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INFORMAQ - nº 271 - Novembro de 2022 - Ano XXIII

Publicação de ABIMAQ - SINDIMAQ - IPDMAQ

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FINANCIAMENTOS / P. 22

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da Caixa Econômica Federal

ARTIGO / JOÃO DELGADO / P. 26

A INDÚSTRIA NO

METAVERSO

CONTEÚDO

DESTINADO PARA

PRESIDÊNCIA,

DIRETORIA,

DEPARTAMENTOS

TÉCNICOS

E RELAÇÕES

GOVERNAMENTAIS

PUBLICAÇÃO DE ABIMAQ - SINDIMAQ - IPDMAQ - NÚMERO 271 | NOVEMBRO DE 2022 | ANO XXIII

A INDÚSTRIA NO METAVERSO

TEMA DO ABIMAQ INOVA, O PRINCIPAL FÓRUM DE INOVAÇÃO, TROUXE TENDÊNCIAS

TECNOLÓGICAS E OS DESAFIOS PARA A INDÚSTRIA NA ERA VIRTUAL.

ABIMAQ EM AÇÃO/CÂMARAS SETORIAIS E REGIONAIS/ PÁGs. 3, 8, 15 e 18

Em busca da reindustrialização

Encontro com o atual presidente da República, Jair Bolsonaro

e com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou o

compromisso da ABIMAQ com a retomada do crescimento

e a importância da indústria na economia nacional.

22º Seminário de Planejamento Estratégico

Boas práticas ambientais, sociais e de governança nas

empresas foram debatidos em evento realizado pela Câmara

Setorial de Maquinas e Implementos Agrícolas da ABIMAQ,

que teve como tema a Sustentabilidade Ambiental.

Câmaras de Defesa e Segurança apresentam as oportunidades

de fornecimento do setor às Forças Armadas.

ABIMAQ apresenta plataforma de inteligência de mercado para

contribuir com o planejamento das empresas associadas.


2 INFORMAQ Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

EDITOrIAL › GINO PAULUCCI Jr.

Sócio da Polimáquinas e presidente do Conselho

de Administração da ABIMAQ/SINDIMAQ

OS NÚMErOS NÃO MENTEM

Devemos ressaltar a necessidade

e importância da construção de

uma eficaz política industrial, que

será fundamental para o

crescimento da economia. A

indústria é responsável por parte

substancial do emprego de maior

qualificação e melhor

remuneração, e apresentou

desempenho acima do

crescimento do país nos últimos

anos, representando quase 1/4

do PIB no último ano.

Estamos otimistas com os dados positivos

que a economia brasileira vem apresentando

pós crise do Covid-19. A medida que

os números avançam, somado a uma política

monetária firme em que o processo inflacionário

começa a recuar junto com o desemprego,

aumentam as nossas expectativas quanto ao

crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e

a queda da taxa de juros, que fomentarão e ampliarão

a retomada de maiores investimentos

do nosso setor, que possui um papel fundamental

para o desenvolvimento e crescimento

econômico e social do país.

Os números da PNAD (Pesquisa Nacional

por Amostra de Domicílios), divulgados pelo

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

no último mês de setembro reforçam

o nosso otimismo e o ritmo aquecido do mercado,

que apresentou um recuo na taxa de desemprego

no terceiro trimestre deste ano, atingindo

uma taxa de 8,7%, o menor índice de

desemprego desde o segundo trimestre de 2015.

No acumulado do mês, houve a criação de

278 mil vagas com carteira assinada, chegando

a mais de 2,1 milhões de novos trabalhadores

no acumulado do ano. O número de pessoas

empregadas na indústria brasileira de máquinas

e equipamentos registrou aumento de

0,1% em relação ao mês de agosto de 2022 e

atingiu o patamar de 399,2 mil, números que

mostram ser o maior nível de emprego nos

últimos dez anos.

A melhora nesses índices ajudou no avanço

do rendimento real efetivo de todos os trabalhos.

Um crescimento de 3% se comparado ao

trimestre anterior.

A alta e as expectativas positivas impulsionam

o salto do ICEI (Índice de Confiança do

Empresário) e do Índice de Expectativa, que

vem trazendo resultados elevados em comparação

a anos anteriores.

Esses indicativos retratam a força do emprego

no Pais. O setor de máquinas e equipamentos,

por sua vez, vem apresentando, ao

longo do ano, uma média de ocupação da capacidade

fabril instalada de aproximadamente

80%, e com uma carteira de pedidos correspondente

a 11,1 semanas.

Em setembro de 2022, a indústria registrou

crescimento nas receitas líquidas de venda. No

período, houve incremento tanto na comparação

com o mesmo mês do ano anterior (0,1%)

como na comparação mensal com ajuste sazonal

(2,6%).

As exportações de máquinas e equipamentos,

quando comparadas com o mesmo mês de

2021, registraram crescimento de 6,6%, e aumento

de 2,3% de vendas no mercado interno.

O setor exportou ao todo US$ 8,9 bilhões, 25,2%

maior sobre o mesmo período de 2021, o equivalente

a 20% da receita total do setor.

As importações também obtiveram um crescimento

de 12,8% em relação ao mesmo mês

do ano anterior. No acumulado do ano, houve

um incremento de 13,2% nas importações de

máquinas e equipamentos no Brasil, um total

de US$ 18,2 bi ante US$ 16,0 bi no mesmo período

de 2021.

Muito além do otimismo, esses números

mostram a força e as possibilidades de crescimento

do setor de máquinas e equipamentos,

apesar das adversidades. Devemos ressaltar a

necessidade e importância da construção de

uma eficaz política industrial, que será fundamental

para o crescimento da economia. A indústria

é responsável por parte substancial do

emprego de maior qualificação e melhor remuneração,

e apresentou desempenho acima do

crescimento do país nos últimos anos, representando

quase 1/4 do PIB no último ano.

O avanço nas agendas estruturais, como a

Reforma Tributária, que tem a expectativa de

avanço ao fim das eleições presidenciais, será

uma nova e importante oportunidade para

reindustrializarmos e contribuirmos para o

progresso sustentado do Brasil, pautado em

uma economia verde digital, onde o país é

considerado potência energética e alimentar

do mundo.

Além de promover a redução do Custo

Brasil, a evolução dessas agendas permitirá

maior produtividade e competitividade da indústria

brasileira em meio a novos investimentos

em inovação, pesquisas, infraestrutura

e logísticas, e favorecerá a retomada na

busca de uma país desenvolvido, com o crescimento

e fortalecimento da indústria e geração

de novos postos de trabalho, que proporcionará

além do ganho de renda, uma vida

de melhor qualidade com acesso a ótimas

oportunidades pessoais e profissionais.

COORDENAÇÃO DE ASSESSORIA DE IMPRENSA

Vera Lucia Rodrigues - MTB: 11664

REDAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA

Vervi Assessoria e Comunicações

(veralucia@grupovervi.com.br); Carla Cunha -

MTB: 0088328/SP; Luiz Lamboglia MTB: 0093117/SP;

Sidney Triumpho; (imprensa@abimaq.org.br)

DIAGRAMAÇÃO: More-Arquitetura de Informação

Jo Acs, Mozart Acs e Paula Rindeika

CONSELHO EDITORIAL

Cristina Zanella, José Velloso, Lariza Pio,

Marcos Borges Carvalho Perez, Patricia Gomes,

Rafael Bellini e Vera Lucia Rodrigues

SEDE SÃO PAULO - SP

PABX: (11) 5582-6470 / 6356

E-mail: imprensa@abimaq.org.br

www.abimaq.org.br

SEDES REGIONAIS

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É permitida a transcrição total ou parcial de textos e gráficos desta edição, desde que citada a fonte.


Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

INFORMAQ

3

AbIMAQ EM AÇÃO

ABIMAQ participa de reunião da indústria com Bolsonaro

“O

Brasil vive um momento

complexo e desafiador,

porém repleto de oportunidades

que não podem ser perdidas.

O cenário internacional e o

contexto econômico interno recomendam

que a indústria brasileira

ofereça alternativas aos candidatos

à Presidência da República, para

que o novo governo possa adotar, o

mais rapidamente possível, as medidas

necessárias para que o Brasil

retome a trilha do desenvolvimento

de forma sustentável e inclusiva”.

Dessa forma inicia o documento

elaborado pela Confederação

Nacional da Indústria (CNI), e entregue

ao atual Presidente da República,

Jair Bolsonaro, em encontro

realizado no último dia 24 de outubro,

no Palácio da Alvorada.

O documento integra propostas

de curto prazo que visam subsidiar

as ações governamentais para fazer

face aos desafios do desenvolvimento

industrial no país, fundamental

para o crescimento da economia.

As medidas apresentadas

resultam de um intenso processo

de seleção, análises e consultas, em

âmbito nacional, nas federações e

associações setoriais da indústria.

De acordo com José Velloso,

presidente executivo da ABIMAQ,

que representou a entidade na reunião,

o plano entregue torna públicas

as propostas do setor industrial

para a ampliação dos investimentos,

da produção manufatureira e

das exportações em bases modernas

e inovadoras, de forma a viabilizar

a inserção competitiva do país

nas cadeias globais de valor, e salienta

a importância de uma Reforma

Tributária dos impostos sobre

O plano entregue torna

públicas as propostas do

setor industrial para a

ampliação dos

investimentos, da produção

manufatureira e das

exportações em bases

modernas e inovadoras, de

forma a viabilizar a inserção

competitiva do país nas

cadeias globais de valor.

› José Velloso,

presidente executivo da

ABIMAQ

consumo, inovação e formação de

mão de obra qualificada, entre outros

temas importantes para a indústria

nacional.

No encontro, o Presidente se

comprometeu com a reindustrialização

no Brasil e ressaltou a importância

do setor para a economia,

enaltecendo o trabalho de sua equipe

de ministros, com destaque para

Paulo Guedes (economia) e Joaquim

Leite (meio ambiente); que

também estiveram presentes na

reunião, além de destacar o trabalho

de concessões realizados pelo

seu ex-ministro, Tarcísio de Freitas.

Enaltecendo o diálogo com a indústria

e o setor de máquinas e

equipamentos, o Ministro Paulo

Guedes citou os encontros regulares

com a Coalizão Indústria e reforçou

o forte desejo de reindustrializar

o Brasil, com a necessidade

de uma redução de carga tributária

e uma reforma tributária urgente.

Já o Ministro Joaquim Leite

reforçou a importância de uma

agenda “verde” para o Brasil.

O candidato à Vice-Presidência,

Gen. Braga Neto e os líderes do governo

no legislativo, Sen. Eduardo

Gomes, líder no Congresso; Sen.

Carlos Portinho, líder no Senado e

Dep. Federal Ricardo Barros, líder

na Câmara Federal, também fizeram

uso da palavra durante a reunião

e todos pontuaram a importância

da indústria nacional na

economia.

A comitiva da indústria foi capitaneada

pelo Presidente da CNI,

Robson Braga de Andrade e contou

com a participação de cinco associações

nacionais; ABIMAQ, Abit,

CBIC, Aço Brasil e Abinee; e grande

maioria dos presidentes das 27 Federações

de Indústria, com destaque

ao Presidente da Federação Paranaense,

Fiep, Sr. Carlos Walter

Martins Pedro, também conselheiro

da ABIMAQ.

As propostas apresentadas visam

a retomada de crescimento da

economia nacional, com planejamento

e implementação de uma

moderna política industrial, de

acordo com as melhores práticas

internacionais, que contemple investimentos

em inovação, pesquisa

e desenvolvimento, com ênfase em

tecnologias socioambientais sustentáveis,

eficiência energética, geração

de energia renováveis e digitalização

de processos governamentais,

construindo uma sólida

estrutura de governança, que assegure

o bom andamento e a eficácia

das ações.

ABIMAQ participa de reunião da Coalizão com Paulo Guedes

Dando continuidade na agenda

de reuniões mensais da Coalizão

Indústria com o ministro

da Economia, Paulo Guedes, no último

dia 21 de outubro foi realizado

um almoço em Brasília para discutir

e relatar a conjuntura do setor industrial

e ouvir as perspectivas da economia

brasileira.

Tratando primordialmente de temas

relacionados ao ajuste fiscal, retomada

do crescimento e abertura

comercial, o encontro foi pautado

pela retomada na agenda do combate

ao Custo Brasil e as políticas de desenvolvimento

econômico e industrial,

que devem estar associadas à

essa redução, envolvendo os desafios

sistêmicos enfrentados pelos empreendedores

brasileiros, como excesso

de burocracia, falta de segurança

jurídica, financiamento escasso e

caro, e o sistema tributário caótico e

distorcivo, que necessita de uma reforma

urgente.

Em relação ao tema, Guedes demonstrou

um otimismo quanto ao

avanço da Reforma Tributária ainda

em 2022, após o fim das eleições, com

a expectativa de uma reforma pautada

por maior arrecadação e menor

tributação para as empresas.


4 INFORMAQ Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

AbIMAQ EM AÇÃO

ABIMAQ INOVA

APrESENTA A

INDÚSTrIA NA

ErA VIrTUAL

Oportunidades de negócios e experiências na

aplicação do metaverso para as soluções e

desafios diários das empresas foi o principal

objetivo da edição 2022.

» João Delgado, diretor de Tecnologia da ABIMAQ

» José Velloso, presidente-executivo da ABIMAQ

Principal fórum

de inovação da

indústria de

máquinas e

equipamentos, a 16ª

edição do ABIMAQ Inova aconteceu

de forma híbrida no último dia 08

de novembro. Uma iniciativa da

ABIMAQ e IPDMAQ (Instituto de

Pesquisa e Desenvolvimento

Tecnológico da Indústria de

Máquinas e Equipamentos), em

parceria com a Indústria Xperience

(plataforma online negócios da

indústria), que trouxe como tema

“A Indústria no Metaverso”. “Um

evento propício para negócios,

imersão e conhecimento das

próximas tendências da indústria”,

enfatiza João Delgado, diretor de

Tecnologia da ABIMAQ.

De acordo com Gino Paulucci Jr,

presidente do Conselho de

Administração da ABIMAQ, o tema

segue o tradicional conceito do

ABIMAQ Inova, que visa promover

novas tecnologias para as indústrias,

que impactarão no modelo de

negócios. “É

importante

acompanharmos a

revolução

tecnológica. O

metaverso poderá remover

restrições dos modelos tradicionais

de serviços, aproximar clientes, criar

lojas virtuais, ambientes e

capacitação, manutenção de

equipamentos, controle de

processos industriais, entre outras

possibilidades”, conclui Gino.

“A ABIMAQ está sempre

acompanhando os limites da

tecnologia, por isso, procuramos

trazer para o ambiente do setor de

máquinas e equipamentos, para a

indústria, e para os seus associados,

as tecnologias de ponta”, pontua

José Velloso, presidente-executivo

da entidade, em seu discurso na

abertura do evento, colocando que o

avanço da tecnologia pode ajudar no

atendimento das empresas aos

clientes do exterior, visto que o

setor de máquinas e equipamentos

exporta 30% do seu faturamento.


Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

INFORMAQ

5

A JORNADA DIGITAL E SEUS DESAFIOS

Márcia Ogawa, Líder de Technology, Media

Telecommunications na Deloitte, apresentou as

tendências e os desafios a serem percorridos pelas

empresas na transformação digital. Para ela, mesmo

que o Metaverso seja um conceito incipiente, é

relevante que uma associação como a ABIMAQ traga

essa idealização e acredita, ainda, que o mundo virtual

possa ser aplicado dentro do setor industrial.

“Existem inúmeras aplicações para a indústria, no

entanto, um dos fatores críticos de sucesso do

metaverso é a conectividade, habilidade fundamental

pra que as aplicações funcionem e, atrelado a isso,

temos também a parte da segurança cibernética ligado

à conectividade industrial”, contextualiza Ogawa.

Segundo Márcia, a indústria brasileira teve um bom

desempenho e puxou o PIB em 1.2%, mas olhando num

cenário de 30 anos, a indústria perdeu competitividade.

“Hoje nós somos 1.28% da produção mundial global, e

há 30 anos éramos 2.5 e, um dos fatores dessa perda de

participação se dá pela incorporação de novas

tecnologias e do conceito 4.0”, acrescenta.

Em relação ao digital, Márcia explicou os três

pilares de uma empresa totalmente tecnológica: Digital

Transformation; Digital Experience e Digital At The

Core. “Nosso conceito de indústria 4.0 não se limita

em colocar automação no chão de fábrica, mas criar

ativos digitais”, completou.

DEFININDO O METAVERSO IMAGINANDO SUAS APLICAÇÕES NA INDÚSTRIA

O cientista e professor com atuação na área de

engenharia de software e inovação, Silvio

Meira, iniciou a abertura do painel afirmando

que ainda não chegamos de fato no metaverso.

Explicando o processo de revolução

digital, que gerou um impacto gigantesco nos

processos de transformação e conexão. Silvio

afirma que isso resultou na transformação

digital das empresas em seus modelos de

negócios em tecnologias, devido a mudança

de comportamento das pessoas no chamado

mundo figital, que traz a combinação do

físico, digital e social.

“O mundo agora funciona em rede, e as

novas experiências têm que ser construídas

de maneira a terem conectividade e

diversidade em larguíssima escala,

entendendo os espaços onde as pessoas e os

negócios se conectam”, ressalta Meira,

elucidando que o metaverso é um fluxo de

experiências intensivo em presença,

identidade, e continuidade, que estão

associadas a uma certa governança para

fazer com que suas interfaces possam ser

usadas de forma consistente para a criação

de aplicações e estabelecimento de conexões

e relacionamentos, que por sua vez

constroem comunidades e interações que

podem levar a transações e negociações no

ambiente figital, com o estabelecimento de

suas próprias leis, regras e normas.

O metaverso abre uma série de novas

possibilidades para a indústria e outros

setores da economia, principalmente com a

fusão do IoT e o 5G, que possibilitará, em

larga escala, a combinação de inovação e

negócios no mundo figital.

“Isso permitirá que a indústria inicie os

ciclos de vida da informação que se associam

ou podem ser associados aos produtos, por

exemplo, mudando a posição do setor nas

cadeias de valor e nos modelos de negócios

do consumidor para a indústria diretamente,

que atuará com mais agilidade,

descentralização e distribuição. Temos que

entender que talvez essa seja a principal

mudança causada pelo metaverso na

indústria”, conclui Meira.


6 INFORMAQ Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

» Túlio Duarte, Diretor da Harbor

A INDÚSTRIA NO METAVERSO

» renato Leite, Portfolio Development

Executive na Siemens

Nos últimos anos, a indústria vem observando uma

exorbitância de temas tecnológicos como:

transformação digital, a indústria 4.0, gêmeo

digital, 5G, o Web3 e todas as demais tecnologias

espalhadas pelo mundo. Ainda assim, há o

sentimento de que não há tempo de pensar em

como a empresa deve se posicionar e agir frente à

essas mudanças.

Diante deste cenário, Renato Leite, Portfolio

Development Executive na Siemens, compartilhou

como a empresa está trabalhando essas tecnologias

digitais e trazendo soluções para a indústria.

Renato apresentou ainda os elementos do

metaverso industrial de acordo com a empresa:

mundo virtual, interação ao vivo, relevância do

mundo real, interoperabilidade, economia

funcional e a evolução da internet.

De acordo com Renato, a Siemens está atuando

há mais de 10 anos para conectar o mundo virtual e

o digital, - e o metaverso - acrescenta, “é uma das

tecnologias que vem nessa direção”.

Maurício de Menezes, gerente Publicidade e

Marketing Digital na John Deere, falou sobre a

tecnologia para o agro e relatou as dificuldades

que as pessoas têm com a conectividade. A

experiência do metaverso no agro brasileiro, hoje,

segundo Maurício, é o mais avançado do mundo

e, o produtor rural brasileiro é o mais digitalizado

do mundo.

Maurício acredita que não só a tecnologia para

o agro, mas o metaverso traz uma série de

oportunidades para as pessoas melhorarem a forma

de viver. "Vejo como oportunidade para pessoas

que têm dificuldade de mobilidade e limitação,

fazerem parte de uma comunidade integrada”.

Túlio Duarte, Diretor da Harbor, que

participou de forma digital, explicou o conceito da

indústria 4.0 e pontuou que, assim como no Brasil,

existe uma distribuição proporcional de 6% a 8% de

grandes indústrias, aquelas que podem pagar por

tecnologia, porém, o grande mercado, que é de 30%

de médias e 60% de pequenas indústrias, ficaram

fora desse contexto. “Quando falamos de

competitividade, de indústrias que querem atuar

em diversos mercados, se ela não aceder aos

melhores métodos produtivos, essas indústrias não

conseguem vender”, esclareceu.

Em continuação, Túlio acrescentou ainda que

em cima desse conceito, foi montado o plano de

inovação de tecnologia e inovação da indústria. “O

IoT e a Nuvem são umas das muitas tecnologias

que foram selecionadas como sendo habilitadoras

e prioritárias”.

» Maurício de Menezes, gerente Publicidade

e Marketing Digital na John Deere


Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

INFORMAQ

7

O METAVERSO E A JORNADA DE

TRANSFORMAÇÃO

Discorrendo sobre a jornada de transformação

do metaverso, que exige grandes desafios no

desenvolvimento de soluções digitais e na

integração das aplicações nesses ambientes, o

4ºpainel do dia reuniu os palestrantes Marcel

Saraiva e Cristiane Midori Ogushi, que

contaram como a indústria poderá ter apoio na

jornada do metaverso e as principais

dificuldades encontradas.

A corrida tecnológica acelera o

desenvolvimento de soluções para os diversos

setores para entender como as empresas estão

trabalhando os seus desenvolvimentos e quais

soluções estão transmitindo no setor industrial.

De acordo com Marcel Saraiva, gerente nacional

de vendas enterprise da NVIDIA e responsável

por vendas no Brasil das soluções de inteligência

artificial, virtualização, visualização profissional,

data center, e HCP, a saída encontrada pela

NVIDIA foi a criação de uma plataforma

completa para o desenvolvimento de soluções de

software para conectar e implementar

tecnologias que estão sendo desenvolvidas. “A

forma com que isso se conecta é o grande

segredo e uma significativa contribuição nossa

para a construção do metaverso”, explica Marcel.

Apesar da falta de mão de obra no mercado

para a construção de ambientes 3D, e com

experiência em simulação para colocar em

funcionamento um metaverso industrial, Saraiva

explica que o processamento e a conectividade

são os principais desafios a serem enfrentados a

curto prazo, por conta das redes 5G, que ainda

estão iniciando no país.

“Para isso, temos uma ferramenta para

trabalhar na integração de software que permite

trabalhar em um ambiente altamente

colaborativo, juntando isso com elementos de

inteligência artificial e física, para trazer

situações reais na nossa simulação digital, com o

objetivo de termos no final do processo, uma

fábrica física alimentando uma fábrica digital,

treinando situações, mudanças e modelos que

possam ser implementados na fábrica física”,

resume Saraiva.

Responsável pelo marketing de produtos e

projetos do Sidia, Cristiane Midori Ogushi

apresentou alguns cases e trabalhos com

realidade virtual e aumentada que o instituto de

ciência e tecnologia e inovação realiza,

acreditando no metaverso como um ambiente de

futuro próximo.

Por se tratar de uma rede de “mundos

virtuais” e interações sociais, Cristiane ressaltou

a importância de estar sempre conectado a

qualquer tipo de audiência para a criação de um

ambiente imersivo onde possa se gerar

engajamento o tempo todo.

“A geração Z são as pessoas que estarão

amanhã aqui. São os colaboradores, os

consumidores, e temos que saber dialogar com

esse público. Então, quanto mais próximo dele, e

mais entendermos esse comportamento, mais

fácil será a criação e desenvolvimento dos

próximos projetos”, finaliza Ogushi.

METAVERSO – COMO GERAR OPORTUNIDADES E FAZER NEGÓCIOS NA WEB3

Encerrando a 16ª edição do ABIMAQ Inova, o

fundador da FlexInterativa e mentor de várias

startups, Fernando Godoy, falou sobre cases

práticos e a transformação das oportunidades de

negócios que o ambiente do metaverso começa a

proporcionar para as empresas.

Para Fernando, a evolução da tecnologia de

realidade aumentada, virtual, mista, e inteligência

artificial, quando combinadas, conseguem acelerar

o metaverso, proporcionando uma nova forma de

interação e comunicação mais eficiente, com novas

experiências para os usuários.

“Se não pudermos estar presentes em um lugar,

o que a tecnologia me oferece hoje de solução com

uma experiência? O metaverso é uma resposta para

isso. Quando junto todas as tecnologias e entrego

uma nova experiência, seja para consumir, para

aprender, para me divertir ou para socializar, tudo

ao mesmo tempo, temos a criação desse ambiente

figital", observa Godoy

Entre as principais características, a principal é

a conexão direta entre os usuários e a eliminação

de intermediários na cadeia de valor. Mas para levar

o negócio para o metaverso, é preciso uma

estratégia baseada em quatro pilares: presença,

NFT (monetização), experiência e Figital.

A presença é a escolha do metaverso para levar

a sua empresa. No entanto, é importante e

preferível acessar um metaverso onde já exista uma

comunidade e uma base de usuários, porque vão

ter públicos distintos para diferentes metaversos. O

próximo passo é a experiência e a forma de se

comunicar com o consumidor, de forma a se

relacionar com todas as tecnologias, em uma

junção do físico com o digital. Nesse sentido, a

compra de NFT no ambiente virtual, combinado

com benefícios no mundo físico, atrai uma ampla

possibilidade de novos negócios para uma marca.

“As coisas estão acontecendo e essa economia

está girando, mesmo estando em uma fase inicial.

Óbvio, que no caso da indústria, ajudando e

fazendo coisas interessantes, mas olhando como

um todo, não podemos perder tempo discutindo se

vale a pena ou não, e sim sermos capazes de

experimentar, estudar, testar e chegar nas suas

próprias conclusões, interagindo, aprendendo e

conversando com esse metaverso que se desenha”,

conclui, Godoy.


8 INFORMAQ Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

AbIMAQ EM AÇÃO

22º Seminário de Planejamento Estratégico

traz os desafios da sustentabilidade ambiental

e o impacto na indústria e agropecuária

Evento híbrido ressaltou os obstáculos em exercer as práticas

ambientais, sociais e de governança (ESG) nas empresas.

Realizado em 4 de novembro, na sede da ABI-

MAQ, em São Paulo, a Câmara Setorial de

Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA)

promoveu a 22ª edição do SPEE, renomado evento

anual voltado especialmente para o setor agroindustrial

brasileiro.

Reforçando o papel de destaque do setor agrícola

nos últimos anos, Pedro Estevão, presidente da

CSMIA, ressaltou o momento positivo do setor de

máquinas agrícolas, que vem crescendo desde 2017.

“Tivemos um aumento de aproximadamente 90%

no faturamento desde 2017. Sabemos que o mercado

vem crescendo e a perspectiva de longo prazo é

o Brasil continuar sendo um grande fornecedor de

alimentos para o mundo”, afirma Pedro.

Apesar do otimismo, o setor passa por um grande

desafio, pois o custo de capital está caro e o preço

das commodities estão se acentuando, à medida

que as empresas optam por práticas sustentáveis

cada vez maiores em toda cadeia agrícola. “Um tema

muito caro e que vamos discutir qual o nosso

papel individual e, principalmente, qual será o papel

que a indústria irá exercer nessa nova agenda sustentável

que está se impondo”, resume Estevão.

Para João Marchesan, primeiro vice-presidente

do Conselho de Administração da ABIMAQ, mesmo

com a previsão de um momento de turbulência

para os próximos meses, é necessário que o agronegócio

continue sendo privilegiado, um setor que

abriu novas oportunidades e mudanças na cadeia

que podem levar o Brasil, por exemplo, a ser, além

de autossuficiente, exportador de trigo. “Para fomentar

o crescimento do setor são necessários

mais recursos e criação de novas linhas de financiamento

com taxas de juros compatíveis com o

retorno de investimento do agricultor para a sustentação

dos nossos negócios, e uma produção cada

vez mais sustentável, com a redução da pegada

de carbono”, pontua Marchesan.

Afirmando que a sustentabilidade reversível

veio para ficar, Gino Paulucci Jr, presidente do

Conselho de Administração da ABIMAQ, destacou

em sua fala o grande número de pastagens degradadas

que apenas ocupam espaço e não produzem.

De acordo com Gino, a área poderia ser usada para

Sabemos que o mercado

vem crescendo e a

perspectiva de longo

prazo é o Brasil continuar

sendo um grande

fornecedor de alimentos

para o mundo

› Pedro Estevão,

presidente da CSMIA

Para fomentar o crescimento

do setor são necessários mais

recursos e criação de novas linhas

de financiamento com taxas de juros

compatíveis com o retorno de

investimento do agricultor

para a sustentação

dos nossos negócios

› João Marchesan,

vice-presidente do Conselho de

Administração da ABIMAQ


Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

INFORMAQ

9

Por ter uma integração

com a agricultura, poderíamos

aumentar as áreas de plantio,

contribuindo ainda com o

reflorestamento do local

› Gino Paulucci Jr,

presidente do Conselho de

Administração da ABIMAQ

» (Da esq. para dir.): Paula Packer, Chefe Geral da Embrapa Meio Ambiente; Stanley robson de Medeiros

Oliveira, Chefe Geral da Embrapa Agricultura Digital e Ladislau Martin Neto, da Embrapa Instrumentação.

dobrar a produção, sem a necessidade de derrubar

uma árvore. “Por ter uma integração com a agricultura,

poderíamos aumentar as áreas de plantio,

contribuindo ainda com o reflorestamento do local”,

completa Paulucci.

Finalizando os discursos de abertura, o Secretário

de Agricultura e Abastecimento do Estado de

São Paulo, Francisco Matturro, enfatizou a importância

do seminário para os empresários do setor.

Falando sobre a atuação e programas desenvolvidos

pela Secretaria, que permitiu o crescimento de

28,64% da agricultura no Estado, Matturro destacou

a parceria realizada com a EMBRAPA, que permitiu

o trabalho nos sistemas integrados de produção de

137 agrônomos da Secretaria da Agricultura.

» Francisco Matturro, Secretário de Agricultura e

Abastecimento do Estado de São Paulo

SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL:

O QUE É E SEUS REFLEXOS NO AGRO

m início às palestras, Paula Packer- Chefe

EGeral da Embrapa Meio Ambiente,

explicou sobre a sustentabilidade ambiental

e seus reflexos no agro. “Quando falo do

agro não é apenas do agro da fazenda, eu

falo do antes, durante e depois da fazenda.

Precisamos ter o olhar voltado para a

sustentabilidade. O desafio está aí, até 2050

o mundo terá quase 10 bilhões de habitantes

e precisamos olhar para isso de uma forma

sustentável”, relatou Paula.

Sobre as mudanças climáticas, Paula

reforçou que o agro, hoje, em toda a sua

cadeia, tem o paradigma de ser o vilão e a

vítima de todo esse processo. Segundo ela, a

agricultura tem um grande impacto na

emissão de gases de efeito estufa, mas é

possível trabalhar na redução dessas

emissões, o que o torna vilão. Quando se

tem as mudanças climáticas, afeta a

agricultura, o que torna o agro, uma vítima.

Isso se dá aos muitos processos

de chuvas e secas.

“Podemos trabalhar essas cadeias em

conjunto para que essas emissões sejam

cada vez mais sustentáveis”, frisou Paula.

Segundo palestrante do painel, Ladislau

Martin Neto, da Embrapa Instrumentação,

trouxe o Contexto e Oportunidades para o

Mercado de Carbono no Solo. De acordo

com Ladislau, o solo é o terceiro maior

reservatório de carbono, superando o Biota

e o atmosférico. Já o geológico contribui

para a emissão, e o oceânico, mesmo com

dificuldade de manejo, pode ser uma

importante solução para o planeta.

Ladislau apresentou uma iniciativa

internacional, a “4 per 1000”, que tem 0,4%

de aumento da Matéria Orgânica do Solo

por ano, segundo os dados lançados na

COP21, em 2005, que seria quase capaz de

compensar toda a emissão antropogênica.

Em alerta, Ladislau disse que quem

trabalha com o solo, sabe que não é trivial

aumentar a matéria orgânica,

principalmente devido às condições

tropicais, como: alta temperatura, alta

umidade e alta atividade microbiana.

“A indústria de máquinas tem um

protagonismo fabuloso com a questão do

plantio direto e com a adaptação de

máquinas. O papel que a indústria de

máquinas agrícolas brasileira teve, é

fantástico e merece o reconhecimento”,

concluiu Ladislau.

Fechando as apresentações do primeiro

painel, Stanley Robson de Medeiros

Oliveira, Chefe Geral da Embrapa

Agricultura Digital, trouxe os desafios da

agricultura digital para a sustentabilidade.

Stanley apresentou a crescente

tecnologia como driver de mudança movida

pela ciência. De acordo com os estudos de

sensos da Embrapa, em 1995 houve 50,6% de

aumento da produção, já em 2006, teve

56,8% de crescimento e em 2017, 60,6% de

crescimento do valor bruto da produção.

Isso mostra a tecnologia em maquinário,

sementes, melhoramento genético, T.I. com

governança de dados para melhorar a

sustentabilidade.

“Para trazer essa inteligência para o agro

baseada em dados, há três linhas mestras na

agricultura digital: apoio a políticas públicas,

regulação de mercado e tomada de decisão

pública e privada. Por isso, o histórico de

dados é de extrema importância para fazer

projeções e análises”, explica Stanley.


10 INFORMAQ Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

SUSTENTABILIDADE

AMBIENTAL: QUAIS SEUS

IMPACTOS NA INDÚSTRIA

aulo Miranda, CSO & Co-Founder, DEEP,

Pexplicou sobre a questão de o porquê a

sustentabilidade ser tão importante na vida

das pessoas e das empresas, que estão

vinculadas também à questão do ESG. Para

Paulo, a sustentabilidade tem que ser

acompanhada de perto com o impacto, que

deverá ser mensurável e materializado para

uma tomada de decisão.

“Esses métodos e cálculos, que lidarão

obrigatoriamente com dados relevantes,

nos permitem falarmos sobre a dimensão

dos impactos do ponto de vista da

sustentabilidade, que necessariamente

também precisam conversar com as finanças

das companhias”, observa Miranda.

O conjunto de regramentos

nacionais e internacionais

mostram o quanto o

capitalismo global, os

agentes de mercado e

os governos, estão

se esforçando para

se chegar a um novo capitalismo e modelo

de mundial onde os fatores climáticos serão

cada vez mais imperativos e determinantes na

atual agenda ESG, que modificará a atuação

das empresas em todo o processo de tomada

de decisão e de planejamento.

De acordo com Paulo, as empresas

enxergam a pauta do ESG como uma

estratégia de criação de valor onde os fatores

ambientais, sociais e de governança são

críticos, pois eles darão uma materialidade

efetiva e real ao que está sendo colocado

como medida de sustentabilidade da

companhia, afetando sua valorização no

mercado. “Existe um fator relevante na

questão das vantagens financeiras

quando as empresas identificam e adotam

práticas e posturas muito mais sérias e

demonstráveis em relação ao tema

que visam garantir um impacto positivo

benéfico para sociedade, de perspectiva para

além do que o regramento atual já

estabelece”, explica Miranda.

EFEITOS DE UMA REFORMA COMERCIAL E TRIBUTÁRIA NO SETOR DE

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA O AGRONEGÓCIO

ustavo Madi, Diretor da LCA Consultores,

Giniciou o 3º painel com a apresentação de

estudos sobre os efeitos da abertura comercial e

a reforma tributária em relação à economia e o

setor de máquinas e equipamentos agrícolas. A

agenda de abertura comercial, baseada

principalmente em três pilares (redução

unilateral das alíquotas, revisão de barreiras não

tarifárias, e a implementação de acordos

bilaterais ou multilaterais); e a reforma

tributária, pautadas na PEC 45, PEC 110, e o PL

da reforma do PIS COFINS, visam a eliminação

do resíduo tributário, que proporcionarão mais

eficiência no sistema tributário e também no

sistema econômico.

“O resíduo tributário consiste em tributos

que estão ao longo da cadeia produtiva que não

geram crédito para o elo seguinte da cadeia. Em

um sistema IVA perfeito, tudo que é pago como

tributos e que geram crédito é abatido no

débito de imposto na hora de realizar a venda

de um produto, diferentemente do sistema

tributário atual, onde muitos dos itens

cobrados ao longo da cadeia produtiva não

geram o crédito, que se transforma em um

custo para a cadeia e uma significativa perda de

competitividade”, resume Madi, explicando que

a reforma tributária deve promover uma

melhora grande na competitividade no setor e

na economia, e o aumento das importações.

As duas agendas possuem resultados

positivos do ponto de vista do PIB, do

consumo, e do ponto de vista do investimento.

"Quando realizado a reforma tributária, mesmo

que focada apenas para esse setor, ela teria um

potencial de gerar crescimento econômico

muito maior, e por conta disso as importações

cresceriam mais”, analisa Madi.

Débora Simões, Senior Managing Partner da

Agroconsult, falou sobre a relevância no setor

de máquinas para o agronegócio e para

o país como um todo. Débora frisou que nos

últimos dez anos, o setor agrícola teve um

incremento de mais de 70% em termos de valor

bruto de produção. Passou de R$ 700 bilhões

de reais em 2010 para mais de R$ 1.1 trilhão de

reais em 2021.

“Ao longo desses últimos dez anos, o Brasil

ganhou muito destaque no cenário

internacional tanto em termos da relevância do

país para a produção, quanto em termos de

exportação”, acrescentou Débora.

A produção do país, hoje, alimenta e

abastece todo o mercado interno brasileiro, que

é bastante grande, e ganha cada vez mais

destaque em termos de exportação e no

abastecimento da demanda global.

De acordo com Débora, o sucesso da

atividade agrícola do Brasil pode ser explicado

por uma combinação de fatores: Recursos

naturais, tecnologia, política pública,

produtores e empreendedores e organização da

cadeia de valor. “Vale ressaltar também a

mecanização, que vem colaborar para o ganho

de produtividade do agronegócio, além de

permitir maior flexibilidade nas operações para

o produtor trabalhar janelas de plantio e

minimizar os riscos de pós-colheita”, completa.

“Inovar no Brasil é importante, mas não é

fácil, pois enfrentamos uma série de obstáculos,

porém, é importante ressaltar esse papel

relevante que vocês têm e atrelar isso ao

discurso da sustentabilidade e conseguir medir

esse impacto. Isso ressalta ainda mais a

relevância que vocês têm como setor”,

finalizou Débora.

» Gustavo Madi, Diretor da LCA Consultores

» Débora Simões, Senior Managing Partner da

Agroconsult.


Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

INFORMAQ

11

MACROECONOMIA E SEUS EFEITOS NO SETOR AGROPECUÁRIO BRASILEIRO

ernando Honorato, Economista-Chefe do

FDepartamento de Pesquisas e Estudos

Econômicos do Bradesco e Vice-Presidente

do comitê de macroeconomia da Anbima,

iniciou seu discurso abordando sobre os

momentos desafiadores que o mundo

enfrentará no próximo ano, com a nova

geopolítica que se apresenta e as

expectativas de desaceleração, recessão e

taxas de juros elevados na economia global.

Para traduzir esse desafio, Fernando

gosta de analisar os índices de inflação,

que são importantes indicadores de

problemas para a economia global. Apesar

dos bancos centrais subirem as taxas de

juros para combater a inflação, que

aumentará também o custo de capital, o

momento pode ser positivo e proveitoso

para o setor agro do país.

Com o risco de recessão global, e a

menor demanda global, a expectativa é que

os custos de modo geral caiam, com a

diminuição também dos preços das

commodities e dos custos de inflação. “Os

índices das commodities agrícolas caíram

» Fernando Honorato, Economista-Chefe do

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

do Bradesco e Vice-Presidente do comitê de

macroeconomia da Anbima

menos se comparado a outros itens, gerando

uma oportunidade extraordinária para

economia brasileira nos próximos anos, a

começar por 2023, explorando a mudança

das cadeias de suprimentos globais.”

A guerra trouxe um sentimento para os

produtores e para os consumidores globais

que eles precisam ter uma diversificação

para parceiros que sejam confiáveis e que

tenham uma capacidade de entregar

produtos e bens de serviços no componente

ambientalmente sustentável, e o Brasil

aparece como um importante local de

segurança alimentar para entregar grãos e

proteínas em bases ambientalmente

sustentáveis para o mundo.

O Brasil foi o país que mais teve no G20

a revisão para cima de crescimento neste

ano. “Com uma taxa de juros atraente e um

setor produtivo e pouco endividado que está

no “coração” dessa transformação das

cadeias geopolíticas, o país pode e deve

aproveitar esse momento para capturar e

alavancar o crescimento para os próximos

anos”, finaliza Honorato.

PATROCÍNIO MASTER

PATROCÍNIO

» Carlos Cogo,

Sócio-diretor da Cogo

Inteligência em

Agronegócio

CENÁRIOS DA AGROPECUÁRIA NO BRASIL E NO MUNDO

inalizando os painéis, Carlos Cogo – Sócio-

da Cogo Inteligência em Agronegócio,

Fdiretor

apresentou os cenários para o agronegócio global

brasileiro. Cogo minuciou como o contexto da

guerra atingiu as commodities agrícolas e porquê

caem menos de preço do que os demais grupos.

Cogo explicou a porcentagem total de grãos

por área de cultivo global. Segundo ele, a soja é a

que mais cresce, chegando em 88% na variação da

área entre 1999/2000 e 2022/2023. Já o trigo, uma

área que ainda não tem destaque no Brasil, e que

gerou grande problema na cadeia global por

conta da guerra Rússia x Ucrânia, já que a região é

responsável por 25% do comércio global do

produto, é provedor de 20% das calorias globais.

Recentemente, o mundo se viu diante ainda de

uma queda global do consumo de proteínas

animais e carnes. Apesar disso, o Brasil se mantém

como o maior exportador de carne bovina, frango

e suína, somando 25% de todas as exportações

globais de carnes. “Nós somos uma potência em

grãos, cana, álcool, açúcar, café e proteínas

animais. O Brasil tem uma potência em todo o

agronegócio”, ressaltou Cogo.

Finalizando as apresentações do dia, o

consultor apresentou ainda o Moderfrota e

acrescentou que durante todo o programa foram

vendidos 932 mil tratores e 131 mil colhedoras de

grãos. De acordo com ele, a frota não foi

renovada e cerca de 43% tem mais de 15 anos de

uso, surgindo um grande desafio para ser

encarado no setor, que apesar de não ter feito

modernização, avançou 22 milhões de hectares

nesse período.


12 INFORMAQ Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

AbIMAQ EM AÇÃO

ABIMAQ promove rodada de Negócios

com o Grupo Steel

Objetivo foi buscar soluções para desenvolver a cadeia de fornecimento entre os associados na

comercialização de sucata e produtos acabados de aço

Com a participação de 19

empresas, a ABIMAQ realizou

a Rodada de Negócios

em conjunto com o Grupo Steel,

empresa associada da entidade

que compra resíduos metálicos

para a produção aços especiais

para fornecedores de sucata. O

evento aconteceu no dia 25 de

outubro, e contou com um total

de 19 reuniões.

Francisco Mascara, Gerente

Comercial no Grupo Steel, expôs

sua visão sobre a Rodada.

“Foi muito produtivo como

primeiro contato, acredito que

vamos ter bons frutos, esses encontros

são sempre importantes

para o segmento”.

Rodrigo Padovani, Diretor no

Grupo Steel, explicou que o produto

sucata é um resíduo industrial

que por maior que seja seu

preço, não agrega valor ao custo

de transporte. “Existem empresas

fora de São Paulo que possuem

frete para a cidade, pois

abastecem no mercado paulista e

acaba sendo um jogo de oferta e

demanda que dá certo, pois para

eles interessam vender e levar”,

Ainda segundo Padovani,

existe muita carência de material,

(produto acabado aço). “Tivemos

uma reunião recentemente

e percebemos que se houver

oportunidades de rodadas de

“Foi muito produtivo como

primeiro contato, acredito

que vamos ter bons frutos,

esses encontros

são sempre importantes

para o segmento”

› Francisco Mascara,

Gerente Comercial no

Grupo Steel

negócios, podemos oferecer

nosso produto como uma opção

viável para o mercado, o que vai

ajudar a solidificar a cadeia de

fornecimento”.

De acordo com Francisco,

existem segmentos como o eólico,

óleo e gás e sucroalcooleiro

que valem a pena atender. “Eu

vejo bastante sinergia no segmento

eólico que é inclusive carente

de coisas simples, como

parafusos”, informou.

Os participantes parabenizaram

a ABIMAQ pelo nível das

empresas presentes na Rodada e

asseguraram que esse evento trará

bons resultados.

“As associadas vêm como opção

para melhorar a condição de

fornecimento do mercado interno”,

afirmou Francisco.

ABIMAQ/SINDIMAQ define membros do Conselho

de Ética para o biênio 2022-2024

OCódigo de Conduta e Ética (CCE) é um compromisso

de integridade (“compliance”) que

o Sistema ABIMAQ, como conjunto de entidades

representativas da indústria brasileira de máquinas

e equipamentos, assume perante a sociedade,

com o objetivo de atuar de forma ética e cumprir

as normas e legislação.

Conforme determina Artigo 22 do Código de

Conduta e Ética do Sistema ABIMAQ, aprovado no

dia 15 de março de 2018, foi nomeado, no dia 06 de

outubro de 2022, os seguintes integrantes para

compor o Conselho de Ética da entidade:

» Gino Paulucci Junior – Presidente do Conselho

de Administração, que o presidirá;

» Elizabeth Bighetti Bozza - Membro

do Conselho de Administração,

ocupando o cargo de Vice-Presidente;

» Antonio Carlos César Taranto -

Membro do Conselho Fiscal;

» Maria Estela Abramides Testa -

Membro da Diretoria Plenária;

» José Velloso Dias Cardoso - Presidente

Executivo.

A ABIMAQ ressalta que os presidentes

do Conselho de Administração

e Executivo serão membros permanentes

do Conselho de Ética. Os demais

participantes terão mandato de

dois anos, enquanto estiverem no

exercício de seus respectivos cargos,

podendo ser reconduzidos.

Organizado em sete capítulos, o

Código de Conduta e Ética da ABI-

MAQ pode ser consultado publicamente

na página da instituição.Acesse:

https://tinyurl.com/4u83xm9u


Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

INFORMAQ

13

AbIMAQ EM AÇÃO

Webinar apresenta panorama e perspectiva de investimentos

no mercado de Óleo e Gás e Mineração

Especialistas da empresa BNamericas trouxeram informações desses setores, onde o Brasil tem uma

presença mundial como fornecedor dessas commodities

Rodrigo César Franceschini, presidente

do Conselho de Metalurgia

e Mineração da ABIMAQ,

iniciou o webinar destacando o ótimo

momento e os investimentos que

vem sendo feitos nos 2 segmentos.

“É interessante como existe uma sinergia

entre os setores. Ambos são

commodities minerais, e quando se

fala em óleo e mineração, temos dentro

da parte de energia, um contato

muito grande de minerais estratégicos

para esse momento que estamos

passando da transição energética e

da chamada eletrificação da economia”,

destaca Franceschini.

Para Idarilho Nascimento, presidente

do Conselho de Óleo e Gás da

ABIMAQ, o momento é animador

do ponto de vista político, econômico

e dos investimentos realizados

em projetos. “O mundo vem passando

por uma grande transformação

e está se ajustando às novas fontes

de energia e essas necessidades

cada vez mais das regiões se desenvolverem

independentes de outros

insumos e outras fontes energéticas”,

completa Idarilho.

Uma das principais empresas de

inteligência de mercado do Brasil e

da América Latina, com foco nos setores

de mineração, energia elétrica,

petróleo e gás, e infraestrutura, a

BNamericas possui uma ferramenta

de inteligência artificial para criar e

manter o banco de dados mais importantes

de diversos projetos que

ajudam a ter números pertinentes e

atualizados de todo o mercado.

Rogério Jelmayer, correspondente

da BNamericas desde 2017, explicou

que esses números indicam que

a mineração brasileira, nos primeiros

3 meses do ano, teve uma queda de

receita das empresas. Porém, acompanhada

dessa queda, não está existindo

uma revisão dos investimentos

das empresas a médio prazo, e a expectativa

de investimentos de 40 bilhões

de dólares para os próximos

anos (2022 a 2026), é uma expectativa

que continua.

O principal risco para o setor é a

economia chinesa. O segmento de mineração

brasileira é muito relacionado

à performance da economia chinesa.

“Dois terços das exportações brasileiras

do setor mineral de minério de

ferro são para a China. Por isso é muito

importante acompanhar o desempenho

da economia chinesa para entender

e questionar as empresas sobre

a evolução dos projetos, postergação,

ou aceleração de investimentos”,

destaca Jelmayer.

No entanto, a questão da transição

energética passa a ser um importante

propulsor de investimentos. Apesar

do desempenho da economia global,

principalmente a dos países desenvolvidos,

que trazem sinais de pressões

inflacionárias e políticas restritivas de

juros elevados, a transição energética

demanda novos materiais e novos

produtos de mineração. Paralelamente

a isso, o governo brasileiro tem trabalhado

para diversificar a pauta de

mineração brasileira, o que deve

acontecer nos próximos anos, independentemente

do governo eleito.

Entre os projetos mais importantes

do Brasil em minério de ferro, que

responde por dois terços da produção

do país, além de níquel, ouro e lítio,

destaque para níquel, que ganha um

protagonismo relevante nessa agenda

global de transição energética.

“O ouro também possui uma particularidade

muito interessante no

Brasil. Tivemos alguns trimestres

atrás, a área da mineração, que trouxe

a atenção de investidores que não estavam

acostumados com o segmento

de ouro no Brasil. Isso atrai a atenção

de investidores para outros projetos

de ouro e é muito positivo para o

avanço de projetos, porque essas empresas

conseguem obter linhas de financiamento

mais vantajosas em um

ambiente de taxas de juros elevadas

no mundo todo”, observa Rogério.

Reinjetamos mais

de 60% do gás que

produzimos, por conta da

falta de infraestrutura.

Precisamos de novas rotas

de escoamento para

aproveitar mais o gás

produzido e ficar menos

exposto em momentos de

volatilidade de preço,

como aconteceu no ano

passado, quando

precisamos importar e

regaseificar mais

› João Montenegro,

repórter do BNamericas

ÓLEO E GÁS. João Montenegro, repórter

do BNamericas, responsável pela

cobertura de óleo e gás e energia, ressaltou

o processo de abertura da Petrobras,

principalmente no upstream,

que resultou no aparecimento de pequenas

e médias empresas, que começaram

a aparecer na indústria de exploração

e produção no Brasil.

A expectativa é que a produção

das petroleiras independentes cresça

ainda mais no país, com previsão de

que a produção em terra dobre até

2025/2026, com crescimento da produção

em águas rasas e pós sal também

por parte dessas empresas, e pela

própria Petrobras, que possui alguns

projetos de revitalização.

Entre os principais desafios observados

no setor, João cita o maior aproveitamento

do gás natural. “Reinjetamos

mais de 60% do gás que produzimos,

por conta da falta de infraestrutura.

Precisamos de novas rotas de

escoamento para aproveitar mais o

gás produzido e ficar menos exposto

em momentos de volatilidade de preço,

como aconteceu no ano passado,

quando precisamos importar e regaseificar

mais, diante do despacho termelétrico

que teve de aumentar em

meio a crise hídrica”, destaca Montenegro,

que reforça a também necessidade

no aumento da capacidade de

refino e investimentos em mais infraestrutura,

oleodutos e terminais, para

que possa de fato eventualmente ter

uma competição entre as refinarias.

Outro destaque são as petrolíferas

europeias que têm ampliado a aposta

delas no segmento de energias renováveis

no Brasil. “Em meio a turbulência

geopolítica, o Brasil costuma aparecer

como país que tem os aspectos

positivos por apresentar um histórico

de respeito aos contratos e não se envolver

em guerras. Isso pode atrair investidores,

mas é importante ficar

atento, pois todos estão olhando o

GNL na Europa, onde podem obter

maiores ganhos, que podem levar a

perda de investimentos no Brasil”,

completa Montenegro.

Apresentando o panorama e

atualizações de alguns projetos que

envolvem a Petrobras, com destaques

na parte do refino, gás e energia,

João reforça o discurso que a empresa

tem que investir no aumento de

eficiência e modernização das suas

refinarias, uma vez que parou de investir

nas que ela quer vender. Apesar

dessa descentralização da empresa,

existe uma proliferação de projetos

de refinadores privados no entorno

desse mercado.

GNL. Os investimentos em terminais

GNL no Brasil continuam. Apesar de

ser um país rico em gás natural, o Brasil

regaseificou muita coisa por conta

da seca. O GNL cumpriu um papel

importantíssimo no Brasil, principalmente

diante da falta de infraestrutura

de escoamento e processamento

para aproveitar o gás produzido. Além

disso, o gás produzido no pré-sal tem

uma utilização nobre, que é ampliar a

recuperação do petróleo, e a Petrobras

otimiza isso para ampliar o fator

de recuperação dos seus campos.

“A Petrobras tem que garantir

acesso às infraestruturas essenciais

para o processamento e transporte

de gás, e com isso, a aposta do governo

é que você tenha maior competição.

Hoje você tem uma série de petroleiras

fornecendo o gás para distribuidoras,

e a tendência com isso é

termos um preço mais competitivo

nessa parte de fornecimento de gás”,

conclui João.

› SAIBA MAIS

O acesso completo ao webinar estará

disponível na Academia ABIMAQ para

as associadas, no site da entidade.

Link: http://associe.abimaq.org.br/academy.html


14 INFORMAQ Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

AbIMAQ EM AÇÃO

ABIMAQ participa da COP-27 no Egito

Fortalecendo a importância da agenda climática,

dada a preocupação do setor de máquinas

e equipamentos com o aquecimento global

provocado por ação humana, a ABIMAQ participa

da 27ª Conferência da ONU sobre Mudanças

Climáticas, edição a ser realizada na cidade

do Cairo, no Egito, entre os dias 6 e 18 de novembro

de 2022.

A 27ª sessão da Conferência das Partes da

ONU reunirá os líderes de todas as nações para

debater sobre o clima. De acordo com a CNI –

Confederação Nacional da Indústria, o Brasil terá

papel chave nas discussões. José Velloso, presidente

executivo da ABIMAQ, representará a entidade

na conferência, onde espera-se a participação

de autoridades, como do alto escalão da ONU,

entre eles Antonio Guterres, secretário-geral da

ONU e Sanda Ojiambo, diretora-executiva do

Pacto Global. Presidentes e representantes nacionais

dos ministérios de clima, meio ambiente e

sustentabilidade também são esperados.

“Importante acompanhar de perto as propostas

em virtude de ações emergenciais, que, na prática,

devem ser instituídas e aplicadas não só pelas indústrias,

e sim por todo cidadão que habita nosso

planeta”, argumenta Velloso.

De acordo com o presidente-executivo da ABI-

MAQ, a indústria brasileira já vem seguindo essa

agenda, não só por ser um setor fiscalizado com rigor

por órgãos governamentais, como também pela

conscientização da necessidade em benefício do

planeta. No entanto, ele acrescenta que “é preciso

acompanhar de perto o que está sendo discutido,

porque essa é cada vez mais uma exigência global”.

O QUE É A COP? A Convenção-Quadro das Nações

Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC) é um

tratado internacional com o objetivo de estabilizar

as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera.Uma

das principais tarefas da COP é revisar

as comunicações nacionais e os inventários de

emissões apresentados por todos os países membros

e, com base nessas informações, avaliar os

progressos feitos e as medidas a serem tomadas.

Trazemos aqui um breve histórico para conhecimento

da importância do tema (box abaixo).

HISTÓRICO

Desde 1992, o mundo debate na ONU

a construção de uma economia de

baixo carbono. A superação de impasses

a cada COP mostra como a agenda

climática segue avançando,

independentemente de crises

econômicas ou políticas.

» 1992 • RIO 92 • A primeira grande

iniciativa da ONU com participação do

setor privado

» 1995 • COP1 • BERLIM, ALEMANHA •

Começa o processo de negociação de

metas e prazos para a redução de

emissões de gases de efeito, mas

restritos aos países desenvolvidos

» 1996 • COP2 • GENEBRA, SUÍÇA •

Criação de obrigações legais de metas

de redução de emissões de gases de

efeito estufa

» 1997 • COP3 • KYOTO, JAPÃO • Surge

o Protocolo de Kyoto, com metas de

redução para gases de efeito estufa

para os países desenvolvidos

» 1998 • COP4 • BUENOS AIRES,

ARGENTINA • É elaborado um programa

de metas para itens do como a análise

de impactos das mudanças climáticas e

alternativas de compensação

» 1999 • COP5 • BONN, ALEMANHA •

Destaque para a execução das metas da

COP anterior e temas como uso da terra e

florestas, além do impacto das atividades

humanas na redução das emissões

» 2000 - COP6 - HAIA, HOLANDA •

Dividida em duas partes debateu os

Mecanismos de Desenvolvimento Limpo,

metas de emissão e outros limites

» 2021 - COP7 - MARRAQUEXE,

MARROCOS • Limita o uso de créditos

de carbono gerados de projetos

florestais do mecanismo de

Desenvolvimento Limpo e cria fundos de

ajuda a países em desenvolvimento

» 2002 - COP8 - NOVA DÉLI, ÍNDIA •

Primeiras discussões sobre uso de

fontes renováveis na matriz energética.

Também marca a adesão da iniciativa

privada e de organizações não

governamentais ao Protocolo de Kyoto

» 2003 - COP09 - MILÃO, ITÁLIA •

Estabelece regras para a condução de

projetos de reflorestamento, que se

tornaram necessários para a obtenção

de créditos de carbono

» 2004 - COP10 - BUENOS AIRES,

ARGENTINA • Aprovadas as regras de

implementação do protocolo de Kyoto,

que entrou em vigor no início do ano

seguinte, após a ratificação pela Rússia

» 2005 - COP11 - MONTREAL, CANADÁ

• Instituições europeias defendem a

redução de emissões até 2030, em torno

de 20% a 30%. E de 60% a 80% até 2050.

» 2006 - COP12 - NAIRÓBI, QUÊNIA •

Revisão de itens do Protocolo de Kyoto e

estabelecimento de regras para o

financiamento de projetos de adaptação

às mudanças climáticas em países

pobres -- governo brasileiro propõe a

criação de um mecanismo para a

redução de emissões de gases de efeito

estufa de desmatamentos em países em

desenvolvimento

» 2007 - COP13 - BALI, INDONÉSIA •

Países em desenvolvimento teriam até

2009 para definir as metas de redução

de emissões oriundas do

desmatamento. É aprovada a

implementação efetiva do Fundo de

Adaptação, para os países mais

vulneráveis à mudança do clima.

» 2008 - COP14 - POZNAN, POLÔNIA •

Primeira discussão sobre um acordo

climático global

» 2009 - COP15 - COPENHAGUE,

DINAMARCA • Consolidação do tema

climático nas agendas pública,

corporativa e da sociedade civil. Mas

sem um acordo global entre os países

para diminuir as emissões após 2012. É

acordada uma meta de limitar ao

máximo de 2ºC o aumento da

temperatura média global

» 2010 - COP16 - CANCÚN, MÉXICO •

Criação do Fundo Verde do Clima. Brasil

lança sua Comunicação Nacional de

Emissões de Gases de Efeito Estufa e

anuncia a regulamentação da Política

Nacional sobre Mudança do Clima,

assim, o Brasil assume o compromisso -

independentemente de acordo entre

todos os países e de fixação de metas -

de reduzir no máximo 2,1 bilhões de

dióxido de carbono até 2020

» 2011 - COP17 - DURBAN, ÁFRICA DO

SUL • Países se comprometem a conter

o aumento da temperatura no mundo,

limitada em 2ºC, e reconhecem a

necessidade de minimizar os problemas

decorrentes das mudanças climáticas

» 2012 - COP18 - DOHA, CATAR •

Extensão do prazo do Protocolo de

Kyoto, para enfrentar o aquecimento

global

» 2013 - COP19 - VARSÓVIA, POLÔNIA •

Brasil defende a necessidade de se

estabelecer um novo ordenamento

financeiro internacional baseado em

uma economia de baixo carbono

» 2014 - COP20 - LIMA, PERU • O

documento final intitulado Chamamento

de Lima para a Ação sobre o Clima,

também conhecido por *rascunho zero*,

traz os elementos básicos para o Acordo

de Paris

» 2015 - COP21 - PARIS, FRANÇA •

Assinatura do Acordo de Paris, quando

se estabelece o compromisso de

estabilizar o aquecimento global "bem

abaixo de 2ºCelsius" em relação à

temperatura do período pré-industrial,

buscando idealmente o aumento

máximo de 1,5ºC.

» 2016 - COP22 - MARRAQUEXE,

MARROCOS • Debate sobre as regras

de implantação do Acordo de Paris,

apesar da eleição de Donal Trump para a

Presidência dos Estados Unidos poder

colocar os compromissos sob ameaça

» 2017 - COP23 - BONN, ALEMANHA •

Elaboração de diretrizes para questões

de transparência, financiamento, a

adaptação e tecnologia para mudanças

climáticas

» 2018 - COP24 - KATOWICE, POLÔNIA

• Elaboração de diretrizes para questões

de transparência, financiamento, a

adaptação e tecnologia para mudanças

climáticas

» 2019 - COP25 - MADRI, ESPANHA •

Brasil segue sem fechar o acordo sobre

o mercado de carbono, além de impedir

menções a oceanos e direitos humanos

» 2021 - COP26 - GLASGOW - ESCÓCIA

• Brasil flexibiliza pontos e um mercado

de carbono passa a ser regulado.

Também são anunciados acordos como

redução de emissões de metano em

30% até 2030


Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

INFORMAQ

15

AbIMAQ EM AÇÃO

Fórum de assuntos trabalhistas aborda temas tributários

Com o objetivo de levar conhecimento

sobre normas trabalhistas

e seus reflexos tributários nas

empresas, em 20 de outubro, o SIN-

DIMAQ (Sindicato Nacional da Indústria

de Máquinas) promoveu um encontro

virtual no qual falou do tema

“Verbas trabalhistas e seus reflexos na

contribuição patronal”.

Contribuição patronal ao INSS é

um tributo devido pela empresa, do

tipo contribuição previdenciária e está

sujeita a alguns princípios constitucionais

como: Legalidade, Anterioridade,

Não-confisco, Capacidade

contribuitiva etc.

O Consultor Jurídico Tributário

da ABIMAQ, Dr. Denis Angher, explanou

sobre a contribuição no setor

industrial e suas duas formas incidência:

folha de pagamento, que é o

modelo clássico, e sobre a receita

bruta, dentro da desoneração da folha

de pagamentos.

“O princípio que se aplica à contribuição

devida pelas empresas, em

qualquer regime, é, dentre outros, a

legalidade, previsto no artigo 150, inc.

I, da Constituição Federal, que venda

a exigência de tributos sem lei que

assim estabeleça”, esclareceu Denis.

As verbas trabalhistas objeto da

apresentação referem-se aos prêmios

e ao terço constitucional das

férias.

A Reforma Trabalhista definiu

que os prêmios são liberalidades

concedidas pelo empregador em forma

de bens, serviços ou valor em dinheiro

a emprego, ou grupo de empregados,

em razão de desempenho

superior ao ordinariamente esperado

não integram a remuneração do empregado,

não se incorporam ao contrato

de trabalho e não devem se sujeitar

qualquer encargo trabalhista e

previdenciário. Contudo, para estar

em conformidade com a Solução de

Consulta COSIT nº 151/2019 e não

estar sujeito a contribuição patronal

ao INSS o pagamento do prêmio não

pode decorrer de ajuste prévio entre

a empresa e o empregado e deve ser

concedido em razão de desempenho

superior ao normalmente esperado

Nessa condição, Explica Denis, “é

que os pagamentos feitos pelas empresas

aos colaboradores, com natureza

jurídica e prêmio, não se sujeitam

à incidência da contribuição patronal

ao INSS”.

Na oportunidade, foi exposto entendimento

de que as condições para

não incidência da contribuição sobre

os prêmios (desempenho superior ao

esperado e inexistência de ajuste prévio),

colocadas na Solução de Consulta

seriam mais restritivas que as

definidas na Reforma Trabalhista.

Sobre o terço constitucional das

férias, explicou Dr. Denis, que o Superior

Tribunal de Justiça adotava jurisprudência

sobre a não incidência

da contribuição para o INSS, todavia

o Supremo Tribunal Federal reverteu

esse entendimento ao julgar o Tema

985 das Repercussões Gerais e definir

que “é legítima a incidência de

contribuição social sobre o valor satisfeito

a título de terço constitucional

de férias.”

ABIMAQ participa de reunião com Felipe Salto, Secretário

da Fazenda do estado de São Paulo

APresidência da ABIMAQ, acompanhanda do

departamento jurídico da entidade, foi recebida

pelo Secretário da Fazenda do Estado de

São Paulo, Felipe Scudeler Salto, para tratativa sobre

as melhorias necessárias para a apropriação de

créditos acumulados de ICMS, bem como de sugestões

de aprimoramento do programa ProFerramentaria

para o setor de máquinas e equipamentos.

Os principais temas tratados foram: (i) prorrogação

do crédito outorgado para escavadeira hidráulica,

pá-carregadeira sobre pneus e retroescavadeira,

além da reinclusão da motoniveladora, benefício

cuja vigência vai até 31/12/2022; (ii) ampliação

e aprimoramento do programa Pró-ferramentaria

com a extensão do campo de adesão ao setor

fabricante de máquinas rodoviárias (máquinas para

construção civil e mineração) e, para aquisição de

máquinas-ferramentas e instalações de pintura; (iii)

trabalhos do GT com vistas à criação de regime especial

de suspensão do ICMS nas aquisições de matérias-primas,

produtos intermediários e material

de embalagem na produção de máquinas e equipamentos,

como medida para reduzir geração de acúmulo

de crédito; (iv) adequação do Repetro Industrialização

para dar isonomia tributária aos fabricantes

de equipamentos (inclusive tubulações) localizados

no Estado de São Paulo quando fornecem

para outros Estados.

O saldo do encontro foi positivo para o setor

que está buscando alternativas de utilização do crédito

acumulado do ICMS na tentativa de reduzir o

custo dele para as empresas, além de ser um fator

de atração de empresas fabricantes de ferramental

de produção e de máquinas e equipamentos industriais

para o Estado de São Paulo.

TrEINAMENTOS AbIMAQ

» Confira abaixo a programação de treinamentos disponíveis

para o mês de novembro de 2022.

» Site: www.abimaq.org.br/cursos » Tel.: (11) 5582-6321/5703 » E-mail: capacitacao@abimaq.org.br

17 de novembro → ONLINE - Custo &

Formação de Preços Vendas Indústria

sob Encomenda

17 a 18 de novembro → ONLINE - Líder

Coach e Feedback: ferramentas que

transformam pessoas e negócios

21 a 24 de novembro → PRESENCIAL - NR

12 ESPECIALISTA - Apreciação de Riscos

22 a 25 de novembro → ONLINE -

Técnicas de Apresentação

25 de novembro → PRESENCIAL - Vendas

Externas: Técnicas de Vendas & Visitas

Presencias para Representantes &

Vendedores

29 a 01 de dezembro → PRESENCIAL -

Curso Aplicado em Manuais de

Instruções conforme a NR-12 e ABNT

NBR 16746

31 de novembro → PRESENCIAL -

Criatividade e Inovação para empresas


16 INFORMAQ Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

WEbINArS

Webinar traz conhecimento sobre os processos

de solda a gás baseados em normas técnicas

O Grupo de Trabalho de Soldagem e Corte da ABIMAQ realizou, em 21 de outubro, um encontro a fim de mostrar

a necessidade de aplicação de normas técnicas sobre os processos de solda e corte a gás

Mário Larco – membro da ABI-

MAQ no GT-Solda, explicou

o significado da normalização

como o cumprimento necessário

de “diretrizes de trabalho”, de

grande importância e de muito valor

para a evolução tecnológica de uma

sociedade industrial, com aplicação

de normas técnicas.

A Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT) é o fórum nacional

de normalização. Divulgação

tecnológica (com metas econômicas,

com conceitos de qualidade e

conceitos de segurança) é a resultante

da ABNT com aplicação de

normas técnicas em geral. A organização

ABNT está constituída para

esta missão por comitês brasileiros

de normalização”. Cada comitê brasileiro

se ocupa com tarefas pertencentes

a um setor industrial, por

exemplo, o CB-004 é o setor de mecânica

encarregado da normalização

técnica para solda e corte a gás.

Solda e corte a gás é o resultado

do fenômeno da combustão com

presença de três componentes:

comburente, combustíveis e energia,

o chamado triângulo da combustão

é parâmetro para a fusão de

metais no caso de solda e corte.

Destacando os critérios de segurança,

Mário ressaltou: “É preciso

que as pessoas tenham conhecimento

dos conceitos estabelecidos na

norma, que além de ressaltar a qualidade

e economia nos processos

ressalta a segurança. Muitos acidentes

podem acontecer diretamente

no transporte com os cilindros de

gás combustível com alta pressão, a

qualquer momento, por falta de manuseio

adequado. Também existem

vários perigos para operários nos

processos de solda e corte. É importante,

por isso, que o operador esteja

protegido com Equipamentos de

Proteção Individual – EPI”.

Dentro da norma, existem certas

características que o operador precisa

conhecer, como por exemplo o

tipo de misturador que é usado, destacam-se:

misturador sem injeção

para processos de solda e aquecimento

e o misturador com injeção

de alta ou baixa pressão para solda

ou corte.

De acordo com Mário, a tecnologia

e normalização ABNT para os

processos de solda e corte significam

qualidade, segurança e economia,

o que forma um tripé necessário

de conhecimentos das diretrizes

tecnológicas, válidos para fabricantes

e usuários na seguinte escala de

comprometimentos:

1. Informação e conhecimento

tecnológico profundo para o

supervisor, engenheiro e coordenador

de soldas com base

nas normas técnicas existentes;

2. Necessidade de aprendizado

básico interno geral na empresa

para todos os envolvidos

com solda e corte a gás, operários

e assistentes. A organização

tem a obrigação de realizar

treinamentos internos

com o objetivo de obter sucesso

nos trabalhos;

3. Necessidade de informação e

aprendizado externo à empresa,

das diretrizes da norma, a

ser dirigido e praticado por fornecedores,

clientes e pelo o

usuário final, a saber por todos

os relacionados com a empresa.

“Essa é a missão do Grupo de

Trabalho de Solda e Corte da ABI-

MAQ, trabalhar para que exista inovação

e um treinamento global não

somente para engenheiros e técnicos,

mas também para operadores e

auxiliares. Estaremos à disposição

para a realização de todos esses processos

de aprendizado”, concluiu

Mário.

TECNOLOGIA E NORMALIZAÇÃO ABNT DE EQUIPAMENTOS PARA PROCESSOS DE SOLDA E CORTE A GÁS

Dispositivos de segurança (Válvulas

Antiretorno & Corta chama)

1. NBr 12176:1999 rev. 2004

Cilindros Identificação do Conteúdo

de gases

2. NBr 11725:2003 / NBr

11749:1992

Válvula do cilindro / Conexões

3. NBr / ISO 2503:2022

Reguladores de pressão

ISO 5171:2009 Manómetros

4. ISO 3821:2019

Mangueiras de borracha

5. NBr /150 5172-2021

Maçaricos para solda/corte

6. ISO 5175-1/2: 2017

Gás

Acetileno

Ar Comprimido

Argônio

Dióxido de Carbono

Hidrogênio

Oxigênio

Nitrogênio

Dióxido de Carbono em argônio

Fórmula Química

C2H2

Ar

CO2

H2

O2

N2

Cor | Denominação

Parte A

Bordô

Azul segurança

Marrom-canalização

Alumínio

Amarelo segurança

Preta

Cinza claro

Alumínio

Parte B

Marrom-canalização

Notação Munsell

7,5 R 3/8

2,5 PB 4/10

2,5 Y R 2/4

-

5 Y 8/12

-

N 6,5

2,5 Y R 2/4

Observação

-

A fórmula não é marcada no cilindro

-

Para uso industrial

-

-

-

Mistura Binária


Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

INFORMAQ

17

CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS

Francisco Novaes tem mandato prorrogado

por mais um ano como presidente da

Câmara Setorial de Bombas e Motobombas

Francisco Novaes é Diretor na ITT-Brasil, Administrador de empresas e Engenheiro Industrial e atua há 37 anos

na indústria de Bombas e Motobombas.

Em entrevista ao Informaq, Novaes ressalta a importância do trabalho conjunto com as associadas da CSBM

para fortalecer a cadeia de Bombas e Motobombas. Confira a seguir:

Quais os principais desafios

para o setor?

Mesmo na pandemia e agora com o

efeito Guerra na Ucrânia, o segmento

de bombas cresceu consistentemente

em 2021 e nesse ano. O maior desafio

será a manutenção deste crescimento

para 2023 em um ambiente atual de

incertezas, basicamente em função do

momento político e acirrado que vivemos

atualmente.

Como a câmara pretende atuar para enfrentar

esses obstáculos?

Um ponto importante é, que nesses

últimos anos tivemos um incremento

considerado nas exportações, principalmente

para a América Latina e do

Norte, onde acredito que será mantido

esta tendência de crescimento.

No mercado local, a infraestrutura,

saneamento e o agronegócio irão impulsionar

ainda com mais robustez no

próximo ano.

Quais são suas perspectivas?

Mesmo com a incerteza política neste

momento, acreditamos que o segmento

manterá o crescimento histórico

dos últimos anos, pós pandemia, mas

em um ritmo um pouco mais leve.

Quais ações pretende realizar durante

seu mandato em prol das associadas?

Nesta extensão de mais um ano em

meu mandato, onde totalizarei 5 anos

afrente da CSBM, juntamente com

nossa Diretoria, buscaremos um

maior engajamento dos associados para

o fortalecimento e estabelecimento

da Câmara dentro das iniciativas comuns

e benéficas para todos.

Como avalia sua gestão anterior?

Em meio a todos os percalços da Pandemia

e da necessidade dos isolamentos,

buscamos alternativas para as

reuniões ordinárias da câmara com

um incremento de participantes via

ferramentas online e que com a retomada

da “normalidade” esse formato

hibrido com o presencial será uma

constante. Tivemos um aumento de

participações e um maior envolvimento

de alguns associados que optaram

pelas reuniões online e isso será

uma tendência.


18 INFORMAQ Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS

Djalma Bordignon é o novo presidente da CSVI

Eleito para o biênio 2022-2024, Bordignon assegurou fortalecer ainda mais a cadeia de Válvulas Industriais

“P

ara nós é sempre uma alegria a posse das câmaras,

porque o presidente de uma câmara

da ABIMAQ, além de ser um líder escolhido

pelos seus pares, também representa a plenária, o estatuto

que faz parte da principal diretoria da entidade”,

afirmou José Velloso – presidente executivo da

ABIMAQ em abertura à cerimônia de posse da nova

diretoria da Câmara Setorial de Válvulas Industriais

que aconteceu em 11 de outubro.

Velloso citou o ano eleitoral e reiterou a importância

de vários entes da sociedade fazerem um apanhado

do que se passou e projetar o que gostaria para

o futuro. “A cada quatro anos, várias entidades fazem

esse esforço e a ABIMAQ não é diferente. A entidade

preparou um documento que trata de vários temas

na área de economia, comércio exterior, inovação,

tecnologia e financiamentos, incluindo o que seria

ideal para o novo governo, para a indústria e, em particular

para a indústria de máquinas e equipamentos.”,

completou.

Para Djalma Bordignon, que já conhece a receita

para trabalhar com as câmaras setoriais da ABIMAQ,

Velloso desejou sorte. “Desejo sorte e que tenham

mais uma boa gestão. Estamos aqui para colaborar

para que as câmaras sejam bem-sucedidas nos pleitos

desejados”, completou.

Rodolfo Garcia, da empresa Thermoval, que esteve

à frente da CVI no período de 2017-2022, relembrou

conquistas e relatou o trabalho feito pela câmara.

“Começamos em 2017 com 47 empresas e hoje,

contamos com 56, estamos crescendo e podemos

crescer ainda mais. Nesse período, nosso caixa reserva

também cresceu 57%”, comentou.

“Não é uma despedida, apenas uma mudança de

posto, onde agora como vice-presidente, estarei disponível

para continuar colaborando com a nova gestão

e o novo presidente eleito, Djalma Bordignon, a

quem manifesto meus sinceros votos para que o

mandato de 2022-2024 seja de grande sucesso”, externou

Garcia.

Francisco Matturro, Secretário de Agricultura e

Abastecimento do Estado de São Paulo, falou sobre

a necessidade de buscar o que é importante para o

setor e para ele, presidir uma câmara na ABIMAQ,

entidade reconhecida por todo país, é uma honra.

Djalma Bordignon agradeceu a oportunidade de

poder estar à frente de uma câmara tão importante

como a de Válvulas Industriais.

“A ABIMAQ completou 85 anos, a CSVI 49 e eu,

45 anos nesse segmento de válvulas industriais. Assumo

meu terceiro mandato na presidência dessa

câmara e pretendo retomar as ações da câmara que

tiveram que ser paralisadas devido a pandemia”,

completou.

Oportunidades de fornecimento às

forças armadas é tema de reunião

ABIMAQ participa de audiência com o Secretário de Produtos de Defesa,

Luis Antônio Duizit Brito

Encontro teve como objetivo apresentar as

oportunidades de fornecimento do setor de

Máquinas e Equipamentos às Forças Armadas

em audiência realizada em 25 de outubro, na

sede da CNI, em Brasília - DF, onde estiveram

presentes: José Velloso – presidente-executivo da

ABIMAQ, João Eduardo Dmitruk, presidente da

Câmara Setorial de Defesa e Segurança - CSDS,

José Wilmar, presidente da Câmara Setorial de

Máquinas, Equipamentos e Componentes do Setor

Aeroespacial – CSAER e Walter Filippetti, Diretor-executivo

de Relações Governamentais da

Entidade, para debaterem sobre os temas: Mostra

BID, Homologação de produtos de defesa e Cadastramento

de empresas estratégicas de defesa.

General Duizide informou sobre a necessidade

de associações participarem da feira Mostra

BID Brasil - um dos mais importantes eventos

do segmento de defesa e segurança do país, a fim

de expor a indústria de defesa e o que o setor pode

oferecer.

Duizide ressaltou também, a importância da

parceria entre as entidades ABIMAQ, Secretaria

de Produtos de Defesa (SEPROD) e a Associação

Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa

e Segurança (ABIMDE), na ampliação de

mercados.

“Além de proporcionar uma visão sistêmica

das potencialidades que permitam atender aos

Projetos Estratégicos das Forças Armadas e gerar

emprego e renda, tem como foco a Política Nacional

e o aprimoramento da produtividade da Base

Industrial de Defesa”, concluiu o general.

João Dmitruk inteirou que é necessário entender

assuntos como o de cadastramento de produtos

em empresas de defesa. “Podemos fazer uma

apresentação ao SEPROD para melhor posicionamento

e evolução, com a finalidade de gerar soluções

para cadastramento junto às Forças Armadas

e fomentar demandas de produção nacional e

internacional para a base de defesa”.


Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

INFORMAQ

19

CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS

Panoramas Setoriais e cenário econômico são

apresentados em reunião conjunta das Câmaras

Aeroespacial e Defesa e segurança

Encontro hibrido, realizado em 13 de outubro, em conjunto com o Cluster Aeroespacial do Parque

Tecnológico de São José dos Campos, visa esclarecer e incentivar o setor a usufruir dos benefícios

aplicados à indústria de defesa

“O

Cluster do Parque Tecnológico

é um trabalho que

objetiva integrar todo o

desenvolvimento que é feito no setor

militar, com toda a tecnologia do

setor privado que vai nos permitir

caminhar mais rápido para o desenvolvimento

da tecnologia”, informou

Jeferson Cheriegate, diretor

geral do Parque Tecnológico em

abertura ao evento.

Segundo Jeferson, três áreas da

economia brasileira tiveram grande

transformação nas últimas décadas:

Aeroespacial, Óleo e Gás e o Agro.

“Hoje está em desenvolvimento

mais seis novas áreas como estas, e

o Parque está envolvido nesta

ação”, afirmou.

José Wilmar de Mello – Presidente

da Câmara Setorial de Máquinas,

Equipamentos e Componentes

do Setor Aeroespacial e Defesa

(CSAER) e diretor da ABIMAQ

na Sede Regional do Vale do Paraíba,

apresentou sua visão do setor

aeroespacial mostrando que desde

o acidente com o voo 302 Ethiopian

Airlines, em 2019, começou a mudar

o setor aeronáutico, mesmo

ano em que houve a certificação

dos aviões comerciais da família E2

da Embraer.

“Já no início de 2020, com o advento

da pandemia, fronteiras foram

fechadas potencializando ainda

mais a crise no setor dessa forma,

com todos esses problemas, as empresas

tiveram que se reinventarem

Preocupado com a

transição que o mercado

está passando e atentos

a aproveitar as novas

oportunidades que estão

surgindo, a CSAER

juntamente com a Frente

Parlamentar da ABIMAQ,

tem trabalhado com

objetivo de criar um

programa onde as

empresas do setor

possam ter acesso

facilitado a materiais,

insumos aeronáuticos etc,

com carga tributária

reduzida (PIS, Cofins,

ICMS etc) de forma que

essas empresas possam

ser competitivas no

mercado global.

e muitas novas ideias e inovações

começaram a surgir, por isso da necessidade

de somar esforços é fundamental

para o sucesso do setor”

concluiu Wilmar.

E por fim, preocupado com essa

transição que o mercado está

passando e atentos a aproveitar as

novas oportunidades que estão

surgindo, a CSAER juntamente

com a Frente Parlamentar da ABI-

MAQ, tem trabalhado com objetivo

de criar um programa onde as

empresas do setor possam ter

acesso facilitado a materiais, insumos

aeronáuticos etc, com carga

tributária reduzida (PIS, Cofins,

ICMS etc) de forma que essas empresas

possam ser competitivas no

mercado global.

João Eduardo Dmitruk – presidente

da Câmara Setorial de Defesa

e Segurança da ABIMAQ (CSDS),

falou sobre o setor e as atividades

da Câmara. Segundo ele, o cerne

principal é focar em três pilares: catalogação

de produtos, homologação

de pequenas e médias empresas

e aproximação entre as entidades

governamentais e não governamentais.

“O setor de defesa é um

serviço que exige qualidade”, inteirou

Dmitruk.

Jairo Guimarães e Souza, que

atua nas câmaras de Defesa e Óleo

e Gás, certificou que o mercado-foco

sempre foi o mercado naval e trabalha

em parceria com a CSDS por

causa da marinha.

Jairo explicou os programas no

segmento de defesa e mapeou os

projetos a fim de conseguir oportunidades

reais que a indústria brasileira

conseguisse participar. “Dentro

da câmara de Óleo e Gás, foi

criado o GT-Naval, pois havia interesse

no mercado comercial, naval

e no mercado militar. O nosso objetivo

é trabalhar dentro dos programas

de defesa”.

Marcelo Nunes – diretor de Desenvolvimento

e Negócios do Parque

Tecnológico de São José dos

Campos, trouxe a qualificação do

setor para o mercado e a inovação.

Segundo Nunes, o Parque possui

uma base qualificada e muito

bem preparada para o mercado global.

Isso se dá ao investimento não

só a nível de governo, mas principalmente

das próprias empresas de

acreditar na potência que de criar a

partir da clusterização. “Globalmente

já temos essa política com o

fortalecimento da cadeia espacial e

naval e, aqui trabalhamos isso fortemente

dentro na nossa cadeia”.

Nunes explicou que o Parque

possui mais de 16 anos de história,

mais de 100 empresas associadas e

os setores de aeronáutica, defesa e

espaço estão se fortalecendo. “A

ABIMAQ é um parceiro muito forte

em todas as ações que temos com o

cluster, inclusive estratégicos que

estão sendo chamados para fazermos

uma discussão de caminhos a

serem traçados”.


20 INFORMAQ Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

CÂMArAS SETOrIAIS E rEgIONAIS

ABIMAQ rio de Janeiro promove visita

ao Estaleiro Jurong Aracruz

No mês de outubro, a SRRJ realizou um

programa de visita ao Estaleiro Jurong

Aracruz (EJA), localizado no Espírito

Santo, onde será construído o novo Navio de

Apoio Antártico (NApAnt), da Marinha do Brasil.

Na ocasião, uma comitiva composta por 30

representantes de empresas associadas à

ABIMAQ visitou as instalações industriais do

Estaleiro e assistiram às palestras sobre os

requisitos para cadastro na base de fornecedores.

Estiveram presentes o Vice-presidente da

Câmara Setorial de Defesa e Segurança da

ABIMAQ (CSDS), Leandro Pinto e o

Coordenador do GT-Naval, Jairo Guimarães

em que expuseram as principais atividades

do setor.

› NOVAS EMPrESAS ASSOCIADAS

» Agrocab Implem. e Cabinas Agrícolas

Ltda • Ibirá - SP

» Aurotec Ind. e Com. de Peças Ltda •

Presidente Prudente - SP - A parceria

com a ABIMAQ ajuda a impactar, de

forma efetiva o nosso relacionamento

com os clientes.

» Bouwman Tecnologia Agropecuária

Ltda - CIA. DA SILAGEM • Castro - PR

» Brumetal Indústria e Comércio Ltda

• Ibiraçu - ES

» Cacciatori Manutenção de Máq. e

Equip. Ltda - CACCIATORI MÁQUINAS

• São Paulo - SP

» Cajumáquinas Máquinas e Projetos

Ltda - COLHICANA • Cajuru - SP - É

gratificante a Cajumáquinas/Colhicana

ser parceira da ABIMAQ.

» CJP Serviços Administrativos de

Negócios Ltda • Jaraguá do Sul - SC

» Engemarq - Engenharia e Consultoria

Ltda • Luziânia - GO

» Fercom Indústria e Comércio Ltda •

São Paulo - SP

» FJM Engenharia e Tecnologia - G-

IATECH • Campinas - SP - Nós da G-

iatech prezamos pela técnica e paixão

e, vimos na ABIMAQ uma

oportunidade ímpar de exercer aquilo

que sabemos fazer de melhor (gerar

modelos de negócios inovadores).

Com a credibilidade e assistência que

a ABIMAQ oferece, temos certeza de

que satisfaremos com excelência a

demanda da indústria nacional. #parceriadesucesso

» Gholias Tecnologia Industrial S.A •

Joinville - SC - Nos associamos a ABI-

MAQ para destacarmos nossa marca

a nível nacional e participarmos do

eco sistema de inovação, afim de reforçarmos

o nosso propósito que é

elevar a produtividade industrial para

níveis de classe mundial.

» Globus Sistemas Eletrônicos Ltda -

GLOBUS ELETRONICS • Porto Alegre -

RS - A Globus se associou a ABIMAQ

com o intuito de fortalecer o relacionamento

com o setor de manufatura de

máquinas agrícolas, assim como para

estar mais próxima das novidades

desse mercado. Nosso foco é compreender

melhor como a Globus pode

auxiliar com o desenvolvimento de novas

tecnologias em controle eletrônico

para ser parte importante do crescimento

desse segmento, que possui

grande potencial tanto no Brasil como

no exterior.

» Hyperflow Sistemas de Tratamento

de Água Eireli • Blumenau - SC - ABI-

MAQ uma referencia com 85 anos

onde queremos participar desta historia

de sucesso, pois temos cllientes

com o mesmo potencial.

» I-Sensi Tecnologia da Informação

Ltda - I-SENSI • São Paulo - SP - Fazer

parte da ABIMAQ contribui de sobremaneira

para que a I-SENSI esteja

a frente no desenvolvimento de soluções

para a Indústria 4.0 e melhoria da

produtividade da indústria Brasileira

O alto nível das relações institucionais

e técnicas promovidas fazem com que

a ABIMAQ e seus associados ocupem

lugar de destaque no panorama industrial

do Brasil.

» Imex Metalúrgica Ltda - IMEX ES-

TRUSORAS • Sapucaia do Sul - RS

» JR Acessórios Eireli - TRANSLASER

• Florianópolis - SC - Nos associamos

a ABIMAQ por ser a maior associação

do país no ramo de maquinas industriais.

Tal relevância é muito importante

para nosso crescimento pois agora estamos

cercados de ótimas pessoas e

empresas.

» JVS Equipamentos para Automação

Industrial Ltda • Itatiba - SP

» Karoline Barbosa dos Santos Eireli -

KBS • Santa Cruz do Sul - RS

» Lupus Equip. para Lubrificação e

Abastecimento Ltda - LUPUS LUBRI-

FICAÇÃO • Cerquilho - SP - A razão

pela qual o Grupo Lupus se associou a

ABIMAQ é porque compartilhamos da

mesma ideologia de reforçar o compromisso

em prol do desenvolvimento da

indústria brasileira.

» Maq Bat Máquinas e Equip. para

Baterias Eireli • Apucarana - PR

» Multotec Brasil Processos Minerais

Ltda • Contagem - MG

» OMD do Brasil Sistemas e Comércio

de Eletrônicos Ltda • Sertãozinho -

SP

» P.Ometto & Cia Ltda - SOPRO LIVRE

• Araras - SP - Optamos por associarmos

à ABIMAQ pela seriedade e comprometimento

na parceria com as Indústrias

de Máquinas, disponibilizando

suporte em consultorias, networking,

inovações tecnológicas e diversos serviços

objetivando o fortalecimento de

nossa marca, contribuindo no desenvolvimento

e progresso de nossa empresa,

com o compartilhamento de

oportunidades.

» Prime Indústria e Comércio de Máquinas

Ltda - PRIME MÁQUINAS •

Bento Gonçalves - RS - Definimos nos

associarmos à ABIMAQ para termos

uma associação ao nosso lado que defenda

nossos interesses junto ao governo

e suas politicas. Nosso produto

para geração de energia renovavel é

único e revolucionário e para isso precisamos

de parceiros que tenham um

conceito de defender a empresa nacional,

como a ABIMAQ.

» Process Engenharia de Projetos

Ltda • Curitiba - PR

» R.C.O. & Siti Máquinas e Equipamentos

Ltda -GRUPO RCO • Mogi-

Guaçu - SP

» R&E Manutenção Industrial Ltda -

RHINO • Novo Hamburgo - RS - A

Rhino Máquinas está sempre em busca

de novidade e excelência para o nosso

cliente, por isso decidimos nos associar

a ABIMAQ, para trazer ainda mais experiência

e Know how para a marca.

» Robertus Bernardus Gerhardus

Steijntjes - DDDROP • São Paulo - SP

- A DDDROP, se junta à ABIMAQ por

compartilhar com seus valores acreditando

no mercado industrial brasileiro

trazendo o que há de mais moderno

em tecnologia de produção aditiva!

» SGA Soluções em Energia e Comércio

S.A • São Paulo - SP

» Somatecblocking Uf Eletroeletrônicos

Ltda • São Paulo - SP - "Para nós é

uma satisfação fazer parte de uma instituição

tão distinta.Buscaremos sempre

nos aprimorar com os conteúdos e

o auxílio de vocês e estamos à disposição

para também agregar no que pudermos

ser úteis."

» "Theodoros Megalomatidis, Sistemas

Amb., Anti-Cracas, Anti-

Algas,Ind., Com., Imp. e Exp. Eireli -

ANTI ALGAS" • Guarujá - SP

» TK Elevadores Brasil Ltda - TK ELE-

VATOR BRASIL • Guaíba - RS

» Trivelato Ind. de Geradores Ltda -

TRIVELATO ENERGIAS RENOVÁVEIS •

Uberlândia - MG


Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

INFORMAQ

21

FEIrAS

rio Oil & Gas tem

recorde de

58 mil visitantes

Retomada em formato presencial foi marcada

por mais 400 expositores

A20ª edição da Rio Oil & Gas

encerrou com número recorde

de participações: mais de

58 mil visitantes durante os quatro

dias do evento que contou com

mais de 400 expositores, reunidos

em um espaço de mais de 51 mil m 2 .

No total foram 268 horas de

conteúdo presencial e 450 online.

“Deixamos um legado muito importante

de conhecimento para o

nosso setor, nessa retomada no

formato presencial, em um local

acessível e democrático”, ressaltou

Fernanda Delgado, diretoraexecutiva

Corporativa do Instituto

Brasileiro de Petróleo e Gás, o

IBP, na cerimônia de encerramento

do evento.

Pela primeira vez, a Rio Oil &

Gas foi realizada em 6 pavilhões

do Boulevard Olímpico, local que

deve sediar a próxima edição do

evento 2024, segundo Delgado.

A feira contou com a participação

da ABIMAQ que reuniu em

dois espaços coletivos as empresas

Wika do Brasil, Neuman & Esser,

Vulkan do Brasil, Ricefer, Cabos

Lapp, John Crane, Coester, Altra

Motion e Gascat, além de outras

associadas que participaram com

seus estandes individuais nos espaços

da feira.

Em edição histórica,

Mercopar bate recorde

de público e de negócios

Feira contabilizou R$ 430 milhões em negócios

gerados, um crescimento de 77% em relação

ao ano anterior e 35 mil visitantes foram

recebidos no evento.

Depois de quatro dias de intensa programação,

a 31ª edição da Mercopar fez história. Promovida

pelo Sebrae RS e pela Fiergs, a feira de

inovação industrial da América Latina recebeu um

público de 35 mil visitantes, somados acessos presenciais

e virtuais, e contabilizou mais de R$ 430

milhões em negócios gerados – um crescimento de

77% em relação ao ano anterior.

A Mercopar deste ano reuniu 512 expositores

dos segmentos metalmecânico, tecnologia da informação,

energia e meio ambiente, borracha, automação

industrial, plástico, eletroeletrônico, movimentação

e armazenagem, sendo 80 deles startups.

Somadas às gaúchas, estiveram presentes empresas

dos estados de CE, ES, MG, PE, PR, RJ, SC,

SP e do DF. Em 2022, além de ter retomado os quatro

dias de programação, o evento expandiu de forma

considerável ao ampliar em 60% a área ocupada,

totalizando 32 mil metros quadrados de espaço

físico. O evento atendeu ou superou as expectativas

para 98% das empresas expositoras, que também

expressaram a intenção de retornar à Feira na

próxima edição.

“É uma edição que confirma a tendência de um

bom momento para a geração de negócios. A Mercopar

é uma vitrine da força econômica da indústria

nacional, integrando agentes públicos e privados,

desde empresas mais tradicionais e consolidadas

até startups em pleno desenvolvimento”, destacou

o presidente do Sistema FIERGS e do Conselho

Deliberativo Estadual do Sebrae RS, Gilberto

Porcello Petry.

A ABIMAQ, uma das entidades apoiadoras do

evento, esteve presente e mais de 20 empresas associadas

da entidade também marcaram presença,

apresentando suas novidades tecnológicas.

Para Hernane Cauduro, Diretor Regional da

ABIMAQ e também expositor na feira, “a Mercopar

em 2022 se consolida como feira de Inovação e tecnologias

para indústria de transformação”.

A próxima Mercopar já tem data marcada, será

de 17 a 20 de outubro de 2023.


22 INFORMAQ Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

FINANCIAMENTOS

Finep reduz taxas de financiamentos

AFINEP – Financiadora de Estudos

e Projetos apoia as atividades inovadoras

das empresas brasileiras,

com vistas ao aumento da competitividade

nacional e internacional. O apoio da

FINEP abrange todas as etapas do ciclo

de desenvolvimento tecnológico: pesquisa básica,

pesquisa aplicada, inovações e desenvolvimento de

produtos, serviços e processos.

Recentemente houve alteração da composição

da taxa de juros de TJLP (taxa de juros a longo prazo)

para TR (taxa referencial), no qual é divulgada

diariamente pelo Banco Central do Brasil.

FINEP INOVACRED E FINEP INOVACRED CONECTA

› Linha: Finep Inovacred

Essa medida trará para os empresários

redução nas taxas de juros dos financiamentos,

com a expectativa de beneficiar,

as pequenas e médias empresas. A nova

regra é retroativa a 29 de agosto e passa a

valer, inclusive, para projetos já aprovados

pela Finep, mas que ainda aguardam os trâmites finais

para contratação.

Conheca as novas taxas nas tabelas a seguir.

O Departamento de Financiamentos preparou

um material com as principais linhas de crédito voltada

para inovação, acesse o Guia de Inovação

(https://tinyurl.com/yhaxpbmh).

Objetivo Porte Valor Taxa Prazo/ Participação

Econômico Financiamento Carência

Financiar projetos de

desenvolvimento de novos

produtos, processos ou serviços

e aprimoramento dos já

existentes. Ampliar a

competitividade das empresas

no âmbito regional e nacional.

› Linha: Finep Inovacred Conecta

FINEP INOVACRED 4.0

Apoiar a formulação e

implementação de soluções de

digitalização que abarquem a

utilização, em linhas de

produção, de serviços de

implantação de tecnologias

habilitadoras da Indústria 4.0.

FINEP INOVACRED EXPRESSO

Financiamento de operações

com fluxo operacional

simplificado, que visa facilitar o

acesso ao crédito para as micro,

pequeno e médio porte nos seus

esforços de inovação.

Micro e

Empresa de

Pequeno

Porte (EPP)

Pequena

Média I e II

Micro e EPP

Pequena

Média I e II

Objetivo Porte Valor Taxa Prazo/ Participação

Econômico Financiamento Carência

Micro e EPP;

Pequena

Média I e II;

Grande

Até R$ 15

milhões

Até R$ 15

milhões

Até R$ 15

milhões

TR + 4,2% a. a.

TR + 5,5% a. a.

Objetivo Porte Valor Taxa Prazo/ Participação

Econômico Financiamento Carência

TR + 4,2% a.a.

TR + 5,5% a.a.

TR + 4,2% a.a.

TR + 5,5% a.a.

Até 8 anos,

incluída

carência de

até 2 anos

Até 96 meses,

incluída

carência de

até 24 meses

Até

48 meses,

incluída

carência

de até

12 meses

Até 90%

Até 80%

Objetivo Porte Valor Taxa Prazo/ Participação

Econômico Financiamento Carência

Finep Inovacred + condições

diferenciadas quando abarcar

cooperação com ICTs. Do valor

financiado, pelo menos 15% para

ICTs (EMBRAPII, Centros

Nacionais de Inovação,

SIBRATEC, SENAI etc.)

Micro e EPP;

Pequena

Média I

Média II e

Grande

Até R$ 15

milhões

TR + 4,2% a. a.

TR + 5,5% a. a.

Até 11 anos,

incluída

carência de

até 3 anos

Até 100%

Até 90%

Até 80%

Até 100%

Caixa lança Programa

de renegociação

de Dívida

OPrograma Você

no Azul, foi lançado

pela Caixa

para renegociação de

dívidas com descontos para pessoa jurídica e

física, podendo beneficiar 400 mil empresas e

4 milhões de pessoas físicas, com vigência até

29/12/2022.

O valor atrasado pode ser quitado de uma

só vez com desconto especial de até 90%, variando

de acordo com o tipo de empréstimo e

a situação individual de cada contrato.

É possível renegociar contratos:

» Pronampe, FAMPE e FGI - Pagar as parcelas

em atraso das operações FAMPE,

PRONAMPE e FGI, com dispensa parcial

ou total dos juros e multa por atraso. Pausar

contrato PRONAMPE em até 12 parcelas.

» Crédito Rural – Renegociar Crédito Rural

de forma parcelada ou prorrogar o vencimento

da operação, conforme a situação

da colheita/produção, regularização de

contrato em atraso com desconto de juros

e multa.

» Cartão de Crédito – Parcelar sua fatura de

cartão de crédito, com taxas especiais para

atrasos de até 69 dias e acordo de parcelamento

da dívida ou liquidação à vista

com desconto para contratos acima de 69

dias de atraso.

» Empréstimo - Renegociar com unificação

de diferentes tipos de dívida comerciais

em um único contrato, com maior prazo

(até 96 vezes), menor prestação e carência

para o primeiro pagamento.

Incorporar ao saldo devedor até 06 parcelas

em atraso, condicionado ao pagamento de

entrada.

Para renegociar procure sua agência de relacionamento

ou pelos canais de aplicativo e

whatsapp 0800 104 0 104.

› SAIBA MAIS

O Departamento de Financiamentos da ABIMAQ

estará à disposição das empresas associadas

para esclarecer as dúvidas, devendo as consultas

ser enviadas ao e-mail defi@abimaq.org.br.


Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

INFORMAQ

23

FINANCIAMENTOS

BNDES reduz spread na linha para

a produção de bens à exportação

Alinha de crédito que

apoia a produção

de bens para exportação

- Exim Pré-embarque, recentemente

teve mudanças com o

propósito de ofertar melhores condições

no financiamento.

Conheça as alterações:

» O aumento de prazo, que vai

agora até 60 meses (antes era

48) para o Grupo I, que inclui

(bens de capital): máquinas,

equipamentos, ônibus, caminhões,

entre outros;

» Redução dos spreads;

» A criação do grupo de máquinas

e equipamentos eficientes, com

o spread reduzido.

EXIM PRÉ-EMBARQUE

TAXA

DE

JUROS

Custo Financeiro

Remuneração

do BNDES

Remuneração do

Agente Financeiro

PRAZOS

PARTICIPAÇÃO

Crédito para Pagamento 13º Salário

Os itens que podem ser

apoiados nas condições do

Exim Pré Maquinas e Equipamentos

Eficientes incluem da

lista do Finame 4.0 e da lista do

Finame Baixo Carbono;

» Apoio (para financiamentos em

dólar) com custo também em

SOFR ou Treasury, que, em geral,

são um pouco mais baixas

que a Libor.

Confira as condições para operações

contratadas até 31/12/2022,

no limite ao equivalente em dólares

a R$ 150 milhões por Grupo

Econômico, incluindo as operações

efetuadas nas modalidades direta e

indireta:

Equipamentos Eficientes

Bens no Grupo I

100% TLP ou Libor ou Treasury ou SOFR ou TS*

0,65% a.a. 0,75% a.a.

a ser negociada entre o

Agente Financeiro e o Cliente

Embarque: 5 anos

Amortização: 4 anos

MPME: até 100% do valor do Compromisso de

Exportação no Incoterm FOB, expresso em

dólares dos EUA ou em euros.

Grande: até 80% do valor do Compromisso de

Exportação no Incoterm FOB, expresso em

dólares dos EUA ou em euros.

* No caso de operação com Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME),

também é permitido o uso da Taxa Fixa do BNDES.

Com a aproximação

do pagamento

de 13º salário, o

Departamento de Financiamento

da ABI-

MAQ preparou uma

coletânea com as opções

de financiamento

para capital de giro de diversas

Instituições Financeiras.

Para aumentar as possibilidades

de acesso ao crédito para

as micro, pequenas e médias empresas,

o PEAC FGI é um instrumento

utilizado para complementar

garantias de operações

de financiamento, inclusive para

capital de giro, seja com recursos

das próprias instituições financeiras

ou do BNDES.

Muitas vezes, o

empréstimo não se

concretiza porque a

empresa não consegue

oferecer garantias

suficientes para ter o

crédito aprovado. Utilizando

o PEAC FGI, pode

ampliar as chances, pois compartilha

o risco assumido pelo

banco.

No link abaixo apresentamos

um quadro contendo informes

resumidos sobre as linhas de crédito

disponibilizadas pelos bancos

e cooperativas.

Acesse o material em:

https://tinyurl.com/j9wa2tmx

COMÉrCIO EXTErIOr

Agenda de Negociações do

Mercosul: saldo e perspectivas

para o próximo ano

Canadá pode ser priorizado e Acordo com

Singapura deve ser assinado em novembro

Dentro de um cenário

de dificuldades

econômicas

e políticas globais, o

Mercosul busca encerrar

o ano e a Presidência

Pro Tempore Uruguaia

com a assinatura do

Acordo com Singapura, atualmente

na fase de revisão legal,

na Cúpula de Presidentes. Ainda

na frente extrarregional, a tentativa

de avançar na aprovação do

acordo negociado com a União

Europeia (UE) se consolida

como esforço permanente do

bloco, mas sem resultados significativos.

Segundo o Ministério

das Relações Exteriores (MRE),

o momento é de preparar as bases

para retomada efetiva das negociações

no ano que vem.

Em reunião realizada com a

ABIMAQ em outubro de 2022, o

diretor do Departamento de Negociações

Comerciais do MRE,

Ministro Philip Fox-Drummond

Gough, ressaltou que o Canadá

tem o potencial para ser a agenda

prioritária no próximo ano. As

negociações com o país, lançadas

ainda em 2018, se encontram

num estágio avançado, já na sétima

rodada. A pandemia de Covid-19,

no entanto, provocou uma

paralisação significativa no andamento

das tratativas. Embora

o setor de Máquinas e Equipamentos

responda a uma pequena

parcela do valor exportado atualmente

para o país, segundo estudo

da Coalizão Empresarial

Brasileira (CEB), realizado em

2014, do conjunto de 270 produtos

com potencial de venda no

mercado canadense, 45 pertencem

ao setor, com destaque para

motores, bombas, compressores

e equipamentos de transmissão

e os tratores e máquinas e equipamentos

para a agricultura

e pecuária.

A política ambiental

brasileira, em especial

para a Amazônia,

ainda não tem apresentado

impactos significativos

sobre o posicionamento

canadense em relação à

negociação do acordo. O governo

do país tem se resguardado no

fato de que o acordo inclui disposições

de proteção ao meio

ambiente.

Em relação ao acordo com a

UE, o saldo atual aponta para um

número muito grande de questões

complicadoras nas negociações:

se, por um lado, ainda restam

assuntos não encerrados,

havendo resistência argentina sobre

o tema das Indicações Geográficas

(IGs), por outro, o texto

do acordo - em fase de revisão

legal - enfrenta oposição consolidada

em relação ao uso do splitting,

uma estratégia para aprovar

apenas a parte do acordo sobre

liberalização comercial, evitando

a necessidade de unanimidade

no Conselho Europeu e de ratificação

nos parlamentos nacionais.

A side letter europeia sobre

compromissos ambientais adicionais

do Mercosul, por sua vez,

existe, mas seu envio ainda depende

da aprovação de todos os

Estados-membros.

Por fim, as negociações com

Coreia do Sul e Indonésia se encontram

sem avanços significativos.

No primeiro caso, permanece

o impasse nas negociações,

já que não se encontrou receptividade

do lado coreano para aceitar

a nova oferta do bloco após a

saída da Argentina das tratativas.

Em relação à Indonésia, a primeira

rodada de negociações só

será realizada ano que vem.


24 INFORMAQ Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

COMÉrCIO EXTErIOr

ABIMAQ e ApexBrasil negociam

aditivo do Programa Brazil Machinery

Solutions para o ano de 2023

Com o fim da vigência do atual convênio, BMS deve

ser estendido até setembro do próximo ano

Com o objetivo de

dar continuidade

às ações de promoção

das exportações

brasileiras de máquinas

e equipamentos, ABIMAQ e Apex-

Brasil negociam a extensão do projeto

setorial Brazil Machinery Solutions,

parceria de 22 anos entre a

Associação e a Agência. O atual Convênio

de Cooperação Técnica e Financeira

do Programa Brazil Machinery

Solutions tem data prevista de

encerramento para o mês de março

de 2023. Com os cancelamentos e

postergações de ações antes previstas

para 2021 - impactadas pela pandemia

e pela mobilidade internacional

reduzida - outras ações deverão compor

o calendário que se estenderá até

o mês de setembro de 2023.

Muitas das ações

que não aconteceram

nos dois últimos anos

foram postergadas e

aconteceram ou estão

previstas para acontecer entre os

anos de 2022 e 2023. A equipe do

programa BMS, com o apoio das

empresas participantes, colaborou

para a construção de uma agenda

tentativa que deve englobar ações

de bastante importância para as empresas

do setor, focada nas necessidades

e mercados dos fabricantes

de máquinas e equipamentos e na

estratégia de promoção comercial

desenvolvida em 2022.

A programação para o período de

extensão conta com o já tradicional

Projeto Comprador Agrishow - ação

na qual potenciais compradores estrangeiros

são convidados para reuniões

presenciais com empresas brasileiras

fabricantes de máquinas e

equipamentos -, o Projeto Imagem

para as feiras Expomafe, Plástico

Brasil e Agrishow - ação na qual formadores

de opinião e jornalistas são

convidados pelo programa para conhecer

as principais tecnologias desenvolvidas

pelas empresas brasileiras

nas feiras da ABIMAQ, além das

feiras internacionais: Expomin

(Chile, para o setor de mineração),

Nampo (África do Sul, para o setor

agrícola), Interpack (Alemanha, para

o setor alimentício e de embalagens),

para mencionar algumas.

“É muito importante para as empresas

brasileiras o apoio do programa

BMS. A participação já usual

no projeto acaba sendo incorporada

à estratégia de atuação internacional

das fabricantes nacionais de máquinas

e equipamentos. Caso a proposta

de aditivo seja confirmada, as empresas

poderão contar com o nosso

suporte para garantir presença nas

ações mais importantes para o setor”,

comenta a Diretora Executiva

de Mercado Externo da ABIMAQ,

Patrícia Gomes, a respeito da relevância

e estratégia das ações do projeto

setorial. A primeira ação que deverá

compor o calendário adicional

é uma rodada de negócios, prevista

para acontecer em Belo Horizonte,

com foco no setor de mineração.

Participe do Programa de promoção

das exportações do setor de máquinas

e equipamentos, o Brazil Machinery

Solutions (BMS). Acesse:

https://tinyurl.com/7zzvdd5z

Messe Düsseldorf/ctillmann

70º aniversário da feira K, maior evento

da indústria do plástico para o mercado

europeu, marca a edição de 2022

Empresas brasileiras reforçam a importância da indústria nacional com

participação na feira, apoiada pelo programa Brazil Machinery Solutions

Aproximadamente 175 mil visitantes

visitaram a edição de 2022 da

feira K, na cidade alemã de Düsseldorf,

entre os dias 19 e 26 de outubro.

Apesar da queda de visitantes, quase

21% em comparação à edição de

2019, a feira foi espaço de intensas negociações,

apresentação de tecnologias inovadoras

e discussões importantes acerca do uso do plástico.

A centralidade da tecnologia alemã na cadeia global

do plástico e da borracha é reconhecida mundialmente,

o que reforça a feira K como vitrine internacional

para tudo o que se discute a respeito do

produto e seus derivados.

A feira K é realizada a cada três anos, e a edição

de 2022 marcou seu septuagésimo aniversário. Os

dados da organização confirmam que mais de 175

mil visitantes, oriundos de 157 países, visitaram a

edição de 2022. Destes visitantes, cerca de 70% eram

de fora da Alemanha, com principais origens

nos Países Baixos, Itália, Turquia,

França, Bélgica, Polônia e Espanha. A reduzida

participação de visitantes chineses

ajuda a explicar a queda de participantes,

já que o país enfrenta novos surtos

de Covid-19 e tem aplicado severos

regulamentos de quarentena.

As empresas brasileiras CARNEVALLI, ELETRO-

FORMING (LAKATOS), MECALOR e RULLI

STANDARD estiveram presentes e expuseram na

edição 2022 com o apoio do programa Brazil Machinery

Solutions. “Por meio de um apoio individualizado,

pudemos garantir a participação de 4 empresas

brasileiras fabricantes de tecnologia para o setor. A

ação é fundamental para dar visibilidade à tecnologia

desenvolvida e produzida no Brasil”, reforça Patrícia

Gomes, Diretora Executiva de Mercado Externo da

ABIMAQ. A economia circular do plástico, mudanças

climáticas e processo de digitalização foram temas

recorrentes nas apresentações que aconteceram durante

os oito dias de feira. Reforçando a participação

institucional da ABIMAQ, o Presidente da Câmara

Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria

do Plástico (CSMAIP), Sr. Amilton Mainard, também

esteve presente e representou a Associação em reuniões

com outras associações internacionais e representantes

da feira, durante os dias de evento.

O setor de máquinas e equipamentos para a indústria

plástica e gráfica tem se recuperado das quedas

nas exportações nos anos de 2019 e 2020. O ano

de 2021 apresentou números bastante positivos, ainda

que inferiores aos de 2017. A recuperação no ano

de 2022 tem acontecido de maneira bastante positiva.

Quando comparado ao primeiro semestre de

2021, o primeiro semestre de 2022 apresentou um

acréscimo de 34% nas exportações, totalizando

aproximadamente 56 milhões de dólares.


Ano XXIII • nº 271 • Novembro de 2022

INFORMAQ

25

ECONOMIA

» Departamento de competitividade, economia e estatística

Acesse as pesquisas e estudos especiais do setor. » Tel.: (11) 5582-6347

» Site: https://bit.ly/2TRFF5z » E-mail: deee@abimaq.org.br

Desempenho do setor de máquinas e equipamentos apresenta

nova alta em setembro, mas tendência do ano é de queda

› QUADRO GERAL

Em setembro de 2022 a indústria brasileira de

máquinas e equipamentos registrou crescimento

nas receitas líquidas de venda. No período houve

incremento tanto na comparação com o mesmo

mês do ano anterior (0,1%) como na comparação

mensal com ajuste sazonal (2,6%). No ano

( jan/set22), o setor reduziu a queda acumulada

para 4,4%, ante -5,1% em agosto. Este número

resultou da melhora nas vendas no mercado

doméstico, as exportações quando medidas em

reais recuaram no mês de setembro.

As exportações de máquinas e equipamentos

recuaram para US$ 1,04 bilhão, anulando parte

do crescimento do mês de agosto. No mês

agosto o setor havia exportado US$ 1,26 bilhão

em máquinas e equipamentos, o melhor

resultado desde out2012. Apesar do recuo no

ano ( jan/set22), o setor exportou US$ 8,9

bilhões, um crescimento de 25,2% sobre o

mesmo período de 2021, o equivalente a 20% da

receita total do setor. Em quantum (unidades

físicas), o crescimento das exportações do

período foi de 12,8%.

O mês de setembro de 2022 registrou queda

nas importações de máquinas e equipamentos em

relação ao mês de agosto (-1,9%), mas crescimento

de 12,8% em relação ao mesmo mês do ano

anterior. Na ponta, ainda que setembro tenha

registrado leve recuo, as importações encontramse

em patamar elevado (acima de US$ 2 bi),

próximo ao observado no período anterior à crise

financeira iniciada em 2015. No ano ( jan/set22),

houve um incremento de 13,2% nas importações

de máquinas e equipamentos no Brasil, um total de

US$ 18,2 bi ante US$ 16,0 bi no mesmo período de

2021, ou de 8,7% em unidades físicas.

O consumo aparente de máquinas e

equipamentos, resultado da soma das máquinas

importadas com as produzidas localmente e

direcionadas ao mercado interno, registrou

crescimento na comparação com o mês anterior

de 4,4% com ajuste sazonal. Na comparação

interanual, o consumo também cresceu (+0,7%)

interrompendo uma série de 8 quedas

DESEMPENHO MENSAL • RECEITA LÍQUIDA

PERÍODOS SELECIONADOS - EM R$ BILHÕES

42,0

33,0

24,0

15,0

6,0

Mês / Mês anterior = +4,7 (+2,6% CAS)

Mês / Mês do ano anterior = +0,1%

Média 2010 - 2013 Média 2016 - 2017 2020 2021 2022

consecutivas neste tipo de comparação.

No período, houve crescimento de 2,3% na

aquisição de máquinas produzidas localmente,

mas queda de 3,1% nas importações quando

medidas em reais.

› NUCI, PEDIDOS e EMPREGOS

No mês de setembro de 2022, o nível de ocupação

da capacidade instalada (NUCI) da indústria de

máquinas e equipamentos recuou 0,2 p.p., anulou

parte do crescimento observada em agosto (1 p.p.)

e ficou 4,7% abaixo no nível registrado em

setembro de 2021. Em média, o setor fabricante

de máquinas e equipamentos, atuou, nos últimos

12 meses, com 79% da sua capacidade instalada.

A carteira de pedido, medida em número de

Ano / Ano anterior = -4,4%

12 meses / 12 meses anteriores = -2,6%

37,49

21,48

29,73

27,20

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

› 2022 = -26,5% contra a média de 2010-2013

Fonte: DCEE/ABIMAQ. Nota: Deflator utilizado – coluna 32 – FGV

semanas para atendimento, registrou queda de

2,9% e atingiu 11,1 semanas, nível 10,3% abaixo do

observado em setembro de 2021. No ano, a

carteira de pedidos ficou 3,7% abaixo da observada

na média do ano anterior, 11,5 semanas.

Já o número de pessoas empregadas na

indústria brasileira de máquinas e equipamentos

registrou aumento de 0,1% em relação ao mês de

agosto de 2022 e atingiu o patamar de 399,2 mil.

Em relação ao mês de setembro de 2021, o setor

ampliou o seu quadro em 16.518 pessoas. O

maior número de contratação de mão de obra,

durante o mês de setembro, ocorreu nos setores

fabricantes de componentes para bens de capital

e de máquinas para bens de consumo

(+0,60% e 0,61% respectivamente).


26 INFORMAQ Ano XXIII • nº 270 • Outubro de 2022

rEFLEXÃO › JOÃO ALFrEDO SArAIVA DELGADO

Diretor Executivo de Tecnologia da ABIMAQ

A INDÚSTrIA NO METAVErSO

AABIMAQ realizou no último dia 08

de novembro a 16ª edição de seu

principal evento de Inovação, o ABI-

MAQ Inova, que este ano trouxe o tema “A

Indústria no Metaverso”. E muitos me

questionaram sobre o que vem a ser metaverso

e se realmente via alguma aplicação

na indústria.

O Metaverso, segundo a wikipédia, é a

terminologia utilizada para indicar um tipo

de mundo virtual que tenta replicar a realidade

através de dispositivos digitais. É um

espaço imersivo coletivo que une real e virtual

de maneira compartilhada, constituído

pela soma de "realidade virtual", "realidade

aumentada" e "Internet".

Esse espaço imersivo permite a interação

entre as pessoas para trabalhar, estudar,

brincar, fazer compras, se relacionar,

enfim, ter uma vida social completa, de

forma que deixem de ser apenas observadores

virtuais. Isso é possível pela construção

de seus avatares, uma projeção da

pessoa real no ambiente virtual. Várias

dessas tecnologias são as que chamamos

de habilitadoras para a indústria 4.0 e difundidas

para os demais setores pela Indústria

de Máquinas e Equipamentos.

A ABIMAQ tem tratado do tema "Indústria

4.0” desde 2012, quando ajudou a implementar

um centro de treinamento em

comissionamento virtual no Instituto Mauá

de Tecnologia- IMT. Esse foi um divisor de

águas para nós que, desde então, tem trazido

o que há de mais atualizado em termos

de tecnologia para apresentar a seus associados.

As principais tecnologias associadas

ao Metaverso são: o Gêmeo e simulador Digital,

a Inteligência Artificial, o Data Analytics,

a Realidade Aumentada, os Óculos de

realidade virtual, o 5G (e proximamente o

6G), o IoT, a WEB3.0, o Blockchain e a NFT.

Logo que o Mark Zuckerberg anunciou

que facebook seria uma das plataformas,

Esse ambiente vai além de

games, e já está

impactando as empresas

industriais, permitindo

treinamento de pessoal de

forma imersiva,

principalmente em tarefas

insalubres, mas também

permitindo manutenção de

equipamentos de forma

remota ou auxiliando

técnicos em campo com

informações

complementares

mas não mais o nome da empresa, que adotaria

o nome de META, a curiosidade sobre

o metaverso explodiu e ao mesmo tempo

trouxe receios às empresas para entenderem

como poderiam aplicar esse conceito

em seus negócios.

Várias empresas estão se preparando

para entrar nesse ambiente, para fazer negócios

e o próprio Banco Central do Brasil

deve lançar em meados de 2023 o Real digital,

nossa criptomoeda, que poderá ser

utilizada também no Metaverso. Esse ambiente

vai além de games, e já está impactando

as empresas industriais, permitindo

treinamento de pessoal de forma imersiva,

principalmente em tarefas insalubres,

mas também permitindo manutenção de

equipamentos de forma remota ou auxiliando

técnicos em campo com informações

complementares.

Para a indústria de máquinas, uma máquina

virtual pode ser comissionada e testada

num ambiente virtual, dando segurança

de sua funcionalidade para os clientes,

indo além de uma simples loja virtual.

Um pouco de tudo isso pode ser visto

no evento “A Indústria no Metaverso”

que trouxe casos concretos de utilização

dessas tecnologias que juntas prometem

revolucionar a forma como nossa economia

funciona.

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