PNLD 2023 - Aquarela Ciências 3
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Trivellato • Cida Lico
Aquarela
CIÊNCIAS
MANUAL DO PROFESSOR
3
3 0 ANO ENSINO FUNDAMENTAL • ANOS INCIAIS
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Aquarela
CIÊNCIAS
MANUAL DO PROFESSOR
Trivellato [ José Trivellato Júnior ]
Licenciado em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da
Universidade de São Paulo (USP). Licenciado em Pedagogia pela Faculdade
de Ciências e Letras Nove de Julho. Doutor em Educação e Mestre em
Didática pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP)
Cida Lico [ Maria Aparecida de Almeida Lico ]
Licenciada em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da
Universidade de São Paulo (USP)
3
3 0 ANO ENSINO FUNDAMENTAL • ANOS INCIAIS
CIÊNCIAS DA NATUREZA
1 a edição | São Paulo | 2021
© 2021 Kit’s editora
São Paulo • 1 a edição • 2021
Kit’s Editora Comércio e Indústria Ltda. - EPP
Rua Henrique Sam Mindlin, 576 – Piso Superior
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Tel.: (11) 5873-4363
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Direção administrativa
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Equipe M10 Editorial:
Coordenação editorial
Fernanda Azevedo
Coordenação de arte e projeto gráfico de capa
Thais Ometto
Projeto gráfico
Sérgio C.
Edição
Bárbara Odria
Preparação e revisão de textos
Brenda Silva
Assessoria técnica
Giovanna Sarli
Sandra Helena Dittmar Sarli Santos
Produção editorial
Vanessa Dionello
Coordenação de editoração eletrônica
Eduardo Enoki
Editoração eletrônica
Fanny Sosa
Nathalia Scala
Iconografia e ilustrações
M10 editorial
Impressão e acabamento
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.................................................................................... IV
1. ORIENTAÇÕES GERAIS DA COLEÇÃO......................................... IV
1. 1 PRESSUPOSTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA COLEÇÃO.............................IV
1.2 O ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................V
2. A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC)................ VI
2.1 – UNIDADES TEMÁTICAS................................................................................................... VII
3 – O ENSINO DE CIÊNCIAS.............................................................VIII
3.1 O CONHECIMENTO CIENTÍFICO.................................................................................... VIII
3.2 LETRAMENTO CIENTÍFICO................................................................................................IX
4. - A DIDÁTICA DAS CIÊNCIAS...........................................................X
4.1 - AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO (TICS)...............XI
5 - A PRÁTICA DOCENTE................................................................... XII
6 - A AVALIAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM.XII
7 - APRESENTAÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS DA OBRA..XIII
8 - TEXTO DE APROFUNDAMENTO................................................XIV
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................... XVI
ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS PARA O VOLUME ............................ 1
III
APRESENTAÇÃO
Elaboramos este livro especialmente para você. Na parte inicial, incluímos uma série de temas e discussões a respeito do trabalho
nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental que tratam do ensino de Ciências nessa etapa da educação escolar.
Conscientes da importância do trabalho colaborativo entre os profissionais da educação, dedicamos grande parte desse projeto
editorial a pesquisas e leituras de textos, dialogando tanto com professores de Ensino Básico quanto do Superior sobre a
educação em geral, propostas e recursos didáticos, currículo, legislação e avaliação. Este material é fruto desse trabalho, que foi
desenvolvido paralelamente à escrita dos livros dos alunos.
Esperamos que esse Manual e as orientações específicas para cada ano possam contribuir para as aulas e sua atualização docente
ao apresentar as perspectivas teóricas que sustentaram este projeto editorial. Ao apresentá-las estamos colaborando para a ampliação
do seu repertório de formação e para a reflexão acerca das transformações recentes no processo de ensino-aprendizagem de Ciências.
Ótimo trabalho!
Autores e equipe editorial.
1. ORIENTAÇÕES GERAIS DA COLEÇÃO
1. 1. PRESSUPOSTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA COLEÇÃO
Quando as atividades didáticas propostas pelo professor proporcionam o engajamento dos estudantes na busca pelo conhecimento
científico de modo ativo e colaborativo, a aprendizagem se dá de modo significativo, ou seja, a busca por respostas a
questões instigantes permite que os estudantes reestruturem a sua rede de conhecimento e ampliem a compreensão que têm
do mundo natural, científico, tecnológico e social.
Para promover a aprendizagem significativa, essa coleção se estrutura sob quatro pilares: o conhecimento científico, englobando
suas práticas, teorias, leis, conceitos, metodologias e história; a linguagem e seu papel mediador na construção do
conhecimento; os valores sociais, políticos e éticos; e o desenvolvimento socioemocional que deve ser estimulado durante
a formação educacional e humana dos alunos.
O conhecimento científico permeia nosso mundo atual e constitui um dos saberes que devem estar presentes na Educação Básica.
O conhecimento científico não consiste apenas em um conjunto de conceitos e teorias, mas sim uma forma de interpretar o mundo à
nossa volta. Ensinar ciência se refere aos modos como os cientistas e pesquisadores trabalham, como e quais são as práticas que eles usam
para elaborar o conhecimento científico e como o contexto cultural e político influencia na construção de tal conhecimento.
Pensar cientificamente diz respeito ao desenvolvimento de habilidades e competências que permitem aos alunos resolver
problemas, interpretar evidências e dados, comunicar ideias, ler e entender textos, argumentar e explicar fatos e teorias com
base em justificativas válidas. Essas habilidades e competências são desenvolvidas na interação com o professor (mediador) e os
problemas ou temas propostos pelo material educativo ou propostos pelo docente autonomamente. Elas também constituem
um repertório cognitivo que permite ao aluno lidar com a diversidade de situações-problema que nos deparamos no dia a dia.
Aprender ciência também implica compreender o caráter coletivo e processual da elaboração do conhecimento científico, que se
desenvolve continuamente por meio da colaboração de diferentes pessoas e do compartilhamento de conhecimentos entre pesquisadores
de todos os cantos do mundo. Espera-se que os alunos consigam ver os cientistas como pessoas participativas e integradas ao
contexto histórico, cultural, social e geográfico que influenciam suas decisões e as formas como a ciência é elaborada.
Para ensinar Ciências da Natureza, os professores precisam conhecer os processos e procedimentos empregados nas investigações
científicas e a historicidade do desenvolvimento dos conhecimentos científicos; planejar e utilizar abordagens didáticas adequadas,
que orientem a aprendizagem dos conteúdos trabalhados; compreender a importância da ludicidade, do brincar e das atividades
dinâmicas como instrumentos que motivam e aguçam a curiosidade dos alunos; criar situações de ensino capazes de
promover uma aprendizagem significativa de conceitos complexos; e estimular a criatividade dos alunos por meio de um ensino
que não encare a aprendizagem como um processo exclusivo de memorização e repetição de conceitos, teorias e leis.
A compreensão da ciência como um empreendimento coletivo e situado em um contexto social e cultural também permite
aos estudantes entender como ela se relaciona com os valores éticos, políticos e estéticos presentes na sociedade. A
IV
importância da responsabilidade social e da promoção do bem-estar individual e coletivo; do desenvolvimento sustentável; da
preservação ambiental; do papel da ética, do senso de justiça e da perseverança na construção do conhecimento científico são
alguns dos aspectos trabalhados nas aulas de ciências. Discutir com os alunos os princípios éticos, relacionados aos seres vivos e
à natureza como um todo, fomenta a compreensão da importância da honestidade, da empatia, do comprometimento com a
sustentabilidade e das relações da ciência com a sociedade e o meio ambiente.
Trabalhar e aprender ciência na sala de aula também promove o desenvolvimento de habilidades socioemocionais. Trabalhar em
grupo, se comunicar, dividir tarefas, lidar com problemas de diversas naturezas e com experimentos que exigem comprometimento e responsabilidade
incentivam os alunos a conviver socialmente. Assim, as aulas de ciências também trabalham com o desenvolvimento de
habilidades pessoais e sociais, como a capacidade de dialogar e resolver conflitos, de lidar com frustrações e perseverar, entre outras.
Nas aulas de ciências, os conhecimentos científicos são trabalhados por meio da comunicação, que se dá por diferentes formas:
texto escrito (linguagem verbal), discussão de ideias, informações contidas em representações como gráficos, tabelas, ilustrações,
desenhos, diagramas, imagens, vídeos, histogramas etc. Todas essas ações comunicativas constituem formas de linguagem.
A linguagem, assim, tem um papel importante para o ensino, na medida em que ela possibilita que os alunos tenham
contato com a ciência e aprendam quando participam de atividades de discussão, leitura, escrita etc.
As tecnologias da informação e comunicação (TICs) também são formas de linguagem. A internet, vídeos, fóruns online, imagens,
ilustrações digitais e podcasts podem ser utilizados como recursos didáticos que enriquecem as aulas e ampliam o contato
dos estudantes com a cultura digital.
A linguagem desempenha uma função de organização do pensamento e possibilita que o aluno entre em contato com o
conhecimento científico e se aproprie de saberes sobre o mundo em que vive. Ela também permite que o aluno comunique
suas experiências de vida sobre um tema, objeto ou fenômeno. Os conhecimentos prévios dos alunos constituem um repertório
sobre o qual o professor deve trabalhar, promovendo oportunidades para que os alunos aprimorem, critiquem e avaliem o que
já sabem, reestruturando a sua rede de conhecimentos.
Esperamos que o professor explore os conhecimentos prévios dos alunos, estimule a curiosidade e dê liberdade para que
possam observar e explicar os fenômenos naturais. Nesse processo, as crianças se engajam em práticas científicas como o levantamento
de hipóteses, a identificação de relações de causa e efeito e a elaboração de explicações com base em evidências.
O trabalho do professor apoiado pelos materiais educativos, como livros didáticos e mídias digitais, deve fomentar nos alunos a aprendizagem
dos conhecimentos científicos, o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e o gosto pela ciência e pelo pensamento
científico. O livro didático é um instrumento de auxílio à prática docente, cabendo ao professor inseri-lo em seu planejamento e nas suas
aulas em conformidade com os objetivos de ensino e com a realidade da comunidade em que a escola está inserida.
Esse material visa apoiar o professor na árdua atividade de ensinar.
A coleção apresenta uma diversidade de seções que incluem
Formação integral do cidadão
atividades, textos, experimentos, projetos, discussões em grupo,
debates, reflexões individuais, contato com outras fontes de conhecimento
e valorização das experiências da comunidade. Esperamos
que esse material seja utilizado de diferentes formas e finalidades,
visando contemplar o seu planejamento e objetivos educacionais.
É importante ressaltar que o professor, em virtude de sua
convivência com os alunos, é capaz de reconhecer as características
e necessidades da comunidade escolar. Assim, a coleção e o
manual não procuram estabelecer um receituário com formas de
ensinar, mas auxiliar no planejamento, no aprimoramento da prática
docente e no cotidiano de sala aula, oferecendo subsídios
para o ensino e a promoção da aprendizagem.
1.2. O ENSINO FUNDAMENTAL
A Educação Básica de qualidade é um direito assegurado pela
Constituição Federal, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente
e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), e se
constitui pela Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio.
V
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, um dos fundamentos do projeto de Nação que estamos
construindo, a formação escolar é o alicerce indispensável e condição primeira para o exercício pleno da cidadania e o acesso aos direitos
sociais, econômicos, civis e políticos. A educação deve proporcionar o desenvolvimento humano na sua plenitude, em condições
de liberdade e dignidade, respeitando e valorizando as diferenças.
Os objetivos formativos da Educação Infantil prolongam-se durante os primeiros cinco anos do Ensino Fundamental, de
modo que os aspectos físico, afetivo, psicológico, intelectual e social sejam priorizados na sua formação, complementando a
ação da família e da comunidade. Os documentos oficiais que normatizam a Educação Básica no Brasil estabelecem que as políticas
educativas e as propostas pedagógicas do Ensino Fundamental devem seguir princípios:
a) Éticos, como a justiça, a solidariedade, a liberdade, a autonomia, o respeito à dignidade da pessoa humana, o compromisso
com a promoção do bem de todos, e o combate a quaisquer manifestações de preconceito e discriminação.
b) Políticos, como o reconhecimento dos direitos e deveres de cidadania, o respeito ao bem comum e à preservação do
regime democrático, aos recursos ambientais, a exigência de diversidade de tratamento para assegurar a igualdade de direitos
entre os alunos que apresentam diferentes necessidades, a redução da pobreza e das desigualdades sociais e regionais, e a
busca da equidade no acesso à educação, à saúde, ao trabalho, aos bens culturais e outros benefícios.
c) Estéticos, como o cultivo da sensibilidade juntamente com a racionalidade, o enriquecimento das formas de expressão e
do exercício da criatividade, a valorização das diferentes manifestações culturais (especialmente as da cultura brasileira), e a construção
de identidades plurais e solidárias.
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental se intensifica e se amplia, de forma gradativa, o processo educativo que preconiza o
domínio da leitura, da escrita e do cálculo, sendo que nos dois primeiros anos o foco educativo recai na alfabetização. Ao longo
do Ensino Fundamental, busca-se que os estudantes consolidem uma compreensão do ambiente natural e social, do sistema
político, da economia, da tecnologia, das artes e cultura, dos direitos humanos e dos valores em que se fundamenta a sociedade.
Além disso, espera-se que os estudantes desenvolvam habilidades, atitudes e valores, buscando o fortalecimento dos vínculos
de família, dos laços de solidariedade humana e de respeito necessários à vida social.
O currículo e as propostas pedagógicas para o Ensino Fundamental devem ser construídos fundamentando-se na Base Nacional
Comum Curricular, que estabelece os conhecimentos a que todos devem ter acesso, assegurando uma uniformidade nas orientações
e propostas curriculares dos Estados, Distrito Federal e Municípios. Os conteúdos sistematizados que fazem parte do currículo são
denominados componentes curriculares e, para o Ensino Fundamental, esses são organizados em quatro áreas do conhecimento:
Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Além disso, a legislação (por exemplo, a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional) determina: que as comunidades indígenas podem utilizar suas línguas maternas e seus próprios processos de
ensino (art. 32 da LDB); a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” nos conteúdos desenvolvidos no
âmbito de todo o currículo escolar, em especial na Arte, Literatura e História do Brasil (art. 26, § 4º da LDB); a Música como conteúdo
obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular Arte; a Educação Física como componente obrigatório do currículo do
Ensino Fundamental; o Ensino Religioso com matrícula facultativa e parte integrante da formação básica do cidadão; matrícula obrigatória,
a partir do 6º ano, no ensino de uma Língua Estrangeira Moderna; a abordagem de temas abrangentes e contemporâneos, como
saúde, sexualidade e gênero, vida familiar e social, os direitos das crianças e adolescentes (Lei nº 8.069/90), a preservação do meio
ambiente (Lei nº 9.795/99), a educação para o trânsito (Lei nº 9.503/97) e a condição e direitos dos idosos (Lei nº 10.741/03).
Os princípios éticos, políticos e estéticos propostos nos documentos do Ministério da Educação que norteiam a concepção de
currículos e propostas pedagógicas são inerentes ao ensino de Ciências. Ensinar ciências implica ensinar como os fatores éticos,
políticos e estéticos se relacionam com os constructos conceituais, teóricos e procedimentais desse campo do conhecimento, de
forma a favorecer que os alunos tenham uma aprendizagem significativa sobre como a Ciência da Natureza se relaciona com os
aspectos sociais e culturais de seu tempo. Preconizando que a escola é um espaço de constante construção e reconstrução do
repertório de conhecimentos dos alunos, espera-se que o ensino de Ciências proporcione oportunidades para que amadureçam
intelectualmente de forma a constituir entendimentos cada vez mais elaborados e adequados acerca do conhecimento científico
(práticas, teorias vigentes, objetos de estudo, metodologias e história).
2. A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC)
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) visa efetivar os direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para os alunos
da Educação Básica em parceria com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. A BNCC consiste em um documento normativo
que deve ser utilizado na concepção dos currículos e das propostas pedagógicas dos sistemas, redes de ensino e escolas públicas
e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio em todo o território nacional.
VI
A Base reúne um conjunto de conhecimentos, competências e habilidades que representam aprendizagens essenciais que
todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. Tais aprendizagens essenciais foram
orientadas e concebidas com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, que propõem que os processos
educativos visem à formação humana integral de indivíduos comprometidos com a transformação social por meio da construção
de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Para a Educação Básica a BNCC apresenta um conjunto de dez competências gerais. (BNCC, p. 9-10).
Cada área do conhecimento também possui competências específicas do componente, que devem ser desenvolvidas pelos
estudantes ao longo do Ensino Fundamental e Médio. A BNCC ainda propõe um conjunto de habilidades relacionadas a cada
componente curricular que objetivam o desenvolvimento das competências específicas. Tais habilidades se relacionam com
diferentes objetos do conhecimento como conteúdos, conceitos e processos que são organizados em unidades temáticas, as
quais agrupam os objetos do conhecimento de acordo com as especificidades dos diferentes componentes curriculares.
As 8 competências específicas da área de Ciências da Natureza do Ensino Fundamental estão disponíveis no texto da BNCC
(p. 324), disponibilizado no endereço: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ (acesso em: 13 ago. 2021).
2.1 – UNIDADES TEMÁTICAS
As unidades temáticas da área Ciências da Natureza estabelecidas pela BNCC são: Matéria e Energia, Vida e Evolução e
Terra e Universo.
A unidade temática Matéria e Energia engloba os conhecimentos que dizem respeito aos usos e propriedades dos diferentes
materiais, suas transformações e o uso consciente de materiais diversos; e às diferentes fontes energéticas, aos processos
empregados em sua geração e os usos da energia.
Sob uma perspectiva histórica, essa unidade também se preocupa em discutir as formas pelas quais a humanidade se apropriou
desses recursos e processos, resgatando os materiais e seus usos em diferentes ambientes e épocas da história humana.
Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, as crianças já têm familiaridade com diversos tipos de objetos, materiais e fenômenos
que estão presentes em seu cotidiano. Essa familiaridade constitui um repertório inicial a partir do qual é possível trabalhar os conhecimentos
propostos por essa unidade temática. Por exemplo, a exploração das propriedades de diferentes materiais do cotidiano como
dureza, transparência, solubilidade e interações com a luz. Nessa unidade temática também são trabalhadas questões relacionadas à
água e seus usos, ao clima, à geração de energia elétrica, à preservação dos solos e outros aspectos ambientais presentes no entorno
das crianças nos diferentes espaços que elas frequentam, como a casa, a escola e o bairro.
As questões relacionadas aos conhecimentos biológicos são abordadas na unidade Vida e Evolução. Essa unidade engloba:
os conhecimentos sobre as características dos seres vivos, tratando a vida como fenômeno natural e social que requer elementos
para sua manutenção; os estudos relacionados aos processos evolutivos que geram a biodiversidade do planeta; as questões
ecológicas como as características dos ecossistemas e as relações dos seres vivos entre si e o ambiente físico; as interações que
os seres humanos estabelecem entre si, com outros seres vivos e com elementos não vivos do ambiente; e a importância da preservação
da biodiversidade e como ela se apresenta nos ecossistemas brasileiros. O corpo humano consiste em outro foco
importante dessa unidade, sendo tratado de modo que os alunos percebam o funcionamento harmonioso, a integridade dos
processos e as funções biológicas desempenhadas pelos diferentes sistemas que compõem o nosso corpo.
Aspectos relativos à saúde também têm destaque e visam promover uma compreensão da saúde para além da ideia de
bem-estar físico individual, mas também como um bem-estar coletivo, destacando-se a importância dos programas institucionais
e das políticas públicas.
A terceira unidade temática proposta pela BNCC, Terra e Universo, engloba conhecimentos sobre as características dos corpos
celestes como a Terra, o Sol e a Lua. Nessa unidade temática busca-se que os estudantes desenvolvam um corpo de conhecimentos
sobre as dimensões, a composição, as localizações, os movimentos e as forças que atuam sobre os corpos celestes.
O ensino dessa unidade dá ênfase à ideia de que os conhecimentos astronômicos foram construídos ao longo da história da
humanidade e que diferentes culturas têm diferentes formas de interpretar os fenômenos astronômicos. Temas importantes
relacionados aos diversos fenômenos naturais como as condições para a manutenção da vida na Terra, o efeito estufa, a camada
de ozônio, as erupções vulcânicas, os tsunamis, os terremotos e os padrões de circulação atmosférica e oceânica também são
VII
abordados. Os assuntos dessa unidade temática normalmente despertam a curiosidade das crianças dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental. Assim, durante as aulas, espera-se estimular ainda mais tal curiosidade, propiciando o desenvolvimento do pensamento
espacial dos alunos por meio de experiências cotidianas de observação de diversos fenômenos celestes. As atividades de
observação, quando orientadas e sistematizadas, permitem a identificação e a regularidade de fenômenos que se relacionam
com a prática da agricultura, a construção de calendários, a determinação de cada estação do ano etc.
Nos Anos Iniciais, os temas abordados pelas unidades temáticas apresentadas anteriormente são tratados por meio dos
saberes intelectuais, linguísticos e emocionais que os alunos possuem. Tais saberes vão sendo aprimorados e organizados ao
longo de cada unidade com a mediação do professor. Dando continuidade às abordagens da Educação Infantil, nos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental espera-se que as crianças deem prosseguimento ao processo de desenvolvimento de habilidades
cognitivas, ético-políticas e socioemocionais por meio do amadurecimento e enriquecimento de seu repertório de
conhecimentos científicos.
3 – O ENSINO DE CIÊNCIAS
A inserção do ensino de Ciências nos currículos da Educação Básica consiste em um fenômeno relativamente recente. Até a
promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, as aulas de Ciências só estavam presentes nos dois últimos anos
do Ensino Fundamental (antigamente, chamado de “ginásio”); em meados dos anos 1970 (lei 5.692/71), a disciplina passou a ser
obrigatória no currículo de todas as séries do Ensino Fundamental.
Com a obrigatoriedade do ensino de Ciências no Ensino Fundamental, os documentos oficiais normativos da Educação
Básica passaram a elaborar diretrizes e parâmetros curriculares para essa disciplina. Essas diretrizes e parâmetros refletem as concepções
didáticas e pedagógicas de um determinado período histórico e social. Com as alterações dos modelos de sociedade
que se deseja constituir, as concepções didático-pedagógicas também se ressignificam. Assim, no decorrer da história, o ensino
de Ciências no Brasil foi se modificando de acordo com as demandas e objetivos sociais e econômicos, que norteiam os objetivos
educacionais e orientam os currículos e a didática.
Atualmente, espera-se que a educação científica escolar estimule a reflexão sobre as Ciências e os processos envolvidos na
sua produção, comunicação e avaliação. Espera-se, portanto, que os estudantes se apropriem do conhecimento científico para
utilizá-lo como ferramenta na conquista de sua autonomia e exercício da cidadania crítica e consciente.
As aulas de Ciências representam um momento e um espaço em que é possível conhecer as diferentes explicações sobre o
mundo e os fenômenos naturais; se expressar, contrapor e avaliar diferentes ideias; se desenvolver intelectualmente de maneira
crítica por meio da indagação, da investigação e da análise do mundo e da realidade.
3.1. O CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Os conteúdos constituídos pelo corpo de conhecimento de Ciências estão presentes nos compêndios que apresentam
fatos, fenômenos, conceitos, leis, teorias, modelos e princípios científicos. A apropriação de tal conteúdo permite ao aluno
expressar-se cientificamente pela escrita ou verbalmente.
A metodologia de investigação científica diz respeito aos procedimentos e modos pelos quais o pesquisador obtém elementos
que apoiam leis, princípios e conceitos. Os procedimentos próprios da construção e reformulação do conhecimento
científico podem ser descritos como um conjunto de habilidades que devem ser desenvolvidos nas aulas de Ciências da
Natureza. Por exemplo, observar, classificar, seriar, medir, construir tabelas e gráficos, saber usar um aparelho, montar um modelo,
construir um equipamento, identificar problemas, saber buscar informações em fontes variadas, elaborar hipóteses, fazer previsões,
relacionar variáveis, planejar experimentos, analisar e interpretar dados, usar modelos interpretativos, concluir com base
nos dados disponíveis e argumentar com apoio da linguagem escrita e simbólica.
Os modos de pensar e de agir dos indivíduos são conteúdos que dizem respeito às ações das pessoas em relação à sociedade,
ao ambiente, aos cuidados com a saúde individual e coletiva e à valorização da atividade científica/tecnológica.
O desenvolvimento de habilidades e competências cognitivas nas aulas de Ciências permite que os alunos interpretem e utilizem
modelos, teorias e explicações científicas de maneira similar àquela dos cientistas.
VIII
Corpo de
conhecimentos
Ciências da Natureza
Caracterizam-se por
que determinam
Formas de pensar e atuar
que se manifestam como
Metodologia de
investigação
tomada de consciência
que deve implicar em
em relação a
mudança de atitude
avanços da
ciência
atividade
científica
desenvolvimento
sustentável
conservação
do meio
hábitos
saudáveis
3.2 LETRAMENTO CIENTÍFICO
Em atividades do dia a dia nos deparamos com o conhecimento científico e tecnológico que medeiam nossas ações e afazeres.
Assim, os conhecimentos científicos tornam-se mais do que necessários na formação do cidadão. A ciência colabora na resolução
de problemas ambientais; no desenvolvimento de medicamentos e meios de transporte; nas soluções para a saúde individual
e coletiva; na produção e conservação de alimentos etc. A presença da ciência na sociedade atual traz à tona a importância
do ensino de Ciências nas escolas de Educação Básica.
Espera-se que a educação científica institucional forme sujeitos que compreendam a relação entre ciência, tecnologia, sociedade
e o meio ambiente, visto que tal formação tem se estabelecido como uma condição para que cidadãos sejam capazes de
atuar de modo consciente e responsável no mundo atual.
No contexto do letramento científico, o objetivo central da educação em ciências recai sobre a necessidade de que os estudantes
não se limitem a entender os conteúdos, procedimentos e experimentos, mas entendam a própria natureza das ciências
e as práticas científicas, como forma de se inserir e estar apto a tomar decisões numa sociedade cada vez mais mediada por inovações
tecnológicas e avanços científicos.
A ideia de que a educação em ciências deve formar cidadãos participantes nas discussões científico-tecnológicas em voga
argumenta a favor de um ensino que contextualize os conhecimentos científicos de forma que os estudantes os compreendam
como uma ferramenta cultural que pode ser utilizada no campo social para a participação na tomada de decisões e nos juízos
de valor sobre as questões científico-tecnológicas da atualidade.
O ensino formal em ciências deve propiciar a compreensão dos processos sociais e coletivos de construção do conhecimento
científico ao longo do tempo e a conscientização do papel desses saberes no campo social, político, econômico e na preservação
da biodiversidade e recursos naturais.
É importante que o professor de Ciências reconheça o seu papel educativo ao propor e mediar atividades, discussões e questõesproblema
que propiciem o desenvolvimento das habilidades cognitivas dos alunos. As habilidades específicas que caracterizam o letramento
científico podem ser agrupadas em três eixos estruturantes da alfabetização científica (Sasseron; Carvalho, 2011).
O primeiro eixo estruturante preocupa-se com abordagens que permitam aos alunos construir e apropriar-se dos conhecimentos
científicos possibilitando a compreensão do mundo atual, de modo a serem utilizados no entendimento de informações
de natureza científica em situações cotidianas e na compreensão de fenômenos naturais.
O segundo eixo busca levar para a sala de aula a compreensão do caráter social e humano presente no empreendimento
científico, o entendimento de que as explicações científicas são provisórias e passíveis de modificações e que a produção de
conhecimento se dá de forma coletiva.
O terceiro eixo estruturante suscita reflexões sobre a responsabilidade social e ética necessária para a utilização dos conhecimentos
científicos e avaliação das consequências do seu emprego. Esse eixo preconiza a importância do desenvolvimento sustentável
para a promoção do bem-estar social e do meio ambiente.
De acordo com a BNCC, o letramento científico envolve a capacidade de compreender e interpretar questões relacionadas
com a ciência como forma de desenvolver uma capacidade de atuação no e sobre o mundo, sendo esse um importante
IX
aspecto no exercício da cidadania. Para compreender e interpretar questões relacionadas com a ciência, os estudantes precisam
desenvolver competências relativas às formas de trabalho e de raciocínio empregadas na construção do conhecimento
científico. Isso envolve, por exemplo, a capacidade de interpretar e avaliar criticamente informações de cunho científico; planejar
metodologias para a resolução de problemas; construir argumentos e explicações coerentes que se apoiam em dados,
evidências e justificativas; identificar termos em textos científicos; distinguir um texto científico de um texto de outra natureza;
relacionar variáveis; interpretar gráficos e tabelas com dados científicos e comunicar informações coletadas em textos
com linguagem típica da ciência.
4. A DIDÁTICA DAS CIÊNCIAS
Planejar as abordagens didáticas que se adequam aos objetivos do ensino e aos conteúdos que serão trabalhados também é
algo importante na prática docente. A variação nas modalidades didáticas aumenta o interesse dos alunos, na medida em que
eles experimentam diferentes formas de aprender.
Aqui apresentaremos abordagens, modalidades didáticas e seus objetivos no ensino de Ciências. Essas escolhas perpassam por
um processo de reflexão, visto que devem garantir que os objetivos educativos propostos no planejamento sejam alcançados.
As aulas expositivas são comumente utilizadas para apresentação e exploração de conceitos e ideias, para enfatizar aspectos
importantes do tema em estudo e apresentar novos tópicos e assuntos. É possível tornar uma aula expositiva mais participativa
e ativa para os alunos, procurando, por exemplo, instigá-los intelectualmente por meio de perguntas e desafios, e abrindo
momentos para que possam expor suas opiniões e ideias. Além disso, o uso de gestos e recursos digitais como vídeos, músicas,
imagens, ilustrações, sites, recursos online etc. podem dar dinamicidade à exposição.
Nos debates mediados, os alunos têm maior liberdade para se expressar por meio da participação em um diálogo mediado.
Nessa modalidade didática cabe ao professor conduzir as discussões de acordo com seus objetivos e com os temas propostos. A
abordagem de temas que tratem da relação entre ciência, tecnologia, sociedade e ambiente pode ser beneficiada com o uso
dessa modalidade didática.
As demonstrações são comumente utilizadas para apresentar técnicas e fenômenos naturais. Nessa modalidade didática o professor
realiza uma atividade de demonstração para a sala, garantindo que todos os alunos observem o fenômeno, técnica ou objeto.
As atividades práticas aguçam a curiosidade e o interesse dos alunos, envolvendo-os em investigações científicas que promovem
a capacidade de resolução de problemas, a compreensão de conceitos básicos e o desenvolvimento de habilidades.
Essa modalidade didática é característica da disciplina de Ciências da Natureza.
O propósito dessa modalidade didática consiste em apresentar e envolver os alunos com aspectos e práticas da construção
do conhecimento científico, o que engloba uma série de atividades que podem ser trabalhadas isoladamente em sala de
aula ou laboratório. Algumas dessas práticas podem ser: delineamento de situações-problema, proposição de temas e questões
para investigação, elaboração de hipóteses, extrapolação de conclusões com base no exame e na interpretação de
dados, planejamento e condução de experimentos, coleta e análise de dados e interpretação de resultados expressos em
forma de tabela ou gráfico. Esses aspectos podem ou não ser desenvolvidos por meio de atividades manipulativas, como
experimentos empíricos.
Essas atividades visam mostrar que as práticas de construção do conhecimento científico não são procedimentos isolados,
mas sim aspectos interconectados da investigação científica. Dessa forma, é possível promover uma conscientização sobre valores,
objetivos e normas que regem o empreendimento científico.
A produção de modelos para suportar explicações e/ou propiciar o uso de conceitos em situações determinadas pode ser
incluída nessa modalidade. Ressaltamos a importância de fornecer instruções claras para os alunos sobre como assegurar a integridade
física de todos no laboratório.
As atividades extraclasse/estudos do meio representam momentos em que os alunos podem conhecer outros espaços
educativos, como museus, exposições, observatórios, zoológicos, jardim botânico etc. A realização de uma atividade extraclasse
requer planejamento e organização. É importante pensar que um estudo do meio representa um momento de lazer, mas deve
ter objetivos claros.
X
As simulações compreendem atividades em que os alunos se envolvem com uma situação-problema. Essas atividades
incluem a tomada de decisão e compreendem o uso de recursos como jogos, dramatizações e uso de simuladores em computadores,
aplicativos, softwares etc.
As brincadeiras e jogos desempenham um papel importante na aprendizagem e no desenvolvimento dos alunos. A ludicidade
e a brincadeira fazem parte da infância, possibilitam momentos de lazer, desenvolvem competências intelectuais e socioemocionais
e a criatividade.
Um projeto é orientado por uma situação-problema e resulta em uma produção como um relatório, uma maquete, um modelo
ou outro produto que represente o percurso do trabalho coletivo. Essa modalidade favorece: desenvolvimento da iniciativa, responsabilidade
individual e coletiva, comunicação interpessoal, autonomia das decisões, habilidades socioemocionais, entre outros aspectos.
Nesta coleção, os projetos estão sugeridos na seção Ciências em ação, com o professor orientando o seu desenvolvimento.
Nesta coleção, as orientações no Manual do Professor contemplam estas modalidades didáticas e oferecem sugestões de
encaminhamento, textos de apoio pedagógico e atividades complementares para estruturar a prática em sala de aula. A escolha
das modalidades e em que momentos serão utilizadas é uma prerrogativa do professor. O docente deve considerar a possibilidade
de fazer adaptações que atendam às particularidades da realidade da sua comunidade.
4.1. AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO (TICS)
Na era digital, temos acesso à informação quase que em um piscar de olhos por meio dos celulares, tablets, computadores e
outras tecnologias. Esses aparatos tecnológicos e todo o repertório de inovações, informações e conteúdos que os acompanham
fazem parte de nossas vidas.
Pensando no espaço escolar, as redes e as tecnologias são tidas como ferramentas inovadoras que podem participar como
mediadoras dos processos de aprendizagem. Tais ferramentas oferecem novas perspectivas para a prática educativa, dando
suporte ao planejamento e à concretização de atividades didático-pedagógicas diferenciadas que utilizam a tecnologia a seu
favor, promovendo o trabalho em grupo e uma aprendizagem colaborativa.
As TICs são uma fonte de recursos que deve ser explorada com objetivos claros. Cabe ao professor selecionar, avaliar e refletir
sobre como e quais recursos tecnológicos da informação e da comunicação serão utilizados na sala de aula.
É importante avaliar previamente os conteúdos e recursos que se pretende recomendar aos alunos em relação à adequação
das TICs à faixa etária dos seus alunos e a conteúdos discriminatórios ou preconceituosos.
As simulações e a modelagem são exemplos de abordagens e modalidades didáticas que possibilitam a inclusão das TICs nos
contextos de ensino e aprendizagem. Comumente as simulações e os modelos científicos são utilizados de maneira demonstrativa,
isto é, para descrever, explicar ou ilustrar conhecimentos e ideias. A possibilidade de os alunos manipularem e trabalharem ativamente
com esses recursos consiste em uma maneira mais atrativa e motivadora para aprender.
Essas abordagens podem também fazer parte de um contexto investigativo. Fazendo essa articulação é possível utilizar as TICs para
desenvolver habilidades como o levantamento de hipóteses, o trabalho com dados, a construção de explicações e a argumentação.
Os jogos digitais são exemplos de TICs que permitem aliar a aprendizagem de conceitos científicos ao desenvolvimento da
habilidade motora, do raciocínio lógico e da leitura.
O site Escola Games reúne jogos gratuitos que versam sobre diferentes temas estudados nas aulas de Ciências e traz indicações
da faixa etária, objetivos para o aluno e sugestões de abordagem de acordo com a BNCC. Disponível em: www.escolagames.com.br/.
Acesso em: 13 ago. 2021.
Outra possibilidade de TICs são os podcasts, que podem ser utilizados tanto em sala de aula quanto em modalidades de ensino
híbrido, nas quais o professor pode indicar aos alunos episódios a serem escutados em casa para posterior discussão em classe.
O podcast Sci Kids tem episódios de 10 a 20 minutos que trazem respostas para questões comuns a muitas crianças.
Disponível em: www.deviante.com.br/podcasts/scikids/. Acesso em: 13 ago. 2021.
O podcast Histórias de ninar para pequenos cientistas discute temas como vida das estrelas, ciclo da água e a vida do
beija-flor. Disponível em: https://anchor.fm/pequenos-cientistas. Acesso em: 13 ago. 2021.
O Meu Gibi é um site gratuito no qual, mediante cadastro, os alunos podem criar histórias em quadrinhos. A variação da paisagem
e dos objetos e personagens disponíveis favorecem a construção de histórias diversas que abordem os temas estudados
nas aulas de Ciências. Disponível em: www.meugibi.com/. Acesso em: 13 ago. 2021.
XI
5. A PRÁTICA DOCENTE
É tarefa do professor planejar e conduzir a prática pedagógica. O processo de planejamento e da organização do
trabalho didático do professor é norteado pelo projeto político-pedagógico da escola. O professor consegue estruturar
sua prática docente por meio da definição dos objetivos educacionais, dos conteúdos que os alunos devem aprender, das
atividades a serem desenvolvidas, das técnicas e estratégias de ensino a serem usadas em sala de aula e dos instrumentos
de avaliação para cada um dos conteúdos estabelecidos. Planejar é importante para que seja possível otimizar o tempo
daqueles que ensinam e daqueles que aprendem. Porém, tal planejamento não pode ser um conjunto de práticas estanques
e imutáveis que impeçam os ajustes necessários para assegurar a aprendizagem dos estudantes.
O processo educativo é complexo e dinâmico, e a prática docente consiste em uma atividade social complexa e multifacetada,
à medida que se atribui ao professor a responsabilidade de formação de seus educandos em diferentes instâncias (intelectual,
socioemocional, valorativa).
É um consenso social de que para lecionar o professor deve dominar os princípios e a didática da área do conhecimento a ser ensinada.
Esses saberes constituem a base do repertório teórico e metodológico para que o professor oriente e racionalize sua prática.
Além disso, o professor desempenha um papel na formação humana de seus alunos. Atuando como mediador, o docente
necessita dispor de suporte socioemocional para perceber as diferentes subjetividades presentes no ambiente da sala de aula.
Empatia, senso de justiça, honestidade, ética, perseverança e respeito são algumas das habilidades socioemocionais necessárias
para o trabalho docente. A interação cotidiana com sujeitos que compartilham um mesmo espaço, mas que provêm de diferentes
origens e contextos sociais, culturais e econômicos, demanda uma conscientização sobre como interagir e lidar com essa
multiculturalidade presente nos espaços educacionais.
O processo de interação de duas ou mais disciplinas na abordagem de saberes e conhecimentos (interdisciplinaridade) pode
se configurar de diferentes maneiras, mas sempre visando à cooperação, ao intercâmbio e ao enriquecimento intelectual. A
interdisciplinaridade também é uma ferramenta didática para a promoção do letramento científico, na medida em que articula
conceitos, ideias e procedimentos de diferentes campos do conhecimento.
6. A AVALIAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM
A avaliação do processo de aprendizagem consiste em uma das principais atribuições da prática docente. Faz parte do ofício
do professor acompanhar e observar os progressos ou dificuldades dos estudantes durante o ensino.
Muitas vezes a avaliação é vista como um processo estritamente de verificação da aprendizagem, cujos resultados medem o
desempenho dos alunos e os classifica em categorias. No entanto, a avaliação educacional deve ser compreendida como um
aspecto formativo e um momento de diagnóstico do processo de ensino e de aprendizagem que permite a elaboração de indicadores
dos progressos de um determinado período.
Os momentos avaliativos também devem ser entendidos como oportunidades de reflexão em que o professor pode identificar
os pontos fortes e as fragilidades de seu trabalho. Essa reflexão é importante, pois possibilita o diagnóstico da prática docente,
direciona a reestruturação de práticas didático-pedagógicas e o replanejamento do trabalho educativo, focalizando as necessidades
formativas dos alunos.
A escolha das metodologias e instrumentos que serão utilizados na avaliação deve se basear nos objetivos formativos (habilidades)
e nos conhecimentos trabalhados em sala de aula, bem como devem ser coerentes com as modalidades didáticas adotadas
pelo professor.
O processo avaliativo exige uma imersão em diferentes aspectos da atuação do professor, que deve procurar conhecer e adotar
novas situações de aprendizagem e instrumentos avaliativos que se adequem aos objetivos estabelecidos no currículo, no
projeto político-pedagógico da escola e no planejamento dos conteúdos que foram trabalhados.
É importante lembrar que os processos avaliativos estão sujeitos à subjetividade, visto que avaliar necessariamente envolve um
juízo de valor. Assim, é importante estabelecer e compartilhar com os alunos, de maneira clara e objetiva, os critérios das avaliações que
serão utilizados. Dessa forma, os alunos terão clareza do que o professor espera e do que devem desenvolver ao longo do ano letivo.
XII
Os alunos podem ser avaliados com o uso de diferentes instrumentos: provas dissertativas; testes; construções de modelos;
redações e relatórios; pelas participações e desempenhos em atividades individuais e coletivas; apresentações de seminários e
de trabalhos; exercícios que proponham a resolução de problemas; entre outros. Esses instrumentos devem ser usados de forma
variada e fornecer subsídios para o monitoramento da aprendizagem dos alunos de modo que, assim, possam ajudá-los a sistematizar
suas aprendizagens e a remediar possíveis defasagens.
Diferentes modos de avaliação usados regularmente configuram uma avaliação formativa, a qual deve ser contínua, cumulativa
e sistematizada porque vai além da verificação se o aluno aprendeu determinado conteúdo. Ela permite detectar defasagem
de aprendizagem e a correção de rumos do ensino para um aluno ou um grupo de alunos. A avaliação formativa não tem caráter
classificatório e é realizada com frequência durante o ano letivo. Como toda prática docente, é importante planejar cada avaliação,
pois esta tem como principal função acompanhar a evolução da aprendizagem individual e coletiva dos alunos.
A autoavaliação consiste em uma outra opção de instrumento avaliativo. Com ela o aluno pode exercitar a capacidade de
reflexão sobre seu desempenho nas atividades propostas pelo educador.
7. APRESENTAÇÃO DOS RECURSOS
DIDÁTICOS DA OBRA
A coleção é composta de cinco volumes, sendo destinada para o ensino de Ciências da Natureza dos primeiros 5 anos do
Ensino Fundamental. Os conteúdos de cada um dos volumes estão organizados em unidades e capítulos.
• A seção Para começar compõe a abertura do volume e tem o objetivo de diagnosticar os conhecimentos prévios e
promover o interesse dos alunos, convidando-os a refletir a respeito dos assuntos que serão estudados na unidade.
• O Mãos à obra propõe uma atividade prática desenvolvida de modo colaborativo. Pode ser uma experimentação,
a observação detalhada de um fenômeno em estudo, a montagem de um modelo, a coleta de dados e montagem
de tabelas, a análise de uma tabela ou gráfico, o levantamento de hipóteses, responder a uma questão-problema e
outras situações que representam etapas da prática científica.
• O Trocando ideias solicita aos alunos que debatam em grupo tópicos relacionados aos temas e assuntos estudados.
Assim, os alunos terão a oportunidade de trocar opiniões com os colegas. Em muitas situações essa seção pode ser
utilizada como um momento da avaliação processual ou formativa.
• A Jornada do saber apresenta, de forma crítica e reflexiva, conteúdos vinculados a temas da unidade. A seção vai
além da disciplina de Ciências e interage com outras áreas do conhecimento ou com temas contemporâneos.
• Na seção Ciências+ há uma série de sugestões de outros materiais que podem ampliar o conhecimento dos alunos.
São sugeridos livros, vídeos, filmes e sites para consulta.
• Um pouco de história traz textos históricos, contos ou lendas para ampliar o conhecimento de temas relacionados
à unidade, valorizando a leitura e a oralidade dos alunos.
• A seção Curiosidade apresenta temas atuais sobre ciência e tecnologia, sempre contextualizados com o assunto
estudado.
• Brincando eu aprendo é uma seção que promove o trabalho didático por meio de atividades lúdicas como jogos,
brincadeiras, encenações, criação de histórias, entre outras possibilidades.
• A seção Atividades aparece ao final de cada capítulo. As atividades nela sugeridas estimulam os alunos a retomar e
repensar os conteúdos tratados. Podem conter questões que solicitam: interpretar imagens, ler tabelas ou diagramas,
justificar e explicar afirmações, relacionar colunas etc.
• A seção Ciências em ação está presente ao final de uma das unidades e consiste em um projeto para ser realizado
em grupo. Esses projetos objetivam o aprofundamento do conhecimento dos alunos e a promoção da interação por
meio do trabalho coletivo e colaborativo.
• A seção Para encerrar, presente ao final do volume, oferece aos alunos atividades de revisão que possibilitam rever
os conteúdos estudados. Essa seção é uma proposta de avaliação de resultados.
XIII
8. TEXTO DE APROFUNDAMENTO
Ensino híbrido como possibilidade
A importância do uso das tecnologias digitais na escola, possibilitando a personalização do ensino, é um desafio para
muitos educadores. [...] A expressão ensino híbrido está enraizada em uma ideia de educação híbrida, em que não existe
uma forma única de aprender e na qual a aprendizagem é um processo contínuo, que ocorre de diferentes formas, em diferentes
espaços.
[...] Podemos considerar que esses dois ambientes de aprendizagem, a sala de aula tradicional e o espaço virtual, tornam-se
gradativamente complementares. Isso ocorre porque, além do uso de variadas tecnologias digitais, o indivíduo interage com o
grupo, intensificando a troca de experiências que ocorre em um ambiente físico, a escola. O papel desempenhado pelo professor
e pelos alunos sofre alterações em relação à proposta de ensino considerado tradicional, e as configurações das aulas favorecem
momentos de interação, colaboração e envolvimento com as tecnologias digitais. O ensino híbrido configura-se como uma combinação
metodológica que impacta na ação no professor em situações de ensino e na ação dos estudantes em situações de
aprendizagem.
As modalidades ao longo do caminho de aprendizado de cada estudante em um curso ou disciplina são conectadas para
oferecer uma experiência de educação integrada. Os autores apresentam as propostas híbridas como concepções possíveis para
o uso integrado das tecnologias digitais na cultura escolar contemporânea, enfatizando que não é necessário abandonar o que
se conhece até o momento para promover a inserção de novas tecnologias em sala de aula; pode-se aproveitar “o melhor dos
dois mundos”.
[...]
MODELOS
Modelo de rotação: os estudantes revezam as atividades realizadas de acordo com um horário fixo ou orientação do professor.
As tarefas podem envolver discussões em grupo, com ou sem a presença do professor, atividades escritas, leituras e, necessariamente,
uma atividade on-line. Nesse modelo, há as seguintes propostas:
• Rotação por estações: os estudantes são organizados em grupos, cada um dos quais realiza uma tarefa, de acordo com os
objetivos do professor para a aula em questão. Podem ser realizadas atividades escritas, leituras, entre outras. Um dos grupos estará
envolvido com propostas on-line que, de certa forma, independem do acompanhamento direto do professor. É importante valorizar
momentos em que os estudantes possam trabalhar de forma colaborativa e aqueles em que possam fazê-lo individualmente.
[...]
• Sala de aula invertida: nesse modelo, a teoria é estudada em casa, no formato on-line, e o espaço da sala de aula é utilizado
para discussões, resolução de atividades, entre outras propostas. O que era feito em classe (explicação do conteúdo) agora é
feito em casa, e o que era feito em casa (aplicação, atividades sobre o conteúdo) agora é feito em sala de aula. Esse modelo é
valorizado como a porta de entrada para o ensino híbrido, e há um estímulo para que o professor não acredite que essa seja a
única forma de aplicação de um modelo híbrido de ensino, a qual pode ser aprimorada.
[...]
Lilian Bacich; Adolfo Tanzi Neto; Fernando de Mello Trevisani. Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. In:
Lilian Bacich (Orgs.). Ensino Híbrido: Personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015. Cap. 2.
Para se aprofundar nessa temática que tem ganhado cada vez mais espaço nas discussões sobre a escola, sugerimos que
você faça pesquisas na internet ou consulte os seguintes links:
Ensino híbrido: quais são os modelos possíveis? Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/19715/ensino-hibrido-quais-sao-os-modelos-possiveis.
Acesso em: 13 ago. 2021.
Para entender o ensino híbrido em 14 perguntas. Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/19933/para-
-entender-o-ensino-hibrido-em-14-perguntas. Acesso em: 13 ago. 2021.
XIV
PLANILHA DE CONTEÚDOS E CRONOGRAMA – 3º ANO
Objetos do
conhecimento
Características e desenvolvimento
dos animais
Efeitos da luz nos materiais
Saúde auditiva e visual
Produção do som
Características da Terra
Observação do céu
Usos do solo
Atividades – Para encerrar
Capítulos e
habilidades da BNCC
Capítulo 1 – O ambiente e os
seres vivos
(EF03CI04)
(4 semanas)
Capítulo 2 – O desenvolvimento
dos animais
(EF03CI05)
(4 semanas)
Capítulo 3 – A classificação dos
animais
(EF03CI06)
(4 semanas)
Atividades: Para começar
Unidade 1 – Os seres vivos
Capítulo 4 – Propriedades da luz
(EF03CI02)
(4 semanas)
Capítulo 5 – O som e a audição
(EF03CI01)
(EF03CI03)
(5 semanas)
Capítulo 6 – O desenvolvimento da
Astronomia
(EF03CI08)
(3 semanas)
Capítulo 7 – O planeta Terra
(EF03CI07)
(4 semanas)
Capítulo 8 – O solo
(EF03CI09)
(EF03CI010)
(4 semanas)
Conteúdos
Biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado e Caatinga
Onde estão os animais? (camuflagem)
Mata Atlântica, Manguezal, Pantanal e Campos Sulinos
Animais ovíparos: pato, borboleta, aranha-armadeira, lagartixa, sapo e tartaruga
Animais vivíparos: mamíferos
Desenvolvimento humano
Animais aquáticos e terrestres
A diversidade dos animais
Vertebrados: peixe, anfíbio, réptil, ave e mamífero
Dinossauros
Animais invertebrados
Características dos insetos
Observando pequenos animais
Unidade 2 – O ambiente físico
Reflexão regular e difusa
Material opaco, translúcido e transparente
O controle do fogo
Bioluminescência
A luz e a visão
Baixa visão e sistema braile
Características do som
O eco
Deficiência auditiva
Som grave e som agudo
Telefone de copos (atividade prática)
Saúde visual e auditiva
Unidade 3 – De olho no céu e de olho na Terra
Meteorito Bendegó
O céu de antigamente
Luneta e telescópio
Geocentrismo e heliocentrismo
Via Láctea
Modelo do Sistema Solar
Formas de representar o planeta Terra
O interior do planeta Terra
Crosta terrestre e o manto
Formação de vulcões
Corrente de convecção no manto
O núcleo
A superfície terrestre e as zonas climáticas
Modelo: camadas da Terra
Origem e formação do solo
Textura e cor do solo
Permeabilidade e fertilidade do solo
Características do solo (humoso, arenoso, argiloso, calcário)
O solo e os seres vivos
Terra preta de índio (sítio arqueológico)
O solo e os seres humanos
Agricultura e mineração
Desastres ambientais com mineradoras
Avaliação diagnóstica
Avaliações
Avaliação formativa
Avaliação formativa
Atividades
Avaliação formativa
Avaliação formativa
Atividades
Avaliação formativa
Mãos à obra
Avaliação formativa
Avaliação formativa
Atividades
Avaliação formativa
Atividades
Atividades
Avaliação formativa
Mãos à obra
Ciências em ação
Avaliação formativa
Atividades
Avaliação formativa
Avaliação formativa
Atividades
Avaliação formativa
Avaliação formativa
Atividades
Avaliação de resultados
XV
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
LIVROS
ALVES, G. L. (Org.). O Pantanal e sua história na pintura sul-mato-grossense.
Campo Grande: Ed. UFMS, 2014.
ARROIO, A. (Org.). O ensino de Ciências da Natureza. São Paulo: Xamã, 2012.
BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental: o desafio do desenvolvimento
sustentável. São Paulo: Pearson, 2005.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília. 2018. Disponível
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/.
CARVALHO, A. M. P. (Org.). Formação continuada de professores: uma releitura
das áreas de conteúdo. 2. ed. São Paulo: Cengage, 2017.
CASTELLAR, S.; SEMEGHINI-SIQUEIRA, I. Da Educação Infantil ao Ensino
Fundamental: formação docente, inovação e aprendizagem significativa.
1. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2015.
DI CROPANI, O. F. O mundo da eletricidade. Eletropaulo, Eletricidade de São
Paulo. São Paulo: Pau-Brasil, 1987.
FREDERICKS, A. D. Experimentos sencillos con la naturaleza. Barcelona:
Ediciones Oniro, 2001.
FRIZZO, M. N.; MARIN, E. B. O ensino de Ciências nas séries iniciais. Ijuí: Unijuí,
1989.
GARRITZ RUIZ, A.; CHAMIZO GUERRERO, J. A. Química. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2002.
HELITO, A. S.; KAUFFMAN, P. (Orgs.). Saúde: entendendo as doenças, a enciclopédia
médica da família. São Paulo: Nobel, 2006.
HENRIQUEZ, G. A. C. A mais antiga ciência e a mais nova tecnologia: ensino
de Astronomia e a internet. 1999. 133 F. Dissertação (Mestrado em
Educação). Universidade de São Paulo, São Paulo.
HORTA, N. Vamos comer: da viagem das merendeiras, crônicas e conversas.
Brasil: SEF/MEC, 2002.
LANGHI, R. Aprendendo a ler o céu: pequeno guia prático para a astronomia
observacional. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2016.
MARTÍN, J. A. L. ¿Habrá um terremoto en mi ciudad? Alambique, n. 83, 2016.
MASSARANI, L. (Org.). O pequeno cientista amador: a divulgação científica e
o público infantil. Rio de Janeiro: UFRJ – Casa da Ciência – Fiocruz, 2005.
MIODOWNIK, M. De que são feitas as coisas: 10 materiais que constroem o
nosso mundo. São Paulo: Blucher, 2015.
PECLIYE, M. M. (Org.). Ensino de ciências e biologia: a construção de conhecimentos
a partir de sequências didáticas. São Paulo: Baraúna, 2018.
RAW, I.; SANT’ANNA, O. A. Aventuras da microbiologia. São Paulo: Hacker
Editores/Narrativa Um, 2002.
ROBERTS, R. M. Descobertas acidentais em ciências. Campinas: Papirus, 1995.
SASSERON, L. H.; CARVALHO, A. M. P. Alfabetização científica: uma revisão bibliográfica.
Investigações em Ensino de Ciências, v. 16, n. 1, p. 59-77, 2011.
SASSERON, L. H.; CARVALHO, A. M. P. Almejando a alfabetização científica no
Ensino Fundamental: a proposição e a procura de indicadores do processo.
Investigações em Ensino de Ciências, v. 13, n. 3, p. 333-352,
2008.
SERWAY, R.; JEWETT, J. Physics for Scientists and Engineers with Modern
Physics. Boston: Cengage Learning, 2013.
SILVA, P. P. Farinha, feijão e carne-seca: um tripé culinário no Brasil colonial.
São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005.
TEIXEIRA, W. et al. (Org.). 2. ed. Decifrando a terra. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 2008.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia e
fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
SITES
NOVA ESCOLA. Disponível em: https://novaescola.org.br/. Acesso em: 13 ago.
2021.
Revista digital com temas e abordagens didáticas sobre educação em todos os
níveis.
CHC – Ciência Hoje das Crianças. Disponível em: http://chc.org.br/. Acesso
em: 13 ago. 2021.
Revista digital que aborda temas e curiosidades científicas com linguagem adequada
aos estudantes de diversos níveis de ensino.
REFERÊNCIAS
COMENTADAS
CARVALHO, Anna Maria Pessoa (Org.). Formação continuada de professores:
uma releitura das áreas de conteúdo. 2. ed. São Paulo: Cengage, 2017.
O livro trata da formação continuada dos professores de nossas
escolas do ponto de vista de seus conteúdos específicos, contemplando
as várias áreas de ensino. Os textos são resultado da preocupação
de se investigar a maneira como se ensina, como se aprende e,
principalmente, como se propõe a formação continuada dos
professores.
CASTELLAR, Sonia; SEMEGHINI-SIQUEIRA, Idméa. Da Educação Infantil ao
Ensino Fundamental: formação docente, inovação e aprendizagem
significativa. 1. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2015.
O livro reúne artigos de professores com vasta experiência
em pesquisa educacional e formação docente, inicial e continuada.
Inovações e contribuições concernentes ao ensino e à aprendizagem
de diferentes áreas do conhecimento são objeto de
reflexão.
GARRITZ RUIZ, A.; CHAMIZO GUERRERO, J. A. Química. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2002.
A Química é uma das ciências que mais influenciam nossa vida,
mas isso muitas vezes passa despercebido. Para o ensino de Química
é importante mostrar que a enorme variedade dos materiais que nos
cercam é formada por poucas unidades químicas presentes na
natureza.
HELITO, A. S.; KAUFFMAN, P. (Orgs.). Saúde: entendendo as doenças, a enciclopédia
médica da família. São Paulo: Nobel, 2006.
O livro é escrito em linguagem médica acessível a leigos. Reúne
temas como nutrição, doenças mentais, doenças genéticas, pediatria,
noções de primeiros socorros, todos abordados em capítulos de
autoria de grandes especialistas.
LANGHI, R. Aprendendo a ler o céu: pequeno guia prático para a astronomia
observacional. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2016.
Este guia incentiva os leitores a reconhecer o céu noturno e a se
interessar pela Astronomia, um campo científico que motiva a compreensão
da natureza e a consciência planetária. De forma didática, o
autor ensina a reconhecer as fases da Lua, eclipses, chuvas de meteoros
etc. Os fundamentos da Astronomia observacional articulam o
ensino de Ciências com Matemática, Artes e História, por exemplo.
MARTÍN, J. A. L. ¿Habrá um terremoto en mi ciudad? Alambique, Barcelona,
España. n. 83, 2016.
O terremoto de Lorca, em 2011, causou muita destruição e vítimas
na cidade espanhola. O autor do livro percebeu o grande desconhecimento
da população sobre a probabilidade de risco sísmico no país
e mostrou a necessidade de educar e divulgar medidas de autoproteção
para reduzir a vulnerabilidade frente aos terremotos.
MASSARANI, Luisa (Org.). O pequeno cientista amador: a divulgação científica
e o público infantil. Rio de Janeiro: UFRJ – Casa da Ciência – Fiocruz,
2005.
Este volume traz oito artigos escritos por autores do Brasil,
México e Chile, discutindo desafios e estratégias para inserir a ciência
no mundo infantil, explorando a curiosidade das crianças para
saber como as coisas funcionam e como é o mundo à volta delas.
MIODOWNIK, M. De que são feitas as coisas: 10 materiais que constroem
o nosso mundo. São Paulo: Blucher, 2015.
XVI
Este livro responde a muitas perguntas sobre os materiais dos
quais as coisas são feitas relatando suas experiências pessoais com
cada material. O autor fala de ciência de um modo acessível para
todos.
PECLIYE, Magda Medhat (Org.). Ensino de Ciências e Biologia: a construção
de conhecimentos a partir de sequências didáticas. São Paulo: Baraúna,
2018.
A construção do conhecimento e o processo de ensinar e aprender
não são rotineiros. Nesta obra, são apresentadas propostas nas
quais o conhecimento leva em conta a realidade dos alunos, a contextualização
e a menor fragmentação dos conteúdos, de forma que
o trabalho docente se torna intencional, planejado e reflexivo.
RAW, I.; SANT’ANNA, O. A. Aventuras da microbiologia. São Paulo: Hacker
Editores/Narrativa Um, 2002.
Este livro traz informações indispensáveis para tratar a história da
microbiologia com segurança em aulas e embasar discussões sobre o
surgimento deste como campo científico.
TEIXEIRA, W. et al. (Org.). Decifrando a terra. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 2008.
Depois de quase dez anos da iniciativa pioneira em lançar um
livro moderno sobre Geologia, a 2ª edição do livro Decifrando a Terra
chega com avanços significativos em termos de atualização do
conhecimento científico e tecnológico e estruturação dos
conteúdos.
TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo humano: fundamentos de
anatomia e fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
Este livro é uma referência da área: texto claro, objetivo e amplamente
ilustrado sobre os fundamentos de anatomia e fisiologia, com
ênfase na homeostasia.
LOCAIS PARA
VISITAÇÃO
Parque Estadual Campos do Jordão – SP
Parque Estadual Ilha do Cardoso –
Cananéia – SP
www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/
parques-e-reservas-naturais/parqueestadual-ilha-do-cardoso/
Instituto Butantan – SP
www.butantan.gov.br/atracoes
Museu de Zoologia – USP/SP
http://mz.usp.br/pt/pagina-inicial/
Jardim Botânico de São Paulo – SP
Zoológico de São Paulo – SP
www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/
parques-e-reservas-naturais/zoologicode-sao-paulo/
Museu de Arqueologia Hypólito Barato –
Monte Alto/SP
http://montealto.sp.gov.br/site/
museuarqueologia/
AQUÁRIOS
Rio de Janeiro
Aquário do Rio de Janeiro – AquaRio
www.aquariomarinhodorio.com.br/
visita-escolar/
São Paulo
Aquário de Santos
www.vivasantos.com.br/aquario
Aquário da Água Branca – município de
São Paulo
Sergipe
Oceanário de Aracaju
www.tamar.org.br/centros_visitantes.
php?cod=10
Rio Grande do Norte
Aquário de Natal
https://aquarionatal.com.br/
Minas Gerais
Aquário do Rio São Francisco
Brasília
Zoológico de Brasília – DF
www.zoo.df.gov.br/
Jardim Botânico de Brasília – DF
www.jardimbotanico.df.gov.br/
Goiás
Parque Nacional das Emas – GO
www.icmbio.gov.br/portal/visitacao1/unidadesabertas-a-visitacao/204-parque-nacional-das-
-emas
Zoológico de Goiânia – GO
www.goiania.go.gov.br/
zoologico-de-goiania/
Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi
www.museu-goeldi.br/
Paraná
Zoológico de Curitiba
Jardim Botânico de Curitiba
https://turismo.curitiba.pr.gov.br/
conteudo/jardim-botanico/1674
Piauí
Parque Nacional da Serrada Capivara – PI
Rio de Janeiro
Jardim Botânico do Rio de Janeiro – RJ
www.gov.br/jbrj/pt-br
Rondônia
Museu Regional de Arqueologia de
Rondônia – Presidente Médici/RO
São Paulo
Floresta Estadual Edmundo Navarro de
Andrade
Horto Florestal de Rio Claro – SP
Museu do Eucalipto
www.visiterioclaro.com.br/cultura-e-lazer/
floresta-estadual-edmundo-navarro-de-andrade/
https://prefeitura.pbh.gov.br/fundacao-
-de-parques-e-zoobotanica/jardim-zoologico/aquario-do-rio-sao-francisco
Santa Catarina
Balneário Camboriú – Oceanic Aquarium
https://oceanicaquarium.com.br/
MUSEUS DE CIÊNCIAS
Amazonas
Manaus
Bosque da Ciência
http://bosque.inpa.gov.br/
Goiás
Goiânia
Pátio da Ciência
https://patiodaciencia.ufg.br/
Museu Antropológico
https://museu.ufg.br/
MUSEUS VIRTUAIS
E EXPOSIÇÕES COM
ACESSO ON-LINE
Parque CienTec – São Paulo
www.parquecientec.usp.br/
passeio-virtual
Museu de Zoologia da USP – São Paulo
https://vila360.com.br/tour/mzusp/
Museu do Amanhã – Rio de Janeiro
https://museudoamanha.org.br/
tourvirtualpratodomundo/
Museu Nacional – Rio de Janeiro
https://artsandculture.google.com/project/museu-nacional-brasil
Instituto Inhotim – Minas Gerais
www.inhotim.org.br/visite/
Museu do Sertão – Pernambuco
www.valetourvirtual.com/
museudosertao/
XVII
Aquarela
CIÊNCIAS
Trivellato [ José Trivellato Júnior ]
Licenciado em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da
Universidade de São Paulo (USP). Licenciado em Pedagogia pela Faculdade
de Ciências e Letras Nove de Julho. Doutor em Educação e Mestre em
Didática pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP)
Cida Lico [ Maria Aparecida de Almeida Lico ]
Licenciada em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da
Universidade de São Paulo (USP)
3
3 0 ANO ENSINO FUNDAMENTAL • ANOS INCIAIS
CIÊNCIAS DA NATUREZA
1 a edição | São Paulo | 2021
1
© 2021 Kit’s editora
São Paulo • 1 a edição • 2021
Kit’s Editora Comércio e Indústria Ltda. - EPP
Rua Henrique Sam Mindlin, 576 – Piso Superior
Jardim do Colégio – São Paulo – SP
CEP: 05882-000
Tel.: (11) 5873-4363
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Direção administrativa
Jane Soraya Apolinário
Equipe M10 Editorial:
Coordenação editorial
Fernanda Azevedo
Coordenação de arte e projeto gráfico de capa
Thais Ometto
Projeto gráfico
Sérgio C.
Edição
Bárbara Odria
Preparação e revisão de textos
Brenda Silva
Assessoria técnica
Giovanna Sarli
Sandra Helena Dittmar Sarli Santos
Produção editorial
Vanessa Dionello
Coordenação de editoração eletrônica
Eduardo Enoki
Editoração eletrônica
Fanny Sosa
Nathalia Scala
Iconografia e ilustrações
M10 editorial
Impressão e acabamento
2
Apresentação
A curiosidade sempre impulsionou o ser humano na
busca por explicações sobre o que acontece no ambiente.
Você já observou os raios e ouviu os trovões em
um dia de chuva? Já se perguntou como nascem as
borboletas e por que temos o dia e a noite?
Se você é curioso e quer conhecer melhor os seres
vivos, compreender os fenômenos naturais e conhecer a si
mesmo, então, saiba que você gosta de Ciências.
As Ciências da Natureza explicam muitos dos
fenômenos naturais e procuram entender como funciona
a natureza.
Neste livro, que preparamos com muito carinho,
você vai experimentar, pesquisar, debater ideias, resolver
problemas e descobrir um novo jeito de olhar a natureza
e de aprender junto com os seus colegas.
Compreender Ciências significa conhecer o mundo
do ponto de vista dos cientistas, e você está convidado a
nos acompanhar nessa aventura, desde a primeira até a
última página deste livro.
Aproveite os textos, as imagens e as atividades
interessantes para compreender melhor o mundo em que
vivemos.
Os autores.
3
A
B
Conheça seu
livro
A Astronomia na Antiguidade
Para começar
Seção de abertura do
Volume para diagnosticar
os conhecimentos prévios
dos alunos.
As primeiras explicações sobre o funcionamento do Universo se apoiaram nos
registros de observações dos movimentos do Sol, da Lua, das estrelas e dos planetas.
DRONE EXPLORER/SHUTTERSTOCK
1. Leia o texto e responda.
10
Horta, jardim ou pomar?
PARA COMEÇAR
Muitas plantas não são utilizadas como alimento, mas têm flores coloridas e
cheirosas ou folhas com formatos variados. Elas são plantas usadas nos jardins e
muitas podem, também, ser plantadas em vasos.
a) Qual sentido nós utilizamos para afirmar que uma flor é cheirosa?
b) Qual sentido nós utilizamos para ver a cor de uma flor?
c) Leia em voz alta as palavras que estão no quadro:
mamão • beterraba • azaleia • alface • chuchu
jabuticaba • rosa • abobrinha • pepino
margarida • cenoura • laranja
• Agora, escreva o nome de cada planta no lugar correto:
JARDIM
POMAR
HORTA
MARIANA S./ M10
d) Quais das plantas do quadro não são usadas na alimentação humana?
e) Existem lagartas (larvas de insetos) que passam essa fase da vida embaixo do solo.
Quais das plantas do quadro podem servir de alimento para essas larvas?
2. Observe as imagens:
a) Em qual desses lugares (A) ou (B) você acha que deve existir maior quantidade de
seres vivos? Por quê?
b) O tuiuiú (ou jaburu) se alimenta de peixes e outros animais
que vivem nos rios. Em qual dos ambientes (A) ou (B) ele
poderia viver?
3. O que a imagem a seguir representa?
a) Qual é o nome do
nosso planeta?
WITHAN TOR/SHUTTERSTOCK.
SAM SPICER/SHUTTERSTOCK
PIXSAJU/SHUTTERSTOCK
b) Circule o nosso
planeta na imagem
11
SERGIO DE ARAUJO PEREIRA/SHUTTERSTOCK
3
DE OLHO NO
CÉU E DE OLHO
NA TERRA
SUNTI/SHUTTERSTOCK
Stonehenge é um monumento com mais de 4 mil anos, provavelmente usado para observações astronômicas,
localizado na Inglaterra.
Um dos mais importantes
astrônomos da Antiguidade foi Claudio
Ptolomeu. Ele viveu na Grécia e no Egito
há mais de 1 900 anos. Na sua obra mais
importante, composta por 13 livros, ele
defendeu a teoria de que o planeta
Terra ocuparia o centro do Universo e
que os outros planetas, a Lua e o Sol
giravam em torno da Terra. Essa teoria
é conhecida como Geocentrismo e foi
amplamente aceita até o século 17.
A teoria do geocentrismo de
Ptolomeu foi construída com base nas
propostas feitas por vários astrônomos
sobre os movimentos dos astros no céu
e em cálculos matemáticos.
90
A Astronomia na Antiguidade
As primeiras explicações sobre o funcionamento do Universo se apoiaram nos
registros de observações dos movimentos do Sol, da Lua, das estrelas e dos planetas.
Stonehenge é um monumento com mais de 4 mil anos, provavelmente usado para observações astronômicas,
localizado na Inglaterra.
Um dos mais importantes
astrônomos da Antiguidade foi Claudio
Ptolomeu. Ele viveu na Grécia e no Egito
há mais de 1 900 anos. Na sua obra mais
importante, composta por 13 livros, ele
defendeu a teoria de que o planeta
Terra ocuparia o centro do Universo e
que os outros planetas, a Lua e o Sol
giravam em torno da Terra. Essa teoria
é conhecida como Geocentrismo e foi
amplamente aceita até o século 17.
A teoria do geocentrismo de
Ptolomeu foi construída com base nas
propostas feitas por vários astrônomos
sobre os movimentos dos astros no céu
e em cálculos matemáticos.
90
Teoria: a teoria científica é uma explicação que descreve
uma série de fenômenos com base em observações e/ou
experimentações. Muitas teorias científicas se baseiam
em cálculos matemáticos.
Claudio Ptolomeu (100 d.C.-168 d.C.) foi um importante
astrônomo grego.
Teoria: a teoria científica é uma explicação que descreve
uma série de fenômenos com base em observações e/ou
experimentações. Muitas teorias científicas se baseiam
em cálculos matemáticos.
Claudio Ptolomeu (100 d.C.-168 d.C.) foi um importante
astrônomo grego.
DRONE EXPLORER/SHUTTERSTOCK
THEODOR DE BRY/DOMÍNIO PÚBLICO
THEODOR DE BRY/DOMÍNIO PÚBLICO
Para explorar
No início de cada Unidade há uma imagem
relacionada ao assunto que será estudado,
com perguntas de introdução.
Glossário
Algumas palavras desconhecidas
estarão em destaque com os
significados no glossário.
PARA EXPLORAR
1. Descreva o que você vê na imagem.
2. Você tem o costume de observar o céu?
3. Na imagem, qual instrumento está sendo utilizado pelos jovens
para observar o céu?
4
CURIOSIDADE
Formação de um vulcão
O magma do manto pode atingir a superfície do
planeta por meio dos vulcões ativos. Em algumas regiões
do nosso planeta, há vulcões que podem entrar em erupção
e expulsar material formado por rochas derretidas. Quando
atinge a superfície, esse material é chamado de lava.
1
3
crosta terrestre
abertura
magma derretido
mais lava
quente é expelida
Movimento do manto
superfície
da Terra
Os estudos da lava dos vulcões e das ondas
produzidas pela movimentação de partes da
crosta terrestre permitiram aos cientistas entender
a composição e as características do manto.
Como se comporta o material que compõe
o manto? Essa questão você vai responder
depois de realizar a atividade experimental
a seguir.
2
4
lava quente
montanha formada de lava
solidificada
Vulcão: abertura
na crosta terrestre
através da qual o
magma é lançado à
superfície.
Ilustração esquemática da
formação de um vulcão.
1. O magma derretido
encontra uma abertura
na superfície terrestre,
por onde sai. 2. A lava
quente se acumula na
superfície. 3. Quanto mais
magma sai, mais lava se
acumula. 4. A lava esfria
e endurece, formando os
vulcões.
Assista à reportagem sobre a erupção Vulcão Kilauea, no Havaí, no vídeo
a seguir. Disponível em: https://tvbrasil.ebc.com.br/reporter-brasil/2018/05/
erupcao-do-vulcao-kilauea-no-havai-entra-em-fase-mais-perigosa. Acesso
em: 11 jun. 2021.
Curiosidade
Textos com temas atuais e
curiosidades sobre Ciências e
tecnologia.
VICTOR B./ M10
A lava da erupção do vulcão ativo escorre pela
montanha. Vulcão no Monte Fagradalsfjall, na
Islândia, em 20 de março de 2021.
103
DANIELFREYR/SHUTTERSTOCK
Deficiência auditiva
No Brasil, existem quase 10
milhões de pessoas com deficiência
auditiva. Entre essas pessoas, mais de
2 milhões não ouvem absolutamente
nada. O restante tem diferentes graus
de deficiência auditiva.
Apesar de não ouvirem, as
pessoas com deficiência auditiva
levam uma vida normal. Elas
estudam, trabalham, se divertem e se
comunicam com uma língua própria:
a Língua Brasileira de Sinais – Libras.
Graças ao desenvolvimento
tecnológico, existem aparelhos
auditivos que auxiliam pessoas
com diferentes graus de deficiência
auditiva a ouvir melhor.
Uma criança pode nascer surda
ou a surdez pode ser causada por
doenças que atingem o sistema
de audição. Fazer a higienização
das orelhas é importante para a
manutenção da saúde, mas lembre-
-se: jamais coloque objetos ou hastes
no canal auditivo.
CIÊNCIAS
LIVRO
• O silêncio de Júlia
Autores: Pierre Coran e Melanie Florian
Editora: FTD
Ano: 2011
Libras é uma língua visual. São mãos que falam.
O aparelho auditivo funciona captando os sons do ambiente,
amplificando esses sons e transmitindo -os através da orelha.
Júlia tem deficiência auditiva. Ela vive feliz, mas se sente muito solitária. A chegada do
novo vizinho a deixa animada, pois finalmente vai ter com quem brincar.
VICTOR B./ M10
DIVULGAÇÃO
79
PIXEL-SHOT/SHUTTERSTOCK
com diferentes graus de deficiência
auditiva a ouvir melhor.
Uma criança pode nascer surda
ou a surdez pode ser causada por
doenças que atingem o sistema
de audição. Fazer a higienização
das orelhas é importante para a
manutenção da saúde, mas lembre-
-se: jamais coloque objetos ou hastes
no canal auditivo.
CIÊNCIAS
LIVRO
Ciências +
No Ciências + você encontra indicações de
livros, vídeos, filmes e sites relacionados ao
assunto estudado.
O aparelho auditivo funciona captando os sons do ambiente,
amplificando esses sons e transmitindo -os através da orelha.
• O silêncio de Júlia
Autores: Pierre Coran e Melanie Florian
Editora: FTD
Ano: 2011
Júlia tem deficiência auditiva. Ela vive feliz, mas se sente muito solitária. A chegada do
novo vizinho a deixa animada, pois finalmente vai ter com quem brincar.
DIVULGAÇÃO
79
PIXEL-SHOT/SHUT
BRINCANDO EU APRENDO
Quantos animais você conhece?
Existe uma grande diversidade de animais no mundo. Há animais de várias cores,
com asas, com pernas, com bico, com garras, que vivem na água, que vivem na terra
etc.
Quantos animais você conhece? Este jogo vai ser um desafio!
Como jogar
A. Com a ajuda do professor, organizem-se em grupos. Copiem as características
dos animais do quadro abaixo. Dobrem os papéis e usem-nos para o sorteio.
Um pouco de história
Textos que contam um pouco de
como o conhecimento científico foi se
transformando ao longo do tempo.
B. O professor fará o sorteio das características. Por exemplo, “Escrevam o nome
de animais que voam”.
C. Cada grupo terá dois minutos para escrever os nomes dos animais que
conhecem com a característica sorteada.
D. Quando terminar a rodada, cada grupo deverá dizer os animais que foram
citados. Ganha a rodada o grupo que tiver escrito o maior número de animais.
E. O resultado deve ser escrito em uma tabela, que pode estar na lousa ou em
uma cartolina. O grupo que conseguir vencer o maior número de rodadas
ganha o jogo.
134
Nadam Voam Andam Escalam
Vivem na água Vivem na terra Botam ovo Têm bico
Têm penas Têm pelos Têm escamas Têm garras
Têm antenas Têm cauda Têm duas pernas
Têm quatro
pernas
Brincando eu aprendo
Por meio de jogos e
brincadeiras, você vai
colocar em prática o que
estudou.
UM POUCO DE HISTÓRIA
Terra preta de índio
126
Pesquisadores garimpam a história contida na terra preta de índio
Quando se pensa em Floresta Amazônica, muita gente tem a ideia de que há
centenas de anos ela era uma mata virgem, intocada. Estudos de diversas áreas
estão derrubando essa teoria. A floresta não só foi densamente povoada como
estes povos foram responsáveis por uma das maiores riquezas da região, um solo
altamente fértil: a terra preta de índio.
[...]
A cidade de Manacapuru fica a 85 quilômetros de Manaus, capital do
Amazonas. Há centenas de anos, essas áreas eram habitadas por índios. No
local onde moravam se encontram as manchas de terra preta. Daí vem o nome
terra preta de índio. É um solo criado pelos índios, como diz Newton Falcão,
agrônomo do INPA, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.
“Toda a parte escura foi resultado de deposições de restos de capina e de
ossos de peixe que seria o lixão do índio. Isso é material orgânico. Não tem
plástico, não tem vidro e não tem lata. Eles também usavam o fogo para queimar.
Então, a combinação da deposição de grande quantidade de material orgânico
fresco com um pouco do material que eles queimaram, foi formando esse perfil
considerado bastante fértil e manteve a riqueza de nutrientes durante várias
décadas”, explica Falcão.
[...]
Globo Natureza. Pesquisadores garimpam a história contida na terra preta de índio. G1, 18 jun. 2012. Disponível em: http://g1.globo.com/
natureza/noticia/2012/06/pesquisadores-garimpam-historia-contida-na-terra-preta-de-indio.html. Acesso em: 11 jun. 2021.
Sítio arqueológico de terra
preta de índio em Porto Velho,
no estado de Rondônia.
RICARDO AZOURY/PULSAR IMAGENS
5
ARTE
Ciências em ação
Nesta seção, você encontrará projetos
que serão desenvolvidos em grupo.
DIVULGAÇÃO/MINISTÉRIO DA SAÚDE
CIÊNCIAS EM AÇÃO
Saúde visual e auditiva
Veja as informações abaixo e responda às perguntas.
DIVULGAÇÃO/MINISTÉRIO DA SAÚDE
TROCANDO IDEIAS
Leia o texto a seguir:
Incêndio na Chapada dos Veadeiros destrói mais de 60 mil hectares
de Cerrado e atinge quatro casas em Cavalcante
[...] A queimada, que já dura uma
Hectare: unidade de medida para regiões
semana, começou a ser controlada, mas
agrárias –1 hectare = 100 x 100 m.
continua avançando, de acordo com o
Brigadistas: grupo de pessoas capacitadas
Corpo de Bombeiros e o Instituto Chico
para atuar na prevenção e combate a
Mendes de Conservação da Biodiversidade um princípio de incêndio. Nos incêndios
(ICMBio). Mais de 100 pessoas e quatro
florestais, uma brigada trabalha na
prevenção, monitoramento e combate.
aviões atuam no combate às chamas.
[...] Os bombeiros e brigadistas do ICMBio registraram que o fogo já atingiu
“cerca de 16 mil hectares” do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, “o que
equivale a 6,6% da área da unidade de conservação”.
Outros 46 mil hectares, que são parte da Área de Preservação Ambiental do
Pouso Alto e ficam ao redor do parque, foram atingidos pelas chamas [...].
Vitor Santana. Incêndio na Chapada dos Veadeiros destrói mais de 60 mil hectares de Cerrado e atinge quatro casas em Cavalcante. Portal
G1 Goiás. 5 out. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2020/10/05/incendio-na-chapada-dos-veadeiros-atingequatro-casas-em-cavalcante.ghtml.
Acesso em: 10 jun. 2021.
1. Sabendo que o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros se localiza
no Cerrado, discuta com os colegas as possíveis consequências
ambientais desse incêndio.
2. Pesquise, em livros ou na internet, o que são Unidades de
Conservação e qual é a sua importância para a preservação dos
biomas brasileiros.
84 84
• O que os cartazes mostram?
• Por que você acha que é importante cuidar da saúde dos ouvidos e
dos olhos?
Organize o trabalho
A. Reúna-se com mais dois colegas de classe e formem um grupo para
organizar e iniciar o trabalho. Nesta atividade, vocês devem fazer uma
pesquisa procurando responder às perguntas a seguir. Utilize a biblioteca
da sua escola, a internet e/ou peça a ajuda de familiares e do professor
para conseguir as informações necessárias.
1. O que é deficiência auditiva?
2. Uma pessoa pode nascer sem audição?
3. Uma pessoa pode perder a audição quando é adulta?
4. O que é deficiência visual?
Jornada do saber
Seção com textos para estimular a
reflexão e o pensamento crítico.
CIÊNCIAS
20
LIVRO
• Terra de Cabinha
Autora: Gabriela Romeu
Editora: Peirópolis
Ano: 2016
Cabinha é a forma como as crianças que vivem no sertão do Cariri são chamadas.
Esse livro mostra um pouco da vida dessas crianças, suas brincadeiras, histórias e seu
modo de vida nesse lugar tão especial.
Trocando ideias
Aqui você vai
compartilhar opiniões
e ideias sobre diversos
assuntos com os
colegas.
DIVULGAÇÃO
JORNADA DO SABER
Formas de representar o planeta Terra
Podemos representar a Terra de diversas formas.
Para termos uma imagem do planeta, utilizamos fotos tiradas do espaço.
Imagem do planeta Terra visto do espaço.
As fotos do planeta podem nos mostrar fenômenos climáticos, como
furacões, ou nos dar informações sobre como os seres humanos alteram a
paisagem do planeta.
ELROCE/SHUTTERSTOCK
ALI ENDER BIRER/SHUTTERSTOCK
NASA IMAGES/SHUTTERSTOCK
Mãos à obra
Atividades
práticas que
envolvem
manipulação
de materiais,
levantamento
de hipóteses,
observação e
interpretação
de resultados.
MÃOS À OBRA
Telefone de copos
As ondas sonoras só se propagam no ar? Elas se
propagam nos sólidos? Essas questões serão respondidas
nesta atividade.
Materiais
Propagar: espalhar; percorrer.
• 2 copos plásticos rígidos (você pode reutilizar embalagens plásticas de
produtos como iogurte);
• 4 metros ou mais de barbante de algodão;
• 2 palitos de dentes ou 2 clipes de papel;
• lápis preto bem apontado.
Opcional:
A
Antes de começar a montar
o seu telefone de copos, você poderá
enfeitá-los com fita adesiva colorida
ou desenhos. Assim, os copos ficarão
com as cores e desenhos que você
desejar.
Como fazer
A. Peça a um adulto que faça um
furo no fundo de cada copo
B
usando um lápis bem apontado.
B. Passe uma das pontas do
barbante pelo furo de um dos
copos e amarre um pedaço do
palito ou um clipe de papel na
ponta do barbante. O clipe ou
o palito servirão para não deixar
o barbante escapar do fundo
do copo. Faça o mesmo com
o outro copo.
A. CARLÍN/ M10 A. CARLÍN/ M10
Furacão Florence visto do espaço em setembro
de 2018.
América do Sul vista do espaço à noite, mostrando as
luzes emitidas pelas grandes cidades.
81
99
6
ATIVIDADES
1. Observe as imagens dos objetos a seguir.
Superfície de um lago.
Espelho.
TOMASZ WRZESIEN/SHUTTERSTOCK
JESS KRAFT/SHUTTERSTOCK
Bola de futebol.
Camiseta.
a) Circule de verde as imagens dos objetos que refletem de modo regular a luz
que recebem.
b) Circule de vermelho as imagens dos objetos que refletem de modo difuso a luz
que recebem.
74
RUNRUN2/SHUTTERSTOCK
AFRICA STUDIO/SHUTTERSTOCK
2. Ligue corretamente as duas colunas.
Opaco
CHUMRIT TEJASEN/SHUTTERSTOCK
NIIK LEUANGBORIBOON/SHUTTERSTOCK
JOEYPHOTO/SHUTTERSTOCK
Plástico para colar em vidro plano.
Transparente
Xícara de vidro.
Translúcido
Portão de madeira.
3. Em duplas, escrevam como deve ser uma cidade adaptada para pessoas com deficiência
motora, visual ou auditiva. Pense na mobilidade das pessoas pelas ruas, localização das
informações úteis, espaços de lazer, entre outros.
75
Atividades
Nesta seção
você encontrará
exercícios e
atividades
para retomar
e repensar os
conteúdos
tratados no
capítulo.
PARA ENCERRAR
1. Imagine que você faça parte de um grupo de biólogos que descobriu uma nova
espécie de animal. O trabalho de vocês é classificar esse animal dentro de algum grupo
conhecido. O animal apresenta as seguintes características:
• presença de pelos;
• possui esqueleto interno;
• asas;
• mama quando filhote.
• dentes afiados;
A que grupo pertence essa espécie? Por quê?
2. Numere corretamente as fases do ciclo de vida de uma borboleta.
CHAINFOTO24/SHUTTERSTOCK
MARIA T HOFFMAN/SHUTTERSTOCK
HHELENE/SHUTTERSTOCK
JAY ONDREICKA/SHUTTERSTOCK
3. Leve cada animal ao seu grupo.
A. CARLÍN/ M10
aves
mamíferos
répteis
4. Sobre os animais da questão anterior, responda:
a) Qual deles vive exclusivamente na água?
b) Qual deles põe seus ovos na lagoa?
c) Qual deles é herbívoro?
5. Assinale as ações que representam hábitos de cuidado com a saúde auditiva e visual.
HENADZI KLLENT/SHUTTERSTOCK
ANDREY_POPOV/SHUTTERSTOCK
AFRICA STUDIO/SHUTTERSTOCK
ARTUSH/SHUTTERSTOCK
6. Faça um desenho da reflexão da luz no espelho no quadro da esquerda e um desenho
da reflexão do som no quadro da direita.
REFLEXÃO DA LUZ
REFLEXÃO DO SOM
ALEXANDRE R./ M10
ALEXANDRE R./ M10
Para encerrar
Nesta seção
você vai retomar
os conteúdos
estudados durante
o ano.
anfíbios
peixes
invertebrados
135
7. Por que as cordas do violão produzem sons diferentes?
136
Ícones de atividade
Estes são os ícones utilizados
no livro:
Atividade em dupla
Atividade oral
Atividade em grupo
Selos interdisciplinares
Este ícone,
que aparece
no final de
algumas páginas do
seu livro, informa que
nelas há imagens
com elementos
representados fora de
proporção entre si.
TEMA TRANSVERSAL
7
SUMÁRIO
Para começar .......................................................................................... 10
UNIDADE 1
OS SERES VIVOS, 12
CAPÍTULO 1 • O ambiente e os seres vivos ...................................... 14
• Os principais biomas brasileiros ..........16
Amazônia ......................................................16
Um pouco de história – Lenda da Vitória
Régia ................................................................ 18
Cerrado ..........................................................19
Caatinga ........................................................ 21
Jornada do saber – Sertão ....................... 22
Mãos à obra – Por que algumas plantas
perdem as folhas? ....................................... 24
Mata Atlântica ............................................. 27
Manguezal .................................................... 28
Pantanal ........................................................ 29
Campos Sulinos ...........................................30
Atividades ...............................................31
CAPÍTULO 2 • O desenvolvimento dos animais ............................. 32
• Animais ovíparos ................................... 33
• Animais vivíparos ..................................38
Que mamíferos terrestres
você conhece? ............................................. 39
O desenvolvimento dos mamíferos .........40
O desenvolvimento dos seres
humanos ....................................................... 42
Atividades ..............................................47
CAPÍTULO 3 • A classificação dos animais ..................................... 48
• A diversidade dos animais ...................50
Animais vertebrados .................................. 50
Animais invertebrados ............................... 58
Mãos à obra – Observando pequenos
animais............................................................ 60
UNIDADE 2
O AMBIENTE FÍSICO, 62
CAPÍTULO 4 • Propriedades da luz ................................................. 64
Mãos à obra – Acerte o alvo ..................... 65
• Reflexo da luz no papel ........................ 66
• Transparente e opaco ........................... 67
Um pouco de história – O controle do
fogo ................................................................. 69
• A luz e a visão ........................................ 72
A tecnologia e a baixa visão ......................73
Atividades .............................................. 74
8
CAPÍTULO 5 • O som e a audição .................................................... 76
• Características do som .............................77
O eco ................................................................. 78
• Deficiência auditiva ................................. 79
Som grave e som agudo ................................80
Mãos à obra – Telefone de copos ................ 81
Atividades ................................................. 83
Ciências em ação –
Saúde visual e auditiva .................................. 84
UNIDADE 3
DE OLHO NO CÉU E DE OLHO NA TERRA, 86
CAPÍTULO 6 • O desenvolvimento da Astronomia ......................... 88
• O céu de antigamente ............................. 89
A Astronomia na Antiguidade ......................90
Mãos à obra – Construção do
modelo do Sistema Solar .............................. 94
Atividades ................................................. 96
CAPÍTULO 7 • O planeta Terra ........................................................ 98
Jornada do saber – Formas de representar
o planeta Terra ................................................. 99
• O interior do planeta Terra .....................101
A crosta terrestre ...........................................102
O manto ...........................................................102
Mãos à obra – Movimentacão
dos líquidos .....................................................104
O núcleo ......................................................... 106
• A superfície terrestre ..............................107
Zonas polares ................................................ 108
Zonas temperadas ........................................ 108
Zona tropical ................................................. 108
Mãos à obra – O interior
do planeta ........................................................109
Atividades ..................................................111
CAPÍTULO 8 • O solo ........................................................................ 112
• A formação do solo................................. 113
Características do solo .................................117
Mãos à obra – Parte 1: Testando a
permeabilidade do solo ................................ 118
Mãos à obra – Parte 2: Qual solo
é mais fértil? ...................................................120
• Tipos de solo ........................................... 123
• O solo e os seres vivos .......................... 124
Um pouco de história – Terra preta
de índio ............................................................ 126
• O solo e os seres humanos ................... 127
O solo e a agricultura ...................................127
O solo e a mineração ...................................128
Jornada do saber – O desastre de Mariana
e suas consequências ambientais ............130
Atividades ............................................... 132
Brincando eu aprendo – Quantos animais
você conhece? ...............................................134
Para encerrar ................................................................. 135
Referências .................................................................... 143
9
PARA COMEÇAR
Apoio pedagógico
As atividades dessa avaliação
diagnóstica (ou avaliação
de entrada) exigem
observação e interpretação
de imagens, além de evidenciarem
alguns conteúdos já
aprendidos. Muitas crianças
ainda necessitam do 3 o ano
para a consolidação da alfabetização,
mas outras tantas
estarão seguras e devem desempenhar
as propostas sem
dificuldades.
As atividades envolvem
conteúdos que serão trabalhados
nesse volume e contemplam
algumas das habilidades
da BNCC para o 3 o ano
do Ensino Fundamental.
Sugestão de
encaminhamento
Você pode utilizar as atividades
para uma conversa
inicial, procurando perceber
o nível de conhecimentos que
os alunos têm principalmente
quanto à oralidade, escrita,
compreensão das comandas
e leitura de imagens.
Depois que todos completarem
as questões, peça que
socializem as respostas. Essa
troca estimula ainda mais a
oralidade dos alunos.
Os registros de cada aluno
no livro, seja nessa avaliação
ou nas diversas atividades
propostas para esse ano, são
material rico para sua análise.
Por meio dos registros, você
poderá observar os progressos
e dificuldades que cada
estudante enfrenta.
1. Leia o texto e responda.
10
Horta, jardim ou pomar?
PARA COMEÇAR
Muitas plantas não são utilizadas como alimento, mas têm flores coloridas e
cheirosas ou folhas com formatos variados. Elas são plantas usadas nos jardins e
muitas podem, também, ser plantadas em vasos.
a) Qual sentido nós utilizamos para afirmar que uma flor é cheirosa?
O sentido do olfato nos permite sentir o aroma das flores.
b) Qual sentido nós utilizamos para ver a cor de uma flor?
O sentido da visão nos permite ver as cores das flores.
c) Leia em voz alta as palavras que estão no quadro:
mamão • beterraba • azaleia • alface • chuchu
jabuticaba • rosa • abobrinha • pepino
margarida • cenoura • laranja
• Agora, escreva o nome de cada planta no lugar correto:
JARDIM
Azaleia, rosa e
margarida.
Resolução comentada
Mamão,
POMAR
jabuticaba e
laranja.
HORTA
Beterraba, alface,
chuchu, abobrinha, pepino
e cenoura.
A atividade 1 avalia se os alunos localizam e retiram informações explícitas de um pequeno texto,
resgatando a habilidade EF02CI06 do 2 o ano, uma vez que deverão aplicar conhecimentos sobre as
plantas (frutos, folhas, raízes e flores) para separá-las nos grupos solicitados. Ao se referir à cor e ao
cheiro das flores, estamos valorizando dois dos sentidos humanos (EF03CI03). O hábito da lagarta
descrita no item e) e a identificação do seu possível alimento contemplam a habilidade EF03CI04.
MARIANA S./ M10
10
Rosa, azaleia e
d) Quais das plantas do quadro não são usadas na alimentação humana? margarida.
e) Existem lagartas (larvas de insetos) que passam essa fase da vida embaixo do solo.
Quais das plantas do quadro podem servir de alimento para essas larvas?
As larvas devem se alimentar de raízes, como a beterraba e a cenoura.
2. Observe as imagens:
A
SAM SPICER/SHUTTERSTOCK
B
PIXSAJU/SHUTTERSTOCK
a) Em qual desses lugares (A) ou (B) você acha que deve existir maior quantidade de
seres vivos? Por quê?
b) O tuiuiú (ou jaburu) se alimenta de peixes e outros animais
que vivem nos rios. Em qual dos ambientes (A) ou (B) ele
poderia viver?
3. O que a imagem a seguir representa?
WITHAN TOR/SHUTTERSTOCK.
Deve existir maior quantidade de seres vivos no ambiente A, pois há grande quantidade de
água e vegetação, elementos essenciais para a vida de muitos seres vivos.
O tuiuiú poderia viver em um ambiente como o da imagem A.
a) Qual é o nome do
nosso planeta?
Terra.
b) Circule o nosso
planeta na imagem
SERGIO DE ARAUJO PEREIRA/SHUTTERSTOCK
11
A atividade 2 envolve a observação de ambientes distintos representados nas imagens. Ao
comparar as duas imagens, os alunos poderão perceber que as condições apropriadas para a vida
do jaburu estão presentes apenas no ambiente da imagem (A), onde a ave encontraria alimento
e abrigo com facilidade, uma vez que há vegetação e água em abundância. Assim, a partir da
leitura das imagens, os alunos: em a), farão uma inferência direta sobre a biodiversidade em cada
ambiente; em b), colocarão em prática a capacidade de identificar características do modo de vida
do jaburu (EF03CI04).
A atividade 3 pede a identificação de características da Terra, atendendo à habilidade EF03E07.
Conhecendo o formato esférico do nosso planeta e sua coloração azul devido à presença de água,
os alunos poderão marcá-lo na imagem.
11
APRESENTAÇÃO DO VOLUME 3
O tema do volume são os ciclos, e um selo de identificação
estará presente nos tópicos que tratam desse tema.
A unidade 1 apresenta os seres vivos e sua diversidade.
Estão elencadas as principais características dos biomas brasileiros,
a importância da reprodução para a preservação das
espécies de seres vivos e os ciclos de vida de alguns animais
vertebrados e invertebrados.
A leitura de imagens se faz especialmente importante, pois é
por meio delas e de suas legendas que alguns dos conteúdos
são trabalhados – seja o desenvolvimento do ser humano ou
a classificação dos animais.
Na unidade 2, abordaremos elementos do ambiente físico,
como a luz e o som. A interação entre esses elementos
naturais e os materiais definem algumas propriedades dos
materiais, como opacidade e transparência. Dois dos sentidos
dos animais (visão e audição) dependem da presença de ondas
sonoras e da luz do ambiente para que eles interpretem
o que os rodeia. Neste estudo, os cuidados com os olhos e as
orelhas humanas são destacados.
A terceira unidade aborda tanto aspectos da Astronomia
como as camadas que compõem o interior do planeta Terra.
Movimentos da crosta terrestre decorrentes de correntes de
convecção do material pastoso do manto provocam terremotos
e erupções vulcânicas. A composição e a formação do solo cultivável
são os temas do último capítulo do volume. A camada
superficial do solo de cada região do nosso planeta apresenta
uma composição. O teor de componentes sólidos – como a
quantidade de areia, argila e minerais diversos – caracterizam
a cor, a textura, o cheiro e a permeabilidade dos solos.
A produção agrícola depende da fertilidade do solo, a qual
é determinada por diversos fatores – entre eles estão a quantidade
de matéria orgânica em decomposição, a presença de
minerais essenciais absorvíveis pelas raízes e a disponibilidade
de água.
1
Vista aérea do Pantanal Matogrossense,
no estado do Mato Grosso.
2
O
3
DE
TEMA DO VOLUME: CICLOS
OS SERES VIVOS
AMBIENTE
FÍSICO
OLHO NO
CÉU E DE OLHO
NA TERRA
A
12
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 1
QUADRO DE OBJETIVOS PEDAGÓGICOS
OS SERES VIVOS
Conteúdos e habilidades da
BNCC associadas
Objetivos
Atividade (número
da página)
Pré-requisitos
Capítulo 1 – O ambiente e os
seres vivos
1. Perceber a diversidade de animais na Terra. 14 e 15 Ler e interpretar textos e
imagens.
(EF03CI04) Identificar características
sobre o modo de vida (o que comem, como
se reproduzem, como se deslocam etc.) dos
animais mais comuns no ambiente próximo.
2. Conhecer os biomas brasileiros. 12 a 17, 19, 21 e 27 a 30
3. Analisar imagens de ambientes naturais. 19, 21 e 26 a 30
Identificar e classificar
seres vivos de
acordo com as suas
características.
Capítulo 2 – O desenvolvimento
dos animais
(EF03CI05) Descrever e comunicar as
alterações que ocorrem desde o nascimento
em animais de diferentes meios terrestres ou
aquáticos, inclusive o homem.
Capítulo 3 – A classificação dos
animais
(EF03CI06) Comparar alguns animais e
organizar grupos com base em características
externas comuns (presença de penas, pelos,
escamas, bico, garras, antenas, patas etc.).
4. Refletir sobre o modo de vida de alguns animais.
5. Analisar imagens de animais aquáticos e terrestres.
33 a 41
36 a 39
Preencher tabelas e
quadros.
6. Identificar o ciclo de vida de alguns animais. 33 a 37 e 42
Utilizar vocabulário
específico.
7. Identificar as fases de vida do ser humano. 42, 43, 45 e 46
8. Conhecer a diversidade de animais na Terra. 48 a 59 Reconhecer o ciclo
de vida de diferentes
9. Identificar as características dos animais vertebrados. 48 a 57
animais.
10. Organizar grupos de animais com base em
características externas.
11. Identificar os vertebrados de acordo com o seu ciclo de
vida: ovíparos e vivíparos (placentários).
12. Classificar os animais de acordo com o tipo de
esqueleto que eles têm.
51 a 59
51 a 57
50, 58 e 59
Ler imagens.
Seguir instruções
e coletar dados
experimentais.
12 B
TEMA DO VOLUME: CICLOS
12
Habilidades
(EF03CI04) Identificar características
sobre o modo de
vida (o que comem, como se
reproduzem, como se deslocam
etc.) dos animais mais comuns
no ambiente próximo.
(EF03CI05) Descrever e
comunicar as alterações que
ocorrem desde o nascimento
em animais de diferentes
meios terrestres ou aquáticos,
inclusive o homem.
(EF03CI06) Comparar alguns
animais e organizar
grupos com base em características
externas comuns
(presença de penas, pelos,
escamas, bico, garras, antenas,
patas etc.).
Apoio pedagógico
Nesta unidade, vamos conhecer
as características dos
biomas brasileiros e reconhecer
algumas adaptações dos
organismos que neles vivem.
Vamos classificar os animais
com base nas suas características
externas, relacionando-as
com o ambiente,
e conhecer alguns ciclos de
vida, inclusive as fases da vida
humana – o que justifica a escolha
do tema ciclos.
Sugestão de
encaminhamento
Os principais objetivos da
seção Para explorar são trabalhar
com a capacidade dos alunos
de perceber os detalhes
das imagens e estimulá-los a
fazer analogias com situações
ambientais diferentes.
Aproveite esse momento
de discussão em pequenos
grupos para descobrir o que
os alunos já sabem sobre a
relação entre as condições
ambientais (luminosidade,
temperatura, disponibilidade
de água líquida, entre outras)
e a sobrevivência dos seres
vivos.
1
Vista aérea do Pantanal Matogrossense,
no estado do Mato Grosso.
OS SERES VIVOS
LUCAS LEUZINGER/SHUTTERSTOCK
Resolução
comentada
Oriente os alunos a fazer
uma descrição detalhada da
imagem, considerando se
aparece muita ou pouca água
e muitas ou poucas árvores.
Na discussão da questão 2,
garanta que todos se expressem
e expliquem a resposta
dada.
1. O ambiente tem árvores,
rios e lagos.
2. Espera-se que os alunos
reconheçam que esse
ambiente atrai muitos
animais porque ali há
água, luz solar e muita
vegetação.
PARA EXPLORAR
Respostas na Resolução comentada.
1. Descreva o ambiente representado na
imagem.
2. Na sua opinião, esse ambiente,
provavelmente, tem muitos ou poucos
animais? Explique.
13
Habilidade
(EF03CI04) Identificar características
sobre o modo de
vida (o que comem, como se
reproduzem, como se deslocam
etc.) dos animais mais comuns
no ambiente próximo.
1
O ambiente e os
seres vivos
Os seres vivos podem ser encontrados em todos os lugares da Terra.
Objetivos
• Perceber a diversidade de
animais na Terra.
• Conhecer os biomas
brasileiros.
• Analisar imagens de ambientes
naturais.
Comprimento
2,4 m
GUDKOV ANDREY/SHUTTERSTOCK
2 m
MAJONIT/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
O capítulo 1 aborda conteúdos
relacionados às características
dos animais aquáticos
e terrestres e aos biomas
brasileiros. Esses conteúdos
foram agrupados em três unidades
didáticas, e a primeira
delas está nas páginas 14 e
15 – nas quais, por meio de
imagens, os alunos analisam
características de alguns animais,
relacionando-as ao ambiente
em que vivem.
Sugestão de
encaminhamento
Explore as imagens que
mostram animais em ambientes
com características
climáticas bem diferentes e
ajude os alunos a relacionar
essas diferenças com a localização
no planisfério.
MURILO MAZZO/SHUTTERSTOCK
Na região polar ártica, encontram -se os ursos
polares.
Diversas espécies de pererecas vivem na Mata Atlântica.
Os cientistas estudam a natureza procurando compreender a relação entre as
características dos seres vivos e o ambiente em que vivem.
1. Relacione as características do urso polar ao ambiente em que ele vive.
14
Resolução comentada
5,5 cm
Os dromedários são encontrados em desertos
e podem ficar dias sem beber água.
Espera-se que os alunos cheguem à conclusão de que a presença de grande quantidade de
pelos protege o urso do frio.
O exemplo do urso polar citado na atividade 1 deve facilitar a compreensão dos alunos para que
relacionem as características de outros animais e o ambiente em que vivem.
BRUNO S./ M10
14
Os ambientes encontrados na Terra podem ser divididos em: ambiente aquático e
ambiente terrestre.
VLAD61/SHUTTERSTOCK
1,3 m
1000 WORDS/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
A análise das imagens
deve permitir que os alunos
identifiquem as principais
características dos animais
aquáticos e as dos terrestres,
como a forma de locomoção,
a cobertura do corpo etc.
Os peixes são animais que habitam o ambiente aquático.
Resolução comentada
As ovelhas são animais que habitam o ambiente terrestre.
2. Preencha o quadro abaixo com características de animais de ambiente aquático e
de animais de ambiente terrestre.
CARACTERÍSTICAS
TROCANDO IDEIAS
ANIMAIS AQUÁTICOS
Espera-se que o aluno relacione
as características físicas, forma
de locomoção e forma de
respiração ao meio ambiente em
que o animal vive. Por exemplo,
presença de nadadeiras em animais
aquáticos e pernas em animais
terrestres.
ANIMAIS TERRESTRES
Respostas na Resolução comentada.
Reúna-se com alguns colegas e respondam às questões:
1. Como a ovelha e o peixe se locomovem?
2. O formato do corpo dos animais pode ajudar na locomoção?
1. A ovelha utiliza as pernas para andar, e o peixe utiliza as nadadeiras para nadar.
2. Nesse momento, não é esperado que os alunos acertem totalmente a resposta. O importante é
iniciar a discussão sobre a forma do corpo e o ambiente onde o animal vive. Chame a atenção
para o fato de que animais que vivem em um mesmo ambiente têm características em comum,
como o tubarão, a baleia e o peixe.
15
Resolução
comentada
A atividade 2 requer a observação
de imagens e aciona
os conhecimentos prévios
dos alunos. Observar a forma
hidrodinâmica dos peixes, por
exemplo, pode resultar em
comentários sobre a pele escorregadia
desses animais,
que os auxilia na locomoção
na água. Os alunos que estiverem
familiarizados com
a prática da natação podem
relacionar a posição dos braços
no mergulho com a forma
hidrodinâmica dos peixes e,
extrapolando a discussão,
com a forma aerodinâmica
das aves.
Alguns alunos podem precisar
de ajuda para preencher
o quadro com as características
de animais aquáticos e
terrestres.
Apoio pedagógico
A seção Trocando ideias sempre
propõe uma conversa com
mais colegas. Essa interação
melhora o conhecimento interpessoal
dos alunos, valoriza
as opiniões e exercita a elaboração
da fala e da escrita.
Avaliação formativa
O preenchimento do quadro
da atividade 2 e a seção
Trocando ideias constituem a
avaliação desta unidade didática.
No quadro, você terá uma produção
escrita dos alunos e, com a
discussão proposta no Trocando
ideias, poderá avaliar a oralidade.
15
Habilidade
(EF03CI04) Identificar características
sobre o modo de
vida (o que comem, como se
reproduzem, como se deslocam
etc.) dos animais mais comuns
no ambiente próximo.
Apoio pedagógico
As páginas 16 a 26 formam
mais uma unidade didática e
tratam de alguns biomas brasileiros:
Floresta Amazônica,
Cerrado e Caatinga.
Os biomas são conjuntos
de ecossistemas com biodiversidade
característica. O
IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) considera
seis biomas continentais
e um bioma marinho – todos
abordados no texto do aluno.
Cada bioma tem diversos
ecossistemas. A vegetação
e os animais de uma região
mais aberta, ensolarada e
próxima à água, por exemplo,
não serão os mesmos
encontrados na parte escura
e abafada do bioma.
Um ecossistema é formado
pelo conjunto dos seres vivos
(componentes bióticos)
e não vivos (componentes
abióticos) do ambiente. O
componente biótico engloba
os seres vivos e as relações
que mantêm entre si. O componente
abiótico considera o
clima, a temperatura, os gases
atmosféricos, a quantidade
de água, a luminosidade e
o tipo de solo, entre outras
características físicas.
Sugestão de
encaminhamento
Chame a atenção dos alunos
para o mapa com a localização
dos biomas brasileiros
e leia com eles a legenda de
cores.
Os principais biomas brasileiros
Biomas são regiões que têm características ambientais típicas, como o
clima e o tipo de solo, que influenciam os tipos de plantas e animais que
nelas habitam.
O Brasil é um país
Biomas brasileiros
muito grande e possui
diversos biomas.
Solo: camada superficial da
crosta terrestre composta
de diferentes fragmentos de
rochas.
Fonte: ICMBio e MMA. Unidades de
Conservação Federais, RPPNs, Centros
de Pesquisa e Coordenação Regionais.
Disponível em: www.icmbio.gov.br/portal/
images/stories/servicos/geoprocessamento/
DCOL/dados_vetoriais/MapaUCS_
junho_2017.pdf. Acesso em: 10 jun. 2021.
Amazônia
A Amazônia ocupa toda a porção
norte do país e é o maior bioma do Brasil.
As altas temperaturas e a chuva
estão presentes o ano todo, garantindo
o clima quente e úmido da região.
A vegetação é formada,
principalmente, por plantas com folhas
grandes e largas.
Algumas árvores podem atingir até
65 metros de altura, como a castanheira.
50 m
16
PEDARILHOSBR/SHUTTERSTOCK
Diâmetro 1,5 cm
Comprimento 5 cm
A castanheira é a árvore que
produz a castanha-do-pará.
BRUNO S./ M10
OLGA POPOVA/SHUTTERSTOCK
16
Na Floresta Amazônica, as copas das árvores mais altas encostam umas nas outras,
diminuindo a quantidade de luz que atravessa o interior da floresta.
MARCIO ISENSEE/SHUTTERSTOCK
A floresta apresenta uma grande
diversidade de plantas e animais.
Entre os animais podemos encontrar
macacos, serpentes, sapos, diferentes
espécies de aves e de insetos, entre outros.
A Floresta Amazônica é atravessada
por grandes rios, como o Negro e
o Solimões, onde são encontradas
diferentes espécies de plantas e
animais aquáticos.
O macaco-aranha se alimenta de frutos e se locomove
pelas árvores da Floresta Amazônica.
As copas das árvores
da Floresta Amazônica
formam uma espécie de
cobertura de folhas.
50 cm
WORLDSWILDLIFEWONDERS/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
As folhas grandes e largas
que caracterizam a vegetação
amazônica estão relacionadas
com a quantidade abundante
de chuvas da região. A
transpiração das plantas se dá
pelas folhas. Em milhares de
anos de evolução, as características
das plantas foram
selecionadas pela pressão das
condições ambientais em que
se encontravam.
Folhas perenes (sempre
presentes nas plantas) garantem
um movimento constante
de água através da planta:
a transpiração ocorre, e mais
água é retirada do ambiente
para suprir a que foi perdida.
Assim, esse tipo de folha é
mais encontrado em plantas
que habitam regiões tropicais
com regime de chuva regular.
WAGNER CAMPELO/SHUTTERSTOCK
COULANGES/SHUTTERSTOCK
Diâmetro da
folha 2,5 m
2,6 m
A vitória-régia tem folhas enormes em forma de círculo.
O peixe-boi-da-amazônia vive nos rios da região e se
alimenta de plantas aquáticas.
17
17
Habilidade
(EF03CI04) Identificar características
sobre o modo de
vida (o que comem, como se
reproduzem, como se deslocam
etc.) dos animais mais comuns
no ambiente próximo.
Apoio pedagógico
A vitória-régia é uma planta
típica da região amazônica.
Em lagos e rios de outras regiões,
podemos encontrar
uma planta da mesma família
botânica da dela: a ninfeia.
As ninfeias, entretanto, têm
folhas de diâmetro bem menor
e flores de diversas cores.
Sugestão de
encaminhamento
A lenda da vitória-régia é
uma leitura interessante para
ser feita em casa e pode se
transformar em um momento
bem agradável. Essa prática
de literacia familiar desenvolve
a habilidade de leitura
dos alunos e, ao envolver um
ou mais membros da família
lendo em voz alta, colabora
para a melhor compreensão
do texto. Além disso, todos
passarão a conhecer a lenda
e poderão conversar sobre
esta e outras lendas que
conheçam, enriquecendo o
repertório cultural de todos.
UM POUCO DE HISTÓRIA
18
Lenda da Vitória Régia
Conta a lenda que uma bela índia chamada Naiá apaixonou-se por Jaci
(a Lua), que brilhava no céu a iluminar as noites. [...]
Durante o dia, bravos guerreiros tentavam cortejar Naiá, mas era tudo em
vão, pois ela recusava todos os convites de casamento. E mal podia esperar
a noite chegar, quando saía para admirar Jaci, que parecia ignorar a pobre
Naiá. Mas ela esperava sua subida e sua descida no horizonte e, já quase de
manhãzinha, saía correndo em sentido oposto ao Sol para tentar alcançar a
Lua. Corria e corria até cair de cansaço no meio da mata. Noite após noite, a
tentativa de Naiá se repetia. Até que ela adoeceu. De tanto ser ignorada por
Jaci, a moça começou a definhar.
Mesmo doente, não havia uma noite que não fugisse para ir em busca da
Lua. Numa dessas vezes, a índia caiu cansada à beira de um igarapé. Quando
acordou, teve um susto e quase não acreditou: o reflexo da Lua nas águas
claras do igarapé a fizeram exultar de felicidade! Finalmente ela estava ali, bem
próxima de suas mãos. Naiá não teve dúvidas: mergulhou nas águas profundas
e acabou se afogando.
Jaci, vendo o sacrifício da índia, resolveu transformá -la numa estrela
incomum. O destino de Naiá não estava no céu, mas nas águas, a refletir o
clarão do luar. Naiá virou
a Vitória Régia, a grande
flor amazônica das águas
calmas, a estrela das águas,
tão linda quanto as estrelas
do céu e com um perfume
inconfundível. E que só abre
suas pétalas ao luar.
Leitura para todos. Lenda da Vitória Régia.
Teia de textos. UFMG. Belo Horizonte, 2010.
Disponível em: www.ufmg.br/cienciaparatodos/
wp-content/uploads/2012/06/leituraparatodos/
Textos-Leitura-Etapa-3-e-4/e34_60-
lendadavitoriaregia.pdf. Acesso em: 10 jun. 2021.
DIVERSIDADE
CULTURAL
MARCELLO S./ M10
18
Cerrado
O bioma Cerrado ocupa parte da
região central do Brasil.
O clima do Cerrado se caracteriza
pelo verão chuvoso e o inverno seco.
Durante o período de seca,
é comum ocorrerem queimadas.
Este é um evento natural na
região do Cerrado, pois muitas
sementes só nascem depois que
o solo está queimado. Porém,
quando o fogo ocorre em grandes
proporções, o incêndio pode se
espalhar por uma grande região,
causando a morte de muitas plantas
e animais.
A vegetação do Cerrado é
formada por árvores de casca grossa
e tronco retorcido e por arbustos, como o
pequi e o umburuçu.
Entre os animais encontrados no
Cerrado estão o tucano e a seriema.
56 cm
DAN BACIU/SHUTTERSTOCK
Queimada na Chapada dos Veadeiros. Alto do Paraíso, no
estado de Goiás, 2019.
O pequi é uma árvore típica do Cerrado e seu fruto é
muito utilizado na culinária da região.
70 cm
6 cm
15 m
LUIS WAR/SHUTTERSTOCK
ADILSON SOCHODOLAK/
SHUTTERSTOCK
TIAGO R C DE MOURA/
SHUTTERSTOCK
VALMIR FERNANDO/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Tema: Ciclos
O aspecto da vegetação do
Cerrado (casca grossa e troncos
retorcidos) não se deve
somente à falta de água na região,
pois as raízes das árvores
são longas e conseguem atingir
o lençol de água subterrânea,
mesmo nos períodos
mais secos do ano. As plantas
desse bioma também são resistentes
às queimadas naturais
que ocorrem de tempos
em tempos. O solo original do
Cerrado é considerado ácido
e pouco fértil para o cultivo
de plantas agrícolas, porém
tem as condições necessárias
para uma grande diversidade
da flora nativa (mais de 12 mil
espécies de plantas).
O Cerrado é a savana tropical
mais rica do mundo, abrigando
cerca de 5% de toda
a diversidade do planeta e
30% dos diversos seres vivos
identificados no nosso país.
Fonte: Embrapa. Disponível
em: https://www.embrapa.
br/contando-ciencia/bioma-
-cerrado. Acesso em: 6 ago.
2021.
Tucano-toco.
Seriema.
19
19
Habilidade
(EF03CI04) Identificar características
sobre o modo de
vida (o que comem, como se
reproduzem, como se deslocam
etc.) dos animais mais comuns
no ambiente próximo.
Apoio pedagógico
O fogo no Cerrado
Os ventos, a baixa umidade
e a grande quantidade de
biomassa seca são condições
ideais para o fogo. Essas queimadas
naturais sempre ocorreram
no Cerrado, e a casca
grossa das árvores protege
as partes internas da planta.
Após as queimadas, muitas
plantas brotam, pois as cinzas
fornecem nutrientes ao
solo. As queimadas acidentais,
entretanto, têm sido tão
frequentes que o ambiente
demora para se recuperar. Os
seres vivos desse bioma têm
sofrido bastante com essa
situação.
Sugestão de
encaminhamento
Leia o texto da seção
Trocando ideias em voz alta
para a classe, esclareça possíveis
dúvidas quanto ao vocabulário
e incentive os alunos
a fazer comentários sobre o
assunto. Pode ser que muitas
crianças saibam que as queimadas
têm ocorrido com
certa frequência em algumas
regiões do nosso país e causado
uma série de problemas. Ao
realizar as atividades, os alunos
vão expor o que compreenderam
do texto, retirando informações
implícitas da notícia
que foi lida (atividade 1), e se
organizar para fazer a pesquisa
sugerida (atividade 2).
CIÊNCIAS
20
TROCANDO IDEIAS
Leia o texto a seguir:
Incêndio na Chapada dos Veadeiros destrói mais de 60 mil hectares
de Cerrado e atinge quatro casas em Cavalcante
[...] A queimada, que já dura uma
semana, começou a ser controlada, mas
continua avançando, de acordo com o
Corpo de Bombeiros e o Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio). Mais de 100 pessoas e quatro
aviões atuam no combate às chamas.
[...] Os bombeiros e brigadistas do ICMBio registraram que o fogo já atingiu
“cerca de 16 mil hectares” do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, “o que
equivale a 6,6% da área da unidade de conservação”.
Outros 46 mil hectares, que são parte da Área de Preservação Ambiental do
Pouso Alto e ficam ao redor do parque, foram atingidos pelas chamas [...].
Respostas na Resolução comentada.
1. Sabendo que o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros se localiza
no Cerrado, discuta com os colegas as possíveis consequências
ambientais desse incêndio.
2. Pesquise, em livros ou na internet, o que são Unidades de
Conservação e qual é a sua importância para a preservação dos
biomas brasileiros.
Resolução comentada
Vitor Santana. Incêndio na Chapada dos Veadeiros destrói mais de 60 mil hectares de Cerrado e atinge quatro casas em Cavalcante. Portal
G1 Goiás. 5 out. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2020/10/05/incendio-na-chapada-dos-veadeiros-atingequatro-casas-em-cavalcante.ghtml.
Acesso em: 10 jun. 2021.
LIVRO
• Terra de Cabinha
Autora: Gabriela Romeu
Editora: Peirópolis
Ano: 2016
1. Espera-se que os alunos cheguem à conclusão de que um incêndio dessas proporções pode
causar a perda de espécies vegetais e animais, além de uma alteração no bioma, que demorará
anos para se recuperar.
2. Unidades de Conservação são áreas de proteção ambiental. Para mais informações, acesse a página
do Instituto Chico Mendes. Disponível em: www.icmbio.gov.br/portal/. Acesso em: 27 jul. 2021.
Atividade complementar
Hectare: unidade de medida para regiões
agrárias –1 hectare = 100 x 100 m.
Brigadistas: grupo de pessoas capacitadas
para atuar na prevenção e combate a
um princípio de incêndio. Nos incêndios
florestais, uma brigada trabalha na
prevenção, monitoramento e combate.
Cabinha é a forma como as crianças que vivem no sertão do Cariri são chamadas.
Esse livro mostra um pouco da vida dessas crianças, suas brincadeiras, histórias e seu
modo de vida nesse lugar tão especial.
Selecione um trecho do livro Terra de Cabinha, sugerido no Ciências +, para ler com
os alunos.
DIVULGAÇÃO
20
Caatinga
O bioma Caatinga se estende
pelos estados do Ceará, Rio Grande
do Norte, Paraíba, Pernambuco,
Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte
de Minas Gerais.
O clima é quente e com poucas
chuvas ao longo do ano.
A vegetação é formada por árvores
baixas, que perdem as folhas no
período da seca, e por muitos cactos.
O nome “Caatinga” tem origem
na língua tupi e significa “mata
branca”, porque durante o período
de seca os galhos das árvores
ficam esbranquiçados.
Durante o curto período de chuvas
que ocorre, geralmente, no início do
ano, as folhas rapidamente voltam a
nascer e a vegetação se torna verde e florida.
Entre os animais que vivem na Caatinga,
encontramos a arara-azul, a pomba-asa-
-branca, o sagui-do-nordeste, o cachorro-do-mato, o sapo-cururu, a cutia,
o veado-catingueiro, além de muitos insetos, serpentes e lagartos.
Vegetação típica da Caatinga no período da seca.
Petrolina, no estado de Pernambuco.
Nos meses chuvosos, a vegetação da Caatinga é verde e
rica em flores e frutos. Oeiras, no estado do Piauí.
ROBINSON G. L. BARROS/SHUTTERSTOCK
HELISSA GRUNDEMANN/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
A Caatinga é um bioma
exclusivamente brasileiro:
isso significa que muitos dos
animais e plantas desse ambiente
não são encontrados
em nenhum outro lugar.
Sugestão de
encaminhamento
Enriqueça a sua aula com
mais imagens da vegetação
e dos animais que vivem na
Caatinga.
BIDRU/SHUTTERSTOCK
VINICIUS R. SOUZA/SHUTTERSTOCK
A arara-azul está correndo risco de extinção.
1 m
15 cm
O sapo-cururu tem glândulas que liberam veneno
quando são pressionadas.
21
21
JORNADA DO SABER
Habilidade
(EF03CI04) Identificar características
sobre o modo de
vida (o que comem, como se
reproduzem, como se deslocam
etc.) dos animais mais comuns
no ambiente próximo.
Apoio pedagógico
A região semiárida do
Nordeste brasileiro é caracterizada
pelo clima seco
e quente com escassez de
chuva. Essa região também
é chamada de Sertão. Apesar
das dificuldades impostas
pelo clima, a Caatinga é um
bioma rico em espécies vegetais
e animais. Respeitando os
recursos naturais, é possível
viver no semiárido. No Sertão,
milhares de famílias vivem da
agricultura e da pecuária, praticando
a sua cultura e suas
tradições em harmonia com
o meio ambiente.
Sertão
A Caatinga está localizada na região conhecida como Sertão Nordestino.
Por conta dos longos períodos de seca, a região sofre com a falta de água, que
prejudica as plantações e a criação de animais.
Essa região também é uma das mais pobres do país.
Semiárido brasileiro
BRUNO S. /M10
Fonte: Ana Paula Silva dos Santos. O semiárido brasileiro: riquezas, diversidades e saberes. Instituto
Nacional do Semiárido. Campina Grande, Paraíba, 2014, n. 1, p. 14.
22
22
Asa branca
Quando olhei a terra ardendo
Igual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
[...]
Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d’água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
[...]
Até mesmo a asa-branca
Bateu asas do sertão
Depois eu disse, adeus, Rosinha
Guarda contigo meu coração
[...]
1. Circule as palavras cujo significado você não conhece. Resposta pessoal.
2. Procure no dicionário o significado das palavras que você circulou. Resposta pessoal.
3. A música fala sobre os efeitos da falta de água na vida das pessoas que vivem no sertão
3. Sobre o que fala a música? nordestino.
4. A asa-branca é uma espécie de pomba
que vive na Caatinga. Ela é uma ave
migratória, ou seja, ela muda de local
conforme a época do ano ou de
acordo com as condições climáticas.
5. Explique o significado do trecho abaixo:
“Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação”
Hoje longe, muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
[...]
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu,
Meu coração
[...]
Pomba-asa-branca.
Humberto Teixeira; Luiz Gonzaga.
Asa Branca. In: Asa Branca. RCA, 1947.
• Copie no caderno o trecho da música que revela a natureza migratória da
asa-branca. “Até mesmo a asa-branca
Bateu asas do sertão.”
Espera-se que os alunos associem
o verde da plantação ao período
de chuvas na Caatinga.
HC FOTOSTUDIO/SHUTTERSTOCK
Sugestão de
encaminhamento
Essa atividade da Jornada
do saber trabalha a interpretação
de texto. Faça a primeira
leitura com os alunos, explore
o mapa de localização da região
em estudo e, se possível,
toque a música “Asa Branca”
para que eles acompanhem
com a letra. A atividade proposta
nessa seção trabalha
diversos aspectos do texto,
tais como: a realização de inferências
diretas ao interpretá-lo,
a marcação das palavras
desconhecidas (vocabulário)
e a consulta a um dicionário
(escrita do alfabeto).
No link a seguir, você vai
encontrar mais informações
sobre a canção. Explique
que a música foi composta
em 1947, e já naquela época
o Sertão nordestino sofria
com as secas. Disponível
em: www.brasildefato.com.
br/2017/05/22/asa-branca-
-o-hino-nordestino-completa-setenta-anos/.
Acesso em:
27 jul. 2021.
23
Resolução comentada
As atividades 3, 4 e 5 referem-se à interpretação da letra da música. Ajude os alunos a relacionar as
estrofes da música com as condições do bioma.
Atividade complementar
Para saber mais sobre o semiárido brasileiro, acesse a página da ONG ASA (Articulação
Semiárido Brasileiro). Disponível em: www.asabrasil.org.br/semiarido. Acesso em:
27 jul. 2021.
23
MÃOS À OBRA
Habilidade
(EF03CI04) Identificar características
sobre o modo de
vida (o que comem, como se
reproduzem, como se deslocam
etc.) dos animais mais comuns
no ambiente próximo.
Atividade
preparatória
Organize previamente a
atividade, providenciando
os vasos de plantas. Utilize
plantas com folhas sem cera.
Vasos de temperos como hortelã
e manjericão podem ser
utilizados.
Escolha um dia ensolarado
para realizar a atividade.
Apoio pedagógico
Esta atividade tem como
objetivo associar as folhas
com o processo de transpiração
das plantas.
A atividade deve ser realizada
em grupos ou pode ser
feita como demonstração, na
qual uma única montagem
experimental é realizada para
toda a turma observar.
Dependendo das condições
do tempo, o resultado
do experimento pode ser
observado em poucas horas.
Nesta atividade, iremos observar como as plantas transpiram.
Materiais
• 2 vasos pequenos contendo plantas cultivadas para tempero;
• 2 sacos plásticos transparentes, secos e sem furos;
• um rolo de barbante.
Como fazer
Por que algumas plantas perdem as folhas?
A. Com o auxílio do professor, pegue um dos vasos e cubra completamente
a planta com um dos sacos plásticos. Amarre-o com barbante, como
mostra a figura abaixo.
B. Regue a terra do vaso evitando molhar o saco plástico.
C. Coloque o vaso em um local em que receba luz.
A. CARLÍN/ M10
24
24
D. Pegue o segundo vaso e retire a maior parte das folhas da planta. Em
seguida, cubra a planta com o outro saco plástico, assim como foi feito
com o primeiro vaso.
A. CARLÍN/ M10
Sugestão de
encaminhamento
Enquanto os alunos completam
a atividade redigindo
suas observações e conclusões,
caminhe pela classe
para auxiliá-los, dando atenção
individual aos que precisarem,
e verifique se respondem
adequadamente ao que
foi solicitado.
E. No dia seguinte, retire os sacos das plantas e observe seu interior.
1. O que você observou em cada um dos sacos plásticos?
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que o interior dos dois sacos
plásticos têm umidades diferentes.
2. De onde vem a água que a planta utiliza?
Espera-se que os alunos concluam que a água vem do solo.
3. Sabendo-se que na Caatinga ocorrem períodos longos de seca,
explique por que a perda das folhas durante esse período é benéfica para
as plantas.
Espera-se que os alunos relacionem a perda de folhas à economia de água em
períodos de seca.
25
Resolução comentada
Espera-se que os alunos observem que o saco plástico da planta com folhas estava molhado,
enquanto o saco da planta quase sem folhas estava seco. Dependendo da quantidade de folhas
deixadas, o saco pode apresentar alguma umidade. Nesse caso, é adequado comparar a quantidade
de água presente nos sacos plásticos.
25
CURIOSIDADE
Habilidade
(EF03CI04) Identificar características
sobre o modo de
vida (o que comem, como se
reproduzem, como se deslocam
etc.) dos animais mais comuns
no ambiente próximo.
Apoio pedagógico
Na Caatinga e no Cerrado,
entre outros ambientes, os
animais de hábito diurno costumam
ter o corpo com uma
coloração que se assemelha à
vegetação local. Muitos deles
têm manchas, o que os ajuda
a passar despercebidos
pelos outros animais. Isso é
importante para o animal se
proteger dos predadores e
ser imperceptível para suas
presas.
Sugestão de
encaminhamento
Peça aos alunos que, em
casa, mostrem para um familiar
a imagem em que aparece
o bicho-pau e desafiem essa
pessoa a encontrar o inseto.
Depois, o aluno pode reler o
texto da seção Curiosidade ou
recontar o que entendeu para
esse familiar.
Avaliação formativa
Onde estão os animais?
Preste atenção na imagem abaixo.
Você consegue enxergar o inseto que está na foto?
GUILLERMO GUERAO SERRA/SHUTTERSTOCK
Se não conseguiu, tudo bem; é difícil
mesmo. O animal da foto é o bicho -pau,
um inseto que se assemelha a um pedaço
de graveto e, por isso, consegue passar
despercebido de seus predadores quando
está no meio das plantas.
A capacidade de imitar o aspecto do
ambiente é chamada de camuflagem, que é
uma forma de o animal se proteger de seus
predadores.
Muitas vezes, as cores do animal
são parecidas com as cores do ambiente
onde ele vive, como o urso polar, que tem
pelagem branca e vive na neve.
Alguns animais também podem alterar
sua forma ou suas cores de modo que se
tornem invisíveis no ambiente em que estão.
É o caso do camaleão e do polvo, que têm
células capazes de mudar de cor, fazendo
com que o corpo assuma a mesma cor do
ambiente em que está.
Camaleão.
Polvo.
30 cm
Bicho-pau.
65 cm
até 3 m
ANDRONOS HARIS/SHUTTERSTOCK
NATUREPHOTO/SHUTTERSTOCK
Em grupos, os alunos devem
começar um painel com
imagens da vegetação e dos
animais dos biomas estudados
até aqui: Floresta Amazônica,
Cerrado e Caatinga. Os grupos
podem elaborar frases representativas
de cada bioma.
A organização dos grupos
e a correção do material do
painel serão utilizados na avaliação
dessa unidade.
26
26
Mata Atlântica
A Mata Atlântica é o bioma brasileiro que mais sofreu com o desmatamento.
Veja o mapa a seguir:
Área da Mata Atlântica em 1500 e atualmente
1500 2018
Fonte: Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica, período 2017-2018. São Paulo, 2019, p. 30 e 34.
Disponível em: www.sosma.org.br/wp-content/uploads/2019/05/Atlas-mata-atlantica_17-18.pdf.
Acesso em: 10 jun. 2021.
O bioma Mata Atlântica está localizado na região mais urbanizada do país. O avanço
das cidades, das indústrias e o desenvolvimento da agricultura e da pecuária são as
principais causas do desmatamento dessa região.
Apesar da destruição, a Mata Atlântica ainda está entre os ambientes com maior
diversidade animal e vegetal do mundo, porém, muitas de suas espécies correm o
risco de sumir do planeta, isto é, estão ameaçadas de extinção.
VITORMARIGO/SHUTTERSTOCK
BRUNO S./ M10
PHOTOSLA/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
As páginas 27 a 30 constituem
a última unidade didática
deste capítulo e abordam
os biomas Mata Atlântica,
Manguezal, Pantanal e
Campos Sulinos.
A Mata Atlântica tem grande
variedade de espécies
de seres vivos. Por causa da
abundância de vegetação,
os animais encontram alimentos
e muitos locais para
fazer ninhos e tocas e para se
proteger – tanto nos galhos
e folhas das árvores como no
material caído no chão.
Sugestão de
encaminhamento
Estimule os alunos com
imagens e descrições de situações
para que eles compreendam
a relação entre as
características de determinado
ambiente e a variedade de
espécies encontradas. Dessa
forma, você evita a simples
memorização do conteúdo
e os alunos consolidam o
aprendizado.
10 m
26 cm
Tanto o palmito-juçara (palmeira nativa), como o mico-leão-dourado são encontrados exclusivamente na Mata Atlântica e
estão ameaçados de extinção.
27
27
Habilidade
(EF03CI04) Identificar características
sobre o modo de
vida (o que comem, como se
reproduzem, como se deslocam
etc.) dos animais mais comuns
no ambiente próximo.
Sugestão de
encaminhamento
O clima na Mata Atlântica em
geral é quente e chuvoso, embora
mais ao sul do país as temperaturas
caiam bastante durante o inverno.
As florestas desse bioma possuem
muitas epífitas, plantas que crescem
sobre as árvores, como as bromélias
e as orquídeas.
Entre os animais encontrados na Mata
Atlântica estão a onça-pintada, o tucano, a
jararaca e a anta.
25 cm
As bromélias usam as árvores apenas como apoio, sem
prejudicá-las.
MBARREDO/SHUTTERSTOCK
Explore sempre as imagens
do livro. Peça aos alunos que
descrevam algumas delas e
leiam as legendas. Observe
se eles reconhecem os aspectos
descritos no texto nas
imagens.
Comprimento
1,5 m
FCG/SHUTTERSTOCK
2,7 m
REISEGRAF.CH/SHUTTERSTOCK
A jararaca é uma serpente venenosa.
A onça-pintada está seriamente ameaçada
de extinção.
Manguezal
Por toda a extensão do litoral
brasileiro encontram-se os manguezais.
Esse bioma se forma em regiões planas
onde o rio desemboca no oceano.
Os manguezais se caracterizam
pelo solo lamacento e encharcado.
São ambientes ricos em matéria
orgânica e importantes para a
alimentação e o desenvolvimento de
diversas espécies de animais marinhos.
Nos manguezais é possível encontrar
caranguejos, siris, camarões, ostras,
aves e peixes.
As árvores do mangue têm raízes especiais que
permitem sua sustentação no solo lamacento.
Lamacento: cheio de lama.
Matéria orgânica: restos de plantas e animais mortos.
NATTAPONG2012/SHUTTERSTOCK
28
28
Pantanal
O Pantanal, localizado na região
central do país, é uma área plana
que fica inundada durante a cheia
do rio Paraguai.
O período de cheia ocorre entre
outubro e abril, quando se formam
muitas lagoas na região.
Nesse bioma encontra-se uma
grande quantidade de animais, como o
jacaré-do-pantanal, o tuiuiú e a piranha.
VIEIRA FABIANO/SHUTTERSTOCK
Pantanal durante a cheia. Corumbá, no estado do Mato
Grosso, 2017.
2,5 m 1,6 m
LEONARDO MERCON/SHUTTERSTOCK
VINICIUS BACARIN/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
O Pantanal foi considerado
Patrimônio Natural Mundial
e Reserva da Biosfera pela
UNESCO (Organização das
Nações Unidas para a Educação,
a Ciência e a Cultura). Esse bioma
tem grande biodiversidade,
mas muitos de seus animais
estão ameaçados de extinção
– como a onça-pintada, a onça-
-parda, o cervo-do-pantanal e a
arara-azul, entre outros.
Jacaré-do-pantanal.
O tuiuiú é uma ave típica do Pantanal.
Entre as plantas, podemos encontrar árvores como o ipê e as palmeiras, como
o acuri.
JRSTUDIORP/SHUTTERSTOCK
12 m
Ipê-rosa.
29
29
Habilidade
(EF03CI04) Identificar características
sobre o modo de
vida (o que comem, como se
reproduzem, como se deslocam
etc.) dos animais mais comuns
no ambiente próximo.
Campos Sulinos
Os Campos Sulinos estão localizados no estado do Rio Grande do Sul.
O clima é frio e úmido. A vegetação é formada por gramíneas, arbustos e
poucas árvores.
Entre os animais que vivem na região estão o gato-dos-pampas, o cachorro-
-do-mato, o pica-pau-do-campo, o joão-de-barro e a cobra-cipó.
IULIIA TIMOFEEVA/SHUTTERSTOCK
Campos Sulinos, no estado do Rio Grande do Sul.
FERNANDO CALMON/SHUTTERSTOCK
PHOTOCECHCZ/SHUTTERSTOCK
20 cm
65 cm
João-de-barro.
30
Cachorro-do-mato.
Atividade complementar
O que são Unidades de Conservação
Unidade de Conservação (UC) é a denominação dada pelo Sistema Nacional de Unidades
de Conservação da Natureza (SNUC) (Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000) às áreas naturais
passíveis de proteção por suas características especiais. São “espaços territoriais e
seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais
relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e
limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias
adequadas de proteção da lei” (art. 1º, I).
As UCs têm a função de salvaguardar a representatividade de porções significativas e
ecologicamente viáveis das diferentes populações, hábitats e ecossistemas do território
nacional e das águas jurisdicionais, preservando o patrimônio biológico existente. Além
disso, garantem às populações tradicionais o uso sustentável dos recursos naturais de
30
ATIVIDADES
1. No mapa abaixo estão indicados os biomas brasileiros.
a) Pinte cada um dos biomas usando uma cor diferente.
b) Ligue as fotos de animais e plantas ao bioma correto.
Diâmetro da
folha 2,5 m
PAULO MIL HOMENS/SHUTTERSTOCK
Vitória-régia.
Umburuçu.
Cutia.
(Bioma Amazônia.) (Bioma Cerrado) (Bioma Caatinga)
Biomas brasileiros
18 m
ANGELA_MACARIO/SHUTTERSTOCK
BRUNO S./ M10
50 cm
FERDY TIMMERMAN/SHUTTERSTOCK
Avaliação formativa
Os grupos de alunos devem
completar os painéis com imagens
da vegetação e dos animais
dos seguintes biomas:
Mata Atlântica, Manguezal,
Pantanal e Campos Sulinos.
Além disso, devem escrever
frases relativas a esses locais.
Os painéis devem ser expostos
na sala ou em local de maior
visibilidade, e os alunos têm
que ressaltar qual bioma é (ou
era) o dominante na região em
que moram.
Além deste painel em grupos,
você pode solicitar que
façam individualmente a
proposta da seção Atividades
e entreguem os livros para sua
avaliação.
Fonte: ICMBio e MMA. Unidades
de Conservação Federais, RPPNs,
Centros de Pesquisa e Coordenação
Regionais. Disponível em: www.
icmbio.gov.br/portal/images/stories/
servicos/geoprocessamento/DCOL/
dados_vetoriais/MapaUCS_junho_2017.
pdf. Acesso em: 10 jun. 2021.
(Bioma Campos Sulinos)
14 m
PEDRO TURRINI NETO/SHUTTERSTOCK
56 cm
SERGIO SHUMOFF/SHUTTERSTOCK
32 cm
SERGEI HOMENHUCK/SHUTTERSTOCK
Ipê-amarelo. Tucano-toco. Pica-pau-do-campo.
(Bioma Pantanal) (Bioma Mata Atlântica)
31
forma racional e ainda propiciam às comunidades do entorno o desenvolvimento de
atividades econômicas sustentáveis.
[...]
O que são Unidades de Conservação. O eco. 19 abr. 2013. Disponível em: http://www.
oeco.org.br/dicionario-ambiental/27099-o-que-sao-unidades-de-conservacao/. Acesso
em: 27 jul. 2021.
31
Habilidade
(EF03CI05) Descrever e
comunicar as alterações que
ocorrem desde o nascimento
em animais de diferentes
meios terrestres ou aquáticos,
inclusive o homem.
Objetivos
• Refletir sobre o modo de
vida de alguns animais.
• Analisar imagens de animais
aquáticos e terrestres.
• Identificar o ciclo de vida
de alguns animais.
• Identificar as fases de vida
do ser humano.
Apoio pedagógico
Este capítulo descreve o
ciclo de vida de alguns animais
com desenvolvimento
direto e outros que sofrem
metamorfose, faz a distinção
entre os animais ovíparos e
associa o ovo com casca ao
ambiente em que vivem.
As páginas 32 a 37 formam
a unidade didática que aborda
os animais ovíparos.
2
O desenvolvimento
dos animais
Você sabe como nascem
os animais?
Muitos animais nascem de ovos.
Alguns já nascem parecidos com
um animal adulto; outros nascem bem
diferentes e vão se transformando ao
longo da vida.
Os animais que nascem de ovos
são chamados de ovíparos.
A galinha, as formigas e muitos
60 cm
peixes são animais ovíparos.
O ovo, geralmente, é colocado no
O pato é um animal ovíparo.
ambiente externo, que pode ser aquático
ou terrestre. O ovo protege o animal durante todo o seu desenvolvimento, até que ele
esteja pronto para nascer.
Existem também animais que se desenvolvem dentro do corpo da mãe. Esses
animais são chamados de vivíparos.
56 cm
Cão adulto
ERMOLAEV ALEXANDER/SHUTTERSTOCK
YAIBUABANN/SHUTTERSTOCK
Os filhotes de
cachorro nascem
parecidos com
seus pais.
32
Não escreva no livro
32
Animais ovíparos
A borboleta
A borboleta é um animal ovíparo e passa por diversas fases desde o nascimento
até a fase adulta.
Acompanhe o ciclo de vida da borboleta-
-monarca a seguir:
1. A borboleta adulta coloca seus ovos
nas folhas de uma planta.
2. Depois de alguns dias, as lagartas saem
dos ovos e se alimentam da planta.
3. As lagartas comem muito porque, na
próxima fase, chamada pupa, ficarão
sem comer e gastarão muita energia
para transformar-se em borboleta.
4. Depois de alguns dias, a pupa se
transforma em uma borboleta adulta.
Pupa
Lagartas
3
2
1
Borboleta adulta saindo
da pupa
4
Ciclo de vida da
borboleta-monarca.
A. CARLÍN/ M10
Envergadura 7 cm
Borboleta-monarca colocando seus ovos na
folha de uma planta.
PAUL ROEDDING/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Tema: Ciclos
Metamorfose significa
mudança. Em Ciências, essa
mudança está relacionada
geralmente com a forma do
corpo dos animais. Em alguns
animais, ela é mais superficial,
mas em outros podem
ocorrer mudanças nas estruturas
internas. Os sapos, por
exemplo, têm larvas aquáticas
sem pernas e com cauda
e que respiram por brânquias.
Após a metamorfose, eles se
tornam terrestres, desenvolvem
pernas, perdem a cauda
e sua respiração torna-se pulmonar
e cutânea (pela pele).
Entre os invertebrados,
muitos insetos passam pela
metamorfose.
Para a introdução do conceito,
utilizamos a borboleta
como exemplo, uma vez
que as transformações são
evidentes, o que facilita a
compreensão.
O processo de transformação que ocorre durante a fase de pupa é chamado de
metamorfose.
A borboleta adulta vive apenas algumas semanas. Nesse período ela põe ovos e
tudo recomeça.
33
Não escreva no livro
33
A aranha-armadeira
Habilidade
(EF03CI05) Descrever e
comunicar as alterações que
ocorrem desde o nascimento
em animais de diferentes
meios terrestres ou aquáticos,
inclusive o homem.
Apoio pedagógico
Tema: Ciclos
O texto sobre a aranha-
-armadeira tem o objetivo de
ressaltar a agressividade do
animal. Para evitar acidentes,
deve-se tomar cuidado com
os locais onde o animal pode
se abrigar.
Sugestão de
encaminhamento
Depois que os alunos completarem
as frases da atividade
1 utilizando o banco de
palavras, peça que releiam
cada uma das frases e avalie
se eles entenderam o significado
delas.
A aranha-armadeira é muito agressiva
e venenosa. O nome “armadeira” vem
da sua posicão de ataque, com as pernas
dianteiras erguidas.
Qualquer objeto móvel que chegue a
30 ou 40 cm de distância pode fazê-la
armar o bote.
A aranha-armadeira é também
chamada de aranha-da-bananeira, pois
este é um de seus esconderijos favoritos.
Ela tem hábitos noturnos e, durante o dia,
procura lugares úmidos e escuros, como
folhagens, madeira e pedras empilhadas
no interior das casas, para se proteger.
Ela se alimenta de moscas, mosquitos
e grilos.
A armadeira não faz teia, mas protege
os ovos com os fios de seda que produz.
Ela forma um saco de ovos que pode
ter, aproximadamente, 800 ovos. Dos
ovos, nascem aranhas-armadeiras
pequenininhas, prontas para procurar
alimento e ser independentes da mãe.
Aranha-armadeira com o bote armado. Seu corpo
mede de 4 a 5 cm, mas pode chegar a 17 cm se
considerarmos as pernas.
Aranha-armadeira carregando seu saco
de ovos.
1. Agora, escolha uma palavra para completar cada espaço das frases:
metamorfose ovo ovíparos larva
a) A borboleta e a aranha são animais ovíparos
.
4 a 5 cm
TACIO PHILIP SANSONOVSKI/SHUTTERSTOCK
GERRY BISHOP/SHUTTERSTOCK
b) O ovo da borboleta forma uma
larva
.
c) Do
ovo
da aranha nasce uma aranha pequenininha.
d) A transformação que acontece no desenvolvimento da borboleta é chamado
de metamorfose
.
34
Não escreva no livro
34
A lagartixa
A lagartixa-doméstica-tropical está presente em quase todas as casas. Ela aparece
principalmente quando chove.
Não há razão para ter medo das lagartixas, pois esses animais não são agressivos e
não transmitem doenças.
Quando se sentem em perigo, elas são capazes de soltar a própria cauda, que
depois de um tempo cresce novamente.
As lagartixas se alimentam de baratas, mosquitos, traças e até de escorpiões. Por
isso, é sempre bom quando aparece uma lagartixa, pois elas ajudam a diminuir o
número desses animais dentro de casa, incluindo o mosquito transmissor da dengue.
Na natureza, as lagartixas depositam seus ovos entre cascas de árvores ou na terra.
Nas nossas casas, elas escolhem qualquer frestinha úmida.
A lagartixa pode ter mais de uma ninhada por ano e põe dois ovos de cada vez.
Os filhotes quebram a casca do ovo e já são capazes de correr. O tempo de vida da
lagartixa é de aproximadamente oito anos.
CIÊNCIAS
2 a 11 cm
LIVRO
• Eu sou uma lagartixa
Autor: Alexandre de Castro Gomes
Editora: Editora do Brasil
Ano: 2017
Na história, temos de ajudar uma pobre lagartixa a comer um mosquito.
Atividade complementar
Estimule os alunos a ler o livro Eu sou uma lagartixa, indicado no Ciências +, que conta
um pouco mais sobre o hábito de vida desses pequenos répteis.
Aproveite para explorar outros livros do acervo da escola que tratam de animais e dos
biomas brasileiros.
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
Lagartixa-doméstica-tropical.
Não escreva no livro
35
DIVULGAÇÃO
Apoio pedagógico
Algumas crianças têm
medo de animais, enquanto
outras criam, gostam de pegá-los
e têm grande familiaridade
e afetividade por eles.
No caso da lagartixa, o intuito
é perceberem que é comum
encontrá-las em casa. Elas não
devem ser caçadas e mortas,
pois se alimentam de diversos
animais que são comuns
em nossas casas em certos
períodos do ano e que não
nos agradam nem um pouco,
como baratas e mosquitos,
entre outros.
Sugestão de
encaminhamento
Esse texto pode ser trabalhado
com a classe a partir da
estratégia de leitura dialogada,
que consiste na realização
de perguntas antes, durante e
após a leitura. Antes da leitura,
você pode lançar questões
que aumentam a expectativa
em relação ao texto:
• Quem já viu uma lagartixa?
• Onde ela estava?
Ao longo da leitura, as
questões a seguir podem ser
feitas após cada parágrafo ou
depois de alguns parágrafos
pequenos serem lidos para
que os alunos retirem informações
explícitas do texto.
Por exemplo:
• As lagartixas são animais
perigosos?
• Em que situação elas soltam
parte da cauda?
• De que as lagartixas se
alimentam?
No final, você pode
perguntar:
• Se aparecer uma lagartixa
na sua casa, o que você vai
fazer?
35
O sapo
Habilidade
(EF03CI05) Descrever e
comunicar as alterações que
ocorrem desde o nascimento
em animais de diferentes
meios terrestres ou aquáticos,
inclusive o homem.
Apoio pedagógico
Os órgãos respiratórios do
sapo passam por grandes
mudanças durante a metamorfose.
A pele e os pulmões
que se formam suprem o
animal do gás oxigênio necessário.
Como o animal tem
pele lisa e com muitos vasos
sanguíneos, o gás oxigênio
da camada de água da pele
passa para o sangue, e o gás
carbônico que está no sangue
passa para a água.
Sugestão de
encaminhamento
Tema: Ciclos
Esse texto pode ser lido
pausadamente utilizando
as imagens a cada trecho
para ilustrar e aprimorar as
informações. A imagem do
ciclo de vida do sapo é muito
importante, pois mostra a
metamorfose da larva (girino)
para a fase adulta, e deve ser
observada detalhadamente.
Se possível, procure um
vídeo que mostre de forma
animada o ciclo de vida do
sapo e exiba para os alunos.
Os sapos adultos vivem na terra
e se alimentam de moscas, aranhas,
lesmas e minhocas. Eles capturam
esses animais usando sua língua, que
é pegajosa.
Eles também costumam ser
encontrados em locais úmidos ou
perto de lagos e lagoas, pois precisam
de água para manter a pele sempre
úmida. Assim como as rãs e as
pererecas, os sapos usam tanto a pele
como os pulmões para respirar.
Além disso, parte da vida dos
sapos ocorre no ambiente aquático.
Acompanhe, ao lado, o ciclo de
vida de um sapo.
O ovo do sapo não tem casca,
apenas uma fina camada transparente.
Depois de alguns dias, os filhotes
do sapo, chamados de girinos, saem
dos ovos e passam a viver na água.
Os girinos são muito diferentes
fisicamente do sapo adulto. Eles têm
uma cauda que permite o nado e
conseguem respirar debaixo da água,
como os peixes.
Durante o período de
crescimento, o corpo do girino vai se
transformando: as pernas crescem
e a cauda vai diminuindo até ser
totalmente reabsorvida pelo corpo.
A mudança do ambiente aquático
para o terrestre ocorre quando o sapo
consegue respirar usando a pele e os
pulmões.
36
11 cm
As rãs, assim como os sapos, passam parte da sua vida
na água e parte na terra.
Sapo adulto
Metamorfose do sapo.
Girino durante a metamorfose.
Ovos depositados na água
Girinos em diferentes fases
de desenvolvimento
15 cm
MICHIEL DE WIT/SHUTTERSTOCK
A. CARLÍN/ M10
DR MORLEY READ/SHUTTERSTOCK
Não escreva no livro
36
Ovo com casca e ovo sem casca
Os ovos dos animais terrestres têm
uma casca que protege o filhote em
desenvolvimento da desidratação.
2. Converse com alguns colegas e responda às questões abaixo.
a) Você leu sobre a reprodução das lagartixas e dos sapos. Qual desses animais
põe ovos com casca?
A lagartixa põe ovos com casca.
b) Onde a lagartixa põe seus ovos? E o sapo?
c) Elabore uma hipótese para explicar por que o ovo do sapo não tem casca.
CURIOSIDADE
Tartarugas marinhas
Resolução comentada
1,4 m
Desidratação: perda de água.
A lagartixa põe os ovos na terra ou em frestas úmidas dentro das casas, e o sapo põe os
ovos na água.
As tartarugas marinhas vivem
nos oceanos, mas voltam às
praias onde nasceram para
desovar.
A tartaruga-verde é uma
tartaruga marinha encontrada
no Brasil e vive perto da costa,
onde há muita vegetação. Ela
mede 1,40 m de comprimento e
Tartaruga-verde ou aruanã.
pode pesar até 200 kg.
As desovas acontecem principalmente na Ilha da Trindade (ES), no Atol
das Rocas (RN) e em Fernando de Noronha (PE).
Agora, responda:
• Os ovos das tartarugas marinhas têm casca ou não? Por quê? Como a
desova ocorre no ambiente terrestre, é esperado que os alunos concluam que os ovos de
tartaruga marinha têm casca.
37
Não escreva no livro
Após a atividade 2, discuta com a classe as respostas a) e b) e atente para as explicações dadas no
item c) – hipótese para o ovo do sapo não ter casca. Encaminhe a discussão para o fato de que, na
conquista do ambiente terrestre, a casca do ovo tem a importante função de proteger o embrião
do ressecamento, enquato os ovos colocados na água não correrem esse risco.
KRISTINA VACKOVA/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Os ovos com ou sem casca
estão associados ao ambiente
onde o animal vive.
Os ovíparos aquáticos põem
ovos sem casca, enquanto os
ovíparos terrestres colocam
ovos com casca, que é uma
importante proteção contra
a desidratação. Além disso, os
animais que põem ovos com
casca têm fecundação interna,
o que aumenta a proteção
contra os predadores e contra
as mudanças do ambiente.
É importante ressaltar alguns
cuidados que os animais
ovíparos têm com os ovos e
o porquê de eles terem esses
cuidados. Os ovos representam
a continuidade da espécie,
e os animais têm esse
instinto de preservação.
Sugestão de
encaminhamento
Aproveite esse texto curto
da seção Curiosidade e incentive
alguns alunos a fazer a
leitura em voz alta para toda
a classe. Esse é um caminho
importante para que eles se
desenvolvam cada vez mais
como leitores autônomos.
Avaliação formativa
Entregue uma folha pautada
a cada dupla de alunos
e peça que escrevam um pequeno
texto explicando por
que o ovo da tartaruga tem
casca e o ovo do sapo não.
Recolha as folhas para sua
avaliação.
37
Habilidade
(EF03CI05) Descrever e
comunicar as alterações que
ocorrem desde o nascimento
em animais de diferentes
meios terrestres ou aquáticos,
inclusive o homem.
Apoio pedagógico
As páginas 38 a 46 constituem
uma unidade didática
que trata de características
dos animais mamíferos – particularmente
do ser humano.
Os mamíferos são vivíparos,
mas há duas exceções: o ornitorrinco
e a equidna. Esses
animais são mamíferos ovíparos
que vivem na Austrália.
Eles são classificados como
mamíferos porque produzem
leite com o qual alimentam
seus filhotes.
Animais vivíparos
Os animais vivíparos são encontrados tanto no ambiente aquático como no
terrestre.
Muitos desses animais mamam enquanto são filhotes e, por isso, são chamados
de mamíferos.
Apesar do nome, o peixe-boi-da-amazônia, ou manatim, não é um peixe, e sim
um mamífero que vive nos rios da Amazônia.
Depois que deixa de mamar, o peixe-boi passa a se alimentar de plantas.
As baleias e os golfinhos também são exemplos de mamíferos aquáticos; esses
animais vivem nos oceanos.
2,6 m
Peixe-boi.
PETER DOUGLAS CLARK/SHUTTERSTOCK
Golfinho.
A maioria dos mamíferos, porém, é terrestre e pode ser encontrada em todas as
partes do planeta.
2 m
VKILIKOV/SHUTTERSTOCK
2,6 m
ANGELA N PERRYMAN/SHUTTERSTOCK
1,2 m
DEBRA ANDERSON/SHUTTERSTOCK
BOGDAN SONJACHNYJ/SHUTTERSTOCK
A zebra é um mamífero que vive
no continente africano.
38
A vaca é um mamífero. É a partir
do leite desse animal que são
produzidos queijos, manteigas,
iogurtes etc.
46 cm
Sem cauda
Os gatos também são mamíferos.
Não escreva no livro
38
Que mamíferos terrestres você conhece?
3. Forme dupla com um colega, observe as imagens de mamíferos e responda às
questões abaixo.
Anta.
1,2 m
HILLEBRANDBREUKER/SHUTTERSTOCK
Macaco-prego.
a) Quantas pernas eles têm?
b) Como é a cobertura do corpo desses animais?
Porquinho-da-índia.
Esses animais têm quatro pernas, ou seja, quatro membros locomotores.
O corpo desses animais é coberto por pelos.
c) Pense em outros mamíferos terrestres que você conhece. Eles também têm
essas características?
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos concluam que todos os mamíferos têm quatro
pernas e corpo com pelos.
4. Desenhe um animal mamífero que você conheça e escreva o nome dele.
Produção pessoal.
45 cm
PAULO NABAS/SHUTTERSTOCK
25 cm
GALYNA SYNGAIEVSKA/SHUTTERSTOCK
Coala.
75 cm
RICKYD/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Em geral, os mamíferos são
os animais mais conhecidos
pelas crianças. Sua principal
característica é a presença de
glândulas mamárias. A partir
daí, outras características dos
mamíferos podem ser exploradas:
o corpo coberto de pelos
e a condição quadrúpede
da maioria dos mamíferos
terrestres.
Sugestão de
encaminhamento
Continue estimulando a
observação dos seus alunos.
Peça que descrevam as características
que podem perceber
a partir das imagens.
Isso os ajuda a identificar as
características dos animais,
melhora sua oralidade e enriquece
seu vocabulário. A
leitura das legendas fornece
informações e melhora leitura
e escrita.
A atividade 4 pode ser
transformada em uma colagem
de imagens dos animais
mamíferos de que os alunos
mais gostam.
39
Atividade complementar
Não escreva no livro
Proponha um jogo de cartas com os alunos. Separe figuras ou peça a eles que desenhem
alguns animais em uma carta e que, em outra, escrevam características desses animais.
Para isso, eles devem retomar os textos que estudaram para listar as características.
Eles podem brincar como um jogo da memória em que um deles sorteia e lê uma carta
das características, e um colega deve buscar a carta com o animal descrito.
Outro jogo possível é um Trunfo, em que a mesma carta tem a imagem do animal e suas
características. Nesse caso, os alunos devem selecionar a característica a ser analisada
para determinar o vencedor – por exemplo, maior peso, tamanho etc.
39
O desenvolvimento dos mamíferos
Tema: Ciclos
Habilidade
(EF03CI05) Descrever e
comunicar as alterações que
ocorrem desde o nascimento
em animais de diferentes
meios terrestres ou aquáticos,
inclusive o homem.
Apoio pedagógico
Tema: Ciclos
Os mamíferos cuidam dos
seus filhotes. Seus cuidados
com a prole são os mais desenvolvidos
do reino animal,
atingindo seu ápice com a
espécie humana.
30 cm
Crescimento de um cachorro da raça Poodle miniatura.
Todos os mamíferos se desenvolvem dentro do corpo das fêmeas, onde recebem
alimento e ficam protegidos até o momento do nascimento.
Esse período é chamado de gestação.
O período de gestação varia entre os animais.
Nos gatos, o período de gestação é de 65 dias; para os ratos, esse período é de 21
dias; e os elefantes precisam de 22 meses para que o desenvolvimento do filhote se
complete.
A quantidade de filhotes que nascem de cada gestação também varia entre os
animais. As cadelas costumam ter de quatro a nove filhotes, enquanto a girafa tem
apenas um filhote de cada vez.
JAGODKA/SHUTTERSTOCK
3,3 m
STEVE NOAKES/SHUTTERSTOCK
4 m
JEN WATSON/SHUTTERSTOCK
Os filhotes de elefante podem nascer com até 80 kg.
O filhote da girafa já fica de pé logo que nasce. Outros
mamíferos, como os filhotes de cachorro, demoram
alguns dias para começar a andar.
40
Não escreva no livro
40
Quando nascem, os
filhotes de mamíferos
dependem dos pais para
alimentá-los e protegê-los.
Conforme crescem, eles vão
se tornando cada vez mais
independentes.
Essa é uma característica
de todos os mamíferos: cuidar
dos filhotes, ensiná-los a caçar
ou a identificar o alimento
correto e a se defender.
Quando se tornam adultos,
os animais estão prontos para
terem seus próprios filhotes.
Esse processo é chamado de
reprodução.
É por meio da reprodução
que as características dos pais
são passadas para os filhos.
O tempo de vida de um
animal pode variar bastante.
Um cachorro grande pode
viver por volta de 12 anos, a
girafa e o tatu podem viver
cerca de 15 anos e o hamsterchinês
vive apenas três anos.
Os animais também
envelhecem. Eles ficam mais
lentos, perdem o olfato e a
visão e se tornam presas fáceis
para os predadores.
A morte encerra o ciclo de
vida do animal, um processo
natural que ocorre com todos
os seres vivos.
1,2 m
Normalmente, os filhos são parecidos com os pais.
O hamster-chinês é muito utilizado como animal doméstico.
80 cm
10 cm
Nos cães idosos, os pelos se tornam brancos.
41
IMAGEBROKER.COM/SHUTTERSTOCK
IJANSEMPOI/SHUTTERSTOCK
ALEX MLADEK/SHUTTERSTOCK
Atividade complementar
Não escreva no livro
O texto abaixo traz alguns exemplos de cuidados e de ensinamentos que os filhotes
de mamíferos recebem. Leia o texto para seus alunos e deixe que façam comentários e
opinem sobre essas informações.
Os mamíferos e seus filhotes
Durante um período, a leoa ensina seus filhotes a caçar. Ela fica supervisionando e
intervém toda vez que um deles corre perigo. Depois de certo tempo, ela os deixa sozinhos.
Outros mamíferos, como muitos macacos, vivem em bandos e são chefiados por
um macho que tem a função de guiar a busca por alimentos, manter a ordem interna
e organizar a defesa em caso de perigo. Os filhotes passam por um longo aprendizado
junto das mães, que lhes ensinam o que podem comer, quais animais são perigosos,
entre outros ensinamentos.
41
O desenvolvimento dos seres humanos
Habilidade
(EF03CI05) Descrever e
comunicar as alterações que
ocorrem desde o nascimento
em animais de diferentes
meios terrestres ou aquáticos,
inclusive o homem.
Sugestão de
encaminhamento
Tema: Ciclos
Os períodos de gestação,
nascimento e desenvolvimento
do bebê podem ser
trabalhados com imagens
que os alunos tenham que
colocar em ordem temporal.
Providencie tantas imagens
quanto desejar e coloque-as
aleatoriamente em local visível
por todos; em seguida,
peça que digam qual deve ser
a imagem número 1, a número
2 e assim sucessivamente.
Os seres humanos também são mamíferos.
Assim como os outros animais do grupo, nosso
desenvolvimento ocorre dentro do corpo da mulher e
nossa alimentação após o nascimento se dá por meio
do leite materno.
Gestação
A gestação humana dura cerca de 42 semanas,
aproximadamente nove meses.
Durante o período de gestação, o bebê fica
protegido e se desenvolve no útero da mãe. A
alimentação ocorre por meio do cordão umbilical, uma
estrutura que liga o bebê à mãe.
8
semanas
12
semanas
16
semanas
20
semanas
24
semanas
Ao completar o período de
gestação, o bebê está pronto para
nascer. Esse momento é chamado de
parto.
Após o nascimento, corta-se o
cordão umbilical e, no local da cicatriz,
forma-se o umbigo.
28
semanas
32
semanas
Mulher grávida de 32 semanas.
36
semanas
RTIMAGES/SHUTTERSTOCK
VICTOR B./ M10
40
semanas
Ao final do período de
gestação, o bebê já está
pronto para nascer.
A. CARLÍN/ M10
42
Não escreva no livro
42
Infância
Logo que nasce, o bebê é totalmente dependente dos cuidados dos pais ou
responsáveis. Ele se alimenta somente de leite materno e sua única forma de se
comunicar com o mundo é por meio do choro.
A. CARLÍN/ M10
Sugestão de
encaminhamento
Peça aos alunos que contem
suas lembranças de diferentes
momentos da vida
– por exemplo: quando começaram
a andar, quando
nasceu o primeiro dente,
quando começaram a falar,
entre outras.
Com o passar dos meses, o bebê começa a
sustentar sozinho a cabeça, é capaz de pegar objetos
e de sorrir ao escutar a voz dos pais. Aos 6 meses de
idade, nascem os primeiros dentes, os dentes de
leite.
O crescimento dos dentes de leite se completa
por volta dos 3 anos de idade. Ao todo são 20 dentes
de leite: 10 em cima e 10 embaixo.
Veja, na ilustração abaixo, a ordem em que
nascem os dentes de leite.
Dentes superiores
8 – 12 meses
9 – 13 meses
16 – 22 meses
13 – 22 meses
25 – 33 meses
Dentes inferiores
20 – 21 meses
14 – 18 meses
17 – 23 meses
10 – 16 meses
6 – 10 meses
Bebê com cerca de 6 meses de idade.
MARCELLO S./ M10
Incisivos centrais
Incisivos laterais
Caninos
Primeiros molares
Segundos molares
Ordem de nascimento dos dentes de
leite. Os primeiros dentes nascem por
volta dos 6 meses de idade e os últimos,
por volta dos 3 anos de idade.
FLASHON STUDIO/SHUTTERSTOCK
É muito importante manter a higiene dos dentes desde bebê, para que eles
cresçam fortes e saudáveis.
43
Não escreva no livro
43
Habilidade
(EF03CI05) Descrever e
comunicar as alterações que
ocorrem desde o nascimento
em animais de diferentes
meios terrestres ou aquáticos,
inclusive o homem.
Apoio pedagógico
Sobre os dentes das crianças,
é muito importante salientar
que, desde que os
primeiros dentes aparecem,
a higiene bucal é necessária.
Os dentes de leite precisam
ser mantidos saudáveis para a
saúde da criança ao longo do
seu desenvolvimento e para
que os dentes permanentes
encontrem boas condições
para crescer.
Os dentes de leite começam a
cair por volta dos 6 anos de idade
e são substituídos pelos dentes
permanentes.
Eles recebem esse nome porque
são os que vão nos acompanhar
pelo resto da vida, e por isso é tão
importante cuidarmos bem deles.
Saúde bucal
A partir dos 6 anos de idade se inicia a troca de todos os dentes
de leite por dentes permanentes.
A cárie é o principal problema de saúde bucal. Ela é causada por microrganismos
que vivem dentro da boca e se alimentam dos restos de alimentos que ficam entre os
dentes.
Esses microrganismos liberam substâncias que se acumulam na superfície do
dente e, em grande quantidade, podem destruir a camada que protege o dente,
formando a cárie.
A principal forma de combater a cárie é a escovação.
Escove os dentes após todas as refeições, ao acordar e antes de dormir.
O uso do fio dental auxilia na limpeza dos espaços entre os dentes.
LURTRAT R/SHUTTERSTOCK
MARCELLO S./ M10
44
Atividade complementar
Não escreva no livro
Proponha uma oficina de escovação. Solicite com antecedência que tragam escovas
de dentes. Ensine a forma correta de escovar os dentes e a como usar o fio dental.
44
Adolescência
A adolescência é uma fase em que
ocorrem diversas mudanças físicas,
emocionais e sociais e que se inicia por
volta dos 10 anos de idade.
Nas meninas, ocorre o
desenvolvimento dos seios, os quadris
ficam mais largos e crescem os pelos
na região pubiana e nas axilas.
Nos meninos, o pênis e a bolsa
escrotal aumentam de tamanho,
desenvolvem-se pelos na região
pubiana e nas axilas e a voz muda,
ficando mais grossa.
Por ser uma fase de transição,
a adolescência provoca muitas
inseguranças e incertezas. As
mudanças no corpo podem gerar
inseguranças sobre a aparência, tanto
em meninos como em meninas.
Nessa fase, aumentam as
responsabilidades em casa e na escola,
e os jovens começam a pensar na
profissão que irão seguir.
Socialmente, a adolescência é a
fase em que os jovens formam
seus próprios grupos e buscam
mais independência em relação
à família. Os laços de amizade
costumam ser muito fortes, e
ser aceito em um grupo social é
muito importante.
A adolescência é uma fase de transição entre a infância
e a vida adulta.
No início da adolescência, meninos e meninas
apresentam poucas diferenças físicas.
CIÊNCIAS
LIVRO
• Carlota Bolota
Autora: Cristina Porto
Editora: FTD
Ano: 2014
Essa é a história de Carlota, que
sofre bullying por ser gordinha e
quer se tornar uma jogadora de
futebol.
DIVULGAÇÃO
WERLLEN HOLANDA/ABRIL COMUNICAÇÕES S.A
MONKEY BUSINESS IMAGES/SHUTTERSTOCK
Sugestão de
encaminhamento
Peça aos alunos que façam
a leitura silenciosa do texto
“Adolescência”. Depois, deixe
que contem o que entenderam
e exponham suas dúvidas.
Esclareça-as com a retomada
de trechos da leitura
quando necessário.
45
Atividade complementar
Não escreva no livro
O livro indicado no Ciências + valoriza a diversidade e o respeito aos gostos de cada um.
45
Habilidade
(EF03CI05) Descrever e
comunicar as alterações que
ocorrem desde o nascimento
em animais de diferentes
meios terrestres ou aquáticos,
inclusive o homem.
Avaliação formativa
Todas as fases – do nascimento
até a velhice – podem
ser trabalhadas em uma linha
do tempo na qual alguns fatos
ou atividades marcantes
tenham de ser assinaladas em
cada uma – por exemplo: os
primeiros dentes, a troca dos
dentes de leite pelos permanentes,
a idade atual, a adolescência,
entre outros.
Construa coletivamente a
linha do tempo, estimulando
a participação da turma
toda. Na avaliação, considere
a oralidade, o respeito à fala
dos colegas e a compreensão
do ciclo de vida dos seres
humanos.
Vida adulta e pessoas idosas
A fase adulta se inicia ao fim da
adolescência, por volta dos 18 anos.
Nessa fase, as responsabilidades
aumentam, e muitos jovens começam
a exercer uma profissão.
Com o fim das mudanças
da adolescência, os jovens adultos
têm tempo para se acostumar
às novas responsabilidades, e
muitas das inseguranças daquela
A adolescência termina por volta dos 18 anos, quando os
fase desaparecem.
jovens estão prontos para iniciar a vida adulta.
Nessa fase, é comum homens e
mulheres decidirem formar uma família e ter filhos.
Após os 60 anos, o adulto passa a ser considerado idoso.
O envelhecimento é um processo que acontece com todos os seres vivos. Nos
seres humanos, o envelhecimento se caracteriza pela perda da elasticidade da pele
e da força muscular, pela mudança de cor dos cabelos para cinza ou branco e pela
diminuição da visão.
No Brasil, os direitos dos idosos são protegidos pelo Estatuto do Idoso. O Estatuto
garante o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao
lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência
familiar e comunitária.
Essa fase não
deve significar
isolamento e perda
de independência.
É importante
que os idosos
realizem atividades
diárias, saiam de
casa, participem
da comunidade,
pratiquem esportes,
para que passem por
essa fase de forma
saudável e feliz.
Os idosos têm seus direitos protegidos por lei.
46
PROCESSO DE ENVELHECIMENTO,
RESPEITO E VALORIZAÇÃO DO IDOSO
RAWPIXEL.COM/SHUTTERSTOCK
MONKEY BUSINESS IMAGES/SHUTTERSTOCK
Não escreva no livro
46
ATIVIDADES
1. Circule o animal que passa por metamorfose durante seu desenvolvimento.
Resposta: o aluno deve circular a imagem do sapo.
Tatu.
A. CARLÍN/ M10
Sapo.
A. CARLÍN/ M10
Baleia.
2. Desenhe ou recorte e cole imagens que mostrem as fases da vida do ser humano e
circule a fase em que você está.
Produção pessoal.
Espera-se que os alunos desenhem ou recortem a imagem de um bebê, uma criança, um jovem,
um adulto e um idoso e que circulem a criança.
A. CARLÍN/ M10
Resolução
comentada
Na atividade 2, considere
a possibilidade de os alunos
ampliarem o número de imagens
do ciclo de vida do ser
humano, iniciando na gestação
e incluindo mais períodos
da primeira infância até
a velhice.
Na atividade 3, espera-
-se que os alunos tomem
consciência dos dentes permanentes
que já têm e dos
cuidados que devem ter com
eles. Os alunos podem precisar
da ajuda de um adulto
para identificar os dentes
permanentes que eles já têm.
3. A imagem ao lado mostra todos os
dentes de leite. Pinte aqueles que você
já trocou por dentes permanentes.
Resposta pessoal.
A. CARLÍN/ M10
47
Não escreva no livro
47
Habilidade
(EF03CI06) Comparar alguns
animais e organizar
grupos com base em características
externas comuns
(presença de penas, pelos,
escamas, bico, garras, antenas,
patas etc.).
Objetivos
• Conhecer a diversidade de
animais na Terra.
• Identificar as características
dos animais vertebrados.
• Organizar grupos de animais
com base em características
externas.
• Identificar os vertebrados
de acordo com o seu ciclo
de vida: ovíparos e vivíparos
(placentários).
• Classificar os animais de
acordo com o tipo de esqueleto
que eles têm.
3
Vimos que existem diversos tipos de animais, cada um com características
próprias.
Alguns animais põem ovos, enquanto outros se desenvolvem dentro do corpo da
mãe; existem animais aquáticos e animais terrestres; alguns têm asas e outros não.
Será que podemos usar essas características para agrupar os animais?
1. Converse com um colega sobre os animais abaixo. Vocês conhecem todos eles?
Elefante
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
A classificação dos
animais
Sardinha
Truta
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
Cavalo-marinho
Sabiá
A. CARLÍN/ M10
Coelho
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
A. CARLÍN/ M10
Lagartixa
A. CARLÍN/ M10
Apoio pedagógico
Tema: Ciclos
As páginas 48 a 61 correspondem
à unidade didática
do capítulo, que aborda
características dos 5 grupos
de vertebrados e de alguns
insetos (invertebrados).
Na atividade 1, os alunos
terão um universo restrito de
animais para considerar. Das
espécies abordadas, algumas
já foram citadas anteriormente
e outras já devem ser conhecidas
pelos alunos por não
serem animais raros. Propor
que a atividade seja feita em
duplas facilita a sua realização,
uma vez que há o compartilhamento
de informações e
experiências pessoais.
A produção de ovos (animais
ovíparos) e o desenvolvimento
interno do embrião
(vivíparos) caracterizam um
momento do ciclo de vida da
espécie.
A. CARLÍN/ M10
48
Mico-leão-dourado
Lagarto
A. CARLÍN/ M10
Jararaca
Baleia
Onça-pintada
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
Garoupa
Pinguim
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
Gambá
Ema
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
48
a) Complete o quadro 1 escrevendo o nome dos animais na coluna correta:
animais que vivem na água e animais que vivem na terra.
Quadro 1
Animais que vivem na água
cavalo-marinho
sardinha
truta
baleia
garoupa
b) Agora, pense apenas nos animais que vivem na terra.
• Separe-os em ovíparos e vivíparos.
Quadro 2
Ovíparos
coelho
jararaca
lagarto
Animais que vivem na terra
onça-pintada
sabiá
lagartixa
elefante
ema
mico-leão-dourado
gambá
pinguim
Vivíparos
Sugestão de
encaminhamento
Antes de prosseguir, é importante
que os alunos comparem
os quadros que preencheram
com os dos colegas.
A comparação pode ser feita
em pequenos grupos ou em
uma conversa com a turma
toda.
É provável que algumas duplas
tenham discordado dos
demais colegas. Aproveite
esse momento para ouvir
os argumentos das duplas
em relação aos motivos das
discordâncias. Informe quais
são as características que devem
ser usadas para definir
o preenchimento dos dois
quadros e faça uma correção
coletiva.
Caso algum aluno ainda
tenha dificuldade de escrita,
avalie a possibilidade de fornecer
um banco de palavras
ou formar duplas de trabalho.
jararaca
lagarto
sabiá
lagartixa
ema
coelho
onça-pintada
elefante
mico-leão-dourado
gambá
pinguim
49
49
A diversidade dos animais
Habilidade
(EF03CI06) Comparar alguns
animais e organizar
grupos com base em características
externas comuns
(presença de penas, pelos,
escamas, bico, garras, antenas,
patas etc.).
Apoio pedagógico
Aristóteles (384-322 a.C.),
filósofo e pensador grego, fez
observações detalhadas de
muitos seres vivos e propôs
critérios para classificá-los.
Ele foi o primeiro a dividir os
animais nas categorias vertebrados
e invertebrados. Estes
dois termos continuam sendo
usados até hoje – porém,
com um sentido popular. A
classificação biológica (taxonomia)
atual não usa mais
esses termos.
Ao observar os animais, logo
percebemos a grande variedade existente.
Os animais são tradicionalmente
classificados em dois grandes grupos: o
primeiro com os animais que têm um
esqueleto interno, que dá sustentação
ao corpo. Os animais desse grupo são os
vertebrados. Os animais que não têm
esse esqueleto constituem o grupo dos
invertebrados.
Os vertebrados têm coluna vertebral
e crânio, uma caixa de osso resistente que
protege o cérebro.
Animais vertebrados
Os vertebrados podem ser classificados em cinco grupos diferentes:
Grupo 1
LOTUS_STUDIO/SHUTTERSTOCK
5 cm
Grupo 2
O cachorro é um animal vertebrado.
HARFIAN HERDI A.RAIS/
SHUTTERSTOCK
Grupo 3
2 m
ALEXANDRE R./ M10
MILAN ZYGMUNT/SHUTTERSTOCK
Grupo 4
Grupo 5
15 cm
BONNIE TAYLOR BARRY/
SHUTTERSTOCK
1,2 m
CHRISTOPHE SCHULTZ/SHUTTERSTOCK
Respostas na Resolução comentada.
2. Observe os animais dos cinco grupos. Cite uma característica que você identifica
em cada um dos grupos e que não está presente nos outros.
3. Conte aos colegas as características que você observou em cada grupo.
50
Resolução comentada
As características observadas pelos alunos podem ser anotadas em um quadro geral antes da
leitura dos textos que descrevem os 5 grupos da classe Vertebrata (aqui chamados genericamente
de vertebrados). Dessa forma, a caracterização de cada um dos grupos ocorrerá nas próximas
páginas. Nesse momento, poderão ser feitas as correções necessárias.
2. Resposta esperada: Grupo 1 – tem nadadeira; Grupo 2 – tem a pele lisa; Grupo 3 – tem a pele
grossa; Grupo 4 – tem penas; Grupo 5 – tem pelos. Outras respostas são possíveis.
3. Resposta pessoal. Os alunos podem compartilhar com os colegas as características que observaram
nas imagens.
50
Peixes
O grupo 1 é formado pelos peixes,
animais ovíparos que vivem
exclusivamente em ambiente aquático.
Seu corpo é geralmente coberto por
escamas, e eles têm nadadeiras que
auxiliam na locomoção.
Os peixes de água doce são os que
vivem nos rios, lagos e lagoas, e os peixes
de água salgada vivem nos oceanos.
A respiração ocorre pelas brânquias.
ALEXANDRE R./
M10
saída
de água
Os peixes podem ter tamanho, cor e forma muito variados.
CURIOSIDADE
Cavalo-marinho
brânquias
entrada de
água
O cavalo-marinho é um tipo de
peixe (tem nadadeiras e brânquias)
com formato e comportamento
bem diferentes.
A sua reprodução ocorre pelos
ovos que a fêmea deposita em uma
bolsa que o macho tem na barriga.
O macho é o responsável por cuidar
dos ovos até o nascimento dos
filhotes.
As nadadeiras auxiliam a natação dos peixes.
A água entra pela boca dos peixes e, ao passar pelas brânquias,
ocorrem as trocas gasosas, ou seja, o gás oxigênio da água
passa para o sangue e o gás carbônico do sangue passa para a
água, que será eliminada.
18 cm
10 cm
Macho de cavalo-marinho carregando os ovos na bolsa
ventral.
CHARLOTTE BLEIJENBERG/SHUTTERSTOCK
PICHIT JUENGCHAICHANA/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Os peixes são uma importante
fonte de proteína
presente na refeição da população.
Muitos criadouros
de peixes de água doce estão
espalhados por todo o país.
A criação de peixes de
água doce nos lagos que
se formam nas represas ao
lado das hidrelétricas tem se
tornado uma fonte de renda
importante para a população
ribeirinha. Como as hidrelétricas
são a fonte de grande
parte da energia elétrica consumida,
em qualquer região
do país esse assunto pode ser
explorado. No entanto, caso
haja uma hidrelétrica em sua
região, o interesse sem dúvida
será maior.
Sugestão de
encaminhamento
Aproveite o texto da seção
Curiosidade e incentive alguns
alunos a fazer a leitura em voz
alta para toda a classe. Esse
é um caminho importante
para que eles se desenvolvam
cada vez mais como leitores
autônomos.
51
51
Habilidade
(EF03CI06) Comparar alguns
animais e organizar
grupos com base em características
externas comuns
(presença de penas, pelos,
escamas, bico, garras, antenas,
patas etc.).
Apoio pedagógico
A maioria dos anfíbios tem
uma fase larval, em que vive
na água, e uma fase adulta,
em que vive na terra.
Esses animais não estão
adaptados completamente à
vida terrestre. Os adultos ainda
dependem da água para a
reprodução e precisam manter
a pele úmida para realizar
a respiração cutânea.
RICARDO DE PAULA FERREIRA/SHUTTERSTOCK
ADILSON SOCHODOLAK/SHUTTERSTOCK
Anfíbios
O grupo 2 são os anfíbios, animais ovíparos de pele lisa e úmida, que passam por
metamorfose durante seu desenvolvimento.
A maioria dos anfíbios adultos são terrestres e a larva (girino) é aquática. Os girinos
respiram pelas brânquias e os adultos respiram por meio dos pulmões e da pele. Por
essa razão, a pele dos anfíbios é muito fina, lisa e precisa estar sempre úmida.
Os sapos, as rãs e as pererecas são os anfíbios mais conhecidos.
6 cm
As cecílias e as salamandras também fazem parte do grupo dos anfíbios.
45 cm
A perereca faz parte do grupo dos anfíbios. Ela tem ventosas
nas pontas dos dedos com as quais consegue subir em árvores
e grudar na superfície das folhas. É encontrada na Mata
Atlântica e corre risco de extinção.
ARNPAS/SHUTTERSTOCK
23 cm
As cecílias também são conhecidas como cobras -cegas,
pois o formato do seu corpo lembra o das serpentes.
O axolote é uma salamandra que vive na água. Sua
metamorfose não é completa, por isso ela permanece
com características de larva, como respiração branquial e
cauda, por toda a vida.
4. Complete o quadro abaixo com as características dos anfíbios.
Girino
Anfíbio adulto
Onde vive
Água.
Terra.
52
Tipo de respiração
Brânquias.
Pulmões e pele.
Resolução comentada
Aproveite a atividade 4 para evidenciar que anfíbios como os anuros (sapos, pererecas e rãs) têm
hábito aquático quando são larvas e hábito terrestre quando são adultos.
52
Répteis
O grupo 3 é formado pelos répteis, que são animais de pele seca e coberta por
escamas, placas duras ou por uma carapaça. Esses animais são ovíparos e respiram
pelos pulmões.
Alguns representantes desse grupo são as serpentes, os lagartos, as tartarugas, os
jacarés, os crocodilos e as lagartixas.
A maioria vive em ambiente terrestre, mas alguns vivem em ambiente aquático,
como as tartarugas marinhas; outros são encontrados tanto em ambiente aquático
quanto terrestre, como os jacarés e os crocodilos.
5. Observe as imagens abaixo e responda às perguntas.
3 m
IMAGEBROKER.COM/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Os répteis pertencem ao
primeiro grupo de vertebrados
que ocupou definitivamente
o ambiente terrestre.
Os mais antigos fósseis de
répteis datam de mais de 300
milhões de anos.
Os répteis têm pele seca,
respiração pulmonar eficiente,
fecundação interna e ovo
com casca – características
muito importantes para o
desenvolvimento fora do
ambiente aquático.
Resolução
comentada
Jacaré.
1 m
CREEPING THINGS/SHUTTERSTOCK
70 cm
JUERGINHO/SHUTTERSTOCK
Pode ser que as imagens
não sejam suficientes para os
alunos responderem à atividade
5. Você pode ajudá-los
a fazer uma pesquisa em livros
da biblioteca da escola
ou em páginas confiáveis
da internet para obter mais
informações.
Serpente.
Jabuti.
a) Qual é o tipo de cobertura do corpo de cada um dos répteis representados?
Jacaré: placas duras; jabuti: carapaça; serpente: escamas.
b) Você acha que os répteis poderiam respirar pela pele, como os anfíbios?
Justifique. Não, porque eles têm pele seca.
53
Atividade complementar
Avalie a possibilidade de acrescentar novas cartas para complementar o jogo proposto
anteriormente na página 39. Proponha novas rodadas com os alunos.
53
Habilidade
(EF03CI06) Comparar alguns
animais e organizar
grupos com base em características
externas comuns
(presença de penas, pelos,
escamas, bico, garras, antenas,
patas etc.).
Apoio pedagógico
O grupo das aves tem distribuição
por muitos ambientes.
Pinguins vivem no extremo
sul do planeta, onde as temperaturas
são muito baixas.
Na região equatorial, onde é
quente durante todo o ano,
vivem espécies como tucano,
arara, águia, galo da serra, uirapuru,
entre muitas outras.
As aves são animais homeotérmicos,
ou seja, mantêm a
temperatura do corpo constante
independentemente
da temperatura externa. As
penas têm papel importante,
porque retêm o ar entre elas,
que é um bom isolante térmico,
além de permitirem o voo.
As aves produzem um
óleo impermeabilizante que
espalham, com o bico, pelas
penas. Esse óleo impede que
as penas se molhem com a
chuva, por exemplo, e permite
que as aves aquáticas
nadem sem se molhar.
A maioria das espécies de
aves voa. Elas têm músculos
peitorais fortes, o osso do peito
em forma de quilha e ossos
leves pelo corpo, os quais são
vazados e com ar dentro (ossos
pneumáticos).
Algumas aves que não
voam têm ossos mais fortes.
Muitas delas são corredoras e
têm pernas compridas, como
a ema.
Aves
O grupo 4 é o grupo das aves, animais
que têm asas e corpo coberto de penas,
características que favorecem o voo.
As penas também ajudam a manter o
corpo aquecido.
As aves são ovíparas e respiram pelos
pulmões.
A maioria delas é capaz de voar.
O tucano, o beija-flor e a garça são alguns exemplos
de aves que voam.
A seriema e o pinguim são aves que não voam.
87 cm
A seriema não voa e se locomove andando
ou correndo.
As aves têm bicos que utilizam para pegar o
alimento, alimentar os filhotes e se defender. Elas
não têm dentes.
O formato do bico está relacionado com o
tipo de alimento que consomem.
O beija-flor se alimenta do néctar das flores
que só o seu bico comprido e pontudo consegue
alcançar.
O tucano se alimenta de sementes e carrega
no bico o alimento para os filhotes.
CHRIS HUMPHRIES/SHUTTERSTOCK
53 cm
O pinguim utiliza suas asas curtas para nadar.
O falcão é uma ave caçadora. Seu bico é forte e curvo para arrancar os pedaços de
carne do animal caçado.
54
6 cm
Beija-flor.
53 cm
Tucano-de-mandíbula-castanha
alimentando-se das sementes da palmeira.
KTSDESIGN/SHUTTERSTOCK
CHRISTIAN MUSAT/SHUTTERSTOCK
HENK BOGAARD/SHUTTERSTOCK
54
CURIOSIDADE
Dinossauros
Os dinossauros são animais extintos que pertenciam ao grupo dos répteis.
Eles viveram há aproximadamente 230 milhões de anos, muito antes de
os seres humanos surgirem na Terra. Eles dominaram o planeta durante cerca
de 135 milhões de anos.
Entre os dinossauros existiam animais carnívoros e herbívoros, animais
que se movimentavam com duas ou com quatro pernas, animais terrestres,
aquáticos e animais voadores.
Alguns dinossauros mediam cerca de 50 centímetros de altura, enquanto
outros podiam chegar a 40 metros.
Os dinossauros foram extintos há 65 milhões de anos. De acordo com
a teoria mais aceita, um meteoro gigante atingiu a Terra, levantando uma
nuvem de poeira que manteve o planeta no
escuro por vários meses. Durante esse período, as
temperaturas caíram e as plantas morreram por conta
da falta de luz solar para a produção de alimento. Os
animais que se alimentavam das plantas também
morreram e, em seguida, foi a vez dos carnívoros.
Porém, aparentemente, quem pensou que todos
os dinossauros haviam sumido do planeta errou.
Os cientistas que
estudam fósseis
estão cada vez mais
convencidos de que as
aves são um grupo de
dinossauros que não
foi extinto.
Agora, só nos resta
acompanhar as próximas
descobertas para saber
mais novidades sobre a
14 m
relação entre os répteis,
as aves e os dinossauros. Esqueleto de um saurópode.
Carnívoro: animal que se
alimenta apenas de carne.
Herbívoro: animal que se
alimenta apenas de plantas.
Teoria: hipótese elaborada
com base em fatos e
evidências.
DANNY YE/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Os dinossauros sempre provocam
muita curiosidade nos
alunos. Explique que esses
animais realmente existiram
e que pertencem ao grupo
dos répteis.
Eles tinham tamanhos diversos,
variando de alguns
centímetros até 40 metros
de altura, e havia espécies
terrestres e voadoras.
Estudos de fósseis revelam
que algumas espécies de dinossauros
provavelmente
tinham plumas ou penas coloridas
– uma imagem muito
diferente daquela amplamente
difundida: dos dinossauros
como lagartos gigantes.
Existem fortes indícios que
relacionam um grupo extinto
dos dinossauros às aves atuais
– que seriam, portanto, um
ramo desse grupo.
55
Atividade complementar
Existem muitos textos sobre os dinossauros na internet, inclusive destinados às crianças.
Acesse os links a seguir, escolha um dos textos e faça uma leitura dialogada com os alunos.
Maria Inês Zanchetta e Vera Franco. Parentesco com as aves: a nova face dos dinossauros.
Superinteressante, 31 out. 2016. Disponível em: http://super.abril.com.br/ciencia/
parentesco-com-as-aves-a-nova-face-dos-dinossauros/. Acesso em: 27 jul. 2021.
Os dinossauros eram répteis ou pássaros? Superinteressante, 23 nov. 2016. Disponível
em: http://super.abril.com.br/historia/o-pio-do-dinossauro/. Acesso em: 27 jul. 2021.
Caso julgue adequado, faça um Trunfo de dinossauros com os alunos, usando as informações
que eles possam vir a pesquisar.
55
Mamíferos
Habilidade
(EF03CI06) Comparar alguns
animais e organizar
grupos com base em características
externas comuns
(presença de penas, pelos,
escamas, bico, garras, antenas,
patas etc.).
Sugestão de
encaminhamento
Faça uma roda de conversa
para falar sobre o grupo dos
mamíferos. Muitos alunos
têm mamíferos de estimação,
como cães e gatos. Procure
esclarecer dúvidas e curiosidades
a respeito desses animais.
Se necessário, consulte
livros ou páginas confiáveis
da internet que tratem do
tema: elas vão ajudar no esclarecimento
de questões
que surgirem na sala de aula.
O texto de apoio pedagógico
a seguir deve contribuir com a
preparação da sua aula.
Apoio pedagógico
Os mamíferos já existiam na
época dos grandes dinossauros,
entre 250 a 65 milhões de
anos atrás aproximadamente.
Eram mamíferos pequenos,
muito diferentes dos que conhecemos
hoje. A partir da
extinção dos grandes répteis
há cerca de 65 milhões, os mamíferos
aumentaram de tamanho
e se tornaram mais diversos.
Atualmente, encontramos
desde mamíferos pesando
cerca de 2 g, como morcegos
e musaranhos, até gigantes
com mais de 160.000 kg,
como a baleia-azul.
Alguns aspectos que diferem
os mamíferos dos outros
grupos de vertebrados são:
eles têm glândulas sudoríferas
(muitas espécies têm
glândulas produtoras de
suor); as fêmeas produzem
leite, com o qual alimentam
seus filhotes recém-nascidos;
O quinto e último
grupo de animais
vertebrados é formado
pelos mamíferos.
Você já conhece a
principal característica
desse grupo: os
mamíferos são animais
que, logo após o
nascimento, alimentam-
-se somente do leite
produzido pela mãe.
O período em que
um filhote se alimenta
somente de leite materno
varia entre os animais,
mas todos em algum
momento da vida deixam
de se alimentar de leite
e passam a ter uma
alimentação variada.
Existem mamíferos
que se tornam
herbívoros, como
o cavalo, o qual se
alimenta de pasto e feno.
Outros se tornam carnívoros,
como a onça-pintada, que se
alimenta da carne de outros
animais.
Os mamíferos respiram pelos pulmões e podem viver em ambientes aquáticos
ou terrestres. A pele da maioria dos animais desse grupo é protegida por pelos, que
ajudam a manter o corpo aquecido.
56
eles têm pelos que protegem
sua pele e funcionam como
isolante térmico; e eles têm
um coração com 4 cavidades,
que separa completamente
o sangue oxigenado do
sangue venoso (rico em gás
carbônico).
O cavalo é um animal herbívoro.
A ariranha é um animal carnívoro. Os carnívoros têm dentes afiados, adequados
para perfurar e rasgar a carne do animal de que vão se alimentar.
1,42 m
2 m
WEBLOGIQ/SHUTTERSTOCK
CHRISTOPHE SCHULTZ/SHUTTERSTOCK
56
DANITA DELIMONT/SHUTTERSTOCK
Um mamífero que voa
Os morcegos são os únicos mamíferos que voam.
Apesar de terem uma má fama, a maioria dos morcegos se alimenta de frutos ou
do néctar das flores.
Os morcegos que se alimentam de sangue fazem um pequeno corte na pele
do animal, normalmente outro mamífero, e lambem o sangue. Geralmente, o animal
ferido nem percebe.
Um mamífero que põe ovos
Muitos morcegos alimentam-se
do néctar das flores.
O ornitorrinco é um animal encontrado somente na Austrália. Ele tem pelos no corpo
e bico largo, semelhante a um bico de pato, e seus filhotes nascem de ovos e mamam.
Assim que saem dos ovos, os filhotes se agarram ao corpo da mãe, que passa a
liberar o leite.
Apesar de ser um animal tão diferente, ele apresenta diversas características do
grupo, por isso o ornitorrinco é considerado um mamífero.
45 cm
8,5 cm
FRANK FICHTMUELLER/SHUTTERSTOCK
O ornitorrinco é um mamífero
ovíparo.
57
Apoio pedagógico
Os morcegos são animais
que saem ao entardecer ou
à noite para caçar.
Para se orientar, eles utilizam
a ecolocalização. Eles
emitem sons em alta frequência,
que os seres humanos
não são capazes de escutar,
e conseguem se localizar
porque as ondas sonoras, ao
baterem em um obstáculo,
voltam ao animal em forma
de eco. Dessa forma, os morcegos
conseguem saber a
que distância está o obstáculo
à sua frente.
Existem muitas espécies
de morcegos: umas se alimentam
de insetos e fazem
um controle natural desses
animais; outras se alimentam
de frutos e, ao descartarem
as sementes, atuam como
dispersoras; e algumas são
polinizadoras, ou seja, alimentam-se
do néctar das flores.
As poucas espécies que
procuram sangue de animais
para se alimentar fazem pequenos
cortes e retiram pouca
quantidade de sangue de
cada um deles. O problema,
nesse caso, é o risco de transmissão
da raiva caso o morcego
seja portador do vírus que
causa essa doença.
57
Animais invertebrados
Habilidade
(EF03CI06) Comparar alguns
animais e organizar
grupos com base em características
externas comuns
(presença de penas, pelos,
escamas, bico, garras, antenas,
patas etc.).
Apoio pedagógico
A quantidade de animais
invertebrados – seres vivos
sem esqueleto ósseo interno
– que existem no planeta é
bem maior do que o número
de vertebrados. Geralmente,
os invertebrados são seres de
menor porte, embora existam
exceções – como a lula gigante,
que pode medir mais 13 m
de comprimento e vive nas
profundezas do oceano.
Sem dúvida, os insetos
são os invertebrados com
maior número de espécies
no planeta e são encontrados
em praticamente todos
os ambientes. O ciclo de vida
de grande parte dos invertebrados
apresenta uma fase
de larva, isto é, do ovo nasce
um animal (larva) diferente do
adulto, que sofre metamorfose
para atingir a fase adulta.
Os invertebrados formam o maior grupo existente de animais. Eles estão por toda
parte, e você já deve ter visto vários desses animais por aí.
Formiga.
4 cm
0,2 cm
Caranguejo maria-farinha.
Caracol de jardim.
Em um jardim, podemos encontrar formigas e joaninhas. Ao remexer a terra, é
possível encontrar minhocas, e na horta os caracóis sempre têm alimento. Se fizermos
um passeio na praia, provavelmente encontraremos o caranguejo maria-farinha
correndo na areia e, na água, a estrela-do-mar.
6. Faça o desenho de um jardim e inclua os invertebrados que você conhece.
Produção pessoal.
FRANTISEK DULIK/SHUTTERSTOCK
STEPHAN LANGHANS/SHUTTERSTOCK
Minhoca.
0,8 cm
Joaninha de jardim.
10 cm
CLARK UKIDU/SHUTTERSTOCK
YELLOWJ/SHUTTERSTOCK
20 cm
Estrela-do-mar.
Diâmetro
da concha
5 cm
ISRAEL MORAN/SHUTTERSTOCK
SMSPSY/SHUTTERSTOCK
58
Resolução comentada
Espera-se que os alunos incluam outros invertebrados além dos vistos até agora. Relembre alguns
invertebrados que eles podem encontrar com facilidade em praças e jardins. Além de estimular a
curiosidade sobre quais animais podem ser encontrados no jardim, a atividade 6 também serve
como prévia para a atividade do Mãos à obra da página 60.
58
Quais são as características dos insetos?
Os insetos formam o grupo mais numeroso entre os invertebrados.
7. Observe os insetos abaixo, converse com alguns colegas e complete o quadro
a seguir.
FOREST71/SHUTTERSTOCK
Sugestão de
encaminhamento
Os alunos podem fazer
uma pesquisa para identificar
quais são as principais
características de alguns dos
invertebrados mais comuns
na região em que vivem – por
exemplo: caranguejos, mosquitos,
minhocas, besouros,
caramujos etc.
Características dos insetos
Número de pernas 6
Têm asas?
Têm antenas?
Sim
Sim
• Complete a frase:
Os insetos têm 6 pernas, antenas e asas .
59
Resolução comentada
Esta página mostra alguns exemplos de insetos. Nem todas as imagens mostram o número de
pernas, as asas e as antenas dos insetos. Os alunos poderão procurar na internet outras ilustrações
e fotografias destes mesmos animais, que ajudarão a completar o quadro da atividade 7.
59
MÃOS À OBRA
Habilidade
(EF03CI06) Comparar alguns
animais e organizar
grupos com base em características
externas comuns
(presença de penas, pelos,
escamas, bico, garras, antenas,
patas etc.).
Atividade
preparatória
Antes de propor a atividade,
prepare um aspirador
seguindo as instruções do
“Como fazer”. Você pode pedir
antecipadamente a cada
aluno que traga os canudos
dobráveis e um frasco transparente
com tampa e boca
grande. Você pode montar a
tampa dos aspiradores para
todos os alunos – desse modo,
você garante um padrão e facilita
o trabalho que poderia
ser feito em casa (sempre com
a ajuda de um adulto).
Caso você decida que cada
aluno irá preparar o aspirador
que vai usar na atividade,
lembre-os de que os furos nas
tampas devem ser feitos por
um adulto responsável, pois
uma tampa de metal exige
mais habilidade e cuidado
durante a operação. Tampas
de plástico são mais fáceis de
serem furadas, mas também
exigem atenção e cuidado.
Sugestão de
encaminhamento
Caso decida que os alunos
devam trazer a tampa do vidro
furada no diâmetro do
canudinho, reforce a instrução
de que um adulto deve
acompanhar a operação.
Peça aos alunos que montem
seu aspirador de acordo
com as instruções. A massa
de modelar vai ajudar a vedar
o orifício da tampa em que
o canudo passa, mas outro
material pode ser usado para
a vedação.
60
Após a montagem, diga
aos alunos que o aspirador
não pode ser compartilhado,
ou seja, ele é de uso pessoal
e somente um aluno deve
usá-lo na hora de coletar os
insetos.
Acompanhe os alunos até
o jardim da escola para que
eles façam a coleta dos invertebrados
que encontrarão. A
atividade pode ser realizada
em uma praça ou outro local
Observando pequenos animais
Muitos dos animais que existem nas casas, nas praças ou nos
jardins são pequenos e se mexem muito, sendo difícil observá-los.
Para podermos estudar esses animais, vamos montar um aspirador. Os
animais serão observados vivos e depois serão soltos de volta no ambiente.
Materiais
• 1 frasco de plástico transparente, com tampa e boca grande;
• 2 canudos dobráveis;
• massa de modelar;
• 1 pedaço de gaze;
• fita adesiva.
Como fazer
A. Tire a tampa do frasco e peça a um adulto que faça dois furos nela. Os
canudos têm que passar por eles (figura 1).
B. Enfie um canudo em cada um dos furos colocando o lado mais curto do
canudo para dentro do frasco (figura 2).
Figura 1.
A. CARLÍN/ M10
com vegetação desde que
você acompanhe os alunos.
Apoio pedagógico
Figura 2.
Com esse aspirador de pequenos
animais, as crianças
capturam principalmente insetos.
Essa é uma brincadeira
que traz muito aprendizado
e diversão. Os animais observados
devem ser liberados
no ambiente após o estudo.
LEMBRE-SE
O aspirador precisa
ser montado por um
adulto.
A. CARLÍN/ M10
60
C. Pela parte de baixo da tampa, envolva a ponta de um dos canudos com a
gaze, prendendo-a com a fita adesiva. A gaze é importante para os animais
coletados não entrarem na sua boca quando você aspirar o ar (figura 3).
D. Coloque a tampa no frasco e use a massinha de modelar para vedar os
furos da tampa onde foram colocados os canudos. O aspirador está
pronto! Para usá -lo, segure a ponta do canudo sem gaze bem perto
do animal e aspire pela ponta do outro canudo. Isso faz o ar entrar no
aspirador, carregando com ele o animal (figura 4).
• Observe cada bichinho que você coletar, preencha o quadro abaixo e
depois solte-os no mesmo local onde foram coletados.
Identificação do
animal (nome ou
número)
A. CARLÍN/ M10
Figura 3. Figura 4.
Quantas pernas
tem?
Tem asas?
A. CARLÍN/ M10
Local onde foi
encontrado
Avaliação formativa
Utilize a seção Mãos à obra
como avaliação da unidade
didática deste capítulo. Avalie
a participação e o cuidado
dos alunos durante a operação
de coleta dos invertebrados.
As plantas não devem ter
seus galhos danificados, e os
animais devem ser tratados
com cuidado.
O preenchimento do quadro
e a resposta da atividade
1 avaliam aspectos do trabalho
científico como coleta de
dados, observação e escolha
de critérios para agrupar
(classificar) os animais coletados,
enquanto a resposta
da atividade 2 permite que
os alunos reflitam sobre a
importância da preservação
dos seres vivos no ambiente
natural.
1. Se você fosse agrupar os animais coletados, que critério usaria e quantos
grupos faria? Respostas na Resolução comentada.
2. Por que é importante devolver os animais coletados ao ambiente?
61
Resolução comentada
1. Os alunos podem citar qualquer critério de agrupamento desde que esteja de acordo com as
características externas dos animais invertebrados coletados.
2. Espera-se que os alunos reconheçam que a retirada de animais da natureza pode provocar
desequilíbrio, por isso é importante devolvê-los ao local do qual foram retirados.
61
CONCLUSÃO DA UNIDADE 1
A ficha a seguir é um modelo que deve ser copiado e ampliado para que o avanço da aprendizagem dos alunos seja registrado
de modo claro e objetivo.
FICHA DE MONITORAMENTO DA APRENDIZAGEM
Objetivos Aluno 1 Aluno 2 Aluno 3 Aluno 4 Aluno 5 ...
Capítulo 1 –
O ambiente e os seres vivos
P S I P S I P S I P S I P S I
1. Percebe a diversidade de animais na Terra.
2. Conhece os biomas brasileiros.
3. Analisa imagens de ambientes naturais.
Capítulo 2 –
O desenvolvimento dos animais
4. Identifica o modo de vida de alguns animais.
5. Analisa imagens de animais aquáticos e
terrestres.
6. Identifica o ciclo de vida de alguns animais.
7. Identifica as fases de vida do ser humano.
Capítulo 3 –
A classificação dos animais
8. Conhece a diversidade de animais na Terra.
9. Identifica as características dos animais
vertebrados.
10. Organiza grupos de animais com base em
características externas.
11. Identifica os vertebrados de acordo com o seu
ciclo de vida: ovíparos e vivíparos (placentários).
12. Classificar os animais de acordo com o tipo de
esqueleto que eles têm.
P = Objetivo atingido plenamente S = Objetivo atingido satisfatoriamente I = Aproveitamento insatisfatório
A 61
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 2
QUADRO DE OBJETIVOS PEDAGÓGICOS
O AMBIENTE FÍSICO
Conteúdos e habilidades da
BNCC associadas
Objetivos
Páginas
(numeração)
Pré-requisitos
Capítulo 4 – Propriedades da luz
(EF03CI02) Experimentar e relatar o que
ocorre com a passagem da luz através de objetos
transparentes (copos, janelas de vidro, lentes,
prismas, água etc.), no contato com superfícies
polidas (espelhos) e na intersecção com objetos
opacos (paredes, pratos, pessoas e outros
objetos de uso cotidiano).
1. Conhecer aspectos da história das ciências e da tecnologia.
2. Conhecer efeitos e propriedades da reflexão da luz em
68, 69 e 70
66, 67 e 68
Leitura e interpretação de
textos e imagens.
diferentes superfícies.
3. Observar a trajetória retilínea de feixes luminosos. 65 e 66
Seguir instruções e coletar
dados experimentais.
4. Reconhecer a importância da tecnologia para a inclusão de
pessoas com deficiência visual (braille).
5. Conhecer os problemas de visão mais comuns. 72
72 e 73
Capítulo 5 – O som e a audição
(EF03CI01) Produzir diferentes sons a partir
da vibração de variados objetos e identificar
variáveis que influem nesse fenômeno.
(EF03CI03) Discutir hábitos necessários
para a manutenção da saúde auditiva e visual
considerando as condições do ambiente em
termos de som e luz.
6. Conscientizar-se da importância dos cuidados com a saúde
auditiva e visual.
7. Reconhecer que a nossa audição depende da interação de
ondas sonoras (sons) com órgãos do sistema auditivo.
8. Reconhecer a importância da língua brasileira de sinais
(Libras) para a inclusão de pessoas com deficiência auditiva.
9. Conhecer algumas propriedades do som (intensidade e
altura).
79, 84 e 85 Utilizar vocabulário
específico.
79
83
80
Pesquisar e registrar
informações.
Escrever com coerência.
10. Experimentar o efeito vibratório das ondas sonoras. 77e 78
81 e 82
62 B
Habilidades
(EF03CI01) Produzir diferentes
sons a partir da vibração
de variados objetos
e identificar variáveis que
influem nesse fenômeno.
(EF03CI02) Experimentar
e relatar o que ocorre com a
passagem da luz através de
objetos transparentes (copos,
janelas de vidro, lentes, prismas,
água etc.), no contato
com superfícies polidas (espelhos)
e na intersecção com
objetos opacos (paredes, pratos,
pessoas e outros objetos
de uso cotidiano).
(EF03CI03) Discutir hábitos
necessários para a manutenção
da saúde auditiva e visual
considerando as condições
do ambiente em termos de
som e luz.
Apoio pedagógico
A unidade 2 trata da reflexão
da luz e sua passagem por
diferentes meios, a propagação
das ondas sonoras e os
hábitos necessários à manutenção
da saúde auditiva e
visual.
2
O
AMBIENTE
FÍSICO
62
PETR SMAGIN/SHUTTERSTOCK
Sugestão de
encaminhamento
Estimule a curiosidade dos
alunos sobre como foi feita a
foto. Alguns deles já podem
ter tido contato com um caleidoscópio,
então, pergunte
se eles conhecem como esse
brinquedo é feito.
PARA EXPLORAR
Resposta pessoal. É provável que os alunos concluam que a imagem
1. Descreva a imagem. é formada por dois espelhos e o objeto foi
colocado entre eles.
2. Quantos objetos foram usados para fazer essa imagem?
Apenas um objeto foi usado para fazer essa imagem.
3. Imagine um espelho na frente de outro. Se você parar entre os
dois espelhos, quantos reflexos seus você acha que vai ver?
Resposta pessoal.
63
Habilidade
(EF03CI02) Experimentar
e relatar o que ocorre com a
passagem da luz através de
objetos transparentes (copos,
janelas de vidro, lentes, prismas,
água etc.), no contato
com superfícies polidas (espelhos)
e na intersecção com
objetos opacos (paredes, pratos,
pessoas e outros objetos
de uso cotidiano).
Objetivos
• Conhecer aspectos da
história das ciências e da
tecnologia.
• Conhecer efeitos e propriedades
da reflexão da luz em
diferentes superfícies.
• Observar a trajetória retilínea
de feixes luminosos.
• Reconhecer a importância
da tecnologia para a inclusão
de pessoas com deficiência
visual (braille).
• Conhecer os problemas de
visão mais comuns.
Apoio pedagógico
As páginas 64 a 68 formam
a primeira unidade didática
deste capítulo e tratam da reflexão
da luz e da interação
da luz com objetos transparentes,
translúcidos e opacos.
Dois espelhos planos colocados
perpendicularmente
entre si com um objeto na
frente deles (figura B) formam
três imagens do objeto.
Ao diminuir o ângulo entre
os espelhos, observamos o
aumento no número de imagens
do objeto. Ao colocar os
espelhos em paralelo (figura
A), aparecerão infinitas imagens
do objeto. Essa situação
é vivenciada quando entramos
em elevadores que têm
espelhos em paredes opostas.
64
4
Olhe em volta. A luz está por toda parte. Seja
produzida por uma fonte natural, como o Sol, ou por
uma fonte artificial, como uma lanterna, a luz interage da
mesma maneira com os objetos.
No nosso cotidiano, observamos vários fenômenos
relacionados à luz.
A imagem que vemos refletida
na superfície de um espelho de
parede, por exemplo, depende da luz.
A superfície do espelho reflete
a luz em uma direção definida, por
isso conseguimos ver nossa imagem
refletida.
Veja na imagem ao lado o que
acontece quando colocamos um
espelho em frente a outro.
1. Quantas imagens do casal você consegue contar? Resposta pessoal. São formadas
infinitas imagens, pois os espelhos as refletem infinitamente.
2. Quantos espelhos foram usados na montagem dessa fotografia?
Apenas dois espelhos, um em frente ao outro.
3. Circule a ilustração a seguir que indica a posição dos dois espelhos para a
formação desse grande número de imagens. A imagem A deve ser circulada.
Sugestão de
encaminhamento
Leve para a sala de aula
dois espelhos planos e mostre
aos alunos a grande variedade
de imagens que podem
ser feitas apenas colocando
os espelhos em diferentes
ângulos.
A
Propriedades
da luz
A. CARLÍN/ M10
B
Reflexo: retorno dos raios
luminosos ao meio onde
está a fonte de luz após
encontrar-se com uma
superfície refletora.
A. CARLÍN/ M10
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
E-LEET/SHUTTERSTOCK
64
MÃOS À OBRA
Acerte o alvo
O que uma pessoa deve fazer para acertar com um feixe de luz um
alvo que está atrás dela? Nesta atividade, os grupos precisarão ter uma boa
pontaria para acertar o alvo.
Materiais
• 1 espelho pequeno;
• 1 lanterna a pilha;
Como fazer
• fita-crepe.
A. Em uma sala ou local que não receba
luz solar diretamente, escolha um alvo
fixo e marque-o com fita-crepe em
formato de X.
B. Posicione um espelho de frente para o
alvo. Acenda a lanterna e aponte-a
para o espelho. Ajuste a posição do
espelho até a luz da lanterna atingir o
alvo escolhido.
Atenção
Tome cuidado ao
manusear o espelho.
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
1. Faça um desenho para indicar o caminho da luz da lanterna até o
espelho e do espelho até o alvo.
Produção pessoal.
O desenho deve evidenciar o feixe de luz que sai da lanterna atingindo o espelho
e a luz refletida atingindo o alvo que está posicionado atrás da lanterna.
2. Que conclusão podemos tirar a respeito do comportamento da luz
com base nesta atividade? Espera-se que os alunos concluam que a luz é
desviada ao atingir uma superfície refletora.
65
A. CARLÍN/ M10
Atividade
preparatória
Providencie um espelho
plano e escolha o local para
colocar o alvo (X) e realizar
a atividade. Sugerimos que
você fique com o espelho
e que os grupos de alunos
manipulem a lanterna (o espelho
é um objeto de vidro
que pode quebrar e oferecer
risco para os alunos, por esse
motivo deve ser manipulado
pelo adulto).
O espelho pode ser substituído
por um pedaço de
papel-alumínio ou outro papel
reflexivo, desde que não
esteja amassado. A atividade
também pode ser feita com a
luz solar. Nesse caso, oriente
os alunos a não olhar diretamente
para o Sol e nem direcionar
a luz refletida para
o rosto dos colegas.
Apoio pedagógico
O objetivo da atividade é
mostrar aos alunos como o
feixe de luz de uma lanterna,
por exemplo, propaga-se no
ar e como ele é refletido em
um espelho plano. Nesta atividade
não podem ser utilizados
espelhos côncavos ou
convexos. Os espelhos côncavos
produzem imagens
maiores do que o objeto.
Esse tipo de espelho é normalmente
encontrado em
óticas e em lojas de produtos
para maquiagem.
O espelho plano não dispersa
nem concentra os feixes
de luz. A propagação retilínea
do feixe de luz refletida pelo
espelho plano mostrará o
percurso da luz da lanterna
até o alvo.
65
Habilidade
(EF03CI02) Experimentar
e relatar o que ocorre com a
passagem da luz através de
objetos transparentes (copos,
janelas de vidro, lentes, prismas,
água etc.), no contato
com superfícies polidas (espelhos)
e na intersecção com
objetos opacos (paredes, pratos,
pessoas e outros objetos
de uso cotidiano).
Apoio pedagógico
A maioria dos objetos reflete
difusamente a luz que
incide sobre eles. Uma folha
de papel, uma parede, um
móvel etc. difundem a luz
que recebem espalhando-a
em todas as direções. Quando
esses raios de luz refletidos
penetram nos nossos olhos,
nós enxergamos o objeto.
A luz incidente nos espelhos
reflete de modo bem definido,
isto é, de modo regular,
porque a superfície do espelho
plano é bem lisa e polida.
Graças a isso, a imagem refletida
é igual ao objeto que está
em frente ao espelho.
Reflexo da luz no papel
O desvio da luz em uma superfície lisa ocorre de forma organizada, por isso é
chamado de reflexão regular da luz.
Observe a imagem a seguir:
Espelho
Representação da reflexão de um feixe de luz em um espelho.
É por causa desse fenômeno que conseguimos ver nosso reflexo em um espelho.
Como você já deve ter percebido, alguns objetos não refletem nossa imagem. Isso
acontece porque, quando a luz incide sobre uma superfície rugosa ou não regular,
como a folha de um caderno, os raios de luz são desviados para diversas direções. Esse
fenômeno é chamado de reflexão difusa da luz.
Folha de papel
Fonte de luz
Superfície não polida
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
ALEXANDRE R./ M10
Raios de luz
Representação da reflexão difusa da luz em uma superfície não polida.
ALEXANDRE R./ M10
Feixe de luz
Raio de luz
É por causa desse fenômeno que, ao olhar de frente para um objeto qualquer,
enxergamos o próprio objeto, e não um reflexo.
66
Atividade complementar
Periscópios e caleidoscópios
Graças à propriedade de reflexão
regular da luz, os espelhos são usados
em instrumentos como o periscópio e
em brinquedos como o caleidoscópio.
O periscópio é um instrumento muito
usado em submarinos que permite observar
o que acontece acima da água.
Veja no esquema ao lado como um
periscópio funciona.
OBSERVADOR
LUZ REFLETIDA
ESPELHO
ESPELHO
66
Transparente e opaco
A forma como a luz
interage com diferentes
materiais depende das propriedades
desses materiais.
A transparência é uma
propriedade de materiais como a
água e muitos tipos de vidro, acrílico
e plástico.
Objetos transparentes são
aqueles que permitem a livre
passagem da luz e a visualização total
dos objetos através deles.
Os materiais e objetos
opacos são aqueles que a luz não
consegue atravessar. Uma caixa de
papelão, um pedaço de madeira
e uma chapa de metal são alguns
exemplos de materiais opacos.
A luz atravessa o vidro e a água do aquário, por isso
conseguimos enxergar o que está do outro lado dele.
NATALIA LEBEDINSKAIA/SHUTTERSTOCK
UFABIZPHOTO/SHUTTERSTOCK
Sugestão de
encaminhamento
Ao realizar a atividade da
seção Trocando ideias, os
alunos vão associar objetos/
materiais translúcidos que
já conhecem aos conceitos
presentes no livro. A compreensão
da leitura é verificada
à medida que o aluno
consegue atribuir significado
ao que leu e relacionar os conceitos
dados com materiais/
objetos conhecidos ou usados
por ele no dia a dia.
Resolução
comentada
Não vemos a criança
atrás do livro porque o
material do qual ele é
feito é opaco.
Espera-se que a atividade
estimule os alunos a relembrar
as propriedades dos
materiais que conhecem. É
possível que alguns citem
plástico, papel-manteiga
e alguns tipos de tecido. O
importante é estimulá-los a
aplicar o conhecimento adquirido
no cotidiano.
TROCANDO IDEIAS
• Converse com os colegas a respeito da interação da luz com os materiais
e objetos. Vocês conhecem algum material que não seja transparente
nem opaco? Respostas na Resolução comentada.
67
O caleidoscópio é um brinquedo óptico que
forma diversas imagens legais. Originalmente
era construído com pedaços de vidro, mas ele
pode ser construído com materiais mais simples.
Veja como fazê-lo no link a seguir: https://
manualdomundo.uol.com.br/como-fazer-brinquedos/como-fazer-um-caleidoscopio-em-casa/
(acesso em: 10 ago. 2021).
KPAULINA/SHUTTERSTOCK
Caleidoscópio.
67
Habilidade
(EF03CI02) Experimentar
e relatar o que ocorre com a
passagem da luz através de
objetos transparentes (copos,
janelas de vidro, lentes, prismas,
água etc.), no contato
com superfícies polidas (espelhos)
e na intersecção com
objetos opacos (paredes, pratos,
pessoas e outros objetos
de uso cotidiano).
Apoio pedagógico
Os materiais translúcidos
permitem a passagem da luz,
porém de um modo difuso,
de forma que os raios de
luz que chegam aos nossos
olhos não são suficientes para
formar uma imagem nítida.
Vidros jateados, papel vegetal,
películas protetoras,
muitos tipos de plásticos e
acrílicos são exemplos de
materiais translúcidos.
Sugestão de
encaminhamento
Escolha alguns alunos
para ler o texto da seção
Curiosidade. Cada um pode
ler um parágrafo, por exemplo.
Fique atento ao ritmo,
à cadência e à entonação
durante a leitura realizada
por eles. Identifique o nível
de leitura dos alunos e dê
maior atenção àqueles que
precisam avançar nessa habilidade.
Para isso, incentive
a leitura e empréstimos de
livros da sala de leitura ou
biblioteca.
Existem materiais pelos quais a
luz consegue passar, mas não com
tanta facilidade, mesmo em ambientes
bem iluminados. Esses materiais são
translúcidos.
O fogo, a vela e a lâmpada
Como era a iluminação das casas quando
não existiam lâmpadas?
O domínio do fogo foi muito
importante para o ser humano. Fogueiras
eram usadas para preparar os alimentos e
tochas iluminavam os ambientes.
Com o tempo, as tochas foram
substituídas por lampiões a óleo, e mais tarde
foram desenvolvidos os lampiões a gás.
Atualmente, a principal fonte de
iluminação artificial é a luz produzida pela
energia elétrica.
Avaliação formativa
Os alunos deverão fazer em casa um quadro como o do
modelo a seguir. Cada coluna deve ter no mínimo 4 linhas,
preenchidas com objetos diferentes e com o material de
que é feito. Você poder avaliar a escrita e os conceitos de
transparência e opacidade.
O papel-manteiga é um material translúcido.
Veja, no esquema a seguir, como a luz se comporta nas três situações: com
materiais opacos, translúcidos e transparentes.
A nossa capacidade de enxergar através de um objeto depende do modo como ele interage com a luz.
68
ALEXANDRE R./ M10
transparente
CURIOSIDADE
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
Material transparente, translúcido e opaco
translúcido
opaco
Tocha: material que pega
fogo e pode ser usado para
levar o fogo de um lugar
para outro.
O lampião e a vela ainda são muito usados para
iluminar quando não há energia elétrica.
JAROSLAW PAWLAK/SHUTTERSTOCK
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
Objetos transparentes
Copo de vidro
Garrafa de água de plástico
Objetos opacos
Janela de madeira
Portão de ferro
68
UM POUCO DE HISTÓRIA
O controle do fogo
É fogo
Tio Barnabé reuniu a Turma em torno da fogueira para contar histórias.
Conversa vai, conversa vem, ele começou a falar sobre o fogo.
Não dá para dizer ao certo como o homem começou a controlar o fogo. Mas,
quando isso aconteceu, um grande passo foi dado na história da humanidade.
Com o fogo, os homens podiam proteger-se contra o frio, cozinhar os
alimentos, iluminar o lugar onde viviam. E com tochas levavam o fogo para onde
queriam. [...]
Quando descobriu que a gordura dos animais e os óleos vegetais mantinham
o fogo aceso, o homem inventou os lampiões. Os mais comuns eram de barro e
de pedra.
As velas também foram um outro jeito de
manter o fogo. As primeiras eram feitas de cera e
de sebo, foram criadas há uns 2 mil anos. Algumas
eram malcheirosas e soltavam muita fumaça.
Mas a pior parte era acender a vela. O fósforo
não existia e as pessoas usavam a caixa-isqueiro.
Nessa caixa uma pedra se chocava com um metal
soltando uma faísca que criava brasas em um
Sebo: gordura da região
abdominal (região da
barriga) dos animais.
Inflamável: material
que pega fogo, que se
incendeia.
material seco, como folhas ou palhas, que ao ser assoprado produzia a chama.
Tudo ficou mais fácil com a invenção dos fósforos [em 1827]. No início, era
comum os palitos se incendiarem dentro da embalagem. Até que, em 1858, foi
inventado o fósforo de segurança, em que os componentes inflamáveis
são separados: uma parte fica no palito e a outra do lado de fora da caixa.
Foi com fósforos assim que o tio Barnabé acendeu a fogueira avisando que
com fogo não se brinca.
Lúcia Tulchinski. Invenções geniais. São Paulo: Globo, 2004 p. 30-31. (Coleção Almanaque Sítio – Baseado na obra de Monteiro Lobato).
Apoio pedagógico
As páginas 69 a 73 formam
uma unidade didática e tratam
do controle do fogo, da
bioluminescência e de recursos
da tecnologia para a
melhoria da visão e a inclusão
das pessoas com deficiência
visual.
Sugestão de
encaminhamento
O texto da seção Um pouco
de história é longo e apresenta
muitas informações: algumas
delas estão explícitas e
outras estão implícitas. Leia
o texto em voz alta para a
classe, esclareça possíveis
dúvidas quanto ao vocabulário
e complemente o texto
explicando o significado histórico
de algumas passagens
descritas.
Deixe uma tarefa de casa
para os alunos: ler o texto
dessa página para os familiares.
Além do momento de
vivência com os familiares,
essa prática vai desenvolver
a capacidade de leitura do
aluno. Na aula seguinte, pergunte:
Como foi a leitura do
texto para a família? Qual foi a
dificuldade encontrada?
69
Atividade complementar
Uma sugestão de leitura a ser feita com os alunos é o livro Como vivíamos sem..., de
Bárbara Soalheiro. São Paulo: Panda Books, 2006.
Nele há um tópico que trata da invenção de fósforos (do latim, phosphorus), que significa
“(aquilo/aquele) que traz luz”.
69
Habilidade
(EF03CI02) Experimentar
e relatar o que ocorre com a
passagem da luz através de
objetos transparentes (copos,
janelas de vidro, lentes, prismas,
água etc.), no contato
com superfícies polidas (espelhos)
e na intersecção com
objetos opacos (paredes, pratos,
pessoas e outros objetos
de uso cotidiano).
Sugestão de
encaminhamento
Retome o texto “É fogo”,
agora solicitando aos alunos
que o leiam em dupla. Eles
podem alternar a leitura dos
parágrafos. Depois, peça que
cada um escreva as respostas
para as atividades propostas.
A atividade como um todo
permitirá que você perceba o
nível de leitura e compreensão
de texto dos alunos, pois
terão de localizar e extrair informações
explícitas (atividade
1), relacionar o domínio do
fogo com eventos benéficos
para a humanidade (atividade
2) e interpretar uma frase com
significado implícito no texto
(atividade 3).
Dê tempo suficiente para
que os alunos escrevam as
respostas e caminhe pela sala
dando atenção individual aos
alunos. Fique atento àqueles
que apresentarem alguma dificuldade
de leitura do texto.
Para esses, encaminhe a atividade
em duplas.
Registre suas observações
para juntar às demais
avaliações.
Resolução comentada
Coleta de esmolas para
as irmandades – Irmãos
pedintes, séc. 19. Jean
Baptiste Debret. O Rio de
Janeiro foi uma das primeiras
cidades do Brasil a ter
iluminação pública, que era
feita por meio de lampiões
a óleo.
O uso da eletricidade na iluminação das ruas das cidades só começou
em 1879. As primeiras cidades brasileiras a terem suas ruas iluminadas com
lâmpadas elétricas foram Campos (RJ), em 1883, e Rio Claro (SP), em 1885.
Após ler o texto, em dupla, responda às questões a seguir:
1. Antigamente, muitas velas eram feitas de sebo, gordura de origem animal.
Quais eram os incômodos causados por esse tipo de vela?
2. Leia a afirmação a seguir.
“O domínio do fogo foi importante para o desenvolvimento da humanidade.”
Cite dois benefícios que o controle do fogo trouxe para a humanidade.
3. No final da história, tio Barnabé diz à turma que “com fogo não se brinca”. O
que ele quis dizer com essa recomendação?
70
Essas velas eram malcheirosas e produziam muita fumaça.
Resposta na Resolução comentada.
Resposta na Resolução comentada.
2. O domínio do fogo possibilitou o aquecimento e a iluminação das moradias e permitiu o melhor
aproveitamento dos alimentos graças ao cozimento. Podemos incluir entre os benefícios do
controle do fogo a melhoria da forma de produzir ferramentas.
3. Espera-se que os alunos comentem sobre os riscos de acidentes e fatalidades que podem acontecer
com o manuseio indevido ou imprudente do fogo. Uma recomendação importante que pode ser
feita é ter um adulto presente sempre que for necessário realizar alguma tarefa próxima ao fogo.
JEAN BAPTISTE DEBRET
70
CURIOSIDADE
A bioluminescência
Os vaga-lumes, ou pirilampos, produzem
uma luminosidade piscante bastante visível
na escuridão da noite. É dessa maneira que
esse inseto chama a atenção de sua parceira
ou parceiro na época da reprodução.
O órgão responsável pela luminosidade
pode estar na cabeça ou no final do abdome
do inseto.
A luminosidade emitida pelos vaga-lumes se destaca
na escuridão da floresta.
REC STOCK FOOTAGE/SHUTTERSTOCK
Mas, para que seja possível visualizar a luminosidade emitida pelos vaga-
-lumes, é necessário que haja escuridão, algo cada vez mais raro nos dias de
hoje, principalmente próximo às cidades.
A luminosidade produzida pelos vaga-lumes ocorre por causa de reações
químicas que acontecem no corpo do animal. O oxigênio que é inalado
pelo vaga-lume reage com substâncias de seu organismo e o resultado é a
liberação de energia em forma de luz.
Esse fenômeno é chamado de bioluminescência. Ele ocorre em muitos
tipos de seres vivos, principalmente no ambiente marinho. No ambiente
terrestre ocorre, principalmente, nos insetos (alguns cupins, besouros e larvas).
A função biológica da bioluminescência ainda não é totalmente
compreendida pelos cientistas, mas eles acreditam que ela pode estar
relacionada à reprodução, à atração de presas, à proteção contra predadores
e para iluminação.
50 cm de
diâmetro
1,5 cm
Vaga-lume.
Muitas águas-vivas são bioluminescentes.
ANKO70/SHUTTERSTOCK
PONGTAP41/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
O texto da seção Curiosidade
traz informações sobre o
modo de vida dos vaga-lumes
(pirilampos), insetos que
fascinam crianças e adultos
pela capacidade que têm de
emitir luz. Leia o texto para a
classe e explique os termos
que são desconhecidos dos
alunos. Após a leitura, você
pode solicitar que 6 alunos
leiam o texto, de modo que
cada um fique responsável
por um parágrafo. Assim, você
pode avaliar a fluência em leitura
oral dos estudantes. Isso
é importante e desejável para
que os alunos sejam bons leitores
e gostem de ler.
71
Atividade complementar
Leia com os alunos a reportagem sobre a bioluminescência dos vaga-lumes (pirilampos).
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/curiosidades/a-luz-vagalume.
htm. Acesso em: 29 jul. 2021.
71
A luz e a visão
Habilidade
(EF03CI02) Experimentar
e relatar o que ocorre com a
passagem da luz através de
objetos transparentes (copos,
janelas de vidro, lentes, prismas,
água etc.), no contato
com superfícies polidas (espelhos)
e na intersecção com
objetos opacos (paredes, pratos,
pessoas e outros objetos
de uso cotidiano).
Apoio pedagógico
Em uma sociedade democrática,
sem preconceitos e
inclusiva, todos devem ser
respeitados, ter os mesmos
direitos e deveres, não importando
a condição física, cor
da pele, orientação sexual,
gênero, condição econômica,
opção religiosa ou cultura.
Neste momento, chamaremos
a atenção para a condição
das pessoas com deficiência
visual, entretanto,
as atitudes e os valores apresentados
aplicam-se a outros
tipos de diferenças existentes
entre os indivíduos. Ao tratar
desses aspectos, esteja atento
para não reforçar estereótipos
ou preconceitos.
A visão é um dos nossos sentidos que
mais recebem informações do ambiente
externo. Nossos olhos captam a luz do
ambiente e, assim, conseguimos ver
o que há à nossa volta.
Mas há pessoas que não podem contar
com esse sentido: muitas das pessoas com
deficiência visual vivem na completa
escuridão. A deficiência visual, isto é, a perda
da visão, pode ser total ou parcial, adquirida
ou congênita.
No Brasil, há mais de 6,5 milhões de
pessoas com deficiência visual, entre cegos e
indivíduos com baixa visão.
Alguns problemas de visão podem ser
corrigidos com o uso de óculos.
As lentes dos óculos mudam a direção
da luz que chega aos olhos e, com isso,
corrigem problemas de visão.
CIÊNCIAS
Congênito: característica que a pessoa tem desde o
nascimento; nascido com o indivíduo.
Baixa visão ou visão subnormal: grande e permanente
dificuldade de enxergar.
LIVRO
Jogadores em torneio de futebol para pessoas com
deficiência visual. A bola contém guizos para fazer
barulho e orientá-los.
Os óculos de grau corrigem problemas de visão
mais simples.
• Dorina viu
Autora: Cláudia Cotes
Editora: Paulinas
Ano: 2006
O livro conta a história de Dorina Nowill com texto e ilustrações também em braile,
para que crianças, que enxergam ou não, leiam e comprovem que as diferenças
podem conviver em harmonia.
DIVULGAÇÃO
VERVERIDIS VASILIS/SHUTTERSTOCK
LAPINA/SHUTTERSTOCK
72
Atividade complementar
O conhecimento do Estatuto da Pessoa com Deficiência ajuda os alunos a se referirem
a pessoas com deficiência e aos direitos que elas têm.
O texto, cujo nome oficial é Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, traz
regras e orientações para a promoção dos direitos e liberdade das pessoas com deficiência,
buscando garantir inclusão social e cidadania a esse público. A escola deve estimular
os alunos a tratar as pessoas com deficiência, seja de que tipo for, com respeito e sem
preconceitos, a fim de termos uma sociedade inclusiva e sem discriminação.
Na legislação brasileira, a Lei n o 7.853/89 e o Decreto n o 3.298/99 balizam a política
nacional para integração da pessoa com deficiência, criando as principais normas de
acessibilidade para essas pessoas.
72
A tecnologia e a baixa visão
CIÊNCIA E
TECNOLOGIA
Existem vários equipamentos que auxiliam as pessoas com deficiência visual.
Além das bengalas, hoje, há equipamentos e adaptações que melhoram a qualidade
de vida dessas pessoas, como brinquedos, máquina de escrever, computadores,
pisos táteis em calçadas e entradas de prédios, sinalização em braile nos painéis dos
elevadores, sinal sonoro em semáforos para auxiliar na travessia de ruas, entre outros.
Piso tátil para pessoas com deficiência visual.
As pessoas com deficiência visual têm direito à educação, ao lazer e à cultura e
não devem sofrer discriminação de nenhum tipo. Elas são independentes, capazes de
trabalhar, estudar e viver normalmente.
CURIOSIDADE
Sistema braille
O braille é um sistema de escrita tátil que
permite às pessoas com deficiência visual ou com
baixa visão a possibilidade de ler e escrever. Ele foi
criado como um código militar, uma forma de os
soldados se comunicarem secretamente, e mais
tarde foi modificado por um jovem francês com
deficiência visual de apenas 12 anos.
Louis Braille criou um sistema de seis pontos
organizados em duas colunas com três pontos
cada. O sistema foi criado em 1825, sendo usado
até hoje no mundo todo.
THANASUS/SHUTTERSTOCK
O braille é um sistema de leitura e escrita baseado em
símbolos em relevo.
Sistema braille.
ALHOVIK/SHUTTERSTOCK
EPIC_IMAGES/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Ao longo dos anos, os
termos que definem a deficiência
foram adequando-se
à evolução da ciência e da
sociedade. Atualmente, o
termo correto a ser utilizado
é “pessoa com deficiência”,
que faz parte do texto
aprovado pela Convenção
Internacional para Proteção
e Promoção dos Direitos e
Dignidades das Pessoas com
Deficiência, aprovado em
2006 pela Assembleia Geral
da ONU e ratificada no Brasil
em julho de 2008.
Avaliação formativa
Leve para a escola algumas
embalagens de alimentos e
de medicamentos com instruções
em braile. Organize
uma roda de conversa para
que os alunos manipulem e
sintam na ponta dos dedos
essa escrita. Em seguida, leia
com eles o texto da seção
Curiosidade. Registre sua
avaliação sobre a leitura e a
oralidade dos alunos nessa
atividade.
73
O site da Fundação Dorina Nowill para Cegos tem muitas informações, biblioteca
especializada e explica as atitudes que devemos ter quando encontramos pessoas com
deficiência visual. Disponível em: http://fundacaodorina.org.br/a-fundacao/pessoas-cegas-e-com-baixa-visao/o-que-e-deficiencia/.
Acesso em: 28 jul. 2021.
73
Habilidade
(EF03CI02) Experimentar
e relatar o que ocorre com a
passagem da luz através de
objetos transparentes (copos,
janelas de vidro, lentes, prismas,
água etc.), no contato
com superfícies polidas (espelhos)
e na intersecção com
objetos opacos (paredes, pratos,
pessoas e outros objetos
de uso cotidiano).
ATIVIDADES
1. Observe as imagens dos objetos a seguir.
JESS KRAFT/SHUTTERSTOCK
AFRICA STUDIO/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
As propostas da seção
Atividades podem ser feitas
em duplas, com consulta
do livro e com o seu auxílio.
Podem, ainda, ser realizadas
como tarefa de casa.
Avalie se os alunos têm
dificuldade em um tema específico
e retome com eles,
trazendo outros textos e materiais
de apoio.
Superfície de um lago.
TOMASZ WRZESIEN/SHUTTERSTOCK
Bola de futebol.
RUNRUN2/SHUTTERSTOCK
Espelho.
Camiseta.
a) Circule de verde as imagens dos objetos que refletem de modo regular a luz
que recebem. Devem ser circulados a superfície do lago e o espelho.
b) Circule de vermelho as imagens dos objetos que refletem de modo difuso a luz
que recebem. Devem ser circuladas a camiseta e a bola de futebol.
74
Resolução comentada
A atividade 1 exige que os alunos apliquem o conceito de reflexão regular – uma propriedade
dos espelhos – e reflexão difusa – que é o caso dos materiais usados na produção dos objetos em
geral. Os alunos que compreenderam o papel da camada refletora dos espelhos não terão dificuldade
em responder às questões.
74
2. Ligue corretamente as duas colunas.
CHUMRIT TEJASEN/SHUTTERSTOCK
Opaco
Plástico para colar em vidro plano.
NIIK LEUANGBORIBOON/SHUTTERSTOCK
Transparente
Xícara de vidro.
JOEYPHOTO/SHUTTERSTOCK
Translúcido
Portão de madeira.
3. Em duplas, escrevam como deve ser uma cidade adaptada para pessoas com deficiência
motora, visual ou auditiva. Pense na mobilidade das pessoas pelas ruas, localização das
informações úteis, espaços de lazer, entre outros.
Resposta na Resolução comentada.
75
Resolução comentada
3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos digam que as ruas devem ter rampas de acesso nas
calçadas e nos prédios, que as calçadas devem ser planas e sem obstáculos e com piso tátil de
orientação, que tenham placas informativas em braille e em Libras, que haja sinal sonoro onde há
semáforos (faróis de trânsito), que os museus e outros locais públicos de lazer sejam preparados
para receber pessoas com qualquer tipo de deficiência, entre outras sugestões.
75
Habilidades
(EF03CI01) Produzir diferentes
sons a partir da vibração
de variados objetos
e identificar variáveis que
influem nesse fenômeno.
(EF03CI03) Discutir hábitos
necessários para a manutenção
da saúde auditiva e visual
considerando as condições
do ambiente em termos de
som e luz.
Objetivos
• Conscientizar-se da importância
dos cuidados com a
saúde auditiva e visual.
• Reconhecer que a nossa
audição depende da interação
de ondas sonoras
(sons) com órgãos do sistema
auditivo.
• Reconhecer a importância
da língua brasileira de sinais
(Libras) para a inclusão de
pessoas com deficiência
auditiva.
• Conhecer algumas propriedades
do som (intensidade
e altura).
• Experimentar o efeito vibratório
das ondas sonoras.
Apoio pedagógico
As páginas 76 a 78 constituem
uma unidade didática
e tratam da propagação das
ondas sonoras em diferentes
meios.
O ambiente em que os
animais estão imersos (água
ou ar) tem particularidades
físicas e químicas que interferem
na capacidade de sobrevivência
dessas espécies.
Um feixe de luz pode atingir
grandes distâncias na atmosfera,
mas em ambientes aquáticos
(mar ou rio) a penetrabilidade
da luz é bem menor.
Isso interfere na capacidade
visual dos animais que vivem
no ambiente terrestre ou no
aquático. Peixes e mamíferos
76
5
marinhos, por exemplo, não
conseguem ver objetos que
estão a uma distância relativamente
pequena, porque a
luz refletida não chega muito
longe. Por outro lado, as
ondas sonoras se propagam
com facilidade no ambiente
aquático, atingindo grandes
distâncias.
O som e a audição
Quando você está andando na rua e ouve uma buzina, imediatamente olha
na direção de onde veio o som. A capacidade de perceber os sons é chamada de
audição.
Leia os quadrinhos a seguir.
O som da freada da camioneta alertou Cascão sobre o perigo que correu.
Se o Cascão não tivesse o sentido da audição, ele poderia ter
se acidentado.
1. Reescreva a fala do personagem Cebolinha corrigindo as
palavras que estão com as letras trocadas.
Você já teve curiosidade em saber o que é o som e como ele é produzido?
Resolução comentada
A atividade 1, de reescrita das palavras ditas pelo personagem
Cebolinha, ajuda os alunos a reforçar a consciência fonêmica e
o conhecimento do som dominante de uma determinada letra,
no caso a letra R.
© MAURICIO DE SOUSA EDITORA LTDA.
LEMBRE-SE
Cuidado ao atravessar a
rua. Olhe sempre para
os dois lados e atravesse
na faixa de pedestres.
“Cuidado, Cascão!! Você não sabe que precisa olhar se vem carro antes de atravessar a rua?!”
76
Características do som
Você acha que um objeto pode
produzir sons diferentes?
Pegue uma régua de plástico de 30 cm
e segure-a sobre a sua mesa, deixando 5 cm
para fora.
Depois, bata com os dedos ou um lápis
na extremidade da régua que está para fora
da mesa. Ouça o som produzido.
Agora, deixe 10 cm da régua para fora
da mesa e bata na extremidade dela com os
dedos ou o lápis. Ouça o som produzido.
Lembre-se de segurar a
régua sobre a mesa sempre da mesma
forma.
Faça vários testes deixando
outros comprimentos da régua
para fora da mesa.
Você reparou como o som
muda quando deixamos partes
maiores da régua para fora da
mesa?
Isso acontece porque o
som é produzido pela vibração
do objeto, nesse caso, a régua.
Conforme mudamos o tamanho da porção do objeto, muda sua
Vibrar: tremer.
vibração e, consequentemente, o som produzido.
O que os sons produzidos pela régua na mesa têm em comum
com a corda de um violão, uma porta batendo, uma conversa animada e uma bola
batendo na parede? Todos os sons gerados ocorreram porque houve a vibração de
objetos ou de algum componente deles.
2. O que acontece com o som da régua à medida que a parte livre fica menor?
Resposta na Resolução comentada.
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
77
Apoio pedagógico
O som emitido por um violão
ou qualquer instrumento
musical é produzido pela
vibração de um ou mais de
seus componentes. A corda
do violão e a membrana de
um tambor são exemplos de
objetos que vibram em instrumentos
musicais. A qualidade
do som dos instrumentos
também é influenciada pela
forma e pelo material que o
compõe.
Sugestão de
encaminhamento
Faça a leitura do texto
“Características do som” pausadamente
e diga aos alunos
que eles devem seguir as
instruções que vão aparecer
durante a leitura. Espere que
peguem as réguas e um caderno
ou livro antes de continuar
a leitura do texto. Se
preferir, peça que trabalhem
em duplas.
Continue a leitura e oriente
a execução dos testes com a
régua, a respeito dos sons
produzidos. As partes da régua
que estão fora da mesa
é que causam a variação do
som. Cada comprimento fora
da mesa vibra com uma frequência
diferente. Quanto
maior a frequência da onda
sonora, mais agudo é o som
ouvido.
Resolução comentada
2. Quanto menor a parte livre da régua, mais “fino” é o som. Som fino é um termo popular. Em
termos científicos, dizemos que o som é mais agudo. Dizer que um som é “grosso” corresponde,
cientificamente, a dizer que o som é grave.
77
O eco
Habilidades
(EF03CI01) Produzir diferentes
sons a partir da vibração
de variados objetos
e identificar variáveis que
influem nesse fenômeno.
(EF03CI03) Discutir hábitos
necessários para a manutenção
da saúde auditiva e visual
considerando as condições
do ambiente em termos de
som e luz.
Sugestão de
encaminhamento
Peça aos alunos que façam
uma leitura silenciosa do texto
“O eco”. Depois, divida a
turma em grupos e peça para
discutirem o que entenderam
do texto e anotem as palavras
desconhecidas. Com isso, os
alunos estarão desenvolvendo
as capacidades de leitura
e interpretação de texto,
além de aumentar a interação
verbal, na medida em que explicam
para os colegas o que
entenderam do que foi lido.
Apoio pedagógico
Apesar de os morcegos se
deslocarem com muita habilidade
em ambientes escuros,
eles não enxergam no escuro:
a visão é um sentido acionado
por estímulos luminosos.
A orientação para o voo
é obtida por um sistema de
sonar. À medida que circula,
ele emite pulsos sonoros que
são inaudíveis para os seres
humanos. É a partir da reflexão
sonora que o morcego
obtém informações sobre
o ambiente e evita os obstáculos.
Da mesma forma, a
emissão de ondas sonoras
orienta animais que vivem em
águas profundas e escuras.
Golfinhos e baleias também
usam reflexões acústicas para
procurar alimento ou evitar
colisões com objetos e com
o fundo do oceano.
Assim como a luz, o som também
se desloca no ar e, quando encontra
um obstáculo, sofre uma reflexão.
O eco ocorre quando ouvimos
com clareza o som original e o
som refletido.
E você sabe qual é a importância
do som para os animais?
Alguns animais como os morcegos, as
corujas e as baleias, entre outros, se utilizam dessa
propriedade do som – a reflexão – para se
deslocar durante a noite e em ambientes
escuros, como as cavernas ou o fundo
do mar.
Os morcegos emitem ondas sonoras
– inaudíveis para nós – que, ao encontrar
um obstáculo, refletem e são captadas
pelas orelhas do animal. Desse modo,
eles conseguem identificar o tamanho do
obstáculo, desviar-se dele e até saber se o
que está em seu caminho é ou não um ser vivo.
CURIOSIDADE
O sonar
Avaliação formativa
Após a leitura e discussão
do texto “O eco”, peça que
cada grupo responda às questões
que serão colocadas na
lousa ou no quadro branco:
1. Quais são os animais citados
no texto?
2. No texto, a reflexão do som
é utilizada por um animal
que voa ou por um animal
que nada?
3. Explique como a reflexão
do som é utilizada por eles.
Recolha as folhas com as
respostas e avalie a escrita e
a compreensão de texto dos
grupos.
Reflexão do
som
Representação da reflexão da onda
sonora – eco.
O sonar é um equipamento utilizado em navios que foi inventado em 1913. Ele
emite ondas sonoras inaudíveis que são refletidas ao atingirem obstáculos, como
cardumes de peixes, navios afundados e outros objetos que estão no fundo do mar.
O sonar analisa as ondas sonoras refletidas e mede as distâncias até eles.
O funcionamento do sonar dos navios é semelhante ao sonar dos morcegos.
Os alunos poderão dizer que o sonar ajuda os navios pesqueiros a localizar cardumes de peixes e a
3. Converse com alguns colegas e responda: quais utilidades o sonar tem evitar bater
em navios pesqueiros? o fundo do barco em rochas ou outros objetos que estão em
águas rasas.
78
Ah!
Esquema do sonar dos morcegos.
MARCELLO S. M10
Inaudível: são os sons que não
somos capazes de ouvir.
A. CARLÍN/ M10
78
Deficiência auditiva
SAÚDE
No Brasil, existem quase 10
milhões de pessoas com deficiência
auditiva. Entre essas pessoas, mais de
2 milhões não ouvem absolutamente
nada. O restante tem diferentes graus
de deficiência auditiva.
Apesar de não ouvirem, as
pessoas com deficiência auditiva
levam uma vida normal. Elas
estudam, trabalham, se divertem e se
comunicam com uma língua própria:
a Língua Brasileira de Sinais – Libras.
Graças ao desenvolvimento
tecnológico, existem aparelhos
auditivos que auxiliam pessoas
com diferentes graus de deficiência
auditiva a ouvir melhor.
Uma criança pode nascer surda
ou a surdez pode ser causada por
doenças que atingem o sistema
de audição. Fazer a higienização
das orelhas é importante para a
manutenção da saúde, mas lembre-
-se: jamais coloque objetos ou hastes
no canal auditivo.
CIÊNCIAS
LIVRO
• O silêncio de Júlia
Autores: Pierre Coran e Melanie Florian
Editora: FTD
Ano: 2011
Atividade complementar
Libras é uma língua visual. São mãos que falam.
O aparelho auditivo funciona captando os sons do ambiente,
amplificando esses sons e transmitindo -os através da orelha.
Júlia tem deficiência auditiva. Ela vive feliz, mas se sente muito solitária. A chegada do
novo vizinho a deixa animada, pois finalmente vai ter com quem brincar.
A discussão sobre o livro indicado na seção Ciências + vai enriquecer o universo das
crianças.
A leitura de livros cuja temática é a surdez estimula as crianças a pensar nessa condição
e despertar para a necessidade de inclusão das pessoas com deficiência auditiva nas
brincadeiras e atividades culturais e de lazer.
VICTOR B./ M10
DIVULGAÇÃO
79
PIXEL-SHOT/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
As páginas 79 a 85 formam
uma unidade didática e abordam
a importância dos cuidados
com a visão e a audição,
o respeito às pessoas com
deficiência auditiva e visual
e a propagação das ondas
sonoras em meios sólidos.
Sugestão de
encaminhamento
Desestimule comentários
preconceituosos ou pejorativos
relacionados a qualquer
pessoa com alguma
deficiência.
Valorize as habilidades desenvolvidas
pelas pessoas
com deficiência auditiva e
visual, como: capacidade de
fazer leitura labial, destreza
manual, habilidade de usar
as pontas dos dedos para ler
em braille, capacidade de se
deslocar em ambientes mobiliados
e não causar acidentes,
entre outros.
Converse sobre a importância
da higienização das
orelhas e dos olhos para a manutenção
da saúde. Instrua-os
a não utilizar hastes flexíveis
ou qualquer outro objeto
no interior da orelha externa,
pois isso pode remover a
cera protetora ou até mesmo
ferir a membrana timpânica
(tímpano).
Outro cuidado é evitar locais
ou situações em que o
som esteja muito “alto” (grande
intensidade). A exposição
prolongada e excessiva a sons
muito intensos pode causar
insensibilidade a certas frequências
sonoras e até mesmo
surdez.
79
Som grave e som agudo
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
Habilidades
(EF03CI01) Produzir diferentes
sons a partir da vibração
de variados objetos
e identificar variáveis que
influem nesse fenômeno.
(EF03CI03) Discutir hábitos
necessários para a manutenção
da saúde auditiva e visual
considerando as condições
do ambiente em termos de
som e luz.
Sugestão de
encaminhamento
Oriente os alunos a perceberem
a vibração das pregas
vocais quando emitem sons.
Peça que coloquem os dedos
sobre a parte inferior do
pescoço e pronunciem em
voz alta as vogais: aaaaaaa,
ééééééé, iiiiiii, óóóóóóó,
uuuuuuu.
Pergunte: Sentiram alguma
coisa com os dedos? O quê?
Peça que falem a palavra
trator e depois a palavra
casa “; então pergunte: O que
acontece com a sua língua e
os lábios quando fala essas
palavras? Você acha que a língua
e os lábios são importantes
na formação das palavras?
Os alunos vão perceber que
cada som emitido é percebido
de forma diferente pelos
dedos, ou seja, a vibração das
pregas vocais é diferente.
O som da nossa voz é
produzido pelas vibrações das
pregas vocais que existem na
nossa laringe – órgão que fica
no meio do nosso pescoço.
Para sentir a vibração
das pregas vocais, toque no
meio do pescoço e emita
qualquer som.
As vozes das pessoas não
são iguais. Algumas têm voz
mais grave (popularmente
dizemos que a voz é “grossa”)
e outras têm voz mais aguda
(voz “fina”).
Devemos cuidar das
nossas pregas vocais. Quando
usamos excessivamente a voz
ou gritamos por muito tempo,
a laringe e as cordas vocais
se inflamam, sentimos dor de
garganta, a voz fica rouca ou
perdemos a voz.
A inflamação da laringe
também é provocada
quando há infecções por
microrganismos.
A intensidade da onda
sonora é outra qualidade do
som. O som pode ser alto (alta
intensidade) ou baixo (baixa
intensidade). Quando pedimos
a alguém que “fale mais baixo”,
estamos nos referindo à
intensidade do som.
80
Localização da laringe.
É possível sentir a vibração das pregas vocais quando emitimos
algum som.
Só um médico pode dizer como devemos tratar a inflamação
da laringe.
MARCELLO S./ M10
A. CARLÍN/ M10
DIDESIGN021/SHUTTERSTOCK
Atividade complementar
Para aprofundar mais o tema, leia o texto a seguir.
Para haver inclusão educacional do aluno com deficiência auditiva é necessário mais do que ter o profissional
tradutor e intérprete de Libras em sala de aula. Também é necessário que o docente entenda e aceite
que a Libras é a língua materna deste aluno e que busque meios e metodologias para o ensino desses
alunos surdos, que têm uma língua diferente com uma estrutura própria.
Algumas dicas para docentes sobre a adequação didático-pedagógica para o ensino de pessoas surdas:
• averiguar quais os tipos de linguagem que o aluno surdo utiliza (oral, escrita, língua de sinais,
gestos padronizados, leitura labial, entre outros), para facilitar a comunicação entre o docente e o
aluno;
• nunca falar de costas e escrevendo na lousa;
• o conteúdo e materiais referentes à disciplina podem ser entregues aos alunos e aos tradutores e
intérpretes pelo professor no início de cada bimestre/semestre;
80
MÃOS À OBRA
Telefone de copos
As ondas sonoras só se propagam no ar? Elas se
propagam nos sólidos? Essas questões serão respondidas
nesta atividade.
Materiais
• 2 copos plásticos rígidos (você pode reutilizar embalagens plásticas de
produtos como iogurte);
• 4 metros ou mais de barbante de algodão;
• 2 palitos de dentes ou 2 clipes de papel;
• lápis preto bem apontado.
Opcional:
A
Antes de começar a montar
o seu telefone de copos, você poderá
enfeitá-los com fita adesiva colorida
ou desenhos. Assim, os copos ficarão
com as cores e desenhos que você
desejar.
Como fazer
A. Peça a um adulto que faça um
furo no fundo de cada copo
usando um lápis bem apontado.
B. Passe uma das pontas do
barbante pelo furo de um dos
copos e amarre um pedaço do
palito ou um clipe de papel na
ponta do barbante. O clipe ou
o palito servirão para não deixar
o barbante escapar do fundo
do copo. Faça o mesmo com
o outro copo.
• realizar antecipadamente as anotações importantes na lousa;
• elaborar provas diferenciadas com perguntas sucintas e objetivas;
• integrá-lo nas atividades acadêmicas.
B
ARTE
Propagar: espalhar; percorrer.
81
A. CARLÍN/ M10 A. CARLÍN/ M10
Atividade
preparatória
Providencie o material necessário
para que você realize
o procedimento “Como
fazer”. Dessa maneira estará
preparado para orientar os
alunos durante a construção
do “telefone de copos”.
Peça aos alunos que levem
o material que será utilizado
para a construção do próprio
telefone. Assim, todos
terão um telefone para levar
para casa e aplicar o que
aprenderam.
Sugestão de
encaminhamento
Incentive os alunos a refletir
sobre as questões motivadoras
da atividade. Os
alunos podem criar diferentes
hipóteses e argumentar em
defesa delas. Diga aos alunos
que a atividade vai ajudá-los
a entender em que meios as
ondas sonoras se propagam.
Apoio pedagógico
As ondas sonoras só se
propagam onde há matéria
(sólida, líquida ou gasosa).
O som não se propaga no
vácuo, espaço sideral, por
exemplo.
Embora essa atividade seja
lúdica, ela é motivadora para
a discussão de conceitos científicos
como a propagação
das ondas sonoras.
Outras informações podem ser encontradas no documento: Manual para o professor:
orientações para o exercício da docência em sala de aula regular com alunos surdos
inclusos. Instituto Federal do Rio Grande do Sul. 2014. Disponível em: http://www.
riogrande.ifrs.edu.br/site/midias/arquivos/201462410356orientacoes_para_docentes_sobre_inclusao_de_surdos_em_turma_regular.pdf.
Acesso em: 28 jul. 2021.
81
Habilidades
(EF03CI01) Produzir diferentes
sons a partir da vibração
de variados objetos
e identificar variáveis que
influem nesse fenômeno.
(EF03CI03) Discutir hábitos
necessários para a manutenção
da saúde auditiva e visual
considerando as condições
do ambiente em termos de
som e luz.
Sugestão de
encaminhamento
Para a realização das atividades
propostas, se houver
dúvida, refaça o experimento,
peça que os alunos compartilhem
as opiniões e cheguem a
um consenso do que registrar.
C. O telefone está pronto! Dê um
dos copos a um colega e pegue
o outro. Estiquem o barbante
e conversem. Enquanto você fala
dentro de um copo, o colega fica
com o outro na orelha. Depois, os
papéis se invertem.
D. Fale uma palavra e peça ao colega que está com
o outro copo na orelha que repita o que você falou.
1. Como o som da palavra que foi dita no copo
chegou até o copo que está na orelha do
seu colega?
2. Com base no que você viu nesta atividade, podemos dizer que as
ondas sonoras se propagam nos materiais sólidos? Explique.
E. Você pode brincar de linha cruzada. Cruze o barbante do seu telefone
com o barbante de outra dupla. Assim, você poderá ouvir a conversa da
outra dupla.
C
Atenção
O telefone de copos
funciona melhor quando
o barbante está bem
esticado.
A onda sonora produzida pela vibração das pregas vocais percorreu o barbante até
chegar ao copo que está na orelha do colega.
Sim, pois as ondas sonoras se propagam no barbante até o outro copo.
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
82
Atividade complementar
Uma sugestão de leitura a ser explorada com os alunos é:
Roberto A. Pimentel Jr. Como funciona o telefone de copos? Ciência Hoje das Crianças,
5 nov. 2007. Disponível em: http://chc.org.br/acervo/como-funciona-o-telefone-de-copos/.
Acesso em: 30 jul. 2021.
82
ATIVIDADES
1. Use o código de sinais da Libras
e decifre a mensagem a seguir.
“As pessoas com deficiência
visual e auditiva têm direito à
educação.”
2. O que as imagens estão representando? Complete as frases utilizando as palavras do
quadro abaixo.
alta
baixa
DETO S./ M10
Apoio pedagógico
Na atividade 1, os alunos
irão traduzir uma frase da
Libras para a linguagem escrita.
A Libras é a língua adequada
para situações comunicativas
com e entre pessoas
com deficiência auditiva.
O reconhecimento de outros
códigos de escrita implica
a conscientização de que
existem diferentes formas de
expressão humana.
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
O grito é um som de
alta intensidade.
O sussurro é um som de
baixa
intensidade.
3. O violão tem cordas mais finas, intermediárias
e grossas, todas do mesmo tamanho, mas que
produzem sons diferentes.
• No caso do violão, qual característica deve estar
relacionada ao som produzido?
As diferentes espessuras das cordas.
Cordas do violão.
83
Atividade complementar
Os Batuqueiros do Silêncio é um grupo percussivo formado por jovens e adultos com
surdez total ou parcial oriundos de vários bairros da cidade do Recife (PE) e da região
metropolitana. Compartilhe com os alunos alguns vídeos: o primeiro link conta um pouco
da história do grupo e o outro mostra a apresentação do grupo nas Paralimpíadas do
Rio em 2016.
Disponível em: www.youtube.com/watch?v=pJkuBvslTm0. Acesso em: 30 jul. 2021.
Disponível em: www.youtube.com/watch?v=V65MeQ8t8B0. Acesso em: 30 jul. 2021.
83
CIÊNCIAS EM AÇÃO
Sugestão de
encaminhamento
Explore com os alunos os
cartazes que abrem a seção
Ciências em ação. A comunicação
por imagens é utilizada
em folhetos, TV, jornais,
cartazes etc. e os alunos devem
familiarizar-se com elas
cada vez mais. Dê um tempo
para eles explorarem as
mensagens que os cartazes
comunicam.
A atividade proposta colabora
para a conscientização
de que a saúde auditiva e
visual se devem, em grande
parte, aos hábitos saudáveis
praticados durante toda a
vida. A proteção auricular e
os óculos de segurança são
equipamentos que protegem
a integridade auditiva e visual
de pessoas que frequentam
ou trabalham em ambientes
com sons de grande intensidade
ou com muitas partículas
sólidas no ar. (EF03CI03)
A elaboração de uma campanha
de conscientização sobre
as deficiências visual e auditiva
permite que os alunos
pratiquem a escrita e usem
imagens para complementar
os textos.
Auxilie os grupos a escolherem
o veículo comunicativo e
o público-alvo da campanha.
Alguns poderão fazer apresentações
audiovisuais ou expor
a canção produzida. Estimule
os alunos a conversar com os
familiares sobre o tema desenvolvido
nessa seção.
Resolução comentada
• Os cartazes alertam sobre os cuidados que devemos ter para preservar a visão e a audição.
• Resposta pessoal. As respostas podem variar de acordo com a vivência dos alunos. Sugestão
de resposta: Porque a visão e a audição são sentidos importantes que nos ajudam a identificar
estímulos do ambiente.
1. Perda total ou parcial da audição.
2. Sim.
DIVULGAÇÃO/MINISTÉRIO DA SAÚDE
84 84
Saúde visual e auditiva
Veja as informações abaixo e responda às perguntas.
• O que os cartazes mostram? Respostas na Resolução comentada.
• Por que você acha que é importante cuidar da saúde dos ouvidos e
dos olhos?
Organize o trabalho
A. Reúna-se com mais dois colegas de classe e formem um grupo para
organizar e iniciar o trabalho. Nesta atividade, vocês devem fazer uma
pesquisa procurando responder às perguntas a seguir. Utilize a biblioteca
da sua escola, a internet e/ou peça a ajuda de familiares e do professor
para conseguir as informações necessárias.
1. O que é deficiência auditiva?
2. Uma pessoa pode nascer sem audição?
3. Uma pessoa pode perder a audição quando é adulta?
4. O que é deficiência visual?
3. Sim, por causa de acidentes, exposição a sons muito altos ou doenças do sistema auditivo.
4. Visão parcialmente reduzida ou cegueira total.
SAÚDE
DIVULGAÇÃO/MINISTÉRIO DA SAÚDE
84
5. Uma pessoa pode nascer sem a visão?
Sim.
6. Uma pessoa pode perder a visão depois de adulta?
Sim, por causa de acidentes ou doenças nos olhos.
7. Como os surdos se comunicam?
Os surdos se comunicam por LIBRAS.
8. Como as pessoas com deficiência visual leem?
Elas leem por meio do sistema braille de escrita.
B. Preparem um cartaz, utilizando cartolina ou papel pardo, desenhando o
alfabeto da Libras.
C. Treine como dizer seu nome e dos outros colegas do grupo usando a Libras.
D. Depois, pesquise e faça um cartaz com as recomendações de como falar
com uma pessoa com deficiência auditiva. Se necessário, peça ajuda ao
professor.
9. Como é o sistema braille de escrita? Respostas na Resolução comentada.
10. Como você deve fazer para ajudar uma pessoa cega?
11. Que cuidados devemos ter para preservar a visão e a audição?
Comunique seu trabalho
Após pesquisar e conversar com os colegas, monte um relatório com as
respostas de seu grupo para cada questão da investigação. Apresente esse
relatório ao professor e aos colegas de classe. Vocês podem utilizar fotografias,
desenhos e recortes de revistas e jornais para ilustrar o relatório.
Ajude sua comunidade
Com colegas e professores, prepare uma campanha de conscientização
sobre as deficiências visual e auditiva e sobre como podemos usar a Libras e o
braille para nos comunicar com pessoas que têm essas deficiências. O seu grupo
pode fazer cartazes, gravar um vídeo, compor uma canção e também conversar
com seus familiares sobre o que aprendeu.
Resolução comentada
8585
9. O sistema de escrita Braille é baseado em 64 símbolos em relevo, que combinam até seis pontos
dispostos em duas colunas de três pontos cada.
10. Algumas recomendações são:
• Ao andar com uma pessoa cega, deixe que ela segure seu braço.
• Ao auxiliar a pessoa cega a atravessar a rua, pergunte-lhe antes se ela necessita de ajuda.
• Se ela estiver sozinha, identifique-se sempre ao se aproximar dela.
• Ao se afastar, avise-a para que ela não fique falando sozinha.
• Ao ajudá-la a sentar-se, coloque a mão da pessoa sobre o braço ou encosto da cadeira.
• Durante a refeição, pergunte-lhe se quer auxílio e informe quais alimentos estão no prato.
11. As campanhas de cuidados com a audição e visão recomendam:
• reduza o volume (intensidade sonora) até ouvir os sons do ambiente;
• retire seus fones auriculares
por 15 minutos a cada 45
minutos de uso;
• limpe seus fones auriculares
sempre e evite
compartilhá-los.
As campanhas de cuidados
com a saúde dos olhos
advertem:
• não passe as mãos nos
olhos;
• coçar os olhos com muita
força faz mal;
• colírios não devem ser
utilizados sem prescrição
médica;
• não é aconselhado comprar
óculos de grau sem
receita médica;
• o uso ininterrupto de
computador ou televisão
pode causar vista
cansada;
• faça acompanhamento e
consultas periódicas ao
oftalmologista.
As páginas da internet citadas
a seguir trazem dicas
importantes sobre como devemos
proceder para ajudar
pessoas cegas ou surdas.
As páginas abaixo podem
auxiliar a pesquisa dos alunos:
Disponível em: http://
www2.camara.leg.br/a-camara/programas-institucionais/inclusao-social-e-equidade/acessibilidade.
Acesso
em: 28 jul. 2021.
Disponível em: www.fundacaodorina.org.br/blog/
dia-mundial-da-visao. Acesso
em: 28 jul. 2021
Avaliação formativa
A realização das atividades
da seção Ciências em ação
exige bastante trabalho por
parte dos alunos; você vai
precisar auxiliar os grupos
na realização das pesquisas
e terá um rico material para
avaliá-los.
85
CONCLUSÃO DA UNIDADE 2
A ficha a seguir é um modelo que deve ser copiado e ampliado para que o avanço da aprendizagem dos alunos seja registrado
de modo claro e objetivo.
FICHA DE MONITORAMENTO DA APRENDIZAGEM
Objetivos Aluno 1 Aluno 2 Aluno 3 Aluno 4 Aluno 5
Capítulo 4 – Propriedades da luz P S I P S I P S I P S I P S I
1. Conhece aspectos da história das ciências e da tecnologia.
2. Conhece efeitos e propriedades da reflexão da luz em
diferentes superfícies.
3. Reconhece a trajetória retilínea de feixes luminosos.
4. Reconhece a importância da tecnologia para a inclusão de
pessoas com deficiência visual (braille).
5. Conhece os problemas de visão mais comuns.
Capítulo 5 – O som e a audição
6. Conscientizou-se da importância dos cuidados com a
saúde auditiva e visual.
7. Reconhece que a nossa audição depende da interação de
ondas sonoras (sons) com órgãos do sistema auditivo.
8. Reconhece a importância da língua brasileira de sinais
(Libras) para a inclusão de pessoas com deficiência auditiva.
9. Conhece algumas propriedades do som (intensidade e
altura).
10. Identifica o efeito vibratório das ondas sonoras.
P = Objetivo atingido plenamente S = Objetivo atingido satisfatoriamente I = Aproveitamento insatisfatório
A 85
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 3
DE OLHO NO CÉU E DE OLHO NA TERRA
QUADRO DE OBJETIVOS PEDAGÓGICOS
Conteúdos e habilidades da
BNCC associadas
Objetivo
Páginas
(numeração)
Pré-requisitos
Cap. 6 – O desenvolvimento da
Astronomia
1. Considerar que podemos obter informações sobre o Sistema
Solar por meio da observação do céu noturno.
89, 93 Leitura de imagens e
texto.
(EF03CI08) Observar, identificar e registrar os
períodos diários (dia e/ou noite) em que o Sol,
demais estrelas, Lua e planetas estão visíveis
no céu.
2. Conhecer as teorias sobre a posição do planeta Terra no
Universo.
90 a 92
3. Valorizar a história da Astronomia. 88 a 93
4. Reconhecer a importância dos equipamentos ópticos para o
desenvolvimento da Astronomia e outros campos da ciência.
92 e 93
Construção e
interpretação de
tabelas.
Seguir instruções para a
construção de modelos.
5. Representar o Sistema Solar por meio de um modelo em
escala.
94, 95 e 97
Cap. 7 – O planeta Terra
(EF03CI07) Identificar características da
Terra (como seu formato esférico, a presença
de água, solo etc.), com base na observação,
manipulação e comparação de diferentes
formas de representação do planeta (mapas,
globos, fotografias etc.).
6. Explorar diferentes formas de representação do planeta
Terra.
7. Reconhecer as características das camadas que formam o
planeta Terra.
8. Compreender como são formados os vulcões. 103
9. Identificar a crosta terrestre como a camada da Terra na qual
vivemos.
98 a 100 Interpretar modelos
representativos da
realidade.
101 a 105
Domínio básico da
escrita da língua
materna.
107 e 108
10. Construir modelo representativo das camadas que formam
o interior do planeta Terra.
109 e 110
Cap. 8 – Características do solo
(EF03CI09) Comparar diferentes amostras
de solo do entorno da escola com base em
características como cor, textura, cheiro,
tamanho das partículas, permeabilidade etc.
(EF03CI10) Identificar os diferentes usos
do solo (plantação e extração de materiais,
dentre outras possibilidades), reconhecendo a
importância do solo para a agricultura e para
a vida.
11. Compreender a origem e o processo de formação do solo. 112 a 115 Fazer comparações e
descrições de modelos
12. Comparar e descrever as características de diferentes tipos 112, 116 a 123
de solo.
científicos.
13. Valorizar e reconhecer a importância do solo para a
manutenção da vida.
14. Conscientizar-se de que muitas atividades humanas
podem poluir o solo.
15. Reconhecer a importância do solo para a produção de
alimentos.
124 a 126
127 a 131
130 e 131
16. Conscientizar-se dos riscos ambientais causados por
atividades mineradoras.
128 a 131
85 B
86
Habilidades
(EF03CI07) Identificar características
da Terra (como
seu formato esférico, a presença
de água, solo etc.),
com base na observação,
manipulação e comparação
de diferentes formas de representação
do planeta (mapas,
globos, fotografias etc.).
(EF03CI08) Observar, identificar
e registrar os períodos
diários (dia e/ou noite) em
que o Sol, demais estrelas,
Lua e planetas estão visíveis
no céu.
(EF03CI09) Comparar diferentes
amostras de solo do
entorno da escola com base
em características como cor,
textura, cheiro, tamanho das
partículas, permeabilidade
etc.
(EF03CI10) Identificar os
diferentes usos do solo (plantação
e extração de materiais,
dentre outras possibilidades),
reconhecendo a importância
do solo para a agricultura e
para a vida.
Apoio pedagógico
A unidade 3 aborda aspectos
históricos da Astronomia
e as camadas que compõem
o interior do planeta Terra.
Erupções vulcânicas e terremotos
estão relacionados
com a movimentação do material
que compõe o manto e
a crosta terrestre.
A composição da camada
superficial do solo varia de
uma região para outra. Assim,
o teor de componentes sólidos,
como a quantidade de
areia, argila e de diferentes
minerais, caracteriza a cor,
a textura, o cheiro e a permeabilidade
dos solos. A
produção agrícola depende
da fertilidade do solo, a qual
é determinada por diversos
fatores, entre eles a quantidade
de matéria orgânica em
3
DE
decomposição, a presença de
minerais essenciais absorvíveis
pelas raízes e a disponibilidade
de água.
OLHO NO
CÉU E DE OLHO
NA TERRA
SUNTI/SHUTTERSTOCK
Sugestão de
encaminhamento
Faça a leitura da imagem
com os alunos e chame a
atenção para o que é visto
nesse céu noturno. As condições
para a observação
do Universo são favorecidas
quando a Lua não está visível,
não há luz artificial no
entorno dos observadores e
há pouca umidade na atmosfera
(céu sem nuvens visíveis),
como nesta imagem.
Conte aos alunos o quanto
o conhecimento sobre o
Universo foi ampliado desde
que os instrumentos ópticos,
como lunetas e telescópios,
foram direcionados para o
espaço. A tecnologia desenvolvida
na segunda metade
do século passado permitiu
a produção de satélites artificiais
que carregam potentes
telescópios capazes de obter
informações da Via Láctea e
de outras galáxias.
PARA EXPLORAR
Respostas na Resolução comentada.
1. Descreva o que você vê na imagem.
2. Você tem o costume de observar o céu?
3. Na imagem, qual instrumento está sendo utilizado pelos jovens
para observar o céu?
Resolução comentada
1. Resposta pessoal.
2. Resposta pessoal. Nesse momento, a descrição dos alunos pode ser mais ou menos elaborada,
a depender do conhecimentoque já possuem.
3. Os jovens estão usando um telescópio.
87
Habilidade
(EF03CI08) Observar, identificar
e registrar os períodos
diários (dia e/ou noite) em
que o Sol, demais estrelas,
Lua e planetas estão visíveis
no céu.
Objetivos
• Considerar que podemos
obter informações sobre
o Sistema Solar por meio
da observação do céu
noturno.
• Conhecer as teorias sobre
a posição do planeta Terra
no Universo.
• Valorizar a história da
Astronomia.
• Representar o Sistema Solar
por meio de um modelo em
escala.
• Reconhecer a importância
dos equipamentos ópticos
para o desenvolvimento da
Astronomia e outros campos
da ciência.
Apoio pedagógico
As páginas 89 a 95 correspondem
à unidade didática
do capítulo 6. Os temas
tratados são: história da
Astronomia, teorias heliocêntrica
e geocêntrica e a
construção de um modelo
de Sistema Solar.
Sugestão de
encaminhamento
Nesse capítulo, vamos trabalhar
o desenvolvimento do
conhecimento astronômico
no decorrer dos séculos.
Oriente os alunos a lerem
o texto da seção Curiosidade
silenciosamente. Em seguida,
você pode fazer algumas
perguntas para avaliar a
compreensão textual deles,
sobretudo no que diz respeito
à capacidade de retirar informações
explícitas de textos,
tais como:
88
6
As primeiras observações do material
que existe no espaço foram feitas aqui na Terra
mesmo.
Foram analisados meteoritos, que são
pedaços de corpos sólidos do Sistema Solar,
como planetas, a Lua, cometas, asteroides, entre
outros. Os meteoritos atravessam a atmosfera
terrestre e chegam até a superfície do nosso
planeta.
A análise desse material nos dá informações
sobre os corpos celestes que formam o Sistema
Solar, como os planetas Marte e Vênus.
CURIOSIDADE
• Onde o meteorito Bendegó
foi descoberto?
• Quem ordenou que o meteorito
fosse transportado
para o Rio de Janeiro?
• O incêndio do Museu
Nacional em 2018 destruiu
o meteorito que estava lá
exposto?
O desenvolvimento
da Astronomia
O maior meteorito encontrado no Brasil
Conhecido como Bendegó (região da
Bahia), o maior meteorito encontrado no Brasil
foi descoberto em 1784 em Monte Santo, no
sertão da Bahia, e transportado para o Rio de
Janeiro em 1888, por ordem do imperador
Pedro II. O Bendegó tem mais de 5 mil quilos
e é formado predominantemente por dois
metais: o ferro e o níquel.
Hoba é o maior meteorito já encontrado.
Com mais de 60 mil quilos, ele está na
Namíbia, África.
Meteorito Bendegó – Museu Nacional do
Rio de Janeiro (RJ), 2015.
Exposto na entrada do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (URFJ), o Bendegó resistiu ao incêndio que atingiu o museu em 2018. Por
dificuldades técnicas, o meteorito não foi retirado do local.
CELSO PUPO/FOTOARENA
FABIO LAMANNA/SHUTTERSTOCK
88
O céu de antigamente
Durante muito tempo, os estudos sobre os planetas e as estrelas foram feitos de
forma indireta, pois não tínhamos como ir até os astros para realizar os experimentos e
as análises que gostaríamos.
Atualmente são enviadas sondas que coletam grande quantidade de informações
diretamente dos astros estudados.
Mas, durante milhares de anos, o ser humano examinou o céu à distância, daqui
da Terra, e, dessa forma, analisou o
movimento das estrelas, do Sol, da Lua e
dos planetas.
Por que a Lua muda de forma com
o passar dos dias? Como os astros se
formaram? Como a Terra se originou?
Quantos planetas existem? Poderemos,
um dia, viajar no espaço? Existe vida
em outros planetas? Algumas dessas
questões foram respondidas pela ciência
e outras continuam sem resposta.
Os nossos olhos foram os primeiros
“instrumentos” utilizados para observar
o espaço. Baseando-se na interpretação
do que era visto no céu, surgiram
as primeiras teorias e explicações
astronômicas.
Além da observação, os registros
e as discussões das ideias propostas
também foram importantes para
a criação de explicações sobre os
Registro antigo de estudioso realizando medições no céu.
fenômenos vistos no céu.
TROCANDO IDEIAS
1. Espera-se que os alunos digam que observam nuvens, chuva, o Sol e, às vezes, a Lua.
Converse com alguns colegas e respondam às perguntas a seguir:
1. O que você observa quando olha o céu durante o dia?
2. E à noite? O que você observa quando olha o céu?
Espera-se que respondam a Lua, as estrelas, nuvens e chuva.
89
HEIN NOUWENS/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
As explicações e teorias a
respeito do Universo ocorreram
com a contribuição de
muitos pensadores, desde
o Egito Antigo até os dias
atuais.
A valorização do trabalho
dos cientistas do passado e
do presente permite que os
alunos compreendam que
o conhecimento científico é
construído por muitos pesquisadores
que vivem em
diferentes regiões e em diferentes
contextos históricos.
Um marco desse processo é
a discussão de teorias conflitantes,
como o geocentrismo
e o heliocentrismo.
O conhecimento tecnológico,
abordado nesse capítulo
– produção de instrumentos
ópticos, como luneta e telescópio
–, também foi importante
na geração de explicações
sobre as características
do Universo.
Sugestão de
encaminhamento
Após a discussão em pequenos
grupos, com as questões
do Trocando ideias, você
pode sugerir que um aluno de
cada grupo compartilhe com
toda a classe as respostas das
atividades 1 e 2. Observe se
eles são capazes de recuperar
as principais ideias discutidas
e incentive os membros do
mesmo grupo a completarem
a fala dos colegas, caso
necessário.
89
Habilidade
(EF03CI08) Observar, identificar
e registrar os períodos
diários (dia e/ou noite) em
que o Sol, demais estrelas,
Lua e planetas estão visíveis
no céu.
A Astronomia na Antiguidade
As primeiras explicações sobre o funcionamento do Universo se apoiaram nos
registros de observações dos movimentos do Sol, da Lua, das estrelas e dos planetas.
DRONE EXPLORER/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
O estudo dos astros começou
em épocas remotas. Ao
contemplar o céu extremamente
estrelado, alguns começaram
a levantar questões
interessantes, motivados pela
curiosidade, como: o que é
o Universo? Qual é o seu tamanho?
Que posição o nosso
planeta ocupa nele? Há vida
em outros planetas?
A busca por respostas sobre
o que acontece no céu produziu
teorias para explicar
as observações registradas
pelos primeiros astrônomos.
Hoje, a Astronomia faz parte
da nossa vida diária. A sucessão
do dia e da noite, as
estações do ano, as fases da
Lua, a contagem de tempo, a
energia do Sol que sustenta
a vida na Terra são fenômenos
e processos diretamente
ligados ao conhecimento
astronômico.
Stonehenge é um monumento com mais de 4 mil anos, provavelmente usado para observações astronômicas,
localizado na Inglaterra.
Um dos mais importantes
astrônomos da Antiguidade foi Claudio
Ptolomeu. Ele viveu na Grécia e no Egito
há mais de 1 900 anos. Na sua obra mais
importante, composta por 13 livros, ele
defendeu a teoria de que o planeta
Terra ocuparia o centro do Universo e
que os outros planetas, a Lua e o Sol
giravam em torno da Terra. Essa teoria
é conhecida como Geocentrismo e foi
amplamente aceita até o século 17.
A teoria do geocentrismo de
Ptolomeu foi construída com base nas
propostas feitas por vários astrônomos
sobre os movimentos dos astros no céu
e em cálculos matemáticos.
90
Teoria: a teoria científica é uma explicação que descreve
uma série de fenômenos com base em observações e/ou
experimentações. Muitas teorias científicas se baseiam
em cálculos matemáticos.
Claudio Ptolomeu (100 d.C.-168 d.C.) foi um importante
astrônomo grego.
THEODOR DE BRY/DOMÍNIO PÚBLICO
90
Interpretando a teoria
geocêntrica
Segundo a teoria
geocêntrica, a Terra estaria
parada no centro do Universo
e os astros girariam ao
redor dela. Na época, eram
conhecidos apenas a Lua, o
Sol, Vênus, Marte e Saturno. O
astro mais próximo da Terra
seria a Lua, e o mais distante
seria Saturno. O Sol estaria
entre Vênus e Marte, sendo
considerado um planeta.
Hoje sabemos que o Sol e
a Lua não são planetas. A Lua
é o satélite natural da Terra e
o Sol é a estrela mais próxima
do nosso planeta.
Terra
Posição do planeta Terra, da Lua, do Sol e do restante dos planetas do
Sistema Solar, conhecidos até então, segundo a teoria geocêntrica.
Sol
Vênus
Lua
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
Marte
Saturno
VICTOR B./ M10
Sugestão de
encaminhamento
Durante a discussão em pequenos
grupos, sugerida na
seção Trocando ideias, você
pode circular pela classe e observar
se os alunos respeitam
os turnos de fala, comunicam-
-se em tom de voz audível e
em ritmo adequado. Se necessário,
intervenha nas discussões
chamando atenção
para aspectos relacionados
à oralidade.
TROCANDO IDEIAS
Converse com alguns colegas. Por que o Sol é considerado uma estrela?
O Sol é considerado pela ciência uma estrela porque ele tem luz própria (emite luz).
Novas observações, nova teoria
No século 16, alguns pensadores
passaram a questionar a teoria
geocêntrica. O astrônomo polonês
Nicolau Copérnico (1473-1543) foi
um deles.
Em 1543, ano da morte de
Copérnico, foi publicado seu livro com
a teoria heliocêntrica. De acordo com
essa teoria, o Sol está no centro do
Universo e os planetas giram ao
redor dele.
Estátua de Nicolau Copérnico na Polônia.
91
ALBIN MARCINIAK/SHUTTERSTOCK
91
Habilidade
(EF03CI08) Observar, identificar
e registrar os períodos
diários (dia e/ou noite) em
que o Sol, demais estrelas,
Lua e planetas estão visíveis
no céu.
Apoio pedagógico
Afirmações e expressões
que usamos no dia a dia,
como “O Sol nasce...” ou “O Sol
se põe...”, induzem a concordarmos
com os antigos astrônomos
que diziam que a Terra
permanecia imóvel no espaço
e o Sol girava, todos os dias,
ao seu redor. Hoje, adota-se
uma explicação diferente,
embora os nossos sentidos
nos deem a impressão de que
são o céu, o Sol e as demais
estrelas que giram ao redor
da Terra.
É importante tomarmos
consciência de que a explicação
científica implica em
imaginarmos que o observador
está no espaço, fora do
nosso planeta. Sem dúvida,
essa condição se constitui em
uma dificuldade para muitos
alunos. É comum encontrarmos
estudantes que, ao explicar
o ciclo dia/noite, dizem
“o Sol dá uma volta ao redor
da Terra uma vez ao dia”. Essa
explicação considera o que
é mais evidente, ou seja, o
movimento aparente do Sol.
Outros astrônomos também foram
importantes para o desenvolvimento
da Astronomia. Entre eles está o italiano
Galileu Galilei (1564-1642).
Galileu ficou sabendo da criação de
um inventor holandês, uma luneta simples
construída com tubos e lentes usada
pelos militares para observar o inimigo à
distância, e percebeu que poderia utilizar a
invenção para realizar seus estudos.
Em 1609, Galileu construiu seu
primeiro telescópio usando a luneta como
modelo. Nos anos seguintes, ele melhorou
esse equipamento, que revolucionou a
Astronomia.
Galileu usou o telescópio como
instrumento para observar a Lua e os seis
planetas que eram conhecidos naquela
época.
Por meio de suas observações, Galileu
derrubou uma série de crenças e abriu
caminho para que outros astrônomos
questionassem a teoria geocêntrica.
Hoje, nós sabemos que o Sol não está
parado e que o Sistema Solar é formado
por oito planetas: Mercúrio, Vênus, Terra,
Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
CIÊNCIAS
92
FILME
• Geocentrismo x heliocentrismo
Estátua de Galileu Galilei na Itália e a representação da
luneta que ele construiu em 1609.
Vídeo que apresenta as diferenças entre os modelos de Ptolomeu e de Copérnico
(geocentrismo e heliocentrismo).
Disponível em: https://memoria.ebc.com.br/infantil/voce-sabia/2016/01/voce-conheceteorias-do-geocentrismo-e-heliocentrismo.
Acesso em: 11 jun. 2021.
Vênus
Lua
Terra
Sol
Mercúrio
Na época de Copérnico, eram conhecidos apenas seis
planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter e
Saturno.
ARTUR BALYTSKYI/SHUTTERSTOCK
Júpiter
Marte
Saturno
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
VICTOR B./ M10
ILIA BAKSHEEV/SHUTTERSTOCK
Sugestão de
encaminhamento
A construção de modelos
do Sistema Solar e o uso de
simuladores ajudam os alunos
a se apropriar da concepção
que os cientistas têm do
espaço. Por isso, sugerimos
que você consulte os links a
seguir. Eles simulam os movimentos
dos astros de acordo
com as teorias geocêntrica e
heliocêntrica.
Simulador: heliocentrismo.
Disponível em: https://phet.
colorado.edu/sims/html/gravity-and-orbits/latest/gravity-and-orbits_pt_BR.html.
Acesso em: 28 jul. 2021.
Simulador: geocentrismo.
Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=-JU-
KIyjOX3Q. Acesso em: 28 jul.
2021.
Atividade complementar
Exiba para os alunos o vídeo que descreve de maneira
clara as teorias de Ptolomeu e de Copérnico, indicado na
seção Ciências +. Ao final, o vídeo cita 3 grandes astrônomos
que viveram entre os séculos 16 e 17: Tycho Brahe,
Galileu Galilei e Johannes Kepler.
92
CURIOSIDADE
A Via Láctea
O Universo é composto por uma
enorme quantidade de galáxias, ou
seja, por agrupamentos de estrelas,
gases, planetas e poeira interestelar.
O Sistema Solar está na Via Láctea,
uma galáxia repleta de planetas fora
do nosso próprio sistema.
Quando o céu à noite está
limpo e há pouca luz artificial, é
possível observar uma parte da
Via Láctea como uma grande faixa
esbranquiçada (lactae, palavra
latina que significa “algo leitoso”).
Com o avanço do conhecimento
astronômico, sabemos hoje que o
Sol gira em torno do centro da Via
Láctea e demora aproximadamente
200 milhões de anos para completar
uma volta ao seu redor. Assim,
ao contrário do que defendia
Copérnico, o Sol não está parado e
nem é o centro do Universo, já que
o Sistema Solar é apenas um dos
sistemas planetários de uma das
muitas galáxias existentes.
TROCANDO IDEIAS
Resolução comentada
Ilustração da Via Láctea no espaço.
Parte da Via Láctea vista no céu no Parque Nacional do
Vale da Morte, nos Estados Unidos.
Converse com alguns colegas sobre a afirmação a seguir.
“As estrelas brilham somente durante a noite.”
Respostas na Resolução
• Você concorda com essa afirmação? Justifique.
comentada.
Espera-se que os alunos discordem da afirmação proposta na seção Trocando ideias.
Resposta esperada: as estrelas brilham o tempo todo, de dia e de noite. Não conseguimos enxergá-las
de dia porque o brilho da estrela mais próxima da Terra, o Sol, não nos deixa perceber o
brilho das estrelas mais distantes.
ASIF ISLAM/SHUTTERSTOCK ALEX MIT/SHUTTERSTOCK
93
Sugestão de
encaminhamento
Peça aos alunos que leiam
o texto da seção Curiosidade
silenciosamente e, em seguida,
leia-o com a classe. Você
pode avaliar a capacidade dos
alunos em retirar informações
explícitas do texto por meio
de perguntas como:
• O que são galáxias?
• Quantos anos, aproximadamente,
o Sol demora para
completar uma volta em
torno da Via Láctea?
Além disso você pode fazer
perguntas que estimulem a
realização de inferências diretas,
como:
• Por que a Via Láctea não é
facilmente observada no
céu noturno em regiões
urbanas?
Não há, no texto, nenhuma
menção explícita às regiões
urbanas. Espera-se que, apropriando-se
da informação de
que é possível observar a Via
Láctea quando há pouca luz
artificial, os alunos infiram
que tais regiões, por terem
intensa iluminação artificial,
não permitem que se observe
a Via Láctea com facilidade.
Apoio pedagógico
Observe se os alunos são
capazes de mobilizar conhecimentos
científicos na construção
de justificativas que sustentem
a discordância com a
afirmação proposta. Incentive
o diálogo em pequenos grupos
e com toda a classe, pois
a discussão vai permitir que o
repertório de cada aluno seja
compartilhado na construção
dessa justificativa, favorecendo
a superação de dificuldades
individuais.
93
MÃOS À OBRA
Habilidade
(EF03CI08) Observar, identificar
e registrar os períodos
diários (dia e/ou noite) em
que o Sol, demais estrelas,
Lua e planetas estão visíveis
no céu.
Atividade
preparatória
Providencie antecipadamente
os materiais coletivos
(para toda a classe) que serão
utilizados na construção do
modelo do Sistema Solar. Um
rolo de barbante, fitas adesivas
coloridas (ou clipes),
trena ou fita métrica podem
ser compartilhados. Com
isso, evita-se o desperdício
de material.
Apoio pedagógico
Modelos desta natureza são
muito importantes para compreender
as reais dimensões
astronômicas.
Devem-se respeitar as distâncias
relativas dos planetas
na construção do modelo a
fim de evitar problemas de
entendimento. Ao construir
um modelo usando distâncias
relativas proporcionais entre
os planetas, os alunos perceberão
que as representações
do Sistema Solar existentes
nas figuras de livros, as quais
costumam mostrar todos os
planetas no mesmo campo
de visão, não estão em escala.
Essa representação, quando
utilizada, deve deixar claro
para o leitor que é apenas
um recurso didático para sequenciar
os planetas, ou seja,
as distâncias e os tamanhos
relativos dos planetas não são
proporcionais.
94
Construção de modelo do Sistema Solar
Quando estudamos o Sistema Solar, muitas vezes vemos o Sol e os planetas
formando uma linha, mas essa imagem está muito longe da realidade.
Nesta atividade, vamos construir um modelo de Sistema Solar respeitando as
distâncias médias dos planetas até o Sol.
Materiais
• barbante de 6 metros (de preferência grosso, para esticar sem arrebentar);
• clipes coloridos ou fitas adesivas coloridas;
• régua ou trena métrica;
• cartolina;
• lápis de cor ou giz de cera;
• cola em bastão;
• tesoura de pontas arredondadas.
Como fazer
A. Com a ajuda do professor, forme um grupo com até seis estudantes.
B. Na tabela abaixo, temos as distâncias médias dos planetas ao Sol e as
mesmas distâncias na escala que usaremos para construir nosso modelo.
Para determinar essa escala, adotamos que 10 milhões de quilômetros (km)
equivalem a 1 centímetro (cm).
Tabela com as distâncias médias dos planetas ao Sol
Astro Distância média ao Sol (km) Distância na escala adotada (cm)
Sol 0 0
Mercúrio 57 910 000 5,8
Vênus 108 200 000 10,8
Terra 149 600 000 15,0
Marte 227 940 000 22,8
Júpiter 778 330 000 77,8
Saturno 1 429 400 000 142,9
Urano 2 870 990 000 287,1
Netuno 4 504 300 000 450,4
Fonte dos dados: http://planetario.ufsc.br/o-sistema-solar/. Acesso em: 11 jun. 2021.
94
C. Dê um nó na ponta do barbante.
Esse nó representa o Sol.
D. Usando a régua, meça as
distâncias de cada um dos
planetas na escala adotada.
Marque cada distância usando um
clipe colorido.
E. Utilize as circunferências da
página 139 para desenhar os
planetas do Sistema Solar.
F. Recorte os planetas, cole-os
na cartolina, pinte-os e depois
recorte-os novamente e
prenda-os no barbante
utilizando os clipes que
determinam a distância entre
eles e o Sol.
G. Estique o modelo construído
no pátio da escola e compare
com o que os outros grupos
fizeram.
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
estimuladas na medida em
que os alunos têm de trabalhar
coletivamente; ouvir, respeitar
e colaborar na construção
de ideias e argumentos; e
planejar ações coletivas para
executar os procedimentos
de construção do modelo.
Sugestão de
encaminhamento
Ajude os alunos a interpretar
as unidades de distância
adotadas na escala, estabelecendo
relação com conceitos
matemáticos. Cada centímetro
do barbante representa
uma distância fora dos padrões
usados no cotidiano
(10 milhões de km).
Explique que 5,8 cm do
barbante representam a distância
entre o Sol e Mercúrio,
o planeta mais próximo do
Sol. E que 450 cm de barbante
correspondem a 4,5 metros.
Nesta atividade, os alunos
desenvolvem a seguinte habilidade:
uso de instrumentos
de medida de distância
(comprimento), como réguas,
trenas, fita métricas e outros.
95
Apoio pedagógico
Nesta atividade, são trabalhadas
habilidades como:
elaboração de modelos que
representem entidades e
objetos visíveis, porém inalcançáveis;
organização e
identificação de informações
necessárias para construir
modelos e conhecimentos
científicos.
Além disso, habilidades
socioemocionais são
Avaliação formativa
Utilize o processo de construção
do modelo da seção
Mãos à obra como avaliação
desta unidade didática. Além
da destreza manual, os alunos
aprendem a usar um instrumento
de medida e desenvolvem
relações socioemocionais.
Ao final da atividade,
organize uma roda de conversa
para que os grupos compartilhem
os modelos construídos
e exponham o que
aprenderam neste capítulo.
Você pode fazer perguntas
como: Como podemos explicar
a teoria geocêntrica? E a
heliocêntrica?
Peça que representem, utilizando
o modelo construído,
a teoria heliocêntrica.
95
Habilidade
(EF03CI08) Observar, identificar
e registrar os períodos
diários (dia e/ou noite) em
que o Sol, demais estrelas,
Lua e planetas estão visíveis
no céu.
ATIVIDADES
1. Associe corretamente as duas colunas.
Centro do Universo na teoria
geocêntrica.
Planeta mais próximo do Sol.
Mercúrio
Sol
Galáxia na qual se encontra
o Sistema Solar.
Terra
Centro do Universo na teoria
heliocêntrica.
Via Láctea
2. Em sua opinião, por que os primeiros astrônomos acreditavam que a Terra estava fixa no
centro do Universo e os astros giravam ao redor dela?
Os primeiros astrônomos observaram o movimento aparente dos astros e, por isso,
concluíram que a Terra estava fixa enquanto os astros se movimentavam ao redor dela.
3. Encontre no diagrama abaixo o nome do instrumento construído por Galileu Galilei
que revolucionou a Astronomia, dois planetas do Sistema Solar e o nome de dois
astrônomos. Telescópio, luneta, Netuno, Terra, Ptolomeu e Copérnico.
T E R R A H L U N E T A
U N E R O U M L G F D S
T E L E S C Ó P I O T R
G H O P T O L O M E U T
A C O P É R N I C O I O
A S E I N H N E T U N O
96
Resolução comentada
As atividades permitem que os alunos relacionem explicações que os antigos astrônomos davam
para o movimento cíclico do dia/noite. É importante os alunos perceberem que, apesar da
aparência, o Sol não gira ao redor da Terra. A atividade 3 apresenta instrumentos e estudiosos que
ajudaram a desenvolver a Astronomia.
96
4. Recorte os planetas da página 141 e cole-os no esquema a seguir de acordo com a
posição de cada um deles no modelo heliocêntrico do Sistema Solar.
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
VICTOR B./ M10
Sugestão de
acompanhamento
Oriente os alunos a recortarem
as imagens dos planetas
que estão na página 141 do
material.
Explique que os planetas
não estão representados segundo
seu tamanho relativo
(não estão em escala). Porém,
as ilustrações indicam quais
são os planetas maiores e
quais são os menores. Podese
perceber que os planetas
gasosos (Júpiter, Saturno,
Urano e Netuno) são maiores
do que os planetas rochosos
(Mercúrio, Vênus, Terra e
Marte).
97
97
Habilidade
(EF03CI07) Identificar características
da Terra (como
seu formato esférico, a presença
de água, solo etc.),
com base na observação,
manipulação e comparação
de diferentes formas de representação
do planeta (mapas,
globos, fotografias etc.).
Objetivos
• Explorar diferentes formas
de representação do planeta
Terra.
• Reconhecer as características
das camadas que formam
o planeta Terra.
• Compreender como são
formados os vulcões.
• Identificar a crosta terrestre
como a camada da Terra na
qual vivemos.
• Construir modelo representativo
das camadas que formam
o interior do planeta
Terra.
7
Enquanto os astrônomos olham para o céu e procuram
explicações para o movimento dos astros, os geólogos
olham para baixo, procurando explicar como é o interior do
nosso planeta.
TROCANDO IDEIAS
O planeta Terra
Geólogo: profissional que
estuda o solo e as rochas.
Você já viu como é a Terra vista do espaço. A camada superficial dela
é formada por mares e continentes. E o interior do planeta? Você já se
perguntou do que ele é feito?
• Converse com um colega e façam um desenho de como vocês imaginam
o centro da Terra.
Produção pessoal.
Apoio pedagógico
As páginas 98 a 105 formam
uma unidade didática.
Os conteúdos abordados são
a formação de vulcões, a estrutura
da crosta terrestre e
a movimentação do magma
que forma o manto.
Não é possível chegar fisicamente
ao centro do nosso
planeta, mas podemos investigar
indiretamente a sua
composição, a temperatura, a
densidade, o estado físico da
matéria etc. A seção Trocando
ideias instiga a criatividade dos
alunos. Muitos já imaginaram
o que poderiam encontrar nas
profundezas da Terra.
Sugestão de
encaminhamento
Permita que os alunos
exercitem livremente o pensamento
e imaginem os materiais
que “existem” a muitos
O desenho que vocês fizeram é uma representação de como imaginam
ser o interior do planeta. Ilustrações desse tipo feitas com base na realidade são
importantes para a divulgação e o debate de ideias e explicações.
98
quilômetros abaixo dos nossos
pés. Há muito tempo o
ser humano especula sobre
esse tema. Você pode solicitar
que os alunos descrevam
o que desenharam para
a classe e digam qual foi a
fonte de inspiração criativa.
98
JORNADA DO SABER
Formas de representar o planeta Terra
Podemos representar a Terra de diversas formas.
Para termos uma imagem do planeta, utilizamos fotos tiradas do espaço.
Imagem do planeta Terra visto do espaço.
As fotos do planeta podem nos mostrar fenômenos climáticos, como
furacões, ou nos dar informações sobre como os seres humanos alteram a
paisagem do planeta.
Furacão Florence visto do espaço em setembro
de 2018.
ELROCE/SHUTTERSTOCK
América do Sul vista do espaço à noite, mostrando as
luzes emitidas pelas grandes cidades.
ALI ENDER BIRER/SHUTTERSTOCK
99
NASA IMAGES/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
No final do século XIX, Julio
Verne, escritor francês considerado
o inventor do gênero
“ficção científica”, imaginou
uma Viagem ao centro da
Terra. Esse é o título de um
dos seus famosos livros de
ficção, lançado em 1864. A
história de Julio Verne foi filmada
pela primeira vez em
1959 e regravada em 2008.
Essa história serviu de inspiração
para outros filmes e
animações.
Talvez os alunos incluam
em seus desenhos referências
a histórias animadas que
exploram a curiosidade que
temos em relação ao que há
no interior do planeta.
No decorrer do capítulo,
dúvidas sobre a composição
da crosta terrestre e das
camadas mais profundas da
Terra serão esclarecidas.
Sugestão de
encaminhamento
Leia o texto da seção
Jornada do saber em conjunto
com os alunos e explore a
relação das informações escritas
com as imagens correspondentes.
Aproveite a oportunidade
para discutir com a
turma a função das imagens
nesse texto, o que favorecerá
que eles desenvolvam a habilidade
de avaliar diferentes
elementos textuais.
99
Habilidade
(EF03CI07) Identificar características
da Terra (como
seu formato esférico, a presença
de água, solo etc.),
com base na observação,
manipulação e comparação
de diferentes formas de representação
do planeta (mapas,
globos, fotografias etc.).
Apesar de as fotos nos mostrarem imagens
do planeta, muitas vezes precisamos representar
a Terra com informações, classificações
estabelecidas por diferentes áreas do
conhecimento.
Uma forma de representar o planeta Terra é
por meio do globo terrestre.
Outra forma de representar o planeta é por
meio de mapas.
Os mapas podem apresentar diferentes
informações sobre o planeta.
Globo terrestre.
S-F/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Existem muitos tipos de
mapas: os que representam
o relevo das regiões, os que
representam as redes fluviais,
os que mostram as jazidas
minerais, os que mostram os
biomas de uma região etc.
Os mapas são representações
importantes para muitas
áreas do conhecimento,
como Geografia, Economia,
Política, Biologia, História etc.
Sugestão de
encaminhamento
Oriente os alunos na interpretação
dos mapas representados.
Diga a eles que
cada mapa tem um propósito,
isto é, ressalta algum
aspecto do planeta. A imagem
da Terra vista do espaço
mostra a forma do planeta e
a movimentação das nuvens
(correntes de ar); o globo indica
a posição dos países, as
fronteiras e a localização dos
oceanos; o mapa histórico é
importante para entender as
mudanças políticas que ocorreram
durante a história; o
mapa-múndi é uma projeção
do globo terrestre no plano
(planisfério).
100
O mapa político representa os países existentes no
planeta.
Resolução comentada
O objetivo de fazer a atividade proposta em duplas é para que os alunos, juntos, usem a memória
para representar a rua da escola. Detalhes como a posição relativa de árvores, arbustos, praças,
canteiros, construções etc. poderão aparecer nos desenhos.
É provável que as duplas optem por fazer uma representação plana dos arredores da escola,
como as que existem nos aplicativos de localização de ruas em uma cidade. A comparação dos
“mapas” sugerida na atividade não tem a função de escolher o melhor deles, mas de valorizar o
detalhamento dos elementos representativos da realidade.
ALEXANDRE R./ M10
O mapa do clima mostra as diferentes zonas climáticas
do planeta.
Para entender um mapa do nosso planeta, é necessário saber o que ele está
representando. Por exemplo, o mapa político indica a divisão dos países no globo.
Lembre-se de que os mapas e as maquetes são modelos que representam
aspectos da realidade e nos ajudam a compreender melhor o mundo.
Um mapa pode representar uma região bem pequena – por exemplo, o seu
bairro ou a sua rua.
• Forme uma dupla com um colega e desenhe no caderno um mapa para
representar a rua da escola. Depois, compare o desenho feito com o das outras
duplas e veja quem conseguiu fazer o mapa que melhor representa a realidade.
Resposta na Resolução comentada.
ALEXANDRE R./ M10
100
O interior do planeta Terra
A Terra é envolvida por uma mistura de
gases chamada de atmosfera.
Entre os gases que formam a atmosfera
encontram-se o gás nitrogênio, o gás
oxigênio, o gás carbônico e o vapor de
água. A atmosfera terrestre protege o
planeta contra a radiação vinda do espaço e
impede grandes variações de temperatura
na superfície do planeta.
Sem a atmosfera, a vida como
conhecemos não seria possível.
A superfície terrestre é composta de
terras emersas e oceanos.
VICTOR B./ M10
A atmosfera terrestre envolve todo o planeta.
Terras emersas: aquelas que se encontram acima do
nível do mar.
A atmosfera e a superfície terrestre formam apenas uma pequena parte do
planeta; a maior parte está no seu interior.
Como você faria para conhecer o interior da Terra?
Uma forma seria fazer um buraco bem fundo, tirar amostras e estudar o material.
Mas essa técnica não é tão simples. O furo mais profundo já feito até hoje para estudar
os materiais presentes na camada superficial da Terra foi feito na Rússia e chegou a
12 quilômetros.
O planeta Terra é formado por três camadas com características diferentes: a
crosta terrestre, o manto (superior e inferior) e o núcleo (externo e interno).
crosta terrestre
manto superior
manto inferior
núcleo externo
núcleo interno
Estrutura interna da Terra.
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
101
SONG_ABOUT_SUMMER/SHUTTERSTOCK
Atividade
complementar
Você pode usar elementos
do texto a seguir para
enriquecer a aula e esclarecer
possíveis perguntas dos
alunos.
A crosta terrestre
[...]
A crosta é porção externa da
Terra, a mais delgada de suas
camadas e a que conhecemos
melhor. Ela é tão fina em relação
ao restante do planeta que
pode ser comparada à casca de
uma maçã em relação à maçã
inteira.
Embora seja composta de
material rochoso, portanto
sólido e aparentemente de
grande resistência, é, na verdade,
muito frágil.
Sua espessura é variável,
sendo maior onde há grandes
montanhas e menor nas fossas
oceânicas. Sob os oceanos, a
crosta costuma ter cerca de
7 km de espessura; sob os continentes,
ela chega a 40 km em
média. As espessuras extremas
estão em 5 e 70 quilômetros.
[...]
A crosta continental é formada
essencialmente de silicatos
aluminosos (por isso era antigamente
chamada de sial) e
tem uma composição global
semelhante à do granito. Mede
25 a 50 km de espessura e as
ondas sísmicas primárias nela
propagam-se a 5,5 km/s.
A crosta oceânica é composta
essencialmente de basalto,
formada por silicatos magnesianos
(por isso antigamente
chamada de sima). Tem 5 a
10 km de espessura e é mais
densa que a crosta continental
por conter mais ferro. As ondas
sísmicas têm nela velocidade
de 7 km/s.
Pércio de Moraes Branco.
Estrutura interna da Terra.
Serviço geológico do Brasil,
4 maio 2015. Disponível em:
www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/
Rede-de-Bibliotecas---Rede-
Ametista/Canal-Escola/
Estrutura-Interna-da-
Terra-1266.html. Acesso em:
11 ago. 2021.
101
Habilidade
(EF03CI07) Identificar características
da Terra (como
seu formato esférico, a presença
de água, solo etc.),
com base na observação,
manipulação e comparação
de diferentes formas de representação
do planeta (mapas,
globos, fotografias etc.).
Sugestão de
encaminhamento
Peça aos alunos que analisem
a ilustração da crosta
terrestre e descrevam o que
conseguem identificar nela.
Explore as sugestões que
surgirem e conduza a aula
evidenciando os detalhes
perceptíveis, como o vulcão
no fundo do mar, a espessura
da crosta representada e
a coloração do material que
forma o manto.
A crosta terrestre
A camada dura e superficial da Terra é chamada de crosta terrestre e tem
profundidade variável de 5 a 70 quilômetros.
A crosta é formada por placas que se movimentam acima do manto.
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
crosta oceânica
crosta continental
Há dois tipos de crosta: a oceânica, que se localiza no fundo dos oceanos, e a continental, que forma os continentes.
A crosta oceânica é mais fina que a continental.
VICTOR B./ M10
crosta
manto
Todos os seres vivos habitam a superfície da crosta.
Abaixo da crosta terrestre existem mais duas camadas: o manto e o núcleo.
O manto
O manto é uma camada espessa, formada por material
pastoso.
As temperaturas no manto podem variar de 100 ºC a 4 000 ºC.
Nessas condições, as rochas derretem, formando o magma.
102
Pastoso: que tem
consistência viscosa.
102
CURIOSIDADE
Formação de um vulcão
O magma do manto pode atingir a superfície do
planeta por meio dos vulcões ativos. Em algumas regiões
do nosso planeta, há vulcões que podem entrar em erupção
e expulsar material formado por rochas derretidas. Quando
atinge a superfície, esse material é chamado de lava.
1
3
crosta terrestre
abertura
magma derretido
mais lava
quente é expelida
Movimento do manto
superfície
da Terra
Os estudos da lava dos vulcões e das ondas
produzidas pela movimentação de partes da
crosta terrestre permitiram aos cientistas entender
a composição e as características do manto.
Como se comporta o material que compõe
o manto? Essa questão você vai responder
depois de realizar a atividade experimental
a seguir.
Atividade complementar
2
4
lava quente
montanha formada de lava
solidificada
Vulcão: abertura
na crosta terrestre
através da qual o
magma é lançado à
superfície.
Ilustração esquemática da
formação de um vulcão.
1. O magma derretido
encontra uma abertura
na superfície terrestre,
por onde sai. 2. A lava
quente se acumula na
superfície. 3. Quanto mais
magma sai, mais lava se
acumula. 4. A lava esfria
e endurece, formando os
vulcões.
Assista à reportagem sobre a erupção Vulcão Kilauea, no Havaí, no vídeo
a seguir. Disponível em: https://tvbrasil.ebc.com.br/reporter-brasil/2018/05/
erupcao-do-vulcao-kilauea-no-havai-entra-em-fase-mais-perigosa. Acesso
em: 11 jun. 2021.
Assista ao vídeo do link a seguir com os alunos. Ele mostra uma erupção do vulcão Kilauea:
Disponível em: http://g1.globo.com/videos/v/vulcao-kilauea-expele-lava-no-havai/4426190/.
Acesso em: 11 ago. 2021.
VICTOR B./ M10
A lava da erupção do vulcão ativo escorre pela
montanha. Vulcão no Monte Fagradalsfjall, na
Islândia, em 20 de março de 2021.
103
DANIELFREYR/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
A erupção de vulcões é um
dos elementos que moldam
a crosta terrestre. Ilhas podem
surgir no mar em algumas
dezenas de anos. Esse é
o caso do vulcão no Monte
Fagradalsfjall, localizado na
Islândia, o qual expele material
que aumenta o tamanho
da ilha.
Discuta com os alunos a
importância do conhecimento
científico acerca dos
fenômenos da natureza (particularmente
o vulcanismo, os
terremotos e os tsunamis) e
a prevenção de catástrofes.
Centros de monitoramento
de terremotos, tsunamis e atividades
vulcânicas alertam
as autoridades e a população
em casos de perigo.
Sugestão de
encaminhamento
Peça aos alunos que leiam
o texto da seção Curiosidade
silenciosamente e, em seguida,
leia-o em voz alta ou solicite
que um ou mais alunos
o façam. Explore a sequência
de ilustrações com base nas
legendas correspondentes e,
em seguida, aproveite para
questionar os alunos a respeito
da função e da importância
das legendas nesse texto.
Essa reflexão permitirá que
os alunos analisem e avaliem
elementos textuais.
103
MÃOS À OBRA
Habilidade
(EF03CI07) Identificar características
da Terra (como
seu formato esférico, a presença
de água, solo etc.),
com base na observação,
manipulação e comparação
de diferentes formas de representação
do planeta (mapas,
globos, fotografias etc.).
Atividade
preparatória
Teste a atividade antes de
realizá-la com os alunos. Os
vidros poderão ser substituídos
por jarras de plástico
ou de acrílico transparentes
e o tamanho dos recipientes
(vidros ou jarras) podem ser
alterados, de acordo com o
material que você tiver disponível.
Recipientes muito
largos não produzem um
bom resultado.
A água não precisa estar
quente demais, basta que
ela esteja morna. O gelo colorido
(refresco em pó de uva,
por exemplo) deve ser feito
da seguinte forma: dissolva
o conteúdo de meio pacote
do pó de refresco em meio
copo de água aquecida. Isso
vai garantir sua fácil dissolução.
Misture o concentrado
de refresco em meio litro de
água e distribua a mistura em
uma forma para fazer gelo.
Mantenha o gelo colorido no
congelador até o momento
de realizar a atividade.
O resfriamento da porção
de água ao redor do gelo
colorido vai fazê-la se movimentar
em direção à área
mais aquecida da água. Do
mesmo modo, a água mais
quente vai subir em direção à
região em que ela é mais fria.
Graças à coloração do gelo, a
corrente de convecção formada
é visível.
104
Você deve levar a água
morna em garrafas térmicas
no dia da realização da
atividade. Distribua a água
morna para os grupos para
evitar um possível derramamento
nas carteiras ou mesas
do laboratório.
Providencie um balde e
papel toalha para os alunos
usarem no dia da atividade.
Movimentação dos líquidos
Os líquidos, em alguns aspectos, comportam-se do mesmo
modo que o manto. Nessa atividade, você vai estudar como esse
material circula abaixo da crosta terrestre.
Materiais
• 3 vidros grandes de boca larga (volume aproximadamente de 1 litro);
• refresco artificial em pó (dê preferência aos refrescos de cores escuras);
• água (gelada, morna e em temperatura ambiente);
• fita-crepe e caneta hidrocor;
• forma de gelo.
Como fazer
Um dia antes de realizar a atividade:
A. Dissolva 1 colher de chá de refresco em
pó em meio copo de água. Mexa até
dissolver o refresco.
B. Coloque o refresco em uma forma para
gelo e leve-a ao congelador.
Mantenha a forma no congelador até o
dia seguinte.
No dia da atividade:
C. Corte três pedaços de fita crepe e escreva
“gelada”, “ambiente”, “morna”. Cole uma fita
em cada um dos vidros.
Gelada Ambiente Morna
D. Encha um vidro com água gelada, o outro com água da torneira e o
terceiro com água morna. Atenção: a água não deve estar muito quente.
E. Retire a forma de gelo do congelador, coloque um cubo de gelo em
cada um dos vidros e observe o que acontece até um dos cubos de gelo
derreter totalmente.
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
104
1. Explique o que você observou. Resposta na Resolução comentada.
2. Em qual dos vidros a diferença de temperatura entre o gelo colorido e a
água líquida é maior?
A diferença de temperatura entre a água morna e o gelo colorido é maior do que
nos outros dois vidros.
3. Em qual dos vidros a água do gelo colorido se movimenta mais
rapidamente?
A água do gelo colorido vai para o fundo mais rapidamente no vidro com água
morna.
Explicando os resultados
O gelo colorido, ao entrar em contato com a água morna, começa a
derreter e se mistura à água do vidro, tornando-a mais fria na superfície.
Essa água mais fria se movimenta em direção à porção da água mais
quente, que está no fundo do vidro. Não é possível ver nesta atividade, mas
a água morna também se movimenta, só que em direção contrária, indo do
fundo do vidro em direção à superfície. Esse movimento, conhecido como
corrente de convecção, é o mesmo que ocorre no manto.
Na camada de ar que envolve o planeta – atmosfera –, também ocorrem
as correntes de convecção, ou seja, o ar quente sobe em direção às camadas
mais frias e o ar frio desce, provocando um movimento circular do ar.
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
A temperatura do material pastoso que forma o manto é maior próximo ao núcleo do que próximo à crosta. Essa
diferença de temperatura faz com que aconteça a convecção.
105
VICTOR B./ M10
Apoio pedagógico
Tema: Ciclos
A montagem dos três vidros
com água em diferentes
temperaturas (água gelada; a
temperatura ambiente; e água
morna) permite que os alunos
percebam que, quanto maior
é a diferença de temperatura
entre as porções de um meio
líquido ou gasoso, mais intensa
é a corrente de convecção formada.
Essa comparação deixa
a atividade mais interessante.
Pode ser que os alunos perguntem
por que o gelo (que
é mais frio) não acompanha a
corrente de convecção, isto é,
não afunda em direção à região
mais quente do meio aquoso.
Isso se deve a uma particularidade
da água, que na
forma sólida (gelo) é menos
densa que a água líquida, por
isso o gelo flutua.
Resolução
comentada
Na atividade 1, espera-se
que o aluno identifique o
movimento do gelo/água
gelada na água e como esse
movimento varia nas diferentes
temperaturas.
Avaliação formativa
A atividade da seção Mãos
à obra pode ser usada como
avaliação formativa.
Avalie a organização dos
grupos, a qualidade dos relatos
orais e os questionamentos
que surgirem.
As questões 1, 2 e 3 presentes
na atividade estimularão
os alunos a relatarem,
oralmente e pela escrita, os
resultados observados. Você
pode utilizar esse momento
para avaliar se os alunos explicam
com clareza os fenômenos
observados.
105
O núcleo
Habilidade
(EF03CI07) Identificar características
da Terra (como
seu formato esférico, a presença
de água, solo etc.),
com base na observação,
manipulação e comparação
de diferentes formas de representação
do planeta (mapas,
globos, fotografias etc.).
Apoio pedagógico
As páginas 106 a 110 compõem
outra unidade didática,
cujo tema central é a composição
do núcleo do planeta
Terra e algumas características
da superfície terrestre.
O núcleo do planeta é estudado
a partir de indícios
indiretos, uma vez que é impossível
acessá-lo diretamente,
seja colhendo amostras ou
enviando equipamentos de
medida. O núcleo corresponde
a uma esfera de 3 450 km
de raio, aproximadamente. O
diâmetro do núcleo terrestre
é de, aproximadamente,
6 900 km.
O núcleo é a camada mais quente do planeta. Localizado no centro da Terra,
é formado por uma mistura de metais. De acordo com as pesquisas atuais, a
temperatura do núcleo atinge entre 5 000 ºC e 6 000 ºC.
É dividido em duas partes: o núcleo externo, formado por material líquido, e o
núcleo interno, formado por material sólido.
O conhecimento científico sobre as camadas do nosso planeta é adquirido por
meio de testes e medições com aparelhos que emitem ondas semelhantes às do som.
Centros de medições e pesquisas espalhados pelo mundo compartilham
informações com cientistas de muitos países, inclusive do Brasil. A ciência é construída
com a participação de pesquisadores do mundo todo.
CIÊNCIAS
SITE
VICTOR B./ M10
• Viagem ao centro da Terra
Representação das camadas da Terra.
Crosta oceânica (6 – 12 km)
Crosta continental (25 – 70 km)
Manto (2 900 km)
Núcleo externo (4 960 km)
Núcleo interno (5 120 km)
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
Os seres humanos não são capazes de acessar diretamente o interior da Terra. Por isso,
para saber sua composição, os cientistas precisam utilizar simulações em computador e
aparelhos de perfuração para recolher amostras das camadas mais profundas. Acesse o
link para conhecer mais sobre o tema.
Disponível em: http://chc.org.br/viagem-ao-centro-da-terra/. Acesso em: 11 jun. 2021.
106
Atividade complementar
O texto sugerido na seção Ciências + pode ser usado em uma leitura dialogada. Peça
aos alunos que comentem e expliquem o que entenderam de cada um dos parágrafos
do texto. O texto fornece aos alunos informações sobre o tamanho e as características
das camadas internas do nosso planeta.
106
A superfície terrestre
A superfície terrestre é a camada mais
externa da crosta, formada pelos continentes
e ilhas, oceanos e atmosfera.
É nessa camada que se encontram os seres
vivos. O conjunto formado pelo ar, a água, o
solo e os seres vivos é chamado de biosfera.
A biosfera é formada por ecossistemas.
Os ecossistemas são formados pelos
seres vivos que habitam uma determinada
região e pelas características dessa região,
como a temperatura e a disponibilidade de água
e de luz.
As características dos ecossistemas dependem
da região do planeta em que estão localizados.
O planeta Terra pode ser dividido em cinco
regiões climáticas.
Mapa das zonas climáticas do planeta.
As zonas climáticas do planeta
Zona polar ou glacial ártica
Zona temperada do norte
Zona tropical
Zona temperada do sul
Zona polar ou glacial antártica
A biosfera vista do espaço.
Clima: conjunto de
características da atmosfera,
como temperatura e
frequência de chuvas, que
influenciam a vida na Terra.
Fonte: Atlas geográfico escolar. São Paulo: IBEP, 2012.
107
ALI ENDER BIRER/SHUTTERSTOCK
BRUNO S. /M10
Atividade
complementar
O trecho do texto a seguir
explica como as ondas
sísmicas são usadas para interpretar
a composição das
camadas internas da Terra. Se
julgar oportuno, compartilhe
depois com os alunos suas
descobertas.
[...]
As velocidades de propagação
das ondas dependem essencialmente
do meio por onde
elas passam. Em geral, quanto
maior a densidade de uma rocha,
maior a velocidade das
ondas sísmicas. É justamente
essa propriedade que permite
utilizar as ondas sísmicas
para obter informações sobre
a estrutura e a composição
em grandes profundidades.
Por exemplo, analisando-se
as vibrações provocadas por
explosões artificiais controladas
em uma bacia sedimentar,
podemos deduzir as velocidades
sísmicas nas várias camadas
sedimentares da bacia e
obter informações sobre eventuais
estruturas geológicas
importantes.
Assim, o método sísmico é de
grande importância prática,
por exemplo, na exploração de
petróleo e na busca de água
subterrânea. Em uma escala
global, os registros dos terremotos
em uma rede de estações
sismográficas permitem
também conhecer as velocidades
sísmicas no interior da
Terra e estudar a estrutura, a
composição e a evolução atual
do nosso planeta.
Wilson Teixeira et al. Decifrando
a Terra. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 2008. p. 46-47.
107
Habilidade
(EF03CI07) Identificar características
da Terra (como
seu formato esférico, a presença
de água, solo etc.),
com base na observação,
manipulação e comparação
de diferentes formas de representação
do planeta (mapas,
globos, fotografias etc.).
Apoio pedagógico
A primeira tentativa de classificação
dos climas da Terra
foi feita pelos gregos, que
dividiram o planeta em três
grandes zonas (tropical, temperada
e glacial). São vários
fatores que interferem nas
características climáticas de
uma região.
Com o passar do tempo,
pela observação contínua e
pelos registros detalhados
de dados meteorológicos, os
climatologistas formularam
classificações mais detalhadas
para os diferentes climas
do planeta. Para isso, utilizaram
diversos critérios, como
temperatura, umidade, pluviosidade,
ventos, altitudes,
a influência de massas de ar
e correntes marítimas.
Zonas polares
As regiões polares são as mais frias
do planeta, com temperaturas abaixo
de 0 ºC. Poucas espécies de animais
vivem nessas regiões.
Zonas temperadas
Nas regiões temperadas, as
temperaturas não são muito altas, as
estações do ano são bem marcadas,
o verão é quente e o inverno é bem
frio. São comuns grandes florestas
de pinheiros, e entre os animais
encontram-se ursos, esquilos, coelhos,
raposas etc.
Zona tropical
A Groelândia fica no Polo Norte.
As árvores das regiões temperadas costumam perder as folhas
durante o outono. Floresta temperada localizada em Nova Iorque.
A zona tropical é a região mais quente do planeta. É nessa região que se
encontram as florestas tropicais que abrigam a maior diversidade de plantas e animais
do planeta.
KRIS GRABIEC/SHUTTERSTOCK
JAMES CASIL/SHUTTERSTOCK
FOTOS593/SHUTTERSTOCK
Nas florestas tropicais, a vegetação é sempre verde. Floresta Amazônica, Equador.
108
108
MÃOS À OBRA
O interior do planeta
Nessa atividade, você vai construir um modelo do interior do planeta.
Materiais
• massa de modelar de 5 cores: azul,
vermelha, laranja, marrom
e amarela;
Como fazer
A. Sobre a bandeja, faça uma bola
com a massa de modelar
vermelha de, aproximadamente,
3 cm de diâmetro. Procure deixá -la
bem redonda.
B. Sobre a bandeja, faça um disco
com a massa de modelar laranja.
Ele deve ter, mais ou menos,
1 cm de espessura e ser suficiente
para envolver a bola vermelha que
foi produzida.
• 1 bandeja de papel ou de plástico;
• régua escolar.
C. Envolva a bola vermelha com a massa de modelar laranja formando uma
bola com 5 cm de diâmetro, aproximadamente.
D. Faça um disco com a massa de modelar amarela. Ele deve ser suficiente
para envolver a bola laranja feita no procedimento anterior. A espessura
do disco amarelo deve ser de mais de 1 cm. Arredonde a bola de massa de
modelar.
E. Agora, faça um disco com a massa de modelar marrom. Esse disco deve
ter 0,5 cm de espessura, aproximadamente. Envolva a bola amarela com a
massa de modelar marrom. Dê a forma arredondada ao seu modelo.
109
A. CARLÍN/ M10
Atividade
preparatória
Peça que cada grupo leve
para a sala de aula os materiais
descritos nessa seção. É
importante que o modelo a
ser construído fique sobre
uma superfície rígida e que
possa ser transportada, como
uma bandeja plástica usada
em confeitarias ou uma assadeira
de alumínio. Você pode
combinar com os alunos que
os bastões de massas de modelar
sejam compartilhados,
isto é, será material coletivo.
Sugestão de
encaminhamento
Oriente os alunos na organização
do espaço da atividade
e incentive a participação
de todos. Cada membro do
grupo pode ser responsável
por aplicar uma das camadas
do modelo. Também incentive
que mantenham o espaço
de trabalho limpo.
É fundamental que você
acompanhe o momento do
corte do modelo. Tente encontrar
a melhor forma de
realizar essa etapa: pode ser
com uma faca de mesa (sem
corte), com fio dental, com
um fio metálico fino ou uma
espátula. Fique atento para
que os alunos não corram
riscos.
Ao final da atividade, você
pode organizar uma exposição
dos modelos na sala de
aula ou nos corredores da
escola.
109
Apoio pedagógico
A construção de modelos
ajuda os alunos a concretizar
a idealização de realidades
complexas. No nosso modelo,
os dados são obtidos indiretamente,
uma vez que o centro
do nosso planeta é inatingível
por causa das condições
extremas de temperatura e
pressão.
A composição e a espessura
das camadas que formam o
nosso planeta são identificadas
com a ajuda de aparelhos
que emitem e medem ondas
sísmicas refletidas. As ondas
refletem e refratam de modos
diferentes, de acordo com a
composição, o estado físico e
a temperatura de cada camada
de matéria.
F. Faça algumas lâminas com a massa
de modelar azul e cubra algumas
partes da superfície marrom do seu
modelo. As lâminas azuis podem ser
irregulares.
G. Complete o seu modelo colocando
mais massa de modelar marrom
onde não existe massa azul.
H. Peça ajuda ao professor para cortar o
seu modelo ao meio.
1. O que estão representando a
massa de modelar azul e a massa
de cor marrom? Respostas na Resolução
comentada.
2. Faça um desenho de como ficou o interior do seu modelo. Represente
as camadas com as cores das massas de modelar utilizadas. Complete o
desenho com a legenda dos nomes das camadas.
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
Resolução
comentada
1. A massa de modelar azul
representa os oceanos e
a marrom representa os
continentes e a crosta
terrestre.
2. Produção pessoal.
3. A organização de uma
exposição dos modelos
produzidos é um momento
de interação diferente
entre os alunos e o professor.
Além disso, é uma
atividade que estimula
os alunos a criarem laços
afetivos com a escola e se
interessarem por temas
científicos.
Avaliação formativa
Para essa avaliação, cada
dupla ou trio fará um cartaz
para representar, com desenhos
ou colagens, as camadas
do planeta e fazer uma
pequena descrição das características
de cada uma delas.
Uma parte da atividade
110
3. Com a ajuda dos colegas e do professor,
organizem uma exposição dos modelos
criados. Utilizem palitos de dente com
papéis colados para identificar cada uma
das camadas do planeta.
pode ser feita em casa, como
a seleção de imagens (ou a
produção das ilustrações) e a
elaboração dos textos. A organização
dos textos e a colagem
podem ser feitos pela
dupla em sala de aula. Ajude
os alunos na colagem e na
distribuição das imagens na
cartolina.
Avalie a estética do produto
final e a qualidade e correção
dos textos informativos.
Atenção
Ajude a organizar a mesa e a limpar
a bandeja. As sobras de massa de
modelar podem ser utilizadas em
outras atividades.
110
ATIVIDADES
1. Pinte o mapa climático da América do Sul colorindo de azul as zonas temperadas e de
amarelo as zonas tropicais.
BRUNO S./ M10
Mapa político da América do Sul
Atividades
As atividades propostas poderão
ser realizadas em sala
de aula.
Estimule os alunos a rever
o texto para responder cada
uma das questões. Com isso,
os alunos desenvolverão a
habilidade de localizar informações
explícitas e interpretar
textos com linguagem
científica.
As atividades de 1 a 4 buscam
consolidar alguns dos
conhecimentos vistos na
unidade.
2. Em quais zonas climáticas está o Brasil?
Zona tropical e zona temperada do sul.
3. Marque com um X a camada da Terra em que vivem os animais, as plantas e os outros
seres vivos. Alternativa A.
a) Crosta.
b) Núcleo externo.
c) Manto.
d) Núcleo interno.
4. De que formas podemos representar o planeta Terra?
Por meio de fotos, mapas e modelos.
111
111
Habilidades
(EF03CI09) Comparar diferentes
amostras de solo do
entorno da escola com base
em características como cor,
textura, cheiro, tamanho das
partículas, permeabilidade
etc.
(EF03CI10) Identificar os
diferentes usos do solo (plantação
e extração de materiais,
dentre outras possibilidades),
reconhecendo a importância
do solo para a agricultura e
para a vida.
Objetivos
• Compreender a origem e
o processo de formação
do solo.
• Comparar e descrever as características
de diferentes
tipos de solo.
• Valorizar e reconhecer a
importância do solo para
a manutenção da vida.
• Conscientizar-se de que
muitas atividades humanas
podem poluir o solo.
• Reconhecer a importância
do solo para a produção de
alimentos.
• Conscientizar-se dos riscos
ambientais causados por
atividades mineradoras.
8
A camada superficial da crosta terrestre é composta de
grandes rochas e fragmentos de rochas de diversos tamanhos,
que formam o solo.
O solo também é composto de diferentes tipos de
minerais, ar, água e muitos seres vivos.
As plantas retiram do solo a água e os minerais de que precisam para viver. Os animais
sobrevivem se alimentando de restos de seres vivos, de plantas e de outros animais.
No entanto, os solos não são todos iguais, e compreender as diferenças e
características deles é trabalho de muitos pesquisadores, técnicos e agricultores.
1. Analise as imagens abaixo e responda à pergunta.
A
O solo
• Quais diferenças você vê entre os solos mostrados nas imagens?
FUNNYANGEL/SHUTTERSTOCK
Fragmento: parte,
pedaço, de alguma coisa
que se quebrou.
Algumas diferenças perceptíveis são: a cor (marrom claro e marrom escuro) e a consistência
(sem torrões e com torrões).
B
AFRICA STUDIO/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
As páginas 112 a 124 correspondem
a uma unidade
didática. Entre os temas tratados
estão: ciclo de formação
do solo, tipos e características
dos solos, permeabilidade e
fertilidade do solo.
Neste capítulo, vamos discutir
a origem e o uso do solo.
Os alunos poderão perceber
que há vários tipos de solo e
que, ao observá-los com mais
atenção, é possível notar que
têm propriedades características
(arenoso, argiloso, fértil,
pobre, com muitos seres vivos,
com poucos seres vivos etc.).
112
112
A formação do solo
Vimos que a vegetação pode variar bastante de um lugar para outro. Enquanto
na Floresta Amazônica encontramos uma grande diversidade de plantas, na Caatinga
essa variedade é bem menor.
Floresta Amazônica.
Apesar de a disponibilidade de água
e a temperatura influenciarem muito o
tipo de vegetação de cada lugar, o solo
também desempenha um importante
papel, afinal é do solo que as plantas
retiram boa parte dos seus nutrientes.
Para entender as diferenças
que existem entre os tipos de solo,
precisamos primeiro entender como ele
se forma.
A formação do solo é um processo
muito demorado. No início há apenas
grandes rochas, sendo muitas delas
originadas da lava dos vulcões.
HENRIQUEWESTIN/SHUTTERSTOCK
Caatinga.
As plantas retiram do solo a água e os nutrientes de que
precisam para crescer.
113
MENDESBIO/SHUTTERSTOCK
A. CARLÍN/ M10
Sugestão de
encaminhamento
Aproveite as imagens e o
texto das páginas 112 e 113
para avaliar o conhecimento
prévio dos alunos sobre o
solo. Isso é importante para
que você conduza as próximas
aulas de modo a ampliar
o que os alunos já sabem e
a estimular o interesse pelo
tema. A vivência dos alunos
com o solo pode ser muito
diferente se a comunidade escolar
for próxima ao ambiente
rural ou se for exclusivamente
urbana.
Pesquise sobre o interesse
dos alunos e amplie o conteúdo
com temas suplementares
caso você perceba que os alunos
podem ir além dos conteúdos
presentes no capítulo.
Fique atento ao modo
como eles se referem ao homem
do campo. Evite e combata
expressões ou ideias que
menosprezem o trabalho de
agricultores ou que apresentem
preconceitos em relação
à atividade que realizam. O
Brasil tem uma pujante economia
agropecuária, sendo
um dos países que mais produz
alimentos no mundo.
113
Origem e formação do solo
Habilidades
(EF03CI09) Comparar diferentes
amostras de solo do
entorno da escola com base
em características como cor,
textura, cheiro, tamanho das
partículas, permeabilidade
etc.
(EF03CI10) Identificar os
diferentes usos do solo (plantação
e extração de materiais,
dentre outras possibilidades),
reconhecendo a importância
do solo para a agricultura e
para a vida.
1
As rochas sofrem os
efeitos da chuva, do
frio, do calor do Sol,
do vento, da água dos
rios e dos mares. Esse
processo de quebra
das rochas por agentes
naturais é chamado de
intemperismo.
2
Com o tempo a
rocha se quebra
em pedaços bem
pequenos, e as
primeiras plantas
começam a crescer
(musgos, por
exemplo).
3
Microrganismos
decompõem restos de
plantas aumentando
a quantidade de
nutrientes presentes
na camada superficial,
favorecendo o
crescimento de mais
plantas no local
e atraindo outros
seres vivos, como
microrganismos,
insetos e minhocas.
Apoio pedagógico
Uma competência que
deve ser desenvolvida ao
longo da Educação Básica é
a leitura de imagens, infográficos
e outros modos de
comunicação (linguagem não
verbal) que vão além da escrita
(linguagem verbal). Em diversos
momentos utilizamos
diferentes linguagens para
comunicar e disseminar informações.
O estudo das páginas
114 e 115 é uma excelente
oportunidade para propor
aos alunos que relacionem o
texto escrito com as imagens
do infográfico.
Peça aos alunos que transformem
o conteúdo do infográfico
(imagem) em texto
escrito ou oral e avalie a
capacidade de cada um em
reconstruir, autonomamente,
o processo de formação do
solo ao longo do tempo.
As explicações para cada
uma das 4 etapas descritas no
infográfico podem variar de
um aluno para outro. Nesses
momentos, é possível perceber
que as diversas explicações
expressas na sala de aula
se complementam.
Decomposição: reciclagem
de nutrientes realizada
por microrganismos.
114
Atividade complementar
Esse tipo de atividade, de passar um assunto de uma linguagem para outra, pode ser
feito com outros assuntos estudados. Considere essa estratégia ao trabalhar os textos
das próximas unidades didáticas.
Tempo
114
4
Com o acúmulo de
nutrientes no solo, plantas
maiores crescem no local e
mais animais são atraídos. O
material que dá fertilidade
ao solo é chamado de
húmus.
MARCELLO S./ M10
Apoio pedagógico
Tema: Ciclos
A fragmentação das rochas
em pequenos grãos é
um processo que envolve
uma dimensão de tempo de
difícil avaliação pelos alunos.
Também é difícil para eles
aceitarem que materiais “duros”
como as rochas podem
ser quebrados pela ação de
fatores como calor, vento e
água. Muitas vezes usamos
analogias para facilitar a compreensão
de processos que
são difíceis de ser observados
ou quantificados.
Tome cuidado para que essas
analogias, quando usadas
em sala de aula, não sejam interpretadas
no sentido literal.
Elas servem para exemplificar
os processos envolvidos no
fenômeno do intemperismo,
de modo a facilitar sua
compreensão.
A camada de material que fica sobre o solo é formada por folhas,
flores, galhos, frutos que caem das plantas, restos de animais, como
penas, pelos, ossos e fezes.
Com a ação de alguns seres vivos, como fungos e bactérias, esse
material vai se decompondo lentamente e se transformando numa
massa fofa e escura, ou seja, transformando-se em húmus.
115
115
Habilidades
(EF03CI09) Comparar diferentes
amostras de solo do
entorno da escola com base
em características como cor,
textura, cheiro, tamanho das
partículas, permeabilidade
etc.
(EF03CI10) Identificar os
diferentes usos do solo (plantação
e extração de materiais,
dentre outras possibilidades),
reconhecendo a importância
do solo para a agricultura e
para a vida.
Apoio pedagógico
Um dos fatores importantes
para discutir a presença de
plantas em ambientes como
a Mata Atlântica e a Floresta
Amazônica é falar sobre a
cobertura do solo e suas características
principais.
A vegetação encontrada
nesses locais é rica, diversificada
e exuberante, o que
nos faz acreditar na fertilidade
do solo que mantém essa
vegetação. Entretanto, essa
fertilidade é uma propriedade
resultante também de toda
essa vegetação. As folhas secas,
os gravetos, as flores e os
frutos que caem no solo se
decompõem muito bem nesse
ambiente úmido, quente
e protegido da insolação. A
decomposição desse material
gera uma mistura rica em
nutrientes, boa para o crescimento
de plantas, o húmus.
Os alunos ainda não aprenderam
as transformações causadas
por decompositores e
teriam dificuldade para compreender
a interdependência
de todos esses processos.
Entretanto, é interessante ajudá‐los
a observar as características
da cobertura do solo
das florestas e a identificar a
origem desse material.
Todo solo é rico em húmus?
Por conta das condições ambientais, como falta de umidade e excesso de vento,
a formação de um solo rico em húmus não ocorre em todas
as regiões. Os desertos, por exemplo, possuem solos pobres
em húmus e, por isso, são pouco férteis.
No Brasil existem as dunas, que são formadas pela areia carregada por ventos
fortes e constantes na região costeira. Por causa da ação do vento, não há acúmulo de
matéria orgânica e, portanto, não há formação de húmus nesse solo. A areia é um solo
pouco fértil, com nenhuma ou pouca vegetação.
116
Solo fértil: que permite o
crescimento de plantas.
N MRTGH/SHUTTERSTOCK
BRUNO LACERDA/SHUTTERSTOCK
O Saara, localizado na
África, é o maior deserto
do mundo.
Dunas no Parque Nacional
dos Lençóis Maranhenses,
no estado do Maranhão,
2021.
116
Características dos solos
Cor, textura e permeabilidade são algumas das características dos solos.
A cor depende, principalmente, da variedade e da quantidade de minerais, assim
como da quantidade de húmus e de água.
Geralmente, solos marrons ou mais escuros são ricos em húmus, enquanto os
solos de tons avermelhados são ricos em minerais de ferro.
A textura está relacionada à quantidade de
areia e argila do solo. Quanto mais areia existir em
uma amostra, maior é a sensação de aspereza ao
esfregar um pouco da terra na palma da mão.
A permeabilidade está relacionada à quantidade
de água que fica retida numa amostra de solo.
Solos formados por partículas pequenas e muito
próximas umas das outras retêm mais água e são,
portanto, pouco permeáveis. Solos formados por
partículas maiores costumam reter pouca água e
são mais permeáveis.
CIÊNCIAS
Solo rico em húmus.
FILME
• Solo engolidor de água
Vídeo com experimento sobre permeabilidade do solo.
Disponível em: http://chc.org.br/acervo/soloengolidor-de-agua-2/.
Acesso em: 11 jun. 2021.
ANDREY_KUZMIN/SHUTTERSTOCK
Solo rico em minerais de ferro.
ECOPRINT/SHUTTERSTOCK
Solos muito claros são pobres
em húmus.
Argila: fragmentos de rocha bem
pequenos, vistos somente com o
uso do microscópio.
Amostra: pequena porção de um
solo.
O solo rico em argila é chamado
de solo argiloso.
O solo rico em areia é chamado
de solo arenoso.
117
SARAH2/SHUTTERSTOCK
ALEKSANDRA H. KOSSOWSKA/
SHUTTERSTOCK
ART NICK/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Os fragmentos de rocha
que formam o solo são classificados
de acordo com o
tamanho. A escala para a
classificação pelo tamanho
do fragmento de rocha no
solo é:
• tamanho entre 2 mm e
0,2 mm: areia grossa;
• tamanho entre 0,2 mm e
0,05 mm: areia fina;
• tamanho entre 0,05 mm e
0,002 mm: silte;
• menores do que 0,002 mm:
argila.
Esses dados são muito
técnicos e dificultam a compreensão
dos alunos desse
nível de ensino. Informe a eles
que são usadas peneiras especiais
para fazer a separação
dos grãos que formam o solo.
Dessa forma, é fácil separar os
quatro tipos de grãos que estão
em uma amostra de terra.
Atividade complementar
De maneira didática, o vídeo sugerido no Ciências + compara a permeabilidade de uma
porção de areia e de uma porção de argila. A primeira parte da atividade das páginas
seguintes discute o mesmo princípio, porém comparando a permeabilidade da areia
com a do solo da escola ou de um jardim.
Você pode exibir o vídeo antes ou depois como fechamento da proposta.
117
MÃOS À OBRA
Habilidades
(EF03CI09) Comparar diferentes
amostras de solo do
entorno da escola com base
em características como cor,
textura, cheiro, tamanho das
partículas, permeabilidade
etc.
(EF03CI10) Identificar os
diferentes usos do solo (plantação
e extração de materiais,
dentre outras possibilidades),
reconhecendo a importância
do solo para a agricultura e
para a vida.
Atividade
preparatória
Auxilie e instrua os alunos
sobre como as amostras de
solo de jardim devem ser coletadas.
Um adulto deve realizar
essa tarefa usando uma
ferramenta adequada (enxada
ou pá de jardinagem). As
folhas e restos de vegetais devem
ser retirados da amostra
para não interferir na comparação
da permeabilidade
das duas amostras (terra de
jardim e areia de construção).
Explique aos estudantes
quais são os materiais necessários
para a realização
da atividade experimental e
como a lavagem da areia de
construção deve ser feita.
Apoio pedagógico
Os conhecimentos sobre as
características e propriedades
dos solos contribuem para o
desenvolvimento humano,
visto que eles são utilizados
por agricultores (produção
de alimentos), engenheiros
(escolha de locais adequados
para construções), geólogos
(determinação de locais propícios
a atividades mineradoras)
etc.
118
Parte 1: Testando a permeabilidade do solo
Nesta atividade, o seu grupo vai testar duas amostras de solo e verificar
qual delas é mais permeável.
Materiais
• 1 copo de solo (sem restos de vegetais) de um jardim;
• 1 copo de areia usada em construções;
• 2 funis de plástico;
• 2 filtros de papel para coar café;
• 2 garrafas plásticas usadas;
• folhas de jornal;
• saco plástico.
Preparação prévia
A. Com o auxílio do professor, formem
grupos e decidam quem vai preparar
cada um dos materiais que serão
utilizados na atividade.
B. Retire um copo de terra do jardim da
escola ou de outro lugar. Para isso,
peça ajuda ao professor ou a outro
adulto. Lembre-se: peça autorização ao
responsável pelo jardim para retirar a
amostra de solo.
C. Coloque o copo de terra em uma folha de
jornal ou outro tipo de papel usado e deixe
a terra exposta ao Sol. A amostra de solo
deverá estar bem seca e esfarelada.
D. A areia de construção deve ser lavada.
Coloque o copo de areia em uma vasilha
cheia de água. Mexa com uma colher e
A. CARLÍN/ M10 A. CARLÍN/ M10 A. CARLÍN/ M10
118
despeje a água em um jardim ou vaso de plantas. Cuidado para não deixar a
areia sair junto com a água da lavagem.
E. Despeje a areia em um saco de plástico e
coloque-a ao sol para secar.
F. Depois que os materiais estiverem secos,
você poderá iniciar o teste.
Como fazer
G. Coloque 1 filtro de papel para coar café
em cada um dos funis.
H
Coloque um funil em cada uma das
garrafas, que devem estar limpas e secas.
I. Coloque meio copo da terra de jardim
seca em um dos funis. Coloque meio
copo da areia lavada seca no outro funil.
Lembre-se de que a quantidade de areia
e terra colocada em cada filtro de papel
deve ser igual.
J. Despeje lentamente 1 copo de água
em cada um dos funis e observe a água
passar para as garrafas.
1. Qual das garrafas ficou com mais água?
A garrafa com areia.
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
Sugestão de
encaminhamento
As questões propostas nas
duas partes do experimento
requerem que os alunos relatem
as observações realizadas.
Avalie se eles são capazes
de registrar corretamente as
observações e relacioná-las
na construção de uma conclusão.
Essa também é uma
oportunidade para que você
avalie o desenvolvimento da
produção escrita dos alunos.
2. Sabendo que, quanto mais água atravessa uma amostra de solo, maior
é a permeabilidade da amostra, responda: Respostas na Resolução comentada.
a) Qual das duas amostras de solo é mais permeável?
b) Qual das amostras de solo reteve maior quantidade de água?
O solo de jardim é formado por fragmentos de rocha de diversos
tamanhos: de areia até as minúsculas partículas de argila. Os solos menos
arenosos são menos permeáveis, isto é, retêm mais a água do que um solo
formado somente por areia.
119
Resolução comentada
A atividade 2 sintetiza a conclusão da primeira parte da seção Mãos à obra.
a) A amostra de areia lavada é mais permeável.
b) A terra de jardim retém maior quantidade de água, ou seja, é menos permeável que a amostra
de areia lavada.
119
MÃOS À OBRA
Habilidades
(EF03CI09) Comparar diferentes
amostras de solo do
entorno da escola com base
em características como cor,
textura, cheiro, tamanho das
partículas, permeabilidade
etc.
(EF03CI10) Identificar os
diferentes usos do solo (plantação
e extração de materiais,
dentre outras possibilidades),
reconhecendo a importância
do solo para a agricultura e
para a vida.
Atividade
preparatória
Sempre que utilizamos sementes
de plantas em atividades
experimentais, devemos
testar a capacidade de germinação
antes de propor o
trabalho aos alunos. O material
dessa atividade é de fácil
acesso: filtro de papel para
coar café e alpiste (ou painço),
que pode ser comprado em
lojas de ração para animais.
Faça o teste de germinação.
Embeba as sementes de alpiste
em água fria por algumas
horas. Plante-as em um copo
com terra (semelhante à terra
que os alunos usarão na
atividade). As sementes devem
ficar sob uma camada
de 0,5 a 1 cm de terra. Regue
periodicamente para manter
a terra úmida e deixe o copo
em ambiente claro e ventilado.
Acompanhe o desenvolvimento
das plantinhas.
Sementes muito velhas ou
mal acondicionadas podem
não germinar. Se esse for o
caso do seu teste, procure
novas sementes que estejam
em melhores condições de
germinação.
Materiais
120
Parte 2: Qual solo é mais fértil?
Antes de devolver a terra e a areia para o jardim, você pode
testar qual dos solos é mais fértil: a areia ou a terra de jardim.
• 30 sementes de alpiste;
• 2 copos transparentes;
• água para regar.
Como fazer
A. Passe, com cuidado, o conteúdo do
filtro de papel com a terra de jardim
para um copo e o conteúdo do filtro
de papel com a areia para o outro
copo.
B. Plante sementes de alpiste em cada
um dos funis. Para isso, coloque 15
sementes na terra e 15 sementes
na areia. Cubra com mais terra as
sementes do copo com terra, e com
mais areia as sementes do copo
com areia.
C. Regue com um pouco de água cada
um dos solos com as sementes e
deixe os copos em local iluminado.
Não deve ser um local que receba luz
diretamente do sol por muito tempo.
D. Mantenha os solos úmidos, regando-os todos os dias.
E. Acompanhe e desenhe em seu caderno o crescimento das plantas. Veja o
modelo de quadro a seguir. Não se esqueça de indicar os dias em que você
fez cada desenho. Inclua no quadro quantos espaços forem necessários.
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
120
Dia
segunda-feira
terça-feira
quarta-feira
Desenho de observação
F. Quando pelo menos uma das plantas tiver crescido, junte todos os
desenhos que você fez, compare o desenvolvimento das plantas nas duas
amostras de solo e responda às perguntas.
1. Em qual dos copos as sementes germinaram primeiro?
Respostas pessoais. Geralmente, as sementes germinam ao mesmo tempo, isto é,
sem uma grande diferença de tempo.
Sugestão de
encaminhamento
Informe os alunos que o
tempo de germinação pode
variar e que o quadro sugerido
nesta página deve ser copiado
no caderno, incluindo
mais espaços para os desenhos.
Na coluna “Dia”, os alunos
devem escrever o dia da
semana e o dia do mês.
Os vasos que ficarem na
sala de aula devem ser regados
periodicamente e a
comparação das plantas nos
dois vasos deve ser feita até o
alpiste atingir cerca de 12 cm.
Avalie se os alunos levarão
o vaso para casa ou se os replantarão
em um jardim da
escola.
2. Ao final da atividade, em qual dos dois solos as plantas estavam mais
desenvolvidas?
Espera-se que as plantas que estão no solo de jardim tenham crescido mais e ficado
mais viçosas depois desse período.
3. Com base no que você observou, qual dos solos (areia ou terra de
jardim) é mais adequado para o desenvolvimento das plantas?
Resposta na Resolução comentada.
Ao final da atividade, você pode replantar as plantas em um vaso ou em
um jardim.
121
Resolução comentada
3. A terra de jardim é mais fértil do que a areia. Na terra de jardim, as plantas crescem melhor
porque esse solo é mais fértil.
121
CURIOSIDADE
Habilidades
(EF03CI09) Comparar diferentes
amostras de solo do
entorno da escola com base
em características como cor,
textura, cheiro, tamanho das
partículas, permeabilidade
etc.
(EF03CI10) Identificar os
diferentes usos do solo (plantação
e extração de materiais,
dentre outras possibilidades),
reconhecendo a importância
do solo para a agricultura e
para a vida.
Sugestão de
encaminhamento
O texto da seção Curiosidade
pode ser trabalhado com a
classe a partir da estratégia de
leitura dialogada, que consiste
na realização de perguntas
antes, durante e após a leitura.
Antes da leitura, você pode
lançar questões que aumentam
a expectativa em relação
ao texto:
• Vocês conhecem algum deserto?
Onde ele fica?
• Vocês acham que há desertos
no Brasil? Em qual(is)
região(es)?
Ao longo do texto, as questões
podem se voltar para a
localização de informações
explícitas no texto. Algumas
possibilidades são:
• Em quais regiões brasileiras
encontram-se desertos?
• Como os cientistas chegaram
à estimativa da área
desertificada no Brasil?
• O que explica a formação
de desertos no Brasil?
• Quanto tempo demora o
processo de desertificação?
• O que tem sido feito para
que essas regiões não se
expandam?
Ao final do texto, você
pode incentivar que os alunos
estabeleçam inferências
122
Desertos brasileiros
Se eu falar em deserto,
você pensa logo no Saara,
na África? Pois saiba que os
desertos podem estar bem
mais perto do que você pensa.
Um estudo realizado por
pesquisadores da Universidade
Federal de Alagoas indica que
algumas áreas do Nordeste
do Brasil já ganharam essa
classificação. Segundo os
cientistas, o país tem 230 mil
quilômetros quadrados de
áreas desertificadas – quase o
tamanho do estado do Piauí.
[...] O meteorologista Humberto Barbosa, coordenador do projeto, explica
que as estimativas foram feitas com base em imagens de satélites de hoje e
de anos atrás. “Nelas são marcadas as regiões com e sem vegetação. A análise
mostra que as áreas degradadas estão se espalhando”, alerta.
Você deve estar se perguntando por que isso acontece. Humberto explica:
“Além da pouca quantidade de chuva e da erosão, típicas dessa região, a criação
excessiva de gado e o plantio de um único alimento também empobrecem o
solo, que perde seus nutrientes. A região começa a ficar estéril”.
Como resultado, a vegetação passa a ser cada vez mais pobre. “O processo
de desertificação é lento, pode demorar até 20 anos. Mas é preciso estar sempre
atento”, destaca o pesquisador.
O Brasil tem hoje quatro grandes áreas desertificadas – uma no Piauí, uma
no Ceará e duas em Pernambuco. Humberto garante que a situação é reversível,
mas, como o custo para tornar essas regiões férteis novamente é muito alto, é
mais viável cuidar para que elas não se expandam. “No entorno dessas regiões já
são feitos trabalhos de produção sustentável e de estímulo de culturas agrícolas
diferentes para preservar o solo”, conta.
por meio da relação entre
diferentes partes do texto,
questionando:
• Todas as regiões brasileiras
apresentam o mesmo risco
de desertificação de suas
áreas?
Para respondê-la, eles deverão
mobilizar as condições
necessárias para o processo
de desertificação expostas
no texto e reconhecer que
Solo degradado em zona rural da cidade de Vitória da
Conquista, no estado da Bahia.
elas variam entre as regiões,
o que implica que esse risco
é maior em algumas delas,
como o Nordeste.
Camille Dornelles. Desertos brasileiros. Ciência Hoje das Crianças, 31 jul. 2013.
Disponível em: http://chc.org.br/desertos-brasileiros/. Acesso em: 11 jun. 2021.
JOA SOUZA/SHUTTERSTOCK
122
Tipos de solo
Existem diversos tipos de
solo e suas características variam
de acordo com a rocha que
os originou, o tamanho dos
fragmentos formados
e a quantidade de água e de
matéria orgânica que possuem.
Os solos podem ser
classificados em: arenoso,
argiloso, humoso e calcário.
O solo arenoso é rico em
areia. É um solo muito permeável
e pobre em nutrientes.
O solo argiloso é formado
por grande quantidade de
argila. As partículas de argila
são muito pequenas e ficam
muito próximas umas das outras,
retendo mais água.
Solo arenoso.
Solo argiloso.
MUHAMMAD AFZAN BIN AWANG/SHUTTERSTOCK
LIGHTSPRING/SHUTTERSTOCK
Sugestão de
encaminhamento
As práticas de leitura em família
constituem-se como importantes
aliadas no desenvolvimento
das habilidades
de literacia dos alunos. Por
isso, incentive que a leitura da
seção Curiosidade seja realizada
em casa. O texto pode ser
lido em voz alta pelos alunos,
pelos adultos ou por ambos.
Em seguida, a interação verbal
entre eles pode ser favorecida
por meio do compartilhamento
de histórias sobre
a origem da família ou pela
busca e discussão de informações
relacionadas ao tipo
de solo encontrado no estado
em que vivem.
CURIOSIDADE
Terra roxa
Terra roxa é um solo de coloração avermelhada, encontrado nos estados
de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
É um solo muito fértil e que foi formado a partir de rochas vulcânicas.
O nome “terra roxa” foi dado pelos imigrantes italianos que chegaram
ao Brasil entre o final do século 19 e o início do século 20 para trabalhar nas
fazendas de café. Ao ver a terra de cor vermelha, os imigrantes a chamaram de
terra rossa, que significa “vermelho” em italiano. Os brasileiros aportuguesaram
a palavra, dando origem ao termo “terra roxa”.
123
123
Habilidades
(EF03CI09) Comparar diferentes
amostras de solo do
entorno da escola com base
em características como cor,
textura, cheiro, tamanho das
partículas, permeabilidade
etc.
(EF03CI10) Identificar os
diferentes usos do solo (plantação
e extração de materiais,
dentre outras possibilidades),
reconhecendo a importância
do solo para a agricultura e
para a vida.
Sugestão de
encaminhamento
Você pode fazer a atividade
3 usando o jardim da escola.
Caso a escola não possua
um jardim próprio, organize
uma visita a um nos arredores.
Peça que os alunos levem
material apropriado para
desenhar.
Ao chegar ao jardim, oriente-os
sobre a importância de
não tocar em formigueiros e
cupinzeiros e de ter cuidado
com as plantas quando remexerem
a terra com as mãos.
Em toda saída a campo, deve-se
reforçar a importância
do respeito à natureza e aos
seres vivos.
O solo que foi remexido
deve ser restituído ao local
de origem.
O solo humoso é rico em matéria orgânica. O húmus ajuda a reter água,
portanto, é um solo pouco permeável e muito fértil, ideal para a agricultura.
O solo calcário é formado por fragmentos de rochas ricas em minerais de cálcio.
Ele é muito permeável, retém pouca matéria orgânica e, portanto, não é adequado
para a agricultura. Esse solo pode ser encontrado em desertos.
Solo humoso, também chamado de terra preta.
2. Por que os solos mais permeáveis são os mais pobres em matéria orgânica?
O solo e os seres vivos
Você já parou para olhar os seres vivos que encontramos no solo de um jardim?
Então, faça isso!
3. Formem grupos e, acompanhados de um adulto, visitem o
jardim mais próximo da escola. Utilizem um palito de madeira
para remexer o solo e observem os seres vivos que vivem em
seu interior.
• Depois, façam um desenho do jardim e dos seres vivos
encontrados lá e exponham na sala de aula.
124
Solo calcário.
Espera-se que os alunos reconheçam que solos pobres em água não permitem o
HOLIDAY.PHOTO.TOP/SHUTTERSTOCK
desenvolvimento de microrganismos decompositores, o que reduz a quantidade de húmus.
Atenção
Não mexam em
formigueiros ou
em cupinzeiros.
PARMNA/SHUTTERSTOCK
124
No solo de um jardim podem ser encontrados diversos seres vivos, como plantas,
minhocas, tatuzinho-de-jardim, caramujos, microrganismos e insetos, como a formiga,
o besouro e o cupim.
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
Representação dos seres vivos que habitam o solo.
As plantas terrestres, por meio de suas raízes, retiram do solo água e outros
nutrientes essenciais para seu crescimento. Elas também usam o solo para se fixar.
As minhocas são animais detritívoros, isto é, alimentam-se de restos de plantas e
animais, e suas fezes ajudam a aumentar a quantidade de matéria orgânica no solo.
Os túneis cavados pelas minhocas e formigas facilitam a passagem de ar e água e
a fixação das raízes das plantas.
Os microrganismos presentes no solo decompõem os restos de vegetais e
animais mortos, devolvendo ao solo os nutrientes e mantendo sua fertilidade.
Muitos animais, como os coelhos, as serpentes, os ratos e os tatus, usam o solo
como moradia.
A. CARLÍN/ M10
Avaliação formativa
Os alunos devem fazer, em
duplas ou trios, um relato escrito
para descrever o que foi
realizado na parte 1 da atividade
“Testando a permeabilidade
do solo” e incluir as
conclusões a que chegaram
após a realização do teste. As
respostas às questões propostas
no final dessa atividade
servem de suporte para a
redação do relato.
O mesmo deve ser feito
com a parte 2 da atividade
“Qual solo é mais fértil?” O relato
deve comparar o desenvolvimento
das plantas nos
dois vasos com solos diferentes
(areia e terra de jardim). Os
desenhos de observação que
foram feitos no caderno devem
fazer parte da avaliação.
SLOWMOTIONGLI/SHUTTERSTOCK
58 cm sem cauda
Os tatus vivem em tocas e
se alimentam de formigas
e cupins.
125
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Habilidades
(EF03CI09) Comparar diferentes
amostras de solo do
entorno da escola com base
em características como cor,
textura, cheiro, tamanho das
partículas, permeabilidade
etc.
(EF03CI10) Identificar os
diferentes usos do solo (plantação
e extração de materiais,
dentre outras possibilidades),
reconhecendo a importância
do solo para a agricultura e
para a vida.
Apoio pedagógico
O texto da seção Um pouco
de história tem características
jornalísticas e traz informações
interessantes referentes
à formação de algumas áreas
do solo amazônico. Vale comentar
que o termo “índio”,
utilizado pelo repórter, não é
adequado. Na realidade, o termo
correto seria “população
indígena”. Hoje, referir-se aos
povos indígenas como “índios”
é considerado uma forma
de tratamento pejorativa.
A palavra “indígena” significa
“aquele que pertence ao
lugar”, “originário”, “original
do lugar”.
Sugestão de
encaminhamento
Organize os alunos para um
momento de leitura em voz
alta do texto de divulgação
científica, sendo possível dividi-lo
em pequenos trechos
para essa finalidade. Isso permitirá
que você avalie a fluência
em leitura oral dos alunos,
que compreende elementos
como a capacidade de ler
com precisão, velocidade e
entonação.
Além disso, é possível chamar
a atenção dos alunos
para o tipo de texto que está
sendo lido, sua finalidade e
elementos que o compõem.
UM POUCO DE HISTÓRIA
Terra preta de índio
Pesquisadores garimpam a história contida na terra preta de índio
Quando se pensa em Floresta Amazônica, muita gente tem a ideia de que há
centenas de anos ela era uma mata virgem, intocada. Estudos de diversas áreas
estão derrubando essa teoria. A floresta não só foi densamente povoada como
estes povos foram responsáveis por uma das maiores riquezas da região, um solo
altamente fértil: a terra preta de índio.
[...]
A cidade de Manacapuru fica a 85 quilômetros de Manaus, capital do
Amazonas. Há centenas de anos, essas áreas eram habitadas por índios. No
local onde moravam se encontram as manchas de terra preta. Daí vem o nome
terra preta de índio. É um solo criado pelos índios, como diz Newton Falcão,
agrônomo do INPA, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.
“Toda a parte escura foi resultado de deposições de restos de capina e de
ossos de peixe que seria o lixão do índio. Isso é material orgânico. Não tem
plástico, não tem vidro e não tem lata. Eles também usavam o fogo para queimar.
Então, a combinação da deposição de grande quantidade de material orgânico
fresco com um pouco do material que eles queimaram, foi formando esse perfil
considerado bastante fértil e manteve a riqueza de nutrientes durante várias
décadas”, explica Falcão.
[...]
Globo Natureza. Pesquisadores garimpam a história contida na terra preta de índio. G1, 18 jun. 2012. Disponível em: http://g1.globo.com/
natureza/noticia/2012/06/pesquisadores-garimpam-historia-contida-na-terra-preta-de-indio.html. Acesso em: 11 jun. 2021.
Sítio arqueológico de terra
preta de índio em Porto Velho,
no estado de Rondônia.
126
RICARDO AZOURY/PULSAR IMAGENS
O solo e os seres humanos
A forma como os seres humanos utilizam o solo afeta diretamente os
ecossistemas.
O seu uso inadequado pode causar a perda de água e nutrientes, prejudicando os
seres vivos.
O solo e a agricultura
Não é sempre que o solo apresenta todas as características para ser utilizado na
agricultura. Por conta disso, foram desenvolvidas técnicas para adequar o solo ao
cultivo de plantas.
Algumas dessas técnicas são:
• irrigação: fornece água ao solo;
• drenagem: retira o excesso de água acumulada no solo;
• aragem: remexe o solo para facilitar a entrada de água e ar;
• adubação: fornece nutrientes ao solo.
Solo arado pronto para o plantio.
KUZMENKO VIKTORIA PHOTOGRAFER/SHUTTERSTOCK
MAKSIM SAFANIUK/SHUTTERSTOCK
Irrigação do solo.
CRS PHOTO/SHUTTERSTOCK
SIRTRAVELALOT/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
A segunda unidade didática
do capítulo abrange as
páginas 127 a 131. Os temas
tratados são: preparação de
solo para a agricultura, atividades
relacionadas com a
mineração e os riscos ambientais
decorrentes.
Sugestão de
encaminhamento
Ajude os alunos a realizarem
uma pesquisa de imagens
que mostre como o ser
humano trabalha o solo para
cultivo. Selecione imagens de
irrigação, drenagem, aragem,
adubação e os maquinários
mais usados na agricultura
(arado, colheitadeira, dispersores
de adubo, plantadeira
etc.).
As imagens podem ser projetadas
para toda a classe ou
podem ser organizadas em
cartazes conforme critérios
estabelecidos pela turma.
Drenagem do solo.
Adubo orgânico.
127
Atividade complementar
Algumas instituições oferecem orientação de como plantar determinado alimento. A
Embrapa tem uma coleção chamada “Como plantar”, que pode ser interessante.
Verifique se na região em que a escola se localiza há alguma instituição ou até mesmo
algum agricultor que possa compartilhar sua experiência com os alunos.
127
Habilidades
(EF03CI09) Comparar diferentes
amostras de solo do
entorno da escola com base
em características como cor,
textura, cheiro, tamanho das
partículas, permeabilidade
etc.
(EF03CI10) Identificar os
diferentes usos do solo (plantação
e extração de materiais,
dentre outras possibilidades),
reconhecendo a importância
do solo para a agricultura e
para a vida.
Apoio pedagógico
A atividade mineradora tem
importância econômica para
a região e para o país, uma
vez que os minérios são matéria-prima
para a produção
de muitos objetos consumidos
pela população (objetos
de metais, granito, areia para
construção, argila etc.).
O desmatamento de grandes áreas florestais para a agricultura e para a criação
de animais pode provocar a perda da camada superficial do solo e a redução da
quantidade de nutrientes presentes nele.
O uso de produtos tóxicos nas plantações, como
pesticidas, pode causar a contaminação do solo.
A proteção contra a degradação dessa camada
superficial e o manejo adequado das técnicas agrícolas
ajudam a preservar a fertilidade do solo.
O solo e a mineração
Pesticida: veneno usado
contra seres vivos que
atacam as plantações.
As rochas que compõem o solo são formadas por minerais, muitos dos quais
são utilizados pelo ser humano na construção de casas, na produção de vidro ou de
metais, como ferro e alumínio, e como pedras preciosas.
O processo de extração dos minerais das rochas é chamado de mineração.
A mineração causa diversos problemas ambientais, como:
• desmatamento de áreas florestais;
• poluição dos rios e do solo pelo uso de substâncias tóxicas, como o mercúrio
usado na extração do ouro;
• poluição causada pelos resíduos produzidos durante o processo de extração
do minério.
Como consequência, a mineração degrada o solo da área minerada.
T PHOTOGRAPHY/SHUTTERSTOCK
Vista aérea de jazida de minério de ferro em Eldorado dos Carajás, no estado da Pará, 2010.
128
Atividade complementar
Os minérios são extraídos do solo. Acesse o link a seguir e projete para a turma. O vídeo
pode despertar o interesse e a curiosidade dos alunos pelo tema. Disponível em: www.
youtube.com/watch?v=0cNcac5oAk4. Acesso em: 11 ago. 2021.
128
A extração de areia – utilizada na construção de casas e na fabricação de vidro – é
um exemplo de atividade de mineração.
A areia é retirada do fundo de rios e despejada nas margens por máquinas.
Ao retirar a areia, as máquinas agitam as águas, deixando-as turvas, e prejudicam
as margens dos rios. Além disso, levam para as margens animais e plantas que vivem
no fundo dos rios.
A retirada prolongada de areia do fundo dos rios pode causar a morte de plantas
e animais que lá habitam.
O acúmulo de areia
nas margens pode causar
a morte da mata ciliar
e, consequentemente, a
morte e a fuga dos animais
que dependem do rio para
encontrar alimento.
As atividades de
mineração são regulamentadas
por leis e fiscalizadas pelos
órgãos ambientais do estado e
do município, para garantir que
os recursos naturais não sejam
esgotados e que o impacto
dessa atividade ao meio
ambiente não seja grande.
CIÊNCIAS
LIVRO
• Azul e lindo: planeta Terra, nossa casa
Autores: Ruth Rocha e Otavio Roth
Editora: Salamandra
Ano: 2014
Extração de areia em plataforma flutuante no Oceano Pacífico.
Mata ciliar: vegetação que cresce nas margens de rios, riachos e ribeirões.
Turva: escura.
O livro trata da importância do cuidado com a casa de todos nós: o planeta Terra. O que
fazer para impedir que os solos se tornem desertos, que as águas fiquem envenenadas e
que as florestas sejam devastadas?
DIVULGAÇÃO
129
ARTEM PACHKOVSKYI/SHUTTERSTOCK
Atividade
complementar
O livro de Ruth Rocha e
Otávio Roth sugerido no
Ciências + pode ser lido
com os alunos e um debate
pode ser feito à medida
que os assuntos são apresentados.
Instrumentos
usados para estudar o
Universo, poluição ambiental,
preservação das
espécies e dos recursos
naturais do planeta são
alguns dos temas.
Você pode organizar
uma roda de conversa e
propor a questão a seguir
para a reflexão de todos.
1. Como as mineradoras
devem agir para não prejudicar
o meio ambiente?
Os alunos terão a oportunidade
de refletir a respeito
de uma atividade
econômica importante,
mas que agride o ambiente
natural.
Espera-se que os alunos
sugiram ações como: extrair
o minério por pouco
tempo e recuperar a área
que foi explorada imediatamente
após a finalização
da atividade. Em outros tipos
de mineradoras, como
as de minério de ferro, por
exemplo, elas devem proteger
a área de exploração
e recuperar o ambiente
devastado assim que a
mina sofrer esgotamento.
129
JORNADA DO SABER
PRESERVAÇÃO
DO MEIO
AMBIENTE
Habilidades
(EF03CI09) Comparar diferentes
amostras de solo do
entorno da escola com base
em características como cor,
textura, cheiro, tamanho das
partículas, permeabilidade
etc.
(EF03CI10) Identificar os
diferentes usos do solo (plantação
e extração de materiais,
dentre outras possibilidades),
reconhecendo a importância
do solo para a agricultura e
para a vida.
Apoio pedagógico
O acidente de Mariana
(MG), que ocorreu em novembro
de 2015, causou enormes
prejuízos para o ambiente e
para as pessoas. Além das
mortes de moradores do distrito
de Bento Rodrigues, o
rio Doce foi atingido e muitos
animais e plantas acabaram
morrendo.
Faça uma busca em jornais
da época ou em páginas confiáveis
da internet sobre o
ocorrido e comente as consequências
desse acidente com
os alunos. Esse desastre deve
servir de alerta para as autoridades,
que devem sugerir
novas leis que protejam o ambiente
e as pessoas que vivem
no entorno de mineradoras.
130
O desastre de Mariana e suas consequências
ambientais
No dia 5 de novembro de
2015, na cidade de Mariana,
no estado de Minas Gerais,
uma barragem contendo rejeitos
de mineração se rompeu e
liberou cerca de 55 bilhões de
litros de lama.
A lama destruiu o vilarejo de
Bento Rodrigues. Em poucos dias, a
lama chegou ao rio Doce, matando Povoado de Bento Rodrigues soterrado pela lama.
plantas e animais que viviam ali.
Menos de vinte dias após o rompimento da barragem, a lama atingiu o litoral do
Espírito Santo e se espalhou mar adentro.
Leia o texto abaixo, sobre o desastre ambiental em Mariana, e depois responda
às perguntas.
Tragédia no Rio Doce
O dia 5 de novembro despertou
ensolarado no pequeno povoado
de Bento Rodrigues, em Mariana,
ao sul de Minas Gerais. [...] À tarde,
se ouviu um estrondo “como se dez
aviões tivessem caído”. A apenas
10 quilômetros dali, a barragem do
Fundão se rompia. Uma avalanche com
55 milhões de metros cúbicos de lama
tóxica estava a caminho para eliminar o
vilarejo do mapa.
[...]
A enxurrada soterrou pessoas, casas,
animais, comércios e plantações.
[...]
A lama avançou pelo Rio Doce,
atravessou os Estados de Minas Gerais e
Espírito Santo até chegar à praia capixaba
de Regência, onde o rio encontra o mar.
Oceano afora, a lama já se afastou da
costa [...]. Devastou a [...] mata ciliar, matou
toneladas de peixes e toda a vida aquática
por onde passou e interrompeu o
fornecimento de água de cidades inteiras.
GUSTAVO BASSO/SHUTTERSTOCK
130
[...]
As partículas finas de lama do
rejeito entupiram as brânquias dos
peixes. Eles morreram asfixiados. A lama
também ofuscou toda a luz do rio – e,
sem ter como realizar fotossíntese, o
fitoplâncton,
base da cadeia
Cadeia alimentar: é uma
alimentar
sequência de seres vivos
aquática,
que dependem uns dos
também
outros para sobreviver.
morreu.
[...]
A marcha fúnebre do Rio Doce
seguiu por mais de 600 quilômetros até
chegar ao mar capixaba. A lama afastou o
turismo das praias e deixou os pescadores
sem o principal ganha-pão. Numa ação
emergencial, biólogos cuidaram de
realocar os ninhos de tartarugas marinhas
da região, para evitar que os filhotes
nadassem em direção à lama. Ali, ainda
há outra questão: o banco de Abrolhos,
onde está a principal formação de corais
do [oceano] Atlântico [...] e uma imensa
concentração de algas [...], que fixam o
gás carbônico da atmosfera. A destruição
dessas algas [...] pode aumentar a
temperatura da Terra nos próximos anos.
Especula-se também que elementos
tóxicos possam entrar na cadeia
alimentar – uma sardinha que devora o
zooplâncton contaminado com mercúrio,
por exemplo, passará o elemento para o
próximo predador.
[...]
Camila Almeida; Carol Castro; Felipe Floresti. Tragédia no Rio Doce. Superinteressante, 26 jul. 2017. Disponível em: https://super.abril.com.br/
sociedade/tragedia-no-rio-doce/. Acesso em: 11 jun. 2021.
1. Segundo o texto, qual foi a causa da morte das plantas e dos peixes do
rio Doce?
Respostas na Resolução comentada.
2. As mineradoras devem ter programas de exploração que mantenham o
equilíbrio da natureza e projetos para evitar acidentes?
3. Formem grupos e pesquisem, na internet, quais medidas foram tomadas para
recuperar o rio Doce e como ele se encontra atualmente.
Sugestão de
encaminhamento
Faça uma leitura dialogada
do texto da seção Jornada do
saber. Em seguida, realize um
levantamento das palavras
desconhecidas dos alunos
e procure no dicionário o
significado que melhor se
aplica ao texto.
Depois desse grave acidente
ambiental, a região
131
mineradora de Brumadinho
(MG) foi atingida por um
desastre semelhante: o
rompimento da barragem
de rejeitos de minério de
ferro do Córrego do Feijão.
Nesse acidente, 270 vidas
humanas foram perdidas,
além de plantações e muitos
animais. Por isso, em virtude
da relevância do acontecido,
o assunto deve ser discutido
em sala de aula.
Se desejar, pesquise sobre
o desastre em Brumadinho.
Você vai encontrar farto material
na internet.
Resolução
comentada
1. De acordo com o texto, a
morte dos peixes foi causada
pelas partículas de
lama que entupiram suas
brânquias, impedindo-os
de respirar.
A morte das plantas foi
causada pela escuridão
que a lama causou no rio,
que as impediu de realizar
a fotossíntese.
2. Espera-se que os alunos digam
que sim, pois o meio
ambiente é um bem de
toda a sociedade e deve
ser protegido pelas empresas
que exploram os
recursos naturais.
3. A pesquisa pode ser feita
durante o horário de aula.
Organize uma discussão
sobre as medidas tomadas
para a recuperação
da área afetada pelo
desastre.
Avaliação formativa
Utilize a pesquisa da atividade
3 da seção Jornada
do saber para avaliar esta
unidade didática. Avalie se
os grupos consideraram as
consequências ambientais
desta atividade econômica,
que é responsável pela alteração
da região em que ocorre.
A organização do trabalho em
grupo e a clareza dos textos
e imagens devem ser consideradas
como elementos
avaliativos.
131
ATIVIDADES
Habilidades
(EF03CI09) Comparar diferentes
amostras de solo do
entorno da escola com base
em características como cor,
textura, cheiro, tamanho das
partículas, permeabilidade
etc.
(EF03CI10) Identificar os
diferentes usos do solo (plantação
e extração de materiais,
dentre outras possibilidades),
reconhecendo a importância
do solo para a agricultura e
para a vida.
1. Como ocorre a formação do húmus?
O húmus é formado a partir dos restos de plantas (folhas, galhos, frutos etc.) e de animais
mortos. Esse material é decomposto por fungos e microrganismos e transformados em
substâncias simples (água, gás carbônico e minerais).
2. Preencha o espaço abaixo com imagens de seres vivos que habitam o solo.
Espera-se que os alunos representem plantas, insetos e minhocas que habitam o solo.
Produção pessoal.
Apoio pedagógico
Para responder à atividade
1, o aluno pode retornar ao
texto e formular a resposta
com as suas próprias palavras.
Caso os alunos tenham
dificuldade em atender à comanda,
proponha novamente
o estudo do tema, porém com
uma nova estratégia didática.
Os alunos podem encontrar
imagens dos seres vivos
em revistas ou na internet
ou fazer desenhos. Imagens
de bancos gratuitos podem
ser impressas, recortadas e
coladas no espaço correspondente
à atividade 2.
132
132
3. Observe as imagens e responda à pergunta.
WSTOCKSTUDIO/SHUTTERSTOCK
A B C
LAKSHMIPATHILUCKY/SHUTTERSTOCK
GOVINDAMADHAVA108/SHUTTERSTOCK
• Qual desses solos aparenta ser o mais fértil? Por quê?
O solo A, pois é o mais escuro, o que indica que é mais rico em húmus.
4. Complete a frase:
• Os solos formados por grande quantidade de areia são
mais
(mais/menos) permeáveis do que os solos que contêm muita argila.
5. Circule os fatores que contribuem para a fragmentação das rochas que formarão o solo.
A
Água das ondas do mar.
A. CARLÍN/ M10
B
Pequenas plantas que crescem sobre
as rochas (musgos).
A. CARLÍN/ M10
Os alunos
devem
circular todos
os fatores
indicados.
C
A. CARLÍN/ M10
D
A. CARLÍN/ M10
Rajadas de vento.
E
Calor do Sol.
A. CARLÍN/ M10
A chuva.
133
133
BRINCANDO EU APRENDO
Habilidades
(EF03CI09) Comparar diferentes
amostras de solo do
entorno da escola com base
em características como cor,
textura, cheiro, tamanho das
partículas, permeabilidade
etc.
(EF03CI10) Identificar os
diferentes usos do solo (plantação
e extração de materiais,
dentre outras possibilidades),
reconhecendo a importância
do solo para a agricultura e
para a vida.
Atividade
preparatória
Montamos um exemplo de
tabela com as características
que devem ser sorteadas.
Se achar conveniente, substitua
ou acrescente outras
características.
Sugestão de
encaminhamento
Você pode usar um cronômetro
para fazer a contagem
do tempo de cada rodada.
Use a lousa para anotar o
número de animais que cada
grupo enumerou.
Se houver dúvidas sobre
um animal ter ou não determinada
característica, discuta
com os alunos para decidir se
a citação será válida ou não.
Apoio pedagógico
Em atividades lúdicas como
a apresentada, são desenvolvidas
habilidades como: respeito
às regras, cooperação,
interação e integração com os
colegas, desenvolvimento da
autoestima e da autonomia,
valorização das vivências e do
seu conhecimento, espírito
de liderança, concentração,
entre outras.
134
Quantos animais você conhece?
Existe uma grande diversidade de animais no mundo. Há animais de várias cores,
com asas, com pernas, com bico, com garras, que vivem na água, que vivem na terra
etc.
Quantos animais você conhece? Este jogo vai ser um desafio!
Como jogar
A. Com a ajuda do professor, organizem-se em grupos. Copiem as características
dos animais do quadro abaixo. Dobrem os papéis e usem-nos para o sorteio.
B. O professor fará o sorteio das características. Por exemplo, “Escrevam o nome
de animais que voam”.
C. Cada grupo terá dois minutos para escrever os nomes dos animais que
conhecem com a característica sorteada.
D. Quando terminar a rodada, cada grupo deverá dizer os animais que foram
citados. Ganha a rodada o grupo que tiver escrito o maior número de animais.
E. O resultado deve ser escrito em uma tabela, que pode estar na lousa ou em
uma cartolina. O grupo que conseguir vencer o maior número de rodadas
ganha o jogo.
Nadam Voam Andam Escalam
Vivem na água Vivem na terra Botam ovo Têm bico
Têm penas Têm pelos Têm escamas Têm garras
Têm antenas Têm cauda Têm duas pernas
Têm quatro
pernas
134
Resolução comentada
PARA ENCERRAR
1. Imagine que você faça parte de um grupo de biólogos que descobriu uma nova
espécie de animal. O trabalho de vocês é classificar esse animal dentro de algum grupo
conhecido. O animal apresenta as seguintes características:
• presença de pelos;
• asas;
• dentes afiados;
A que grupo pertence essa espécie? Por quê?
• possui esqueleto interno;
• mama quando filhote.
2. Numere corretamente as fases do ciclo de vida de uma borboleta.
CHAINFOTO24/SHUTTERSTOCK
3. Leve cada animal ao seu grupo.
A. CARLÍN/ M10
MARIA T HOFFMAN/SHUTTERSTOCK
4 1 2 3
HHELENE/SHUTTERSTOCK
Resposta na Resolução comentada.
Atividade 1: Os alunos devem reconhecer que o animal pertence ao grupo dos mamíferos por
causa das características que não são encontradas em outros grupos: presença de pelos e mamar
quando filhote (EF03CI06).
Atividade 2: Os alunos devem reconhecer e ordenar as alterações no ciclo de vida das borboletas
– ovo, larva, pupa e borboleta adulta (EF03CI05).
Atividade 3: Essa classificação permitirá a avaliação da habilidade dos alunos em comparar
os animais com base nas características descritas (EF03CI06). Observe se os alunos mobilizam
corretamente nas justificativas oferecidas os aspectos que distinguem os mamíferos dos demais
grupos de animais.
JAY ONDREICKA/SHUTTERSTOCK
aves
mamíferos
répteis
anfíbios
peixes
invertebrados
135
Sugestão de
encaminhamento
Antes de realizar a avaliação,
oriente os alunos a retomar
os conteúdos de cada
unidade em casa ou em pequenos
grupos na sala de
aula.
Você pode recolher os livros
para analisar as respostas
dadas e fazer anotações
a respeito de cada aluno. Um
pequeno relatório poderá ser
entregue ao professor do 4 o
ano, que poderá começar o
ano letivo com informações
importantes para seu trabalho
pedagógico.
Apoio pedagógico
A seção Para encerrar visa
favorecer a avaliação dos resultados
dos alunos ao fim do
ano e podem ser analisadas
à luz das demais avaliações
formativas e de processo já
realizadas. As atividades propostas
revisam os conteúdos
desenvolvidos e avaliam o
aprendizado. Elas devem ser
realizadas em sala de aula sob
sua orientação, assim, será
possível perceber o quanto
cada estudante avançou em
relação às habilidades e aos
conteúdos trabalhados ao
longo do ano.
Você pode ler cada uma
das questões e dar um tempo
para que todos resolvam.
Outra alternativa é fazer uma
leitura de toda a avaliação e,
se os alunos ainda apresentarem
alguma dificuldade em
leitura, circular pela sala atendendo
às dúvidas individuais.
135
Resolução
comentada
Atividade 4: Observe se os
alunos são capazes de identificar
os animais nas ilustrações
nas quais se baseiam as questões
3 e 4, relacioná-los aos
grupos aos quais pertencem
(EF03CI06) e associá-los às características
do modo de vida
desses animais (EF03CI04).
Atividade 5: No projeto
proposto na seção Ciências
em ação, os alunos realizaram
pesquisas e produziram
cartazes informativos sobre a
saúde visual e auditiva. Você
poderá avaliar os conhecimentos
que desenvolveram
nesse projeto por meio da
questão proposta, na qual
devem ser capazes de selecionar,
dentre os hábitos indicados,
aqueles que contribuem
com a manutenção da saúde
visual e auditiva (EF03CI03).
Atividade 6: Por meio dos
desenhos realizados, você
terá elementos para avaliar
o entendimento dos alunos
a respeito do que ocorre no
contato da luz com superfícies
polidas (espelhos). Observe se
os alunos desenham os feixes
de luz refletidos de forma organizada,
isto é, sem desvios
para diversas direções, como
aconteceria em uma superfície
não polida (EF03CI02).
Você também poderá avaliar
se os alunos identificam corretamente
que o som produzido
pela corneta, ao encontrar um
obstáculo, é refletido e pode
ser indicado por setas nos desenhos
dos estudantes.
Atividade 7: Nessa atividade,
a resposta dos alunos
indicará se eles percebem
um dos fatores (espessura
das cordas) que interfere
na produção de som a partir
da vibração de objetos
(EF03CI01).
4. Sobre os animais da questão anterior, responda:
a) Qual deles vive exclusivamente na água? O tubarão.
b) Qual deles põe seus ovos na lagoa? O sapo.
c) Qual deles é herbívoro? O cavalo.
5. Assinale as ações que representam hábitos de cuidado com a saúde auditiva e visual.
HENADZI KLLENT/SHUTTERSTOCK
X
6. Faça um desenho da reflexão da luz no espelho no quadro da esquerda e um desenho
da reflexão do som no quadro da direita.
REFLEXÃO DA LUZ
ALEXANDRE R./ M10
REFLEXÃO DO SOM
7. Por que as cordas do violão produzem sons diferentes?
Como as cordas do violão têm espessuras variadas, elas não vibram da mesma forma e,
136 por isso, produzem sons diferentes.
ANDREY_POPOV/SHUTTERSTOCK
X
AFRICA STUDIO/SHUTTERSTOCK
ALEXANDRE R./ M10
ARTUSH/SHUTTERSTOCK
136
8. Complete o diagrama com as respostas das questões a seguir.
a) Nome do planeta em que vivemos.
b) Camada formada por matéria semilíquida e muito quente que chega até a
superfície pelos vulcões ativos.
c) Camada no interior da Terra que atinge a temperatura mais elevada.
d) Camada que forma a superfície sólida da Terra.
e) Conjunto de ecossistemas formados por seres vivos e componentes não vivos,
como água, solo e ar.
f) Nome do material pastoso que é lançado pelos vulcões em erupção.
e)
c)
b)
f)
d)
a)
M A N T O
N Ú C L E O
B I O S F E R A
L A V A
C R O S T A
Resolução
comentada
Atividade 8: A atividade
possibilitará que você avalie
a compreensão dos alunos
sobre algumas características
do planeta Terra, como sua
divisão interna em camadas
(crosta, manto e núcleo); a
presença de vulcões que expelem
lava (substância que
chega à superfície a partir
da atividade do manto); e a
existência da biosfera na superfície
terrestre, na qual se
encontram os seres vivos e os
componentes não vivos que
os sustentam, como água, ar
e solo (EF03CI07).
Atividade 9: A atividade de
completar as lacunas nas frases
mobiliza os conhecimentos
dos alunos sobre os períodos
diários em que o Sol, as
demais estrelas e a Lua são
visíveis no céu (EF03CI08).
9. Complete as frases utilizando as palavras do quadro.
Lua • Sol • estrelas
a) Durante o dia, o brilho do Sol nos impede de enxergar outras
estrelas no céu.
b) Vemos a Lua com diferentes formatos ao longo do mês e, às vezes,
podemos observá-la durante o dia.
137
137
Resolução
comentada
Atividade 10: O solo A é formado
basicamente por areia.
Testes possíveis: esfregar o
solo A na palma da mão para
sentir a aspereza dos grãos
de areia; observar os grãos
de areia a olho nu na palma
da mão; comparar a permeabilidade
do solo A com a do
solo que tem muita argila (a
água vai passar rapidamente
pelo solo arenoso).
Você poderá avaliar se os
alunos são capazes de comparar
as duas amostras de
solo com base em algumas
características, como textura
e permeabilidade (EF03CI09).
Ao solicitar o planejamento de
um teste, a habilidade também
favorece que os alunos
continuem a desenvolver
a competência de dominar
práticas e procedimentos da
investigação científica.
Atividade 11: Reconhecendo
a importância do solo para a
agricultura e para a vida, os
alunos devem ser capazes de
identificar o papel da irrigação,
da adubação e da aragem no
aumento da produtividade
agrícola e na melhoria da
qualidade do solo (EF03CI10).
10. Observe as imagens e responda às perguntas.
A
A
Irrigação.
C
A. CARLÍN/ M10
MAXIM TUPIKOV/SHUTTERSTOCK
B
Respostas na Resolução comentada.
• Qual dessas amostras é composta basicamente por areia?
• Que testes você poderia fazer com esse solo para confirmar a sua resposta?
11. Imagine que você está cultivando uma horta na escola, mas percebeu que as plantas
estão ficando murchas.
• Circule as técnicas que poderiam ser adotadas para melhorar a qualidade do solo da
horta. Os alunos devem circular as três técnicas.
B
Adubação.
A. CARLÍN/ M10
Aragem.
A. CARLÍN/ M10
RODIMOV/SHUTTERSTOCK
138
138
CONCLUSÃO DA UNIDADE 3
A ficha a seguir é um modelo que deve ser copiado e ampliado para que o avanço da aprendizagem dos alunos seja registrado
de modo claro e objetivo.
FICHA DE MONITORAMENTO DA APRENDIZAGEM
Objetivos Aluno 1 Aluno 2 Aluno 3 Aluno 4 Aluno 5
Capítulo 6 – O desenvolvimento da
Astronomia
P S I P S I P S I P S I P S I
1. Considera que podemos obter informações sobre o Sistema
Solar por meio da observação do céu noturno.
2. Conhece as teorias sobre a posição do planeta Terra no
Universo.
3. Valoriza a história da Astronomia.
4. Reconhece a importância dos equipamentos ópticos para o
desenvolvimento da Astronomia e outros campos da ciência.
5. Representa o Sistema Solar por meio de um modelo em
escala.
Capítulo 7 – O planeta Terra
6. Explora diferentes formas de representação do planeta
Terra.
7. Reconhece as características das camadas que formam o
planeta Terra.
8. Compreende como são formados os vulcões.
9. Identifica a crosta terrestre como a camada da Terra na
qual vivemos.
10. Interpreta modelo representativo das camadas que
formam o interior do planeta Terra.
Capítulo 8 – Características do solo
11. Compreende a origem e o processo de formação do solo.
12. Compara e descreve as características de diferentes tipos
de solo.
13. Valoriza e reconhece a importância do solo para a
manutenção da vida.
14. Reconhece que muitas atividades humanas podem poluir
o solo.
15. Reconhece a importância do solo para a produção de
alimentos.
16. Identifica riscos ambientais causados por atividades
mineradoras.
P = Objetivo atingido plenamente S = Objetivo atingido satisfatoriamente I = Aproveitamento insatisfatório
138 B
Mercúrio
Vênus
Terra
Marte
Júpiter
Urano
Saturno
Netuno
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
139
139
140
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
VICTOR B./ M10
141
141
142
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Camila; CASTRO, Carol; FLORESTI, Felipe. Tragédia no Rio Doce. Superinteressante, 26 jul. 2017. Disponível em: https://super.
abril.com.br/sociedade/tragedia-no-rio-doce/. Acesso em: 16 ago. 2021.
Em 2015 uma barragem de rejeitos de mineração se rompeu e a lama soterrou plantas, animais e casas de um
pequeno vilarejo em Minas Gerais, gerando consequências graves às pessoas e ao ambiente.
DORNELLES, Camille. Desertos brasileiros. Ciência Hoje das Crianças, 31 jul. 2013. Disponível em: http://chc.org.br/desertos-brasileiros/.
Acesso em: 16 ago. 2021.
Existem áreas de deserto no Brasil e elas estão aumentando. Nesse artigo, um cientista explica como elas se formam.
LENDA da Vitória Régia. Leitura para todos. Teia de textos. UFMG. Belo Horizonte, 2010. Disponível em: www.ufmg.br/cienciaparatodos/
wp-content/uploads/2012/06/leituraparatodos/Textos-Leitura-Etapa-3-e-4/e34_60-lendadavitoriaregia.pdf. Acesso em: 16
ago. 2021.
O texto curto apresenta, em linguagem adequada à faixa etária dos alunos, a lenda da vitória-régia que conta a
história da índia Naiá e como ela se apaixonou pela Lua.
PESQUISADORES garimpam a história contida na terra preta de índio. Globo Natureza. G1, 18 jun. 2012. Disponível em: http://g1.globo.com/
natureza/noticia/2012/06/pesquisadores-garimpam-historia-contida-na-terra-preta-de-indio.html. Acesso em: 16 ago. 2021.
No solo da região Amazônica estão guardadas muitas informações sobre como era o local há centenas de
milhares de anos.
SANTANA, Vitor. Incêndio na Chapada dos Veadeiros destrói mais de 60 mil hectares de Cerrado e atinge quatro casas em Cavalcante.
Portal G1 Goiás, 5 out. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2020/10/05/incendio-na-chapada-dosveadeiros-atinge-quatro-casas-em-cavalcante.ghtml.
Acesso em: 16 ago. 2021.
Um incêndio na Chapada dos Veadeiros levou uma semana para ser controlado, destruindo parte da vegetação
natural e atingindo casas de moradores da região.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
LIVROS
BELINKY, Tatiana. O espirro do vulcão. 1. ed. São Paulo: Saraiva Didáticos, 2019.
Saiba mais sobre a relação dos vulcões com a humanidade do ponto de vista de um vulcão.
GUILBERT, Françoise. Mini Larousse dos Cinco Sentidos. 1. ed.São Paulo: Larousse, 2007.
Várias curiosidades sobre o funcionamento dos cinco sentidos são respondidas nesse livro, ajudando a entender
como podemos perceber o mundo através desses sentidos.
KAINGÁNG, Vangri. A lenda do primeiro pajé. 1. ed. São Paulo: Biruta, 2016.
Em lendas de muitos povos as estrelas são personagens importantes. Na lenda indígena contada no livro A
lenda do primeiro pajé, uma estrela se apaixona por uma índia.
LALAU (Lázaro Simões Neto) e LAURABEATRIZ. Brasileirinhos. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2017.
Nesse livro, algumas espécies de animais brasileiros ameaçados de extinção ganham poemas e ilustrações. É
um ótimo jeito de conhecer nossos animais.
PRAP, Lila. Você sabe tudo sobre dinossauros? 1. ed. São Paulo: Biruta, 2016.
Com esse livro você vai saber muito mais. Conheça espécies e saiba como viviam esses animais com nomes
estranhos que viveram milhões de anos atrás.
RACHELIN, Ana. Beethoven. 2. ed. São Paulo: Callis, 2011.
Um dos maiores compositores de música clássica da história foi Ludwig van Beethoven, que criou grande parte
de suas obras mais famosas depois de perder a audição.
WINTERS, Pierre. Estrelas e planetas. 1. ed. São Paulo: Brinque-Book, 2011.
O livro Estrelas e planetas tem informações e curiosidades sobre muitas coisas relacionadas ao espaço com
belas ilustrações que enchem os olhos.
SITES
COMO SE FORMA a lava dos vulcões? Universidade das crianças, [s.d.]. Disponível em: www.universidadedascriancas.org/perguntas/
como-se-forma-a-lava-dos-vulcoes/. Acesso em: 5 ago. 2021.
Nesta página, você encontra respostas para perguntas interessantes. Uma delas é: como se forma a lava dos vulcões?
ESCOLA Games. Jogo Animais Silvestres. Disponível em: www.escolagames.com.br/jogos/animaisSilvestres/. Acesso em: 9 ago. de 2021.
Descubra alguns animais silvestres e suas características neste jogo de quebra-cabeças online.
IBGE. IBGE Educa, 2021. Nosso território. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/criancas/brasil/nosso-territorio/19635-ecossistemas.
html. Acesso em: 9 ago. 2021.
Nesta página são apresentadas informações mapas e imagens sobre os biomas brasileiros. No site, ainda é
possível acessar alguns jogos e brincadeiras relacionados ao Brasil, suas regiões, vegetações e animais.
OLHOS de cachorro. Ciência Hoje das Crianças, , 2014. Disponível em: http://chc.org.br/acervo/olhos-de-cachorro/. Acesso em: 5 ago. 2021.
Afinal, os cachorros enxergam como nós, seres humanos? Se você tem essa curiosidade sobre a visão dos
cachorros, acesse o link indicado e leia a matéria para saber mais.
POR QUE temos dentes? Universidade das Crianças, [s.d.]. Disponível em: www.universidadedascriancas.org/perguntas/por-que-temosdentes/.
Acesso em: 9 ago. 2021.
Nós sabemos para que os dentes servem, mas por que temos dentes? A resposta para essa pergunta está
disponível no site indicado.
VASCONCELLOS, Lucas. Além da minhoca: 8 animais que vivem embaixo da terra. Recreio, 7 maio 2021. Disponível em: https://recreio.uol.
com.br/zoo/8-animais-que-vivem-sob-a-terra.phtml. Acesso em: 6 ago. 2021.
Nesta página da revista Recreio, Lucas Vasconcellos conta um pouco sobre a vida de animais que vivem no solo.
VÍDEOS
ANFÍBIOS PARA CRIANÇAS: Animais Vertebrados (2 min). Smile and Learn, 2019. Disponível em: www.youtube.com/
watch?v=a5YCne38E7s. Acesso em: 5 ago. 2021.
Caso tenha curiosidade para saber mais sobre a vida do sapo, animal vertebrado que passa por metamorfose,
veja o vídeo do canal Smile and Learn.
BRINCADEIRAS INCLUSIVAS! (5 min). Vila Sésamo, 2016. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=fUfAFCu4mcg. Acesso em: 5
ago. 2021.
Todas as crianças podem brincar juntas, mesmo com diferenças. Para isso, basta fazer adaptações nas
brincadeiras para incluir pessoas com deficiência e outras necessidades que são diferentes das suas. No vídeo
do link indicado, a turma da Vila Sésamo explica como as adaptações são importantes.
BRINCANDO COM A CIÊNCIA: Experimentos visuais. (6min30seg). Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), 2020. Disponível em:
www.youtube.com/watch?v=ACyL0ItVVuM&list=PLk2-NAaoUZyutJZBiZHZBeKnWVLVjoltH&index=5. Acesso em: 6 ago. 2021.
A visão é o sentido pelo qual percebemos grande parte das informações do ambiente, mas até os olhos
mais atentos podem ser enganados com alguns truques. Acesse o vídeo do link indicado para fazer algumas
brincadeiras visuais.
COMO CONSEGUIMOS ouvir o som do violão? (1 min). ClickCiência, UFSCar. Ciência Explica, 2016. Disponível em: www.youtube.com/
watch?v=6OzjzVXFnX4. Acesso em: 5 ago. 2021.
Embora a locução não use a nomenclatura atual, a orelha interna, o vídeo permite que você entenda melhor o
caminho que o som faz para conseguirmos escutar o som de um violão.
COMO O MORCEGO VOA NO ESCURO? (1 min). Publicado pelo canal ClickCiência, UFSCar. Ciência Explica, 2017. Disponível em: www.
youtube.com/watch?v=DPgylrLzLD8. Acesso em: 6 ago. 2021.
Os morcegos estão sempre voando no escuro. Mas como eles sabem por onde ir? Assista ao vídeo no link
indicado e entenda melhor como os morcegos se localizam mesmo no escuro total.
GALILEU GALILEI. (3 min). Ilustrando História, 2018. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=Uxko6UMN0xI. Acesso em: 5 ago. 2021.
Este vídeo conta a história das descobertas do cientista italiano Galileu Galilei (1564-1642) de forma resumida
por meio de ilustrações.
JOSUÉ e o pé de macaxeira. (12 min). Diogo Viegas, 2014. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=hutYtXMjE5w. Acesso em: 5
ago. 2021.
Essa animação é uma releitura do conto João e o pé de feijão. A história se passa no sertão nordestino e Josué
troca seu burrinho por uma macaxeira mágica que vai garantir uma aventura incrível.
LENDAS indígenas. (13 min). Turma do Folclore, 2019. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=IRwOBqNXhsc. Acesso em: 6 ago. 2021.
Além da lenda da vitória-régia, existem muitas outras lendas indígenas que fazem parte do folclore brasileiro.
Neste vídeo da Turma do Folclore, você pode conhecer algumas delas.
MUSICALIZAÇÃO: Música para Surdos. (5min30seg). Instituto Alarme, 2020. Disponível em: www.youtube.com/
watch?v=XOSzZVYXBoo. Acesso em: 5 ago. 2021.
A audição também é um sentido muito importante. Além de perceber os sons do ambiente natural, o ser
humano consegue apreciar a música, inclusive as pessoas surdas. Entenda como acessando o vídeo.
VERTEBRADOS E INVERTEBRADOS: suas diferenças básicas. (2min30s). O Incrível Pontinho Azul, 2017. Disponível em: www.youtube.
com/watch?v=mYZsU8yZuzU. Acesso em: 9 ago. 2021.
O vídeo do canal O Incrível Pontinho Azul mostra algumas diferenças entre animais vertebrados e
invertebrados.
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