservada de pé. Isto, por sua vez, impacta positivamente<br />
no processo natural em que as espécies florestais sequestram o carbono atmosférico e o<br />
estocam em seus componentes (tronco, galhos, raízes, etc.). Em poucas palavras, o manejo florestal<br />
sustentável viabiliza o equilíbrio entre a produção e a conservação da floresta nativa, pois<br />
é um modelo de negócio ecologicamente sustentável, que ocorre com total respeito à floresta e<br />
à legislação vigente.<br />
A atividade econômica e sustentável prevê a colheita de somente árvores maduras, o que<br />
corresponde a 12% da cobertura florestal de uma área manejada, mantendo de pé cerca de<br />
88% das árvores, de modo a conservar a biodiversidade da vegetação e da fauna. Dessa forma,<br />
quando as árvores maduras são colhidas para o uso e industrialização da madeira, o estoque de<br />
carbono permanece aprovisionado por tempo indeterminado na madeira, impedindo-o de ser<br />
lançado à atmosfera, por exemplo, com a morte natural da árvore na floresta. Com isso, é possível<br />
depreender que o manejo florestal sustentável é um importante aliado da perenidade da<br />
floresta e da missão global da neutralização do gás carbônico.<br />
Ao encontro do objetivo de deter o controle destas emissões, em escala global, o CIPEM<br />
(Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), desde<br />
2021, é um Apoiador do Programa de Estado Carbono Neutro Mato Grosso, cuja missão voluntária<br />
é de fomentar o desenvolvimento econômico e sustentável e alcançar a neutralização do<br />
carbono até 2035. Com o selo Apoiador, fica atribuído à entidade representativa do setor de<br />
base florestal mato-grossense, notório reconhecimento diante da contribuição com a criação de<br />
campanhas para a disseminação das metas e resultados relacionados às emissões de carbono,<br />
junto aos sindicatos de sua base, indústrias associadas e ao Estado de Mato Grosso.<br />
Acesse os links https://cipem.org.br/noticias/o-elo-entre-o-manejo-florestal-sustentavel-e-o-sequestro-de-carbono<br />
e https://www.youtube.com/watch?v=igceckDpCNI para saber mais.<br />
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FRASES<br />
Foto: AGEFLOR<br />
Esperamos que se chegue em<br />
um consenso e tenhamos um<br />
documento que possibilite o<br />
crescimento da área plantada<br />
aliado com a preservação<br />
ambiental. Um setor que preserva<br />
quase a mesma área que produz<br />
não pode ser impedido de crescer<br />
e produzir bens necessários para<br />
o nosso dia a dia<br />
Luiz Augusto Alves, presidente da AGEFLOR<br />
(Associação Gaúcha de Empresas Florestais)<br />
“É uma atividade que produz<br />
benefícios ambientais inegáveis:<br />
a recuperação das nascentes,<br />
a recuperação de áreas<br />
degradadas. É uma atividade<br />
econômica da maior importância.<br />
Quando elaboramos esse projeto,<br />
essa atividade econômica gerava<br />
mais de 4,5 milhões de empregos<br />
no país. Hoje, certamente, muito<br />
mais do que isso”<br />
Roberto Rocha, senador do PTB do Maranhão,<br />
relator do projeto de lei que retira a silvicultura da<br />
lista de atividades poluidoras<br />
O nosso objetivo, com<br />
o Inventário <strong>Florestal</strong>,<br />
é possibilitar a geração<br />
de riqueza com o uso de<br />
madeira, em conformidade<br />
com a legislação ambiental.<br />
O Plano de Manejo, se<br />
aprovado, fornecerá madeiras<br />
legalizadas para as movelarias<br />
e marcenarias do município<br />
de Lábrea, que hoje soma sete<br />
empreendimentos licenciados.<br />
Nanci Reis, engenheira florestal do Idam,<br />
(Instituto de Desenvolvimento Agropecuário<br />
e <strong>Florestal</strong> Sustentável do Amazonas) sobre o<br />
desenvolvimento do manejo florestal no Estado<br />
30 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
Trabalho que<br />
DESENVOLVE<br />
Work in development<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
O<br />
segmento de florestas plantadas é o combustível<br />
do setor madeireiro no sul do país. Fornecendo<br />
matéria-prima para a indústria de móveis,<br />
chapas, celulose e produtos de madeira, os<br />
plantios garantem o funcionamento da cadeia de produção florestal.<br />
Fortalecer esse trabalho e fomentar a cultura de árvores<br />
plantadas é o trabalho da AGAFLOR (Associação Gaúcha de<br />
Reflorestamento). Paulo Bannemann, presidente da associação<br />
conta um pouco da história e das principais atividades da associação,<br />
bem como, perspectivas para os próximos anos.<br />
Paulo<br />
Bannemann<br />
T<br />
he Planted Forest segment fuels the Forest Product<br />
Sector in the Country’s South, providing raw materials<br />
for furniture making, wood panel production,<br />
pulp manufacture, and other forest product<br />
segments and ensuring the operation of the forest production<br />
chain. Strengthening this work and promoting the culture of<br />
planted trees is the work of the State of Rio Grande do Sul Reforestation<br />
Association (Agaflor). Paulo Bannemann, President<br />
of the Association, tells us a little about the history and main<br />
activities of the Association.<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Presidente da<br />
AGAFLOR (Associação Gaúcha de Reflorestamento)<br />
President of the Association State of Rio Grande do Sul<br />
Reforestation Association (Agaflor)<br />
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ENTREVISTA<br />
>> Como foi sua chegada à presidência da AGAFLOR?<br />
Sou sócio fundador e primeiro vice-presidente da entidade,<br />
cargo ocupado até ser eleito presidente. Ocupo a presidência<br />
desde março de 2017.<br />
>> Como foi sua caminhada no setor florestal?<br />
Tudo começou em 2003 com a chegada da VCP Votorantim<br />
Celulose e Papel na Metade Sul do Rio Grande do Sul para<br />
instalar uma grande fábrica de celulose. Como minha origem<br />
é rural, de família de imigrantes pomeranos, tendo estudado<br />
no CAVG (Colégio Agrícola Visconde da Graça), em Pelotas<br />
(RS), onde cursei o ginasial agrícola, recebendo o diploma de<br />
Mestre Agrícola, sempre houve um anseio pelo retorno às atividades<br />
rurais. Embora sendo um empresário urbano atuando<br />
no setor de segurança eletrônica, eu e minha esposa Vera<br />
resolvemos investir em terras com foco na atividade florestal,<br />
o que concretizamos em 2004. Em 2005 iniciamos os primeiros<br />
plantios de acácia negra no município de Piratini (RS) e,<br />
em 2006 avançamos para o plantio de eucalipto, pinus e não<br />
paramos mais. Atualmente fornecemos acácia negra para as<br />
empresas TANAC e SETA, eucalipto para exportação através<br />
da CONNEXION EXPORT e temos contratos de fornecimentos<br />
futuros de eucalipto com a CMPC. Outra atividade não madeireira<br />
importante é a produção de resina de pinus eliotti,<br />
fornecido à ÂMBAR Resinas.<br />
>> Seu plantio é focado totalmente na produção florestal?<br />
Nossa propriedade trabalha no sistema ILPF (Integração Lavoura<br />
Pecuária Floresta), com plantios florestais no formato<br />
de mosaicos, intercalando as espécies, além do cultivo de soja<br />
e trigo em parceria com terceiros. Temos parceria na pecuária<br />
de corte e, parceria na exploração da apicultura, com aproveitamento<br />
das floradas de eucalipto e das matas nativas. As áreas<br />
preservadas, entre APPs (Áreas de Proteção Permanente),<br />
reservas legais e remanescentes de mata nativa intocada somam<br />
mais de 45% da propriedade. O projeto agrosilvopastoril<br />
tem foco de longo prazo, forte na sustentabilidade ambiental,<br />
social e econômica. Nossas florestas de eucalipto já são certificadas<br />
FSC (Forest Stewardship Council) e, estamos buscando<br />
a certificação das florestas de pinus e acácia negra.<br />
>> Como surgiu a AGAFLOR?<br />
Surgiu em 2012 de um movimento de produtores de acácia<br />
negra, em busca de alternativas para venda de suas florestas<br />
que estavam sem mercado devido ao crash financeiro mundial<br />
de 2008 e, também, do tsunami no Japão, que destruiu<br />
fábricas de celulose naquele país.<br />
>> Quais as principais ações da AGAFLOR no Estado?<br />
Congregar os produtores de florestas plantadas visando o<br />
crescimento do setor, com ações junto aos três níveis de governos,<br />
legislativos, órgãos ambientais, portuários e empresas<br />
de pesquisa.<br />
What was your path to becoming President of Agaflor?<br />
I am a founding partner and first vice-president of the entity,<br />
a position I held until I was elected President. I have held this<br />
mandate since March 2017.<br />
How did you become involved with the Forest Product<br />
Sector?<br />
It all started in 2003 with the arrival of Votorantim Celulose<br />
e Papel (VCP) in the Southern Half of Rio Grande do Sul<br />
when they installed a large pulp mill. As my origin is rural,<br />
from a Pomeranian immigrant family, and having studied at<br />
the Visconde da Graça Agricultural School (CAVG) in Pelotas<br />
(RS), where I studied agriculture, receiving an M.Sc. in<br />
Agriculture, I have always had a longing for a return to rural<br />
activities. Although being an urban entrepreneur working in<br />
electronic security, my wife, Vera, and I decided to invest in<br />
land focused on forest activities, which we realized in 2004.<br />
In 2005, we started the first black acacia plantations in the<br />
municipality of Piratini (RS), and in 2006, we went on to<br />
plant eucalyptus and pine and, after that, have not stopped.<br />
Currently, we supply black acacia to Tanac and Seta and<br />
eucalyptus for export through Connexion Export, and we<br />
have contracts to supply Cmpc with eucalyptus. Another important<br />
non-timber activity is the production of pínus eliotti<br />
resins for Âmbar Resinas.<br />
Is your farm focused only on forest production?<br />
Our property works with the Forest Livestock Farming Integration<br />
system (Ilpf), with forest plantations in the form of<br />
mosaics, interspersing the species, and cultivating soybeans<br />
and wheat in partnership with third parties. We also have<br />
partnerships for raising beef cattle and beekeeping using eucalyptus<br />
and native forest blossoms. The conservation areas,<br />
among Permanent Protection Areas (APP), legal reserves,<br />
and remnants of untouched native forest, add up to more<br />
than 45% of our property. Our agrosilvopastoral project<br />
heavily focuses on environmental, social, and economic<br />
sustainability. Our eucalyptus forests are already FSC-certified,<br />
and we are seeking certification for the pine and black<br />
acacia forests.<br />
How did Agaflor come about?<br />
The Association emerged in 2012 from a movement of black<br />
acacia producers looking for alternatives to sell their forest<br />
products that were without a market due to the global<br />
financial crash of 2008 and the tsunami in Japan, which<br />
destroyed their pulp mills.<br />
What are Agaflor’s main actions in the State?<br />
Bringing together the producers of planted forests aiming at<br />
Sector growth, with actions at the three levels of governments,<br />
legislatures, environmental agencies, and ports and<br />
research companies.<br />
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ENTREVISTA<br />
>> O Rio Grande do Sul é um grande produtor de madeira<br />
plantada. Como a AGAFLOR trabalha para o desenvolvimento<br />
do segmento?<br />
Fomentamos o setor por meio de seminários, encontros,<br />
palestras e ações diretas junto às empresas compradoras e<br />
exportadoras, visando facilitar a comercialização da madeira<br />
e derivados.<br />
>> Promovem eventos e cursos para os afiliados?<br />
Sim, para associados e a comunidade em geral. Anualmente,<br />
no mês de outubro a AGAFLOR, em parceria com a AGEFLOR,<br />
promove um grande evento intitulado: Seminários sobre Florestas<br />
Plantadas no Rio Grande do Sul; já em sua 11ª edição<br />
realizada em outubro. Estes seminários acontecem durante as<br />
Expofeiras da Associação Rural de Pelotas, no seu Parque de<br />
Exposições. Outros eventos como: divulgação do Programa +<br />
Renda; um programa de fomento ao plantio de eucalipto da<br />
CMPC, divulgação dos programas de fomento ao plantio de<br />
acácia negra da TANAC, divulgação do projeto de Certificação<br />
coletiva FSC para pequenos produtores da RDK Logs, palestras<br />
virtuais com especialistas de entidades de pesquisa, como a<br />
EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e<br />
encontros com compradores de produtos florestais.<br />
>> Quais as principais vantagens para os afiliados?<br />
Ter uma organização que os represente e os defenda junto às<br />
esferas públicas e privadas e gere movimentos de apoio, treinamento,<br />
fomento e comercialização.<br />
Congregar os produtores<br />
de florestas plantadas<br />
visando o crescimento do<br />
setor, com ações junto aos<br />
três níveis de governos,<br />
legislativos, órgãos<br />
ambientais, portuários e<br />
empresas de pesquisa<br />
Rio Grande do Sul is a significant producer of planted<br />
forests. How does Agaflor work for the development of the<br />
Sector?<br />
We promote the Sector through seminars, meetings, lectures,<br />
and direct actions with buyers and exporters, aiming<br />
to facilitate the sale of timber and derivatives.<br />
Do you hold events and courses for members?<br />
Yes, for members and the community at large. Annually, in<br />
October, Agaflor, in partnership with Ageflor, promotes a<br />
significant event entitled: Seminars on Planted Forests in Rio<br />
Grande do Sul; already in its 11th year this October. These<br />
seminars occur in its Exhibition Park during the Expofeiras<br />
of the Rural Association of Pelotas. Other events such as<br />
the dissemination of the RS + Renda Programa, a Cmpc<br />
outgrower program to promote the planting of eucalyptus;<br />
dissemination of the Tanac programs to promote the<br />
planting of black acacia; dissemination of the FSC Collective<br />
Certification project for small RDK Logs producers; virtual<br />
lectures with specialists from research entities such as the<br />
Brazilian Agricultural Research Company (Embrapa); and,<br />
meetings with buyers of forest products.<br />
What are the main advantages for members?<br />
Having an organization that represents and defends them<br />
within the public and private spheres and manages movements<br />
of support, training, promotion, and sale.<br />
What is Agaflor’s relationship with Ageflor?<br />
Very strong. We have a partnership in holding events,<br />
actions with public agencies, communications plans, and the<br />
like. The State of Rio Grande do Sul Forest Product Sector is<br />
commonly represented by the two entities.<br />
What are Agaflor’s main goals for the coming years?<br />
Increase the number of members, stimulate the planting<br />
and production of trees, and develop other products from<br />
planted forests.<br />
What are the biggest challenges in the Planted Forest<br />
Sector?<br />
Logistics, road infrastructure, and adequacy of current and<br />
severe environmental conditions required in Rio Grande do<br />
Sul, equating them to other units of the federation and the<br />
Forest Code.<br />
Does Agaflor work with universities or research centers for<br />
technological development within the Sector?<br />
Yes. The Association is working with Embrapa Florestas and<br />
Embrapa Clima Temperado, developing new management<br />
and genetic improvement techniques for the most used forest<br />
species in Rio Grande do Sul. Also, we are working with<br />
the Federal University of Santa Maria (Ufsm), which has a<br />
highly respected forestry engineering course.<br />
36 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
>> Como a AGAFLOR se relaciona com a AGEFLOR?<br />
Muito bem. Temos uma parceria na realização de eventos,<br />
ações junto aos órgãos públicos, planos de comunicações e<br />
afins. O setor florestal gaúcho é comumente representado<br />
pelas duas entidades.<br />
>> Quais os principais objetivos da AGAFLOR para os próximos<br />
anos?<br />
Aumentar sempre o número de associados e estimular o plantio<br />
e a produção de madeira e outros produtos oriundos das<br />
florestas plantadas.<br />
>> Quais os maiores desafios no segmento de florestas plantadas?<br />
Logística, infraestrutura viária, adequação das atuais e severas<br />
condicionantes ambientais exigidas no Rio Grande do Sul,<br />
equiparando-as às demais unidades da federação e ao Código<br />
<strong>Florestal</strong>.<br />
>> A AGAFLOR trabalha junto com universidades ou centros<br />
de pesquisa para o desenvolvimento tecnológico do segmento?<br />
Sim. Está atuando junto à EMBRAPA FLORESTAS e a EMBRAPA<br />
CLIMA TEMPERADO para o desenvolvimento de novas técnicas<br />
de manejo e aprimoramento genético das espécies florestais<br />
mais utilizadas no Rio Grande do Sul. Também, estamos<br />
nos aproximando da UFSM (Universidade Federal de Santa<br />
Maria), que tem um curso de Engenharia <strong>Florestal</strong> muito respeitado.<br />
>> As parcerias público-privadas são muito importantes para<br />
o desenvolvimento do segmento. Como a AGAFLOR trabalha<br />
nesse sentido?<br />
A AGAFLOR atua fortemente nas parcerias com empresas privadas<br />
compradoras da matéria-prima, desenvolvendo políticas<br />
de fomento, financiamento e compra assegurada. Quanto<br />
às parcerias público-privadas, temos relações com a EMATER<br />
e fazemos parte do Conselho do FUNDEFLOR (Fundo para o<br />
Desenvolvimento do Setor <strong>Florestal</strong>), órgão da Secretaria da<br />
Agricultura do Rio Grande do Sul.<br />
>> Qual é o principal foco de sua gestão?<br />
Expandir o número de associados e fazer crescer as áreas<br />
plantadas com florestas no Rio Grande do Sul. Estamos trabalhando<br />
muito fortemente no desenvolvimento e adesão<br />
ao sistema IPLF das atividades de agricultura e pecuária, com<br />
foco na sustentabilidade das propriedades e no aumento da<br />
produção de madeira sem diminuir a produção de grãos e de<br />
carne. Uma das principais metas desta gestão da AGAFLOR<br />
é consolidar as parcerias com outras entidades ligadas ao<br />
setor florestal, unindo esforços no desenvolvimento do setor<br />
e trabalhando por uma causa maior sem descaracterizar a<br />
essência de cada entidade. Estamos iniciando conversações<br />
para trabalhos conjuntos entre AGAFLOR, AGEFLOR E SIN-<br />
DIMADEIRA.<br />
Private-public Partnerships are very important for the<br />
development of the segment. How does AGAFLOR work in<br />
this sense?<br />
Agaflor very much operates in partnerships with private<br />
companies that purchase their raw materials, developing<br />
policies for promoting, financing, and assuring purchase. As<br />
for Public-private Partnerships, we have relations with Emater<br />
and are part of the Council of Fund for the Development<br />
of the Forest-based Sector (Fundeflor), an agency of the Rio<br />
Grande do Sul Secretary of Agriculture.<br />
What is the main focus of your mandate?<br />
Expand the number of members and increase the area of<br />
planted forests in Rio Grande do Sul. We are very much<br />
working for the development and adhering to the Iplf system<br />
of agriculture and livestock activities, focusing on the<br />
sustainability of properties and increasing timber production<br />
without reducing grain and meat production. One of the<br />
main Agaflor goals is to consolidate partnerships with other<br />
entities linked to the Forest Product Sector, joining forces in<br />
developing the Sector and working for a more significant<br />
cause without mischaracterizing the essence of each entity.<br />
We are starting talks for joint work between Agaflor, Ageflor,<br />
and Sindimadeira.<br />
Uma das principais metas<br />
desta gestão da AGAFLOR<br />
é consolidar as parcerias<br />
com outras entidades<br />
ligadas ao setor florestal,<br />
unindo esforços no<br />
desenvolvimento do setor e<br />
trabalhando por uma causa<br />
maior sem descaracterizar a<br />
essência de cada entidade<br />
38 www.referenciaflorestal.com.br
DESCARREGAMENTO<br />
HORIZONTAL POR EMPURRE,<br />
MAIS RÁPIDO E SEGURO.<br />
IMPLEMENTOS<br />
AGRÍCOLAS E<br />
RODOVIÁRIOS<br />
beltz.com.br<br />
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Rua Alberto Koglin, 1034<br />
Centro, Dona Emma - SC<br />
(47) 99755-7557
COLUNA<br />
Protetor facial de tela<br />
de nylon ou de acrílico,<br />
qual o melhor?<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Engenheiro <strong>Florestal</strong> e Segurança do Trabalho<br />
Ms. em Manejo <strong>Florestal</strong><br />
gabrielberger.com.br<br />
gabriel@gabrielberger.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
A projeção de partículas contra o rosto é um dos riscos graves em<br />
que o operador de motosserra está exposto<br />
O<br />
trabalho com motosserra apresenta diversos<br />
riscos ao operador. Costuma-se classificar a<br />
proteção do corpo do trabalhador em três<br />
grandes áreas: proteção da cabeça, proteção<br />
do tronco e membros superiores e proteção<br />
dos membros inferiores. Quando tratamos da proteção da<br />
cabeça, precisamos considerar o uso de capacete, protetor<br />
auricular, protetor facial e óculos de segurança.<br />
Entre os riscos que o operador de motosserra enfrenta na<br />
área da cabeça, podemos destacar a projeção de partículas<br />
contra o rosto do trabalhador durante a operação da máquina,<br />
como por exemplo serragem, lascas de madeira ou ainda<br />
resíduos de folhas e galhos das árvores.<br />
Por esse motivo é indispensável o uso do protetor facial<br />
durante a operação da motosserra, já que esse equipamento<br />
de proteção individual pode prevenir contra um eventual acidente<br />
envolvendo partículas volantes geradas durante o corte<br />
da madeira.<br />
No mercado nacional temos a disposição basicamente<br />
dois tipos de protetores faciais: os confeccionados em tela de<br />
nylon e os de acrílico. O protetor facial de tela de nylon é o<br />
mais utilizado no mundo, já que pode ser levantado e baixado<br />
durante o trabalho e conforme a necessidade do operador da<br />
máquina. Existem no mercado brasileiro telas de excelente<br />
qualidade, seguras e que não causam distorções visuais para<br />
o operador.<br />
Já a proteção de tela de acrílico pode embaçar e riscar<br />
durante o uso, o que pode provocar perda ou dificuldade de<br />
visualização do trabalhador, o que torna a atividade ainda<br />
mais perigosa. Ter uma visão clara e limpa é fundamental para<br />
operar a motosserra com segurança.<br />
O protetor facial de tela de nylon, por sua vez, não livra o<br />
rosto de luz, respingos ou odores, sendo resistente apenas ao<br />
impacto de partículas sólidas volantes. Por isso é importante<br />
ressaltar que o uso do protetor facial de tela não desobriga<br />
o operador a utilizar também os óculos de segurança para<br />
a proteção total dos olhos. Portanto, para estar com o rosto<br />
devidamente protegido, o trabalhador deve combinar o uso<br />
desses dois EPIs (Equipamento de Proteção Individual).<br />
Alguns modelos de protetor facial de tela de nylon podem<br />
ser acoplados diretamente no capacete do operador, no boné<br />
árabe, no caso de operar também a motorroçadora e também<br />
pode ser usado preso na carneira apenas. Ou seja, é um EPI<br />
de fácil uso em qualquer situação em que se encontre o trabalhador.<br />
Com base na minha experiência prática na operação da<br />
motosserra e no treinamento de mais de 2000 trabalhadores<br />
no manejo de árvores, recomendo o uso do protetor de tela<br />
de nylon, visto que apresenta mais segurança e conforto para<br />
o operador da máquina.<br />
É importante lembrar que cabe ao trabalhador cumprir<br />
as determinações, responsabilidades e zelar quanto ao uso<br />
correto do EPI e ao empregador adquirir, registrar, distribuir<br />
gratuitamente e esclarecer sobre como utilizar o equipamento,<br />
que deve estar em perfeitas condições de uso e ter o Certificado<br />
de Aprovação – CA.<br />
O esforço deve ser em conjunto, empregado e empregador,<br />
para assegurar as melhores práticas no manejo de árvore<br />
e qualidade de vida.<br />
Fotos: divulgação<br />
40 www.referenciaflorestal.com.br
PRINCIPAL<br />
42 www.referenciaflorestal.com.br
A FORÇA<br />
DELAS<br />
O reconhecimento e fortalecimento<br />
da presença feminina é uma das<br />
principais frentes de ação de uma<br />
grande empresa do setor florestal<br />
Fotos: divulgação<br />
Female strength<br />
The recognition and<br />
strengthening of the female<br />
presence are two of the<br />
main action goals of a large<br />
company in the Forest<br />
Product Sector<br />
Dezembro 2022<br />
43
PRINCIPAL<br />
As práticas de ASG (Ambiental, Social e Governança)<br />
se tornaram uma tônica na economia moderna. O<br />
cuidado com o meio ambiente, ações para fortalecimento<br />
da comunidade e a boa administração de<br />
recursos e pessoas tem transformado a economia<br />
mundial. Dentro do mercado da economia verde isso já era visto<br />
anteriormente e as boas práticas têm se destacado ainda mais,<br />
mostrando o quanto o segmento florestal está à frente nessa<br />
missão que vai muito além da busca por lucros e atinge alvos<br />
que trazem benefícios para todos os envolvidos.<br />
O conceito de ASG foi apresentado ao mundo no ano de<br />
2004, através de um relatório da ONU que tinha como tema:<br />
Quem se importa, vence. O “G” dessa sigla fala de governança e<br />
isso se aplica diretamente às relações corporativas e à busca por<br />
mais igualdade e respeito no ambiente de trabalho, principalmente<br />
quando se tratam de mulheres ou outros grupos menos<br />
assistidos. A Bayer, com destaque para o segmento florestal,<br />
trabalha com essas boas práticas há muito tempo e isso pode<br />
ser comprovado através dos testemunhos de mulheres que<br />
fazem parte deste time.<br />
Francine Pizeta, gerente para América Latina para o setor de<br />
Excelência Operacional, está na Bayer há 12 anos e já construiu<br />
uma grande carreira dentro da empresa. Ela relata que entrou<br />
como estagiária e há 8 anos assumiu o cargo atual, onde ampliou<br />
seus horizontes. “Em setores de excelência, marketing e melho-<br />
E<br />
nvironmental, Social, and Governance (ESG)<br />
practices have become a keynote in the modern<br />
economy. Care for the environment, actions<br />
to strengthen the community, and effectively<br />
administrating resources and people have transformed<br />
the world economy. Within the so-called green economy<br />
market, this has been seen before; however, now good practices<br />
stand out even more, demonstrating how much the Forest Product<br />
Sector is ahead in this mission that goes far beyond the search for<br />
profits and reaches targets that lead to benefits to all involved.<br />
The ESG concept was presented to the world in 2004 through<br />
a UN initiative with the theme: Who Cares Wins. The “G” of this<br />
acronym speaks of Governance. This directly applies to corporate<br />
relations and the search for more equality and respect in the workplace,<br />
especially when dealing with women or less advantaged<br />
groups. Bayer, especially in the Forest Product Sector, has been<br />
working with these good practices for a long time, which can be<br />
proven through the testimonies of the women who are part of<br />
the team.<br />
Francine Pizeta, Manager for Latin America for the Operational<br />
Excellence Department of Bayer, has been with the Company<br />
for over 12 years and has already built a brilliant career. She says<br />
she entered the Company as an intern and, eight years ago, took<br />
up her current position, where she has succeeded in broadening<br />
her horizons. “In departments of excellence, marketing, and pro-<br />
44 www.referenciaflorestal.com.br
ia de processos temos sempre uma forte presença feminina<br />
e hoje, dentro do meu setor somos em seis mulheres em um<br />
grupo de oito profissionais”, destaca Francine.<br />
A gerente comenta que nos últimos anos acompanha uma<br />
grande evolução nos planos e ações de inclusão dentro da Bayer.<br />
Essas estratégias associadas a indicadores de performance,<br />
mostram quantas ações estão sendo feitas, quando estão sendo<br />
efetivas e onde ainda é preciso evoluir. “É uma combinação<br />
da estratégia de pessoas, liderada por Recursos Humanos, e<br />
priorizada pela área de Negócios e Operações”, complementa<br />
Francine.<br />
A gerente aponta que ações protagonizadas por mulheres<br />
ganharam espaço no período mais recente da Bayer. Francine<br />
ressalta que ter uma mulher representando a divisão e demonstrando<br />
excelentes resultados, permite mostrar que as diferenças<br />
podem ser valorizadas, que com um time mais equilibrado<br />
entre mulheres e homens, é possível entregar mais valor para<br />
os parceiros comercias, para os fornecedores, para o mercado<br />
e segmento em que a Bayer está presente. “Cabe a nós como<br />
líderes, influenciar positivamente e trazer para a conversa temas<br />
sensíveis e necessários como equidade de gênero, criarmos métricas<br />
para acompanhar a evolução das nossas ações, comunicar<br />
e engajar nossas equipes e colaboradores, somando ainda mais<br />
esforços para a evolução da representatividade feminina em<br />
todos os níveis da organização e da sociedade”, analisa Francine.<br />
NA CIDADE...<br />
A Bayer está presente onde seus clientes precisam, coletando<br />
informações, analisando dados e oferecendo soluções<br />
técnicas de acordo com as especialidades de seus profissionais.<br />
Acreditamos que as mulheres<br />
podem, e devem, estar<br />
presentes em todas as áreas<br />
da Bayer, mostrando que<br />
chegamos para ficar<br />
Cinthia Moreira<br />
cess improvement, we always have had a strong female presence.<br />
Today, within my department, there are six women out of a group<br />
of eight,” says Pizeta.<br />
Pizeta comments that recent years followed a significant<br />
evolution in Bayer’s inclusion plans and actions. These strategies,<br />
associated with performance indicators, show how many measures<br />
are being taken, when they are effective, and where they still<br />
need to evolve. “It is a combination of the people strategy, led by<br />
Human Resources, and prioritized by the Business and Operations<br />
area,” adds Pizeta.<br />
She points out that actions led by women have gained space<br />
in the most recent period of Bayer. Pizeta also points out that<br />
having a woman representing the department and demonstrating<br />
excellent results allows us to demonstrate that differences can be<br />
valued and that with a more balanced team between women and<br />
men, it is possible to deliver more value to commercial partners,<br />
suppliers, the market, and the segment in which Bayer is present.<br />
“It is up to us as leaders to positively influence and bring sensitive<br />
and necessary issues to the conversation, such as gender equity,<br />
creating metrics to monitor the evolution of our actions, commu-<br />
Dezembro 2022<br />
45
PRINCIPAL<br />
E isso só atinge resultados expressivos pela liberdade e aceitação<br />
proporcionadas pela Bayer. Cinthia Moreira, analista de<br />
marketing da Bayer há quase 3 anos, não mede palavras para<br />
valorizar o ambiente que a empresa oferece para seu trabalho<br />
e para todo o setor de marketing, destacando que a valorização<br />
é focada exclusivamente nas competências profissionais. “Além<br />
disso, ainda é incrível estar em um ambiente onde você pode ser<br />
quem você é sem ressalvas, nos auxilia a entregar um resultado<br />
muito melhor”, enaltece Cinthia. Ela relata, ainda, que as ações<br />
de inclusão da Bayer são apresentadas desde o momento da<br />
entrevista de emprego e fortalecidas por um ambiente, que<br />
reforça a linha de trabalho. A analista conta que em todas as<br />
comunicações da empresa são utilizadas mulheres e aponta a<br />
importância de reforçar as conquistas desse grupo. “Acreditamos<br />
que as mulheres podem, e devem estar presentes em<br />
todas as áreas da Bayer, mostrando que chegamos para ficar”,<br />
exalta Cinthia.<br />
Independente do tempo de casa, o trabalho feito pela<br />
Bayer é de excelência e presente desde os primeiros passos<br />
dos profissionais dentro do time. É o caso de Luanna Gomes,<br />
promotora técnica de vendas que tem um ano e quatro meses<br />
na Bayer, brinca que a palavra inclusão chega ser engraçada,<br />
como se fosse uma adaptação de discurso, pois dentro do setor<br />
nunca sentiu ter menos ou mais valor que qualquer colega. “Esse<br />
nicating and engaging our teams and collaborators, and adding<br />
even more efforts to the evolution of female representation at<br />
all levels of business organizations and society,” analyzes Pizeta.<br />
IN THE CITY ...<br />
Bayer is present where its customers are, collecting information,<br />
analyzing data, and offering technical solutions according to<br />
the specialties of its professionals. And this results in expressive<br />
results for the freedom and acceptance provided by Bayer. Cinthia<br />
Moreira, Marketing Analyst for Bayer for almost three years, does<br />
not mince words when valuing the Company’s work environment,<br />
especially for the entire marketing department, highlighting that<br />
appreciation is focused exclusively on professional skills. “Besides,<br />
it is still amazing to be in an environment where you can be who<br />
you are without reservation. It helps us deliver a much better<br />
result,” says Moreira. She also says that Bayer’s inclusion actions<br />
are present from the moment of the job interview and strengthened<br />
by an environment that reinforces the line of work. Moreira<br />
says that in all Company communications, women are used and<br />
points out the importance of supporting the achievements of this<br />
group. “We believe that women can and should be present in all<br />
areas of Bayer, showing that we are here to stay,” says Moreira.<br />
Regardless of the time at Bayer, the work requires excellence<br />
from the first moments of the professional within the team. This is<br />
46 www.referenciaflorestal.com.br
econhecimento profissional sem distinção é o caminho para<br />
construirmos mulheres fortes, que acreditam em si, acreditam<br />
em sua capacidade e em seu espaço”, valoriza Luanna.<br />
A promotora, ainda, destaca que o tratamento igual para<br />
todos os funcionários é ótimo, pois ela se sente valorizada,<br />
reconhecida, ouvida, respeitada, que nunca sentiu qualquer<br />
diferença por ser mulher. “Na Bayer temos diretoras, gerentes,<br />
coordenadoras, promotoras, mulheres. Ocupamos nosso espaço,<br />
mostramos quem somos e aonde queremos chegar e a Bayer<br />
nos abraçou com muito carinho”, elogia Luanna.<br />
A analista de desenvolvimento de produtos, Natalia Bevilaqua,<br />
também tem pouco mais de um ano de casa e mesmo com<br />
o breve período, já pode conhecer as características que ditam<br />
o funcionamento do time Bayer. Ela relata que vivencia a valorização<br />
das mulheres e o reconhecimento dado pela empresa de<br />
forma igualitária. “Dentro do meu setor, realizamos atividades<br />
em equipe buscando o desenvolvimento e protagonismo de<br />
todos do time. Somos sempre incentivadas a liderar diversos<br />
processos e atividades dentro do nosso fluxo de trabalho”,<br />
explica Natalia.<br />
Para a analista, a Bayer é uma empresa que valoriza os<br />
funcionários de diversas formas, desde as pequenas ações que<br />
acontecem durante a rotina de trabalho, até o relacionamento<br />
com a liderança que está sempre disposta e aberta a investir<br />
no desenvolvimento de cada um do time. “Meu setor é muito<br />
colaborativo, trabalhamos para fortalecer nossas atividades e<br />
sempre me senti muito presente e ouvida por todos”, revela<br />
Natalia.<br />
... NO CAMPO<br />
O trabalho de campo é essencial para a Bayer. Saber o que<br />
acontece onde os produtos e serviços são aplicados é chave para<br />
que as equipes na cidade possam continuar desenvolvendo as<br />
pesquisas e oferecendo soluções cada vez melhores. Esse é o<br />
trabalho de Gabriela Mantovani, gerente de vendas florestais<br />
em São Paulo e Mato Grosso do Sul. Para Gabriela, não há como<br />
descrever como o ambiente de trabalho é pacífico, respeitoso e<br />
há uma busca constante pelo desenvolvimento dos profissionais<br />
presentes. “Dentro do meu setor é a primeira vez que, dentro<br />
do setor florestal, tem mais mulheres do que homens atuando<br />
e isso me motiva ainda mais”, destaca Gabriela.<br />
A gerente de vendas aponta que dentro do segmento florestal<br />
as mulheres vêm ganhando cada vez mais espaço. “Da<br />
mesma maneira como a Bayer dá oportunidade, nós precisamos<br />
de mulheres engajadas e com gás para fazer valer as oportunidades<br />
que recebemos, com dedicação mostrando que podemos<br />
realizar nosso trabalho com excelência”, alerta Gabriela.<br />
Gabriela relata que vive um novo momento de sua vida,<br />
está grávida, e dentro do time Bayer recebeu todo apoio e<br />
segurança que uma fase tão importante quanto essa exige. A<br />
gerente comenta que algumas atividades mudaram, ela passou<br />
a delegar mais do que estar presencialmente no campo e todo o<br />
setor se mobilizou para garantir as engrenagens girando e para<br />
que o trabalho se mantenha em alto nível. “É tudo novo, mas<br />
desde o primeiro momento meus gestores demonstraram um<br />
cuidado, para reorganizar minhas atividades, e isso me deu muita<br />
segurança para continuar meu trabalho”, assegura Gabriela.<br />
the case of Luanna Gomes, a technical sales promoter who has one<br />
year and four months at Bayer, and jokes that the word inclusion<br />
appears to be funny, as if it were an adaptative word because,<br />
within the department, I have never felt to be less or more valuable<br />
than any other colleague. “There is undistinguished professional<br />
recognition, which is the way to build strong women who believe<br />
in themselves, their capacity, and their space,” values Gomes.<br />
She also points out that equal treatment for all employees<br />
is excellent because she feels valued, recognized, heard, and<br />
respected. She never felt any difference because she is a woman.<br />
“At Bayer, we have women directors, managers, coordinators, and<br />
promoters. We occupy our space, show who we are and where<br />
we want to go, and Bayer has embraced us with great affection,”<br />
praises Gomes.<br />
Natalia Bevilaqua, a Product Development Analyst at Bayer,<br />
also has just over a year at Bayer. Even with a brief period, you<br />
can already realize the characteristics that dictate the operation<br />
of the Bayer team. She says that she experiences the appreciation<br />
of women and the recognition given by the Company equally.<br />
“Within my department, we carry out team activities seeking<br />
the development and protagonism of everyone on the team.<br />
In addition, we are always being encouraged to lead in various<br />
processes and activities within our workflow,” explains Bevilaqua.<br />
For her, Bayer is a company that values employees in various<br />
ways, from the small actions that occur during the work routine<br />
to the relationship with leadership that is always willing and<br />
open to investing in the development of each team member.<br />
“My department is very collaborative, we work to strengthen<br />
our activities, and I have always felt very present and heard by<br />
everyone,” reveals Bevilaqua.<br />
... IN THE FIELD<br />
Fieldwork is essential for Bayer. Knowing what happens where<br />
products and services are being used is key so that the teams in the<br />
city can continue to research and offer better and better solutions.<br />
This is the work of Gabriela Mantovani, Forest Sales Manager for<br />
the States of São Paulo and Mato Grosso do Sul. For Mantovani,<br />
there is no way to describe how peaceful and respectful the work<br />
environment is, and there is a constant search for the development<br />
of professionals. “Within my department, it is the first time that,<br />
within the Forest Product Sector, there are more women than men<br />
working, and this motivates me even more,” highlights Mantovani.<br />
She points out that within the Forest Product Sector, women<br />
are gaining more and more space. “Just as Bayer provides opportunities,<br />
we need women engaged and ready to take advantage<br />
of the opportunities we receive, with dedication showing that we<br />
can do the work with excellence,” warns Mantovani.<br />
Mantovani says that she lives a new moment in her life, she<br />
is pregnant, and within the Bayer team, she has received all the<br />
support and security that a phase as crucial as this requires.<br />
She comments that some activities have changed, she started<br />
to delegate more so that she is not in the field as much, and the<br />
whole department has mobilized to ensure the gears keep turning<br />
and the work remains high level. “It is all new, but from the first<br />
moment, my managers showed care to reorganize my activities,<br />
which gave me a lot of security to continue my work,” assures<br />
Mantovani.<br />
Dezembro 2022<br />
47
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Maior premiação do setor florestal e<br />
industrial madeireiro do Brasil chega<br />
em sua 20ª edição<br />
Fotos: Emanoel Caldeira<br />
48 www.referenciaflorestal.com.br
O<br />
Prêmio REFERÊNCIA completou 20<br />
anos e contemplou as empresas que<br />
mais se destacaram no setor em<br />
2022. A vigésima edição contou com<br />
celebração especial no final de novembro,<br />
no restaurante Porta Romana, em Curitiba<br />
(PR), com a presença de 140 convidados. Organizada<br />
pela JOTA Editora, responsável pela publicação<br />
das revistas: REFERÊNCIA FLORESTAL, REFERÊNCIA<br />
INDUSTRIAL, REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL, RE-<br />
FERÊNCIA PRODUTOS de MADEIRA e REFERÊNCIA<br />
BIOMAIS. A premiação é um marco para o segmento<br />
e atrai a cada ano mais indicados e interesse do público<br />
em relação aos vencedores.<br />
Os critérios para a seleção dos vencedores são<br />
muito ponderados, desde as indicações recebidas<br />
por clientes, parceiros, anunciantes e personalidades<br />
do setor, passando pela avaliação realizada internamente<br />
pelos membros da organização do evento.<br />
Muito além do prêmio, o objetivo é valorizar quem<br />
mais trabalhou para o fortalecimento e crescimento<br />
da indústria de base florestal. É um reconhecimento<br />
dado para uma empresa ou associação, mas que reflete<br />
no trabalho de todos os que fazem o setor mais<br />
forte e representativo para a economia nacional.<br />
“A importância crescente que o setor confere à<br />
premiação é uma alegria enorme para nós, assim<br />
como um reconhecimento do trabalho que realizamos<br />
há mais de duas décadas em prol do fortalecimento<br />
da indústria de base florestal nacional. Prova<br />
disso é o grande número de indicações recebidas<br />
todos os anos”, celebra Fábio Machado, diretor comercial<br />
da JOTA Editora.<br />
PAINEL SUSTENTABILIDADE<br />
O evento de premiação teve início com o Painel<br />
Sustentabilidade, que reuniu quatro especialistas<br />
do setor de base florestal para analisar aspectos<br />
do panorama brasileiro e internacional. A primeira<br />
apresentação foi de Deryck Pantoja Martins, diretor<br />
técnico da AIMEX (Associação das Indústrias<br />
Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará), que<br />
gera mais de 7 mil empregos, com média anual de<br />
aproximadamente US$ 200 milhões em exportação<br />
e faturamento anual de R$ 946,8 milhões.<br />
“Mesmo o Brasil tendo 59% de seu território<br />
com áreas florestais – a segunda maior do mundo,<br />
atrás apenas da Rússia -, nossa participação é de<br />
apenas 4% no mercado mundial de produtos florestais,<br />
estimado em US$ 350 bilhões, segundo dados<br />
da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Ou<br />
seja, temos muito a crescer no setor, com imenso<br />
potencial. Nas últimas décadas, a oferta de matéria-<br />
-prima industrial teve aumento nas florestas plantadas<br />
e queda nas florestas nativas. Entre 2019 e 2021,<br />
conseguimos estabilizar as exportações de madeira<br />
Dezembro 2022<br />
49
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
no Pará, na faixa de US$ 200 milhões anuais”, destacou<br />
Deryck.<br />
O diretor apresentou, ainda, o balanço das exportações<br />
de janeiro a outubro de 2022, com alta<br />
de 106% e US$ 318 milhões exportados. “Ao todo,<br />
foram 237 mil toneladas de madeira e crescimento<br />
de 28%. Os principais produtos exportados são pisos<br />
e decks, seguidos de madeira serrada e painéis de<br />
MDF (fibras de madeira aglomerada), tendo como<br />
principais destinos EUA (Estados Unidos da América),<br />
França, Holanda, Dinamarca e Bélgica.”<br />
TENDÊNCIAS PARA O MERCADO<br />
Na sequência, Paulo Pupo, superintendente executivo<br />
da ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria<br />
de Madeira Processada Mecanicamente) abordou o<br />
tema: Mercado e tendências para madeira processada.<br />
“O Brasil tem meio bilhão de ha (hectares) de<br />
florestas, somos um Brasil florestal, mas ainda não<br />
madeireiro, com apenas 2% de florestas plantadas<br />
e 98% nativa. Aumentou a demanda e o consumo<br />
da madeira processada. Em relação ao plantio de<br />
eucalipto, temos 7,46 milhões de ha em todo o país,<br />
a maior parte em Minas Gerais, São Paulo e Mato<br />
Grosso do Sul. Já no plantio de pinus, temos 1,7<br />
milhão de ha com a liderança do Paraná, seguido de<br />
Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Coincidentemente,<br />
a região sul concentra 90% da indústria de<br />
madeira processada”, explicou Paulo.<br />
O especialista enfatizou ainda a mudança no<br />
perfil econômico da floresta. “Temos baixo crescimento<br />
da área de florestas plantadas frente à demanda<br />
de consumo. Um aumento efetivo de áreas<br />
para agricultura e pressão por terras agrícolas, além<br />
de redução de áreas de pequenos produtores. Concentração<br />
de áreas destinadas ao segmento papel<br />
Pedro Bartoski Jr., da Revista REFERÊNCIA, Rafael Mason, do CIPEM, Deryck Pantoja Martins, da AIMEX,<br />
Paulo Pupo, da Abimci, Evaldo Braz, da Embrapa Florestas e Fábio Machado, da Revista REFERÊNCIA<br />
50 www.referenciaflorestal.com.br
A importância crescente que<br />
o setor confere à premiação<br />
é uma alegria enorme<br />
para nós, assim como um<br />
reconhecimento do trabalho<br />
que realizamos há mais de<br />
duas décadas em prol do<br />
fortalecimento da indústria de<br />
base florestal nacional<br />
Fábio Machado, diretor<br />
comercial da Revista REFERÊNCIA<br />
Dezembro 2022<br />
51
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
e celulose, e ciclos florestais que estão diminuindo,<br />
com maior produção de madeira fina.”<br />
Como oportunidades e desafios, Paulo Pupo<br />
destacou que é preciso a padronização técnica e<br />
normativa dos produtos, para garantir isonomia no<br />
mercado. “Como potencial de crescimento, temos a<br />
recuperação da construção civil e o déficit habitacional<br />
pelo país, além da demanda reprimida para uso<br />
de produtos estruturais. Os desafios são a manutenção<br />
do crescimento da atividade econômica, da<br />
inflação e das taxas de juros.<br />
MANEJO SUSTENTÁVEL<br />
As duas últimas apresentações do painel foram<br />
de Evaldo Braz, pesquisador da Embrapa Florestas,<br />
e Rafael Mason, presidente do CIPEM (Centro das<br />
Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do<br />
Estado de Mato Grosso). Enquanto Evaldo abordou:<br />
A prática do manejo sustentável de florestas naturais;<br />
Rafael apresentou o tema: Mercado da madeira<br />
nativa de Mato Grosso. “A produtividade e a implementação<br />
dos planos de manejo sustentável podem<br />
ser melhoradas. Com isso, precisaremos integrar<br />
pesquisa e legislação, saindo da taxa fixa de 30 m3<br />
(metros cúbicos) por hectare que temos na Amazônia,<br />
uma taxa que faz sentido em outros locais do<br />
país, mas que é extremamente baixa para aquele<br />
bioma”, ressaltou Evaldo.<br />
Rafael Mason destacou, que no Mato Grosso,<br />
existem hoje 4,2 milhões de ha de áreas manejadas,<br />
com compromisso com o governo estadual de<br />
chegar a 6 milhões de ha de madeira via manejo<br />
florestal. Entre eles, manejos do segundo ciclo, de<br />
35 anos atrás.<br />
“Tivemos um crescimento de 30% na nossa demanda<br />
em 2020, ano passado chegamos a 50%, algo<br />
inimaginável até então. Nesse ano e para 2023, não<br />
teremos o mesmo crescimento, mas há uma estabilidade.<br />
Os desafios hoje são a mudança do consumidor<br />
final buscando nossos produtos: os produtos<br />
que tiveram elevação nos preços precisaram de<br />
retração posterior, com queda de 30% nos valores.<br />
Hoje, a demanda maior é nos produtos de baixo valor<br />
comercial, como espécies mais baratas. Com isso,<br />
a exportação também foi afetada diante da guerra<br />
na Ucrânia, além dos custos em fretes e logística”,<br />
explanou Rafael.<br />
Equipe da Revista REFERÊNCIA<br />
52 www.referenciaflorestal.com.br
A seguir, confira as empresas que<br />
participaram do Prêmio REFERÊNCIA 2022:<br />
Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF, recebe o Prêmio das<br />
mãos de Fábio Machado, diretor comercial da Revista REFERÊNCIA<br />
ABAF<br />
A ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base <strong>Florestal</strong>)<br />
vem fortalecendo o setor florestal baiano, ajudando a produzir<br />
o Plano Bahia <strong>Florestal</strong> 2023-2033, para atrair novos investimentos<br />
visando ampliar e fortalecer a cadeia produtiva de florestas<br />
plantadas no Estado. Com isso, a ABAF busca a maior inclusão dos<br />
pequenos e médios produtores e processadores de madeira na<br />
Bahia na próxima década. “A Revista REFERÊNCIA é, de fato, referencial<br />
na divulgação de informações no setor florestal brasileiro.<br />
Gostaria de agradecer a premiação e homenagear nossos colegas<br />
das estaduais florestais, assim como a IBÁ (Indústria Brasileira<br />
de Árvores), que lidera o setor. A Bahia está pronta e aberta aos<br />
investimentos e à união com os demais Estados, para ampliar<br />
ainda mais nossa atuação”, agradeceu Wilson Andrade, diretor<br />
executivo da ABAF.<br />
ABIMCI<br />
A ABIMCI comemora 50 anos em 2022, amplamente reconhecida<br />
pelo extenso trabalho em prol da indústria madeireira<br />
e defesa dos interesses do setor. A entidade é a principal fonte<br />
de informações para organismos governamentais brasileiros e<br />
estrangeiros, referencial para a imprensa, universidades e entidades<br />
setoriais. “Estamos diante de muitos desafios no mercado<br />
e no consumo. Mas acreditamos no potencial das pessoas envolvidas<br />
em nossa cadeia florestal e industrial, além dos nossos<br />
associados”, enalteceu Juliano Araújo, presidente da ABIMCI.<br />
Pedro Bartoski Jr., diretor executivo da Revista REFERÊNCIA,<br />
entrega o Prêmio REFERÊNCIA para Juliano Vieira de Araújo,<br />
presidente da Abimci<br />
Dezembro 2022<br />
53
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
ADAMI<br />
Para além do trabalho direto com a madeira, o setor de base florestal<br />
é feito de pessoas e a Adami é a premiada deste ano por uma<br />
ação importante realizada no setor de recursos humanos. Keila Angélico,<br />
gerente de Recursos Humanos da ADAMI, destacou que para<br />
a empresa é uma grande satisfação receber esse prêmio no ano em<br />
que completam 80 anos de história, já na terceira geração e com mais<br />
de 2.500 colaboradores. “Conseguir desenvolver pessoas da base da<br />
madeira é um desafio, ainda mais nos últimos 2 anos de pandemia. Colocamos<br />
vida na casa das pessoas, realizando sonhos na construção de<br />
apartamentos, portas e outros produtos”, ressaltou Keila.<br />
Keila Angélico, gerente de recursos humanos da Adami, recebe o<br />
Prêmio REFERÊNCIA das mãos de Marcele Coelho, responsável<br />
financeira da Revista REFERÊNCIA<br />
AGROSEPAC<br />
O grupo AGROSEPAC realiza desde os anos 1960 atividades<br />
florestais em Mallet (PR), em uma das melhores regiões do<br />
Brasil para o plantio de pinus e erva-mate. Atualmente, a empresa<br />
executa projetos na área de reflorestamento e operações<br />
florestais, com cerca de 2 milhões de mudas de pinus todos os<br />
anos. “Parabenizamos o Prêmio pelos 20 anos e o dedicamos<br />
ao nosso fundador, João Ferreira Dias Filho, que faleceu recentemente.<br />
Também agradecemos aos 50 anos de atuação da<br />
ABIMCI em defesa do nosso setor”, agradeceu Diogo Dias Greca,<br />
CEO da AGROSEPAC.<br />
Diogo Dias Greca, CEO da AGROSEPAC, recebe o Prêmio REFERÊNCIA<br />
das mãos de Ailson Loper, diretor executivo da APRE<br />
B2 MADEIRAS<br />
A B2 Madeiras trabalha com as melhores árvores que o Brasil<br />
pode oferecer. Madeiras nobres extraídas através de manejo florestal<br />
sustentável são processadas na serraria para produzir produtos<br />
de madeira, que não só valorizam o ambiente onde estão, mas também<br />
garantem a continuidade de uma prática tão positiva quanto o<br />
manejo florestal. A responsabilidade ambiental demonstrada pela<br />
B2 Madeiras é uma das chaves para garantir a floresta em pé para<br />
sempre. “É uma satisfação e uma honra estar aqui representando<br />
os industriais da madeira do Mato Grosso. Os desafios que tivemos<br />
durante a pandemia nos fizeram aprender, crescer, trabalhar mais<br />
e desenvolver o segmento que trabalhamos e que é nossa paixão”,<br />
discursou Edinei Blasius, proprietário da B2 Madeiras.<br />
Rafael Mason, presidente do CIPEM, entrega o Prêmio REFERÊNCIA<br />
para Edinei Blasius, proprietário da B2 Madeiras<br />
54 www.referenciaflorestal.com.br
DEMUNER<br />
A Demuner Marcenaria trabalha há mais de 30 anos com o objetivo<br />
de agregar o máximo de valor em cada projeto realizado. Sediada<br />
no Espírito Santo, a Demuner tem como objetivo criar soluções exclusivas<br />
em marcenaria, superando desafios e surpreendendo seus clientes<br />
para a realização do trabalho. A excelência na entrega de projetos únicos<br />
e inovadores faz da Demuner um dos destaques desse ano, pois a<br />
empresa leva a madeira, em suas formas mais variadas e criativas para<br />
dentro das casas. “Agradeço a todos os industriais que fazem possível<br />
o trabalho da Demuner, que pautado em inovação e sustentabilidade<br />
há 30 anos levam a madeira, em sua essência de tanta nobreza, para<br />
dentro de nossos projetos”, destacou Matheus Tonini Demuner, proprietário<br />
da Demuner Marcenaria.<br />
Matheus Tonini Demuner, proprietário da Demuner Marcenaria,<br />
recebe o Prêmio REFERÊNCIA das mãos de Everson Stelle,<br />
representante comercial da Montana Química<br />
ENEBRA ENERGIA<br />
A Enebra Energia atua no fornecimento de biomassa de eucalipto<br />
e supressão nativa em todas as suas formas, oferecendo<br />
uma fonte de energia sustentável às indústrias por meio de florestas<br />
próprias certificadas. É uma das empresas premiadas pelo<br />
notável trabalho desenvolvido em 2022, além do crescimento no<br />
setor de cavaco para biomassa, na região centro oeste do país.<br />
“A Enebra é uma empresa jovem, foi criada no Mato Grosso por<br />
mim e pelo meu sócio Nedil de Lima Junior, às vésperas da pandemia.<br />
Desenvolvemos o cavaco a partir de madeiras que não<br />
tinham mais uso, com uma das maiores e mais modernas operações<br />
do mundo na picagem e no processamento dessa madeira”,<br />
disse Guilherme Elias, sócio-proprietário da Enebra Energia.<br />
Guilherme Elias (esq), Nedil Lima (dir), sócios da Enebra Energia, recebem<br />
o Prêmio REFERÊNCIA de Diego Vieira, diretor da DRV<br />
GRUPO A.C. HENRIQUES<br />
Localizado em Sinop (MT), um polo para o manejo florestal sustentável<br />
do Estado e do país, o Grupo A.C. Henriques, se destaca na indústria<br />
madeireira que processa e manufatura madeira nacional de alto<br />
padrão para levar a matéria-prima para todos os cantos do mundo, de<br />
maneira sustentável, mantendo a floresta em pé. “É uma honra representar<br />
a empresa que foi fundada por meu pai e meus irmãos há mais<br />
de 26 anos e é fruto de muito trabalho e dedicação. Agradeço também<br />
ao CIPEM e ao SINDUSMAD (Sindicato das Indústrias Madeireiras do<br />
Estado do Mato Grosso), que nos representam e fortalecem o nosso<br />
trabalho”, valorizou Antônio Carlos Henriques, proprietário do Grupo<br />
A.C. Henriques.<br />
Antonio Carlos Henriques, proprietário do Grupo A.C. Henriques,<br />
recebe o Prêmio REFERÊNCIA das mãos de Felliphe Marinho,<br />
executivo do SINDUSMAD (MT)<br />
Dezembro 2022<br />
55
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
GRUPO PALUDO<br />
O trabalho realizado pelo Grupo Paludo tem grande importância<br />
para a sua comunidade e para a preservação da floresta amazônica no<br />
Mato Grosso. A madeira extraída através de manejo sustentável é processada<br />
e preparada para chegar a todos os lugares do mundo, fortalecendo<br />
a economia e protegendo a floresta. “Agradeço primeiramente<br />
a Deus e à minha família, pois somos uma empresa familiar, onde<br />
trabalho eu e mais quatro irmãs. Estamos desde 2016 no ramo do manejo<br />
florestal, com produção garantida pelos próximos anos, e também<br />
investimos na biomassa com a produção de cavaco, expandindo nossas<br />
atividades e fazendo o grupo crescer”, celebrou Diogo Paludo, diretor<br />
do Grupo Paludo.<br />
Diogo Paludo, diretor do Grupo Paludo, recebe o Prêmio REFERÊNCIA<br />
de Sigfrid Kirsch, diretor do SINDUSMAD (MT)<br />
HAAS MADEIRAS<br />
Com início da operação de uma fábrica própria de pellets em<br />
2022, uma moderna unidade fabril de 50 mil m² de área construída<br />
em Venâncio Aires (RS), a Haas Madeiras conta com estrutura<br />
capaz de produzir 2,5 mil toneladas de pellets por mês, que também<br />
abriga o depósito dessa biomassa que a empresa investe nos<br />
últimos anos. “Temos 49 anos e estamos nos transformando nos<br />
últimos anos. O pellet de madeira não é tão novo no mercado, mas<br />
temos uma fábrica de ponta trabalhando com eucalipto. Somos<br />
a primeira fábrica totalmente informatizada e integrada em uma<br />
serraria de grande porte que trabalha com eucalipto. Fico feliz pelo<br />
reconhecimento”, agradeceu José Carlos Haas Junior, diretor da<br />
Haas Madeiras.<br />
José Carlos Haas Junior, diretor da Haas Madeiras recebe o Prêmio<br />
REFERÊNCIA de Tiago Correa, gerente comercial da Effisa<br />
MARINI COMPENSADOS<br />
A Marini Indústria de Compensados produz painéis e placas de<br />
madeira de alta qualidade e desempenho para o mercado externo<br />
e interno, com um parque fabril de 17 mil m² de área construída,<br />
com investimentos constantes em busca de aprimorar a fabricação<br />
de seus produtos. “Há algum tempo a gente vem trabalhando muito<br />
seriamente para ser uma referência no ramo da madeira e hoje<br />
estar aqui, participar dessa premiação, só confirma que esse curso<br />
tem sido muito válido”, declarou Amanda Marini Piton, representante<br />
da Marini Indústria de Compensados.<br />
Amanda Marini Piton, representante da Marini Indústria de Compensados<br />
recebe o Prêmio REFERÊNCIA das mãos de Gerson Penkal,<br />
representante comercial da Revista REFERÊNCIA<br />
56 www.referenciaflorestal.com.br
MIP FLORESTAL<br />
A MIP <strong>Florestal</strong> contribui de forma significativa em inovações<br />
metodológicas na área de Manejo Integrado de Pragas. Com banco<br />
de dados único de pragas, doenças e manejo assertivo, a MIP <strong>Florestal</strong><br />
auxilia nas tomadas de decisões do ciclo da cultura, do viveiro<br />
ao campo, tornando o investimento mais seguro. “O nosso propósito<br />
principal é entender o ambiente em que trabalhamos e fazer<br />
o produtor utilizar os produtos da maneira certa. São 8 anos trabalhando<br />
com o setor florestal, na busca constante do aumento de<br />
produção e de soluções ideais para cada situação, e sabemos que os<br />
resultados obtidos por nossos clientes são a maior razão desse prêmio”,<br />
realçou Alexandre Viana Lima, diretor da MIP <strong>Florestal</strong>.<br />
Édina Moresco, chefe de transferência de tecnologia da EMBRAPA<br />
Florestas, entrega o Prêmio REFERÊNCIA para Alexandre Coutinho<br />
Vianna Lima, diretor da MIP <strong>Florestal</strong><br />
PIOMADE<br />
Soluções sustentáveis são chave para o desenvolvimento<br />
do setor e da sociedade, por isso a Piomade alcançou lugar de<br />
destaque em 2022. O ano foi marcado pela inauguração da nova<br />
fábrica de pellets da empresa. Trabalhar por um mundo mais<br />
sustentável é trabalhar para que o setor florestal seja cada dia<br />
mais forte e necessário. “É uma honra para nós receber essa<br />
premiação. Um agradecimento especial aos que acreditam nesse<br />
mercado e aos nossos colaboradores, que nos auxiliam no crescimento<br />
da nossa indústria”, declarou Fabiane Piovesan, diretora<br />
da Piomade.<br />
Fabiane Piovesan recebendo o Prêmio REFERÊNCIA das mãos de<br />
Mario Sergio Lima, proprietário da MSM Química<br />
REDE MULHER FLORESTAL<br />
A Rede Mulher <strong>Florestal</strong> tem atuado no fortalecimento de políticas<br />
e na quebra de paradigmas sobre a presença feminina no setor<br />
florestal. Valorizar as mulheres no segmento florestal é um projeto<br />
com grande valor para o setor e essa representatividade tem tudo<br />
para ser um exemplo do Brasil para o mundo. ”A Rede Mulher <strong>Florestal</strong><br />
nasceu para identificar e fortalecer as mulheres presentes<br />
no nosso segmento. Agradecemos a nossos associados, à Revista<br />
REFERÊNCIA pelo reconhecimento do nosso trabalho, e a cada um<br />
que acredita no que temos feito”, salientou Mariana Schuchovski,<br />
presidente da Rede Mulher <strong>Florestal</strong>.<br />
Fabiana Tokarski, supervisora de criação, entrega o Prêmio REFERÊNCIA<br />
para Mariana Schuchovski, presidente da Rede Mulher <strong>Florestal</strong><br />
Dezembro 2022<br />
57
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
RELVAPLAC<br />
Com quase 30 anos de história no segmento de compensados<br />
multilaminados, a Relvaplac tem como mercado principal a exportação,<br />
presente em mais de 40 países, além de atender o mercado<br />
nacional nos setores industrial, da construção civil e moveleiro. A<br />
empresa conta ainda com mais de 2 milhões de árvores reflorestadas.<br />
“Temos 30 anos de história e exportamos para diversos países,<br />
com diversificação de produtos e muita resiliência para manter a<br />
empresa forte no mercado”, afirmou Igor Rover, sócio-diretor da<br />
Relvaplac.<br />
Paulo Pupo, superintendente da ABIMCI, entrega o Prêmio para<br />
Igor Rover, sócio-diretor da RELVAPLAC<br />
VETORIAL<br />
Com ampla experiência no mercado desde 1969, o Grupo<br />
Vetorial atua no setor minério-siderúrgico, produzindo carvão<br />
vegetal e ferro gusa, além de extração de minério de ferro. No<br />
setor de energia renovável, produz carvão vegetal com sustentabilidade,<br />
exclusivamente de florestas plantadas renováveis,<br />
com aproveitamento de material lenhoso para a produção do<br />
Ferro Gusa Verde. “Atuamos há mais de 50 anos em siderurgia<br />
e, nos últimos 25 anos estamos atuando com produtos altamente<br />
sustentáveis no Mato Grosso do Sul, exportando o ferro<br />
gusa para o mundo todo. Agradecemos termos sido reconhecidos<br />
pelo Prêmio REFERÊNCIA”, celebrou Mario Cleiro de Sousa,<br />
diretor de operações da Vetorial.<br />
Mario Cleiro Sousa, diretor de operações da Vetorial, após receber o<br />
Prêmio de Deryck Martins, diretor técnico da AIMEX<br />
WOODFLOW<br />
O sistema Woodflow é uma plataforma de promoção e comercialização<br />
de madeira, que tem como maior diferencial a facilitação<br />
de processos, diminuição de burocracia e rastreabilidade total dos<br />
produtos. É uma solução inovadora e única no segmento, que abre<br />
e encurta as distâncias para a madeira nacional chegar aos quatro<br />
canto do mundo. “Acreditamos que o mundo precisa conhecer a<br />
excelência e a qualidade dos produtos nacionais, e a Woodflow é<br />
a nossa vitrine para apresentar a seriedade e sustentabilidade da<br />
indústria madeireira nacional”, frisou Gustavo Milazzo, CEO da GCM<br />
Trade, responsável pela criação do sistema Woodflow.<br />
Gustavo Milazzo, CEO da GCM Trade responsável pela criação do sistema<br />
Woodflow, recebe o Prêmio das mãos de Bruno Pereira, gerente de<br />
projetos da Remsoft<br />
58 www.referenciaflorestal.com.br
É um reconhecimento dado para uma<br />
empresa ou associação, mas que reflete<br />
no trabalho de todos os que fazem o<br />
setor mais forte e representativo para a<br />
economia nacional<br />
Dezembro 2022<br />
59
CLICK PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Paulo Pupo,<br />
da Abimci<br />
Crislaine Briatori, Fabiana Tokarski e<br />
Mayara Laurindo, da Jota Editora<br />
Marcele Coelho,<br />
da Jota Editora<br />
Fabiane Piovesan, Maria Beatriz<br />
e João Piovesan, da Piomade<br />
Evaldo Braz,<br />
da Embrapa Florestas<br />
Francisleine Machado, Fernanda Machado<br />
e Fábio Machado, da Jota Editora<br />
Mylena Passig e Suelen Alves,<br />
da Woodflow<br />
Letícia Souza e Fábio Washington,<br />
da Solution Focus<br />
Giovane Savian e<br />
Marcos Antônio Cheuchuk, da Pesa<br />
Milton Watanabe e Willian Watanabe,<br />
da Watanabe Comércio de Máquinas<br />
Ângela Dias e Silvana Dias,<br />
da Agro <strong>Florestal</strong> Sepac<br />
Diogo Dias Greca, Thiago Dias Ceschin e<br />
Gabriel Silveira, da Agro <strong>Florestal</strong> Sepac<br />
60 www.referenciaflorestal.com.br
Alexandre Coutinho e Rafael Boiani,<br />
da MIP <strong>Florestal</strong><br />
Toni Casagrande<br />
Felliphe Marinho Costa e Sigfrid Kirsch,<br />
da Sindusmad<br />
Deryck Martins,<br />
da AIMEX<br />
Everson Stelle,<br />
da Montana Química<br />
Rafael Mason,<br />
da CIPEM (MT)<br />
Gilberto de Sousa e Thiago Felippi,<br />
da Felipe Diesel<br />
Edinei Blasius e Taciana Blasius,<br />
da B2 Madeiras<br />
Wilson Andrade,<br />
da ABAF (BA)<br />
Mário Sousa e Vânia dos Santos,<br />
da Vetorial Siderurgia<br />
Valéria Brizola e Luiz Carlos Crimaco,<br />
da Informa Markets<br />
Patrícia Nazário,<br />
da Rede Mulher <strong>Florestal</strong><br />
Dezembro 2022<br />
61
CLICK PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Kleber Mafra e Márcio Molleta,<br />
da Himev<br />
Marcos Araújo,<br />
da Mendes Máquinas<br />
Ronaldo Lins e Sidnei Kaefer,<br />
da Manos Implementos<br />
Marise Senff de Araújo e Juliano Vieira<br />
de Araújo, da Abimci<br />
Jeferson Souza,<br />
da Oregon<br />
Cristiane Oliveira Henriques e Antônio<br />
Carlos Henriques, da A.C. Henriques<br />
Guilherme Elias e Vanessa Elias,<br />
da Enebra<br />
Ana Lídia e Nedil Lima,<br />
da Enebra<br />
Camile Bartoski e Carla Bartoski<br />
Igor Rover e Niege Rover,<br />
da Relvaplac Compensados<br />
Ailson Loper,<br />
da APRE<br />
Roberta Pitta e Marco Pitta<br />
62 www.referenciaflorestal.com.br
Emily Hoffelder e Mario Sergio Lima,<br />
da MSM Química<br />
Mariana Schuchovski,<br />
da Rede Mulher <strong>Florestal</strong><br />
Diego Ricardo Vieira<br />
e Liliane Cordeiro, da DRV<br />
João Ricardo Pavin e<br />
Michele Cordeiro, da DRV<br />
Alexandre Falce, Rafael Milarch<br />
e Sérgio Jr., da Lion Equipamentos<br />
Clara Machado, Vanessa Machado<br />
e Cláudio Machado<br />
Marluci Paludo e Maicos Zucchi,<br />
do Grupo Paludo<br />
Diogo Paludo,<br />
do Grupo Paludo<br />
Odete Paludo e Rui Paludo,<br />
do Grupo Paludo<br />
Rodrigo Ferrari e Tatiana Paludo Ferrari,<br />
do Grupo Paludo<br />
Danielle Paludo,<br />
do Grupo Paludo<br />
Joel Rosa e Wesley Baticini,<br />
da Gell Tecno Solution<br />
Dezembro 2022<br />
63
CLICK PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Martin Kemmsier,<br />
da Birka<br />
Rodrigo Contesini e<br />
Evanderson Marques, da Logmax<br />
Gustavo Milazzo e Cristiane Milazzo,<br />
da GCM Trade - Woodflow<br />
Dalclis Azevedo,<br />
da JSIC Comex<br />
Liamara Mortari e Alfredo Berros,<br />
da Sauerland<br />
Gisele Cristina Santos e Giullian<br />
Fernanda Silva, da GCM Trade - Woodflow<br />
Edina Moresco,<br />
da Embrapa Florestas<br />
Keila Angélico e David Kretski,<br />
da Adami<br />
Diogo Lorenzetti,<br />
da Neocert<br />
Rafael Nanami,<br />
da Lion Equipamentos<br />
Enridimar Gomes,<br />
da Vetorial Siderurgia<br />
Leila Simon e Ricardo Simon,<br />
da Lufer Forest<br />
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Amanda Marini Piton,<br />
da Marini Compensados<br />
José Carlos Júnior,<br />
da Haas Madeiras<br />
Bruno Pereira,<br />
da Remsoft<br />
Tiago Correa da Rosa,<br />
da Effisa<br />
Gerson Penkal e Carlos Augusto,<br />
da Jota Editora<br />
Dario Pires Machado Filho,<br />
da Indumec<br />
Egídio Felippi,<br />
da Lacombe Turbinas<br />
Marcos Gaveliki,<br />
da Tecmater<br />
Pedro Bartoski Jr. e Fábio Machado,<br />
da Jota Editora<br />
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ARTIGO<br />
Como as plantas de cobertura<br />
(adubos verdes) podem aumentar a<br />
PRODUTIVIDADE FLORESTAL?<br />
Tiago Abreu Maia - Consultor <strong>Florestal</strong> I Especialista em Gestão Empresarial<br />
Pedro Francio Filho - Consultor <strong>Florestal</strong><br />
Francio Soluções Florestais<br />
Fotos: Francio Soluções Florestais<br />
O<br />
cultivo das plantas de coberturas é uma técnica<br />
de manejo que visa em primeiro plano a melhoria<br />
e a conservação do ambiente de produção vegetal,<br />
garantindo os recursos naturais necessários<br />
para o desenvolvimento da cultura principal, em<br />
especial no que se diz respeito a maior disponibilidade de água e<br />
a busca pelo equilíbrio biológico, químico e físico do solo.<br />
A utilização de plantas de cobertura ou plantas de adubação<br />
verde em sistemas agrícolas é uma prática extremamente antiga<br />
com relatos de utilização pelos romanos, gregos e povos chineses,<br />
antes mesmo da era Cristã. No Brasil os primeiros indícios de utilização<br />
desta prática datam a partir da década de 20, sendo notado<br />
uma grande intensificação da prática com o advento do plantio<br />
direto das culturas anuais, contribuindo de forma significativa<br />
para o sistema de rotação de culturas.<br />
A técnica de adubação verde ou plantas de cobertura verde<br />
consiste no plantio e estabelecimento de uma ou várias espécies<br />
de plantas capazes de promover características agronômicas desejadas<br />
em uma determinada área, podendo ser cultivadas nos<br />
períodos de entresafras ou em consórcio com as culturas econômicas.<br />
As principais plantas usadas atualmente como cobertura<br />
verde são das famílias das gramíneas, leguminosas, brássicas,<br />
asteráceas e poligonáceas.<br />
A prática de plantio de cobertura verde e todos os seus benefícios<br />
de construção de um perfil de cultivo solo ideal se faz cada<br />
vez mais necessário no setor florestal, visto que os plantios florestais<br />
estão cada vez mais avançando para solos extremamente<br />
degradados, que geralmente possuem um histórico de pastagens<br />
mal manejadas e com baixíssimos níveis de matéria orgânica,<br />
sendo facilmente erosíveis em razão da suas características físicas.<br />
A técnica da utilização de plantas de cobertura em sistemas<br />
de maciços florestais pode ser adotada basicamente em dois momentos<br />
distintos no ciclo, sendo que a primeira compreende com<br />
o cultivo das plantas de cobertura realizado em área total antes<br />
do plantio das mudas arbóreas. A segunda técnica de manejo<br />
trata-se do cultivo das plantas de cobertura em consórcio com<br />
a cultura florestal já instalada na área, de forma que as plantas<br />
de cobertura são cultivadas nas entrelinhas de plantio. Quando<br />
cultivada em consórcio com a cultura florestal as espécies utilizadas<br />
para comporem o mix das plantas de cobertura podem ter<br />
Mix de plantas de cobertura multifuncional completo com duas<br />
crotalarias, milheto, trigo morisco, feijão guandu, braquiaria<br />
ruziziencis e crambe. Serve para melhorar as condições químicas,<br />
físicas e biológicas do solo. Uma verdadeira bomba biológica.<br />
ciclo anual ou ser perenes a depender do objetivo do produtor<br />
florestal com o sistema.<br />
QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DAS PLANTAS DE<br />
COBERTURA EM SISTEMAS FLORESTAIS?<br />
• Protege o solo diminuindo os riscos de erosões e redução<br />
dos eventos de afogamento de coleto das plantas;<br />
• Melhora a estrutura física de sustentação, agregação das<br />
partículas e porosidade, auxiliando na aeração dos solos;<br />
• Reduz as intensidades de irrigações de plantio, pois eleva a<br />
taxa de infiltração e retenção de água no perfil, mantendo uma<br />
maior umidade e menores temperaturas no solo, contribuindo<br />
assim para uma maior tolerância a déficit hídrico;<br />
• Reduz o custo com fertilizantes no ciclo pois incrementa a<br />
taxa de matéria orgânica, aumenta a ciclagem e disponibilidade<br />
de nutrientes em camadas mais superficiais, além da fixação<br />
do nitrogênio;<br />
• Reduz o desembolso com controle de matocompetição,<br />
pois aumenta a supressão sobre a germinação das plantas<br />
daninhas;<br />
• Aumenta a população de insetos inimigos naturais;<br />
68 www.referenciaflorestal.com.br
Mix de plantas de cobertura Ag Café, tem dupla função, além<br />
de todos os benefícios das plantas de cobertura, facilitam o<br />
manejo de plantas invasoras diminuindo a matocompetição<br />
na entrelinha da floresta e até mesmo o uso de herbicidas,<br />
diminuindo os custos e aumentando a produtividade.<br />
• Aumento da polinização;<br />
• Melhora a resistência a pragas e doenças, pois estimula<br />
a produção de metabólitos secundários de defesa das plantas;<br />
• Aumenta o metabolismo das plantas e a produção de<br />
substâncias biológicas essenciais;<br />
• Maior ativação e equilíbrio biológico do solo.<br />
COMO CONSEGUIR OTIMIZAR OS GANHOS COM<br />
AS PLANTAS DE COBERTURA NAS FLORESTAS?<br />
As espécies das plantas de cobertura a ser cultivada devem<br />
apresentar as seguintes características: ser de fácil estabelecimento,<br />
apresentar crescimento rápido, serem rústicas, proporcionar<br />
boa cobertura do solo, não sofrer efeito de diferentes<br />
fotoperíodos, ser tolerante a seca e a solos de baixa fertilidade,<br />
não ser hospedeira de doenças e pragas, apresentar sistema<br />
radicular vigoroso e profundo e produzir matéria verde em<br />
quantidade desejada.<br />
As plantas de cobertura exigem condições ambientais adequadas<br />
para seu crescimento e desenvolvimento. Para cada<br />
ambiente e dependendo do período de plantio e da cultura<br />
florestal, deverá haver um mix de espécies de plantas mais<br />
adequadas. Portanto um diagnóstico adequado das limitações<br />
atuais do sistema de produção é extremamente estratégico para<br />
auxiliar na escolha e no manejo das espécies com os maiores<br />
potenciais para agregar os benefícios para a floresta.<br />
A tomada de decisão sobre a escolha de uma espécie como<br />
planta de cobertura bem como o seu manejo dentro do ciclo florestal<br />
deve ser precedida de um profundo conhecimento sobre<br />
a espécie em questão para evitar qualquer tipo de frustração<br />
em termos de produção e benefícios futuros.<br />
Um dos maiores especialistas no assunto no Brasil e no<br />
mundo que nos auxilia nas escolhas dos melhores mix é o doutor<br />
Ademir Calegari, referência nesse segmento há mais de 45 anos.<br />
Dezembro 2022<br />
69
CODORNADA<br />
CODORNADA FLORESTAL<br />
2022<br />
Fotos: Revista REFERÊNCIA<br />
Tradicional evento do mercado florestal chega<br />
à sua 15ª edição e une o setor à caridade e<br />
bem-estar social<br />
70 www.referenciaflorestal.com.br
Dezembro 2022 71
TECNOLOGIA<br />
CODORNADA<br />
ACodornada <strong>Florestal</strong> promoveu um grande<br />
encontro entre diversos players do setor<br />
florestal, desde a cadeia produtiva envolvendo<br />
madeireiros e donos da floresta à<br />
indústria, incluindo empresas do segmento<br />
de fornecimento de equipamentos, serviços e insumos<br />
locais, nacionais e internacionais.<br />
Além da tradicional exposição de máquinas e do<br />
demo show, os dois dias de codornada foram marcados<br />
por palestras com especialistas no segmento florestal.<br />
No primeiro dia, as palestras foram de: Mauro Murara,<br />
diretor executivo da ACR (Associação Catarinense de<br />
Empresas Florestais) Zaid Nasser, presidente da APRE (Associação<br />
Paranaense de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>), Marcelo<br />
Schmid, sócio-diretor do Grupo Index e Waldemar<br />
Niclevicz, primeiro alpinista brasileiro a escalar o Monte<br />
Everest.<br />
Já no dia seguinte (8 de dezembro), as palestras do segundo<br />
dia ficaram por conta de: Pedro Frâncio, engenheiro<br />
agrônomo especialista em produtividade, Claudio Ortolan,<br />
diretor de Estratégia <strong>Florestal</strong> na Klabin, Fernando<br />
Castanheira, coordenador-geral do SFB (Serviço <strong>Florestal</strong><br />
Brasileiro) e Ciro Bottini, especialista em vendas.<br />
A revista demonstrou e ilustrou em<br />
suas páginas o que é a Codornada<br />
e nos ajudou muito a atingir<br />
números cada vez mais expressivos<br />
de público, procura e empresas<br />
participantes<br />
Fabio Calomeno, idealizador<br />
e realizador da Codornada<br />
72 www.referenciaflorestal.com.br
O tradicional jantar reuniu mais de mil pessoas e além<br />
de agradecimentos e homenagens, foi o palco do segundo<br />
Leilão do Bem, onde empresas presentes no evento e empresários<br />
da região realizaram doações que foram leiloadas<br />
para levantar fundos destinados à compra de brinquedos<br />
para crianças carentes da região. O leiloeiro da noite<br />
foi Ciro Bottini, que utilizou toda sua expertise em vendas<br />
para animar o público e coordenar a arrecadação.<br />
Fabio Calomeno, idealizador e realizador do evento<br />
comentou que trata-se de um evento importantíssimo<br />
neste momento de retomada econômica, pois promove<br />
um networking qualificado e uma oportunidade para todos<br />
os interessados conversarem cara a cara após mais de<br />
um ano de encontros essencialmente remotos. “O evento<br />
nasceu com um churrasco de confraternização de fim de<br />
ano entre funcionários e clientes de Ponte Alta do Norte<br />
(SC). Com o crescimento da Codornada, o encontro abraçou<br />
Curitibanos como sede. Além de estar muito próxima<br />
geograficamente de Ponte Alta do Norte, trata-se de um<br />
município com forte tradição no setor de base florestal,<br />
que corresponde a mais de 50% da economia local”, destacou<br />
Fabio.<br />
Passado, presente e futuro<br />
Fabio Calomeno destacou sua satisfação pelo evento<br />
que ele promove há tanto tempo, agradecendo a todos<br />
que fizeram a Codornada atingir o sucesso atual. “É muito<br />
gratificante chegar onde chegamos e saber que não fiz<br />
isso sozinho, pois contei com grandes amigos e parceiros<br />
desde o começo”, declarou Fabio. O organizador agradeceu<br />
diretamente à Revista REFERÊNCIA, que segundo ele,<br />
foi um grande impulsionador do crescimento do evento.<br />
“A Revista demonstrou e ilustrou em suas páginas o que é<br />
a Codornada e nos ajudou muito a atingir números cada<br />
vez mais expressivos de público, procura e empresas participantes”,<br />
complementou Fabio.<br />
O idealizador trouxe com exclusividade para a Revista<br />
uma novidade para o ano de 2023, quando acontecerá a<br />
16ª edição da feira e que tem ligação direta com uma demanda<br />
dos expositores da feira. “Os resultados estão cada<br />
vez mais positivos e a pedido de várias empresas participantes,<br />
no próximo ano já reservamos com a prefeitura<br />
e teremos 3 dias de feira, 5, 6 e 7 de dezembro de 2023”,<br />
celebrou Fabio Calomeno.<br />
Os resultados estão cada vez mais<br />
positivos e a pedido de várias<br />
empresas participantes, no próximo<br />
ano já reservamos com a prefeitura<br />
e teremos 3 dias de feira, 5, 6 e 7 de<br />
dezembro de 2023<br />
Fabio Calomeno, idealizador<br />
e realizador da Codornada
CODORNADA<br />
Confira os melhores momentos da 15 a edição da Codornada <strong>Florestal</strong><br />
74 www.referenciaflorestal.com.br
Dezembro 2022 75
ESTUDO<br />
Informações<br />
ATUALIZADAS<br />
Novo estudo sobre o setor florestal<br />
paranaense está disponível para o público<br />
Fotos: divulgação<br />
76 www.referenciaflorestal.com.br
AAPRE (Associação Paranaense de Empresas<br />
de Base <strong>Florestal</strong>) lançou o Estudo<br />
Setorial APRE 2022, documento com os<br />
principais dados do setor de florestas<br />
plantadas do Paraná, que reforça a importância<br />
e relevância do segmento para o Estado. A<br />
grande novidade desse ano é que, além das versões<br />
física e digital, a associação vai disponibilizar também,<br />
em seu site, um painel interativo. A partir dele, todos<br />
os interessados – empresas, órgãos públicos, imprensa<br />
ou sociedade –, terão acesso rápido e descomplicado<br />
às informações do Estudo Setorial em âmbito estadual<br />
e por município, com diversos filtros, como área plantada,<br />
gênero, principal produto florestal, valor bruto de<br />
produção e muito mais.<br />
Para o levantamento, primeiramente foram coletados<br />
dados das empresas, tratados em conjunto para<br />
manter a confidencialidade, e também dados secundários,<br />
a partir de um projeto técnico-científico realizado<br />
em parceria com a EMBRAPA FLORESTAS, que trouxe<br />
informações gerais sobre o setor e os plantios florestais.<br />
Além disso, a APRE contratou a startup Canopy<br />
para realizar o mapeamento do Estado do Paraná, com<br />
imagens de satélite de alta precisão e caracterização<br />
das florestas. Nessa fase, a associação fez parte de uma<br />
importante iniciativa nacional, liderada pela IBÁ (Indústria<br />
Brasileira de Árvores), para ter um mapeamento<br />
real e seguro da área ocupada pela silvicultura em todo<br />
o território nacional.<br />
Zaid Ahmad Nasser, presidente da APRE, explica<br />
que esse é o estudo mais detalhado já realizado no<br />
setor florestal paranaense. Segundo o presidente, a<br />
precisão de informações, a partir da nova metodologia<br />
do mapeamento, será excelente não só para o Paraná,<br />
mas para o Brasil, tendo como objetivo oferecer aos<br />
diferentes públicos um importante instrumento de<br />
consolidação das informações relacionada ao setor. “O<br />
levantamento servirá de base para sustentar nossas<br />
ações, destacar a relevância da atividade, apresentar<br />
o nosso trabalho para a sociedade e, principalmente,<br />
reforçar nosso papel como parte da solução para um<br />
mundo mais sustentável”, valoriza Zaid.<br />
PARANÁ: UM ESTADO FLORESTAL<br />
De acordo com dados da IBÁ, o Brasil tem uma área<br />
de base florestal plantada de 9,59 milhões de hectares,<br />
sendo a maior parte dos gêneros pinus e eucalipto. No<br />
Paraná, o mapeamento realizado pela APRE apontou<br />
que existem, atualmente, 1,17 milhão de ha (hectares)<br />
plantados com árvores para fins comerciais. De pinus,<br />
são aproximadamente 714 mil ha, que representam<br />
60,6% do total - a maior área dessa espécie no Brasil.<br />
O levantamento servirá de<br />
base para sustentar nossas<br />
ações, destacar a relevância<br />
da atividade, apresentar<br />
o nosso trabalho para a<br />
sociedade e, principalmente,<br />
reforçar nosso papel como<br />
parte da solução para um<br />
mundo mais sustentável<br />
Já a área plantada com eucalipto é de quase 450 mil<br />
ha, correspondendo a 38,2% dos plantios florestais do<br />
Estado.<br />
Quando o assunto é conservação, o setor florestal<br />
é um dos protagonistas na proteção dos recursos<br />
naturais. Somente as empresas associadas à APRE,<br />
que concentram praticamente 50% da área plantada<br />
paranaense, possuem 481 mil ha de área conservada.<br />
Isso significa que, para cada hectare plantado, existe<br />
aproximadamente outro hectare de floresta nativa destinada<br />
à conservação. Além disso, 86% das áreas das<br />
associadas estão certificadas. De caráter voluntário, a<br />
certificação florestal comprova a origem da matéria-prima<br />
e garante que os processos utilizados pela empresa<br />
certificada seguem princípios legais, técnicos, ambientais<br />
e sociais de excelência.<br />
Zaid Nasser comenta também que o setor florestal<br />
não só protege suas matas nativas e corpos d’água<br />
como auxilia no sequestro de carbono da atmosfera.<br />
Outro ponto é que a maioria da energia consumida pela<br />
atividade é gerada na própria indústria, a partir de subprodutos<br />
do processo industrial. “O uso de materiais<br />
renováveis gera uma energia limpa e contribui para a<br />
redução do uso de energias não renováveis e para a diminuição<br />
das emissões de carbono”, reforçou Zaid.<br />
Dezembro 2022<br />
77
ESTUDO<br />
Segundo o presidente, o Paraná é pioneiro em plantios<br />
florestais em larga escala e apresenta condições<br />
climáticas favoráveis e características competitivas,<br />
como infraestrutura logística (acesso a rodovias, portos<br />
e aeroportos), proximidade com os principais centros<br />
consumidores, presença de centros de pesquisa e universidades,<br />
além de importantes polos industriais.<br />
Uma característica importante do setor florestal<br />
paranaense é a capacidade de abastecer mais de um<br />
segmento industrial, resultando em uma indústria múltipla<br />
e diversificada de produtos, aplicações industriais<br />
e serviços. Outro ponto de destaque são os constantes<br />
avanços em pesquisa genética e desenvolvimento de<br />
técnicas de manejo, que garantem aumento de produtividade<br />
e mais qualidade à madeira.<br />
PRINCIPAIS NÚMEROS<br />
Durante o lançamento do Estudo Setorial APRE<br />
2022, o diretor executivo da associação, Ailson Loper,<br />
apresentou alguns dos principais dados do segmento<br />
florestal do Paraná. De toda a madeira produzida no<br />
Brasil, o Estado concentra 25% do volume, o equivalente<br />
a 37,3 milhões de m3 (metros cúbicos). Da madeira<br />
proveniente do pinus, esse número é ainda mais expressivo:<br />
o Paraná é responsável por 55% do volume<br />
produzido no país.<br />
Outro número que chama a atenção é com relação<br />
aos empregos gerados pelo setor. Aqui, estão 16,5%<br />
de todos os empregados pelo segmento florestal brasileiro.<br />
Merecem destaque os dados de exportação. Dos<br />
produtos do setor florestal exportados pelo Brasil, saem<br />
do Paraná 70,7% das molduras, 66,5% dos compensados<br />
de pinus, 38,5% dos painéis, 35,0% do serrado de<br />
pinus, 31,1% do papel e 25,9% das portas de madeira.<br />
No último ano, o Estado alcançou um aumento de 23%<br />
no volume das exportações de painéis reconstituídos<br />
e 7% no volume de molduras. Já em valor das exportações,<br />
o crescimento foi de 79% em painéis reconstituídos,<br />
47% em molduras e 35% em resinas naturais.<br />
Nesse último item, inclusive, vale destacar que o Paraná<br />
é o terceiro maior produtor de resinas naturais do país.<br />
78 www.referenciaflorestal.com.br
O uso de materiais<br />
renováveis gera uma<br />
energia limpa e contribui<br />
para a redução do uso de<br />
energias não renováveis<br />
e para a diminuição das<br />
emissões de carbono<br />
O diretor executivo da APRE, valorizou o quanto<br />
estes dados mostram a importância do setor florestal<br />
para a economia do nosso Estado e também para o Brasil.<br />
Ailson ressaltou que durante o lançamento foram<br />
destacados apenas alguns destaques, mas o levantamento<br />
produzido pela APRE traz muito mais. São informações<br />
detalhadas sobre os sete polos florestais paranaenses,<br />
com o perfil dos negócios e das espécies plantadas,<br />
bem como a produção e o consumo da madeira<br />
em cada uma das regiões. Também são apresentados<br />
dados sobre áreas plantadas, produtividade, cadeias<br />
produtivas, produção e exportação por segmento, além<br />
dos principais diferenciais do Paraná, dos desafios setoriais<br />
e do contexto mundial. “Certamente, é um rico documento<br />
que pode auxiliar as empresas na tomada de<br />
decisões; os órgãos a pensarem em políticas públicas<br />
para fortalecer a atividade; e a sociedade a compreender<br />
a relevância dessa atividade no nosso dia a dia, já<br />
que os produtos de madeira estão mais presentes na<br />
nossa vida do que imaginamos”, completou Ailson.<br />
Dezembro 2022<br />
79
ECONOMIA<br />
80 www.referenciaflorestal.com.br
RESULTADO<br />
RECORD<br />
Receita do setor de árvores cultivadas bate<br />
recorde de R$ 244,6 bilhões em 2021<br />
Fotos: divulgação<br />
Dezembro 2022<br />
81
ECONOMIA<br />
H<br />
á anos caminhando sobre os trilhos do<br />
ASG (Ambiental, Social e governança),<br />
o setor de árvores cultivadas comprova<br />
que trabalhar de modo sustentável é benéfico<br />
para o meio ambiente, gera valor<br />
para a sociedade e é economicamente viável. Realizado<br />
pelo terceiro ano consecutivo com o IBRE/FGV (Instituto<br />
Brasileiro de Economia/Fundação Getúlio Vargas),<br />
o recém-lançado Relatório Anual da IBÁ (Indústria<br />
Brasileira de Árvores) 2022, demonstra que a indústria<br />
de base florestal alcançou receita recorde de R$ 244,6<br />
bilhões em 2021, ano base do material.<br />
Esta edição trouxe mudanças na forma de sua coleta<br />
de dados dos plantios florestais, realizados agora a<br />
partir de imagens de satélite. Assim, em parceria com<br />
a Canopy Remote Sensing Solutions, empresa de tecnologia<br />
de sensoriamento remoto, constatou-se que a<br />
área total de cultivos produtivos no país chegou a 9,93<br />
milhões de hectares, com 75,8% destinado ao eucalipto<br />
e 19,4% ao pinus. Os três Estados que mais cultivam<br />
são Minas Gerais, com 2,3 mi/ha (milhões de hectares),<br />
São Paulo, com 1,3 mi/ha e Mato Grosso do Sul, com 1<br />
mi/ha.<br />
Por meio de ciência e tecnologia, o setor vem avançando<br />
em seus índices de produtividade, produzindo<br />
mais, utilizando a mesma área, trazendo para a realidade<br />
um dos princípios da bioeconomia. Em 2021, a produtividade<br />
do eucalipto cresceu para 38,9 m³/ha/ano<br />
(metros cúbicos por hectare ao ano), enquanto o pinus<br />
totalizou 29,7 m3/ha/ano.<br />
O setor ainda mantém outros 6,05 milhões de<br />
hectares destinados para conservação. Em técnica de<br />
manejo sustentável chamada mosaico florestal, são<br />
integradas a vegetação nativa e os cultivos produtivos,<br />
beneficiando a regulação do fluxo hídrico e auxiliando<br />
no cuidado com a biodiversidade.<br />
O olhar cuidadoso para toda a cadeia impulsiona a<br />
inovação verde no processo industrial. Assim, o setor<br />
se mostra um exemplo para o mundo que tem a matriz<br />
energética como um dos maiores desafios para atingir<br />
a economia descarbonizada. De toda energia produzida<br />
na indústria, 88% vem de fontes renováveis, como licor<br />
negro e biomassa. Em 2021 as companhias de base florestal<br />
foram responsáveis pela geração de 74,6% da eletricidade<br />
que consumiram. O excedente produzido por<br />
companhias do setor são vendidos à rede pública e, em<br />
2021, totalizou 14,2 milhões de gigajoules, quantidade<br />
suficiente para abastecer uma cidade de 1,37 milhão de<br />
habitantes.<br />
Certificações internacionais como FSC (Forestry Stewardship<br />
Council) e PEFC/CERFLOR (Programme for the<br />
Endorsement of Forest Certification/ Programa Nacional<br />
de Certificação <strong>Florestal</strong>) atestam o manejo sustentável<br />
das companhias do setor há mais de 20 anos. De<br />
82 www.referenciaflorestal.com.br
acordo com o relatório, são 7,37 milhões de hectares,<br />
da área total, que possuem alguma certificação.<br />
Paulo Hartung, presidente executivo da IBÁ, explica<br />
que este documento é mais do que um relatório, é<br />
uma agenda que ilumina o caminho da bioeconomia e<br />
demonstra na prática que respeitar o meio ambiente e<br />
trabalhar em conjunto com as comunidades vizinhas é<br />
economicamente viável. Para o presidente executivo,<br />
neste momento em que caminhar rumo à descarbonização<br />
é uma urgência, esperamos que o material<br />
também seja uma inspiração a demais setores que buscam<br />
se adaptar a esta nova realidade. “Trabalhar em<br />
sinergia com a natureza pode ser uma enorme janela<br />
de oportunidades para o Brasil se apresentar ao mundo<br />
como uma solução no combate às mudanças climáticas<br />
e para gerar empregos e renda a brasileiras e brasileiros”,<br />
afirma Paulo.<br />
Reflexo direto do trabalho responsável e planejado<br />
é o avanço no número de empregos, que chegou a<br />
553 mil colaboradores diretos. Considerando postos<br />
de trabalho indiretos e induzidos, são 2,97 milhões<br />
de oportunidades em todo o Brasil. Mais um fator de<br />
impulso social é a parceria com pequenos produtores<br />
rurais para fornecimento de madeira. São 1,9 milhão de<br />
fomentados, que diversificam sua renda e uso de terra.<br />
Trabalhar em sinergia com a<br />
natureza pode ser uma enorme<br />
janela de oportunidades para o<br />
Brasil se apresentar ao mundo<br />
como uma solução no combate<br />
às mudanças climáticas e<br />
para gerar empregos e renda a<br />
brasileiras e brasileiros<br />
Dezembro 2022<br />
83
PESQUISA<br />
CARACTERIZAÇÃO DAS ESPÉCIES<br />
FLORESTAIS EM PLANOS DE MANEJO<br />
FLORESTAL SUSTENTÁVEL EM PEQUENA<br />
ESCALA NO ESTADO DO AMAZONAS<br />
Fotos: divulgação<br />
FILIPE CAMPOS FREITAS<br />
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO AGROPECUÁRIO E FLORESTAL<br />
SUSTENTÁVEL DO ESTADO DO AMAZONAS<br />
EIRIE GENTIL VINHOTE<br />
SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE DE MANAUS<br />
ALBERTO CARLOS MARTINS PINTO<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS<br />
84 www.referenciaflorestal.com.br
Dezembro 2022 85
PESQUISA<br />
RESUMO<br />
O<br />
manejo em pequena escala é uma alternativa<br />
de uso dos recursos madeireiros para<br />
pequenos produtores no estado do Amazonas.<br />
Estudos florísticos são importantes<br />
para o conhecimento da flora regional e<br />
seus potenciais diversos. O objetivo deste estudo foi avaliar<br />
a composição florística e estrutura florestal em planos<br />
de manejo em pequena escala a fim de se conhecer quais<br />
espécies tem sido mais visada pelos pequenos produtores<br />
rurais do Amazonas e verificar se a diversidade de espécies<br />
dessas áreas condiz com o esperado para a região Amazônica.<br />
Foram utilizadas planilhas de inventário florestal de planos<br />
de manejo licenciados no ano de 2013. Foi realizada a<br />
análise da estrutura horizontal considerando os parâmetros<br />
de densidade, dominância, frequência e valor de importância<br />
das espécies. A diversidade da vegetação foi avaliada a<br />
partir dos índices de diversidade de Shannon-Wiener (H’) e<br />
equabilidade de Pielou (J). Houve um total de 5716 indivíduos<br />
mensurados, representando 158 espécies e 35 famílias<br />
botânicas. As 10 famílias com maior riqueza de espécies<br />
foram Fabaceae (37), Lauraceae (18), Lecythidaceae (15),<br />
Sapotaceae (9), Moraceae (9), Chrysobalanaceae (8), Malvaceae<br />
(7) Myristicaceae (6), Anacardiaceae (5) e Caryocaraceae<br />
(4). As 10 espécies com maior valor de importância<br />
foram Micropholis williamii, Goupia glabra, Couratari tauari,<br />
Chrysophyllum L., Scleronema micranthum, Licania heteromorfa,<br />
Couepia subcordata, Tachigali paniculata, Peltogyne<br />
densiflora e Dipteryx odorata. A diversidade de espécies em<br />
planos de manejo em pequena escala condiz com o esperado<br />
para a região amazônica, sendo considerada alta.<br />
INTRODUÇÃO<br />
O Capítulo VII da Lei 12651 de 2012 (Código <strong>Florestal</strong><br />
Brasileiro) estabelece que a exploração de florestas nativas,<br />
destacando aqui aquelas localizadas na região amazônica,<br />
dependerá de elaboração e aprovação de Plano de Manejo<br />
<strong>Florestal</strong> Sustentável – PMFS (Brasil, 2012). Apesar de uma<br />
lei relativamente recente, desde 1965 é estabelecido que<br />
as florestas primárias da Amazônia só poderiam ser alvo de<br />
exploração através de planos técnicos de manejo (BRASIL,<br />
1965).<br />
Em 1998, o Decreto 2788/98 regulamentou o uso de recursos<br />
florestais na Amazônia e possibilitou o licenciamento<br />
de forma comunitária em áreas de até 500 ha por meio de<br />
Plano de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável Simplificado. Neste<br />
contexto, no ano de 2003, a Secretaria de Estado do Meio<br />
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas<br />
elaborou a Portaria nº 40/03 que dispõe sobre Planos de<br />
Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável em Pequena Escala (PMFSPE)<br />
com o objetivo de criar condições legais do manejo florestal<br />
para populações tradicionais (Kliber, 2008). Atualmente,<br />
essa categoria é regulamentada pela Resolução nº<br />
007/2011 do CEMAAM (Conselho Estadual de Meio Ambiente<br />
do Estado do Amazonas) (Amazonas, 2011).<br />
Desde a sua criação, essa categoria de manejo em pequena<br />
escala vem recebendo um número cada vez maior<br />
de interessados, a maioria sendo pequenos produtores<br />
rurais que se beneficiam com uma fonte a mais de renda.<br />
Como principal fator responsável pelo crescimento dessa<br />
categoria de manejo pode-se citar a assistência técnica<br />
gratuita oferecida pelo governo do estado, que auxilia o<br />
86 www.referenciaflorestal.com.br
pequeno produtor nas fases técnicas e administrativas para<br />
elaboração e licenciamento do plano de manejo (Freitas,<br />
2014). Diante dessa realidade de crescimento pela procura<br />
por meios legais que possibilitem a utilização dos recursos<br />
madeireiros, se faz importante o conhecimento das espécies<br />
arbóreas de interesse comercial local que serão objeto<br />
de licenciamento para posterior exploração.<br />
Com o seu território 100% inserido no bioma amazônico,<br />
o estado do Amazonas apresenta todas as características<br />
referentes a este ecossistema. A floresta amazônica<br />
é caracterizada como umas das poucas áreas que ainda<br />
detém os maiores níveis de biodiversidade do mundo, sendo<br />
constituída por diferentes tipos de vegetação, e cerca de<br />
65% de sua área é coberta por um tipo florestal denominado<br />
floresta de terra firme (Oliveira & Amaral, 2004). Assim,<br />
estudos florísticos e fitossociológicos da vegetação são<br />
importantes para o conhecimento da flora regional e seus<br />
potenciais diversos. Conhecimentos acerca desses assuntos<br />
são essenciais para a conservação da diversidade de uma<br />
floresta, e ainda permitem o planejamento e o estabelecimento<br />
de sistemas de manejo com produção sustentável<br />
(Lima et al., 2012).<br />
Desta forma, o presente estudo teve como objetivo<br />
avaliar a composição florística e estrutura florestal em<br />
PMFSPE a fim de se conhecer quais espécies tem sido mais<br />
visada pelos pequenos produtores rurais do Amazonas para<br />
obtenção de madeira e verificar se a diversidade das espécies<br />
alvo do manejo condiz com o esperado para a região<br />
Amazônica.<br />
Assim, estudos florísticos e<br />
fitossociológicos da vegetação<br />
são importantes para o<br />
conhecimento da flora regional<br />
e seus potenciais diversos<br />
Disco de corte para Feller<br />
Usinagem<br />
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conforme modelo ou amostra,<br />
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padrão do cabeçote;<br />
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AGENDA<br />
AGENDA2023<br />
Congresso do Pinus Sul Brasil<br />
Data: 29 a 31<br />
Local: Lages (SC)<br />
https://congressodopinus.com.br<br />
Congresso de Plantações Florestais<br />
Data: 23 a 25<br />
Local: Piracicaba (SP)<br />
https://www.ipef.br/<br />
MARÇO<br />
2023<br />
MAIO<br />
2023<br />
MAR<br />
2023<br />
CONGRESSO DO PINUS SUL BRASIL<br />
O Congresso do Pinus Sul Brasil 2023 é um evento voltado<br />
para o desenvolvimento da produção da cadeia de pinus<br />
no Brasil. Durante o congresso acontece também a Tech<br />
Forestry, feira de tecnologia para a indústria da madeira<br />
e floresta, com demonstrações e apresentações. Em paralelo<br />
a estas, o visitante também poderá participar do Seminário<br />
de Logística e Transporte <strong>Florestal</strong> e do Encontro<br />
de Fomento de Plantio <strong>Florestal</strong>. É um evento completo<br />
para quem trabalha com pinus.<br />
Imagem: reprodução Imagem: reprodução<br />
Expoforest<br />
Data: 9 a 11<br />
Local: Ribeirão Preto (SP)<br />
https://expoforest.com.br/<br />
AGOSTO<br />
2023<br />
AGO<br />
2023<br />
EXPOFOREST<br />
Feira <strong>Florestal</strong> Brasileira será uma inovação em eventos<br />
florestais da América Latina, e garantirá aos visitantes a<br />
possibilidade de ver máquinas e equipamentos em operação.<br />
Considerada uma experiência única, que proporciona<br />
ao visitante a verdadeira sensação extrema da realidade<br />
das florestas plantadas no Brasil. Ela recebe em média mais<br />
de 20 mil participantes de mais de 26 países. O público da<br />
feira é altamente especializado, formado principalmente<br />
por técnicos, engenheiros, gerentes e diretores, que atuam<br />
nas empresas de base florestal da América Latina e de diversos<br />
países tais como EUA (Estados Unidos da América),<br />
Canadá, Alemanha, Suécia, Austrália, entre outros.<br />
88 www.referenciaflorestal.com.br
Foto: divulgação<br />
ESPAÇO ABERTO<br />
Indústria 5.0<br />
EM FOCO<br />
Por Cristiano Bonanno, Regional<br />
Technology Manager da Rockwell<br />
Automation, empresa multinacional<br />
com mais de 100 anos de experiência<br />
em tecnologia e inovação.<br />
A frente do que vem<br />
sendo discutido, um novo<br />
patamar de tecnologia e<br />
modernização da indústria<br />
está as portas<br />
90 www.referenciaflorestal.com.br<br />
M<br />
uito provavelmente seremos a primeira geração da história a<br />
acompanhar duas revoluções industriais. Graças ao avanço tecnológico<br />
que acelera cada vez mais os processos de inovação,<br />
estamos vendo rapidamente o setor migrar de Indústria 4.0<br />
para Indústria 5.0. Quando tratamos de indústria 4.0, já temos<br />
claro no mercado conceitos como big data, analytics, realidade aumentada e<br />
manufatura aditiva. A próxima jornada do setor caminha para o 5.0, cuja principal<br />
mudança será trazer o ser humano para o centro das discussões. Muito além da<br />
tecnologia, o diferencial humano passará a ser peça fundamental dessa engrenagem.<br />
Migraremos de uma realidade concentrada em conectividade das máquinas;<br />
customização em massa; Supply Chain inteligente; produtos smart; e redução<br />
da mão de obra reduzida nas fábricas, para passar a direcionar esforços para a<br />
experiência do cliente; hiper customização; Supply Chain responsivo e distribuído;<br />
produtos interativos atrelados a experiência; e retorno da mão de obra para<br />
as fábricas. Com o trabalho humano aliado à tecnologia, o processo de tomada<br />
de decisão será cada vez mais eficiente. Tudo isso ainda caminhando lado a lado<br />
com as práticas ESG (Environmental, Social and Corporate Governance), que são<br />
outra forte tendência no setor. Esse cenário levará a indústria para o próximo<br />
nível, cujo foco não será apenas eficiência, mas sim em eficiência associada à<br />
sustentabilidade.<br />
Quando evoluímos de operações centralizadas em softwares para operações<br />
baseadas em IA (Inteligência Artificial) e suportadas pela força de trabalho, evoluímos<br />
para um novo conceito de mercado. A IA será distribuída ao longo de todas<br />
as camadas da indústria, com a integração vertical de dispositivos inteligentes,<br />
sensores com capacidade de processamento local e dispositivos de controle. Sem<br />
falar das soluções em nuvem e da computação em Edge, que aumentarão a capilaridade<br />
de inovações nas companhias, melhorando seus recursos e processos,<br />
além de abrir um enorme leque de oportunidades para o setor.<br />
Na prática, a nuvem entregará maior flexibilidade e escalabilidade, principalmente<br />
porque ela permite trabalhar dados massivos em escala juntamente com<br />
a IA e o machine learning. Esses dados apoiarão a tomada de decisão em tempo<br />
real, e evitarão manutenções e paradas que causam grande prejuízo para as indústrias.<br />
Com isso, o setor ganhará produtividade, sustentabilidade, competitividade,<br />
segurança de ativos e de profissionais, e, como consequência, crescimento<br />
econômico em um nível muito acelerado para o país. Segundo um estudo realizado<br />
pela Microsoft, a adoção massiva de IA pode adicionar um crescimento de<br />
4,2% ao PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil até 2030.<br />
No entanto, embora a tecnologia avance rapidamente, o mercado nacional<br />
ainda enfrenta alguns gargalos para avançar com a implementação desses recursos:<br />
nos faltam profissionais especializados, igualdade digital, e fomento a<br />
um ecossistema de inovação. Na área de TI, o país ainda tem um déficit anual<br />
de 110 mil profissionais, de acordo com dados da Brasscom, o que atrasa a adoção<br />
de tecnologias pelas empresas e, consequentemente, o desenvolvimento<br />
econômico. A mudança forçada gerada pela pandemia da Covid-19 fez com que<br />
a transformação digital ganhasse um impulso, além de ter quebrado muitas objeções<br />
que as companhias antes tinham para avançar com a adoção tecnológica,<br />
como cibersegurança, falta de qualificação profissional e mudança cultural. Desta<br />
forma, agora a transformação digital não só faz parte do plano de negócios das<br />
corporações, como também de suas ações estratégicas. Ainda temos muitos<br />
desafios e um longo caminho a percorrer até termos, de fato, um setor industrial<br />
5.0. Mas, as tendências apontam para um futuro promissor em que finalmente<br />
passaremos a usar o melhor de nossos recursos: as soft skills humanas conectadas<br />
ao poder da inovação. O futuro é digital, e o digital é feito de conexões.
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