SCMedia News | Revista | Junho 2022

SCM Supply Chain Magazine 73
A
transição para o 4.0, com as suas questões
de avanço tecnológico e de digitalização, as
mudanças demográficas ou a pandemia de
COVID-19, trouxeram consigo uma grande carga
de robotização e de automação, que também
colocam questões adicionais ao nível do papel
dos recursos humanos e da própria logística
em si. Qual o papel que as pessoas terão ao
nível da robótica colaborativa, novos métodos
de trabalho, ou as diferentes skills necessárias
para o futuro são alguns exemplos dos novos
desafios aos quais o Logistics Trend Radar da
DHL pretende responder.
Para esta primeira parte do estudo foram
recolhidas mais de 7.000 respostas a um
inquérito global, de profissionais de logística
em início de carreira, para uma visão no terreno
sobre preferências, ferramentas, ambientes e
expectativas que irão moldar a próxima década.
FUTURO DO TRABALHO
NA LOGÍSTICA
Começando por explicar o que irá ser
abordado ao nível do “Futuro do trabalho
na logística”, a DHL aponta que envolve o
papel, responsabilidades, sistemas, horários,
ferramentas e ambientes dos trabalhadores,
e como irá ser alterado dentro das cadeias de
abastecimento nas próximas décadas.
“À medida que olhamos para o futuro, várias
forças de mudança - a alteração demográfica,
o avanço tecnológico e a pandemia de
COVID-19 - estão a unir-se para alterar a forma
como trabalhamos a um ritmo e escala nunca
antes vistos na indústria logística”, aponta
o relatório da DHL, acrescentando que “a
convergência destas forças transformará a
forma como cada um de nós trabalha, a vários
níveis - alguns empregos exigirão a utilização
de novas ferramentas, alguns deixarão de ser
necessários, e muitos novos postos de trabalho
serão criados”.
Por parte da própria DHL, Thomas Ogilvie,
Chief Human Resources Officer do DHL Group,
aponta que “embora as competências e perfis
de emprego mudem mais rapidamente do
que nunca, os mais de 570.000 colaboradores
da DHL continuarão a ser o nosso ativo mais
importante. Reconhecemos que as novas
tecnologias e automação terão impacto em
muitos processos manuais e repetitivos em
toda a cadeia de abastecimento, e terão
o potencial de permitir oportunidades de
emprego mais gratificantes e perspetivas de
carreira. Com a mentalidade de liderança certa
e os investimentos na força de trabalho, estou
confiante de que continuaremos a fornecer o
melhor lugar para trabalhar agora e no futuro”.
O estudo aponta a falta de recursos,
que envolve profissões como motoristas,
operadores de armazém, gestores de supply
chain ou analisadores de data, e uma “guerra
pelo talento” entre as empresas. “Para serem
bem-sucedidas, as empresas precisam de
desenvolver estratégias que irão atrair, reter,
desenvolver e motivar os colaboradores na era
digital”, defende o estudo.
AS FORÇAS DE MUDANÇA
Alteração da Demografia:
Pela primeira vez na história, os nativos
digitais estão a superar numericamente os
trabalhadores que iniciaram as suas carreiras
antes da internet (Baby Boomers). Durante a
próxima década, as empresas irão sentir esta
mudança nas suas organizações.