Publ!n

DEZEMBRO DE 2022
EDIÇÃO Nº 23
MARKETING
DIGITAL
nas pequenas e
médias empresas
METAVERSO
Os próximos
passos da
interação social
SEJA CURIOSO
Entrevista com Renato Billa, coordenador de marketing
digital com foco em negócios do grupo Globo

QUEM
NÃO É
VISTO
NÃO É
LEMBRADO
Com a Olive Tree você é
visto e lembrado pelos seus
clientes.

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Prof. Ricardo Correia - Projeto/Comunicação Gráfica e Design
Prof. Sylvestre Luiz Thomaz - Arte e Cultura
Prof. Daniel Trevisan de Araújo - Fotografia
Prof. Cláudio Luiz Cecim Abraão Filho - Comunicação e Expressão
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MARKETING PARA
TODOS A TODO TEMPO
EDITORIAL
Nossa edição de Novembro/Dezembro está recheada de conteúdo voltado para
quem respira Marketing. No decorrer dessas páginas você irá nutrir-se de
informação com um artigo de opinião escrito a quatro mãos onde iremos abordar a
relação do marketing digital com o pequeno e o médio empreendedor, que muitas
vezes não tem uma área estruturada que é responsável pela estratégia e execução
do plano de marketing.
Para quem não abre mão de tecnologia, preparamos uma reportagem mais do que
especial voltada para quem procura entender melhor o Metaverso. Nesse texto,
falamos de como será a interação social neste mundo virtual, onde marcas e
profissionais das áreas de comunicação estão se moldando para entrar nesse novo
meio de exposição de marca e relacionamento.
Além desses pratos cheios de puro marketing, falamos com Renato Billa,
coordenador de marketing digital do grupo Globo e Product Owner do Globo Ads,
conversamos sobre a longa carreira de Renato dentro da comunicação e como o
Globo Ads será um verdadeiro divisor de águas dentro do mercado publicitário,
principalmente quando falamos de mídia programática e acesso a publicidade.
Desejamos a todos uma ótima leitura!
Guilherme Mendes
Editor
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SUMÁRIO
MARKETING DIGITAL 06
Usar as métricas vai causar diretamente o impacto no custo da empresa, porque o
empresário vai entender justamente no que ele irá investir mais...
SEJA CURIOSO 12
O erro faz parte do aprendizado. Eu desconfio de pessoas que não erram porque
muito provavelmente elas não estão arriscando o suficiente, é melhor fazer, errar e
aprender do que deixar de fazer por medo de errar...
METAVERSO 16
A nova realidade virtual propõe uma grande mudança nos meios digitais e abre
questionando sobre como serão as relações no futuro. Confira...
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MARKETING
DIGITAL
ARTIGO DE OPINIÃO

O artigo em questão apresenta uma
breve discussão sobre a importância do
marketing digital para as pequenas e
médias empresas como estratégia nos
dias atuais. Ele tem como objetivo,
analisar no contexto geral o marketing
para resultados satisfatórios.
A coisa mais comum que vemos nos dias
de hoje, são pequenas empresas que não
fazem marketing digital, por diversos
motivos. Vamos falar aqui de alguns
pontos de obstáculos e visão geral de
onde se pode chegar com o marketing
digital.
O obstáculo geralmente é o medo, por
acharem que precisam de uma equipe
muito grande internamente para poder
realizar os trabalhos, que são necessários
no marketing digital, que esse tipo de
ferramenta é complicado de implementar,
e que exige um investimento muito alto.
Imaginam que o marketing digital só
serve para as grandes empresas, que seu
perfil não se enquadra na era digital.
No caso das micro e pequenas empresas,
elas não têm um planejamento
orçamentário, que prevê esse tipo de
gasto, muito menos se a empresa for
local, o marketing digital praticamente é
algo muito distante da realidade.
São motivos muito superficiais, quando
se avalia realmente a fundo, e
principalmente quando descobrem
realmente o porquê, por que que esses
colaboradores não utilizam do digital. Por
que fazer marketing digital se é uma
pequena empresa? Alguns empresários
pela falta de conhecimento, acreditam e
apostam no sucesso local, e somente o
marketing direto é o bastante.
O marketing direto ou marketing comum é
muito importante, e não podemos
esquecê-lo, porém fora das redes ou
apenas com conta ativa somente, sem
estratégias definidas, ou sem um
profissional atuando para trazer resultado,
não traz valor.
É isso que vamos abordar neste artigo em
questão, vamos falar de oportunidades:
- Oportunidade de divisibilidade:
Quando falamos de marketing digital,
estamos falando das estratégias aplicadas
ao universo digital. Ou seja, se pensar no
mundo digital, é um mundo que não tem
limite geográfico, o alcance é absurdo, nós
aqui no Brasil, podemos falar com pessoas
que estão no Japão. Não existe limitação
geográfica, podendo ter abrangência
global, que dá mais oportunidade de
sucesso para os pequenos e micros
empresários.
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Marketing digital não é válido somente
pra lojas virtuais, pode ser loja física, ou
uma empresa local, empresas que não
atendem diversos lugares do Brasil.
Enfim, isso não importa, o marketing
digital, irá te ajudar da mesma forma, só
serão estratégias diferentes, para cada
tipo de negócio.
- Oportunidade de Custo menor:
O Marketing digital irá permitir fazer
metrificações que outras formas que o
marketing tradicional não permite. Por
exemplo, quando se faz um outdoor, não
se consegue saber exatamente quantas
pessoas viram aquele outdoor, quantas
pessoas viram o outdoor e foram na sua
loja ou empresa, quantas foram e
compraram, não tem como fazer esse
rastro, quando falamos das mídias do
marketing tradicional.
Mas quando usamos as ferramentas de
marketing digital de forma correta,
podemos conseguir um alcance e
direcionamento ao público correto,
podemos acompanhar a jornada do
cliente, até a finalização da compra.
Então quando fala de estratégias digitais
se consegue por exemplo, colocar um
banner, saber quantas pessoas tiveram
impressão daquele banner, quantas
pessoas clicaram naquele banner, e se
aquele banner foi responsável por alguma
ação específica, enfim, temos diversos
recursos para entender e metrificar
Usar as métricas vai causar diretamente o
impacto no custo da empresa, porque o
empresário vai entender justamente no
que ele irá investir mais, no que investir
diferente ou mudar a estratégia, ter mais
plano de ação sobre determinado
assunto, abrir possibilidades pra novo que
não sabia que existia.
Quando a empresa consegue juntar todas
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essas informações e realmente metrificar,
saberá qual atitude tomar, consegue
direcionar o investimento e fazer melhor
uso dele. Justamente saber se esse
investimento está alto ou não. Consegue
diminuir os custos que estava tendo, com
todas essas informações coletadas.
- Benefícios:
Para pequenas empresas que fazem
marketing digital é competitividade. Se
pensarmos pelo cenário, imaginamos que
uma das suas queixas seja uma empresa,
ter que confrontar vários concorrentes
que fazem anúncios em televisão,
propagandas no rádio e outdoor.
Como ter verba para poder confrontar
neste nível, para o pequeno e
microempresário isso é impossível, não
podemos esquecer que o algoritmo é
quem vai definir quem vai aparecer, ele
vai olhar as estratégias que você e os
seus concorrentes estão fazendo quem
tiver a melhor, fica mais visível. Então,
isso torna um jogo mais justo, no sentido
de ter acesso a essas estratégias, alguém
que saiba fazer e acompanhar, isso vai ser
muito bom para a empresa sair na frente.
cada um.
Falando agora sobre experiências reais,
que menciona o artigo do site da
Digilandia, o artigo fala sobre várias
empresas que estão no meio digital, e
entre elas fala sobre a empresa Magazine
Luiza.
‘’Ele menciona quanto essa transformação
digital foi fundamental para a companhia,
o crescimento foi espantoso, o lucro da
companhia chegou a quase 1 bilhão de
reais em 2019. Hoje a empresa é
referência em e-commerce, eles mudaram
o processo de venda tradicional para assim
investir em marketing digital com foco em
promoções.
Com a adoção de uma cultura digital, a
empresa adotou uma plataforma de dados,
para definir os clientes com maior
potencial de compra, rentabilidade e
relevância.
E se olharmos todos os cenários em
relação aos seus concorrentes,
percebemos que é notável a importância
do marketing digital, independente do
porte e localização geográfica. A internet
tem voz e valores para todos, sendo
bidirecional e focada nas necessidades
humanas, ela pode segmentar um público
específico, independentemente da
localização, o que diferencia ou não o
sucesso e o interesse demonstrado por
PUBL!N| 09

A partir dessas informações, é feita a
comunicação com esses consumidores
por meio de mídia programática, canais
de vendas e listagem.
Entre os pontos principais da estratégia
de digitalização da Magazine Luiza, estão:
- A aposta na multicanalidade, com a
integração entre lojas físicas e e-
commerce, para atender às
particularidades do mercado mundial;
- Desenvolvimento de uma cultura com
espaço para buscar a inovação e
aceitação de riscos;
- Internalização do desenvolvimento de
tecnologia, com a criação de uma equipe
de programadores para criar e aprimorar
os canais digitais da empresa.’’
Além de todas as estratégias citadas
acima, temos a Lu do Magalu, a assistente
virtual do Magazine Luiza que se tornou a
maior assistente/influenciadora virtual do
mundo.
Ela foi criada em 2003 somente como
uma voz para o site de e-commerce e
assim foi sendo aprimorada com o passar
do tempo. Isso foi um grande feito para a
visibilidade da marca mundialmente. Com
toda certeza podemos considerar uma
grande estratégia de negócios e sucesso
da marca.
No marketing digital tudo acontece
extremamente depressa e todas as
estratégias também precisam ser
alteradas frequentemente. Segundo
Kotler, ‘’o conceito de marketing pode ser
visto como um contraponto ao de
macroeconomia. Sempre que ocorrem
mudanças no ambiente macroeconômico,
o comportamento do consumidor muda,
o que automaticamente provoca
mudanças no marketing.’’
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SEJA
CURIOSO
ENTREVISTA

Quem é Renato Billa?
Profissionalmente é o coordenador de
marketing da área de negócios da Globo,
pessoalmente, pai do Rafael e da
Giovana.
De diagramador a coordenador de
marketing, como foi esse início de
carreira?
Terminei o terceiro colegial e não tinha
dinheiro para fazer faculdade. Fui
trabalhar como office-boy num escritório
durante um ano para juntar uma grana e
começar a faculdade, juntei dinheiro para
5 meses de faculdade, conversei com
meu pai para ver se me ajudava e ele
ajudou por um tempo, quando comecei a
fazer publicidade e propaganda.
Depois de 2 meses de faculdade fui em
busca de um estágio e tive a
oportunidade de fazer uma entrevista na
Editora Pini para estagiar em
diagramação, e é uma história muito
louca. Primeiro que eu não tinha ideia do
que era diagramação e na entrevista me
perguntaram: “Sabe Photoshop?”. Disse
“sei”, nunca tinha visto, nunca tinha feito
nada. No final das contas entrei e na
editora trabalhava um cara que era meu
vizinho, foi ele que me ensinou tudo, era
um monstro em Photoshop, InDesign,
PageMaker, eu sentava do lado dele e
aprendia tudo. O estágio na Pini me
pagava R$ 800,00, e desses R$ 800,00,
R$ 600,00 eram para pagar a faculdade,
me sobravam R$ 200,00 pra curtir a vida
adoidado (risos).
Eu fui estagiário durante quase três anos,
a galera me chamava de líder dos
estagiários porque eu era o estagiário que
estava lá há mais tempo. No meio do
terceiro ano, me efetivaram e passei a
ganhar R$ 1.800,00. Eu achava que seria
churrasco de picanha para todos os meus
amigos, "nossa, tô rico, milionário”. Fui
crescendo na empresa até chegar a
diagramador sênior, porém chegou um
tempo onde as coisas que o pessoal de
marketing fazia me chamava tanta atenção
que foi onde eu comecei a me interessar
por marketing, que na época era
basicamente fazer anúncios. Eu já não
estava querendo mais ficar paginando
revista, falei pra mim mesmo que estava
na hora de arrumar um trabalho na área de
marketing. Foi onde a oportunidade
surgiu, a Lincoln Electric queria internalizar
a sua parte criativa, e a história se repete:
Cheguei na entrevista, falei que eu sabia
mexer nos programas, manjava de tudo,
entrei. Fiquei aproximadamente um ano só
trabalhando com design, desenvolvimento
de anúncios, folders, toda a parte criativa.
Passado esse um ano trocou-se o Diretor
Geral da empresa onde trouxe uma visão
mais voltada para análise de métricas
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Dentre todas as áreas do marketing, por
que o digital?
Comecei a gostar dessa parte de análise,
de números e fuçando na internet no
YouTube principalmente, tinha um cara
que foi o pioneiro do marketing digital e
hoje em dia ele só fala com a agências:
Fábio Ricotta, o cara da agência Mestre.
Ele dava aula de Google Ads no YouTube,
de Google AdWords na realidade, ele
começou a falar disso porque estava
acontecendo esse movimento lá fora.
Comecei então a ver e achei
simplesmente fantástico, comecei a
engolir esse conteúdo e foi meu primeiro
contato com marketing digital. O Google
AdWords só fazia search display no
começo, não tinha tanta análise como
tem hoje.
Via o Google AdWords e queria implantar
no meu trabalho, queria mexer mas meu
chefe na época, já tinha mudado
novamente, não me dava oportunidade.
Chegou a falar para mim assim: “Cara
AdWords não vai dar futuro, isso aí é
ficar refém do Google, essas coisas vão
acabar, isso não vai dar certo no Brasil”.
Não acreditei no que ele tinha falado,
depois de muito insistir ele falou: “Tá
bom”, acho que me deu um cala boca,
porque me deu o curso de AdWords, o
primeiro curso de AdWords do Brasil na
Goobec, mas nunca deixou eu implantar.
Só que nessa época já comecei a fazer
por fora para aprender a mexer, daí pra
frente não larguei mais o Digital, foi onde
me brilharam os olhos e falei “É aqui onde
eu quero ficar!”.
Saí de férias e na volta descobri a
Resultados Digitais que estava
começando, quer dizer já tinha um nome
mas estava se desenvolvendo, liguei para
eles, virei cliente, quando a Resultados
Digitais não era esse hub de conteúdo
que nós conhecemos hoje, eles estavam
tentando implantar essa cultura de
marketing de conteúdo no Brasil porque
o que o mercado aprendeu “Se você quer
entrar num mercado já consolidado, você
tem que ter um produto diferenciado,
tem que educar o mercado.”
A RD e a Rock Content começaram a
educar o mercado falando sobre
marketing de conteúdo, sobre inbound
marketing e atrelado a isso vendiam o RD
Station que era o software que
gerenciava tudo isso e a Rock Content
vendia todo o trabalho de texto, de
produção de conteúdo e tudo mais.
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curioso, gostar de business, questionar-se:
Como a empresa ganha dinheiro? O que
ela vende? Como ela vende? Por onde ela
vende? Quais são os pontos de contato
com o cliente? Entendendo como o
negócio funciona você começa a analisar
onde estão as pequenas alavancas que se
mudarmos, conseguimos ter um
crescimento exponencial.
Nessas táticas de Growth, foi quando
comecei a me interessar por negócios, me
interessar por startup, crescimento
acelerado.
Agora vamos para o seu projeto, explica
pra gente o que é o Globo Ads?
Qual foi seu primeiro contato com
Growth Hacking e como é o cotidiano de
um profissional focado nisso?
Estava em inbound quando entrei na
Saint-Gobain onde fui no meu primeiro
RD Summit, onde vi um cara palestrando
para 12.000 pessoas, Gabriel Mineiro que
é hoje um dos grande nomes de Growth
no Brasil e fiquei encantado com o que
ele falava, falei pra mim mesmo “É isso
que eu quero fazer, quero ter essa visão
de potencializar um negócio através de
métricas e análise”.
Foi onde comecei a implantar na Saint-
Gobain a metodologia de Growth, o que
dentro de um negócio eu consigo mexer
ou melhor qual é a alavanca que eu
consigo virar e gerar um resultado
exponencial na outra ponta a curto prazo.
Um profissional de Growth tem que ser
O Globo Ads é o portal de negócios da
Globo, então se você pensa em fazer
negócio com a Globo, lá você vai
encontrar um conteúdo específico para o
que você quer.
Estamos moldando o Globo Ads em torno
do que chamamos de Product-Led que é o
produto fazer a função de atendentes, de
pessoas que estariam ali pra te ajudar ou
seja é você conseguir encontrar o que
você precisa sem ajuda de ninguém. A
jornada de compra hoje em dia é essa.
Antigamente você acionava um vendedor,
ele te ajudava e então você comprava,
agora você vai na internet, procura,
escolhe, decide e aí dependendo do caso
chama o vendedor para validar se a sua
decisão é a melhor opção para o que você
está procurando.
O Globo Ads é exatamente para isso, ele
está no começo do funil de marketing
então a função dele é atrair, ativar e reter
usuários dentro da plataforma a fim de
fazer entender que a Globo sempre tem
uma solução, não importa o tamanho da
empresa ou do desafio.
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Quem é o público-alvo do Globo Ads?
Hoje são profissionais de marketing ou
até donos de pequenos e médios
negócios que não tem uma área de
marketing estruturada mas sabem que o
marketing é essencial para manter
qualquer negócio vivo, então através do
Globo Ads vai ter conteúdo pro gerente
do Itaú que vai fazer uma super
campanha e pro dono da ferramentaria
que quer fazer um anúncio na Globo
segmentado para região dele através do
GloboSIM. Isso democratiza a Globo para
todo mundo, tira esse misticismo de que
fazer alguma coisa na Globo “É só para
milionário” e hoje o Globo Ads vem para
tangibilizar o discurso de onde a Globo
quer chegar, ela quer ser conhecida como
uma plataforma de publicidade como são
os outros nativos digitais e ela quer
entregar resultado para as marcas, para
os anunciantes e o GloboSIM é o que
sustenta esse discurso.
Como Product Owner quais foram os
maiores desafios no desenvolvimento
desse projeto?
Estou escrevendo um artigo para o
Linkedin sobre isso (risos). Migrar de
marketing para produto, quando você
vem do marketing te dá uma bagagem
muito legal principalmente o marketing
digital, quando você vai para um produto
digital você já olha o produto com outros
olhos, só que trabalhar com produto é
completamente diferente de marketing,
produto é trabalhar com metodologia
ágil, hoje trabalho com metodologia
SCRUM e como PO tenho que olhar a
visão do negócio e aonde ele quer chegar
garantindo que o produto reflita isso
entre funcionalidades, features e tudo
mais.
Qual o maior desafio do Globo Ads?
Refletir toda essa transformação que a
Globo está passando dentro de um
produto digital que represente toda uma
área de negócios com mais de 800
funcionários.
Quando assumi o projeto ele já era um
produto que estava lá e falaram para
mim: “Ó, tem esse produto aqui, e ele já
passou na mão de meio mundo e agora é
seu”. Só que quando peguei ele não
refletia exatamente o que a Globo queria
passar, então eu sentei com a minha
gerente na época e falei que teria muita
coisa pra arrumar (Muita mesmo) e que
eu precisaria de tempo para trabalhar no
produto, no primeiro momento ela me
deu o tempo que precisava, porém no
desenvolvimento descobri que teria que
entregar com 4 meses a menos do que o
esperado.
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Se pegarmos dados internos de lá, acho
isso espetacular a propósito, 99% dos
acessos da internet brasileira passam por
sites da Globo.
A Globo entrou de cabeça nesse mercado
acirrado de tecnologia, onde o share de
publicidade que antigamente boa parte da
verba era voltada apenas para TV, com a
entrada de Tik Tok, Facebook, Instagram,
essa verba foi cada vez mais sendo diluída
para essas outras plataformas de
exposição e a Globo não quer ficar para
trás, ela agora faz parte dessa briga e está
trazendo uma porrada de novidade e o
papel do Globo Ads é representar tudo
isso, num ambiente online dedicado para o
B2B.
Qual a mensagem que o grupo Globo
quer passar com essa nova ferramenta?
Que a Globo agora é uma plataforma de
publicidade, a Globo não é mais aquela
publicidade antiga que tinha “A vamos
rodar um anúncio e o anúncio foi super
bem porque foi super criativo e agora
vamos todos para as Bahamas
comemorar!” (longas risadas).
A Globo está mudando o
posicionamento, hoje ela é muito
conhecida por plataforma e a gente
recebe muita gente lá falando que
querem anunciar no G1, no Jornal
Nacional, no Globo Esporte e a ideia é
que as pessoas venham atrás da Globo
querendo awareness, conversão, tráfego
para o site, independente da plataforma.
A Globo tem o know-how para saber
onde vai entregar melhor o seu anúncio.
Qual o impacto esperado que o Globo
Ads tenha principalmente sobre o
pequeno e o médio empreendedor?
Esperamos que através da plataforma eles
consigam entender que a Globo tem
solução para eles também, que a Globo
não é intangível, não é intocável e que
você consegue fazer um anúncio na Globo
mesmo de um pequeno negócio, também
espero que eles consigam entrar lá e
enxergar que não é só o ‘meio de fazer’
que iremos entregar, vamos entregar o
‘como fazer’ também.
Vocês acreditam que o GAMA e o
GloboSIM são meios de democratizar a
mídia programática dentro do mercado
publicitário?
O GAMA completamente, ele vai trazer
acervo de fora da Globo então (Tô dando
spoiler aqui tá?) você vai conseguir
anunciar em outros conteúdos por meio
PUBL!N| 16

de um produto Globo, o GAMA não tá
totalmente produtificado eles anunciaram
como uma novidade mas ele vai terminar
de ser produtificado e ter uma maior
robustez ano que vem, mas a ideia do
produto é essa, é mídia programática
dentro da Globo e o GloboSIM pra mim é
a ferramenta que diz que qualquer um
pode anunciar na Globo. É engraçado que
como o GloboSIM já tem um tempo,
temos cases muito legais, tem um que
particularmente eu gosto muito que é de
um empreendedor duma cidade do
interior que comprou um anúncio no
GloboSIM segmentado para a TV local
correspondente da Globo na cidade e
reuniu toda família envolta da TV pra ver
o anúncio dele passando na Globo e isso
é muito legal, é o que dá significado pro
projeto.
tecnologia, sem falar de números, sem
falar de criatividade, sem perguntar qual
é o objetivo, ninguém faz as coisas por
fazer tudo tem um objetivo.
Na sua opinião quais as principais
características de um bom profissional
de marketing digital?
Curiosidade! Tem que ser curioso porque
se o profissional faz uma faculdade,
estuda um pouquinho, ele vai continuar
na média, vai continuar sendo aquele que
sabe a mesma coisa que todo mundo
sabe, agora se ele é curioso, tem sede de
entender como as coisas funcionam, ele
vai atrás e aí vai se tornando realmente
diferenciado.
Qual a visão do Renato sobre o futuro do
marketing digital?
Acho que cada vez mais vai estar atrelado
a tecnologia então entra naquilo que eu
estava falando sobre produto, o bom
produto é aquele que as pessoas
conseguem a poucos cliques extrair valor,
o Google, Facebook e todas as
plataformas vem evoluindo para que cada
vez menos as pessoas terceirizem alguma
atividade, a ideia desses players é evoluir
tanto a plataforma que qualquer um
consiga entrar lá e em poucos cliques
fazer um anúncio, para mim o futuro é
esse, cada vez mais atrelado a tecnologia,
profissionais que vão se diferenciar são
aqueles que já tem algum conhecimento
de programação e hoje o marketing tem
mesclado cada vez mais com tecnologia
que é o ‘Martec’, hoje não tem como
você falar de marketing sem falar de
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Qual a mensagem que você daria a um
recém formado na área de comunicação,
ou para um entusiasta da área?
Não se limite ao que a faculdade te
oferece, não se limite ao que você está
fazendo no curso, seja curioso! Muitas
vezes eu estava assistindo uma palestra
de alguém da área e essa pessoa falava
uma frase que acendia uma lâmpada na
minha mente e eu falava “É isso aqui, isso
me interessou e eu ia atrás, pesquisava,
assistia vídeos, e às vezes nem era o tema
da palestra”. Uma coisa também que faz
muita diferença é você ter paixão pelo
que faz, a galera fala muito disso: “Ah ter
paixão, não sei o quê”. Com um tempo de
estrada eu vejo diferença mesmo, quando
eu to entrevistando alguém ou
simplesmente trocando uma ideia, eu sei
quem até gosta do que faz e quem
realmente tem tesão pelo que faz, quem
tem esse brilho nos olhos, esse sangue
nos olhos, o cara já é diferenciado por si
só.
E outra coisa, não pode ter medo de
errar, o erro faz parte do aprendizado. Eu
desconfio de pessoas que não erram
porque muito provavelmente elas não
estão arriscando o suficiente, é melhor
fazer, errar e aprender do que deixar de
fazer por medo de errar.
Seja curioso e não tenha medo de errar!
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METAVERSO
OS PRÓXIMOS PASSOS DA INTERAÇÃO SOCIAL
REPORTAGEM

Foto: Forbes Brasil
A nova realidade virtual propõe uma
grande mudança nos meios digitais e abre
questionando sobre como serão as
relações no futuro. Confira!
A primeira aparição do termo Metaverso
foi em 1992 no livro de ficção científica
Snow Crash, de Neal Stephenson. No
livro, humanos criaram um novo mundo
digital onde viviam com seus próprios
avatares e se refugiavam no meio virtual
para escapar da realidade.
O Metaverso nada mais é que um espaço
virtual realista, imersivo e interativo que
possibilita o contato humano por meio
digital e foi criado para facilitar o
cotidiano da população, proporcionando
a realização de atividades presenciais
através de cliques e sem sair de casa. E
para entrar nesse mundo, inicialmente só
é preciso ter acesso a um dispositivo com
internet, fone de ouvido de realidade
virtual ou óculos inteligente e uma
carteira digital
(para movimentação de compra e venda).
Basicamente, o Metaverso é um
ambiente 3D onde pessoas em suas
casas, desenvolvem seus avatares e
interagem com outras pessoas. Eles
podem fazer atividades cotidianas
normalmente, como trabalhar, estudar,
sair com amigos, fazer compras ou até
vender uma propriedade, ou seja, tudo
que você pode realizar no mundo real.
Toda essa movimentação econômica é
feita através da criptomoeda (meio de
troca que se utiliza da tecnologia da
criptografia para assegurar a validade das
transações e a criação de novas unidades
da moeda).
É através do Meta que o magnata está
tentando trazer o metaverso para mais
perto da população. Não será uma tarefa
fácil e rápida, pois além da necessidade
de óculos de realidade virtual, que são
bem caros e podem causar tontura em
alguns usuários, a Meta afirmou em
entrevista para o Uol que as tecnologias
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de captação de imagens 3D de alta
qualidade demorarão de 5 a 10 anos para
se tornarem acessíveis.
Apesar deste longo prazo, as
movimentações financeiras já começaram
no metaverso, em abril deste ano cerca
de R$ 1.5 bilhões foram usados para
comprar terrenos no mundo virtual, este
acontecimento foi considerado o maior
no assunto de vendas de ativos digitais
da história que tem como responsável a
empresa Yuga Labs.
A empresa Apple também se manifestou
no assunto sobre o metaverso e promete
começar a produzir no ano de 2023
novos headsets de realidade virtual e
aumentada em parceria com a empresa
Pegatron, segundo rumores das matérias
da Digitimes. Há rumores também de que
os headsets poderão substituir os
famosos celulares da Apple a longo prazo.
Outras grandes empresas do mundo real
também se mostraram adeptas ao
metaverso. Em 2021 a Microsoft
anunciou nova plataforma que leva o
metaverso para dentro do Teams que
promete evitar o cansaço de longas
reuniões com um dinamismo
personalizado prometendo que seus
usuários tenham seus próprios avatares
3D para entrar nesse ambiente virtual
sem precisarem usar os óculos virtuais.
Além disso, com empresas físicas
interessadas em inovar no metaverso
novas profissões surgem nesse processo,
como: desenvolvedor de ecossistemas,
especialista em cibersegurança,
advogados especialistas em smart
contracts, entre outros.
E falando em inovação, vacas estão
usando óculos de realidade virtual, e por
mais assustador que isso pareça um
agricultor na Turquia decidiu colocar
óculos de realidade virtual em suas vacas
para testar a reação delas em relação a
produção de leite depois de um
experimento que aconteceu na Rússia
que dizia que os óculos deixavam as
vacas mais felizes e menos ansiosas. Cada
vaca usa dois headsets, um para cada
olho, nesses headsets são mostrados
pastos verdes e ensolarados criados
especialmente para que as vacas
consigam fugir de suas realidades. O
resultado de tudo isso se deu em vacas
menos ansiosas que aumentaram em 20%
a produção de leite.
Foto: Ministério da Agricultura da Região de Moscou via CNN
PUBL!N| 21

Foto: Fábio Faria
mundo virtual, o metaverso não é
totalmente agradável para todas as
pessoas.
Outro ponto importante de ser ressaltado
é sobre o algoritmo, dentro do metaverso
o algoritmo só irá disparar assuntos que o
usuário tem interesse, então chegará um
momento em que ele irá se perguntar
qual mundo é mais interessante, o mundo
digital que gira ao redor dos seus
interesses e que ele pode comandar ou o
mundo real o qual ele não tem o total
controle.
Outro acontecimento marcante
aconteceu no dia 5 de agosto de 2022
quando o então presidente da República,
Jair Bolsonaro, se tornou o segundo
presidente do mundo a fazer uma reunião
dentro do metaverso, o encontro
aconteceu com a presença do Ministro de
comunicação que estava na Califórnia
enquanto Bolsonaro estava no Brasil para
tratar de assuntos da indústria de games
do país que no ano de 2021 faturou cerca
de 2.3 bilhões de dólares.
Como visto, a possibilidade de interação
no meio virtual é intrigante, pois as
interações sociais no meio físico tendem
a diminuir e crescer no digital, podendo
causar grande impacto no mundo que
conhecemos hoje, principalmente nos
mais jovens que já estão acostumados
com tal ato. Por conta dessa facilidade
em se isolar do mundo real e viver no
Embora a nova realidade virtual proponha
grandes mudanças nos meios digitais de
comunicação e abra questionamentos
sobre como serão as relações no futuro,
Alessandro Hoffmann em seu livro sobre
o Metaverso afirma: "Os mundos virtuais
são projetados especificamente para o
entretenimento, interação social,
educação, treinamento e uma série de
outros motivos. Persistência e interação
são características compartilhadas por
todos os ambientes virtuais. Isso permite
que os usuários investiguem os
benefícios inerentes da socialização e
pesquisem a natureza humana e os
talentos dos usuários”.
PUBL!N| 22

SAI DA CAVERNA E VEM PRO
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