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Florestal_246Web

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PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

Conheça os vencedores do maior prêmio do setor de base florestal de 2022<br />

PRODUTIVIDADE<br />

MANUTENÇÃO COM O FABRICANTE<br />

GARANTE MELHOR DISPONIBILIDADE<br />

E EFICIÊNCIA NA COLHEITA<br />

PRODUCTIVITY<br />

MAINTENANCE WITH THE MANUFACTURER<br />

ENSURES BETTER AVAILABILITY<br />

AND HARVEST EFFICIENCY


Período de chuva<br />

não é brincadeira.<br />

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de demonstração do<br />

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resistente à água.<br />

*Testada a eficácia com até 20mm de chuva.<br />

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ATENÇÃO: ESTE PRODUTO É PERIGOSO À SAÚDE HUMANA, ANIMAL E AO MEIO AMBIENTE. USO AGRÍCOLA; CONSULTE SEMPRE UM AGRÔNOMO; INFORME-SE E REALIZE<br />

O MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS; SIGA AS ORIENTAÇÕES DA BULA PARA O DESCARTE CORRETO DAS EMBALAGENS E RESTOS OU SOBRAS DE PRODUTOS; LEIA<br />

ATENTAMENTE E SIGA AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO E BULA OU FAÇA-O A QUEM NÃO SOUBER LER; UTILIZE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.


ÀS 19 HORAS<br />

29 DE NOVEMBRO<br />

Transmissão ao vivo em nosso canal:<br />

@revistareferencia<br />

VEM AÍ!<br />

PATROCINADORES:<br />

ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE<br />

MADEIRAS E DERIVADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


E D I Ç Ã O<br />

A N O S<br />

PAINEL DA MADEIRA<br />

PALESTRANTES:<br />

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DERYCK PANTOJA MARTINS<br />

EVALDO MUÑOZ BRAZ<br />

PAULO PUPO<br />

RAFAEL MASON<br />

Diretor Técnico da AIMEX<br />

(Associação das Indústrias<br />

Exportadoras de Madeira<br />

do Estado do Pará)<br />

Pesquisador da<br />

EMBRAPA Florestas<br />

Superintendente da Abimci<br />

(Associação Brasileira da<br />

Indústria de Madeira Processada<br />

Mecanicamente)<br />

Presidente da CIPEM<br />

(Centro das Indústrias Produtoras<br />

e Exportadoras de Madeira do<br />

Estado de Mato Grosso)<br />

Gostaria de participar do jantar do PRÊMIO REFERÊNCIA 2022?<br />

Compre seu ingresso antecipado pelo whats: (41) 99968-4617 ou<br />

pelo e-mail: comercial@revistareferencia.com.br<br />

Últimas unidades<br />

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revistareferencia.com.br<br />

comercial@revistareferencia.com.br


SUMÁRIO<br />

NOVEMBRO 2022<br />

50<br />

EXCELÊNCIA<br />

EM ATENDER<br />

08 Editorial<br />

10 Cartas<br />

12 Bastidores<br />

14 Notas<br />

32 Coluna Cipem<br />

34 Frases<br />

36 Entrevista<br />

48 Coluna<br />

50 Principal<br />

56 Minuto Floresta<br />

58 Tecnologia<br />

62 Proteção Ambiental<br />

66 Prêmio REFERÊNCIA<br />

72 Regulamentação<br />

76 Economia<br />

82 Pesquisa<br />

88 Agenda<br />

90 Espaço Aberto<br />

58<br />

72<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

13 Agroceres<br />

07 Bayer<br />

11 BKT<br />

17 Carrocerias Bachiega<br />

57 Codornada <strong>Florestal</strong><br />

75 D’Antonio Equipamentos<br />

92 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

27 DRV Ferramentas<br />

33 Emex<br />

47 Engeforest<br />

65 Expoforest<br />

85 Feldermann Forest<br />

81 Felipe Diesel<br />

49 Fex<br />

87 Fischer Máquinas<br />

43 Flamar Implementos<br />

45 Francio Soluções Florestais<br />

41 J de Souza<br />

09 Komatsu Forest<br />

15 Liebherr<br />

91 Log Max<br />

25 Lufer Forest<br />

23 Manos Implementos<br />

61 Mill Indústrias<br />

21 MSC Cargo<br />

39 Neocert<br />

04 Prêmio REFERÊNCIA<br />

19 Rotary-Ax<br />

35 Rotor Equipamentos<br />

79 Shopping da Indústria<br />

29 Tecmater<br />

31 Vantec<br />

37 WDS Pneumática<br />

06 www.referenciaflorestal.com.br


EDITORIAL<br />

Por pessoas,<br />

para pessoas<br />

A indústria de base florestal cada dia mais se torna um forte braço da<br />

economia do país. Gera empregos, movimenta a economia interna e externamente,<br />

com crescimento sustentável e protegendo o meio ambiente. E<br />

é assim, pois é feito por pessoas compromissadas com o melhor para a sua<br />

cidade ou Estado. São produtores de pequeno, médio e grande porte, que<br />

através do trabalho de base florestal transformam a realidade de famílias e<br />

consequentemente, de toda a população local. É uma indústria que movimenta<br />

milhões graças ao trabalho e cuidado de cada par de mãos envolvido<br />

na cadeia produtiva. Nessa edição o leitor confere o trabalho da Log Max,<br />

que além de equipamentos de alto padrão, preza pelo atendimento e atenção<br />

com o cliente como uma das chaves para os negócios, o crescimento<br />

do setor de silvicultura no país, o importante trabalho de regulamentação<br />

realizada em Minas Gerais, a lista completa com os vencedores do Prêmio<br />

REFERÊNCIA 2022 e uma entrevista exclusiva com Mariana Schuchovski,<br />

presidente da Rede Mulher <strong>Florestal</strong>, associação que promove discussões<br />

sobre equidade de gênero no setor florestal. Ótima leitura!<br />

2<br />

1<br />

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<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Na capa desta edição a<br />

Log Max, fabricante de<br />

cabeçotes florestais que se<br />

destaca pelo atendimento<br />

ao cliente<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXIV • Nº246 • Novembro 2022<br />

PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

PRODUTIVIDADE<br />

MANUTENÇÃO COM O FABRICANTE<br />

GARANTE MELHOR DISPONIBILIDADE<br />

E EFICIÊNCIA NA COLHEITA<br />

Conheça os vencedores do maior prêmio do setor de base florestal de 2022<br />

PRODUCTIVITY<br />

MAINTENANCE WITH THE MANUFACTURER<br />

ENSURES BETTER AVAILABILITY<br />

AND HARVEST EFFICIENCY<br />

BY THE PEOPLE, FOR THE PEOPLE<br />

The forest-based industry is increasingly becoming a solid arm of the<br />

Country’s economy. It generates jobs and income internally and externally,<br />

with sustainable growth and protection of the environment. And so, it is<br />

because it is managed by committed people with the best interests of their<br />

city or state. They are small, medium, and large producers who, through<br />

forest-based work, transform the reality of families and the entire local<br />

population. Moreover, it is an industry that moves millions thanks to the<br />

work and care of every pair of hands involved in the production chain. In<br />

this issue, the reader can appraise the work of Log Max that in addition to<br />

producing high-standard equipment, values customer service and attention<br />

to one of the keys to its business; the growth of the Forestry Sector in the<br />

Country; the vital work of regulating efforts in the State of Minas Gerais;<br />

the complete list of the winners of the 2022 REFERENCIA AWARD; and an<br />

exclusive interview with Mariana Schuchovski, President of the Forest Women’s<br />

Network, an association that promotes discussions on gender equity in<br />

the Forest-based Sector. Pleasant Reading.<br />

Entrevista com<br />

Mariana<br />

Schuchovski<br />

Confira os vencedores do<br />

Prêmio REFERÊNCIA 2022<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXIV - EDIÇÃO 246 - NOVEMBRO 2022<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Vinicius Santos<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Me Hua Bernardi<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Midias Sociais / Social Media<br />

Andrew Holanda<br />

Cainan Lucas<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal - Carlos Felde<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Cristiane Baduy<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br


CARTAS<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

ENTREVISTA<br />

Evaldo Braz, pesquisador da EMBRAPA, trata da importância do manejo florestal<br />

Capa da Edição 245 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de outubro de 2022<br />

<br />

<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Ano XXIV • Nº245 • Outubro 2022<br />

MORE THAN HALF A<br />

CENTURY OF HISTORY<br />

FIND OUT HOW THE ANT BAIT<br />

CAME ABOUT IN BRAZIL<br />

MAIS DE MEIO<br />

SÉCULO DE HISTÓRIA<br />

SAIBA COMO SURGIU<br />

A ISCA FORMICIDA NO BRASIL<br />

CAPA<br />

Por Márcia Cavalcante, Contagem (MG)<br />

A história da empresa está diretamente ligada à produção dos formicidas no<br />

Brasil e é um grande orgulho saber que temos pessoas com compromisso e<br />

dedicação para a floresta produzir mais e melhor.<br />

ENTREVISTA<br />

Por Daniel Rezende, Palhoça (SC)<br />

Esse tipo de trabalho fortalece o setor e coloca o produtor florestal na<br />

vanguarda tecnológica. É importante mostrar que a base florestal está<br />

conectada com o que há de melhor para o crescimento da produção.<br />

Foto: divulgação<br />

FEIRA<br />

Por Joaquim Moreira, Caçador (SC)<br />

Como é bom ver o setor se reunindo e movimentando depois do período<br />

parado. Compartilhar experiências e encontrar com clientes e amigos é<br />

chave para o crescimento.<br />

Foto: Malinovski<br />

ACOMPANHE AS PUBLICAÇÕES DA REVISTA TAMBÉM EM NOSSAS REDES SOCIAIS<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

10 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


BASTIDORES<br />

Revista<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

FEIRA<br />

O diretor executivo da Revista<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL, Pedro<br />

Bartoski Jr. ao lado do comercial da<br />

Planalto Picadores, Édson Oliveira,<br />

durante a Lignum Latin America.<br />

SEM CHOQUE<br />

Os funcionários<br />

da Jota Editora se<br />

mobilizaram e fizeram<br />

uma ação para<br />

lembrar o mês da<br />

prevenção do câncer<br />

de mama. “Um dia<br />

muito especial, em<br />

que os colaboradores<br />

se mobilizaram para<br />

lembrar desse mês<br />

tão importante para<br />

a saúde humana”,<br />

resumiu Pedro<br />

Bartoski Jr., diretor<br />

executivo da empresa.<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

ECONOMIA FORTE<br />

ALTA<br />

A previsão do mercado financeiro para o crescimento<br />

da economia brasileira em 2022 subiu de 2,71% para<br />

2,76%, segundo informações da Agência Brasil. Essa<br />

nova estimativa foi publicada no boletim Focus, pesquisa<br />

divulgada semanalmente pelo BC (Banco Central),<br />

em Brasília (DF), com a projeção para os principais indicadores<br />

econômicos. Para o próximo ano, a expectativa<br />

para o PIB (Produto Interno Bruto) - a soma de todos os<br />

bens e serviços produzidos no país - é de crescimento<br />

de 0,63%. Em 2024 e 2025, o mercado projeta expansão<br />

do PIB em 1,8% e 2%, respectivamente. A previsão<br />

para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor<br />

Amplo) - considerada a inflação oficial do país - também<br />

variou para baixo, de 5,62% para 5,6% neste ano. É a<br />

17ª redução consecutiva na projeção. Para 2023, a estimativa<br />

de inflação ficou em 4,94%. Para 2024 e 2025, as<br />

previsões são de 3,5% e 3%, respectivamente.<br />

12 www.referenciaflorestal.com.br<br />

NOVEMBRO 2022<br />

CENSURA DA IMPRENSA<br />

A imprensa livre é uma das bases da democracia e essa instituição<br />

recebeu um duro golpe do judiciário. A licença para<br />

realização de censura antes da realização do segundo turno<br />

das eleições. Segundo a ministra Cármem Lúcia, é uma exceção<br />

ao que o judiciário trabalha normalmente, mas que a situação<br />

atual do país trouxe abertura para essa possibilidade. Esse tipo<br />

de atitude é altamente danosa ao exercício da profissão de jornalistas,<br />

que já têm uma opinião pública de julgamento, além<br />

de legislações punitivas dentro do código civil. O precedente<br />

aberto pela decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) produz<br />

riscos irreparáveis, principalmente por possibilitar uma decisão<br />

monocrática de algum juiz. A responsabilidade de julgamento<br />

é do público e da justiça posteriormente ao trabalho feito e<br />

não de maneira prévia e autoritária. Lutar por um país melhor<br />

é também lutar pela liberdade de cada cidadão no exercício de<br />

sua profissão e no direito total de se expressar.<br />

BAIXA


Desde 2015 produzindo resultados e soluções<br />

nas operações do controle das formigas cortadeiras.<br />

1.170.000 ha realizados com monitoramento.<br />

440.000 ha de operações mecanizadas e georreferenciadas com emissão de<br />

relatórios gerenciais para análises entre realizado e recomendado<br />

17.500 profissionais capacitados em operações de controle das formigas cortadeiras.<br />

Acompanhamento por indicadores de resultado.<br />

Altos níveis de resultados pós controle, com redução da infestação e dos danos<br />

econômicos na área plantada.<br />

Otimização das doses recomendadas e dos custos operacionais.


NOTAS<br />

Celebração no segmento<br />

A APEF (Associação Paranaense de Engenheiros Florestais) completou 55 anos em 2022. A mais antiga associação<br />

de engenheiros florestais do país celebrou com um jantar a história de muito trabalho para fortalecer e dar<br />

apoio para os profissionais.<br />

Marcelo Langer, tesoureiro da APEF, falou que o jantar foi uma grande celebração e uma oportunidade de reunir,<br />

no melhor sentido da palavra, engenheiros florestais de gerações diferentes, que se formaram desde as primeiras<br />

turmas de engenharia florestal do Paraná. “Pudemos homenagear fundadores, membros atuais, profissionais que<br />

trabalharam para o fortalecimento da APEF e também mostrar para os estudantes que estavam lá a importância da<br />

associação para o engenheiros”, celebrou Marcelo.<br />

O tesoureiro comenta que a APEF vive um bom momento em relação a administração e hoje, além da tradição,<br />

tem uma estrutura definida para garantir a continuidade do trabalho da entidade. “Hoje temos capacidade de interagir<br />

com o legislativo, agrupamentos da sociedade civil e outros órgãos públicos para fortalecer a atividade do<br />

engenheiro florestal”, destaca Marcelo.<br />

Um dos trabalhos mais importantes feitos pela APEF é a luta contra o sombreamento de áreas de trabalho. Muitos<br />

profissionais de áreas próximas da engenharia florestal, mas que não podem atuar dentro do segmento tomam<br />

espaços de engenheiros no mercado de trabalho. “Biólogos ou agrônomos têm muito conhecimento em suas áreas,<br />

mas planos de manejo, desenvolvimento de plantio florestal e tantas outras atividades que muitas vezes são solicitadas<br />

são de responsabilidade do engenheiro florestal, e esse espaço é um que lutamos com muita ênfase”, defende<br />

Marcelo.<br />

O tesoureiro comenta que a APEF trabalha também em relação à difusão de conhecimento e fortalecimento<br />

dos departamentos acadêmicos, que precisam de atenção e investimento. “Oferecemos cursos e nos colocamos a<br />

disposição de estudantes para sanar dúvidas sobre mercado de trabalho e sobre a atuação do engenheiro uma vez<br />

formado”, explica Marcelo.<br />

Fotos: APEF<br />

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NOTAS<br />

Investimento<br />

que dá retorno<br />

A FIEMT (Federação das Indústrias de Mato<br />

Grosso), por meio do Observatório da Indústria,<br />

junto com a PAGE (Parceria para Ação em Economia<br />

Verde), instituição ligada à ONU (Organização<br />

das Nações Unidas), realizaram o evento Valores<br />

Enraizados – Indústria verde e o futuro de Mato<br />

Grosso. Trata-se de um projeto inovador, dedicado<br />

ao setor de base florestal, que aconteceu no início<br />

de outubro, em Sinop (MT). O evento também é<br />

uma oportunidade para promover a integração do<br />

segmento.<br />

Na ocasião, foram apresentados resultados<br />

de um estudo inédito feito com empresários de<br />

várias cidades mato-grossenses ligados ao setor.<br />

A partir dele, foi realizado um mapeamento do<br />

processo de produção real em todas as cadeias<br />

de valor, bem como áreas protegidas (florestas),<br />

áreas degradadas e agrícolas mais adequadas para<br />

o desenvolvimento de segmento.<br />

O presidente da FIEMT, Gustavo de Oliveira,<br />

explica que durante o estudo foram ouvidos<br />

empresários do setor com o intuito de conhecer a<br />

realidade dos empreendedores, dos trabalhadores<br />

e dos produtos. “Os resultados desses projetos demonstram<br />

oportunidades de negócio que podem<br />

transformar o setor de base florestal e promover<br />

o desenvolvimento industrial verde em Mato Grosso”,<br />

destacou Gustavo.<br />

O estudo ainda apresenta opções de negócio<br />

como o uso de MLC (madeira laminada colada)<br />

de madeira nativa, que trata de uma tecnologia<br />

aplicada agregando mais valor à produção da base<br />

florestal. Além disso, contem informações da evolução<br />

do manejo florestal e a conexão sustentável<br />

com a indústria mato-grossense.<br />

Segundo Pedro Máximo, gerente de economia<br />

e do Observatório da Indústria, o estudo traz<br />

opções de negócios para agregar valor ao setor e<br />

o economista estima que um investimento médio<br />

de R$ 18 milhões para a abertura de indústria de<br />

MLC, sendo capaz de gerar R$ 71 milhões de impacto<br />

direto e indireto na produção da economia.<br />

“São R$ 40 milhões estimados em faturamento<br />

anual e R$ 6 milhões estimados em ICMS anual”,<br />

explicou Pedro.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Madeira catalogada<br />

Foi apresentado ao público na 16ª Feira do Livro de Dom<br />

Pedrito, o Livro Madeiras do Rio Grande Do Sul. A obra traz a<br />

descrição microscópica de 34 espécies nativas, exóticas e tem<br />

como autora a professora de Dom Pedrito, Anabela Silveira<br />

de Oliveira e coautores Sidinei Rodrigues dos Santos e José<br />

Newton Cardoso Marchiori. O livro dá continuidade a uma série<br />

de publicações sobre a anatomia de espécies nativas e cultivadas<br />

no Estado do Rio Grande Sul, iniciada em 2009, e que visa<br />

compor um atlas microscópico abrangente sobre a flora lenhosa<br />

regional. São apresentadas 34 espécies, salientando-se, entre<br />

as exóticas, as bem conhecidas acácia-negra (Acacia mearnssi) e<br />

acácia-mimosa (Acacia podaliriifolia). Entre as nativas incluem-se<br />

algumas espécies arbustivas do gênero Baccharis, Heterothalamus,<br />

Calliandra e Mimosa, que foram pouco investigados devido<br />

ao escasso interesse econômico do lenho. O Rio Grande do Sul<br />

é um importante produtor de madeira de reflorestamento, mas<br />

também é muito rico em madeiras nativas, que se aproveitam do<br />

clima mais frio e diferente do restante do país para se desenvolver.<br />

Essa coletânea de infomações ajuda não somente no<br />

trabalho de preservação, mas também abre a possibilidade para<br />

que em um futuro próximo, atividades como o manejo florestal<br />

possam ser feitos no Estado.<br />

Imagem: reprodução<br />

Foto: divulgação<br />

Acácia negra em foco<br />

Um compromisso selado entre o Banco do Brasil e a Tanac,<br />

uma das líderes mundiais no plantio de acácia negra, pode impulsionar<br />

a retomada do cultivo da espécie no Rio Grande do Sul.<br />

Com sede em Montenegro e 23 mil ha (hectares) plantados com<br />

florestas próprias no Estado – o equivalente a 2 mil árvores por<br />

ha –, a empresa garante a compra de toda a produção dos que<br />

investirem na cultura por meio dos financiamentos oferecidos<br />

pela instituição bancária. A parceria, sacramentada ainda durante<br />

a XLV Expointer, em Esteio (RS), visa ampliar a área plantada<br />

com acácia negra após a espécie perder 47% de sua presença em<br />

solo gaúcho, desde 2006, em razão, principalmente, do avanço<br />

no plantio da soja. As plantas respondem, atualmente, por 7,3%<br />

dos pouco mais de 1 milhão de ha de florestas plantadas no Estado.<br />

A maior parte da área, segundo a AGEFLOR (Associação Gaúcha<br />

de Empresas Florestais), é composta por eucaliptos (67,7%)<br />

e por pinus (28%). Conforme o diretor presidente da Tanac, João<br />

Carlos Ronchel Soares, a ideia é disponibilizar diferentes linhas<br />

de custeio e investimento à produção, que leva até 7 anos para<br />

chegar ao primeiro corte. Por esse motivo, salienta Soares, os<br />

financiamentos contam com antecipação de recursos à compra<br />

de insumos e prazos adequados ao retorno da plantação. “O<br />

produtor não terá desembolso”, garante João.<br />

18 www.referenciaflorestal.com.br


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NOTAS<br />

Reconhecimento<br />

do setor<br />

Indicada pela Câmara Especializada de Agronomia,<br />

a Embrapa Florestas recebeu a Menção Honrosa<br />

do CREA-PR (Conselho Regional de Engenharia e<br />

Arquitetura), durante o XLVIII Encontro Paranaense<br />

de Entidades de Classe, em Foz do Iguaçu (PR).<br />

Aprovada pela Comissão do Mérito e Plenário do<br />

Conselho, a homenagem é entregue a profissionais<br />

e instituições pelos relevantes serviços prestados ao<br />

Sistema Confea/Crea. A unidade foi representada<br />

pela engenheira agrônoma, Edina Regina Moresco,<br />

chefe-adjunta de transferência de tecnologia.<br />

Em seu discurso de agradecimento pela Embrapa<br />

Florestas, Edina Moresco ressaltou o grande<br />

número de embrapianos ligados, por sua formação,<br />

ao CREA: “São quase a metade dos 155 funcionários<br />

e 82% dos 63 pesquisadores na Embrapa Floresta.<br />

Para nós é muito importante receber esse reconhecimento,<br />

tão múltiplo, em nome do coletivo”,<br />

afirmou Edina.<br />

Citando a música: Tocando em frente; o presidente<br />

do CREA (PR), engenheiro civil Ricardo Rocha,<br />

destacou: “cada um tem o dom de ser, de ser capaz,<br />

de ser feliz, de construir a sua história, e as histórias<br />

aqui são exemplos e referências para nossas<br />

profissões. Todos os homenageados honraram suas<br />

profissões e aquilo que nosso conselho cuida. Em<br />

nome do CREA agradeço muito por tudo o que têm<br />

feito pelas suas profissões.”<br />

Erich Schaitza, chefe-geral da Embrapa Florestas,<br />

comenta que além de regular a vida profissional<br />

de engenheiros, o CREA é um parceiro importante.<br />

“Tem alto potencial para nos ajudar no levantamento<br />

de demandas de pesquisa, perguntando para os<br />

engenheiros quais são os problemas tecnológicos<br />

do seu dia a dia, e de ser canal de transferência de<br />

tecnologia, levando soluções tecnológicas para esses<br />

mesmos engenheiros, principalmente por sua ligação<br />

com instituições de classe”, descreveu Erich.<br />

Também participaram da entrega das homenagens:<br />

representando o Confea, o chefe de gabinete e<br />

presidente de gestão anterior no Paraná, engenheiro<br />

agrônomo Luiz Antonio Rossafa; o chanceler da<br />

Comissão do Mérito, engenheiro eletricista Edson<br />

Luiz Dalla Vecchia; e o diretor-geral da Mútua (PR),<br />

engenheiro civil Julio Cesar Russi.<br />

Foto: reprodução<br />

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NOTAS<br />

Da tela para o campo<br />

Obras de ficção, as novelas brasileiras costumam apresentar em seus enredos boas pitadas de realidade. Na<br />

recém encerrada Pantanal, uma das atividades retratadas nas fazendas do protagonista José Leôncio é também<br />

uma tendência na atividade produtiva brasileira. É o sistema de ILPF (Integração entre Lavoura, Pecuária e Floresta).<br />

Para representantes do setor florestal, o sistema é a bola da vez no agro.<br />

Na vida real, o ILPF ganhou destaque principalmente pela possibilidade de gerar renda com o mercado de<br />

carbono, algo que vem se desenhando como promissor no atual cenário. Roberto Giolo de Almeida, pesquisador<br />

da Embrapa Gado de Corte, em seminário sobre o tema realizado durante a Expofeira de Pelotas, resume de<br />

forma direta a importância desse sistema. “O carbono é a salvação da lavoura, da pecuária e do Brasil”, destacou<br />

Roberto.<br />

Na ocasião, o pesquisador apresentou dados de pesquisas que mostram o potencial de sequestro de carbono<br />

das florestas plantadas: até 23 toneladas de gás carbônico por hectare ocupado com a pecuária — 20 vezes<br />

mais do que o consórcio lavoura-pecuária. Outra vantagem apontada é a garantia de pastos de qualidade o ano<br />

todo, inclusive em períodos de estiagem, e conforto térmico ao gado, por meio da geração de sombras.<br />

Paulo Benemann, presidente da AGAFLOR (Associação Gaúcha de Florestadores), explica que o segmento<br />

tem em mãos uma possibilidade imensa de sequestrar carbono. “Trabalhamos para melhorar a qualidade do<br />

nosso clima e fazer com que o gado sofra menos e produza mais”, apontou Paulo. Estima-se que o sistema produtivo<br />

ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta) chegue a 17 milhões de ha (hectares) no Brasil, segundo a<br />

AGAFLOR. O Rio Grande do Sul tem quase 999 mil ha de florestas plantadas, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro<br />

de Geografia e Estatística), mas não há dados específicos sobre a integração. No país, são 9,5 milhões de ha com<br />

florestas plantadas. Na pesquisa, a Embrapa tem uma série de trabalhos sobre o tema, incluindo na unidade de<br />

Bagé (RS).<br />

Foto: divulgação<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Custos em discussão<br />

Foto: divulgação<br />

Os resultados dos levantamentos de custos de produção da silvicultura foram apresentados pela CNA (Confederação da<br />

Agricultura e Pecuária do Brasil), durante o circuito de lives do Projeto Campo Futuro. O presidente da Comissão Nacional de<br />

Silvicultura e Agrossilvicultura da CNA, Moacir Reis, conduziu o debate e afirmou que em 2022 foram realizados painéis de<br />

eucalipto, pinus e borracha natural nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e Bahia.<br />

No início da live, a assessora técnica da CNA, Eduarda Lee, apresentou os resultados por atividade. Segundo ela, os principais<br />

custos de produção do eucalipto em Campo Grande (MS), Ortigueira (PR) e Teixeira de Freitas (BA) estão relacionados<br />

com fertilizantes e mecanização. “O gasto médio das três regiões com fertilizantes correspondeu a 31% do custo de implantação<br />

e, com a mecanização, 29%. Todas elas registraram margem líquida e lucro positivos neste ano”, declarou Eduarda.<br />

Com relação ao pinus, que é destinado à serraria e ao processo, Eduarda informou que o sistema de plantio em Jaguariaíva<br />

(PR) é 100% manual, logo, 56% do custo de implantação da cultura é com mão de obra. A assessora da CNA também<br />

apresentou as perspectivas do setor florestal para o próximo ano, com destaque para o aumento do consumo e demanda por<br />

produtos florestais e competitividade de áreas de plantio com outras culturas como fatores altistas e incertezas nos campos<br />

político e econômico e continuidade de alta nos preços de maquinários e insumos como fatores baixistas.<br />

O diretor proprietário da CM <strong>Florestal</strong>, Celso Medeiros, participou do debate e disse que o setor florestal brasileiro passou<br />

por momentos difíceis em relação à comercialização de seus ativos nos últimos 10 anos. “Os valores ofertados pelo metro<br />

cúbico de madeira, toneladas de cavacos e carvão, foram muito baixos e não remuneravam os produtores”, destacou Celso.<br />

Sobre o cenário atual, Celso afirmou que poucos estados possuem um levantamento preciso da sua disponibilidade de madeira.<br />

“Existem vários relatórios de hectares plantados por Estados, porém a produtividade média é sempre muito abaixo da<br />

capacidade de cada região, o que gera um déficit de madeira futura.” Em suas considerações finais, Medeiros pontuou que os<br />

produtores e profissionais do setor florestal devem se preparar, pois muitas demandas novas virão. O mercado de crédito de<br />

carbono, madeira serrada e certificada serão altíssimos, por exemplo.<br />

24 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Simples e eficaz<br />

Durante o mês de outubro, a IBÁ (Indústria<br />

Brasileira de Árvores) lançou o material<br />

de comunicação: Intensificação Sustentável<br />

no Manejo <strong>Florestal</strong>; produzido com o apoio<br />

do Comitê de Biotecnologia e Certificação.<br />

Na oportunidade, o exemplar foi apresentado<br />

em Bali, na Indonésia, na AGFSC (Assembleia<br />

Geral do Conselho de Manejo <strong>Florestal</strong>, em<br />

inglês).<br />

É urgente otimizar a produção e o uso racional<br />

de recursos naturais e, ao mesmo tempo,<br />

conservar o meio ambiente, gerando valor<br />

compartilhado. O infográfico intensificação<br />

sustentável é uma solução que pode e deve<br />

levar a uma relação ganha-ganha entre todos<br />

os envolvidos: o meio ambiente, a sociedade e<br />

a economia.<br />

O manejo sustentável é uma das práticas<br />

mais benéficas para a manutenção das florestas<br />

brasileiras, uma vez que de maneira<br />

sustentável e responsável, retira exemplares<br />

selecionados de uma área e só retorna ao<br />

mesmo local 25 anos depois, garantindo a<br />

recuperação completa e dando oportunidade<br />

para que outras árvores cresçam e substituam<br />

as cortadas. O manejo auxilia no processo<br />

natural da floresta, mas sem que a madeira<br />

nobre e tão valorizada seja desperdiçada ou<br />

mesmo perca seu valor comercial.<br />

O material está disponível no site oficial<br />

da IBÁ, na aba relatórios e infográficos. O<br />

conteúdo explica de maneira simplificada e didática<br />

como o Brasil pode ampliar a atividade<br />

de manejo de maneira sustentável e gerando<br />

riqueza para as comunidades locais. Além disso,<br />

demonstra como há toda uma cadeia que<br />

se beneficia desse trabalho. O conteúdo pode<br />

ser acessado através do link: https://www.iba.<br />

org/publicacoes/infograficos.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Protegendo o futuro<br />

Há pouco menos de três meses para o início de 2023,<br />

a REFLORES-MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores<br />

e Consumidores de Florestas Plantadas) já inicia o<br />

planejamento estratégico das ações de prevenção e combate<br />

a incêndios para o próximo ano e, começa a organizar<br />

a XI Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios. Na<br />

tradicional reunião de fim de ano da associação haverá<br />

um encontro do Grupo de Planejamento Estratégico de<br />

Prevenção e Combate a Incêndios, junto com a reunião<br />

de diretoria de finalização de ano. Nas duas reuniões<br />

serão tratadas pautas que envolvem a campanha. O fogo<br />

empobrece o solo, polui o ar que respiramos, pode causar<br />

acidentes nas rodovias por meio de sua fumaça, pode<br />

causar a morte de animais e pessoas e, trazer prejuízos<br />

para o bolso dos produtores rurais. Estas são algumas das consequências sociais, ambientais e financeiras que os incêndios florestais<br />

podem gerar. A campanha é realizada pela Reflore (MS) para levar conhecimento às populações urbanas e rurais, compartilhar<br />

orientações sobre cuidados para evitar as chamas e alertar sobre as consequências dos incêndios. Em breve novas informações<br />

sobre as ações serão divulgadas. Hoje o Mato Grosso do Sul é um dos principais produtores de celulose do Brasil e já foram iniciadas<br />

as construções de duas novas fábricas no Estado, que devem gerar mais de 3000 mil empregos formais após a conclusão das obras.<br />

Por isso, proteger as florestas do Estado é garantir que as indústrias tenham matéria-prima o suficiente para colocar o Brasil no topo<br />

do mercado mundial de celulose.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Reconhecimento internacional<br />

O presidente do C2ES (Center for Climate and Energy Solutions) e renomado<br />

especialista climático global, Nat Keohane, elogiou as ações realizadas em<br />

Mato Grosso no âmbito do desenvolvimento sustentável e afirmou que o Estado<br />

é hoje um modelo de desenvolvimento econômico e proteção florestal. Este<br />

modelo de proteção ambiental aliada à produção, com metas ousadas de redução<br />

de carbono, será apresentado pelo governador Mauro Mendes na conferência<br />

da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre Mudanças Climáticas de<br />

2022 (COP-27), que ocorrerá em Sharm El-Sheikh, no Egito, nas próximas semanas.<br />

Nat Keohane usou o Mato Grosso como exemplo de políticas ambientais<br />

que visam a preservação das florestas tropicais, durante palestra na plataforma<br />

TED (Technology, Entertainment and Design), que está disponível no youtube.<br />

“Mato Grosso é um Estado brasileiro que é tão grande quanto o Texas e um<br />

pedaço da Califórnia juntos, e um dos maiores produtores mundiais de carne<br />

bovina e soja. Mato Grosso é hoje um modelo de desenvolvimento econômico<br />

e proteção florestal”, destacou Nat.<br />

PHD em Harvard, economista e assistente especial para Energia e Meio<br />

Ambiente na Casa Branca no Governo Obama, Keohane mencionou que o Mato<br />

Grosso, há algumas décadas, era um dos maiores poluidores de carbono do<br />

mundo e conseguiu reverter o jogo, reduzindo em 85% o desmatamento ilegal.<br />

Para o especialista, o Mato Grosso não reduziu as emissões paralisando a<br />

agricultura, em vez disso intensificou a fiscalização e trabalhou para que o trabalho<br />

realizado dentro da lei seja valorizado e recompensado. “Trabalhou com<br />

produtores e comerciantes agrícolas em toda a cadeia de suprimentos para investir<br />

em métodos de produção novos e mais sustentáveis.”, completou Nat.<br />

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NOTAS<br />

Certificação em pauta<br />

A Assembleia Geral do FSC® Internacional, realizada no mês de outubro em Bali (Indonésia) apresentaram significativos<br />

avanços. A Assembleia Geral, principal plataforma de tomada de decisões do FSC, ocorre a cada três anos e reúne membros<br />

das três câmaras - econômica, social e ambiental - para votar as moções propostas e desenhar o futuro do sistema de certificação<br />

e do manejo florestal responsável. Neste ano, as decisões tomadas pelo conselho têm impactos diretos na certificação<br />

no Brasil.<br />

Primeiro, depois de 12 anos de negociações, foi aprovada a certificação de áreas convertidas entre 1994 e o fim de 2020,<br />

desde que satisfeitos critérios severos de compensação por danos ambientais e sociais. A decisão abre caminho para a expansão<br />

do selo verde para novos territórios e fornece um incentivo para a restauração florestal em alinhamento com a década da<br />

ONU (Organização das Nações Unidas) da Restauração de Ecossistemas. A nova regra também traz uma ferramenta de peso<br />

para comunidades em busca de restituição por danos sociais atrelados ao desmatamento.<br />

Segundo Rafael Benke, CEO da Proactiva Results, empresa de consultoria na área de ESG e direitos humanos, que participou<br />

da assembleia geral, serão centenas de milhões de hectares que poderão integrar o sistema FSC. “Será um estímulo<br />

comercial para a integração dessas áreas que, por consequência, vão gerar um impacto socioambiental positivo com as compensações’’,<br />

destacou Rafael.<br />

Outra novidade é a abordagem de paisagem no manejo das chamadas florestas intactas, viabilizando a extração responsável<br />

de produtos florestais e a manutenção dos altos valores de conservação de florestas primárias. Lineu Siqueira Junior,<br />

um dos fundadores do FSC e membro do Comitê de Políticas e Padrões, acredita que essas novas medidas devem ser muito<br />

positivas para as comunidades que vivem das florestas e para as florestas em si. “Quando se agrega valor à floresta e, ao mesmo<br />

tempo, se tem controle de seu modo de exploração, é possível mantê-la para sempre”, valorizou Lineu. Sob a antiga regra,<br />

algumas empresas e comunidades que operam há anos de forma sustentável poderiam perder seus certificados. De imediato,<br />

aqui no Brasil, a medida evitará a perda do selo FSC em produtos originários de 2,7 milhões de hectares na Amazônia.<br />

Foto: divulgação<br />

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COLUNA<br />

MANEJO<br />

FLORESTAL<br />

Este processo de<br />

regeneração natural tem<br />

início com a abertura<br />

de clareiras, a partir<br />

da retirada das árvores<br />

maduras, abrindo espaço<br />

para que as árvores mais<br />

jovens intensifiquem<br />

seus processos<br />

fotossintéticos,<br />

absorvendo mais<br />

carbono atmosférico<br />

PERENIDADE DA FLORESTA E<br />

RETENÇÃO DAS EMISSÕES DE CARBONO<br />

As florestas têm papel fundamental para o ciclo do<br />

carbono, pois contribuem para a retenção do excesso<br />

de carbono atmosférico, contribuindo para<br />

a regulação do clima, ao mesmo tempo em que<br />

produz a madeira, um recurso natural verdadeiramente<br />

renovável e com múltiplos usos.<br />

Nesse sentido, o Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável atua como<br />

um forte aliado, pois, ao realizar a colheita de árvores previamente<br />

selecionadas e autorizadas pelo órgão ambiental competente,<br />

esta colheita planejada acaba por acelerar um processo<br />

natural das florestas, a regeneração natural que, por sua vez,<br />

contribui para o ciclo de carbono.<br />

Este processo de regeneração natural tem início com a<br />

abertura de clareiras, a partir da retirada das árvores maduras,<br />

abrindo espaço para que as árvores mais jovens intensifiquem<br />

seus processos fotossintéticos, absorvendo mais carbono atmosférico.<br />

Além disso, com a utilização da madeira, todo o carbono<br />

absorvido pela árvore que poderia retornar para a atmosfera<br />

devido à sua morte e apodrecimento na floresta, permanece<br />

estocado por tempo indeterminado.<br />

Concluindo, a atividade de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável<br />

atua em duas frentes no controle das emissões de CO2, pois ao<br />

mesmo tempo que impulsiona a absorção deste gás pela fotossíntese,<br />

também evita que novas emissões sejam feitas, ao utilizar<br />

produtos de madeira que atuam como estoques de carbono.<br />

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FRASES<br />

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil<br />

A COP é uma oportunidade<br />

para mostrarmos que estamos<br />

produzindo. Temos uma equipe<br />

trabalhando arduamente, focada<br />

na sustentabilidade, para<br />

mostrar, com muito clareza, que<br />

o Brasil é o país que mais produz<br />

e mais protege ambientalmente<br />

Marcos Montes, ministro do MAPA (Ministério<br />

de Agricultura, Pecuária e Abastecimento),<br />

durante o pré-COP (Conferência das Nações<br />

Unidas sobre Mudanças Climáticas)<br />

“Isso ocorre porque, em média,<br />

um hectare com florestas<br />

plantadas contribui com a<br />

redução de 128 toneladas de<br />

CO2, valor bem superior a outras<br />

tecnologias, como o sistema<br />

de plantio direto e sistemas<br />

integrados”<br />

Jackson Brilhante, do DDPA (Departamento<br />

de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária) da<br />

SEAPDR (Secretaria de Agricultura, Pecuária e<br />

Desenvolvimento Rural) em sua participação no<br />

Seminário Gaúcho de Silvicultura sobre a ampliação<br />

de florestas plantadas<br />

“O Brasil é candidato a<br />

se tornar um dos mais<br />

importantes países<br />

exportadores do mundo de<br />

créditos de carbono e já existe<br />

um interesse empresarial<br />

italiano concreto, ainda que<br />

eu tenha a impressão de que<br />

as oportunidades não são<br />

bem conhecidas de todos”<br />

Francesco Azzarello, embaixador da Itália no Brasil,<br />

em entrevista ao site/portal BOL<br />

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ENTREVISTA<br />

A vez e a voz<br />

DELAS<br />

Their turn and voice<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

A<br />

s mulheres representam mais da metade da<br />

população brasileira e tem conquistado espaços<br />

mais significativos em todos os campos da sociedade.<br />

No setor florestal não é diferente e a cada<br />

dia vemos elas se destacando em um segmento<br />

historicamente masculino. A RMF (Rede Mulher <strong>Florestal</strong>) atua<br />

para o fortalecimento das mulheres na indústria florestal. Mariana<br />

Schuchovski, presidente da RMF, apresenta o trabalho da<br />

entidade, a realidade das mulheres no setor e perspectivas de<br />

futuro.<br />

W<br />

omen represent more than half of the<br />

Brazilian population and have conquered<br />

more significant spaces in all fields of<br />

society. In the Forest-based Sector, it is no<br />

different, and every day we see them standing<br />

out in a historically male segment. The Forest Women’s<br />

Network (RMF) acts to strengthen women in the forest product<br />

industry. Mariana Schuchovski, President of RMF, talks about<br />

the entity’s work, the reality of women in the Sector, and the<br />

plans for the future.<br />

36 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Mariana<br />

Schuchovski<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Presidente da Rede Mulher <strong>Florestal</strong>, Engenheira <strong>Florestal</strong>,<br />

Mestre e Doutora em Ciências Florestais pela Universidade<br />

Federal do Paraná e North Carolina State University (EUA).<br />

Possui experiência nacional e internacional em Sustentabilidade,<br />

Pesquisa & Desenvolvimento e Certificações de Manejo <strong>Florestal</strong>.<br />

É fundadora da Verde Floresta, empresa de consultoria e<br />

treinamentos em sustentabilidade. É professora convidada em<br />

renomadas instituições de ensino superior, como FGV (Fundação<br />

Getúlio Vargas) e UFPR (Universidade Federal do Paraná). É<br />

membro do Advisory Board do Comitê de Sustentabilidade da<br />

Amcham Brasil e da Cátedra Ozires Silva de Empreendedorismo<br />

e Inovação Sustentáveis.<br />

President of the Forest Women’s Network, Forestry Engineer,<br />

and Masters and Ph.D. in Forest Sciences from the Federal University<br />

of Paraná and North Carolina State University. She has<br />

national and international experience in Sustainability, Research<br />

& Development, and Certifications in Forest Management.<br />

She is the founder of Verde Floresta, a consulting and training<br />

company in sustainability. She is a guest professor at renowned<br />

higher education institutions, such as the Getúlio Vargas Foundation<br />

(FGV) and the Federal University of Paraná (Ufpr). She is<br />

a member of the Advisory Board of the Sustainability Committee<br />

of AmCham Brazil and holds the Ozires Silva Chair of Sustainable<br />

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ENTREVISTA<br />

>> Como foi sua caminhada dentro do setor florestal?<br />

Sou Engenheira <strong>Florestal</strong> desde 2000, formada pela Escola<br />

de Florestas de Curitiba (PR), a primeira do Brasil. Quando<br />

entrei na faculdade, pertencia ao grupo da maioria, com<br />

praticamente 60% de mulheres na turma. Mas, quando<br />

me formei, já era minoria. E no mercado de trabalho, nas<br />

empresas de base florestal, atuei quase que solitariamente.<br />

As seguintes perguntas ecoavam na minha mente:<br />

Onde estão as mulheres? Para onde foram minhas colegas<br />

de faculdade e de profissão? Essas dúvidas só foram respondidas<br />

em 2020, pelo Panorama de Gênero do Setor<br />

<strong>Florestal</strong>, elaborado pela RMF (Rede Mulher <strong>Florestal</strong>), que<br />

apresentou - em caráter pioneiro - dados e a evidência de<br />

que pouquíssimas mulheres atuavam no setor florestal, e<br />

menos ainda em posições de liderança.<br />

>> Como foi sua chegada à presidência da RMF?<br />

Atuo na RMF desde a sua fundação, em novembro de<br />

2018, por acreditar que o setor florestal precisava ser mais<br />

inclusivo e equitativo. Participei da primeira formação do<br />

Conselho Diretor, na gestão de 2019 a 2021, realizando<br />

trabalhos voluntários para promover a discussão e o alcance<br />

da equidade de gênero no setor florestal, porque acredito<br />

que o setor florestal pode e precisa ser mais inclusivo<br />

e equitativo, com mais respeito à diversidade e à igualdade<br />

de direitos e oportunidades. Desde dezembro de 2021,<br />

ocupo a presidência do Conselho Diretor da RMF, com o<br />

apoio da vice-presidente, Nathália Granato Loures e as demais<br />

diretoras: Ana Flávia Neves Mendes, Bárbara Bomfim,<br />

Giovanna Marcolin, Fernanda Rodrigues e Maria Harumi<br />

Yoshioka. Ocupar a presidência da RMF é algo extremamente<br />

honroso e, ao mesmo tempo, desafiador. Honroso,<br />

pois entendo que o setor florestal só alcançará um espaço<br />

de igualdade com a atuação coletiva de indivíduos e organizações,<br />

e neste aspecto a Rede tem desempenhado<br />

um papel crucial. E, desafiador, pois sei que as decisões e<br />

encaminhamentos da RMF possuem grande impacto nas<br />

organizações do setor florestal brasileiro, uma vez que representamos<br />

os interesses de todas as nossas associações<br />

PFs (Pessoas Físicas) e PJs (Pessoas Jurídicas), capazes de<br />

promover a transformação que precisamos.<br />

>> O que as empresas ou associações precisam fazer para<br />

serem associadas à RMF?<br />

A RMF é uma rede independente de mulheres do setor<br />

florestal, profissionais e estudantes, sem fins lucrativos,<br />

sem vinculação partidária e de caráter não governamental.<br />

As empresas que queiram se associar podem preencher<br />

um formulário disponível no nosso site www.redemulherflorestal.org.<br />

Os valores de associação variam conforme<br />

o número de pessoas empregadas. Atualmente temos 23<br />

associações na categoria PJs, desde micro empresas até<br />

multinacionais, além de associações e institutos. Estas<br />

associações PJ não se restringem a organizações do setor<br />

florestal, abrangendo várias que, de alguma forma, se re-<br />

How did you first become associated with the Forest-based<br />

Sector?<br />

I graduated in Forestry Engineering in 2000 from the<br />

Forestry School in Curitiba, the first in Brazil. When I got<br />

into university, I was in the majority group, with nearly<br />

60% of women in the class. But by the time I graduated,<br />

I was already in the minority. And in the labor market, in<br />

forest-based companies, I was almost the only woman.<br />

So the following questions echoed in my mind: Where<br />

are the women? Where did my college and professional<br />

colleagues go? These questions were only answered in<br />

2020 by the Panorama de Gênero do Setor <strong>Florestal</strong> (Forest<br />

Sector Gender Overview), elaborated by the Forest<br />

Women’s Network, which presented - on a pioneering<br />

character - data and evidence that very few women work<br />

in the Forest-based Sector, and even fewer in leadership<br />

positions.<br />

How did you become RMF President?<br />

I have been active in RMF since its founding in November<br />

2018, believing that the Forest-based Sector needs<br />

to be more inclusive and equitable. I participated in<br />

the formation of the first Board of Directors from 2019<br />

to 2021, carrying out voluntary work to promote the<br />

discussion and reach of gender equity in the Forest-based<br />

Sector. I believe that the Forest-based Sector can and<br />

needs to be more inclusive and equitable, with more<br />

respect for diversity and equal rights and opportunities.<br />

Since December 2021, I have been President of the Forest<br />

Women’s Network Board of Directors, with the support<br />

of the Vice-president, Nathália Granato Loures, and<br />

the other directors: Ana Flávia Neves Mendes, Bárbara<br />

Bomfim, Giovanna Marcolin, Fernanda Rodrigues, and<br />

Maria Harumi Yoshioka. Holding the Presidency position<br />

at RMF is an exceptional honor and, at the same time,<br />

very challenging. It is an honor because I understand that<br />

the Forest-based Sector will only reach equality with the<br />

collective action of individuals and organizations. In this<br />

aspect, the Network has played a crucial role. And challenging<br />

because I know that RMF decisions and proposals<br />

have significantly impacted organizations in the Brazilian<br />

Forest-based Sector since we represent the interests of<br />

all our individual and corporate members, capable of<br />

promoting the transformation we need.<br />

What do companies or associations need to do to be<br />

associated with RMF?<br />

The Forest Women’s Network is an independent network<br />

of women in the Forest-based Sector, professionals and<br />

students, non-profit, non-governmental, and without any<br />

party affiliation. Companies that wish to join can fill out a<br />

form on our site: www.redemulherflorestal.org. Membership<br />

fees vary depending on the number of people<br />

employed. Currently, we have 23 members in the corporate<br />

category, from micro companies to multinationals,<br />

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ENTREVISTA<br />

How do you assess the gender issue in the Forest-based<br />

Sector?<br />

According to the 2022 Panorama de Gênero do Setor<br />

<strong>Florestal</strong>, published by the RMF in 2022, the presence of<br />

women in the various areas of Forest-based Sector organizations<br />

is 19%. Compared to the data from the previous<br />

issue of the Panorama, which indicated the presence of<br />

12.7%, a significant disparity in the hiring between men<br />

and women is evident, despite the apparent growth.<br />

Considering the various areas of activity, the presence<br />

of women is more concentrated in the areas of nurseries<br />

(51.4%) and environment, quality, certification, and social<br />

(42.8%). In areas such as harvesting (2.2%) and forest<br />

production and control (5.3%), for example, the presence<br />

of women is significantly reduced, which points to the<br />

existence of an unconscious bias, both by people who<br />

work in the Sector, as well as by those who hire and select<br />

them. Regarding the presence of women in different leadlacionam<br />

direta ou indiretamente com a área. Além disso,<br />

também podem se associar PFs, as quais já totalizam 175<br />

pessoas em 18 Estados do Brasil, e até de outros países,<br />

com idades que variam entre 19 e 61 anos, com as mais diversas<br />

profissões e áreas de atuação. O valor de associação<br />

à RMF é acessível e conta com desconto de 50% para estudantes,<br />

para possibilitar que as pessoas possam participar<br />

deste movimento, que ocorre no formato de rede, prevendo<br />

contribuições ativas das nossas associações.<br />

>> Quais são os processos para as publicações que a RMF<br />

produziu?<br />

A RMF elaborou o primeiro Panorama de Gênero do Setor<br />

<strong>Florestal</strong> em 2020 (ano base 2019), que foi um estudo inédito<br />

e pioneiro no Brasil para levantar dados e informações<br />

sobre as questões relativas a gênero no setor para que as<br />

organizações pudessem embasar decisões e construir políticas<br />

internas para a promoção da igualdade de gênero. A<br />

segunda edição do Panorama de Gênero no Setor <strong>Florestal</strong><br />

foi publicada em 2022 (ano base 2020), que contou com<br />

41 organizações respondentes, 14 a mais do que a edição<br />

anterior, que se refere a dados de mais de 90 mil pessoas<br />

que atuam no setor, envolvendo plantações florestais e<br />

manejo de florestas nativas. Além disso, a RMF produziu<br />

o relatório da oficina sobre estratégias para equidade de<br />

gênero, que foi organizada pelo GT (Grupo de Trabalho)<br />

Educação em dezembro de 2021. A oficina contou com<br />

20 participantes de diversas organizações do setor que<br />

colaboraram com as reflexões sobre conceitos no âmbito<br />

da equidade de gênero, além de discussões sobre como a<br />

temática se insere na perspectiva mais ampla de promoção<br />

da diversidade e, a partir daí, as possíveis ações.<br />

>> Como avalia a questão de gênero no setor florestal?<br />

Segundo o Panorama de Gênero do Setor <strong>Florestal</strong> 2022,<br />

publicado pela RMF em 2022, a presença das mulheres<br />

nas diversas áreas das organizações do setor florestal é<br />

de 19%. Em comparação aos dados da edição anterior do<br />

Panorama, que indicava a presença de 12,7%, fica evidente<br />

a grande disparidade de contratação entre homens e mulheres,<br />

apesar do aparente crescimento. Considerando-se<br />

as diversas áreas de atuação, a presença das mulheres está<br />

mais concentrada nas áreas de viveiros (51,4%) e meio ambiente,<br />

qualidade, certificação e social (42,8%). Em áreas<br />

como colheita (2,2%) e produção florestal e patrimonial<br />

(5,3%), por exemplo, a presença de mulheres é bastante<br />

reduzida, o que aponta para a existência de vieses inconscientes,<br />

tanto por parte das pessoas que atuam no setor,<br />

como por quem as contrata e seleciona. Em relação à presença<br />

de mulheres nos diferentes cargos de liderança, há<br />

cerca de 11,5% de CEOs e 15,4% de gerentes. Nos cargos<br />

de diretoria, evidencia-se os extremos, sendo que 66,7%<br />

de mulheres atuam como diretoras de sustentabilidade,<br />

mas somente 4,2% em cargos de diretoria florestal. Estes<br />

dados demonstram claramente que existe uma enorme<br />

as well as associations and institutes. These members are<br />

not restricted to organizations in the Forest-based Sector,<br />

including those that, in some way, relate directly or indirectly<br />

to the Sector. In addition, individuals can also be<br />

members, already totaling 175 individual members in 18<br />

Brazilian States and even from other countries, with ages<br />

ranging from 19 to 61, with the most diverse professions<br />

and areas of activity. RMF membership fees are accessible<br />

(there is a 50% discount for students) to enable more<br />

people to participate in this movement, which takes place<br />

in the network format, providing for active contributions<br />

from our members.<br />

What are the processes for the publications that the<br />

RMF has produced?<br />

RMF developed the first Panorama de Gênero do Setor<br />

<strong>Florestal</strong> (Forest Sector Gender Overview) published in<br />

2020 (the base year 2019). In Brazil, this was an unprecedented<br />

and pioneering study collecting data and information<br />

on gender issues in the Sector that organizations<br />

could use to base decisions and build internal policies for<br />

the promotion of gender equality. The second issue of the<br />

Panorama de Gênero do Setor <strong>Florestal</strong> was published<br />

in 2022 (the base year 2020) and had responses from 41<br />

organizations, 14 more than the previous issue, which refers<br />

to data from more than 90 thousand people working<br />

in the Sector, involving forest plantations and management<br />

of native forests. In addition, the RMF produced the<br />

Workshop report on strategies for gender equity, which<br />

was organized by the Education Work Group (WG) in December<br />

2021. The Work Group had 20 participants from<br />

various organizations in the Sector who collaborated with<br />

reflections on concepts in the field of gender equity, in<br />

addition to discussions on how the theme is part of the<br />

broader perspective of promoting diversity, and, from<br />

this, possible actions were suggested.<br />

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ENTREVISTA<br />

lacuna em relação aos níveis hierárquicos e aos espaços<br />

de liderança ocupados por mulheres. A reflexão que precisamos<br />

fazer nas organizações é: será que as mulheres não<br />

estão nesses espaços porque não querem ou porque a elas<br />

não foi dada a oportunidade e as condições necessárias<br />

para estar?<br />

>> Como são decididos os temas dos programas e cursos<br />

oferecidos pela RMF?<br />

Toda a atuação da RMF é orientada pelo seu planejamento<br />

estratégico, com objetivos e ações estratégicas, que busca<br />

contemplar os anseios tanto por parte das suas pessoas<br />

associadas, como as necessidades percebidas em relação à<br />

questão de igualdade de gênero do setor florestal. A partir<br />

deste planejamento, que foi definido em 2018 quando da<br />

fundação da RMF, e revisado em 2022, se desdobram as<br />

ações práticas, com a oferta de cursos, oficinas, palestras,<br />

pesquisas e estudos. A estrutura de governança da RMF<br />

está apoiada em dois Conselhos, quatro Grupos de Trabalho<br />

e uma Secretaria Executiva, sendo: Conselho Diretor, a<br />

quem compete formular políticas e estratégias de atuação,<br />

assim como deliberar, controlar e orientar as ações da<br />

Rede; Conselho Fiscal, órgão de fiscalização financeira; e<br />

os GTs, estruturas temporárias de governança estabelecidas<br />

para implementar o plano de ação. Com exceção da<br />

Secretaria Executiva, todas as instâncias atuam de forma<br />

voluntária. Atualmente os GTs são: Mulheres na Tomada<br />

de Decisão; Igualdade e Empoderamento; Educação e<br />

Maternidade e a Mulher no Mercado de Trabalho, que são<br />

compostos por pessoas associadas (tanto na categoria PF<br />

como PJ).<br />

>> A presença feminina no setor florestal tem crescido.<br />

Quais as principais perspectivas para as mulheres no<br />

setor?<br />

Como pudemos perceber dos dados obtidos das duas<br />

edições do Panorama de Gênero do Setor <strong>Florestal</strong>, existe<br />

um aparente crescimento de 12,7% para 19% de mulheres<br />

no setor florestal. No entanto, é importante observar que<br />

a análise proposta pela comparação entre as duas edições<br />

do Panorama de Gênero é tendencial, demonstrando uma<br />

perspectiva geral da inclusão feminina no setor, não sendo<br />

possível estabelecer comparações de forma absoluta, uma<br />

vez que as organizações respondentes nas duas edições<br />

não são necessariamente as mesmas. Em relação às perspectivas<br />

para as mulheres, no setor florestal, o Panorama<br />

levantou que 88,6% das organizações possuem práticas/<br />

programas para que funcionárias(os) tenham as mesmas<br />

oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional,<br />

independentemente de gênero, orientação sexual,<br />

raça, etnia, classe social, nível de escolaridade, idade,<br />

aparência, religião, possuir ou não deficiências, entre outras<br />

características. Estas práticas e/ou programas estão<br />

relacionadas ao objetivo de garantir iguais oportunidades<br />

de crescimento e desenvolvimento na empresa, como a<br />

ership positions, Managing Directors are about 11.5%<br />

and managers 15.4%. In director positions, the extremes<br />

are evident, with 66.7% of women acting as sustainability<br />

directors but only 4.2% in forest-based director positions.<br />

These data clearly demonstrate a considerable gap in<br />

relation to women’s hierarchical levels and leadership<br />

spaces. Organizations need to consider if women are not<br />

in these spaces because they do not want to or because<br />

they have not been given the opportunity and the necessary<br />

conditions to do so.<br />

How does RMF choose the themes of the programs and<br />

courses to be offered?<br />

The entire performance of the RMF is guided by its strategic<br />

plan, with objectives and strategic actions, which<br />

seeks to contemplate the desires both on the part of its<br />

members, as well as the perceived needs concerning the<br />

issue of gender equality in the Forest-based Sector. From<br />

this plan, elaborated in 2018 when the RMF was founded<br />

and revised in 2022, practical actions are taken, offering<br />

courses, workshops, lectures, research, and studies. The<br />

governance structure of the Forest Women’s Network is<br />

supported by two Councils, four Work Groups, and one<br />

Executive Secretariat, namely: the Board of Directors,<br />

whose responsibility is to formulate policies and strategies<br />

of action, as well as to deliberate, control, and guide<br />

the activities of the Network; the Fiscal Council, financial<br />

supervisory body; and The Work Groups, temporary governance<br />

structures established to implement the action<br />

plan. Except for the Executive Secretariat, all bodies act<br />

voluntarily. Currently, the Work Groups are Women in<br />

Decision-making; Equality and Empowerment; Education;<br />

and Maternity and Women in the Labor market. Each<br />

Work Group is composed from individual and corporate<br />

members.<br />

The female presence in the Forest-based Sector has<br />

grown. What are the main perspectives for women in<br />

the Sector?<br />

As we can see from the data obtained from the two<br />

issues of the Panorama de Gênero do Setor <strong>Florestal</strong>,<br />

there is an apparent growth from 12.7% to 19% in the<br />

participation of women in the Forest-based Sector. However,<br />

it is essential to note that the analysis proposed by<br />

the comparison between the two issues of the Panorama<br />

de Gênero do Setor <strong>Florestal</strong> is trending, demonstrating a<br />

general perspective of female inclusion in the Sector. Still,<br />

it is impossible to establish absolute comparisons since<br />

the organizations that are respondents in the two issues<br />

are not necessarily the same. Regarding the perspectives<br />

for women in the Forest-based Sector, the Panorama<br />

stated that 88.6% of organizations have practices/programs<br />

so that employees have the same opportunities<br />

for professional growth and development, regardless of<br />

gender, sexual orientation, race, ethnicity, social class,<br />

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ENTREVISTA<br />

criação de comitês de meritocracia e reconhecimento,<br />

oferta de projetos educacionais a todas as funcionárias,<br />

e programa para o desenvolvimento feminino na organização.<br />

Isso demonstra que as organizações estão, pouco<br />

a pouco, desenvolvendo, implementando e aprimorando<br />

suas políticas em busca da equidade de gênero. Mas ainda<br />

existe um longo caminho da construção de um setor florestal<br />

com mais equidade.<br />

>> Acredita que existe preconceito de gênero no meio<br />

florestal?<br />

Sim, infelizmente ainda existe. É um fato histórico, o setor<br />

florestal é na sua maioria masculino, sendo recente a<br />

inserção das mulheres. Das muitas mulheres com quem<br />

me relaciono, escuto com frequência histórias sobre suas<br />

dificuldades nesse setor em diversos ambientes, de discriminação<br />

a assédio. Não há dúvidas de que situações<br />

como estas causam o afastamento e até o isolamento das<br />

mulheres, com péssimas repercussões para toda a sociedade.<br />

Assim, entendo que a busca pela equidade de gênero<br />

precisa de espaços de diálogo e discussão para diminuir<br />

o desconhecimento sobre o tema e/ou interpretações<br />

distorcidas. Outro ponto importante é a pequena participação<br />

de homens em programas e iniciativas voltadas à<br />

promoção da equidade de gênero. Atualmente, 7,7% das<br />

nossas associações PFs são homens. Este percentual con-<br />

Assim, é fácil concluir<br />

que a igualdade<br />

de gênero é uma<br />

premissa fundamental<br />

para a garantia do<br />

desenvolvimento<br />

sustentável e isso só<br />

será alcançado com<br />

o envolvimento e a<br />

participação de mulheres<br />

e homens<br />

educational level, age, appearance, religion, having<br />

disabilities or not, among other characteristics. These<br />

practices and/or programs are related to guaranteeing<br />

equal opportunities for growth and development in the<br />

company, such as creating merit and recognition committees,<br />

offering educational projects for all employees, and<br />

a program for female development in the organization.<br />

This demonstrates that organizations are, little by little,<br />

developing, implementing, and improving their policies in<br />

pursuit of gender equity. But there is still a long way to go<br />

in building a more equitable Forest-based Sector.<br />

Do you believe there is gender bias in the forest environment?<br />

Yes, unfortunately, bias still exists. Historically, the Forest-based<br />

Sector is primarily male, and the insertion of<br />

women is recent. Of the many women I relate to, I often<br />

hear stories about their difficulties in this Sector in various<br />

environments, from discrimination to harassment.<br />

There is no doubt that circumstances like these can cause<br />

the exclusion and even isolation of women, with terrible<br />

repercussions for the whole of society. Thus, I understand<br />

that the search for gender equity needs space for<br />

dialogue and discussion to reduce ignorance about the<br />

subject and/or distorted interpretations. Another critical<br />

point is the small participation of men in programs and<br />

initiatives aimed at promoting gender equity. Currently,<br />

only 7.7% of our individual members are men. This<br />

percentage contributes to the conclusion that the agenda<br />

on gender equality is not yet perceived as something that<br />

refers to all people, regardless of gender. Thus, it is easy<br />

to conclude that gender equality is a fundamental premise<br />

for ensuring sustainable development, and this will<br />

only be achieved with the involvement and participation<br />

of both women and men.<br />

What are the main topics addressed by the RMF?<br />

These are the ones that are parts of our Strategic Plan,<br />

such as promoting the expansion of women’s participation<br />

in the Forest-based Sector, promoting mechanisms<br />

to combat sexual harassment and bullying in the Forest-based<br />

Sector, promoting women’s empowerment in<br />

the Forest-based Sector, promoting education on gender<br />

equity in the Forest-based Sector, the influence on public<br />

and sectoral policies for gender diversity, inclusion, and<br />

equity in the Brazilian Forest-based Sector.<br />

Even its short time of operation, what have been RMF’s<br />

major contributions?<br />

We consider that there are many Network achievements,<br />

starting with the opening of space for the discussion<br />

of the gender theme in the Forest-based Sector. The<br />

RMF enabled the integration of people willing to act to<br />

contribute to constructing an egalitarian sector. Bringing<br />

together so many people voluntarily alone can be considered<br />

an outstanding achievement. Speaking of more<br />

44 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

tribui para a conclusão de que a pauta relativa à igualdade<br />

de gênero ainda não é percebida como algo que se refere<br />

a todas as pessoas, independentemente de seu gênero.<br />

Assim, é fácil concluir que a igualdade de gênero é uma<br />

premissa fundamental para a garantia do desenvolvimento<br />

sustentável e isso só será alcançado com o envolvimento e<br />

a participação de mulheres e homens.<br />

>> Quais os principais temas abordados pela RMF?<br />

São os que integram o nosso Planejamento Estratégico,<br />

como a promoção da ampliação da participação de mulheres<br />

no setor florestal, a promoção de mecanismos de<br />

combate ao assédio sexual e ao assédio moral no setor<br />

florestal, a promoção do empoderamento de mulheres no<br />

setor florestal, a promoção da educação sobre a equidade<br />

de gênero no setor florestal, a influência em políticas públicas<br />

e setoriais para a diversidade, inclusão e equidade<br />

de gênero no setor florestal brasileiro.<br />

>> Mesmo com pouco tempo de atuação, quais as conquistas<br />

da RMF?<br />

Consideramos que são muitas as conquistas da Rede,<br />

começando pela abertura de espaço para a discussão da<br />

temática de gênero no setor <strong>Florestal</strong>. A RMF possibilitou a<br />

integração de pessoas dispostas a atuar para contribuir na<br />

construção de um setor igualitário. O fato de reunir tantas<br />

pessoas, de forma voluntária, por si só, pode ser considerada<br />

uma grande conquista. Falando de conquistas mais<br />

palpáveis, podemos citar a elaboração do primeiro Panorama<br />

de Gênero do Setor <strong>Florestal</strong>, que foi um marco para<br />

o setor. Os dados gerados pelo panorama, em suas duas<br />

edições, embasaram a decisão de empresas e pessoas físicas<br />

a atuarem de forma mais efetiva, para combater as desigualdades.<br />

Além disso, a Rede participou em importantes<br />

instâncias de contribuição de influência para a equidade<br />

no setor florestal. A RMF é membro e participante ativa do<br />

FSC®, do Diálogo <strong>Florestal</strong> e da Coalizão Brasil Clima Florestas<br />

e Agricultura, Fórum <strong>Florestal</strong> da Amazônia, Fórum<br />

<strong>Florestal</strong> Paraná e Santa Catarina, Aliança pela Restauração<br />

da Amazônia. No âmbito internacional, integramos o UNFF<br />

(Fórum das Nações Unidas para as Florestas) e a WOCAN<br />

(Women Organizing for Change in Agriculture and Natural<br />

Resource Management). Percebe-se que, desde a criação<br />

da RMF, cada vez mais as organizações vêm abordando a<br />

temática, seja em eventos ou na inserção de boas práticas.<br />

>> Qual o seu maior objetivo à frente da RMF?<br />

Meu maior objetivo é contribuir para que o setor florestal<br />

possa oferecer oportunidades iguais para mulheres e homens,<br />

tanto em áreas de atuação, como em cargos, condições<br />

salariais, forma de tratamento e valorização. Verdadeiramente<br />

acredito que a construção coletiva e colaborativa<br />

em rede nos levará a alcançar isto, motivo pelo qual<br />

atuo com muita motivação e engajamento junto à RMF.<br />

tangible achievements, we can mention the elaboration<br />

of the first Panorama de Gênero do Setor <strong>Florestal</strong>, a<br />

milestone for the Sector. The data produced for the Panorama,<br />

in its two issues, supported the decision of companies<br />

and individuals to act more effectively to combat<br />

inequalities. In addition, the Network has participated<br />

in important instances of influence contributing to more<br />

equity in the Forest-based Sector. The Forest Women’s<br />

Network is a member and active participant of the FSC®,<br />

the Forest Dialogue, the Brazil Climate, Forests, and Agriculture<br />

Coalition, the Amazon Forest Forum, the Paraná<br />

and Santa Catarina Forestry Forums, and the Alliance<br />

for the Restoration of the Amazon. Internationally, we<br />

are part of the United Nations Forum for Forests (UNFF)<br />

and Women Organizing for Change in Agriculture and<br />

Natural Resource Management (WOCAN). It should be<br />

noted that, since the creation of the RMF, more and more<br />

organizations have been addressing the theme, either in<br />

events or in the insertion of good practices.<br />

What is your biggest goal as head of the RMF?<br />

My main goal is to contribute so that the Forest-based<br />

Sector can offer equal opportunities for women and men,<br />

both in areas of activity, as well as in positions, wage<br />

conditions, the form of treatment, and valorization. I<br />

truly believe that collective and collaborative work within<br />

the Sector will lead us to achieve this, which is why I work<br />

with great motivation and engagement with the RMF.<br />

A reflexão que precisamos<br />

fazer nas organizações<br />

é: será que as mulheres<br />

não estão nesses espaços<br />

porque não querem ou<br />

porque a elas não foi<br />

dada a oportunidade e as<br />

condições necessárias<br />

para estar?<br />

46 www.referenciaflorestal.com.br


COLUNA<br />

Supressão de árvores:<br />

Corrente da motosserra<br />

versus produtividade<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Engenheiro <strong>Florestal</strong> e Segurança do Trabalho<br />

Ms. em Manejo <strong>Florestal</strong><br />

gabrielberger.com.br<br />

gabriel@gabrielberger.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

Como otimizar o tempo de trabalho com a escolha da<br />

corrente de motosserra certa<br />

Aescolha da corrente da motosserra pode interferir<br />

diretamente na produtividade do trabalho<br />

de supressão de árvores. Com a corrente certa,<br />

aliada à técnica correta de corte, a motosserra<br />

pode proporcionar melhor desempenho, otimizando<br />

o trabalho da equipe.<br />

Escolher a melhor corrente não quer dizer optar pela mais<br />

agressiva, mas sim por aquela com as melhores características<br />

de corte em relação ao modelo da motosserra, intensidade<br />

de uso e dureza da madeira a ser manejada. Usar somente<br />

uma corrente com um cortador mais agressivo em relação à<br />

potência da máquina não significa que haverá aumento do<br />

desempenho de corte.<br />

Para que fique mais claro, veja abaixo, de forma ampliada,<br />

o protótipo de um cortador ou dente da corrente da motosserra:<br />

1. Limitador/guia de profundidade: Determina a espessura<br />

da lasca da madeira.<br />

2. Ponta de ataque: Faz a penetração na madeira.<br />

3. Fio de corte: Realiza/finaliza o corte.<br />

exigência quanto à técnica e experiência do operador da máquina.<br />

Além do cortador, a corrente ainda tem mais três elementos,<br />

que são: rebite, elo de tração e elo de união. A distância<br />

entre três rebites é o passo da corrente e é ele que vai determinar<br />

o diâmetro da lima para realizar a afiação do cortador.<br />

Com a corrente correta escolhida, é hora do operador da<br />

máquina e da equipe de manejo entrar em ação. O entrosamento,<br />

o planejamento e a comunicação entre todos os membros<br />

do grupo é fundamental para o sucesso do trabalho.<br />

Com um conjunto de corte adequado, afiação e manutenção<br />

da máquina em dia, técnica correta de corte e preparo<br />

da equipe, o trabalho de supressão da vegetação pode ser<br />

realizado em menos tempo e, principalmente, com mais segurança.<br />

O perfil do cortador escolhido também é fundamental,<br />

pois é ele que determina a velocidade de corte e, consequentemente,<br />

o aumento da produtividade. À medida que o perfil<br />

avança do redondo para o quadrado, conforme indica a figura<br />

abaixo, tem-se como resultados: aumento da exigência do<br />

nível de experiência do usuário na afiação, obtenção de uma<br />

madeira sem intempéries, maior economia de combustível,<br />

menor esforço do motor e melhor acabamento na madeira.<br />

Dessa forma, podemos concluir que, quanto mais próximo<br />

ao perfil quadrado, mais agressivo é o corte e há uma maior<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


PRINCIPAL<br />

EXCELÊNCIA<br />

EM ATENDER<br />

50 www.referenciaflorestal.com.br


Aliar qualidade de<br />

equipamentos ao melhor em<br />

atendimento e pós-venda é<br />

o diferencial para marca de<br />

cabeçotes florestais<br />

Excellence<br />

in service<br />

Combining equipment quality with<br />

the best in after-sales service is the<br />

differential for a forest head brand<br />

Fotos: Emanuel Caldeira e divulgação<br />

M<br />

áquinas e equipamentos florestais têm apresentado<br />

desempenho e tecnologias que superam<br />

limites constantemente e por isso, é necessário<br />

oferecer algo que vá além de um equipamento<br />

de alto padrão. Entender as necessidades e<br />

conhecer seu cliente é chave para conseguir se diferenciar nesse<br />

segmento, para ir além da venda e conseguir desenvolver um<br />

relacionamento entre fornecedor e cliente. Esse tem sido um dos<br />

pilares do trabalho da Log Max, fabricante de cabeçotes florestais,<br />

que se estabeleceu como uma das líderes do mercado.<br />

A Log Max é uma empresa sueca fundada em 1980 e que está<br />

presente no Brasil há mais de duas décadas. Desde sua chegada ao<br />

Brasil, a marca apresentou produtos de alto padrão e conquistou<br />

o mercado nacional, se estabelecendo como uma referência no<br />

setor de base florestal. Rodrigo Contesini, diretor da Log Max do<br />

Brasil, ressalta que o atendimento ao cliente é muito importante<br />

para a construção da reputação da empresa. “Acreditamos que<br />

um pós-venda bem feito, em um mercado tão disputado e equilibrado,<br />

é o que garante a fidelidade da marca”, valoriza Rodrigo.<br />

Para o diretor, a forma com que cada fabricante dá esse suporte<br />

ou atende o cliente é o diferencial do pós-venda que vai fazer<br />

com que no futuro o cliente opte pela manutenção e renovação<br />

do equipamento. “Sabemos que por se tratar de um equipamento<br />

mecânico com alto índice de tecnologia agregada trabalhando em<br />

um ambiente extremamente agressivo, o cabeçote precisará de<br />

assistência ou ajustes ao longo do tempo e, por isso, trabalhamos<br />

para atender o cliente com prontidão e velocidade na solução das<br />

necessidades”, complementa Rodrigo. Nesse sentido, a empresa<br />

presta a assistência completa, desde o primeiro contato com o<br />

cliente e dá grande importância para a entrega dos equipamentos.<br />

Cada cabeçote que chega ao comprador tem uma entrega técnica<br />

específica, para garantir que o operador da máquina tenha todo<br />

conhecimento para trabalhar e otimizar a operação do cabeçote<br />

no campo. “Para nós a entrega técnica é o início do pós-venda,<br />

pois ali é onde criamos o relacionamento com o cliente e nos colocamos<br />

a disposição dele para garantir uma operação de campo<br />

constante e eficiente”, destaca Rodrigo.<br />

F<br />

orest machines and equipment have presented<br />

performance and technologies that constantly exceed<br />

limits; therefore, offering something beyond<br />

high-standard equipment is necessary. Knowing<br />

your customer and understanding his needs is key<br />

to differentiating yourself in this segment, going beyond the sale,<br />

and succeeding in developing a relationship between supplier<br />

and customer. This has been one of the pillars of the work of<br />

Log Max, a manufacturer of forest heads, which has established<br />

itself as one of the market leaders.<br />

Log Max is a Swedish company founded in 1980 and has<br />

been present in Brazil for over two decades. Since it arrived in<br />

Brazil, the brand has presented high-end products and conquered<br />

the domestic market, establishing itself as a reference in the<br />

Forest-based Sector. Rodrigo Contesini, Managing Director of<br />

Log Max do Brasil, points out that customer service was, and<br />

is, very important for building the Company’s reputation. “We<br />

believe that good after-sales service guarantees brand loyalty<br />

in a so disputed and balanced market,” he values.<br />

For the General Manager, how each manufacturer provides<br />

this support or customer service is after-sales, which is the differential<br />

that, in the future, will make the customer choose the<br />

maintenance and equipment renewal. “We know that because<br />

our products are mechanical equipment with a high index of<br />

aggregate technology working in an extremely aggressive environment,<br />

the head will need assistance or adjustments over time.<br />

Therefore, we work to serve the customer with promptness and<br />

speed in solving their needs,” he adds. In this sense, the Company<br />

provides complete assistance from the first contact with the<br />

customer giving importance to the delivery of the equipment.<br />

Each head that reaches the buyer has a specific technical delivery<br />

to ensure that the machine operator has all the necessary<br />

knowledge to work and optimize the operation of the head in<br />

the field. “For us, technical delivery is the beginning of after-sales<br />

service because that’s where we create the relationship with the<br />

customer and put ourselves at his disposal to ensure a constant<br />

and efficient field operation,” points out Contesini.<br />

Novembro 2022<br />

51


PRINCIPAL<br />

PEÇAS E SUPORTE<br />

Juliano Lima, especialista em venda de peças da Log Max, informa<br />

que hoje a empresa conta com amplo e abrangente número<br />

de peças em estoque, que garantem a assistência técnica veloz<br />

e efetiva. Juliano assinala que um dos diferenciais da Log Max é<br />

a versatilidade das peças que aliada aos estoques presentes em<br />

três regiões do Brasil, aperfeiçoam muito o trabalho das equipes<br />

de campo. “Hoje a Log Max tem estoque de peças nos Estados<br />

do Paraná, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, de São Paulo,<br />

do Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, onde se concentram a<br />

maioria de nossos clientes e assim, ganhamos em velocidade no<br />

atendimento”, aponta Juliano.<br />

O especialista em vendas relata que a Log Max quebra alguns<br />

paradigmas de mercado para melhorar o atendimento e reduzir o<br />

período que a máquina pode ficar parada. Juliano menciona que<br />

os vendedores são treinados para indicar quais peças o cliente<br />

pode ter em estoque e assim, resolver situações de campo com<br />

contatos via aplicativos de mensagens ou ligações. “Temos uma<br />

maneira prática de atender, isso agiliza processos e gera ainda<br />

mais confiança para nossos clientes diante do nosso trabalho”,<br />

garante Juliano<br />

Thiago Horst Souza, coordenador de suporte ao cliente, explica<br />

que hoje a Log Max conta com 10 profissionais voltados ao<br />

atendimento em campo, estrategicamente sediados em cidades<br />

próximas às operações florestais no sul do Brasil para oferecer o<br />

suporte necessário aos clientes no menor tempo possível. Segundo<br />

o coordenador, no momento da instalação do cabeçote<br />

na máquina base, já é feita a apresentação completa do equipamento,<br />

na entrega técnica os técnicos de campo orientam sobre<br />

PARTS AND SUPPORT<br />

Juliano Lima, a Specialist in the sale of parts for Log Max,<br />

states that today, the Company has a large and comprehensive<br />

number of parts in stock, guaranteeing fast and effective<br />

technical assistance. Furthermore, Lima points out that one<br />

of the differentials of Log Max is the versatility of the parts<br />

combined with the stocks present in three regions of Brazil,<br />

which significantly improves the field teams’ work. “Today, Log<br />

Max has parts stocks in the States of Paraná, Rio Grande do<br />

Sul, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, and Minas<br />

Gerais, where most of our customers are concentrated, and<br />

thus, we gain in speed in service.” points out Lima.<br />

The Part Sales Specialist says that Log Max breaks some<br />

market paradigms to improve service and reduce the time the<br />

machine remains inoperative. Lima mentions that sales personnel<br />

are trained to indicate what parts the customer should<br />

have in stock and thus resolve field situations with contacts via<br />

messaging applications or phone calls. “We have a practical<br />

way to meet this demand which streamlines processes and<br />

generates even more confidence for our customers in the face<br />

of our work,” says Lima.<br />

Thiago Horst Souza, Customer Support Coordinator,<br />

explains that today, Log Max has ten professionals focused<br />

on field service strategically based in cities close to Southern<br />

Brazil’s forest operations, offering customers the necessary<br />

support in the shortest possible time. According to the Coordinator,<br />

Log Max, at the time of installation of a head on the base<br />

machine, a complete presentation of the equipment is given in<br />

the technical delivery where the field technicians advise on the<br />

52 www.referenciaflorestal.com.br


as melhores práticas de operação e os devidos cuidados com o<br />

equipamento. “Nossos colaboradores explicam como trabalhar<br />

e manter o equipamento em boas condições, orientam sobre as<br />

rotinas de inspeções diárias e semanais, além do plano de manutenção<br />

preventiva, que prolonga a vida útil do equipamento”,<br />

descreve Thiago. Para ele, um dos grandes diferencias que a Log<br />

Max oferece para seus clientes é a sinergia entre os setores da<br />

empresa. O profissional explica que esse trabalho garante resultados<br />

satisfatórios aos clientes, pois estabelece uma estrutura<br />

de assistência segura, eficaz e rápida. “Nosso suporte ao cliente<br />

muitas vezes consegue orientar e resolver questões via celular.<br />

Em todo processo de atendimento solicitado pelo cliente, desde<br />

a demanda da peça, até a visita no campo, está clarificada entre<br />

os times, o que evita retrabalhos e diminui a perda de tempo na<br />

operação florestal”, compara Thiago.<br />

O OUTRO LADO DO NEGÓCIO<br />

A qualidade dos equipamentos e do pós-venda da Log Max é<br />

reconhecida e valorizada por seus clientes, que variam em tempo<br />

e número de máquinas adquiridas, mas relatam grande satisfação<br />

com o trabalho da empresa. É o caso de Carlos Alberto Pavelski,<br />

engenheiro florestal, da Kimadeiras Indústria e Comércio de Madeiras,<br />

que recentemente adicionou a mecanização florestal às<br />

atividades da empresa e escolheu a Log Max para essa nova empreitada.<br />

“Desde o primeiro contato que tivemos com a Log Max,<br />

há pouco mais de um ano, nos chamou atenção a simplicidade<br />

para operação e a resistência dos equipamentos, mas também o<br />

atendimento primoroso prestado pelos profissionais da empresa,<br />

pois nas poucas vezes que precisamos deles, em poucas horas já<br />

tínhamos a solução para o cabeçote e a produção retomada a<br />

todo vapor”, exalta Carlos.<br />

Acreditamos que um pós-venda<br />

bem feito, em um mercado tão<br />

disputado e equilibrado, é o que<br />

garante a fidelidade da marca<br />

Rodrigo Contesini - diretor da<br />

Log Max do Brasil<br />

best operating practices and the proper care of the equipment.<br />

“Our employees explain how to work and keep the equipment<br />

in good condition, advise on the routines of daily and weekly<br />

inspections, in addition to the preventive maintenance plan,<br />

which extends the life of the equipment,” describes Souza.<br />

For him, one of the significant differences that Log Max<br />

offers customers is the synergy between the Company’s sectors.<br />

The professional explains that this work guarantees customers<br />

satisfactory results and establishes a safe, effective, and<br />

immediate care structure. “Our customer support can often<br />

guide and resolve issues via cellular. In every service process<br />

requested by the customer, from the request for a part to the<br />

visit in the field, it is clarified between the teams, which avoids<br />

rework and reduces the loss of time in the forest operation,”<br />

Souza says.<br />

THE OTHER SIDE OF THE BUSINESS<br />

Log Max’s equipment quality and after-sales service are<br />

recognized and valued by its customers, which vary in time<br />

Novembro 2022<br />

53


PRINCIPAL<br />

Fábio Luiz Büttenbender, proprietário da CL Indústria, relata<br />

que escolheu a marca pela atenção prestada desde o primeiro<br />

momento de contato. Fábio conta que entrou em contato com o<br />

comercial um dia e em menos de 24h (horas) um representante<br />

da empresa estava em sua porta para fazer negócio. “Antes de<br />

fecharmos fizemos uma visita em uma propriedade onde operavam<br />

cabeçotes Log Max, me foi apresentado todos os detalhes<br />

Temos uma maneira prática de<br />

atender, isso agiliza processos e<br />

gera ainda mais confiança para<br />

nossos clientes diante do nosso<br />

trabalho<br />

and number of machines purchased but always report complete<br />

satisfaction with the Company’s work. This is the case<br />

for Carlos Alberto Pavelski, a Forestry Engineer at Kimadeiras<br />

Indústria e Comércio de Madeiras. He recently added forest<br />

mechanization to his Company’s activities and chose Log Max<br />

for this new project. “Since the first contact we had with Log<br />

Max, just over a year ago, we were drawn to the simplicity of<br />

equipment operation and resistance, and also the exquisite<br />

service provided by the Company’s professionals, because in<br />

the few times we needed them, in a few hours, we already<br />

had the solution for the head and production resumed at full<br />

steam,” exalts Pavelski.<br />

Fábio Luiz Büttenbender, Owner of CL Indústria, says he<br />

chose the brand for the attention provided from the first moment<br />

of contact. Büttenbender says that he contacted the sales<br />

personnel, and in less than 24 hours, a Company representative<br />

was at his door to do business. “Before we closed the sale, we<br />

visited a property where Log Max heads operated and were<br />

presented with all the equipment details. During the purchase<br />

process, I was kept in constant contact. In addition, the sales<br />

Juliano Lima - especialista em venda<br />

de peças da Log Max<br />

54 www.referenciaflorestal.com.br


do equipamento e o processo de compra deles me atualizava<br />

constantemente. Na sequência, o vendedor me informava sobre<br />

o estágio da entrega em que meu cabeçote estava”, lembra Fábio.<br />

Gustavo Pereira, CEO da Aliança Gestão <strong>Florestal</strong>, trabalha<br />

há 5 anos com cabeçotes Log Max e o sucesso nesse período é<br />

exemplificado pelas novas aquisições que a Aliança realizou junto<br />

à Log Max. A empresa passou recentemente a ter oito cabeçotes<br />

em funcionamento e os planos para o futuro são de adquirir<br />

mais cinco para garantir a continuidade da produção. “Já temos<br />

um histórico com eles, de bom atendimento, com vendedores,<br />

mecânicos e também com a diretoria da Log Max, que nos atende<br />

diretamente quando precisamos”, enaltece Gustavo.<br />

Rui Cleverson Barbosa, sócio proprietário da empresa Agroflorestal<br />

Camboim, relata que trabalhou com a Log Max por um<br />

período, trocou de equipamentos, mas decidiu retornar após 1<br />

ano operando com outro cabeçote. Para Rui, o cuidado oferecido<br />

pela Log Max foi um grande diferencial para esse retorno e<br />

o trabalho em campo pesou nessa escolha. “A Log Max vem se<br />

aprimorando cada vez mais no pós-venda, com técnicas e técnicos<br />

melhores e para nós que estamos no mercado, isso é um chamariz<br />

no momento da decisão”, aponta Rui.<br />

Paulo Rink, proprietário da agrícola industrial Agril, relata<br />

que o trabalho em sua propriedade antes era terceirizado e<br />

quando decidiu verticalizar a operação escolheu a Log Max, por<br />

recomendação de empresários da região, que já utilizavam os<br />

equipamentos da marca. “Tenho o equipamento da Log Max há<br />

praticamente um ano, e até agora, seguindo as recomendações<br />

de manutenção preventiva que me passaram, não tive um único<br />

motivo para chamar a equipe da Log Max para sanar qualquer<br />

necessidade”, exalta Paulo Rink.<br />

representative updated me about the delivery stage,” recalls<br />

Büttenbender.<br />

Gustavo Pereira, Managing Director of Aliança Gestão<br />

<strong>Florestal</strong>, has worked with Log Max heads for five years. The<br />

successes in this period are exemplified by the new acquisitions<br />

which Aliança made from Log Max. As a result, his Company<br />

now has eight heads in operation, with plans to acquire five<br />

more in the future to ensure the continuity of production. “We<br />

already have a history with them of good service, with salespeople<br />

and mechanics. Also, Log Max management directly<br />

responds to any doubts, when necessary,” praises Pereira.<br />

Rui Cleverson Barbosa, the Managing Partner of Agroflorestal<br />

Camboim, says that he had worked with Log Max<br />

equipment for a long time and changed equipment but decided<br />

to return after one year of operating with another brand of<br />

head. For Barbosa, the care offered by Log Max was an excellent<br />

differential for this return, and the fieldwork weighed<br />

on his choice. “Log Max has been improving more and more<br />

in after-sales service, with better techniques and technicians,<br />

and for us who are in the market, this is an essential point at<br />

the time of the decision,” says Barbosa.<br />

Paulo Rink, Owner of Agrícola Industrial Agril, reports that<br />

the work on his property was previously outsourced. So, when<br />

he decided to verticalize the operation, he chose Log Max on the<br />

recommendation of entrepreneurs in the region who already<br />

use the brand’s equipment. “I’ve used Log Max equipment for<br />

almost a year, and so far, following the preventive maintenance<br />

recommendations, I haven’t had a single reason to call the Log<br />

Max team to clear up any problems,” says Rink.<br />

Novembro 2022<br />

55


MINUTO FLORESTA<br />

Trabalho contínuo,<br />

MELHORIA<br />

CONTÍNUA<br />

Programas voltados para boas<br />

práticas no campo apresentam<br />

resultados expressivos ao<br />

longo de sua aplicação<br />

O<br />

s programas PEP (Programa de Excelência<br />

em Pulverização) e o ABC (Acompanhamento<br />

Bayer de Campo) criados pela Bayer,<br />

são dois destaques da empresa nos últimos<br />

anos. Voltados ao trabalho no campo,<br />

coleta de dados e melhorias na aplicação de atividades<br />

práticas, os resultados obtidos são de grande valor para<br />

clientes e visíveis nas operações florestais. A união de<br />

conhecimento teórico do time Bayer e trabalho empírico<br />

dos profissionais de campo tem trazido benefícios para a<br />

silvicultura nacional.<br />

O PEP é uma consultoria oferecida pela Bayer aos seus<br />

clientes, que trabalha com quatro pilares: Diagnóstico,<br />

Recomendações, Relatório Final e Treinamentos e Acompanhamento.<br />

Através desses processos, a Bayer auxilia na<br />

otimização dos resultados de aplicação de defensivos nas<br />

culturas. Já o ABC é a ferramenta para acompanhamento<br />

diário, do time de promotores e gerentes da Bayer. Através<br />

desse acompanhamento é possível verificar se as informações<br />

e aprendizados trazidos pelo PEP estão sendo aplicadas.<br />

O PEP e o ABC trabalham com sinergia para otimizar<br />

os resultados constantemente.<br />

A Bayer ressalta que a padronização da coleta de dados<br />

cria uma base de dados cada vez maior e, ao mesmo tempo,<br />

mas específica para os especialistas desenvolverem novas e<br />

melhores práticas para o campo. Os dados dos resultados<br />

são utilizados para se definir linhas de ação em relação aos<br />

pontos críticos observados, envolvendo definição de prioridades,<br />

prazos e cobranças junto aos prestadores envolvidos.<br />

Paulo Coutinho, engenheiro agrônomo e consultor<br />

do PEP há 12 anos, é especialista nesses programas e, de<br />

acordo com os dados apresentados por ele, a Bayer conseguiu<br />

realizar uma transformação cultural nas empresas<br />

florestais e nas prestadoras, eliminando problemas básicos<br />

de qualidade e avançando para um padrão de qualidade<br />

mais robusto nos equipamentos e operações de aplicações.<br />

“O trabalho vai muito além das inspeções de máquinas, mas<br />

está baseado no fornecimento de informações técnicas e<br />

discussões sobre os principais pontos de qualidade nas<br />

aplicações”, aponta Paulo.<br />

O consultor explica que os dados gerados nas avaliações<br />

são transformados em relatórios individualizados de cada<br />

equipamento, são disponibilizados na nuvem e através de<br />

comparativos entres as informações são verificados os resultados<br />

de cada operação. “Dessa forma, cria-se um ponto<br />

de referência para se comparar com os anos anteriores e<br />

entre unidades de empresas, norteando os gestores nas<br />

tomadas de decisão e definição dos planos de qualidade<br />

junto as prestadoras”, descreve Paulo.<br />

A equipe da Bayer relata que os dados obtidos ao longo<br />

dos anos tem apresentado um viés de crescimento constante<br />

e padronizado onde o PEP e o ABC estão presentes. Para o<br />

time responsável por esses programas, se forem levados em<br />

conta os últimos 6 anos, é nítida e palpável a melhoria nos<br />

equipamentos e nos resultados das aplicações realizadas.<br />

O engenheiro vê com bons olhos os planos para o futuro<br />

do ABC e do PEP, pois o aperfeiçoamento apresentado pelos<br />

dados e resultados presentes até aqui mostram a melhoria<br />

no campo. “A partir do momento que conseguimos eliminar<br />

problemas básicos, passamos a caminhar na inserção de<br />

novas tecnologias como aplicações localizadas Spot Spray,<br />

inserção consistente do uso de controladores eletrônicos e<br />

até mesmo injeção de defensivos na linha de pulverização”,<br />

vislumbra Paulo.<br />

Foto: divulgação<br />

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TECNOLOGIA<br />

VISTO<br />

DE CIMA<br />

Utilização de drones para controle de pragas<br />

florestais é pauta em reunião de associações<br />

do sul do país e órgão federal<br />

Foto: divulgação<br />

58 www.referenciaflorestal.com.br


AEMBRAPA Florestas (Empresa Brasileira de Pesquisa<br />

Agropecuária), a ACR (Associação Catarinense<br />

de Empresas Florestais), a APRE (Associação<br />

Paranaense de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>) e a<br />

Ageflor realizaram reunião técnica, para apresentação,<br />

às empresas vinculadas ao FUNCEMA (Fundo Nacional<br />

de Controle de Pragas Florestais), do projeto sobre o uso de<br />

drones no manejo de formigas cortadeiras. O projeto prevê<br />

pesquisas para desenvolver e disponibilizar um protocolo para<br />

o monitoramento e controle de formigas cortadeiras do gênero<br />

Acromyrmex (quenquéns) em plantios florestais na região sul do<br />

Brasil, utilizando diferentes ferramentas embarcadas em drones,<br />

visando menor impacto ambiental, melhor eficiência e redução<br />

dos custos das atividades.<br />

Mais de 60 associadas, além dos diretores da ACR, Mauro<br />

Murara Júnior, e da APRE, Ailson Lopes, participaram on-line.<br />

Pela EMBRAPA, participaram Susete Penteado e Wilson Holler,<br />

Wilson Reis, pela Epagri/EMBRAPA, Mariane Nickele, consultora<br />

FUNCEMA/EMBRAPA Florestas e Elisiane Queiroz, laboratorista<br />

FUNCEMA/EMBRAPA Florestas.<br />

Na abertura da reunião, Reis destacou que o uso de drones<br />

para aplicação de formicidas exige estudo de eficácia e o estabelecimento<br />

de procedimentos para aplicação. “Será preciso<br />

desenvolver um protocolo para aplicação levando em conta fatores<br />

como altura, distância, tipos de iscas a serem embarcadas<br />

- a granel ou encapsuladas”, descreveu Wilson. O pesquisador<br />

comentou também sobre o uso de radar embarcado em drone<br />

para a identificação dos ninhos de formigas: “Já existe estudo<br />

conduzido em eucalipto para controle das formigas cortadeiras<br />

do gênero Atta, as saúvas, porém, esses estudos ainda não foram<br />

realizados para Acromyrmex, que apresentam ninhos bem<br />

menores e são de difícil localização”, explicou Wilson.<br />

Novembro 2022<br />

59


TECNOLOGIA<br />

Na sequência, o projeto foi apresentado por Mariane Nickele.<br />

Com prazo de execução previsto para dois anos, a proposta<br />

inclui seis atividades:<br />

• Uso de radar embarcado em drone para a detecção de<br />

ninhos de Acromyrmex;<br />

• Uso de câmeras de alta resolução embacadas em drone<br />

para detecção de mudas de pinus recém-plantadas<br />

atacadas por formigas cortadeiras;<br />

• Avaliação da eficácia da aplicação sistemática de iscas<br />

formicidas com o drone;<br />

• Avaliação da eficácia da aplicação localizada de iscas<br />

formicidas com o drone;<br />

• Estudo comparativo da aplicação sistemática manual de<br />

isca formicida x aplicação com o drone, no período pré-<br />

-plantio;<br />

• Análise econômica do uso de novas ferramentas no<br />

monitoramento e controle de formigas cortadeiras.<br />

Após a apresentação, os participantes puderam tirar dúvidas<br />

com a equipe do projeto. O próximo passo é a análise do projeto<br />

pelas associadas ao FUNCEMA, visando adesão à proposta.<br />

Susete Penteado avaliou positivamente a reunião: “Tivemos<br />

uma boa participação das empresas e contamos com o apoio da<br />

ACR, APRE e AGEFLOR. Vamos aguardar agora o posicionamento<br />

na expectativa de desenvolver esta proposta”, valorizou Susete.<br />

Wilson Reis complementou sua participação explicando que<br />

não é um projeto fechado e os pesquisadores estão abertos a<br />

sugestões e querem conhecer experiências já feitas. “Queremos<br />

caminhar juntos para que os resultados sejam de todos”, finalizou<br />

Wilson.<br />

A equipe do projeto é formada por: Susete do Rocio Chiarello<br />

Penteado, pesquisadora EMBRAPA Florestas, Wilson Reis<br />

Filho, pesquisador EPAGRI/( Empresa de Pesquisa Agropecuária<br />

e Extensão Rural de Santa Catarina) Florestas, Wilson Anderson<br />

Holler, analista EMBRAPA Florestas, Mariane Aparecida Nickele,<br />

consultora FUNCEMA/EMBRAPA Florestas, Alexandre dos<br />

Santos, professor do IFMT (Instituto Federal do Mato Grosso),<br />

Marcelo Francia Arco-Verde, pesquisador EMBRAPA Florestas,<br />

e Elisiane Castro de Queiroz, laboratorista FUNCEMA/EMBRAPA<br />

Florestas.<br />

FORMIGAS CORTADEIRAS<br />

As formigas cortadeiras dos gêneros Atta (saúvas) e<br />

Acromyrmex (quenquéns) são consideradas as pragas mais<br />

importantes de plantios de pinus e eucalipto, por causarem desfolhas<br />

que podem comprometer o desenvolvimento das plantas<br />

e promover a desuniformidade dos plantios. Nos plantios florestais<br />

na região sul predominam as quenquéns, que causam<br />

maiores danos às plantas no início do plantio.<br />

O manejo desses insetos é essencial para manter a sanidade<br />

dos plantios florestais e seu controle é realizado principalmente<br />

pelo uso de isca granulada, à base de sulfluramida ou fipronil.<br />

DRONE COMO NOVA TECNOLOGIA NO CONTROLE<br />

DE PRAGAS<br />

Os drones apresentam aplicabilidade em várias áreas de<br />

estudo e já estão sendo utilizados no monitoramento da sanidade<br />

de plantios agrícolas e florestais para detecção de pragas<br />

e doenças, detecção de plantas mortas, mapeamento da cobertura<br />

de plantas daninhas, aplicação de agrotóxicos, entre outras<br />

finalidades.<br />

No setor florestal, o interesse no uso dessa tecnologia é<br />

crescente, devido, principalmente, à coleta de dados de alta<br />

resolução em um curto espaço de tempo e com um custo relativamente<br />

baixo.<br />

Já foram testados drones acoplados a um dispersor de sólidos<br />

que aplicam as iscas formicidas a granel à lanço ou ainda<br />

iscas encapsuladas, porém ainda não foi avaliada a eficácia da<br />

aplicação.<br />

Será preciso desenvolver<br />

um protocolo para aplicação<br />

levando em conta fatores<br />

como altura, distância, tipos<br />

de iscas a serem embarcadas<br />

- a granel ou encapsuladas<br />

60 www.referenciaflorestal.com.br


PROTEÇÃO AMBIENTAL<br />

TECNOLOGIA CONTRA<br />

DESMATAMENTO<br />

Imagens de satélite são usadas para<br />

fiscalizar áreas de desmatamento<br />

Fotos: divulgação<br />

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AOperação Mata Atlântica em Pé VI, de combate<br />

ao desmatamento e de recuperação de áreas degradadas,<br />

contou com uma participação especial<br />

do IAT (Instituto Água e Terra). Pela primeira vez<br />

houve fiscalização remota, além das convencionais<br />

com fiscais em campo. Os responsáveis pelos desmatamentos,<br />

verificados através da análise de imagens de satélite,<br />

foram identificados e notificados com base nas informações<br />

prestadas no CAR (Cadastro Ambiental Rural).<br />

A gestão dos alertas e a confecção dos laudos é desenvolvido<br />

pelo Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação do<br />

Instituto IAT. Entre as irregularidades encontradas pelos técnicos<br />

do IAT estão corte de floresta nativa do bioma Mata Atlântica<br />

nos estágios inicial, médio e avançado, em RL (Reserva Legal)<br />

e em APP (Áreas de Proteção Permanente). Também foram<br />

identificadas atividades sem licenciamento ambiental e uso do<br />

fogo para destruição da floresta.<br />

A Operação Mata Atlântica em Pé é uma força-tarefa que<br />

acontece todo ano. Em 2022 a Operação ocorreu simultaneamente<br />

em 17 Estados que integram o bioma Mata Atlântica,<br />

entre os dias 19 e 30 de setembro. Ela foi coordenada pelo<br />

Ministério Público do Paraná, em articulação com os Ministérios<br />

Públicos dos demais estados. No Paraná, além do IAT, participam<br />

o Batalhão de Polícia Ambiental – Força Verde, IBAMA<br />

(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais<br />

Renováveis) e Polícia Científica.<br />

O secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo,<br />

Everton Souza, lembrou que o IAT participa massivamente<br />

de todas as forças-tarefas da Operação Mata Atlântica em Pé,<br />

contribuindo para a identificações de crimes contra o meio<br />

ambiente. “Nossos fiscais não medem esforços para combater<br />

o desmatamento ilegal e em todas as forças tarefas e ações<br />

que já fizemos no Paraná, essa prática sempre esteve no radar<br />

do órgão ambiental”, destacou Everton. O secretário lembrou<br />

que o IAT emitiu, desde 2019, Autos de Infração que somam R$<br />

314,7 milhões em multas nas fiscalizações ambientais, sendo a<br />

maior parte voltada ao desmatamento de vegetação nativa.<br />

Novembro 2022<br />

63


PROTEÇÃO AMBIENTAL<br />

A OPERAÇÃO<br />

No Paraná, foram identificados na sexta edição da operação<br />

mais de 4 mil ha (hectares) envolvendo o desmatamento ilegal<br />

de vegetação nativa. Deste total, 988 ha foram identificados<br />

pelo IAT pelos fiscais em campo, em 22 municípios, resultando<br />

em 207 AIA (Autos de Infração Ambiental), que somam multas<br />

no valor de R$ 10 milhões.<br />

Outros 217 AIAs ainda poderão ser lavrados pelo órgão<br />

ambiental através das fiscalizações remotas, as quais já identificaram,<br />

neste primeiro momento, mais de mil hectares de<br />

desmatamento. O valor das multas emitidas pelo IAT será maior<br />

com a contabilização das fiscalizações remotas, após o término<br />

de toda análise pelos técnicos da Instituição.<br />

O Gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Álvaro<br />

Cesar de Góes, comenta que é feita uma análise bastante<br />

criteriosa, principalmente por ser o primeiro ano que estamos<br />

realizando essa modalidade de fiscalização remota, fazendo<br />

uso de tecnologias através da análise das imagens de satélite,<br />

de forma temporal. “Dessa forma, obtemos os dados necessários<br />

para identificar o estágio sucessional da vegetação que<br />

foi suprimida, observar o uso do fogo e identificar espécies<br />

especialmente protegidas, a exemplo da araucária angustifólia”,<br />

explicou Álvaro.<br />

O gerente destacou, ainda, que é importante realizar a<br />

análise de maneira criteriosa, a fim de evitar deslizes. “Como é<br />

um trabalho por imagens de satélite, precisamos identificar os<br />

responsáveis e notificá-los para transcorrer o processo dentro<br />

do que determina a legislação”, completou Álvaro.<br />

HISTÓRICO<br />

Desde 2019, a Operação Mata Atlântica em Pé é realizada<br />

com a tecnologia da plataforma MapBiomas Alerta. Trata-se de<br />

um programa de alertas e emissão de relatórios de constatação<br />

de desmatamento, que usa tecnologias de monitoramento e<br />

tratamento de dados desenvolvido pelo projeto MapBiomas.<br />

A iniciativa reúne universidades, empresas de tecnologia e<br />

organizações não governamentais que realizam o mapeamento<br />

anual da cobertura e do uso do solo no Brasil. O alcance de<br />

maior precisão e segurança nas análises de supressão de vegetação<br />

nativa e a possibilidade de fiscalização em locais remotos<br />

e de difícil acesso são algumas das principais vantagens da utilização<br />

desse tipo de ferramenta.<br />

Os municípios fiscalizados presencialmente pela força-tarefa<br />

estabelecida pelo IAT foram São Mateus do Sul, General<br />

Carneiro, União da Vitória, Bituruna, Cruz Machado, Porto<br />

Vitória, Paulo Frontin. Outros municípios do Paraná também<br />

tiveram autuações realizadas durante a Operação, através de<br />

fiscalizações realizadas rotineiramente pelos agentes fiscais que<br />

permaneceram em suas bases de atuação dentro dos Escritórios<br />

Regionais.<br />

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PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

Fotos: Emanoel Caldeira<br />

Conheça os vencedores da vigésima<br />

edição da maior premiação<br />

do setor de base florestal do Brasil<br />

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O<br />

Prêmio REFERÊNCIA chega à sua vigésima<br />

edição e vai contemplar excepcionalmente<br />

vinte representantes do setor que<br />

mais se destacaram em 2022, em uma<br />

celebração especial pelos 20 anos do<br />

prêmio. A premiação organizada pela JOTA Editora, responsável<br />

pela publicação das revistas: REFERÊNCIA FLO-<br />

RESTAL, REFERÊNCIA INDUSTRIAL, REFERÊNCIA CELULOSE<br />

& PAPEL, REFERÊNCIA PRODUTOS DE MADEIRA e REFE-<br />

RÊNCIA BIOMAIS, já tornou um marco para o segmento e<br />

atrai a cada ano mais indicados e interesse do público em<br />

relação aos vencedores.<br />

Os critérios para a seleção dos vencedores são<br />

bastante exigentes, desde as indicações recebidas por<br />

clientes, parceiros, anunciantes e personalidades do<br />

setor, passando por pesquisas e avaliações realizadas<br />

internamente pelos membros da organização do evento.<br />

Muito além do prêmio, o objetivo é valorizar quem mais<br />

trabalhou para o fortalecimento e crescimento da indústria<br />

de base florestal e industrial. É um reconhecimento<br />

dado para empresas ou associações, mas que reflete no<br />

trabalho de todos os que fazem o setor mais forte e representativo<br />

para a economia nacional.<br />

Fábio Alexandre Machado, diretor comercial da JOTA<br />

Editora, celebra o grande número de indicações recebidas<br />

e a importância que o setor demonstra em relação<br />

a premiação. “Para nós é uma grande alegria e o reconhecimento<br />

do trabalho que realizamos há mais de duas<br />

décadas em prol do fortalecimento da indústria de base<br />

florestal nacional”, valoriza Fábio.<br />

PRÊMIO REFERÊNCIA 2022<br />

Data: 29/11/2022 - Horário: 19h (horas)<br />

Local: Restaurante Porta Romana - Curitiba (PR)<br />

Informações e ingressos para o evento: comercial@revistareferencia.com.br ou +55 (41) 99968-4617<br />

Novembro 2022<br />

67


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

ABAF<br />

A ABAF (Associação Baiana das Empresas de Base <strong>Florestal</strong>) é uma das premiadas deste ano pelo trabalho feito para o fortalecimento<br />

do setor florestal baiano. Além dos eventos e cursos promovidos pela associação, neste ano a ABAF ajudou a produzir<br />

o Plano Bahia <strong>Florestal</strong> 2023-2033, que tem como foco atrair novos investimentos para ampliar e fortalecer a cadeia produtiva de<br />

florestas plantadas no Estado, intensificando o que já é feito e buscando a maior inclusão dos pequenos e médios produtores e<br />

processadores de madeira na Bahia nessa próxima década.<br />

ABIMCI<br />

A ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente) comemora 50 anos em 2022 e, como reconhecimento<br />

pelo extenso trabalho em prol da indústria madeireira e defesa dos interesses do setor, é uma das empresas que irá<br />

receber o Prêmio REFERÊNCIA. A entidade é a principal fonte de informações para organismos governamentais brasileiros e estrangeiros,<br />

referencial para a imprensa, universidades e entidades setoriais.<br />

ADAMI<br />

Para além do trabalho direto com a madeira, o setor de base florestal é feito de pessoas e a Adami é a premiada deste ano por<br />

uma ação importante realizada na área de recursos humanos. Valorizar profissionais e trabalhar para gerar um bom ambiente de<br />

trabalho é chave para que os colaboradores possam usufruir de condições favoráveis ao pleno desenvolvimento de suas atividades<br />

e, por consequência, gerar resultados melhores para a empresa.<br />

AGROSEPAC<br />

Escolhido para receber o Prêmio REFERÊNCIA 2022, o grupo AGROSEPAC realiza desde os anos 1960 atividades florestais em<br />

Mallet (PR), em uma das melhores e mais importantes regiões do Brasil para o plantio de pinus e erva-mate. Atualmente, a empresa<br />

executa projetos na área de reflorestamento e operações florestais, com cerca de 2 milhões de mudas de pinus todos os anos,<br />

gerando milhares de empregos diretos e indiretos.<br />

B2 MADEIRAS<br />

A B2 Madeiras trabalha com as melhores árvores que o Brasil pode oferecer. Madeiras nobres extraídas através de manejo<br />

florestal sustentável são processadas na serraria para produzir produtos de madeira, que não só valorizam o ambiente onde estão,<br />

mas também garantem a continuidade de uma prática tão positiva como o manejo florestal. A responsabilidade ambiental demonstrada<br />

pela B2 Madeiras é uma das chaves para garantir a floresta em pé para gerações futuras.<br />

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CMPC<br />

A multinacional chilena CMPC é uma das premiadas deste ano pelos projetos voltados ao fomento econômico e sustentável no<br />

Rio Grande do Sul: o BioCMPC e o RS+Renda. O BioCMPC trata do segundo maior investimento privado da história do Rio Grande<br />

do Sul e o maior em termos de sustentabilidade. Já o RS+Renda é um programa de fomento florestal promovido pela CMPC. Para<br />

o ano de 2022, a empresa possui a meta de ampliar a base florestal em 15 mil ha (hectares) no Estado e atingir a produção de 350<br />

mil toneladas de celulose ao ano.<br />

DEMUNER<br />

A Demuner Marcenaria trabalha há mais de 30 anos com o objetivo de agregar o máximo de valor em cada projeto realizado.<br />

Sediada no Espírito Santo, a Demuner tem como objetivo criar soluções exclusivas em marcenaria, superando desafios e surpreendendo<br />

seus clientes para a realização do trabalho. A excelência na entrega de projetos únicos e inovadores faz da Demuner um dos<br />

destaques desse ano, pois a empresa leva a madeira, em suas formas mais variadas e criativas para dentro das casas com muito<br />

estilo e valorização da mesma como protagonista.<br />

ENEBRA ENERGIA<br />

A Enebra Energia atua no fornecimento de biomassa de eucalipto e supressão nativa em todas as suas formas, oferecendo uma<br />

fonte de energia sustentável às indústrias por meio de florestas próprias certificadas. É uma das empresas premiadas nesta edição<br />

pelo notável trabalho desenvolvido em 2022, além do crescimento no setor de cavaco para biomassa, na região centro oeste do<br />

país. Trabalhar pelo esforço de gerar energia limpa, junto com a preocupação da sustentabilidade em seus processos perfazem a<br />

matemática perfeita para um futuro do planeta mais equilibrado.<br />

GCM<br />

Os produtos madeireiros nacionais têm sido cada vez mais reconhecidos e valorizados no mercado externo e o trabalho da<br />

GCM Trade tem grande valor nesse processo. A empresa sediada em Curitiba (PR) trabalha continuamente para levar o melhor para<br />

os clientes ao redor do mundo. A GCM, há mais de 10 anos, exporta madeira de reflorestamento em tábuas, chapas, placas, pisos<br />

e muito mais, tudo isso com o objetivo de fomentar nossa economia e valorizar a produção de madeira nacional. Tudo adequado<br />

com o mais alto grau de exigência que o mercado internacional necessita. Afinal, manter uma década de fornecimento de produtos<br />

brasileiros para o mercado externo é no mínimo desafiador e mostra o grau de qualificação que a empresa dispõe.<br />

GRUPO AC HENRIQUES<br />

Pariri, Garapeira, Cambará, Peroba e tantas outras árvores nobres são as matérias-primas dos produtos oferecidos pelo Grupo<br />

AC Henriques. Localizada em Sinop (MT), um polo para o manejo florestal sustentável do Estado e do país, indústria madeireira que<br />

processa e manufatura madeira nacional de alto padrão para levar o que de melhor há no Brasil para todos os cantos do mundo, de<br />

maneira sustentável e que mantém a floresta em pé.<br />

Novembro 2022<br />

69


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

GRUPO PALUDO<br />

Produzir e preservar, essas são as chaves do trabalho do Grupo Paludo. Através da Serraria Pérola, onde o trabalho é realizado,<br />

a madeira nativa é cortada através de métodos de manejo sustentável. Assim, produz produtos de madeira que são vendidos para<br />

todo o Brasil e também para o exterior. O trabalho realizado pelo Grupo Paludo tem grande importância para a comunidade local e<br />

para a preservação da floresta amazônica, um dos maiores patrimônios nacionais.<br />

HAAS MADEIRAS<br />

Com início da operação de uma fábrica própria de pellets em 2022, uma moderna unidade fabril de 50 mil m² de área construída<br />

em Venâncio Aires (RS), a Haas Madeiras é uma das premiadas do Prêmio REFERÊNCIA. A estrutura tem capacidade para produzir<br />

2,5 mil t (toneladas) de pellets por mês e também abriga o depósito dessa biomassa, fonte de energia renovável que a Haas<br />

Madeiras vem investindo nos últimos anos.<br />

MARINI COMPENSADOS<br />

Fundada em 2004, na cidade de Palmas (PR), a Marini Indústria de Compensados produz painéis e placas de madeira de alta<br />

qualidade e desempenho para o mercado externo e interno, com um parque fabril de 17 mil m² de área construída, com investimentos<br />

constantes em busca de aprimorar a fabricação de seus produtos. Certificados de qualidade como Teco Tested, dos EUA<br />

(Estados Unidos da América), atestam a empresa como uma das premiadas desta edição.<br />

MIP FLORESTAL<br />

Especialista em manejo fitossanitário no mercado florestal, a MIP <strong>Florestal</strong> contribui de forma significativa em inovações metodológicas<br />

na área de Manejo Integrado de Pragas. Com banco de dados único de pragas, doenças e manejo assertivo, a MIP <strong>Florestal</strong><br />

auxilia nas tomadas de decisões do ciclo da cultura, do viveiro ao campo, tornando o investimento mais rentável e seguro. Dessa<br />

forma, a MIP <strong>Florestal</strong> é reconhecida no vigésimo Prêmio REFERÊNCIA.<br />

PIOMADE<br />

Soluções sustentáveis são chave para o desenvolvimento do setor e da sociedade, por isso a Piomade alcançou lugar de destaque<br />

em 2022. O ano foi marcado pela inauguração da nova fábrica de pellets da empresa. As soluções de biomassa se tornaram<br />

essenciais para vários segmentos, além do próprio setor florestal. Trabalhar por um mundo mais sustentável e por uma produção<br />

mais limpa permeiam as diretrizes da Piomade no seu dia a dia. A nova fábrica é um exemplo prático da busca incessante da excelência<br />

em seus processos.<br />

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REDE MULHER FLORESTAL<br />

A conquista de espaços pelas mulheres no setor florestal é contínua. Elas estão em todas as áreas e a Rede Mulher <strong>Florestal</strong><br />

tem atuado no fortalecimento de políticas e na quebra de paradigmas sobre a presença feminina no setor florestal. Valorizar as<br />

mulheres no segmento florestal é uma realidade e essa representatividade ganha força a cada ano, sobretudo quando o assunto<br />

são as boas práticas de ESG, tão em voga hoje em dia.<br />

RELVAPLAC<br />

Com quase 30 anos de história no segmento de compensados multilaminados, a RELVAPLAC tem como mercado principal a<br />

exportação, presente em mais de 40 países, além de atender o mercado nacional nos setores industrial, da construção civil e moveleiro.<br />

A empresa conta ainda com mais de 2 milhões de árvores reflorestadas, o que confirma a RELVAPLAC como a ganhadora do<br />

Prêmio REFERÊNCIA em 2022.<br />

SANTA MARIA CELULOSE<br />

Com 60 anos de história, a Santa Maria Celulose é uma tradicional empresa paranaense. A Santa Maria Celulose é um exemplo<br />

de boas práticas e busca por melhorias para o próprio negócio e também para o desenvolvimento regional. O trabalho, que gera<br />

resultados para toda a comunidade no entorno em que a indústria se localiza é a principal característica de atuação da empresa. A<br />

realização do trabalho e os investimentos feitos pela empresa servem como parâmetro para todo o segmento de celulose.<br />

SENBRA COMPENSADOS<br />

A SENBRA Compensados, Indústria e Comércio de Madeiras, é destaque no setor em 2022 em sua missão de fomentar a industrialização<br />

de produtos especializados e de alta performance para diversos mercados e demandas. A fabricação sustentável de<br />

lâminas e compensados de madeira replantada, na planta instalada na cidade de Sengés (PR), confere à SENBRA um lugar entre os<br />

vencedores do ano de 2022 do Prêmio REFERÊNCIA.<br />

VETORIAL<br />

Com ampla experiência no mercado desde 1969, o Grupo Vetorial atua no setor minério-siderúrgico, produzindo carvão vegetal<br />

e ferro gusa, além de extração de minério de ferro. No setor de energia renovável, produz carvão vegetal com sustentabilidade,<br />

exclusivamente de florestas plantadas renováveis, com aproveitamento de material lenhoso para a produção do Ferro Gusa Verde,<br />

razão pela qual a Vetorial é uma das premiadas nesta 20ª edição do Prêmio REFERÊNCIA. Entre os destaques da empresa, está a<br />

verticalização do seu processo de produção.<br />

Novembro 2022<br />

71


REGULAMENTAÇÃO<br />

DA MANEIRA CERTA<br />

72 www.referenciaflorestal.com.br


Indústria <strong>Florestal</strong> se une ao Ministério<br />

Público do Trabalho para combater<br />

trabalho irregular em Minas Gerais<br />

Fotos: divulgação<br />

AIndústria <strong>Florestal</strong> de Minas Gerais está engajada<br />

em promover ações de combate ao trabalho<br />

ilegal, infantil e em condições análogas à escravidão.<br />

As ações são reforçadas porque, ao longo<br />

das últimas décadas, a imagem do setor foi prejudicada<br />

por flagrantes de condições irregulares de trabalho,<br />

praticadas por criminosos, sobretudo em locais com produção<br />

de carvão vegetal.<br />

Nesse sentido, a AMIF (Associação Mineira da Indústria<br />

<strong>Florestal</strong>), instituição que representa as 22 maiores empresas<br />

produtoras de florestas plantadas de Minas Gerais, firmou<br />

um Termo de Cooperação Técnica com o MPT-MG (Ministério<br />

Público do Trabalho). De acordo com o documento, a AMIF<br />

deverá fomentar junto às suas empresas associadas a manutenção<br />

e a promoção de boas práticas trabalhistas em seus<br />

ambientes de atuação, além de multiplicar boas condutas<br />

respeitosas junto aos seus fornecedores.<br />

O Termo foi publicado no DOU (Diário Oficial da União)<br />

no início de setembro. A assinatura foi viabilizada em parceria<br />

com o Procurador-Chefe da PRT (Procuradoria Regional do<br />

Trabalho) da 3ª Região, Dr. Arlélio de Carvalho Lage.<br />

De acordo com a presidente da AMIF, Adriana Maugeri, o<br />

setor florestal que a Associação representa almeja contribuir<br />

Novembro 2022<br />

73


REGULAMENTAÇÃO<br />

de maneira eficaz para erradicar o trabalho irregular em Minas<br />

Gerais. Adriana enfatiza que o setor é vitrine da bioeconomia<br />

no estado e necessita que condutas criminosas sejam<br />

identificadas e devidamente punidas. Para a presidente, infelizmente,<br />

ainda são recebidos muitos relatos de produtores<br />

rurais, sobretudo de carvão vegetal, que mantêm trabalho<br />

irregular, infantil e até mesmo análogo à escravidão. Adriane<br />

afirma que essa situação precisa ser eliminada, pois essas<br />

pessoas não são produtores rurais, são criminosos que merecem<br />

punição exemplar, ao contrário do verdadeiro produtor<br />

rural, que é uma pessoa séria, que luta para prosperar, que<br />

atende ao nosso rigoroso arcabouço legal brasileiro e jamais<br />

compactua com ações desumanas e indignas. “É inaceitável<br />

assistir estas condutas em pleno 2022, por isso a intenção<br />

da AMIF e de suas empresas associadas é contribuir com o<br />

Ministério Público do Trabalho e com as forças policiais do<br />

estado para acabar de vez com práticas criminosas que contaminam<br />

o nosso honroso setor”, ressalta Adriana.<br />

Essa é a primeira vez que a Indústria <strong>Florestal</strong> mineira se<br />

une ao MPT (MG) em um acordo com previsão de duração<br />

inicial de 60 meses. Para a vice-procuradora-chefe da PRT da<br />

Terceira Região, Márcia Campos Duarte, o controle efetivo de<br />

práticas de trabalho irregulares no setor é um dos exercícios<br />

mais complexos e discutidos na última década por órgãos<br />

fiscalizadores. Segundo a vide-procuradora, a parceria entre<br />

AMIF e MPT é de extrema relevância para a efetividade das<br />

ações de combate à submissão da pessoa humana ao trabalho<br />

análogo à escravidão e está claro que uma conduta socialmente<br />

responsável, que seja efetiva, perpassa todo o processo<br />

de extração de matéria-prima e produção. “Esse acordo<br />

estabelece bases para a promoção de uma cadeia produtiva<br />

responsável, onde os participantes assumem o compromisso<br />

de recusar quaisquer formas de exploração”, explica Márcia.<br />

OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO<br />

SUSTENTÁVEL DA ONU<br />

Minas Gerais é o estado que possui a maior área com<br />

florestas plantadas do Brasil. No total, são 2,3 milhões de ha<br />

(hectares). Além disso, o setor que planta florestas em Minas<br />

Gerais também conserva mais de 1 milhão de ha de vegetação<br />

nativa.<br />

A soma revela que são mais de 3,6 milhões de ha de vegetação<br />

sob a responsabilidade da Indústria <strong>Florestal</strong> mineira, o<br />

que representa mais de 6% da área total do Estado. Os plantios<br />

florestais em Minas Gerais estão presentes em 803 municípios,<br />

o que representa mais de 90% do território mineiro.<br />

74 www.referenciaflorestal.com.br


É inaceitável assistir estas<br />

condutas em pleno 2022, por<br />

isso a intenção da AMIF e de<br />

suas empresas associadas é<br />

contribuir com o Ministério<br />

Público do Trabalho e com as<br />

forças policiais do estado para<br />

acabar de vez com práticas<br />

criminosas que contaminam o<br />

nosso honroso setor<br />

A presença alastrada em Minas Gerais faz da Indústria<br />

<strong>Florestal</strong> uma cultura agrícola com alto poder de inclusão<br />

social. Nesse cenário, a Presidente da AMIF, Adriana Maugeri,<br />

destaca que o setor cumpre 11 dos 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento<br />

Sustentável) da ONU (Organização das Nações<br />

Unidas).<br />

“Todos os dias o setor florestal de Minas contribui para a<br />

erradicação da pobreza, energia acessível e limpa, inovação,<br />

redução das desigualdades, cidades mais sustentáveis, consumos<br />

mais conscientes, combate às alterações climáticas,<br />

justiça, emprego digno e crescimento econômico. Essas contribuições<br />

são Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da<br />

ONU”, destaca Adriana.<br />

A Presidente cita os ODS para enfatizar que a produção e<br />

o consumo de carvão vegetal em Minas Gerais ficarão cada<br />

vez mais comprometidos com a responsabilidade social e<br />

ambiental, metas mundiais estabelecidas pela ONU. “A sociedade<br />

está fortemente convidada a conhecer melhor as ações<br />

e os produtos da Indústria <strong>Florestal</strong> mineira. Somos a certeza<br />

que o desenvolvimento econômico pode ser um forte aliado<br />

da conservação ambiental e da redução das desigualdades<br />

sociais”, completa Adriana.<br />

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utilização de até 20<br />

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Caldeiraria<br />

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central de acordo com<br />

padrão do cabeçote;<br />

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ferramentas de 4 lados<br />

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Novembro 2022<br />

75


ECONOMIA<br />

Indústria florestal em<br />

DESTAQUE<br />

76 www.referenciaflorestal.com.br


Valor de produção da silvicultura e da extração<br />

vegetal cresce 27,1% e bate recorde no país<br />

Fotos: divulgação<br />

Novembro 2022<br />

77


ECONOMIA<br />

Porém, em 2021, em termos<br />

proporcionais, a silvicultura<br />

até diminui 0,7% no valor<br />

da produção; ao passo<br />

que houve um aumento do<br />

extrativismo que passou<br />

a responder por 20,7% do<br />

valor total<br />

O<br />

valor da produção florestal atingiu o<br />

recorde de R$ 30,1 bilhões com alta<br />

de 27, 1% e produção em 4.884 municípios.<br />

O valor da produção da silvicultura<br />

(florestas plantadas) continua<br />

superando o da extração vegetal, o que ocorre desde<br />

o ano 2000. A silvicultura manteve a trajetória de crescimento<br />

retomada em 2020 (alta de 21,3% em relação<br />

a 2019) com aumento de 26,1%, alcançando R$ 23,8<br />

bilhões em 2021.<br />

Já a extração vegetal avançou 31,5%, atingindo um<br />

valor de produção de R$ 6,2 bilhões. Os dados são da<br />

PEVS (Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura)<br />

2021, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia<br />

e Estatística). Carlos Alfredo Guedes, gerente<br />

de Agropecuária do IBGE explica que os produtos<br />

florestais valorizaram muito em 2021 e este aumento<br />

está relacionado à alta do dólar e, também, à volta da<br />

produção das indústrias. “A alta mais expressiva ocorreu<br />

no valor de produção florestal (27,1%), desse valor,<br />

grande parte (79,3%) vêm da silvicultura, ou florestas<br />

plantadas, enquanto a extração vegetal responde por<br />

20,7%”, analisa Carlos.<br />

O gerente explica que, a cada ano, cresce a participação<br />

da silvicultura no valor de produção do setor, e<br />

cai a do extrativismo vegetal. O que não significa que a<br />

extração vegetal esteja diminuindo e, sim, que o valor<br />

dos produtos da silvicultura está crescendo. “Porém,<br />

em 2021, em termos proporcionais, a silvicultura até<br />

diminui 0,7% no valor da produção; ao passo que houve<br />

um aumento do extrativismo que passou a responder<br />

por 20,7% do valor total”, distingue Carlos.<br />

Em 2021, houve redução de 1,4% nas áreas de<br />

florestas plantadas no país, ou menos 138,9 mil ha<br />

(hectares). A área total da silvicultura é de 9,5 milhões<br />

de ha, dos quais, 7,3 milhões, ou 76,9% são de eucalipto,<br />

usado na indústria de celulose. Juntos, eucalipto<br />

e pinus foram responsáveis pela cobertura de 96,0%<br />

das áreas cultivadas com florestas plantadas para fins<br />

comerciais no país.<br />

O sudeste foi a única região com crescimento na<br />

área plantada da silvicultura, em 2021, com aumento<br />

de 30,7 mil ha (0,9%). O sul, onde estão 31,9% das<br />

áreas de florestas plantadas com pinus e eucalipto no<br />

país, houve redução de 2,7%. De acordo com dados da<br />

SECEX (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério<br />

da Economia, a celulose ocupou o nono lugar no ranking<br />

das exportações totais do país em 2021 (2,4%). O<br />

Brasil é o maior exportador mundial de celulose, com<br />

16,2 milhões de toneladas em 2021.<br />

78 www.referenciaflorestal.com.br


A participação dos produtos madeireiros segue preponderante<br />

no setor, com 95,6% do valor da produção<br />

florestal. O valor da produção dos produtos madeireiros<br />

com origem em áreas plantadas cresceu 23,7%,<br />

enquanto na extração vegetal o aumento foi de 37,9%.<br />

“Esses resultados ratificam a tendência de crescimento<br />

dos madeireiros oriundos da silvicultura e mostram<br />

um grande aumento nos madeireiros da extração em<br />

2021”, aponta Guedes.<br />

Houve crescimento do valor da produção em todos<br />

os grupos, sendo mais acentuado na madeira em tora<br />

que aumentou 26,3%. O valor da produção da madeira<br />

destinada à fabricação de papel e celulose cresceu<br />

24,4%; o carvão vegetal, 21,8%; e a lenha, 16,2%.<br />

Apesar da retração na série histórica, a extração<br />

vegetal, teve alta no valor gerado em 2019 (6,9%), 2020<br />

(6,3%) e em 2021 (31,5%). Enquanto os produtos madeireiros<br />

respondem pela quase totalidade do valor da<br />

produção da silvicultura, na extração vegetal esse grupo<br />

representa 63,5%, seguido pelos alimentícios (29,9%),<br />

ceras (4,7%), oleaginosos (1,3%) e outros (0,5%).<br />

MINAS GERAIS VALOROSA<br />

Minas Gerais continua com o maior valor da produção<br />

da silvicultura, que cresceu 22,5%, chegando a R$<br />

7,2 bilhões em 2021, ou 30,2% do total da silvicultura.<br />

O Estado é o maior produtor de carvão vegetal, com<br />

90,0% do volume nacional.<br />

O Paraná vem em segundo em valor de produção<br />

de florestas plantadas, R$ 4,7 bilhões. É o maior produtor<br />

de madeira em tora para papel e celulose, sendo<br />

responsável por 17,6% da produção nacional. A produção<br />

cresceu 4,1%, alcançando 15,7 milhões de m3<br />

(metros cúbicos), e o valor da produção subiu 10,0%,<br />

chegando a R$1,6 bilhão. A madeira em tora para outras<br />

finalidades também foi destaque, atingindo 22,0<br />

milhões de m3, crescimento de 1,0%, o que representa<br />

37,0% do total nacional, mantendo-se como o maior<br />

produtor do país.<br />

Em área plantada, Minas Gerais também segue<br />

com a maior área de florestas plantadas do país, com<br />

2,1 milhões de ha, quase totalmente ocupados por<br />

eucalipto. São Paulo detém a segunda maior área de<br />

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Novembro 2022<br />

79


ECONOMIA<br />

florestas plantadas, com 1,2 milhão de ha, dos quais<br />

80,7% são plantios de eucalipto.<br />

Entre os 10 municípios com as maiores áreas de<br />

florestas plantadas do Brasil, cinco estão em Mato<br />

Grosso do Sul, três em Minas Gerais, um no Rio Grande<br />

do Sul e um na Bahia. Quatro municípios sul-mato-grossenses<br />

ocupam as primeiras posições de área<br />

plantada no país, sendo destaques Três Lagoas e Ribas<br />

do Rio Pardo, que apresentaram as maiores áreas de<br />

florestas plantadas, com 237,3 mil ha e 196,8 mil ha,<br />

respectivamente.<br />

João Pinheiro (MG) é o município de maior área<br />

plantada no estado, totalmente coberta com eucalipto.<br />

Na Bahia, o destaque é Caravelas, enquanto no Rio<br />

Grande do Sul, foi Encruzilhada do Sul, com suas áreas<br />

praticamente divididas entre eucalipto e pinus.<br />

PARANÁ LIDERA NA SILVICULTURA<br />

Com 13,6 milhões de m3, ou 26,4% do total nacional,<br />

o Paraná é líder na produção de lenha com origem<br />

em florestas plantadas. O Rio Grande do Sul veio a seguir,<br />

com uma produção de 11,3 milhões de m3, 22,0%<br />

do total nacional. A região sul responde por 63,3% da<br />

produção nacional de lenha.<br />

João Pinheiro (MG) apresentou o maior valor da<br />

silvicultura em 2021, com R$ 600,0 milhões, assumindo<br />

a primeira posição no ranking nacional. A seguir,<br />

vinha Telêmaco Borba (PR), com R$ 556,2 milhões,<br />

destacando-se na produção de lenha, com 73,0 mil m3<br />

gerando R$ 3,5 milhões, com crescimento de 331,6%.<br />

“João Pinheiro (MG) era o segundo colocado e passou<br />

Telêmaco Borba (PR) em valor de produção. Isso é<br />

explicado pela demanda das siderúrgicas pelo carvão<br />

vegetal produzido em João Pinheiro. Telêmaco Borba,<br />

destaca-se pela produção de madeira em tora para papel<br />

e celulose”, relata Guedes.<br />

Dos 20 municípios do país com os maiores valores<br />

de produção florestal, 16 predominam a silvicultura e<br />

os outros quatro, o extrativismo. Cruz Machado (PR),<br />

além da silvicultura, destacou-se na extração de erva-<br />

-mate, e Limoeiro do Ajuru (PA), além do extrativismo<br />

madeireiro, distinguiu-se na extração de açaí. Colniza<br />

(MT) e Prainha (PA) foram destaque na extração da<br />

madeira em tora.<br />

EXTRAÇÃO VEGETAL CRESCE 31,5% E GERA R$<br />

6,2 BILHÕES EM VALOR DE PRODUÇÃO<br />

Em 2021, o valor da produção da extração vegetal<br />

cresceu 31,5%, totalizando R$ 6,2 bilhões. Dos nove<br />

grupos de produtos que compõem a exploração extrativista,<br />

apenas o grupo das oleaginosas teve redução<br />

no valor da produção (-2,8%).<br />

80 www.referenciaflorestal.com.br


A alta mais expressiva<br />

ocorreu no valor de produção<br />

florestal (27,1%), desse valor,<br />

grande parte (79,3%) vêm<br />

da silvicultura, ou florestas<br />

plantadas, enquanto a extração<br />

vegetal responde por 20,7%<br />

O grupo dos produtos madeireiros, de maior participação<br />

no valor da produção do extrativismo (63,5%),<br />

cresceu 37,9%, revertendo a tendência dos últimos<br />

anos, em que a exploração extrativista de madeira<br />

perdia espaço, sendo gradativamente substituída pela<br />

das florestas cultivadas. Em 2021, houve variações<br />

positivas em todos os produtos madeireiros. A madeira<br />

em tora teve aumento de 46,7% no valor da produção;<br />

a lenha, 10,0%; e o carvão vegetal, 30,3%. Em termos<br />

de valor da produção, o grupo registrou um aumento<br />

de 37,9%, totalizando R$ 1,1 bilhão.<br />

Mato Grosso e Pará responderam por 56,3% da<br />

produção de madeira em tora. Mato Grosso, que em<br />

2020 já havia ultrapassado o Pará como maior produtor,<br />

alcançou 4,5 milhões de m3 com um aumento de<br />

16,3%.<br />

O Maranhão é o maior produtor de carvão vegetal<br />

extrativo, com 142,6 mil toneladas, 32,3% do total nacional,<br />

com valor de produção de R$ 152,7 milhões. No<br />

ano, a produção maranhense cresceu 38,2%.<br />

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81


PESQUISA<br />

USO DE APLICATIVO<br />

PARA SMARTPHONE<br />

na determinação de<br />

produtividade do carregamento<br />

florestal de pequeno porte na<br />

região centro-sul do Paraná<br />

Fotos: divulgação<br />

82 www.referenciaflorestal.com.br


LEON LUCAS MIERZVA<br />

UFPR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)<br />

Novembro 2022<br />

83


PESQUISA<br />

RESUMO<br />

O<br />

carregamento é uma etapa essencial<br />

na logística florestal, pois é o elo entre<br />

a extração e o transporte principal. Entretanto,<br />

o tempo desprendido nessa<br />

atividade pode afetar a eficiência do<br />

transporte, sendo necessário um melhor planejamento<br />

e controle logístico. Desta forma, o uso de aplicativos<br />

em smartphones se tornou uma alternativa para melhorar<br />

a eficiência operacional das operações envolvidas.<br />

Nesse contexto, objetivou-se avaliar o desempenho<br />

operacional do carregamento de toras de duas espécies<br />

florestais, colhidas com diferentes sortimentos, e em<br />

duas composições veiculares para transporte florestal,<br />

utilizando dois aplicativos para otimizar a mensuração<br />

das cargas de madeira. Para isso, o estudo foi conduzido<br />

em três localidades na região centro-sul do Paraná, sendo<br />

avaliados os povoamentos de Pinus taeda e Eucalyptus<br />

dunnii, em corte raso. Inicialmente, realizou-se um<br />

inventário florestal de pré-corte e a definição dos sortimentos<br />

solicitados pelos clientes. Para o carregamento<br />

foi utilizado um trator Valtra BM100 autocarregável<br />

acoplado a um implemento de carregador florestal de<br />

marca Implemater. Os veículos de transporte avaliados<br />

foram dois caminhões trucados e um biminhão. As<br />

cargas foram mensuradas em m3 (metros cúbicos) ou<br />

st (estéreo), no campo, ou t (toneladas) mensurada na<br />

balança da unidade consumidora, variando conforme<br />

necessidade dos clientes. Para auxiliar nessa etapa,<br />

dois aplicativos para android foram desenvolvidos. Por<br />

meio de estudo de tempos, obteve-se o tempo total do<br />

carregamento de cada veículo, sendo avaliados 20 ciclos<br />

operacionais. Os tempos médios para o carregamento<br />

dos dois tipos de veículos foram comparados pelo teste<br />

t de Student (a = 0,05). Logo, verificou-se que houve diferenças<br />

estatisticamente significativas entre os tempos<br />

médios de carregamento do biminhão e dos caminhões<br />

truck, uma vez que a caixa de carga do biminhão é o<br />

dobro do caminhão truck. Os sortimentos tiveram pouca<br />

influência no tempo de carregamento, assim como o<br />

tipo de espécie também não teve diferenças significativas<br />

no tempo médio de carregamento, além disso, os<br />

aplicativos obtiveram resultados positivos em campo e<br />

reduziram o tempo para realização da determinação do<br />

volume das toras, em m³ e st, respectivamente.<br />

84 www.referenciaflorestal.com.br


INTRODUÇÃO<br />

No Brasil o setor florestal ocupa uma área de aproximadamente<br />

9 milhões de ha (hectares) de áreas plantadas,<br />

colocando-o em primeiro lugar no ranking mundial,<br />

com uma produção média de 39 m3 ha-1 ano-1 de<br />

eucalipto e 31 m3 ha-1 ano-1 de pinus. Essa colocação<br />

se deve a melhor engenharia genética, produtividade,<br />

prática de manejo e tecnologia. Esse setor tem grande<br />

importância para nossa economia pois representa 1,2%<br />

do PIB (Produto Interno Bruto) movimentando uma receita<br />

de R$ 97,4 bilhões no ano de 2019 (IBÁ, 2020).<br />

O setor florestal é amplo e diversificado, bem como<br />

contribui para o desenvolvimento e a sustentabilidade<br />

socioeconômica do país. As atividades florestais e as<br />

cadeias produtivas a elas associadas caracterizam-se<br />

pela diversidade de produtos, abrangendo uma gama<br />

de atividades e segmentos, desde a produção até a conversão<br />

de madeira natural em celulose, papel, pranchas<br />

de madeira, pisos laminados, madeira serrada, carvão<br />

e móveis, e produtos não-madeireiros (Machado et al.,<br />

2011).<br />

Esse setor tem grande<br />

importância para nossa<br />

economia pois representa<br />

1,2% do PIB (Produto Interno<br />

Bruto) movimentando uma<br />

receita de R$ 97,4 bilhões no<br />

ano de 2019<br />

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PESQUISA<br />

Para atender às demandas do mercado, toda madeira<br />

produzida precisa ser entregue continuamente<br />

à fábrica ou destino na quantidade, condição, local e<br />

tempo corretos com o menor custo possível (Guimarães,<br />

2014). Desta forma, o transporte florestal torna-se um<br />

fator fundamental para operações eficientes de extração<br />

de madeira (Machado et al., 2011). Entretanto, devido a<br />

sua importância, o transporte torna-se a atividade mais<br />

cara do setor florestal no Brasil e no exterior, sendo o<br />

frete responsável por uma média de 60% dos gastos<br />

logísticos na maioria das empresas de transporte (Rodrigues,<br />

2007).<br />

Bowersox e Closs (2001) colocam o custo do transporte<br />

entre dois pontos geográficos diferentes e o tempo<br />

necessário para executar o carregamento, como os<br />

fatores mais críticos para o bom desempenho do transporte<br />

florestal. Como a redução dos custos de colheita<br />

é fundamental para qualquer empresa, a análise detalhada<br />

das operações desempenha um papel importante<br />

para entendê-las, além de ajudar a facilitar as pesquisas<br />

que visam melhorar a eficiência operacional (Arcego,<br />

2015).<br />

Entretanto, devido a sua<br />

importância, o transporte tornase<br />

a atividade mais cara do setor<br />

florestal no Brasil e no exterior,<br />

sendo o frete responsável por<br />

uma média de 60% dos gastos<br />

logísticos na maioria das<br />

empresas de transporte<br />

86 www.referenciaflorestal.com.br


Segundo Simões et al. (2010) uma das técnicas utilizadas<br />

para planejar e otimizar as operações de colheita<br />

florestal é o estudo de tempos e movimentos. Para<br />

tanto, o método de temporização pode ser utilizado<br />

para mensurar o tempo gasto e determinar o período de<br />

operação, pois por este método o tempo e parte das atividades<br />

que compõem a operação podem ser determinados<br />

e estudados de forma semelhante, com o objetivo<br />

de proporcionar um desenvolvimento mais favorável da<br />

operação.<br />

O transporte florestal pode ocorrer de diferentes<br />

formas: ferroviário, aquaviário, aéreo, dutoviário e rodoviário.<br />

Ao passo que, o transporte rodoviário é dominante<br />

em todas as regiões do Brasil, pois sua extensa malha<br />

rodoviária conecta várias localidades do país e é o meio<br />

de transporte mais conveniente para cargas mais pesadas<br />

(Machado et al., 2011).<br />

Essa é uma versão parcial desse artigo, para conferir o conteúdo completo busque pelo nome do artigo ou<br />

acessa o link: https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/79306


AGENDA<br />

AGENDA2022<br />

Simpos2022 -<br />

Simpósio Brasileiro de Pós-Graduação<br />

em Ciências Florestais<br />

Data: 8 a 11<br />

Local: Curitiba (PR)<br />

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Simpósio Florestas e Bem-Estar Humano<br />

Data: 8 a 10<br />

Local: Piracicaba (SP)<br />

www.ipef.br/eventos/evento.aspx?id=523<br />

CBH (Congresso Brasileiro de<br />

Heveicultura)<br />

Data: 10 a 12<br />

Local: Piracicaba (SP)<br />

https://www.congressodeborracha.com.br<br />

NOVEMBRO<br />

2022<br />

NOVEMBRO<br />

2022<br />

NOVEMBRO<br />

2022<br />

NOV<br />

2022<br />

FEIRA FLORESTAL ARGENTINA<br />

A Feria Forestal Argentina (Feira <strong>Florestal</strong> Argentina, em<br />

português) será realizada na Fundação Parque Tecnológico<br />

Misiones de Miguel Lanú. Apresentando as novidades<br />

de empresas argentinas e internacionais relacionadas com<br />

os setores da madeira, indústria florestal, indústria da<br />

madeira, móveis, soluções tecnológicas, meio ambiente e<br />

produtos de madeira. As empresas mais importantes da<br />

região se encarregarão de apresentar máquinas e equipamentos<br />

no evento mais importante do setor no país. A<br />

última edição contou com mais de 500 expositores, 650<br />

marcas, 120 mil visitantes e mais de US$ 22 milhões em<br />

negócios, segundo a organização.<br />

DEZ<br />

2022<br />

XV CODORNADA FLORESTAL<br />

A Codornada <strong>Florestal</strong> iniciou como uma confraternização<br />

de final de ano, com eventos sociais para as<br />

crianças carentes. Já alavancou milhões em negócios<br />

fechados e foi palco de lançamentos de máquinas e<br />

novas tecnologias. Sua localização é um polo, onde se<br />

concentram grandes empresas produtoras florestais e<br />

cidades onde mais de 90% da economia é proveniente<br />

do setor. É um evento que proporciona a experiência de<br />

ver as máquinas em funcionamento, com área dinâmica<br />

envolvendo o ciclo da madeira.<br />

Imagem: reprodução Imagem: reprodução<br />

88 www.referenciaflorestal.com.br


AGENDA2022<br />

NOVEMBRO<br />

2022<br />

Feria Forestal Argentina<br />

Data: 17 a 20<br />

Local: Misiones (Argentina)<br />

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NOVEMBRO<br />

2022<br />

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DAS NOVIDADES!<br />

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Data: 23 a 25<br />

Local: Santiago (Chile)<br />

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INFORMAÇÃO<br />

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FLORESTAL<br />

INDUSTRIAL<br />

PRODUTOS<br />

BIOMAIS<br />

DEZEMBRO<br />

2022<br />

CELULOSE<br />

XV Codornada <strong>Florestal</strong><br />

Data: 7 e 8<br />

Local: Curitibanos (SC)<br />

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89


Foto: divulgação<br />

ESPAÇO ABERTO<br />

Política e<br />

INOVAÇÃO<br />

Por Rodrigo Miranda,<br />

Rodrigo Miranda é especialista em inovação,<br />

graduado em engenharia elétrica (IPV-Portugal),<br />

com MBA em Gestão Estratégica e Econômica<br />

de Projetos (FGV), e é diretor de operações da<br />

consultoria internacional G.A.C. Brasil.<br />

Importância da escolha de<br />

governantes em relação a<br />

inovação e tecnologia pode<br />

ditar crescimento do país<br />

O<br />

exercício da democracia nas eleições 2022 revelaram um<br />

Brasil dividido não só entre direita e esquerda, mas, também,<br />

parte da população (que soma os votos nos demais<br />

candidatos, acrescidos de brancos, nulos e abstenções)<br />

desmotivada pela polarização que tomou conta do país. Pensando no Brasil<br />

como nação, a pergunta que ressoa é: o quanto a política de um governo<br />

deveria afetar a política de inovação nacional?<br />

Como a inovação é um empreendimento complexo e, geralmente,<br />

com elevado grau de incerteza, é esperado, por parte dos empresários, a<br />

continuidade das iniciativas desenvolvidas no MCTI (Ministério de Ciência,<br />

Tecnologia e Inovações) como uma política de Estado, visando resultados<br />

de curto, médio, mas, principalmente, de longo prazo. Ao se adotar ações<br />

de governo - que podem ser alteradas radicalmente a cada 4 anos - gera-se<br />

insegurança para as empresas na realização de investimentos em conhecimento<br />

técnico científico, novas tecnologias e centros de pesquisa e desenvolvimento<br />

nacionais.<br />

Políticos de várias ideologias já perceberam a importância da inovação<br />

para o crescimento econômico do Brasil, principalmente por conta da crise<br />

socioeconômica resultante da pandemia e dos reflexos da crise internacional.<br />

Além disso, estão cada vez mais cientes da importância da inovação<br />

aberta, em que se combinam esforços de iniciativas empresariais, acadêmicas<br />

e científicas, para que o desenvolvimento de produtos, processos e<br />

serviços possa ser o mais bem sucedido possível.<br />

Em 2020, por exemplo, 2.564 empresas nacionais investiram R$ 14<br />

bilhões em pesquisa, desenvolvimento e inovação e tiveram uma renúncia<br />

fiscal de R$ 3,87 bilhões. Mas esse valor poderia se multiplicar se houvesse<br />

realmente uma comunicação eficiente entre governo, iniciativa privada e<br />

instituições de ensino e pesquisa. É o que se espera na próxima gestão, seja<br />

lá quem ganhar as Eleições para presidir o país entre 2023 e 2026.<br />

Considerando o momento atual e as possibilidades de impulsionar a<br />

inovação no país, vem de Portugal um exemplo inspirador. Depois da crise<br />

econômica da Europa deflagrada em 2008, o país passou a promover mais<br />

o Sifide (Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e ao Desenvolvimento<br />

Empresarial, criado em 1997) - visando aumentar a competitividade das<br />

empresas e apoiar o esforço em P,D&I através da dedução fiscal. Os resultados<br />

colocaram o país em uma posição de destaque em termos de inovação.<br />

Somente neste ano, por exemplo, a ANI (Agência Nacional de Inovação)<br />

de Portugal vai analisar 3.438 projetos encaminhados pelas empresas, a fim<br />

de receberem o benefício fiscal referente a 2021. Isso representa um investimento<br />

em atividades de P,D&I superior a € 1,5 bilhão. Para um país que<br />

tem pouco mais de 10 milhões de habitantes e extensão territorial 92 vezes<br />

menor que o Brasil, é algo para se espelhar. Portugal ainda lançou inúmeros<br />

programas de apoio às empresas, com incentivos à economia circular, Indústria<br />

4.0, gás, empreendedorismo qualificado, inovação produtiva, entre<br />

vários outros.<br />

Dessa forma, entende-se que o fomento público da inovação interessa<br />

ao Brasil como nação, devendo ser ponto de convergência entre direita,<br />

esquerda e centro. O impacto da política governamental sobre a inovação,<br />

especificamente, é amplamente apreciado - mas precisa ser promovido.<br />

Se a estratégia de Lisboa visa transformar a Europa em uma economia do<br />

conhecimento, a estratégia brasileira deverá estar apta a dar um salto de<br />

qualidade em termos de tecnologia, processos e serviços.<br />

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