Revista Ponto de Vista - Ago 2022-virtual

Para saber mais sobre essas e outras cirurgias que podem ser indicadas
conversamos com a Dra. Maria Regina Chalita (CRM 14147-DF), especialista em
córnea, cirurgia refrativa e lentes de contato do CBV de Brasília, que faz parte
da Rede Vision One.
Crosslinking:
“Esta é uma cirurgia que aumenta a resistência e a estabilidade da córnea,
impedindo a progressão do ceratocone”, explica a doutora. O procedimento é
realizado por meio da aplicação de um colírio de vitamina B2 que, associado à luz
UVA emitida por uma fonte, aumenta a ligação das fibras de colágeno da córnea.
O crosslinking dura aproximadamente uma hora. A recuperação é gradativa, e o
paciente é avaliado mensalmente até o terceiro mês, para comprovação do efeito.
Implante de anel intraestromal:
De acordo com a doutora Maria Regina, “o implante do anel intraestromal é uma
das alternativas para evitar o transplante de córnea”. A técnica é recomendada
para pacientes de ceratocone que têm baixa visão com óculos de grau ou lentes
de contato. A doutora explica que “o procedimento é feito com o uso de laser de
alta precisão, que cria um túnel no interior da córnea para o implante de um ou
dois segmentos de anel, com o objetivo de deixar o centro da córnea mais plano”. A
cirurgia dura em média 30 minutos, e o tempo de acompanhamento para avaliação
do resultado é de três meses.
Transplante de córnea:
A Dra. Maria Regina conta que “neste procedimento a córnea doente é removida
e substituída pela córnea do doador, que é costurada no local com um fio de náilon
superfino”. Após a cirurgia, que dura em média uma hora, a visão pode levar
algumas semanas para voltar ao normal, e a cicatrização completa pode levar
até 12 meses.
28 | Revista Ponto de Vista - 1ª Edição de 2022