PNLD 2023 - Aquarela Ciências 4
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Trivellato • Cida Lico
Aquarela
CIENCIAS CIÊNCIAS
MANUAL DO PROFESSOR
4
4 0 ANO ENSINO FUNDAMENTAL • ANOS INCIAIS
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Aquarela
CIENCIAS CIÊNCIAS
MANUAL DO PROFESSOR
Trivellato [ José Trivellato Júnior ]
Licenciado em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da
Universidade de São Paulo (USP). Licenciado em Pedagogia pela Faculdade
de Ciências e Letras Nove de Julho. Doutor em Educação e Mestre em
Didática pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP)
Cida Lico [ Maria Aparecida de Almeida Lico ]
Licenciada em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da
Universidade de São Paulo (USP)
4
4 0 ANO ENSINO FUNDAMENTAL • ANOS INCIAIS
CIÊNCIAS DA NATUREZA
1 a edição | São Paulo | 2021
© 2021 Kit’s editora
São Paulo • 1 a edição • 2021
Kit’s Editora Comércio e Indústria Ltda. - EPP
Rua Henrique Sam Mindlin, 576 – Piso Superior
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CEP: 05882-000
Tel.: (11) 5873-4363
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Direção administrativa
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Equipe M10 Editorial:
Coordenação editorial
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Coordenação de arte e projeto gráfico de capa
Thais Ometto
Projeto gráfico
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Edição
Bárbara Odria
Preparação e revisão de textos
Brenda Silva
Assessoria técnica
Giovanna Sarli
Sandra Helena Dittmar Sarli Santos
Produção editorial
Vanessa Dionello
Coordenação de editoração eletrônica
Eduardo Enoki
Editoração eletrônica
Fanny Sosa
Nathalia Scala
Iconografia e ilustrações
M10 editorial
Impressão e acabamento
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.................................................................................... IV
1. ORIENTAÇÕES GERAIS DA COLEÇÃO......................................... IV
1. 1 PRESSUPOSTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA COLEÇÃO.............................IV
1.2 O ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................V
2. A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC)................ VI
2.1 – UNIDADES TEMÁTICAS................................................................................................... VII
3 – O ENSINO DE CIÊNCIAS.............................................................VIII
3.1 O CONHECIMENTO CIENTÍFICO.................................................................................... VIII
3.2 LETRAMENTO CIENTÍFICO................................................................................................IX
4. - A DIDÁTICA DAS CIÊNCIAS...........................................................X
4.1 - AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO (TICS)...............XI
5 - A PRÁTICA DOCENTE................................................................... XII
6 - A AVALIAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM.XII
7 - APRESENTAÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS DA OBRA..XIII
8 - TEXTO DE APROFUNDAMENTO................................................XIV
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................... XVI
ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS PARA O VOLUME ............................ 1
III
APRESENTAÇÃO
Elaboramos este livro especialmente para você. Na parte inicial, incluímos uma série de temas e discussões a respeito do trabalho
nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental que tratam do ensino de Ciências nessa etapa da educação escolar.
Conscientes da importância do trabalho colaborativo entre os profissionais da educação, dedicamos grande parte desse projeto
editorial a pesquisas e leituras de textos, dialogando tanto com professores de Ensino Básico quanto do Superior sobre a
educação em geral, propostas e recursos didáticos, currículo, legislação e avaliação. Este material é fruto desse trabalho, que foi
desenvolvido paralelamente à escrita dos livros dos alunos.
Esperamos que esse Manual e as orientações específicas para cada ano possam contribuir para as aulas e sua atualização docente
ao apresentar as perspectivas teóricas que sustentaram este projeto editorial. Ao apresentá-las estamos colaborando para a ampliação
do seu repertório de formação e para a reflexão acerca das transformações recentes no processo de ensino-aprendizagem de Ciências.
Ótimo trabalho!
Autores e equipe editorial.
1. ORIENTAÇÕES GERAIS DA COLEÇÃO
1. 1. PRESSUPOSTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA COLEÇÃO
Quando as atividades didáticas propostas pelo professor proporcionam o engajamento dos estudantes na busca pelo conhecimento
científico de modo ativo e colaborativo, a aprendizagem se dá de modo significativo, ou seja, a busca por respostas a
questões instigantes permite que os estudantes reestruturem a sua rede de conhecimento e ampliem a compreensão que têm
do mundo natural, científico, tecnológico e social.
Para promover a aprendizagem significativa, essa coleção se estrutura sob quatro pilares: o conhecimento científico, englobando
suas práticas, teorias, leis, conceitos, metodologias e história; a linguagem e seu papel mediador na construção do
conhecimento; os valores sociais, políticos e éticos; e o desenvolvimento socioemocional que deve ser estimulado durante
a formação educacional e humana dos alunos.
O conhecimento científico permeia nosso mundo atual e constitui um dos saberes que devem estar presentes na Educação Básica.
O conhecimento científico não consiste apenas em um conjunto de conceitos e teorias, mas sim uma forma de interpretar o mundo à
nossa volta. Ensinar ciência se refere aos modos como os cientistas e pesquisadores trabalham, como e quais são as práticas que eles usam
para elaborar o conhecimento científico e como o contexto cultural e político influencia na construção de tal conhecimento.
Pensar cientificamente diz respeito ao desenvolvimento de habilidades e competências que permitem aos alunos resolver
problemas, interpretar evidências e dados, comunicar ideias, ler e entender textos, argumentar e explicar fatos e teorias com
base em justificativas válidas. Essas habilidades e competências são desenvolvidas na interação com o professor (mediador) e os
problemas ou temas propostos pelo material educativo ou propostos pelo docente autonomamente. Elas também constituem
um repertório cognitivo que permite ao aluno lidar com a diversidade de situações-problema que nos deparamos no dia a dia.
Aprender ciência também implica compreender o caráter coletivo e processual da elaboração do conhecimento científico, que se
desenvolve continuamente por meio da colaboração de diferentes pessoas e do compartilhamento de conhecimentos entre pesquisadores
de todos os cantos do mundo. Espera-se que os alunos consigam ver os cientistas como pessoas participativas e integradas ao
contexto histórico, cultural, social e geográfico que influenciam suas decisões e as formas como a ciência é elaborada.
Para ensinar Ciências da Natureza, os professores precisam conhecer os processos e procedimentos empregados nas investigações
científicas e a historicidade do desenvolvimento dos conhecimentos científicos; planejar e utilizar abordagens didáticas adequadas,
que orientem a aprendizagem dos conteúdos trabalhados; compreender a importância da ludicidade, do brincar e das atividades
dinâmicas como instrumentos que motivam e aguçam a curiosidade dos alunos; criar situações de ensino capazes de
promover uma aprendizagem significativa de conceitos complexos; e estimular a criatividade dos alunos por meio de um ensino
que não encare a aprendizagem como um processo exclusivo de memorização e repetição de conceitos, teorias e leis.
A compreensão da ciência como um empreendimento coletivo e situado em um contexto social e cultural também permite
aos estudantes entender como ela se relaciona com os valores éticos, políticos e estéticos presentes na sociedade. A
IV
importância da responsabilidade social e da promoção do bem-estar individual e coletivo; do desenvolvimento sustentável; da
preservação ambiental; do papel da ética, do senso de justiça e da perseverança na construção do conhecimento científico são
alguns dos aspectos trabalhados nas aulas de ciências. Discutir com os alunos os princípios éticos, relacionados aos seres vivos e
à natureza como um todo, fomenta a compreensão da importância da honestidade, da empatia, do comprometimento com a
sustentabilidade e das relações da ciência com a sociedade e o meio ambiente.
Trabalhar e aprender ciência na sala de aula também promove o desenvolvimento de habilidades socioemocionais. Trabalhar em
grupo, se comunicar, dividir tarefas, lidar com problemas de diversas naturezas e com experimentos que exigem comprometimento e responsabilidade
incentivam os alunos a conviver socialmente. Assim, as aulas de ciências também trabalham com o desenvolvimento de
habilidades pessoais e sociais, como a capacidade de dialogar e resolver conflitos, de lidar com frustrações e perseverar, entre outras.
Nas aulas de ciências, os conhecimentos científicos são trabalhados por meio da comunicação, que se dá por diferentes formas:
texto escrito (linguagem verbal), discussão de ideias, informações contidas em representações como gráficos, tabelas, ilustrações,
desenhos, diagramas, imagens, vídeos, histogramas etc. Todas essas ações comunicativas constituem formas de linguagem.
A linguagem, assim, tem um papel importante para o ensino, na medida em que ela possibilita que os alunos tenham
contato com a ciência e aprendam quando participam de atividades de discussão, leitura, escrita etc.
As tecnologias da informação e comunicação (TICs) também são formas de linguagem. A internet, vídeos, fóruns online, imagens,
ilustrações digitais e podcasts podem ser utilizados como recursos didáticos que enriquecem as aulas e ampliam o contato
dos estudantes com a cultura digital.
A linguagem desempenha uma função de organização do pensamento e possibilita que o aluno entre em contato com o
conhecimento científico e se aproprie de saberes sobre o mundo em que vive. Ela também permite que o aluno comunique
suas experiências de vida sobre um tema, objeto ou fenômeno. Os conhecimentos prévios dos alunos constituem um repertório
sobre o qual o professor deve trabalhar, promovendo oportunidades para que os alunos aprimorem, critiquem e avaliem o que
já sabem, reestruturando a sua rede de conhecimentos.
Esperamos que o professor explore os conhecimentos prévios dos alunos, estimule a curiosidade e dê liberdade para que
possam observar e explicar os fenômenos naturais. Nesse processo, as crianças se engajam em práticas científicas como o levantamento
de hipóteses, a identificação de relações de causa e efeito e a elaboração de explicações com base em evidências.
O trabalho do professor apoiado pelos materiais educativos, como livros didáticos e mídias digitais, deve fomentar nos alunos a aprendizagem
dos conhecimentos científicos, o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e o gosto pela ciência e pelo pensamento
científico. O livro didático é um instrumento de auxílio à prática docente, cabendo ao professor inseri-lo em seu planejamento e nas suas
aulas em conformidade com os objetivos de ensino e com a realidade da comunidade em que a escola está inserida.
Esse material visa apoiar o professor na árdua atividade de ensinar.
A coleção apresenta uma diversidade de seções que incluem
Formação integral do cidadão
atividades, textos, experimentos, projetos, discussões em grupo,
debates, reflexões individuais, contato com outras fontes de conhecimento
e valorização das experiências da comunidade. Esperamos
que esse material seja utilizado de diferentes formas e finalidades,
visando contemplar o seu planejamento e objetivos educacionais.
É importante ressaltar que o professor, em virtude de sua
convivência com os alunos, é capaz de reconhecer as características
e necessidades da comunidade escolar. Assim, a coleção e o
manual não procuram estabelecer um receituário com formas de
ensinar, mas auxiliar no planejamento, no aprimoramento da prática
docente e no cotidiano de sala aula, oferecendo subsídios
para o ensino e a promoção da aprendizagem.
1.2. O ENSINO FUNDAMENTAL
A Educação Básica de qualidade é um direito assegurado pela
Constituição Federal, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente
e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), e se
constitui pela Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio.
V
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, um dos fundamentos do projeto de Nação que estamos
construindo, a formação escolar é o alicerce indispensável e condição primeira para o exercício pleno da cidadania e o acesso aos direitos
sociais, econômicos, civis e políticos. A educação deve proporcionar o desenvolvimento humano na sua plenitude, em condições
de liberdade e dignidade, respeitando e valorizando as diferenças.
Os objetivos formativos da Educação Infantil prolongam-se durante os primeiros cinco anos do Ensino Fundamental, de
modo que os aspectos físico, afetivo, psicológico, intelectual e social sejam priorizados na sua formação, complementando a
ação da família e da comunidade. Os documentos oficiais que normatizam a Educação Básica no Brasil estabelecem que as políticas
educativas e as propostas pedagógicas do Ensino Fundamental devem seguir princípios:
a) Éticos, como a justiça, a solidariedade, a liberdade, a autonomia, o respeito à dignidade da pessoa humana, o compromisso
com a promoção do bem de todos, e o combate a quaisquer manifestações de preconceito e discriminação.
b) Políticos, como o reconhecimento dos direitos e deveres de cidadania, o respeito ao bem comum e à preservação do
regime democrático, aos recursos ambientais, a exigência de diversidade de tratamento para assegurar a igualdade de direitos
entre os alunos que apresentam diferentes necessidades, a redução da pobreza e das desigualdades sociais e regionais, e a
busca da equidade no acesso à educação, à saúde, ao trabalho, aos bens culturais e outros benefícios.
c) Estéticos, como o cultivo da sensibilidade juntamente com a racionalidade, o enriquecimento das formas de expressão e
do exercício da criatividade, a valorização das diferentes manifestações culturais (especialmente as da cultura brasileira), e a construção
de identidades plurais e solidárias.
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental se intensifica e se amplia, de forma gradativa, o processo educativo que preconiza o
domínio da leitura, da escrita e do cálculo, sendo que nos dois primeiros anos o foco educativo recai na alfabetização. Ao longo
do Ensino Fundamental, busca-se que os estudantes consolidem uma compreensão do ambiente natural e social, do sistema
político, da economia, da tecnologia, das artes e cultura, dos direitos humanos e dos valores em que se fundamenta a sociedade.
Além disso, espera-se que os estudantes desenvolvam habilidades, atitudes e valores, buscando o fortalecimento dos vínculos
de família, dos laços de solidariedade humana e de respeito necessários à vida social.
O currículo e as propostas pedagógicas para o Ensino Fundamental devem ser construídos fundamentando-se na Base Nacional
Comum Curricular, que estabelece os conhecimentos a que todos devem ter acesso, assegurando uma uniformidade nas orientações
e propostas curriculares dos Estados, Distrito Federal e Municípios. Os conteúdos sistematizados que fazem parte do currículo são
denominados componentes curriculares e, para o Ensino Fundamental, esses são organizados em quatro áreas do conhecimento:
Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Além disso, a legislação (por exemplo, a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional) determina: que as comunidades indígenas podem utilizar suas línguas maternas e seus próprios processos de
ensino (art. 32 da LDB); a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” nos conteúdos desenvolvidos no
âmbito de todo o currículo escolar, em especial na Arte, Literatura e História do Brasil (art. 26, § 4º da LDB); a Música como conteúdo
obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular Arte; a Educação Física como componente obrigatório do currículo do
Ensino Fundamental; o Ensino Religioso com matrícula facultativa e parte integrante da formação básica do cidadão; matrícula obrigatória,
a partir do 6º ano, no ensino de uma Língua Estrangeira Moderna; a abordagem de temas abrangentes e contemporâneos, como
saúde, sexualidade e gênero, vida familiar e social, os direitos das crianças e adolescentes (Lei nº 8.069/90), a preservação do meio
ambiente (Lei nº 9.795/99), a educação para o trânsito (Lei nº 9.503/97) e a condição e direitos dos idosos (Lei nº 10.741/03).
Os princípios éticos, políticos e estéticos propostos nos documentos do Ministério da Educação que norteiam a concepção de
currículos e propostas pedagógicas são inerentes ao ensino de Ciências. Ensinar ciências implica ensinar como os fatores éticos,
políticos e estéticos se relacionam com os constructos conceituais, teóricos e procedimentais desse campo do conhecimento, de
forma a favorecer que os alunos tenham uma aprendizagem significativa sobre como a Ciência da Natureza se relaciona com os
aspectos sociais e culturais de seu tempo. Preconizando que a escola é um espaço de constante construção e reconstrução do
repertório de conhecimentos dos alunos, espera-se que o ensino de Ciências proporcione oportunidades para que amadureçam
intelectualmente de forma a constituir entendimentos cada vez mais elaborados e adequados acerca do conhecimento científico
(práticas, teorias vigentes, objetos de estudo, metodologias e história).
2. A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC)
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) visa efetivar os direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para os alunos
da Educação Básica em parceria com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. A BNCC consiste em um documento normativo
que deve ser utilizado na concepção dos currículos e das propostas pedagógicas dos sistemas, redes de ensino e escolas públicas
e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio em todo o território nacional.
VI
A Base reúne um conjunto de conhecimentos, competências e habilidades que representam aprendizagens essenciais que
todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. Tais aprendizagens essenciais foram
orientadas e concebidas com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, que propõem que os processos
educativos visem à formação humana integral de indivíduos comprometidos com a transformação social por meio da construção
de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Para a Educação Básica a BNCC apresenta um conjunto de dez competências gerais. (BNCC, p. 9-10).
Cada área do conhecimento também possui competências específicas do componente, que devem ser desenvolvidas pelos
estudantes ao longo do Ensino Fundamental e Médio. A BNCC ainda propõe um conjunto de habilidades relacionadas a cada
componente curricular que objetivam o desenvolvimento das competências específicas. Tais habilidades se relacionam com
diferentes objetos do conhecimento como conteúdos, conceitos e processos que são organizados em unidades temáticas, as
quais agrupam os objetos do conhecimento de acordo com as especificidades dos diferentes componentes curriculares.
As 8 competências específicas da área de Ciências da Natureza do Ensino Fundamental estão disponíveis no texto da BNCC
(p. 324), disponibilizado no endereço: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ (acesso em: 13 ago. 2021).
2.1 – UNIDADES TEMÁTICAS
As unidades temáticas da área Ciências da Natureza estabelecidas pela BNCC são: Matéria e Energia, Vida e Evolução e
Terra e Universo.
A unidade temática Matéria e Energia engloba os conhecimentos que dizem respeito aos usos e propriedades dos diferentes
materiais, suas transformações e o uso consciente de materiais diversos; e às diferentes fontes energéticas, aos processos
empregados em sua geração e os usos da energia.
Sob uma perspectiva histórica, essa unidade também se preocupa em discutir as formas pelas quais a humanidade se apropriou
desses recursos e processos, resgatando os materiais e seus usos em diferentes ambientes e épocas da história humana.
Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, as crianças já têm familiaridade com diversos tipos de objetos, materiais e fenômenos
que estão presentes em seu cotidiano. Essa familiaridade constitui um repertório inicial a partir do qual é possível trabalhar os conhecimentos
propostos por essa unidade temática. Por exemplo, a exploração das propriedades de diferentes materiais do cotidiano como
dureza, transparência, solubilidade e interações com a luz. Nessa unidade temática também são trabalhadas questões relacionadas a
água e seus usos, o clima, a geração de energia elétrica, a preservação dos solos e outros aspectos ambientais presentes no entorno das
crianças nos diferentes espaços que elas frequentam, como a casa, a escola e o bairro.
As questões relacionadas aos conhecimentos biológicos são abordadas na unidade Vida e Evolução. Essa unidade engloba:
os conhecimentos sobre as características dos seres vivos, tratando a vida como fenômeno natural e social que requer elementos
para sua manutenção; os estudos relacionados aos processos evolutivos que geram a biodiversidade do planeta; as questões
ecológicas como as características dos ecossistemas e as relações dos seres vivos entre si e o ambiente físico; as interações que
os seres humanos estabelecem entre si, com outros seres vivos e com elementos não vivos do ambiente; e a importância da preservação
da biodiversidade e como ela se apresenta nos ecossistemas brasileiros. O corpo humano consiste em outro foco
importante dessa unidade, sendo tratado de modo que os alunos percebam o funcionamento harmonioso, a integridade dos
processos e as funções biológicas desempenhadas pelos diferentes sistemas que compõem o nosso corpo.
Aspectos relativos à saúde também têm destaque e visam promover uma compreensão da saúde para além da ideia de
bem-estar físico individual, mas também como um bem-estar coletivo, destacando-se a importância dos programas institucionais
e das políticas públicas.
A terceira unidade temática proposta pela BNCC, Terra e Universo, engloba conhecimentos sobre as características dos corpos
celestes como a Terra, o Sol e a Lua. Nessa unidade temática busca-se que os estudantes desenvolvam um corpo de conhecimentos
sobre as dimensões, a composição, as localizações, os movimentos e as forças que atuam sobre os corpos celestes.
O ensino dessa unidade dá ênfase à ideia de que os conhecimentos astronômicos foram construídos ao longo da história da
humanidade e que diferentes culturas têm diferentes formas de interpretar os fenômenos astronômicos. Temas importantes
relacionados aos diversos fenômenos naturais como as condições para a manutenção da vida na Terra, o efeito estufa, a camada
de ozônio, as erupções vulcânicas, os tsunamis, os terremotos e os padrões de circulação atmosférica e oceânica também são
VII
abordados. Os assuntos dessa unidade temática normalmente despertam a curiosidade das crianças dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental. Assim, durante as aulas, espera-se estimular ainda mais tal curiosidade, propiciando o desenvolvimento do pensamento
espacial dos alunos por meio de experiências cotidianas de observação de diversos fenômenos celestes. As atividades de
observação, quando orientadas e sistematizadas, permitem a identificação e a regularidade de fenômenos que se relacionam
com a prática da agricultura, a construção de calendários, a determinação de cada estação do ano etc.
Nos Anos Iniciais, os temas abordados pelas unidades temáticas apresentadas anteriormente são tratados por meio dos
saberes intelectuais, linguísticos e emocionais que os alunos possuem. Tais saberes vão sendo aprimorados e organizados ao
longo de cada unidade com a mediação do professor. Dando continuidade às abordagens da Educação Infantil, nos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental espera-se que as crianças deem prosseguimento ao processo de desenvolvimento de habilidades
cognitivas, ético-políticas e socioemocionais por meio do amadurecimento e enriquecimento de seu repertório de
conhecimentos científicos.
3 – O ENSINO DE CIÊNCIAS
A inserção do ensino de Ciências nos currículos da Educação Básica consiste em um fenômeno relativamente recente. Até a
promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, as aulas de Ciências só estavam presentes nos dois últimos anos
do Ensino Fundamental (antigamente, chamado de “ginásio”); em meados dos anos 1970 (lei 5.692/71), a disciplina passou a ser
obrigatória no currículo de todas as séries do Ensino Fundamental.
Com a obrigatoriedade do ensino de Ciências no Ensino Fundamental, os documentos oficiais normativos da Educação
Básica passaram a elaborar diretrizes e parâmetros curriculares para essa disciplina. Essas diretrizes e parâmetros refletem as concepções
didáticas e pedagógicas de um determinado período histórico e social. Com as alterações dos modelos de sociedade
que se deseja constituir, as concepções didático-pedagógicas também se ressignificam. Assim, no decorrer da história, o ensino
de Ciências no Brasil foi se modificando de acordo com as demandas e objetivos sociais e econômicos, que norteiam os objetivos
educacionais e orientam os currículos e a didática.
Atualmente, espera-se que a educação científica escolar estimule a reflexão sobre as Ciências e os processos envolvidos na
sua produção, comunicação e avaliação. Espera-se, portanto, que os estudantes se apropriem do conhecimento científico para
utilizá-lo como ferramenta na conquista de sua autonomia e exercício da cidadania crítica e consciente.
As aulas de Ciências representam um momento e um espaço em que é possível conhecer as diferentes explicações sobre o
mundo e os fenômenos naturais; se expressar, contrapor e avaliar diferentes ideias; se desenvolver intelectualmente de maneira
crítica por meio da indagação, da investigação e da análise do mundo e da realidade.
3.1. O CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Os conteúdos constituídos pelo corpo de conhecimento de Ciências estão presentes nos compêndios que apresentam
fatos, fenômenos, conceitos, leis, teorias, modelos e princípios científicos. A apropriação de tal conteúdo permite ao aluno
expressar-se cientificamente pela escrita ou verbalmente.
A metodologia de investigação científica diz respeito aos procedimentos e modos pelos quais o pesquisador obtém elementos
que apoiam leis, princípios e conceitos. Os procedimentos próprios da construção e reformulação do conhecimento
científico podem ser descritos como um conjunto de habilidades que devem ser desenvolvidos nas aulas de Ciências da
Natureza. Por exemplo, observar, classificar, seriar, medir, construir tabelas e gráficos, saber usar um aparelho, montar um modelo,
construir um equipamento, identificar problemas, saber buscar informações em fontes variadas, elaborar hipóteses, fazer previsões,
relacionar variáveis, planejar experimentos, analisar e interpretar dados, usar modelos interpretativos, concluir com base
nos dados disponíveis e argumentar com apoio da linguagem escrita e simbólica.
Os modos de pensar e de agir dos indivíduos são conteúdos que dizem respeito às ações das pessoas em relação à sociedade,
ao ambiente, aos cuidados com a saúde individual e coletiva e à valorização da atividade científica/tecnológica.
O desenvolvimento de habilidades e competências cognitivas nas aulas de Ciências permite que os alunos interpretem e utilizem
modelos, teorias e explicações científicas de maneira similar àquela dos cientistas.
VIII
Corpo de
conhecimentos
Ciências da Natureza
Caracterizam-se por
que determinam
Formas de pensar e atuar
que se manifestam como
Metodologia de
investigação
tomada de consciência
que deve implicar
em relação a
mudança de atitude
avanços da
ciência
atividade
científica
desenvolvimento
sustentável
conservação
do meio
hábitos
saudáveis
3.2 LETRAMENTO CIENTÍFICO
Em atividades do dia a dia nos deparamos com o conhecimento científico e tecnológico que medeiam nossas ações e afazeres.
Assim, os conhecimentos científicos tornam-se mais do que necessários na formação do cidadão. A ciência colabora na resolução
de problemas ambientais; no desenvolvimento de medicamentos e meios de transporte; nas soluções para a saúde individual
e coletiva; na produção e conservação de alimentos etc. A presença da ciência na sociedade atual traz à tona a importância
do ensino de Ciências nas escolas de Educação Básica.
Espera-se que a educação científica institucional forme sujeitos que compreendam a relação entre ciência, tecnologia, sociedade
e o meio ambiente, visto que tal formação tem se estabelecido como uma condição para que cidadãos sejam capazes de
atuar de modo consciente e responsável no mundo atual.
No contexto do letramento científico, o objetivo central da educação em ciências recai sobre a necessidade de que os estudantes
não se limitem a entender os conteúdos, procedimentos e experimentos, mas entendam a própria natureza das ciências
e as práticas científicas, como forma de se inserir e estar apto a tomar decisões numa sociedade cada vez mais mediada por inovações
tecnológicas e avanços científicos.
A ideia de que a educação em ciências deve formar cidadãos participantes nas discussões científico-tecnológicas em voga
argumenta a favor de um ensino que contextualize os conhecimentos científicos de forma que os estudantes os compreendam
como uma ferramenta cultural que pode ser utilizada no campo social para a participação na tomada de decisões e nos juízos
de valor sobre as questões científico-tecnológicas da atualidade.
O ensino formal em ciências deve propiciar a compreensão dos processos sociais e coletivos de construção do conhecimento
científico ao longo do tempo e a conscientização do papel desses saberes no campo social, político, econômico e na preservação
da biodiversidade e recursos naturais.
É importante que o professor de Ciências reconheça o seu papel educativo ao propor e mediar atividades, discussões e questõesproblema
que propiciem o desenvolvimento das habilidades cognitivas dos alunos. As habilidades específicas que caracterizam o letramento
científico podem ser agrupadas em três eixos estruturantes da alfabetização científica (Sasseron; Carvalho, 2011).
O primeiro eixo estruturante preocupa-se com abordagens que permitam aos alunos construir e apropriar-se dos conhecimentos
científicos possibilitando a compreensão do mundo atual, de modo a serem utilizados no entendimento de informações
de natureza científica em situações cotidianas e na compreensão de fenômenos naturais.
O segundo eixo busca levar para a sala de aula a compreensão do caráter social e humano presente no empreendimento
científico, o entendimento de que as explicações científicas são provisórias e passíveis de modificações e que a produção de
conhecimento se dá de forma coletiva.
O terceiro eixo estruturante suscita reflexões sobre a responsabilidade social e ética necessária para a utilização dos conhecimentos
científicos e avaliação das consequências do seu emprego. Esse eixo preconiza a importância do desenvolvimento sustentável
para a promoção do bem-estar social e do meio ambiente.
De acordo com a BNCC, o letramento científico envolve a capacidade de compreender e interpretar questões relacionadas
com a ciência como forma de desenvolver uma capacidade de atuação no e sobre o mundo, sendo esse um importante
IX
aspecto no exercício da cidadania. Para compreender e interpretar questões relacionadas com a ciência, os estudantes precisam
desenvolver competências relativas às formas de trabalho e de raciocínio empregadas na construção do conhecimento
científico. Isso envolve, por exemplo, a capacidade de interpretar e avaliar criticamente informações de cunho científico; planejar
metodologias para a resolução de problemas; construir argumentos e explicações coerentes que se apoiam em dados,
evidências e justificativas; identificar termos em textos científicos; distinguir um texto científico de um texto de outra natureza;
relacionar variáveis; interpretar gráficos e tabelas com dados científicos e comunicar informações coletadas em textos
com linguagem típica da ciência.
4. A DIDÁTICA DAS CIÊNCIAS
Planejar as abordagens didáticas que se adequam aos objetivos do ensino e aos conteúdos que serão trabalhados também é
algo importante na prática docente. A variação nas modalidades didáticas aumenta o interesse dos alunos, na medida em que
eles experimentam diferentes formas de aprender.
Aqui apresentaremos abordagens, modalidades didáticas e seus objetivos no ensino de Ciências. Essas escolhas perpassam por
um processo de reflexão, visto que devem garantir que os objetivos educativos propostos no planejamento sejam alcançados.
As aulas expositivas são comumente utilizadas para apresentação e exploração de conceitos e ideias, para enfatizar aspectos
importantes do tema em estudo e apresentar novos tópicos e assuntos. É possível tornar uma aula expositiva mais participativa
e ativa para os alunos, procurando, por exemplo, instigá-los intelectualmente por meio de perguntas e desafios, e abrindo
momentos para que possam expor suas opiniões e ideias. Além disso, o uso de gestos e recursos digitais como vídeos, músicas,
imagens, ilustrações, sites, recursos online etc. podem dar dinamicidade à exposição.
Nos debates mediados, os alunos têm maior liberdade para se expressar por meio da participação em um diálogo mediado.
Nessa modalidade didática cabe ao professor conduzir as discussões de acordo com seus objetivos e com os temas propostos. A
abordagem de temas que tratem da relação entre ciência, tecnologia, sociedade e ambiente pode ser beneficiada com o uso
dessa modalidade didática.
As demonstrações são comumente utilizadas para apresentar técnicas e fenômenos naturais. Nessa modalidade didática o professor
realiza uma atividade de demonstração para a sala, garantindo que todos os alunos observem o fenômeno, técnica ou objeto.
As atividades práticas aguçam a curiosidade e o interesse dos alunos, envolvendo-os em investigações científicas que promovem
a capacidade de resolução de problemas, a compreensão de conceitos básicos e o desenvolvimento de habilidades.
Essa modalidade didática é característica da disciplina de Ciências da Natureza.
O propósito dessa modalidade didática consiste em apresentar e envolver os alunos com aspectos e práticas da construção
do conhecimento científico, o que engloba uma série de atividades que podem ser trabalhadas isoladamente em sala de
aula ou laboratório. Algumas dessas práticas podem ser: delineamento de situações-problema, proposição de temas e questões
para investigação, elaboração de hipóteses, extrapolação de conclusões com base no exame e na interpretação de
dados, planejamento e condução de experimentos, coleta e análise de dados e interpretação de resultados expressos em
forma de tabela ou gráfico. Esses aspectos podem ou não ser desenvolvidos por meio de atividades manipulativas, como
experimentos empíricos.
Essas atividades visam mostrar que as práticas de construção do conhecimento científico não são procedimentos isolados,
mas sim aspectos interconectados da investigação científica. Dessa forma, é possível promover uma conscientização sobre valores,
objetivos e normas que regem o empreendimento científico.
A produção de modelos para suportar explicações e/ou propiciar o uso de conceitos em situações determinadas pode ser
incluída nessa modalidade. Ressaltamos a importância de fornecer instruções claras para os alunos sobre como assegurar a integridade
física de todos no laboratório.
As atividades extraclasse/estudos do meio representam momentos em que os alunos podem conhecer outros espaços
educativos, como museus, exposições, observatórios, zoológicos, jardim botânico etc. A realização de uma atividade extraclasse
requer planejamento e organização. É importante pensar que um estudo do meio representa um momento de lazer, mas deve
ter objetivos claros.
X
As simulações compreendem atividades em que os alunos se envolvem com uma situação-problema. Essas atividades
incluem a tomada de decisão e compreendem o uso de recursos como jogos, dramatizações e uso de simuladores em computadores,
aplicativos, softwares etc.
As brincadeiras e jogos desempenham um papel importante na aprendizagem e no desenvolvimento dos alunos. A ludicidade
e a brincadeira fazem parte da infância, possibilitam momentos de lazer, desenvolvem competências intelectuais e socioemocionais
e a criatividade.
Um projeto é orientado por uma situação-problema e resulta em uma produção como um relatório, uma maquete, um modelo
ou outro produto que represente o percurso do trabalho coletivo. Essa modalidade favorece: desenvolvimento da iniciativa, responsabilidade
individual e coletiva, comunicação interpessoal, autonomia das decisões, habilidades socioemocionais, entre outros aspectos.
Nesta coleção, os projetos estão sugeridos na seção Ciências em ação, com o professor orientando o seu desenvolvimento.
Nesta coleção, as orientações no Manual do Professor contemplam estas modalidades didáticas e oferecem sugestões de
encaminhamento, textos de apoio pedagógico e atividades complementares para estruturar a prática em sala de aula. A escolha
das modalidades e em que momentos serão utilizadas é uma prerrogativa do professor. O docente deve considerar a possibilidade
de fazer adaptações que atendam às particularidades da realidade da sua comunidade.
4.1. AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO (TICS)
Na era digital, temos acesso à informação quase que em um piscar de olhos por meio dos celulares, tablets, computadores e
outras tecnologias. Esses aparatos tecnológicos e todo o repertório de inovações, informações e conteúdos que os acompanham
fazem parte de nossas vidas.
Pensando no espaço escolar, as redes e as tecnologias são tidas como ferramentas inovadoras que podem participar como
mediadoras dos processos de aprendizagem. Tais ferramentas oferecem novas perspectivas para a prática educativa, dando
suporte ao planejamento e à concretização de atividades didático-pedagógicas diferenciadas que utilizam a tecnologia a seu
favor, promovendo o trabalho em grupo e uma aprendizagem colaborativa.
As TICs são uma fonte de recursos que deve ser explorada com objetivos claros. Cabe ao professor selecionar, avaliar e refletir
sobre como e quais recursos tecnológicos da informação e da comunicação serão utilizados na sala de aula.
É importante avaliar previamente os conteúdos e recursos que se pretende recomendar aos alunos em relação à adequação
das TICs à faixa etária dos seus alunos e a conteúdos discriminatórios ou preconceituosos.
As simulações e a modelagem são exemplos de abordagens e modalidades didáticas que possibilitam a inclusão das TICs nos
contextos de ensino e aprendizagem. Comumente as simulações e os modelos científicos são utilizados de maneira demonstrativa,
isto é, para descrever, explicar ou ilustrar conhecimentos e ideias. A possibilidade de os alunos manipularem e trabalharem ativamente
com esses recursos consiste em uma maneira mais atrativa e motivadora para aprender.
Essas abordagens podem também fazer parte de um contexto investigativo. Fazendo essa articulação é possível utilizar as TICs para
desenvolver habilidades como o levantamento de hipóteses, o trabalho com dados, a construção de explicações e a argumentação.
Os jogos digitais são exemplos de TICs que permitem aliar a aprendizagem de conceitos científicos ao desenvolvimento da
habilidade motora, do raciocínio lógico e da leitura.
O site Escola Games reúne jogos gratuitos que versam sobre diferentes temas estudados nas aulas de Ciências e traz indicações
da faixa etária, objetivos para o aluno e sugestões de abordagem de acordo com a BNCC. Disponível em: www.escolagames.com.br/.
Acesso em: 13 ago. 2021.
Outra possibilidade de TICs são os podcasts, que podem ser utilizados tanto em sala de aula quanto em modalidades de ensino
híbrido, nas quais o professor pode indicar aos alunos episódios a serem escutados em casa para posterior discussão em classe.
O podcast Sci Kids tem episódios de 10 a 20 minutos que trazem respostas para questões comuns a muitas crianças.
Disponível em: www.deviante.com.br/podcasts/scikids/. Acesso em: 13 ago. 2021.
O podcast Histórias de ninar para pequenos cientistas discute temas como vida das estrelas, ciclo da água e a vida do
beija-flor. Disponível em: https://anchor.fm/pequenos-cientistas. Acesso em: 13 ago. 2021.
O Meu Gibi é um site gratuito no qual, mediante cadastro, os alunos podem criar histórias em quadrinhos. A variação da paisagem
e dos objetos e personagens disponíveis favorecem a construção de histórias diversas que abordem os temas estudados
nas aulas de Ciências. Disponível em: www.meugibi.com/. Acesso em: 13 ago. 2021.
XI
5. A PRÁTICA DOCENTE
É tarefa do professor planejar e conduzir a prática pedagógica. O processo de planejamento e da organização do
trabalho didático do professor é norteado pelo projeto político-pedagógico da escola. O professor consegue estruturar
sua prática docente por meio da definição dos objetivos educacionais, dos conteúdos que os alunos devem aprender, das
atividades a serem desenvolvidas, das técnicas e estratégias de ensino a serem usadas em sala de aula e dos instrumentos
de avaliação para cada um dos conteúdos estabelecidos. Planejar é importante para que seja possível otimizar o tempo
daqueles que ensinam e daqueles que aprendem. Porém, tal planejamento não pode ser um conjunto de práticas estanques
e imutáveis que impeçam os ajustes necessários para assegurar a aprendizagem dos estudantes.
O processo educativo é complexo e dinâmico, e a prática docente consiste em uma atividade social complexa e multifacetada,
à medida que se atribui ao professor a responsabilidade de formação de seus educandos em diferentes instâncias (intelectual,
socioemocional, valorativa).
É um consenso social de que para lecionar o professor deve dominar os princípios e a didática da área do conhecimento a ser ensinada.
Esses saberes constituem a base do repertório teórico e metodológico para que o professor oriente e racionalize sua prática.
Além disso, o professor desempenha um papel na formação humana de seus alunos. Atuando como mediador, o docente
necessita dispor de suporte socioemocional para perceber as diferentes subjetividades presentes no ambiente da sala de aula.
Empatia, senso de justiça, honestidade, ética, perseverança e respeito são algumas das habilidades socioemocionais necessárias
para o trabalho docente. A interação cotidiana com sujeitos que compartilham um mesmo espaço, mas que provêm de diferentes
origens e contextos sociais, culturais e econômicos, demanda uma conscientização sobre como interagir e lidar com essa
multiculturalidade presente nos espaços educacionais.
O processo de interação de duas ou mais disciplinas na abordagem de saberes e conhecimentos (interdisciplinaridade) pode
se configurar de diferentes maneiras, mas sempre visando à cooperação, ao intercâmbio e ao enriquecimento intelectual. A
interdisciplinaridade também é uma ferramenta didática para a promoção do letramento científico, na medida em que articula
conceitos, ideias e procedimentos de diferentes campos do conhecimento.
6. A AVALIAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM
A avaliação do processo de aprendizagem consiste em uma das principais atribuições da prática docente. Faz parte do ofício
do professor acompanhar e observar os progressos ou dificuldades dos estudantes durante o ensino.
Muitas vezes a avaliação é vista como um processo estritamente de verificação da aprendizagem, cujos resultados medem o
desempenho dos alunos e os classifica em categorias. No entanto, a avaliação educacional deve ser compreendida como um
aspecto formativo e um momento de diagnóstico do processo de ensino e de aprendizagem que permite a elaboração de indicadores
dos progressos de um determinado período.
Os momentos avaliativos também devem ser entendidos como oportunidades de reflexão em que o professor pode identificar
os pontos fortes e as fragilidades de seu trabalho. Essa reflexão é importante, pois possibilita o diagnóstico da prática docente,
direciona a reestruturação de práticas didático-pedagógicas e o replanejamento do trabalho educativo, focalizando as necessidades
formativas dos alunos.
A escolha das metodologias e instrumentos que serão utilizados na avaliação deve se basear nos objetivos formativos (habilidades)
e nos conhecimentos trabalhados em sala de aula, bem como devem ser coerentes com as modalidades didáticas adotadas
pelo professor.
O processo avaliativo exige uma imersão em diferentes aspectos da atuação do professor, que deve procurar conhecer e adotar
novas situações de aprendizagem e instrumentos avaliativos que se adequem aos objetivos estabelecidos no currículo, no
projeto político-pedagógico da escola e no planejamento dos conteúdos que foram trabalhados.
É importante lembrar que os processos avaliativos estão sujeitos à subjetividade, visto que avaliar necessariamente envolve um
juízo de valor. Assim, é importante estabelecer e compartilhar com os alunos, de maneira clara e objetiva, os critérios das avaliações que
serão utilizados. Dessa forma, os alunos terão clareza do que o professor espera e do que devem desenvolver ao longo do ano letivo.
XII
Os alunos podem ser avaliados com o uso de diferentes instrumentos: provas dissertativas; testes; construções de modelos;
redações e relatórios; pelas participações e desempenhos em atividades individuais e coletivas; apresentações de seminários e
de trabalhos; exercícios que proponham a resolução de problemas; entre outros. Esses instrumentos devem ser usados de forma
variada e fornecer subsídios para o monitoramento da aprendizagem dos alunos de modo que, assim, possam ajudá-los a sistematizar
suas aprendizagens e a remediar possíveis defasagens.
Diferentes modos de avaliação usados regularmente configuram uma avaliação formativa, a qual deve ser contínua, cumulativa
e sistematizada porque vai além da verificação se o aluno aprendeu determinado conteúdo. Ela permite detectar defasagem
de aprendizagem e a correção de rumos do ensino para um aluno ou um grupo de alunos. A avaliação formativa não tem caráter
classificatório e é realizada com frequência durante o ano letivo. Como toda prática docente, é importante planejar cada avaliação,
pois esta tem como principal função acompanhar a evolução da aprendizagem individual e coletiva dos alunos.
A autoavaliação consiste em uma outra opção de instrumento avaliativo. Com ela o aluno pode exercitar a capacidade de
reflexão sobre seu desempenho nas atividades propostas pelo educador.
7. APRESENTAÇÃO DOS RECURSOS
DIDÁTICOS DA OBRA
A coleção é composta de cinco volumes, sendo destinada para o ensino de Ciências da Natureza dos primeiros 5 anos do
Ensino Fundamental. Os conteúdos de cada um dos volumes estão organizados em unidades e capítulos.
• A seção Para começar compõe a abertura do volume e tem o objetivo de diagnosticar os conhecimentos prévios e
promover o interesse dos alunos, convidando-os a refletir a respeito dos assuntos que serão estudados na unidade.
• O Mãos à obra propõe uma atividade prática desenvolvida de modo colaborativo. Pode ser uma experimentação,
a observação detalhada de um fenômeno em estudo, a montagem de um modelo, a coleta de dados e montagem
de tabelas, a análise de uma tabela ou gráfico, o levantamento de hipóteses, responder a uma questão-problema e
outras situações que representam etapas da prática científica.
• O Trocando ideias solicita aos alunos que debatam em grupo tópicos relacionados aos temas e assuntos estudados.
Assim, os alunos terão a oportunidade de trocar opiniões com os colegas. Em muitas situações essa seção pode ser
utilizada como um momento da avaliação processual ou formativa.
• A Jornada do saber apresenta, de forma crítica e reflexiva, conteúdos vinculados a temas da unidade. A seção vai
além da disciplina de Ciências e interage com outras áreas do conhecimento ou com temas contemporâneos.
• Na seção Ciências+ há uma série de sugestões de outros materiais que podem ampliar o conhecimento dos alunos.
São sugeridos livros, vídeos, filmes e sites para consulta.
• Um pouco de história traz textos históricos, contos ou lendas para ampliar o conhecimento de temas relacionados
à unidade, valorizando a leitura e a oralidade dos alunos.
• A seção Curiosidade apresenta temas atuais sobre ciência e tecnologia, sempre contextualizados com o assunto
estudado.
• Brincando eu aprendo é uma seção que promove o trabalho didático por meio de atividades lúdicas como jogos,
brincadeiras, encenações, criação de histórias, entre outras possibilidades.
• A seção Atividades aparece ao final de cada capítulo. As atividades nela sugeridas estimulam os alunos a retomar e
repensar os conteúdos tratados. Podem conter questões que solicitam: interpretar imagens, ler tabelas ou diagramas,
justificar e explicar afirmações, relacionar colunas etc.
• A seção Ciências em ação está presente ao final de uma das unidades e consiste em um projeto para ser realizado
em grupo. Esses projetos objetivam o aprofundamento do conhecimento dos alunos e a promoção da interação por
meio do trabalho coletivo e colaborativo.
• A seção Para encerrar, presente ao final do volume, oferece aos alunos atividades de revisão que possibilitam rever
os conteúdos estudados. Essa seção é uma proposta de avaliação de resultados.
XIII
8. TEXTO DE APROFUNDAMENTO
Ensino híbrido como possibilidade
A importância do uso das tecnologias digitais na escola, possibilitando a personalização do ensino, é um desafio para muitos educadores.
[...] A expressão ensino híbrido está enraizada em uma ideia de educação híbrida, em que não existe uma forma única de
aprender e na qual a aprendizagem é um processo contínuo, que ocorre de diferentes formas, em diferentes espaços.
[...] Podemos considerar que esses dois ambientes de aprendizagem, a sala de aula tradicional e o espaço virtual, tornam-se gradativamente
complementares. Isso ocorre porque, além do uso de variadas tecnologias digitais, o indivíduo interage com o grupo, intensificando
a troca de experiências que ocorre em um ambiente físico, a escola. O papel desempenhado pelo professor e pelos alunos sofre
alterações em relação à proposta de ensino considerado tradicional, e as configurações das aulas favorecem momentos de interação,
colaboração e envolvimento com as tecnologias digitais. O ensino híbrido configura-se como uma combinação metodológica que
impacta na ação no professor em situações de ensino e na ação dos estudantes em situações de aprendizagem.
As modalidades ao longo do caminho de aprendizado de cada estudante em um curso ou disciplina são conectadas para oferecer
uma experiência de educação integrada. Os autores apresentam as propostas híbridas como concepções possíveis para o uso integrado
das tecnologias digitais na cultura escolar contemporânea, enfatizando que não é necessário abandonar o que se conhece até o
momento para promover a inserção de novas tecnologias em sala de aula; pode-se aproveitar “o melhor dos dois mundos”.
[...]
MODELOS
Modelo de rotação: os estudantes revezam as atividades realizadas de acordo com um horário fixo ou orientação do professor.
As tarefas podem envolver discussões em grupo, com ou sem a presença do professor, atividades escritas, leituras e, necessariamente,
uma atividade on-line. Nesse modelo, há as seguintes propostas:
• Rotação por estações: os estudantes são organizados em grupos, cada um dos quais realiza uma tarefa, de acordo com os
objetivos do professor para a aula em questão. Podem ser realizadas atividades escritas, leituras, entre outras. Um dos grupos estará
envolvido com propostas on-line que, de certa forma, independem do acompanhamento direto do professor. É importante valorizar
momentos em que os estudantes possam trabalhar de forma colaborativa e aqueles em que possam fazê-lo individualmente.
[...]
• Sala de aula invertida: nesse modelo, a teoria é estudada em casa, no formato on-line, e o espaço da sala de aula é utilizado
para discussões, resolução de atividades, entre outras propostas. O que era feito em classe (explicação do conteúdo) agora é
feito em casa, e o que era feito em casa (aplicação, atividades sobre o conteúdo) agora é feito em sala de aula. Esse modelo é
valorizado como a porta de entrada para o ensino híbrido, e há um estímulo para que o professor não acredite que essa seja a
única forma de aplicação de um modelo híbrido de ensino, a qual pode ser aprimorada.
[...]
Lilian Bacich; Adolfo Tanzi Neto; Fernando de Mello Trevisani. Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. In:
Lilian Bacich (Orgs.). Ensino Híbrido: Personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015. Cap. 2.
Para se aprofundar nessa temática que tem ganhado cada vez mais espaço nas discussões sobre a escola, sugerimos que
você faça pesquisas na internet ou consulte os seguintes links:
Ensino híbrido: quais são os modelos possíveis? Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/19715/ensino-hibrido-quais-sao-os-modelos-possiveis.
Acesso em: 13 ago. 2021.
Para entender o ensino híbrido em 14 perguntas. Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/19933/para-
-entender-o-ensino-hibrido-em-14-perguntas. Acesso em: 13 ago. 2021.
PLANILHA DE CONTEÚDOS E CRONOGRAMA – 4º ANO
XIV
Atividades – Para começar
Unidade 1 – Relações entre os seres vivos
Objetos de conhecimento Capítulos e habilidades da BNCC Conteúdos Avaliações
Capítulo 1 – Produtores e consumidores
As plantas e a fotossíntese
Cadeias alimentares simples
Consumidores e produtores
Avaliação formativa
Algas
(EF04CI04)
Fotossíntese e respiração
(EF04CI05)
Os pulmões e o oxigênio do ar
Avaliação formativa
Peixes pulmonados
Microrganismos
(5 semanas)
Separação dos pigmentos das folhas
Avaliação diagnóstica
Cadeias alimentares simples
Microrganismos
Misturas
Transformações reversíveis e não reversíveis
Pontos cardeais
Calendários, fenômenos cíclicos e cultura
Atividades – Para encerrar
Capítulo 1 – Produtores e consumidores
(EF04CI04)
(EF04CI05)
(5 semanas)
Capítulo 2 – Decompositores
(EF04CI05) (EF04CI06)
(4 semanas)
Capítulo 3 – Os microrganismos
(EF04CI07) (EF04CI08)
(4 semanas)
Os consumidores: herbívoro, carnívoro e onívoro
Cadeias alimentares
Controle biológico de mosquitos
Predação
Topo das cadeias alimentares
Parasitismo
Febre maculosa e peste negra
Consumidores especiais
A formiga-cortadeira
Decompositores na cadeia alimentar
Compostagem
Ciclo dos materiais: sais minerais
Fungos decompositores
Reprodução dos fungos
Fermento biológico (leveduras)
Produção de húmus
Importância ambiental dos decompositores
Usando a mata como local de estudo
Os microrganismos e a produção de alimentos
Fermentação
Biocombustíveis
Microrganismos e a nossa saúde: antibióticos
As bactérias e o nosso corpo
Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por fungos
Doenças causadas por protozoários
Doenças causadas por vírus
Vacinas
Edward Jenner: o pai da vacina
Decompositores e o ambiente
Unidade 2 – Água, misturas e transformações
Capítulo 4 – Misturas
(EF04CI01)
(4 semanas)
Capítulo 5 – Transformações da matéria
(EF04CI02) (EF04CI03)
(3 semanas)
Capítulo 6 – Transformações no dia a dia
(EF04CI02) (EF04CI03)
(4 semanas)
A água e as misturas
Substâncias solúveis e insolúveis
Uma condição para a dissolução de substância sólida
Tipos de misturas
Separação de misturas
Filtração, peneiração, evaporação
Separação magnética
Descoberta do ímã
Magnetismo e eletricidade
Eletromagnetismo
Transformações irreversíveis
Transformações reversíveis
Ciclo da água: transformações reversíveis
O cozimento de alimentos pelo fogo: transformações irreversíveis
Transformações químicas: assando um bolo
Fatores que interferem nas transformações químicas
Ferrugem
Como reconhecer a ocorrência de transformações químicas?
Transformações desejáveis e indesejáveis
Velocidade de uma transformação
Unidade 3 – Orientação pelos astros e marcação do tempo
Capítulo 7 – Os fósseis e a história do planeta
(EF04CI09) (EF04CI10)
(4 semanas)
Capítulo 8 – A marcação do tempo
(EF04CI11)
(4 semanas)
Tempo geológico e a formação dos continentes
Terremotos e as placas tectônicas
Modelo da movimentação das placas tectônicas
Os fósseis e a idade das rochas
Um caso de extinção: os dinossauros
Hipóteses sobre a extinção dos dinossauros
Orientação e localização
Orientando-se na superfície terrestre
Encontrando os pontos cardeais
Construção de um gnômon
Agendando compromissos (dia e hora)
A divisão do tempo no dia
Primeiros medidores do tempo: relógio de sol, relógio de água e ampulheta
Santos Dumont e o relógio de pulso
Calendários: o mês e o ano
Calendário gregoriano e calendários indígenas
Jogo do tempo
Avaliação formativa
Atividades
Avaliação formativa
Avaliação formativa
Avaliação formativa
Atividades
Avaliação formativa
Avaliação formativa
Atividades
Ciências em ação
Avaliação formativa
Avaliação formativa
Avaliação formativa
Avaliação formativa
Atividades
Avaliação formativa
Atividades
Avaliação formativa
Avaliação formativa
Avaliação formativa
Atividades
Avaliação formativa
Avaliação formativa
Atividades
Avaliação de resultados
XV
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
LIVROS
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SERWAY, R.; JEWETT, J. Physics for Scientists and Engineers with Modern
Physics. Boston: Cengage Learning, 2013.
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TEIXEIRA, W. et al. (Org.). 2. ed. Decifrando a terra. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 2008.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia e
fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
SITES
NOVA ESCOLA. Disponível em: https://novaescola.org.br/. Acesso em: 13 ago.
2021.
Revista digital com temas e abordagens didáticas sobre educação em todos os
níveis.
CHC – Ciência Hoje das Crianças. Disponível em: http://chc.org.br/. Acesso
em: 13 ago. 2021.
Revista digital que aborda temas e curiosidades científicas com linguagem adequada
aos estudantes de diversos níveis de ensino.
REFERÊNCIAS
COMENTADAS
CARVALHO, Anna Maria Pessoa (Org.). Formação continuada de professores:
uma releitura das áreas de conteúdo. 2. ed. São Paulo: Cengage, 2017.
As mudanças provocadas na sociedade, decorrentes do processo
de globalização da informação, transformaram também a escola,
que, por sua vez, tem influenciado o ensino de cada uma das disciplinas
do currículo. O livro traz uma reflexão sobre essas mudanças,
apontando novos caminhos para a construção de projetos
pedagógicos.
CASTELLAR, Sonia; SEMEGHINI-SIQUEIRA, Idméa. Da Educação Infantil ao
Ensino Fundamental: formação docente, inovação e aprendizagem
significativa. 1. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2015.
O livro reúne artigos de professores com vasta experiência
em pesquisa educacional e formação docente, inicial e continuada.
Inovações e contribuições concernentes ao ensino e à aprendizagem
de diferentes áreas do conhecimento são objeto de
reflexão.
GARRITZ RUIZ, A.; CHAMIZO GUERRERO, J. A. Química. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2002.
A Química é uma das ciências que mais influenciam nossa vida,
mas isso muitas vezes passa despercebido. Para o ensino de Química
é importante mostrar que a enorme variedade dos materiais que nos
cercam é formada por poucas unidades químicas presentes na
natureza.
HELITO, A. S.; KAUFFMAN, P. (Orgs.). Saúde: entendendo as doenças, a enciclopédia
médica da família. São Paulo: Nobel, 2006.
O livro é escrito em linguagem médica acessível a leigos. Reúne temas como
nutrição, doenças mentais, doenças genéticas, pediatria, noções de primeiros
socorros, todos abordados em capítulos de autoria de grandes
especialistas.
LANGHI, R. Aprendendo a ler o céu: pequeno guia prático para a astronomia
observacional. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2016.
Este guia incentiva os leitores a reconhecer o céu noturno e a se
interessar pela Astronomia, um campo científico que motiva a compreensão
da natureza e a consciência planetária. De forma didática, o
autor ensina a reconhecer as fases da Lua, eclipses, chuvas de meteoros
etc. Os fundamentos da Astronomia observacional articulam o
ensino de Ciências com Matemática, Artes e História, por exemplo.
MARTÍN, J. A. L. ¿Habrá um terremoto en mi ciudad? Alambique, Barcelona,
España. n. 83, 2016.
O terremoto de Lorca, em 2011, causou muita destruição e vítimas
na cidade espanhola. O autor do livro percebeu o grande desconhecimento
da população sobre a probabilidade de risco sísmico no país
e mostrou a necessidade de educar e divulgar medidas de autoproteção
para reduzir a vulnerabilidade frente aos terremotos.
MASSARANI, Luisa (Org.). O pequeno cientista amador: a divulgação científica
e o público infantil. Rio de Janeiro: UFRJ – Casa da Ciência – Fiocruz,
2005.
Este volume traz oito artigos escritos por autores do Brasil,
México e Chile, discutindo desafios e estratégias para inserir a ciência
no mundo infantil, explorando a curiosidade das crianças para
saber como as coisas funcionam e como é o mundo à volta delas.
MIODOWNIK, M. De que são feitas as coisas: 10 materiais que constroem
o nosso mundo. São Paulo: Blucher, 2015.
XVI
Este livro responde a muitas perguntas sobre os materiais dos
quais as coisas são feitas relatando suas experiências pessoais com
cada material. O autor fala de ciência de um modo acessível para
todos.
PECLIYE, Magda Medhat (Org.). Ensino de Ciências e Biologia: a construção
de conhecimentos a partir de sequências didáticas. São Paulo: Baraúna,
2018.
A construção do conhecimento e o processo de ensinar e aprender
não são rotineiros. Nesta obra, são apresentadas propostas nas
quais o conhecimento leva em conta a realidade dos alunos, a contextualização
e a menor fragmentação dos conteúdos, de forma que
o trabalho docente se torna intencional, planejado e reflexivo.
RAW, I.; SANT’ANNA, O. A. Aventuras da microbiologia. São Paulo: Hacker
Editores/Narrativa Um, 2002.
Este livro traz informações indispensáveis para tratar a história da
microbiologia com segurança em aulas e embasar discussões sobre o
surgimento deste como campo científico.
TEIXEIRA, W. et al. (Org.). Decifrando a terra. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 2008.
Depois de quase dez anos da iniciativa pioneira em lançar um
livro moderno sobre Geologia, a 2ª edição do livro Decifrando a Terra
chega com avanços significativos em termos de atualização do
conhecimento científico e tecnológico e estruturação dos
conteúdos.
TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo humano: fundamentos de
anatomia e fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
Este livro é uma referência da área: texto claro, objetivo e amplamente
ilustrado sobre os fundamentos de anatomia e fisiologia, com
ênfase na homeostasia.
LOCAIS PARA
VISITAÇÃO
Brasília
Zoológico de Brasília – DF
www.zoo.df.gov.br/
Jardim Botânico de Brasília – DF
www.jardimbotanico.df.gov.br/
Goiás
Parque Nacional das Emas – GO
www.icmbio.gov.br/portal/visitacao1/unidadesabertas-a-visitacao/204-parque-nacional-das-
-emas
Zoológico de Goiânia – GO
www.goiania.go.gov.br/
zoologico-de-goiania/
Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi
www.museu-goeldi.br/
Paraná
Zoológico de Curitiba
www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/
parque-iguacu-zoologico/313
Jardim Botânico de Curitiba
https://turismo.curitiba.pr.gov.br/
conteudo/jardim-botanico/1674
Piauí
Parque Nacional da Serrada Capivara – PI
Rio de Janeiro
Jardim Botânico do Rio de Janeiro – RJ
www.gov.br/jbrj/pt-br
Rondônia
Museu Regional de Arqueologia de
Rondônia – Presidente Médici/RO
São Paulo
Floresta Estadual Edmundo Navarro de
Andrade
Horto Florestal de Rio Claro – SP
Museu do Eucalipto
www.visiterioclaro.com.br/cultura-e-lazer/
floresta-estadual-edmundo-navarro-de-andrade/
Parque Estadual Campos do Jordão – SP
Parque Estadual Ilha do Cardoso –
Cananéia – SP
www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/
parques-e-reservas-naturais/parqueestadual-ilha-do-cardoso/
Instituto Butantan – SP
www.butantan.gov.br/atracoes
Museu de Zoologia – USP/SP
http://mz.usp.br/pt/pagina-inicial/
Jardim Botânico de São Paulo – SP
Zoológico de São Paulo – SP
www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/
parques-e-reservas-naturais/zoologicode-sao-paulo/
Museu de Arqueologia Hypólito Barato –
Monte Alto/SP
http://montealto.sp.gov.br/site/
museuarqueologia/
AQUÁRIOS
Rio de Janeiro
Aquário do Rio de Janeiro – AquaRio
www.aquariomarinhodorio.com.br/
visita-escolar/
São Paulo
Aquário de Santos
www.vivasantos.com.br/aquario
Aquário da Água Branca – município de
São Paulo
Sergipe
Oceanário de Aracaju
www.tamar.org.br/centros_visitantes.
php?cod=10
Rio Grande do Norte
Aquário de Natal
https://aquarionatal.com.br/
Minas Gerais
Aquário do Rio São Francisco
https://prefeitura.pbh.gov.br/fundacao-
-de-parques-e-zoobotanica/jardim-zoologico/aquario-do-rio-sao-francisco
Santa Catarina
Balneário Camboriú – Oceanic Aquarium
https://oceanicaquarium.com.br/
MUSEUS DE CIÊNCIAS
Amazonas
Manaus
Bosque da Ciência
http://bosque.inpa.gov.br/
Goiás
Goiânia
Pátio da Ciência
https://patiodaciencia.ufg.br/
Museu Antropológico
https://museu.ufg.br/
MUSEUS VIRTUAIS
E EXPOSIÇÕES COM
ACESSO ON-LINE
Parque CienTec – São Paulo
www.parquecientec.usp.br/
passeio-virtual
Museu de Zoologia da USP – São Paulo
https://vila360.com.br/tour/mzusp/
Museu do Amanhã – Rio de Janeiro
https://museudoamanha.org.br/
tourvirtualpratodomundo/
Museu Nacional – Rio de Janeiro
https://artsandculture.google.com/project/museu-nacional-brasil
Instituto Inhotim – Minas Gerais
www.inhotim.org.br/visite/
Museu do Sertão – Pernambuco
www.valetourvirtual.com/
museudosertao/
XVII
Aquarela
CIENCIAS CIÊNCIAS
Trivellato [ José Trivellato Júnior ]
Licenciado em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da
Universidade de São Paulo (USP). Licenciado em Pedagogia pela Faculdade
de Ciências e Letras Nove de Julho. Doutor em Educação e Mestre em
Didática pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP)
Cida Lico [ Maria Aparecida de Almeida Lico ]
Licenciada em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da
Universidade de São Paulo (USP)
4
4 0 ANO ENSINO FUNDAMENTAL • ANOS INCIAIS
CIÊNCIAS DA NATUREZA
1 a edição | São Paulo | 2021
1
© 2021 Kit’s editora
São Paulo • 1 a edição • 2021
Kit’s Editora Comércio e Indústria Ltda. - EPP
Rua Henrique Sam Mindlin, 576 – Piso Superior
Jardim do Colégio – São Paulo – SP
CEP: 05882-000
Tel.: (11) 5873-4363
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Direção administrativa
Jane Soraya Apolinário
Equipe M10 Editorial:
Coordenação editorial
Fernanda Azevedo
Coordenação de arte e projeto gráfico de capa
Thais Ometto
Projeto gráfico
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Edição
Bárbara Odria
Preparação e revisão de textos
Brenda Silva
Assessoria técnica
Giovanna Sarli
Sandra Helena Dittmar Sarli Santos
Produção editorial
Vanessa Dionello
Coordenação de editoração eletrônica
Eduardo Enoki
Editoração eletrônica
Fanny Sosa
Nathalia Scala
Iconografia e ilustrações
M10 editorial
Impressão e acabamento
2
Apresentação
A curiosidade sempre impulsionou o ser humano na
busca por explicações sobre o que acontece no ambiente.
Você já observou os raios e ouviu os trovões em
um dia de chuva? Já se perguntou como nascem as
borboletas e por que temos o dia e a noite?
Se você é curioso e quer conhecer melhor os seres
vivos, compreender os fenômenos naturais e conhecer a si
mesmo, então, saiba que você gosta de Ciências.
As Ciências da Natureza explicam muitos dos
fenômenos naturais e procuram entender como funciona
a natureza.
Neste livro, que preparamos com muito carinho,
você vai experimentar, pesquisar, debater ideias, resolver
problemas e descobrir um novo jeito de olhar a natureza
e de aprender junto com os seus colegas.
Compreender Ciências significa conhecer o mundo
do ponto de vista dos cientistas, e você está convidado a
nos acompanhar nessa aventura, desde a primeira até a
última página deste livro.
Aproveite os textos, as imagens e as atividades
interessantes para compreender melhor o mundo em que
vivemos.
Os autores.
3
Não escreva no livro
Os seres vivos estão em todos os ambientes. Eles povoam
os mares, os rios, as florestas e os campos. Barão de
Melgaço, no estado do Mato Grosso.
A
C
B
Não escreva no livro
Conheça seu
livro
Para começar
Seção de abertura do
Volume para diagnosticar os
conhecimentos prévios dos
alunos.
PARA COMEÇAR
1. Uma pessoa estava preparando uma tigela
para deixar de molho o feijão que cozinharia
para o jantar. Por distração, ela colocou todo o
conteúdo de um pacote de feijão na água sem
separar os grãos estragados e as pedrinhas que
poderiam estar no pacote.
a) Como essa pessoa pode separar a água
do feijão?
b) O que ela deve fazer para separar os grãos
estragados e as pedrinhas do feijão?
2. Ao final da aula de Ciências, dois alunos estão discutindo sobre a evaporação da água do mar.
Marcos argumenta que o sal dessa mistura evapora com a água. Luísa não concorda com isso.
Ela acha que o sal não evapora com a água.
Participe dessa discussão:
a) Com qual dos dois você concorda?
b) Escreva um argumento que justifique a sua escolha.
3. Leia o cartaz a seguir e responda às perguntas.
ALEXANDRE R./ M10
4. Você já ouviu falar em relógio de Sol? Por que a luz do Sol pode ser usada para marcar a
passagem do tempo durante o dia?
5. Nas imagens abaixo há fungos de diversos tipos:
• causadores de doenças em vegetais (ferrugem do café);
• comestíveis;
• decompositores.
Identifique-os e escreva o nome de cada um deles.
MINISTÉRIO DA SAÚDE/GOVERNO FEDERAL DO BRASIL
JIM DAVID/SHUTTERSTOCK
ELNUR/SHUTTERSTOCK
PETER CHO/SHUTTERSTOCK
a) Do que se trata o cartaz?
b) Por que a vacinação é importante?
c) Você sabe como os vírus causadores da gripe e do resfriado contaminam as pessoas?
FOTOSR52/SHUTTERSTOCK
10 Não escreva no livro Não escreva no livro
11
1
TEMA DO VOLUME: SAÚDE
RELAÇÕES ENTRE
OS SERES VIVOS
Roberto Tetsuo Okamura/Shutterstock
Algumas transformações da superfície do planeta são
rápidas. Os terremotos são exemplos de fenômenos que provocam
alterações imediatas nas regiões onde ocorrem.
Os terremotos são fenômenos frequentes em diversos
países. No Brasil, é rara a ocorrência de terremotos.
Terremoto: tremor ou vibração
da camada superficial da
Terra. O terremoto é um
fenômeno geológico natural.
PARA EXPLORAR
1. Descreva o ambiente da imagem.
2. Na sua opinião, o que atrai tantos seres vivos
para esse ambiente?
3. Algum desses seres vivos precisa da luz solar
para sobreviver?
TOILETROOM/SHUTTERSTOCK
Algumas transformações da superfície do planeta são
rápidas. Os terremotos são exemplos de fenômenos que provocam
alterações imediatas nas regiões onde ocorrem.
Os terremotos são fenômenos frequentes em diversos
países. No Brasil, é rara a ocorrência de terremotos.
TOILETROOM/SHUTTERSTOCK
THOMAS DUTOUR/SHUTTERSTOCK
Terremoto: tremor ou vibração
da camada superficial da
Terra. O terremoto é um
fenômeno geológico natural.
THOMAS DUTOUR/SHUTTERSTOCK
Para explorar
No início de cada Unidade há uma imagem
relacionada ao assunto que será estudado, com
perguntas de introdução.
Boudhanath Stupa, em Katmandu, no Nepal, antes e depois de ser destruída pelo terremoto ocorrido em 3 de outubro de 2015.
Quando o terremoto ocorre no meio do oceano, ondas gigantes e fortes são produzidas,
conhecidas como tsunami. Esses tsunami (ou maremotos) podem chegar ao continente e causar
estragos enormes.
Boudhanath Stupa, em Katmandu, no Nepal, antes e depois de ser destruída pelo terremoto ocorrido em 3 de outubro de 2015.
Quando o terremoto ocorre no meio do oceano, ondas gigantes e fortes são produzidas,
conhecidas como tsunami. Esses tsunami (ou maremotos) podem chegar ao continente e causar
estragos enormes.
Imagem registrada por drone da cidade de Palu Sulawesi, na Indonésia, após tsunami e terremoto ocorrido em 15 de outubro de 2018.
CAPTURE63/SHUTTERSTOCK
CAPTURE63/SHUTTERSTOCK
Glossário
Algumas palavras desconhecidas
estarão em destaque com os
significados no glossário.
120 Não escreva no livro Não escreva no livro
Imagem registrada por drone da cidade de Palu Sulawesi, na Indonésia, após tsunami e terremoto ocorrido em 15 de outubro de 2018.
120 Não escreva no livro Não escreva no livro
4
CURIOSIDADE
Previsão do tempo
A água circula na natureza em seus diversos estados e está em constante transformação.
A chuva que cai na terra é água proveniente das nuvens. As nuvens, por sua vez, são
formadas pela água que evaporou da terra e subiu para
a atmosfera na forma gasosa (vapor de água).
Meteorologia: ciência que estuda
Assim, o vapor de água se transforma em água
os fenômenos atmosféricos, como a
líquida na atmosfera, formando as nuvens, e depois
formação de nuvens e os furacões.
volta para a terra na forma de chuva.
Com base em informações técnicas, o
Quem estuda a formação das nuvens e faz a
meteorologista faz previsões do tempo
previsão do tempo são os meteorologistas.
para os próximos dias em uma região.
Previsão do tempo para o Brasil
CURIOSIDADE
Vitamina C e ácido cítrico da laranja
Não é só a batata e a maçã que ficam escurecidas depois
de cortadas. Isso acontece também com a banana, a pera,
o pêssego, o abacate, entre outras frutas. O escurecimento
se deve a um composto presente nos vegetais que sofre
transformação quando entra em contato com o ar. Para evitar
essa condição, a superfície cortada das frutas deve receber uma
camada de suco de limão.
Você já reparou que as frutas de uma salada de frutas não
ficam escurecidas?
Bananas cortadas e escurecidas.
A salada de frutas recebe suco de limão ou laranja. O suco dessas frutas tem vitamina C
e ácido cítrico, que impedem o ar de transformar as substâncias responsáveis por escurecer a
banana, a maçã, a pera, entre outras.
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
PILIPPHOTO/SHUTTERSTOCK
A salada de frutas recebe suco de laranja para evitar o escurecimento das frutas.
PHOTOONGRAPHY/SHUTTERSTOCK
Fonte: Atlas geográfico escolar. São Paulo: IBEP, 2012.
• Pesquise na internet, aplicativo de previsão do tempo meteorológico ou em outra
fonte a previsão do tempo para os 3 próximos dias na sua cidade. Desenhe no seu
caderno a previsão para cada um dos dias.
Compare o seu desenho com os produzidos pelos seus colegas de grupo. Após a
comparação, complemente ou refaça os seus desenhos, se necessário.
BRUNO S./ M10
PILIPPHOTO/SHUTTERSTOCK
CIÊNCIAS
A salada de frutas recebe suco de laranja para evitar o escurecimento das frutas.
LIVRO
• Tem criança na cozinha – Culinária divertida
Autor: Ciranda Cultural
96 Não escreva no livro Não escreva no livro
Ano: 2015
Com este livro, as crianças vão conhecer receitas dos chefs do Tem criança na cozinha
e
dar o seu toque especial a cada uma. Coloque a mão na massa, aprenda truques incríveis,
descubra curiosidades sobre os alimentos e as receitas e reúna os amigos para compartilhar
sabores e descobertas.
Não escreva no livro
DIVULGAÇÃO
107
PHOTOONGRAPHY/SHUTTERSTOCK
CIÊNCIAS
LIVRO
• Tem criança na cozinha – Culinária divertida
Autor: Ciranda Cultural
Ano: 2015
Com este livro, as crianças vão conhecer receitas dos chefs do Tem criança na cozinha e
dar o seu toque especial a cada uma. Coloque a mão na massa, aprenda truques incríveis,
descubra curiosidades sobre os alimentos e as receitas e reúna os amigos para compartilhar
sabores e descobertas.
DIVULGAÇÃO
Curiosidade
Textos com temas atuais e
curiosidades sobre Ciências e
tecnologia.
Ciências +
No Ciências + você encontra indicações de
livros, vídeos, filmes e sites relacionados ao
assunto estudado.
Não escreva no livro
107
BRINCANDO EU APRENDO
Jogo do tempo
Organizem-se em grupos para iniciar este jogo da memória.
Materiais
Um pouco de história
Textos que contam um pouco de
como o conhecimento científico foi se
transformando ao longo do tempo.
• tesoura de pontas arredondadas;
• cola em bastão;
• cartolina ou papel-cartão.
Como fazer
A. Com a ajuda do professor, façam uma fotocópia das cartas do Jogo do Tempo que estão
nas páginas 152, 153 e 154.
B. Recortem as cartas do jogo das cópias produzidas.
UM POUCO DE HISTÓRIA
A conquista do fogo
C. Colem as cartas em uma cartolina ou em um papel-cartão antes de começarem a jogar.
Regras do jogo
• Embaralhem as cartas e deixem-nas com as figuras voltadas para a superfície da mesa.
Decidam quem será o primeiro a jogar.
• Um aluno do grupo marcará o tempo enquanto o colega tenta adivinhar onde estão as
cartas que formam cada par. Para isso, pode ser usada uma ampulheta, um relógio digital
ou o cronômetro de um aparelho celular.
• O jogador só pode virar duas cartas por vez e, caso não forme um par, as cartas deverão
ser viradas novamente na posição em que estavam sobre a mesa. Se as cartas formarem
um par, elas permanecem no lugar e viradas para cima.
• O jogo continua até todos os pares serem formados.
• Ganha aquele que encontrar todos os pares em menos tempo.
Não escreva no livro
151
A observação e o estudo das transformações acontecem desde muito tempo atrás.
O controle do fogo há centenas de milhares de anos permitiu aos ancestrais dos seres
humanos melhorar suas condições de vida. Com o fogo foi possível aquecer os dias frios,
iluminar as noites mais escuras e afugentar animais perigosos.
O ser humano passou
a transformar os alimentos
crus em alimentos cozidos
e assados. Os alimentos
cozidos eram mais bem
conservados e a comida era
mais facilmente digerida.
Há mais ou menos 10
mil anos, surgiu um dos
principais processos de
transformação da matéria,
que mudou o modo de vida
das pessoas: a produção
de metais a partir de
minérios. Objetos de cobre,
estanho e chumbo só foram A conquista do fogo (1870), de Emilio Bayard. In: O homem primitivo, Louis
produzidos graças ao fogo.
Figuier, 1883. Editora: Luso Brasileira.
DOMÍNIO PÚBLICO
Brincando eu aprendo
Por meio de jogos e
brincadeiras, você vai colocar
em prática o que estudou.
Não escreva no livro
Não escreva no livro
JOHZIO/SHUTTERSTOCK
Ferramentas
metálicas com
mais de
5 mil anos.
97
5
Ciências em ação
Nesta seção, você encontrará projetos que
serão desenvolvidos em grupo.
TROCANDO IDEIAS
Reúna-se com seu grupo e analisem a imagem das pegadas deixadas em uma rocha
há cerca de 70 milhões de anos.
CIÊNCIAS EM AÇÃO
Decompositores e o ambiente
Posição 1 Posição 2 Posição 3
ALEXANDRE R./ M10
Você viu que muitos fungos e bactérias são decompositores. Eles degradam os restos
de todos os tipos de seres vivos (plantas, animais etc.). Nesse processo, ocorre a devolução
para o ambiente de substâncias simples, como água, gás carbônico e sais minerais.
Nesta atividade, o seu grupo vai testar alguns materiais para descobrir quais são
decompostos rapidamente e quais demoram mais tempo para se desfazer no ambiente.
Muitos materiais que usamos no dia a dia não são biodegradáveis, isto é, não são
decompostos pelos seres vivos.
Conhecer os materiais que se decompõem mais rapidamente na natureza é
importante para que possamos escolher melhor os produtos que consumimos, evitando
aqueles que agridem a natureza.
A conscientização do nosso papel em relação à preservação do ambiente natural só
é possível quando conhecemos os fatores que interferem no processo de decomposição e
que materiais permanecem no ambiente por muito tempo.
Antes de começar a atividade, converse com seu grupo.
Todos os materiais em contato com o solo demoram o mesmo tempo para se
transformar? Discuta com seu grupo a respeito de quanto tempo os seguintes objetos
levam para se desfazer no solo:
• 1 prego pequeno;
• 1 pedaço de fruta;
• 1 pedaço de papelão;
• 1 pedaço de plástico;
• 1 pedaço de osso.
SERGEJ RAZVODOVSKIJ/
SHUTTERSTOCK
LUCIE LANG/SHUTTERSTOCK
Representação de registros fósseis em uma rocha.
Molde de uma pegada de
dinossauro na Tailândia.
As questões a seguir vão ajudar a orientar a interpretação desses registros fósseis.
• Há evidência de que um dinossauro tenha deixado essas marcas?
• Em que direção os animais estavam se movendo?
• Eles mudaram a velocidade e a direção do movimento?
• O que deve ter acontecido na posição 2?
MADERLA/SHUTTERSTOCK
AYKUT ERDOGDU/SHUTTERSTOCK
THAMKC/SHUTTERSTOCK
BW FOLSOM/SHUTTERSTOCK
1. Escreva no caderno uma explicação possível para o que deve ter acontecido com
os animais que deixaram essas marcas.
Não escreva no livro
129
68 68
Não escreva no livro
Jornada do saber
Seção com textos para estimular a
reflexão e o pensamento crítico.
Trocando ideias
Aqui você vai compartilhar
opiniões e ideias sobre
diversos assuntos com os
colegas.
Não escreva no livro
JORNADA DO SABER
Por que os dinossauros foram extintos
na mesma época?
Reúna-se com o seu grupo. Leiam as duas hipóteses para o desaparecimento dos
dinossauros no nosso planeta e respondam às questões no caderno.
Hipótese 1
Um enorme meteorito atingiu a Terra há 65 milhões de anos. Esse fato provocou incêndios
violentos e liberou muita poeira na atmosfera. A poeira era tanta que bloqueou a luz solar,
impedindo a fotossíntese das plantas. O impacto do meteorito provocou também terremotos
e o surgimento de muitos vulcões, que emitiram gases venenosos na atmosfera. O resultado
desse conjunto de acontecimentos foi a morte das plantas e dos animais, que ficaram sem
alimento. Além disso, os animais não tiveram como escapar do fogo e não resistiram aos gases
tóxicos. De acordo com essa explicação, a extinção dos dinossauros foi resultado de um grande
evento catastrófico.
ALEXANDRE R./ M10
Mãos à obra
Atividades
práticas que
envolvem
manipulação
de materiais,
levantamento
de hipóteses,
observação e
interpretação
de resultados.
MÃOS À OBRA
Construção de um gnômon
É possível descobrir a direção norte-sul sem o uso de uma bússola ou de um GPS?
Para descobrir, você vai construir um gnômon.
Materiais
• 1 cabo de vassoura ou outra haste; • giz ou lápis de cera;
• 1 esquadro escolar;
• régua;
• barbante;
• palitos de sorvete.
Como fazer
A. Encontre uma área plana e
horizontal que não seja cimentada
e que receba luz solar o dia todo.
Faça um buraco no chão para fixar
o cabo de vassoura ou a haste.
B. Com a ajuda dos colegas, deixe o
cabo de vassoura (ou a haste) na
vertical. Para isso, utilize o esquadro
escolar. Coloque-o no chão plano
e encoste-o no cabo de vassoura. Quando o cabo de vassoura estiver completamente na
vertical, fixe-o no chão.
C. Em uma manhã ensolarada, marque a extremidade da sombra projetada por seu
gnômon com o giz ou com os palitos de sorvete.
D. Amarre a ponta do barbante na base
do gnômon e, na outra extremidade
do barbante, amarre um giz de
tal modo que ele coincida com a
extremidade da sombra.
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
E. Faça um movimento circular (como
um compasso) com o barbante
esticado de modo que fique uma
marca circular no sentido do
deslocamento da sombra.
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
Não escreva no livro
133
Não escreva no livro
Ilustração artística representando uma hipótese sobre a extinção dos dinossauros.
Não escreva no livro
127
6
30 cm
38 cm
20 cm
8 mm
5 mm
2. Leia o texto sobre o cipó -chumbo e
ATIVIDADES
responda à questão.
Uma planta que não faz
1. Leia o texto a seguir.
fotossíntese
A maioria das plantas realiza a
Um biólogo que estudava os animais de uma área de floresta percebeu que quase todos
fotossíntese. Uma exceção é o cipóos
quatis – mamíferos que comem sementes, frutos e ovos – tinham piolhos e carrapatos-
-chumbo, planta formada por fios
-estrela no corpo. Esses parasitas se prendem à pele dos animais e se alimentam de sangue. Os
amarelos e que não tem clorofila. O
carrapatos não vivem o tempo todo na pele dos hospedeiros. Após se alimentarem de sangue,
cipó -chumbo vive apoiado em
eles caem no solo, onde botam seus ovos. No solo, os carrapatos adultos servem de alimento
outras plantas e retira delas os
para outros animais (predadores), como aranhas, quero -queros e joões -de-barro. Os carrapatos
nutrientes de que necessita,
que nascem vão para o corpo de hospedeiros que passarem pelo local.
prejudicando-as.
CYNTHIA KIDWELL/SHUTTERSTOCK
ANDREW M. ALLPORT/SHUTTERSTOCK
3. Na imagem a seguir estão representados parte de uma planta, alguns pulgões e uma joaninha.
Quati.
João -de-barro.
ADRIANO NETO/SHUTTERSTOCK
• Qual é a relação que existe entre
o cipó-chumbo e a planta sobre
a qual ele vive? Por quê?
Cipó -chumbo sobre uma árvore.
Joaninha e pulgões em uma folha.
Quero -quero.
Os pulgões são pequenos insetos que sugam a seiva rica em açúcar dos vegetais. As joaninhas
a) Quais dos seres vivos estudados por esse biólogo são parasitas?
são pequenos besouros que se alimentam de pulgões.
b) Qual hospedeiro desses parasitas é citado no texto?
a) Represente a cadeia alimentar correspondente.
c) De que se alimenta o carrapato -estrela?
b) Classifique os pulgões e as joaninhas considerando o modo como conseguem alimento.
d) Represente uma cadeia alimentar descrita no texto.
e) Se a aranha, o quero-quero e o joão-de-barro são classificados como predadores, como
4. Observando uma roseira em seu jardim, você reparou que ela estava sendo atacada por
podemos classificar o carrapato adulto?
pulgões. O que você pode fazer para resolver este problema sem prejudicar mais a planta?
34
Não escreva no livro
Não escreva no livro
35
IANREDDING/SHUTTERSTOCK
ANDRE DE SOUZA SILVA
Atividades
Nesta seção
você encontrará
exercícios e
atividades para
retomar e repensar
os conteúdos
tratados no
capítulo.
PARA ENCERRAR
1. Classifique as misturas representadas nas imagens a seguir como homogêneas ou
heterogêneas.
A B C D
M.BONOTTO/SHUTTERSTOCK
ELENA ELISSEEVA/SHUTTERSTOCK
DOTTA 2/SHUTTERSTOCK
WATCHARA/SHUTTERSTOCK
Água + açúcar. Feijões + ervilhas + favas + Óleo + água + areia grossa. Cimento + água + areia fina.
+ outras sementes.
2. Observe as transformações provocadas pelo aquecimento das substâncias.
ALENA_KOS/SHUTTERSTOCK
P.STUDIO66/SHUTTERSTOCK
ADISAK RIWKRATOK/SHUTTERSTOCK
MICROSTOCKSTUDIO/SHUTTERSTOCK
10. Indique três maneiras que a humanidade desenvolveu para se orientar no espaço no decorrer
do tempo.
11. Analise o calendário a seguir.
DIEGO C./ M10
Para encerrar
Nesta seção você vai
retomar os conteúdos
estudados durante o
ano.
Ingredientes → bolo
Milho → pipoca
DOVZHYKOV ANDRIY/SHUTTERSTOCK
J.AMPHON/SHUTTERSTOCK
RAFASTOCKBR/SHUTTERSTOCK
EVGENIYA369/SHUTTERSTOCK
a) Quantos dias se passaram entre a Lua crescente de julho até a Lua crescente seguinte?
b) Considerando o mês de julho, quantos dias, aproximadamente, correspondem a cada uma
das 4 fases da Lua?
c) Com base na observação desse calendário, explique por que é possível utilizar o ciclo das
fases da Lua como medida de tempo.
Cubos de gelo (água sólida) → água líquida
Ovos → omelete
12. Por que a cada 4 anos o mês de fevereiro tem um dia a mais, isto é, possui 29 dias
(ano bissexto)?
a) Quais desses materiais sofreram transformações químicas?
b) Qual das transformações acima é reversível?
13. Pesquise em um calendário do ano em que você nasceu qual era a fase da Lua e o dia da
semana naquela data.
156 Não Não escreva no no livro livro
Não Não escreva no no livro livro
159
Ícones de atividade
Estes são os ícones utilizados
no livro:
Atividade em dupla
Atividade oral
Selos interdisciplinares
Este ícone, que
aparece no final
de algumas
páginas do seu livro,
informa que nelas há
imagens com elementos
representados fora de
proporção entre si.
Atividade em grupo
TEMA TRANSVERSAL
7
SUMÁRIO
Para começar .............................................................. 10
UNIDADE 1
RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS, 12
CAPÍTULO 1 • Produtores e consumidores ....................................... 14
• As plantas e a fotossíntese ...................16
A fotossíntese e a respiração ....................19
• Os pulmões e o oxigênio do ar ...........20
Mãos à obra – Vamos separar os
pigmentos das folhas? ............................... 22
• Os consumidores ...................................24
CAPÍTULO 2 • Decompositores ........................................................ 36
• Consumidores especiais .......................36
Conhecendo a história das
formigas -cortadeiras .................................. 37
• Os decompositores na
cadeia alimentar ....................................38
Os sais minerais circulam na natureza ....40
Mãos à obra – Fungos que se alimentam
dos nossos alimentos .................................. 41
• Cadeias alimentares ..............................26
Predação ......................................................30
O topo das cadeias alimentares ................ 31
Jornada do saber – Características e
importância ecológica dos tubarões .... 31
Um pouco de história – A peste negra . 33
Atividades ..............................................34
• A reprodução dos fungos ....................44
• A produção de húmus ..........................46
• A importância ambiental dos
decompositores .....................................48
Usando a mata como local
de estudo ............................................................49
Atividades ..............................................50
CAPÍTULO 3 • Os microrganismos ................................................... 52
• Os microrganismos e a produção de
alimentos ................................................ 53
Fermentação ................................................ 54
• Os biocombustíveis ............................... 55
• Os microrganismos e a nossa saúde .. 56
Um pouco de história – A descoberta da
penicilina ........................................................ 56
As bactérias e o nosso corpo ....................57
Doenças causadas por bactérias ............. 58
Doenças causadas por fungos .................. 60
Doenças causadas por protozoários ........ 61
Uma doença causada por vírus ................ 63
• Vacinas .................................................... 65
Um pouco de história – Edward Jenner, o
pai da vacina ................................................. 66
Atividades .............................................. 67
Ciências em ação – Decompositores e o
ambiente ........................................................ 68
UNIDADE 2
ÁGUA: MISTURAS E TRANSFORMAÇÕES, 70
CAPÍTULO 4 • Misturas ..................................................................... 72
Jornada do saber – Está limpo? Ou
poluído? Quem vive no rio responde! ....73
• A água e as misturas ............................. 74
Uma condição para a dissolução de
substância sólida ........................................ 76
Mãos à obra – Teste de dissolução ..........77
Tipos e separação de misturas ................. 79
Mãos à obra – Separação de misturas... 80
Um pouco de história –
A descoberta do ímã .................................. 84
• O magnetismo e a eletricidade ........... 85
Mãos à obra – Como atrair objetos de
ferro sem usar um ímã natural? .............. 86
Atividades .............................................. 88
8
CAPÍTULO 5 • Transformações da matéria ..................................... 90
• Transformações irreversíveis ................... 91
• Transformações reversíveis .................... 94
Um pouco de história –
A conquista do fogo ........................................97
Mãos à obra – Transformações
reversíveis e irreversíveis .............................. 98
Atividades ............................................... 100
CAPÍTULO 6 • Transformações no dia a dia .................................. 102
• Fatores que interferem nas reações
químicas ....................................................103
Mãos à obra – Transformações
químicas ............................................................104
Como reconhecer a ocorrência de
transformações químicas ............................ 108
Mãos à obra – Controle da velocidade
de uma transformação .................................... 111
Atividades .................................................114
UNIDADE 3
ORIENTAÇÃO PELOS ASTROS E MARCAÇÃO DO TEMPO, 116
CAPÍTULO 7 • Os fósseis e a história do planeta ......................... 118
Jornada do saber – Modelo da
movimentação de placas tectônicas ........ 122
• Os fósseis e a idade das rochas ............ 124
Um caso de extinção: os dinossauros ........125
Jornada do saber – Por que os dinossauros
foram extintos na mesma época? ............ 127
• Orientação e localização .......................130
Orientando-se na superfície ........................130
Encontrando os pontos cardeais ................132
Mãos à obra – Construção
de um gnômon ................................................ 133
Atividades ................................................ 135
CAPÍTULO 8 • A marcação do tempo ............................................. 136
• A divisão do tempo no dia .................... 138
Os primeiros medidores do tempo .............139
Um pouco de história – O relógio de pulso:
uma invenção brasileira? .............................. 142
• Calendários...............................................143
O mês ...............................................................143
O ano .............................................................. 144
Jornada do saber –
Stonehenge brasileiro ..................................148
Atividades ................................................149
Brincando eu aprendo –
Jogo do tempo ................................................ 151
Para encerrar ................................................................. 156
Referências ....................................................................160
9
Apoio pedagógico
A avaliação diagnóstica
proposta (avaliação de
entrada) pode oferecer indícios
dos conhecimentos
que os alunos já têm sobre
alguns dos temas que serão
trabalhados ao longo do
ano, como a separação de
misturas, a relação entre os
animais e as plantas de uma
região e as diferentes formas
de marcar o tempo.
Proporcione a liberdade de
expressão aos alunos quando
propuser as atividades
dessa avalição, que podem
ser realizadas por meio de
uma conversa em sala de
aula, de uma discussão em
pequenos grupos ou até
mesmo individualmente.
O importante é os alunos
estarem à vontade para
dizer o que pensam sobre
os temas tratados. Isso permitirá
que você tenha um
panorama do que os alunos
sabem nesse momento.
Posteriormente, ela poderá
ser comparada com as avaliações
formativas realizadas
ao longo do ano e, sobretudo,
com a avaliação final ou
de resultado.
PARA COMEÇAR
1. a) Resposta pessoal. É possível que os alunos pensem em uma peneira ou um escorredor de
macarrão para separar a água dos feijões.
1. Uma pessoa estava preparando uma tigela
para deixar de molho o feijão que cozinharia
para o jantar. Por distração, ela colocou todo o
conteúdo de um pacote de feijão na água sem
separar os grãos estragados e as pedrinhas que
poderiam estar no pacote.
a) Como essa pessoa pode separar a água
1. b) Resposta pessoal. É possível que os alunos
do feijão?
digam que ela pode retirar manualmente
b) O que ela deve fazer para separar os grãos
as pedrinhas e os grãos estragados. A depender da experiência
estragados de feijão e as pedrinhas? dos alunos, eles podem sugerir que ela retire com uma peneira os grãos
estragados que flutuam e separe as pedrinhas que afundaram com as mãos.
2. Ao final da aula de Ciências, dois alunos estão discutindo sobre a evaporação da água do mar.
Marcos argumenta que o sal dessa mistura evapora com a água. Luísa não concorda com isso.
Ela acha que o sal não evapora com a água.
Participe dessa discussão:
a) Com qual dos dois você concorda? Os alunos devem concordar com a afirmação da Luísa.
b) Escreva um argumento que justifique a sua escolha. O sal não evapora com a água do mar porque, se
isso ocorresse, a chuva resultante da evaporação
3. Leia o cartaz a seguir e responda às perguntas. da água do mar seria salgada. Outras justificativas
poderão ser citadas pelos alunos.
a) Do que se trata o cartaz? Trata-se da importância de vacinar as crianças.
Porque previne o desenvolvimento de doenças, evitando que elas se
b) Por que a vacinação é importante? espalhem e mais pessoas fiquem doentes.
c) Você sabe como os vírus causadores da gripe e do resfriado contaminam as pessoas?
Resposta pessoal. É possível que os alunos digam que os vírus passam de uma pessoa doente para uma
pessoa saudável por meio do contato direto ou pelo compartilhamento de objetos
10 Não escreva no livro pessoais, principalmente.
MINISTÉRIO DA SAÚDE/GOVERNO FEDERAL DO BRASIL
ALEXANDRE R./ M10
Resolução comentada
A atividade 1 (a e b) permite que os alunos identifiquem os elementos misturados (água, feijão e pedrinhas) e proponham formas
de separá-los de acordo com algumas propriedades observadas, como o fato de a água ser líquida, de as pedrinhas não se dissolverem,
entre outras (EF04CI01 da BNCC).
A atividade 2 (a e b) também aborda a separação de misturas (EF04CI01); porém, requer conhecimento sobre a evaporação da
água e provavelmente haverá muitas respostas incorretas nela. Os alunos estão começando o 4 o ano, portanto é importante arquivar
estas respostas e compará-las com as que eles darão após realizarem a experiência do capítulo sobre misturas, em que observarão
que o sal permanece na vasilha após a evaporação da água.
A atividade 3 (a, b e c) busca evidenciar se os alunos conhecem o papel da vacinação para a saúde da coletividade e de que modo as
doenças contagiosas causadas por diversos microrganismos passam de uma pessoa para outra (EF04CI08). A atividade permite averiguar
10
4. Você já ouviu falar em relógio de Sol? Por que a luz do Sol pode ser usada para marcar a
passagem do tempo durante o dia?
JIM DAVID/SHUTTERSTOCK
O movimento do Sol
no céu se repete a
cada dia, por isso, a
sombra produzida por
uma haste pode ser
marcadora do tempo
durante o dia.
5. Nas imagens abaixo há fungos de diversos tipos:
• causadores de doenças em vegetais (ferrugem do café);
• comestíveis;
• decompositores.
Identifique-os e escreva o nome de cada um deles.
ELNUR/SHUTTERSTOCK
A
B
PETER CHO/SHUTTERSTOCK
Comestíveis.
C
Causadores de
doenças.
FOTOSR52/SHUTTERSTOCK
Decompositores.
Não escreva no livro
11
se o aluno conhece a função das vacinas - que é a de prevenir, e não de tratar as doenças. Vacinas estimulam a produção de anticorpos
que protegem o organismo contra agentes patogênicos, sejam eles vírus ou bactérias. Neste volume, abordaremos algumas doenças
causadas por microrganismos contra os quais existem vacinas.
A atividade 4 trabalha com a marcação do tempo. O movimento de rotação da Terra gera o dia e a noite, e desde sempre o ser humano
criou maneiras de mensurar o tempo. A marcação do tempo pode ser realizada de diversas formas, como pelo ciclo do dia e da noite, pelo
movimento de translação, pelo movimento do Sol no céu ou por equipamentos mecânicos ou digitais (EF04CI11).
Na atividade 5, são apresentados alguns tipos de fungos para que os alunos relacionem sua diversidade com as funções que desempenham
na natureza. Além da função de decomposição (EF04CI06), existem espécies comestíveis, outras que são causadoras de
doenças e algumas espécies que são responsáveis por transformações químicas que ocorrem em diversos processos: na produção dos
biocombustíveis, no preparo de pães e de bebidas, entre outras.
11
APRESENTAÇÃO DO VOLUME 4
A unidade 1 vai tratar da alimentação dos seres vivos e os
alunos poderão classificá-los em produtores e consumidores.
O conceito de ciclo da matéria na natureza será apresentado
juntamente com a importância dos fungos e bactérias no processo
de decomposição. Também serão estudados os conceitos
de fotossíntese e de fluxo de energia na natureza. Alguns
microrganismos causadores de doenças, a importância das
vacinas para a prevenção de enfermidades e a manutenção
da saúde individual e coletiva são os assuntos que fecham esta
unidade.
Apresentaremos os objetivos educacionais no início desta
unidade e uma sugestão de acompanhamento da aprendizagem
ao final. Estas seções também estão presentes nas
demais unidades do volume.
Na unidade 2, os alunos vão conhecer algumas propriedades
físicas observáveis de materiais presentes no cotidiano,
vão classificar e propor métodos de separação dos componentes
de misturas homogêneas e heterogêneas, vão observar
transformações reversíveis e não reversíveis provocadas
por diversos fatores, como o aquecimento. Além disso, vão
aprender a reconhecer evidências de transformações químicas
a partir de exemplos de situação cotidianas.
Os temas estudados na unidade 3 vão estimular os alunos
a conhecer melhor como o nosso planeta se alterou desde
o início do deslocamento de porções de terra da Pangeia.
Alguns indicativos das transformações ocorridas no planeta
Terra são obtidos a partir do estudo dos fósseis e das camadas
que formam os diferentes tipos de solos. Outros conteúdos
da unidade são: a localização na superfície do planeta e
alguns modos de contagem de tempo (horas do dia e calendários)
propostos por diferentes culturas.
1
Os seres vivos estão em todos os ambientes. Eles povoam
os mares, os rios, as florestas e os campos. Barão de
Melgaço, no estado do Mato Grosso.
2
ÁGUA:
A Terra é considerada o “planeta água”. A maior
parte da superfície do planeta é coberta pela
água dos oceanos. Iceberg na Antártida.
3
ORIENTAÇÃO
TEMA DO VOLUME: SAÚDE
RELAÇÕES ENTRE
OS SERES VIVOS
MISTURAS E
TRANSFORMAÇÕES
PELOS ASTROS E
MARCAÇÃO DO
TEMPO
Stonehenge, Reino Unido.
A 12
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 1
RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS
QUADRO DE OBJETIVOS PEDAGÓGICOS
CONTEÚDOS E HABILIDADES
DA BNCC ASSOCIADAS
Cap. 1 – Produtores e consumidores
(EF04CI04) Analisar e construir cadeias
alimentares simples, reconhecendo a posição
ocupada pelos seres vivos nessas cadeias e o
papel do Sol como fonte primária de energia na
produção de alimentos.
(EF04CI05) Descrever e destacar semelhanças
e diferenças entre o ciclo da matéria e o fluxo de
energia entre os componentes vivos e não vivos
de um ecossistema.
OBJETIVOS
1. Diferenciar animais pelo tipo de alimentação.
ATIVIDADES
(NÚMERO DA PÁGINA)
14 e 15
2. Identificar características que definem um ser vivo como
produtor ou como consumidor.
14, 15 e 16
3. Conhecer de forma simplificada o processo da fotossíntese. 15, 16 e 17
4. Compreender a importância das plantas nas cadeias alimentares. 19, 20, 24, 25 e 26
5. Interpretar textos que descrevem relações entre os seres vivos e
construir cadeias alimentares.
6. Compreender o caminho da energia na natureza.
26, 27, 28, 29, 30, 31, 32,
34 e 35
27, 28, 34 e 35
PRÉ-REQUISITOS
O aluno deve ser
capaz de:
Compreender
e executar as
instruções das
atividades
propostas.
Relacionar fatos e
situações.
Trabalhar em
grupo.
Cap. 2 – Decompositores
(EF04CI05) Descrever e destacar semelhanças
e diferenças entre o ciclo da matéria e o fluxo de
energia entre os componentes vivos e não vivos
de um ecossistema.
(EF04CI06) Relacionar a participação de
fungos e bactérias no processo de decomposição,
reconhecendo a importância ambiental desse
processo.
Cap. 3 – Os microrganismos
(EF04CI07) Verificar a participação de
microrganismos na produção de alimentos,
combustíveis, medicamentos, entre outros.
(EF04CI08) Propor, a partir do conhecimento
das formas de transmissão de alguns
microrganismos (vírus, bactérias e protozoários),
atitudes e medidas adequadas para prevenção de
doenças a eles associadas.
7. Conhecer o processo de decomposição.
8. Compreender o ciclo da matéria na natureza.
36, 37, 38, 39
38, 39, 40, 41, 42, 43 e 51
Reconhecer a
posição de cada ser
9. Relacionar o ciclo da matéria com o fluxo de energia na natureza. 38, 39 e 40
vivo nas cadeias
alimentares.
10. Reconhecer fungos e bactérias por meio de imagens.
11. Relacionar a produção de húmus com a presença de fungos e
bactérias no solo.
12. Discutir o impacto ambiental do desmatamento.
13. Conhecer a ação de fungos e bactérias na produção de
alimentos como queijos e pães, entre outros.
14. Conhecer os modos de contágio, sintomas e prevenção de
algumas doenças causadas por microrganismos.
15. Identificar hábitos de higiene importantes para evitar doenças.
16. Compreender a importância da vacinação.
38, 40, 44, 45, 50 e 51
46, 47, 48, 49
48, 49
52, 53, 54, 55
56, 57, 59, 61
58
59, 63, 65, 66
Identificar o
Sol como fonte
primária de energia
na produção de
alimentos.
Identificar
microrganismos
como fungos e
bactérias.
Conhecer a ação
benéfica de alguns
microrganismos.
12 B
TEMA DO VOLUME: SAÚDE
Habilidades
• (EF04CI04) Analisar e
construir cadeias alimentares
simples, reconhecendo
a posição ocupada pelos
seres vivos nessas cadeias
e o papel do Sol como fonte
primária de energia na
produção de alimentos.
• (EF04CI05) Descrever e
destacar semelhanças e
diferenças entre o ciclo da
matéria e o fluxo de energia
entre os componentes
vivos e não vivos de um
ecossistema.
• (EF04CI06) Relacionar a
participação de fungos e
bactérias no processo de
decomposição, reconhecendo
a importância ambiental
desse processo.
• (EF04CI07) Verificar a participação
de microrganismos
na produção de alimentos,
combustíveis, medicamentos,
entre outros.
• (EF04CI08) Propor, a partir
do conhecimento das
formas de transmissão de
alguns microrganismos
(vírus, bactérias e protozoários),
atitudes e medidas
adequadas para prevenção
de doenças a eles
associadas.
1
Os seres vivos estão em todos os ambientes. Eles povoam
os mares, os rios, as florestas e os campos. Barão de
Melgaço, no estado do Mato Grosso.
RELAÇÕES ENTRE
OS SERES VIVOS
Apoio pedagógico
Esta é a Unidade 1 –
Relações entre os seres vivos.
O tema abordado neste volume
é saúde, que será apresentado
principalmente aqui.
Lembre-se de que a saúde
tem grande abrangência
como tema integrador, facilitando
a criação de projetos e
abordagens interdisciplinares.
As páginas que fazem alusão
ao tema deste volume trarão
um selo indicativo.
Tema: Saúde
Os principais conteúdos abordados nesta unidade são o estudo do tipo de alimentação
dos seres vivos silvestres e a classificação deles em produtores e consumidores, sendo estes
últimos analisados de acordo com o que utilizam como alimento (herbívoros, carnívoros,
onívoros e decompositores). O conceito de ciclo da matéria na natureza será apresentado
juntamente com o estudo do processo de decomposição realizado por fungos e bactérias.
De maneira simplificada, vamos ver os conceitos de fotossíntese e de fluxo de energia na
natureza. Fechando a Unidade 1, veremos a importância da vacinação na prevenção de
enfermidades e na manutenção da saúde individual e coletiva.
12
Roberto Tetsuo Okamura/Shutterstock
Sugestão de
encaminhamento
Proponha aos alunos uma
observação atenta da cena
para que possam descrevê-
-la em seguida. As questões
da seção Para explorar vão
orientar essa conversa e a
exploração detalhada da
imagem.
A cena de abertura da
unidade mostra certa diversidade
de seres vivos. A conversa
inicial com os alunos
vai indicar o que eles sabem
sobre o assunto. Em diversas
situações, os alunos não
costumam citar os vegetais
ao se referir aos seres vivos:
só se lembram dos animais.
Ajude-os a identificar as espécies
presentes na imagem.
PARA EXPLORAR
Respostas na Resolução comentada.
1. Descreva o ambiente da imagem.
2. Na sua opinião, o que atrai tantos seres vivos
para esse ambiente?
3. Algum desses seres vivos precisa da luz solar
para sobreviver?
Resolução
comentada –
Para explorar
1. Resposta pessoal.
2. Sugestão de resposta: o
ambiente apresenta condições
favoráveis para
o desenvolvimento de
plantas e animais.
3. Espera-se que os alunos
respondam que as plantas
são seres vivos que
dependem da luz para
sobreviver.
13
Habilidades
• (EF04CI04) Analisar e
construir cadeias alimentares
simples, reconhecendo
a posição ocupada pelos
seres vivos nessas cadeias
e o papel do Sol como fonte
primária de energia na
produção de alimentos.
• (EF04CI05) Descrever e
destacar semelhanças e
diferenças entre o ciclo da
matéria e o fluxo de energia
entre os componentes
vivos e não vivos de um
ecossistema.
1 Produtores e
consumidores
Os animais dependem de outros seres vivos para sobreviver. Eles se alimentam de plantas ou de
outros animais para obter as substâncias necessárias para seu crescimento e a energia para as suas
atividades.
SMEREKA/SHUTTERSTOCK
Objetivos
• Diferenciar animais pelo
tipo de alimentação.
• Identificar características
que definem um ser vivo
como produtor ou como
consumidor.
• Conhecer de forma simplificada
o processo da
fotossíntese.
• Compreender a importância
das plantas nas cadeias
alimentares.
• Interpretar textos que
descrevem relações entre
os seres vivos e construir
cadeias alimentares.
• Compreender o caminho
da energia na natureza.
Apoio pedagógico
Os conteúdos abordados
no livro foram agrupados
constituindo o que chamamos
genericamente de unidades
didáticas.
As páginas 14 a 18 correspondem
à primeira unidade
didática do livro e conceituam
produtores, consumidores
e a fotossíntese.
No decorrer do Capítulo
1, serão apresentadas algumas
das relações alimentares
entre seres vivos, expressas
em um esquema conhecido
1,4 m
17 cm
14 Não escreva no livro
como cadeia alimentar.
Também vamos classificar os
seres vivos segundo o tipo
de nutrição: produtores/
consumidores; herbívoros/
carnívoros/onívoros.
HTU/SHUTTERSTOCK.COM
O boi come capim.
O martim -pescador come peixe.
Quando o boi se alimenta de capim, ele absorve as substâncias presentes nessa planta para
formar as partes do seu corpo, como a pele, os músculos e os órgãos. O mesmo acontece quando o
martim -pescador come peixes.
14
Essas substâncias são chamadas de substâncias nutritivas ou nutrientes. Entre elas estão:
amido, açúcares, gorduras, óleos, proteínas, vitaminas, água e sais minerais.
E as plantas? Como elas obtêm substâncias nutritivas?
1. A imagem a seguir representa um processo importante realizado pelas plantas. Observe as
setas e responda às perguntas:
Luz
Gás carbônico
Glicose
Gás oxigênio
Água
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
REPRESENTAÇÃO COM DIFERENTES
ESCALAS E COM CORES FANTASIA
MARCELLO S./ M10
Sugestão de
encaminhamento
Antes que os alunos respondam
às questões propostas,
auxilie-os na exploração
da imagem, chamando a
atenção para as legendas internas
e para os sentidos das
setas. Dessa forma, eles vão
percebendo que muitas informações
de que precisam
estão presentes nas imagens
e aprendem a valorizá-las.
Enquanto os alunos fazem
a atividade, você poderá caminhar
pela sala, auxiliando
na elaboração das respostas
dos alunos que apresentarem
alguma dificuldade.
Apoio pedagógico
Antes de seguir com o texto,
peça a alguns alunos que
justifiquem a última resposta
da atividade individual para
ressaltar que a glicose foi
citada anteriormente como
um dos nutrientes utilizados
pelos animais.
Ele recebe água, gás carbônico e
a) O que o vegetal recebe do ambiente? luz do Sol.
b) O que o vegetal libera para o ambiente? O vegetal libera o gás oxigênio para o ambiente.
A glicose aparece nas
c) De acordo com a imagem, em que parte do vegetal aparece a glicose?
folhas do vegetal.
d) Você concorda com a seguinte afirmação: “A imagem mostra o modo como um vegetal
produz seu alimento”? Resposta na Resolução comentada.
Não escreva no livro
15
Resolução
comentada
1. d) Sugestão de resposta: sim, porque mostra o que a planta utiliza nesse processo (água,
gás carbônico e luz do Sol) para a formação de gás oxigênio e glicose, que é um nutriente.
15
As plantas e a fotossíntese
Habilidades
• (EF04CI04) Analisar e
construir cadeias alimentares
simples, reconhecendo
a posição ocupada pelos
seres vivos nessas cadeias
e o papel do Sol como fonte
primária de energia na
produção de alimentos.
• (EF04CI05) Descrever e
destacar semelhanças e
diferenças entre o ciclo da
matéria e o fluxo de energia
entre os componentes
vivos e não vivos de um
ecossistema.
As plantas retiram a água e os sais minerais do solo, enquanto o gás carbônico é absorvido
da atmosfera. Com esses ingredientes, elas conseguem produzir os nutrientes de que precisam para
crescer.
A principal substância nutritiva que produzem é a glicose. À medida que a planta produz
glicose, ela elimina gás oxigênio na atmosfera.
Gás carbônico
Luz do Sol
Gás oxigênio
Glicose
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
MARCELLO S./ M10
Apoio pedagógico
A palavra fotossíntese tem
origem grega (foto significa
luz e síntese significa produção).
Então, o processo da
fotossíntese é a capacidade
dos vegetais e das algas de
produzir seu alimento na
presença de luz. A iluminação
artificial com lâmpadas
fluorescentes também permite
que as plantas façam
a fotossíntese. As lâmpadas
comumente usadas nas nossas
casas emitem luz visível
que pode estimular a clorofila.
Existem ainda lâmpadas
especiais que emitem ondas
eletromagnéticas que não
são utilizadas pelas plantas.
CIÊNCIAS
Água
Representação da fotossíntese.
LIVRO
• Florinha e a fotossíntese
Autor: Samuel Murgel Branco
Editora: Moderna
Ano: 2011
Raiz
Sais minerais
O livro busca desvendar alguns mistérios sobre o mundo das plantas, entre eles, o que é a
fotossíntese e de onde vem a cor esverdeada das folhas. Para isso, o leitor terá a companhia
de uma menina curiosa, Florinha, e de uma folha de primavera.
16 Não escreva no livro
16
Esse processo realizado pelas plantas para produção de seu próprio alimento é chamado de
fotossíntese, e a energia necessária para realizá -lo vem do Sol.
A luz é absorvida pela clorofila, substância que dá a cor verde aos vegetais.
40 cm
ALEXANDER GUERRERO/SHUTTERSTOCK
Geralmente, são as folhas
que têm clorofila, por isso
são elas que realizam a
fotossíntese.
Avaliação formativa
Nesse momento, a avaliação
formativa pode resgatar
a classificação dos
seres vivos em produtores
e consumidores e reforçar
o conceito de fotossíntese.
Questões orais complementadas
por um desenho (a
representação do processo
da fotossíntese, por exemplo)
seriam suficientes para
avaliar a compreensão e a
fixação desse conteúdo.
Além das plantas, as algas também têm clorofila e, portanto, fazem fotossíntese.
CHOKSAWATDIKORN/SHUTTERSTOCK
As algas verdes da imagem são microscópicas. A fotografia foi obtida por microscópio óptico, com aumento de aproximadamente 100 vezes.
Algas e plantas produzem o próprio alimento por meio da fotossíntese, por isso são chamadas
de produtores.
Os seres vivos que se alimentam de outros organismos ou de substâncias produzidas por outros
seres são chamados de consumidores.
Não escreva no livro
17
Atividade complementar
Caso os alunos comentem que conhecem plantas que não são verdes, você poderá
informá-los sobre a existência de outros pigmentos fotossintéticos ao ler para eles o
texto a seguir:
Embora a coloração da clorofila seja verde, existem plantas com folhas de tons amarelados,
avermelhados ou azulados. Isso ocorre porque, além da clorofila, as folhas de muitas
plantas têm pigmentos amarelos (carotenos), vermelhos (ficoeritrinas) e azuis (ficocianinas).
17
CURIOSIDADE
Habilidades
• (EF04CI04) Analisar e
construir cadeias alimentares
simples, reconhecendo
a posição ocupada pelos
seres vivos nessas cadeias
e o papel do Sol como fonte
primária de energia na
produção de alimentos.
• (EF04CI05) Descrever e
destacar semelhanças e
diferenças entre o ciclo da
matéria e o fluxo de energia
entre os componentes
vivos e não vivos de um
ecossistema.
Sugestão de
encaminhamento
A seção Curiosidade aparece
com frequência no livro.
Às vezes, ela traz um texto
bem curto, e você pode solicitar
aos alunos que aprimorem
a leitura, escolhendo
alguns deles para ler em voz
alta para a turma toda.
Quando os textos são
maiores, os alunos podem
fazer a leitura silenciosa ou
você pode preparar questões
para fazer uma leitura
dialogada. Essa estratégia
requer que você prepare
previamente algumas perguntas
para fazer à classe
antes, durante e depois da
leitura. Isso vai permitir que
todos compreendam o texto
e participem da conversa.
Percebendo um interesse
maior dos alunos em um
determinado assunto, você
pode sugerir uma pesquisa
de aprofundamento. Após a
leitura e discussão, os pontos
principais de alguns textos
poderão ser resumidos.
O incentivo à leitura desta
seção tornará o ato de ler com
atenção um hábito, facilitando
a compreensão e a discussão
sobre o teor dos textos.
O encaminhamento
Algas
As algas são organismos que vivem principalmente nas águas do mar, de rios ou de
lagoas. Algumas espécies podem ser encontradas em barrancos úmidos e iluminados, mas
que não recebem luz solar diretamente.
Existe uma grande variedade de algas marinhas. Muitas delas podem ser vistas nas
areias das praias, como o sargaço, ou presas a rochas, como a ulva.
até 60 m
O sargaço é lançado na areia da praia pelo movimento das A ulva é chamada popularmente de alface -do-mar.
marés.
A maioria das algas, entretanto, é microscópica e responsável por 90% da fotossíntese
realizada no nosso planeta.
Diatomáceas, exemplos de algas microscópicas. Imagem obtida por microscópio óptico. Aumento de cerca de 400 vezes.
18 Não escreva no livro
sugerido permite avaliação
da leitura dos alunos.
Apoio pedagógico
Curiosidade: Algas – O termo
“planta” pode ser usado
genericamente quando nos
referimos aos seres fotossintetizantes
vegetais e às
algas. As algas não podem
ser chamadas de vegetais,
pois podem ser unicelulares,
enquanto os vegetais
EVELYN APINIS/SHUTTERSTOCK
50 cm
são sempre pluricelulares.
Além disso, mesmo as algas
pluricelulares têm as células
todas iguais, sem diferenciação
de tecidos e órgãos,
e os vegetais têm tecidos e
órgãos especializados em
diversas funções (raiz, caule,
folhas, por exemplo, são órgãos
especializados para as
funções que desempenham:
absorção, suporte e fotossíntese,
respectivamente).
HUANPHOTO/SHUTTERSTOCK.COM
JUBAL HARSHAW/SHUTTERSTOCK
18
A fotossíntese e a respiração
Vimos que na fotossíntese ocorre a liberação de gás oxigênio. Como ele é utilizado pelos seres vivos?
Muitos seres vivos dependem do gás oxigênio para respirar.
Animais que respiram dentro da água, como muitos peixes, caranguejos, larvas de insetos,
caramujos, entre outros, absorvem o gás oxigênio que está dissolvido na água. Em muitos desses
animais, o órgão responsável por absorver o oxigênio é a brânquia.
Observe, nas imagens a seguir, a localização das brânquias nos peixes.
até 6,4 m
Fendas branquiais
Muitos animais aquáticos respiram por meio de brânquias.
Brânquias
Durante a respiração, os animais eliminam o gás carbônico.
Se o animal for aquático, o gás carbônico fica misturado à água e favorece a realização da
fotossíntese pelas plantas desse ambiente.
O esquema a seguir resume os fenômenos descritos, que envolvem animais e plantas de
ambientes aquáticos.
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
Gás oxigênio
Gás carbônico
BILDAGENTUR ZOONAR GMBH/SHUTTERSTOCK
Cílios
Gás oxigênio
Gás carbônico
A. CARLÍN/ M10
Não escreva no livro
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
A respiração de plantas
e animais libera gás
carbônico, enquanto
a fotossíntese libera
gás oxigênio para o
ambiente aquático.
19
ALEXANDRE R./ M10
Apoio pedagógico
As páginas 19 a 23 constituem
mais uma unidade
didática. O tema central são
as trocas gasosas que ocorrem
na fotossíntese e na
respiração.
Nos ambientes aquáticos,
o gás oxigênio liberado durante
a fotossíntese das algas
dissolve-se na água e é
utilizado pelos animais que
vivem nesse ambiente. Na
respiração, esses animais liberam
o gás carbônico que
também se dissolve na água
e é utilizado pelos seres fotossintetizantes
do local.
Sugestão de
encaminhamento
Essa página apresenta três
imagens que precisam ser
bem compreendidas pelos
alunos. Auxilie-os na exploração
de cada uma delas,
chamando a atenção para
as legendas internas e externas
nas imagens dos peixes
e para os sentidos das setas
na imagem da lagoa. Dessa
forma, eles vão percebendo
que muitas informações estão
presentes nas imagens.
19
Os pulmões e o oxigênio do ar
Habilidades
• (EF04CI04) Analisar e
construir cadeias alimentares
simples, reconhecendo
a posição ocupada pelos
seres vivos nessas cadeias
e o papel do Sol como fonte
primária de energia na
produção de alimentos.
• (EF04CI05) Descrever e
destacar semelhanças e
diferenças entre o ciclo da
matéria e o fluxo de energia
entre os componentes
vivos e não vivos de um
ecossistema.
Os pulmões são órgãos respiratórios
presentes em muitos animais, como os seres
humanos, os pássaros, os cães, os sapos, os
jacarés, entre muitos outros. A função dos
pulmões é retirar gás oxigênio do ar e eliminar o gás
carbônico presente no sangue dos animais.
A maioria dos animais não consegue
ficar mais do que poucos minutos sem
trocar o ar que está nos pulmões. No
entanto, algumas baleias podem ficar mais
de 40 minutos dentro da água sem subir à
superfície para respirar.
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
Localização dos pulmões no sapo.
MARCELLO S./ M10
Narina
Língua
Pulmão
25 m
CHASE DEKKER/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Os pulmões são órgãos
especializados em retirar
gás oxigênio do ar, e as brânquias
são especializadas em
retirar o oxigênio da água.
Existem animais aquáticos
com pulmões, como tartarugas,
baleias, golfinhos, entre
outros. Isso significa que
esses animais vão periodicamente
à superfície da água
para respirar. A capacidade
respiratória varia entre os
diversos grupos, e alguns
animais aquáticos pulmonados
ficam muito tempo submersos
sem trocar o ar dos
pulmões.
Sugestão de
encaminhamento
Escolha um aluno para ler
em voz alta o texto Curiosidade
– As plantas também respiram?
Aproveite textos curtos
como este para chamar os
alunos que ainda apresentam
alguma dificuldade de
leitura. Faça com que esse
momento seja proveitoso
para fortalecer habilidades
no grupo, como a concentração,
a percepção auditiva
e o ganho da fluência leitora.
As informações deste texto
Nos pulmões da baleia -azul cabem mais de 6 mil litros de ar.
Nos pulmões de uma pessoa adulta cabem, aproximadamente, 3 litros e meio de ar.
CURIOSIDADE
As plantas também respiram?
As plantas respiram o gás oxigênio da mesma forma que os animais. O gás oxigênio
que é produzido pela planta durante a fotossíntese é usado na sua própria respiração.
Quando não está fazendo fotossíntese, a planta retira o gás oxigênio de que necessita do
ambiente.
20 Não escreva no livro
precisam ser compreendidas
por todos, portanto
estimule os alunos a se manifestar
sobre o conteúdo
do texto, verbalizando suas
dúvidas e opiniões.
20
CURIOSIDADE
Peixes pulmonados
O grupo dos peixes com pulmão foi muito diversificado no passado
[...], mas atualmente existem apenas seis espécies, distribuídas pelo
hemisfério Sul. Somente uma delas [...] vive nos rios brasileiros, nas bacias
Amazônica e do Prata. Ela [...] tem o nome popular de piramboia (em tupi,
pirá significa peixe e mboia, cobra). Das espécies restantes, quatro vivem
na África [...] e uma na Austrália [...].
Os peixes pulmonados são verdadeiros ‘fósseis vivos’, exemplos de
como se deu a evolução da respiração aquática para a aérea. Nos períodos
de seca, eles são expostos à água com baixas concentrações de oxigênio
ou a áreas nas quais os ambientes aquáticos praticamente secam.
[...] A respiração aérea é obrigatória, mas o peixe pulmonado também
tem brânquias como os demais peixes e depende da água para sobreviver,
pois é nela que caça e se reproduz. Em épocas de seca extrema, a
piramboia fica enterrada em áreas de lama, aguardando a próxima
estação chuvosa.
José Sabino. É verdade que alguns peixes têm pulmão e podem viver fora d’água? Ciência Hoje.
Disponível em: https://cienciahoje.org.br/artigo/e-verdade-que-alguns-peixes-tem-pulmao-e-podem-viver-fora-dagua/.
Acesso em: 1 jul. 2021.
GALINA SAVINA/SHUTTERSTOCK
Atividade
complementar
Esse texto pode ser trabalhado
com a turma a partir da
estratégia de leitura dialogada.
Antes da leitura, você pode
lançar questões que aumentam
a expectativa em relação
ao texto:
• Como os peixes respiram?
Quem já ouviu falar em
peixes pulmonados? Onde
será que eles vivem?
Após a leitura de cada parágrafo
ou grupo de parágrafos,
outras questões permitirão
que os alunos retirem
informações explícitas do
texto, como:
• Qual é o nome da espécie
de peixe pulmonado que
vive no Brasil?
• Qual é o significado desse
nome?
• Em que região ele vive?
No final, uma questão pode
ser:
• Como a piramboia faz para
sobreviver à seca?
1,25 m
Piramboia.
Não escreva no livro
21
21
MÃOS À OBRA
22
Habilidades
• (EF04CI04) Analisar e
construir cadeias alimentares
simples, reconhecendo
a posição ocupada pelos
seres vivos nessas cadeias
e o papel do Sol como fonte
primária de energia na
produção de alimentos.
• (EF04CI05) Descrever e
destacar semelhanças e
diferenças entre o ciclo da
matéria e o fluxo de energia
entre os componentes
vivos e não vivos de um
ecossistema.
Apoio pedagógico
A atividade da seção Mãos
à obra sugere o experimento
“Vamos separar os pigmentos
das folhas?” e pode ser realizada
com diversos materiais
vegetais diferentes, como folhas
de beterraba, de cenoura,
entre outras. Qualquer vegetal
que tenha compostos
coloridos solúveis em álcool
ou água pode ser usado.
Porém, ao fazer esta atividade,
tome alguns cuidados:
não utilize plantas que sejam
tóxicas e tenha cautela
no uso do álcool para que
seja utilizado somente do
modo que está sugerido no
procedimento.
Folhas de violeta foram
sugeridas principalmente
pela qualidade do resultado
e pela facilidade de serem
encontradas.
Para evitar acidentes, mantenha
o controle sobre o
frasco do álcool, oferecendo
aos grupos de alunos apenas
a quantidade suficiente para
a execução da atividade.
Assim, você poderá controlar
o volume da mistura que ficará
no fundo de cada copo.
Peça aos alunos que utilizem
os materiais com cuidado.
A clorofila das folhas é
solúvel em álcool e pouco
22
solúvel em água. Os pigmentos
amarelos e roxos
(carotenos, ficoeritrinas e
antocianinas) são solúveis
também em água.
A atividade demora aproximadamente
8 horas. Para
se obter o resultado esperado,
sugerimos que você prepare
a atividade de extração
na última aula do período
de estudo da turma e observe
os resultados na primeira
aula do dia seguinte.
Vamos separar os pigmentos das folhas?
Existem vários tipos de pigmentos nas folhas
dos vegetais. O principal deles é a clorofila.
Observe uma folha de violeta -africana e discuta com os
colegas de grupo se é possível identificar visualmente
os pigmentos existentes nela.
Materiais
• 2 folhas de violeta -africana (Saintpaulia
ionantha);
• papel absorvente ou um pano;
• tesoura escolar de ponta arredondada;
• álcool líquido 70%;
• 1 copo de vidro liso e transparente de
10 a 12 cm de altura (pode ser um copo de
plástico rígido e transparente);
• 1 filtro de papel para coar café dobrado
em formato retangular (2 cm x 13 cm
aproximadamente);
• 1 clipe metálico de tamanho médio;
• 1 colher de chá.
Como fazer
A. Lave as duas folhas de violeta-
-africana e seque -as com
o papel absorvente ou um
pano.
B. Pique-as em tiras finas com a
tesoura escolar e coloque -as
no copo.
Não escreva no livro
Coloração da folha.
Violeta -africana ornamental.
Pigmento: substância
que dá cor a um objeto
ou ser vivo.
15 cm
GODRICK/SHUTTERSTOCK.COM
ALYAALYA/SHUTTERSTOCK
C. Peça ao professor que acrescente o álcool no copo. A quantidade de álcool deve ser
suficiente para cobrir as folhas picadas — aproximadamente 2 cm de altura.
D. Deixe a mistura descansar por, pelo menos, 30 minutos. Enquanto isso, o álcool vai
extrair os pigmentos das folhas da violeta. Note que, com o passar do tempo, o álcool
vai ficando cada vez mais esverdeado. Com a colher de chá, mexa a mistura de vez em
quando.
E. Enquanto espera o álcool agir,
desdobre o clipe de metal de
modo que ele fique com um
gancho em uma extremidade
e uma parte reta na outra.
F. Prenda a extremidade reta do
clipe de metal em uma base
feita com cadernos ou livros
e pendure a tira de filtro de
papel no gancho.
G. Coloque o filtro de papel
dentro do copo com álcool e
folhas picadas, de modo que a extremidade livre fique encostada no líquido do copo
(cerca de 2 mm).
H. Aguarde até o dia seguinte para retirar o papel do copo. Deixe -o secar e observe o
resultado.
No seu caderno organize suas observações e anotações.
Coloque o nome e a data do experimento, responda às questões e faça um desenho
para mostrar o resultado obtido.
1. Escreva o que você observou. Respostas na Resolução comentada.
2. Desenhe em seu caderno como ficou o filtro de papel.
3. O que representa cada faixa colorida?
Atividades preparatórias
Não deixe a tira de filtro de papel encostar na parede do copo
de vidro.
4. Retire os pedaços das folhas picadas do álcool e observe -as. Que cor elas apresentam?
Os pigmentos que foram separados nessa atividade são responsáveis pela fotossíntese
da planta.
Não escreva no livro
papel absorvente
folhas + álcool
Antes de começar a atividade, estimule os alunos a debater a questão inicial: É possível
identificar visualmente os pigmentos existentes nas folhas de uma violeta? Essa busca
de explicações baseadas em observações e conhecimentos prévios dos alunos é um
exercício importante de raciocínio.
É provável que pelo menos dois tipos de pigmentos sejam identificados, pois a face
inferior das folhas pode evidenciar uma coloração lilás (roxa) e a superfície superior, uma
coloração verde-escura.
No final da atividade, oriente os alunos quanto ao descarte correto do material experimental.
O conteúdo dos copos deve ser coado para que os restos das folhas sejam
jogados no lixo e a parte líquida possa ser descartada na pia.
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
23
Resolução
comentada
1. O álcool subiu pela tira e
carregou as substâncias
coloridas que estavam
nas folhas da violeta.
2. Produção pessoal. Os
alunos deverão desenhá-
-lo com diversas faixas
coloridas.
3. Cada faixa colorida representa
um pigmento
(substância colorida) que
dá cor à folha da violeta.
As faixas em tons de verde
correspondem à clorofila.
As faixas de outras
cores correspondem a
outros tipos de pigmento.
4. Elas estarão descoloridas
(sem as cores verde e
roxa originais). Isso ocorre
porque os pigmentos
foram extraídos das
folhas.
Avaliação formativa
Você pode avaliar o envolvimento
dos alunos na atividade
experimental. Observe
se os grupos se organizaram
de modo eficiente, se o tratamento
entre eles é cordial
e se os materiais são manuseados
adequadamente.
Perceba e interfira, assegurando
que todos participem
do experimento. Você pode
utilizar na sua avaliação tanto
a participação dos grupos
na atividade como as respostas
dadas às questões sobre
a separação dos pigmentos
das folhas.
23
Habilidades
• (EF04CI04) Analisar e
construir cadeias alimentares
simples, reconhecendo
a posição ocupada pelos
seres vivos nessas cadeias
e o papel do Sol como fonte
primária de energia na
produção de alimentos.
• (EF04CI05) Descrever e
destacar semelhanças e
diferenças entre o ciclo da
matéria e o fluxo de energia
entre os componentes
vivos e não vivos de um
ecossistema.
Os consumidores
Na natureza, os seres vivos consumidores são tantos que podemos dividi -los em grandes
grupos, conforme o tipo de alimentação de cada um.
TROCANDO IDEIAS
Reúna -se com seu grupo e responda às questões propostas.
As imagens a seguir mostram alguns animais bem próximos do seu alimento.
PHOTOCECHCZ/SHUTTERSTOCK
MANOEL OLIVEIRA TELES/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
As páginas 24 a 33 constituem
uma unidade didática
que é a essência deste capítulo,
pois define os tipos
de consumidores e apresenta
as cadeias alimentares
por meio de imagens, textos,
exemplos e atividades
diversas.
Nas imagens do Trocando
ideias, os animais retiram
seu alimento do meio em
que vivem. Os alunos podem
perceber que não há
sugestão de que os animais
estão caçando: todos eles
estão próximos à vegetação.
Os alunos poderão concluir
que os animais representados
nas imagens estão se
alimentando de vegetais: são
herbívoros.
Macaco bugio.
Capivara.
75 cm
64 cm
ANDREW M. ALLPORT/SHUTTERSTOCK.COM
Papagaio.
até 10 cm
Gafanhoto.
Espera-se que os alunos respondam que esses animais se alimentam de vegetais.
1. Pela sua observação, de que esses animais se alimentam?
24 Não escreva no livro
32 cm
KIT LEONG/SHUTTERSTOCK
24
Agora, observe outros animais se alimentando.
Orca.
7 m
STEPHEN LEW/SHUTTERSTOCK
Chapim -real.
RACHEL KECK/SHUTTERSTOCK
14 cm
NATALYA ROZHKOVA/SHUTTERSTOCK.COM
Sugestão de
encaminhamento
Reforce o conceito de animais
carnívoros, que se refere
àqueles que se alimentam
de outro animal.
Alguns alunos estranham
bastante a classificação de
certos animais como carnívoros.
Os seres vivos que se
alimentam de insetos, por
exemplo, não comem carne
de peixe, ave ou boi, mas são
classificados como carnívoros
porque se alimentam de
outros animais.
até 45 cm
Camaleão.
2. De que esses animais se alimentam?
Espera-se que os alunos respondam que eles se
alimentam de outros animais.
Os animais que se alimentam de vegetais são herbívoros, e os que se alimentam somente de
outros animais são carnívoros. Mesmo que não consumam carne, os animais que se alimentam de
insetos, por exemplo, são classificados como carnívoros.
Há animais que se alimentam tanto de plantas como de animais. Eles são classificados como
onívoros. A galinha, por exemplo, come folhas de plantas, insetos e outros pequenos animais.
Não escreva no livro
25
25
Cadeias alimentares
Habilidades
• (EF04CI04) Analisar e
construir cadeias alimentares
simples, reconhecendo
a posição ocupada pelos
seres vivos nessas cadeias
e o papel do Sol como fonte
primária de energia na
produção de alimentos.
• (EF04CI05) Descrever e
destacar semelhanças e
diferenças entre o ciclo da
matéria e o fluxo de energia
entre os componentes
vivos e não vivos de um
ecossistema.
Podemos representar a relação de alimentação entre os seres vivos por meio de um esquema
chamado cadeia alimentar.
Observe o esquema a seguir. Ele representa uma cadeia alimentar bastante comum em várias
regiões do Brasil.
Planta aquática.
1 m
VLADIMIR ARNDT/SHUTTERSTOCK.COM
3 m
Jacaré.
TAKMAT71/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Uma cadeia alimentar representa
as relações alimentares
que existem entre os
seres vivos de um ambiente.
Para compreendê-la corretamente,
é importante saber o
significado das setas que ligam
um ser vivo a outro.
Nas cadeias alimentares,
podem-se classificar os organismos
de acordo com
a sua posição (produtores
ou consumidores), além de
conhecer e identificar os
modos como os seres vivos
se alimentam (predadores,
presas, parasitas, hospedeiros,
decompositores).
5,6 mm
Larva de mosquito.
Lambari.
SUWAT SIRIVUTCHARUNGCHIT/SHUTTERSTOCK
10 cm
VINICIUS BACARIN/SHUTTERSTOCK
75 cm
Dourado.
RENATO ZAAR/SHUTTERSTOCK
26 Não escreva no livro
26
A cadeia alimentar representada na página 26 pode ser lida assim:
A planta aquática serve de alimento para a larva de mosquito.
planta aquática → larva de mosquito
A larva de mosquito serve de alimento para o lambari.
larva de mosquito → lambari
O lambari serve de alimento para o dourado.
lambari → dourado
O dourado serve de alimento para o jacaré.
Larva: fase inicial do
desenvolvimento de
muitos animais. A
maioria das larvas é
bem diferente dos
animais adultos.
Sugestão de
encaminhamento
A compreensão da representação
de uma cadeia alimentar
é fundamental para
que outros conceitos possam
ser apresentados. É importante
ir devagar, explorar
passo a passo os exemplos e
buscar muitos outros para
que os alunos se expressem
e sanem todas suas dúvidas.
dourado → jacaré
A representação das cadeias alimentares utilizando setas (→) tem um significado importante.
Ela informa como ocorre a transferência de substâncias nutritivas entre os seres envolvidos.
Assim, os nutrientes da planta aquática passam para a larva de mosquito, os nutrientes da larva
passam para o lambari e assim vão passando até o último elemento da cadeia alimentar.
Os produtores utilizam a energia que vem do Sol para produzir
seu alimento, e os consumidores obtêm energia ao se alimentarem
Ingerir: consumir, comer, engolir.
de outros seres vivos. Os consumidores só conseguem sobreviver se
ingerirem substâncias nutritivas do corpo de outros seres vivos.
CIÊNCIAS
LIVRO
• A história da cadeia alimentar
Autores: Jacqui Bailey e Matthew Lilly
Editora: DCL
Ano: 2008
A história mostra que os seres vivos estão ligados pelo que comem, e que todos os animais
dependem das plantas. Você vai saber ainda o que mantém as plantas vivas.
DIVULGAÇÃO
Não escreva no livro
27
Atividade complementar
Nos primeiros contatos com os esquemas das cadeias alimentares, alguns estudantes cometem o erro de desprezar o
sentido das setas.
Na cadeia alimentar milho → rato → cobra → coruja, por exemplo, é comum dizerem que a coruja come a cobra e a
cobra come o rato. Essa leitura do esquema de cadeias alimentares precisa ser evitada, e os estudantes devem ser orientados
a seguir o sentido da seta de modo que cada uma delas possa ser substituída pela frase “é o alimento da (o)”. Assim,
no esquema acima, o milho é o alimento do rato, o rato é o alimento da cobra e a cobra é o alimento da coruja. Essa
leitura é a forma correta, pois mostra o sentido que a matéria e a energia percorrem nas cadeias alimentares.
A energia vem do Sol, e os seres fotossintetizantes têm a capacidade de incorporá-la; por isso, as cadeias alimentares
começam sempre com um vegetal ou uma alga, e cada elemento da cadeia incorpora parte da energia ao alimentar-se.
Para que o conceito correto se instale e rapidamente as dúvidas sejam sanadas, esse tema é trabalhado com imagens,
esquemas e textos.
O livro A história da cadeia alimentar, indicado na seção Ciências +, pode ajudar na compreensão do conceito que está
sendo trabalhado.
27
Observe as três cadeias alimentares representadas abaixo:
Habilidades
• (EF04CI04) Analisar e
construir cadeias alimentares
simples, reconhecendo
a posição ocupada pelos
seres vivos nessas cadeias
e o papel do Sol como fonte
primária de energia na
produção de alimentos.
• (EF04CI05) Descrever e
destacar semelhanças e
diferenças entre o ciclo da
matéria e o fluxo de energia
entre os componentes
vivos e não vivos de um
ecossistema.
cenoura → coelho → serpente
capim → gafanhoto → sapo
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
Apoio pedagógico
Reforce sempre o motivo
um produtor iniciar as cadeias
alimentares, pois assim
será possível entender
o sentido das setas nas representações
dos esquemas
(ciclo da matéria e fluxo de
energia) e evitar erros.
planta → lagarta → passarinho → serpente
A. CARLÍN/ M10
2. Quais são os produtores das cadeias alimentares representadas?
Os produtores são a cenoura, o capim e a planta.
3. Quais são os consumidores dessas cadeias alimentares?
Os consumidores são o coelho, a serpente, o gafanhoto, o sapo, a lagarta e o passarinho.
4. Quais são os herbívoros dessas cadeias alimentares?
Os herbívoros são o coelho, o gafanhoto e a lagarta.
5. Quais são os carnívoros dessas cadeias alimentares?
Os carnívoros são a serpente, o sapo e o passarinho.
6. Por que as cadeias alimentares começam sempre com um produtor?
Porque eles produzem o seu próprio alimento.
28 Não escreva no livro
28
CURIOSIDADE
As cadeias alimentares e o controle de mosquitos
As águas calmas de um lago são o ambiente ideal para
a desova das fêmeas de vários tipos de mosquitos, como o
mosquito-da-dengue, o mosquito anofelino e os pernilongos.
As larvas que nascem desses ovos se alimentam de plantas e
algas.
larva do mosquito -da -dengue
pupa do mosquito -da -dengue
larva do mosquito anofelino
pupa do mosquito anofelino
Desova: processo de
deposição dos ovos pelas
fêmeas. São exemplos
de seres que põem ovos:
insetos, aves, répteis, peixes,
anfíbios, entre outros.
A. CARLÍN/ M10
Apoio pedagógico
Nessa cadeia alimentar, temos
um exemplo de controle
biológico. Cada vez mais,
essa técnica tem sido utilizada
para controlar o número
de plantas e animais pelos
seus inimigos naturais, seus
predadores. Para um controle
eficiente, é necessário
que se estude a biologia dos
seres vivos envolvidos, isto
é, seu modo de vida, sua
forma de reprodução e as
relações entre eles e o meio
ambiente.
mosquito -da -dengue
mosquito anofelino
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
Desenvolvimento do mosquito anofelino e do mosquito -da - dengue.
Muitos peixes, como o barrigudinho (guaru), o lambari e a tilápia, alimentam -se das
larvas dos mosquitos. Esses peixes servem de alimento para peixes maiores ou para aves
aquáticas.
Os peixes que se alimentam de larvas de mosquitos podem ser utilizados para fazer
o controle desses animais nas nascentes dos rios e nos lagos. Se as larvas dos mosquitos
forem eliminadas, não teremos o mosquito adulto prejudicando a população.
Não escreva no livro
29
Atividade complementar Tema: Saúde
O controle biológico é uma alternativa ao uso de agrotóxicos. Alguns estudos revelaram
consequências graves para a saúde após o contato com essas substâncias no
momento da aplicação ou na ingestão de alimentos contaminados.
Você pode orientar uma pesquisa em grupos sobre o uso de agrotóxicos na agricultura.
Diversos itens podem ser sugeridos para os grupos pesquisarem: contaminação de
alimentos, contaminação do solo, contaminação da água e contaminação dos animais.
O foco da pesquisa para o desenvolvimento de cada item deve estar relacionado com
os problemas de saúde que muitos defensivos agrícolas podem causar.
29
Habilidades
• (EF04CI04) Analisar e construir
cadeias alimentares
simples, reconhecendo a
posição ocupada pelos seres
vivos nessas cadeias e
o papel do Sol como fonte
primária de energia na produção
de alimentos.
• (EF04CI05) Descrever e destacar
semelhanças e diferenças
entre o ciclo da matéria
e o fluxo de energia entre os
componentes vivos e não vivos
de um ecossistema.
Atividade
preparatória
Você deve se preparar
para a discussão que os
alunos farão em grupo
na seção Trocando ideias.
Pesquise e faça uma lista
dos animais (presas e predadores)
comuns na região
e imprima algumas
imagens para mostrar aos
alunos.
Se a sua escola for na
região urbana, é provável
que os animais encontrados
sejam lagartixa,
mosquito, aranha, mosca,
pássaro, entre outros.
Se for na zona rural, a
variedade pode ser bem
maior, como sagui, capivara,
onça, cutia, gambá,
morcego, pássaro, entre
muitos outros.
Sugestão de
encaminhamento
Acompanhe e oriente as
discussões dos grupos de
alunos, dando exemplos e
mostrando imagens de predadores
e presas que existem
na sua região.
Predação
Os seres vivos que se alimentam de outros são chamados de predadores. E aqueles que
servem de alimento são chamados de presas. Observe a cadeia alimentar abaixo:
O lambari é o predador
da larva de mosquito.
Porém, ao servir de
alimento para o dourado,
ele se torna a presa.
A onça -pintada é um
dos maiores predadores
do Brasil, mas nem sempre
come todo o animal que
caça. Os restos da sua presa
podem servir de alimento
para larvas de insetos,
urubus e outros animais
carnívoros.
CIÊNCIAS
LIVRO
• Comilança
Autor: Fernando Vilela
Editora: DCL
Ano: 2008
TROCANDO IDEIAS
Atividade complementar
planta → larva de mosquito → lambari → dourado
Onça -pintada alimentando -se de uma serpente.
O livro conta como funciona o processo da cadeia alimentar em uma fantástica aventura pela
Floresta Amazônica. A ideia é mostrar que cada um dos integrantes depende do outro para
sobreviver em um ambiente.
Converse com os colegas sobre os animais que existem nos arredores da sua escola e
respondam às questões. Respostas pessoais.
1. Quais são presas?
2. Quais são predadores?
30 Não escreva no livro
São poucos os tipos de predadores que ocupam o topo da cadeia alimentar, e muitos
inclusive correm risco de extinção. Este é um fato preocupante, visto que são fundamentais
para a manutenção do ecossistema do qual fazem parte.
Todo ecossistema tem um limite de energia determinado pelos produtores (as plantas
na terra e as algas nos oceanos). Se imaginarmos a cadeia alimentar como uma escada,
cada degrau corresponde a um nível trófico, e a energia disponível diminui à medida
que subimos nessa escada. Assim, esses grandes predadores contribuem para o controle
da saúde das populações das suas presas.
2 m
GUALBERTO BECERRA/SHUTTERSTOCK
30
O topo das cadeias alimentares
Nas cadeias alimentares, os grandes predadores ocupam o topo, isto é, estão no final da cadeia
porque não há predadores para eles. Esses animais geralmente morrem de velhice, por doenças ou
quando ainda são filhotes.
Um desses grandes predadores é o tubarão. Leia o texto a seguir para saber um pouco mais
sobre ele.
JORNADA DO SABER
Características e importância ecológica dos tubarões
[...]
7 m
O tubarão é um animal imprevisível,
indomável e selvagem, dotado de uma série
de características que o fazem uma das mais
bem sucedidas “máquinas” mortíferas da natureza.
Entretanto, o tubarão é também um dos animais mais
incompreendidos pelo ser humano.
Após muitos anos de estudo e pesquisas, cientistas
Tubarão-branco.
especializados em tubarões, como biólogos, ecólogos e estudiosos do comportamento
animal, nos mostram uma criatura mais digna de admiração e respeito do que
propriamente de medo. [...]
Os estudos dos fósseis dos tubarões mostram que esses peixes tiveram
pouquíssimas mudanças nas suas características ‒ ou, em outras palavras, eles são
fósseis vivos! Os tubarões são uma das obras primas da natureza, tão eficientes que
não precisaram mudar em quase nada para sobreviver.
Para se ter uma ideia, eles são equipados com um superolfato, capaz de sentir
o cheiro de uma gota de sangue em 2 milhões de litros de água (mais ou menos a
quantidade de água que há em uma piscina olímpica) ‒ ou seja, uma gota de sangue a
300 metros de distância dele. [...]
Importância ecológica do tubarão
Tanto para o ecossistema como para o ser humano, os tubarões são de grande
importância. Por serem grandes predadores, estão no topo da cadeia alimentar e
contribuem para o controle e a saúde das populações das espécies que são suas presas.
Além disso, muitas vezes se alimentam de bichos doentes e velhos. [...]
Mariana Aprile. Tubarões – Características e importância ecológica dos tubarões.
Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/ciencias/tubaroes-caracteristicas-e-importancia-ecologica-dos-tubaroes.htm.
Acesso em: 1 jul. 2021.
Não escreva no livro
WILDESTANIMAL/SHUTTERSTOCK
31
Atividade
preparatória
Antes de iniciar a seção
Jornada do saber, comece
a motivar os alunos para
a leitura.
Os tubarões desempenham
papel importante
na natureza e, por
isso, são estudados por
pesquisadores.
Você pode fazer algumas
perguntas, como:
Quem já viu um tubarão?
Onde vivem os tubarões?
O que eles comem?
Depois dessa conversa
inicial, alguns alunos podem
ser convidados a ler
o texto desta seção.
Atividade
complementar
A compreensão do
texto apresentado na
Jornada do saber pode
apresentar certa dificuldade
para os alunos.
Sugerimos que ele seja
lido pausadamente, com
uma discussão de cada
um dos parágrafos.
Após cada trecho lido,
algumas perguntas podem
ser feitas à turma,
por exemplo: Por que os
tubarões ocupam o topo
das cadeias alimentares
da qual fazem parte? Os
tubarões só morrem de
velhice? Por que os estudiosos
dizem que esses
animais têm um super
olfato?
Ao final da leitura, é
importante que os alunos
saibam responder à
seguinte pergunta: Qual
é a importância ecológica
do tubarão na natureza?
31
Parasitismo
Habilidades
• (EF04CI04) Analisar e
construir cadeias alimentares
simples, reconhecendo
a posição ocupada pelos
seres vivos nessas cadeias
e o papel do Sol como fonte
primária de energia na
produção de alimentos.
• (EF04CI05) Descrever e destacar
semelhanças e diferenças
entre o ciclo da matéria
e o fluxo de energia entre os
componentes vivos e não vivos
de um ecossistema.
Outro tipo de relação de alimentação que ocorre entre os seres vivos é o parasitismo.
Os seres vivos que se alimentam de outros seres vivos prejudicando -os, mas sem matá -los, são
chamados de parasitas. O ser vivo do qual o parasita retira o alimento é chamado de hospedeiro.
Há vários parasitas conhecidos na natureza, e muitos deles podem se alimentar de sangue
humano, como o carrapato, a pulga, o percevejo e o piolho.
KPIXMINING/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
O carrapato é um parasita externo,
pois vive sobre a pele do
seu hospedeiro. Existem também
parasitas que se alojam no
interior dos hospedeiros. Pode
ser que os alunos perguntem
sobre parasitas internos que
existam na sua região. Você
pode sugerir uma pesquisa ou
levar cartazes com informações
sobre as principais parasitoses
que existem no Brasil (lombriga,
solitária, esquistossomose,
giardíase, amebíase etc.).
Sugestão de
encaminhamento
Tema: Saúde
Escolha um aluno para ler
em voz alta o texto “Febre
maculosa, uma doença
transmitida pelo carrapato”
da seção Curiosidade.
Aproveite textos curtos
como este para estimular
alguns alunos a reforçar habilidades
de leitura em voz
alta e favorecer a concentração
e a percepção auditiva.
Alterne com alunos que já
tenham uma boa fluência
leitora para que atuem como
modelo aos demais.
O carrapato é um exemplo de parasita.
Cachorros, gatos, cavalos, vacas, entre muitos outros animais, inclusive o ser humano, podem
viver muitos anos com centenas de parasitas em seu corpo. Nesses casos, o hospedeiro pode ficar
fraco e doente.
CURIOSIDADE
Febre maculosa, uma doença transmitida pelo carrapato
O carrapato -estrela é um parasita. Um carrapato infectado pela bactéria causadora da
febre maculosa pode transmitir a doença ao picar uma pessoa.
Alguns dos sintomas da febre maculosa são febre alta, dor de cabeça, dores
musculares e manchas avermelhadas pelo corpo.
A febre maculosa pode matar se o doente não for tratado rapidamente.
32 Não escreva no livro
até 2 cm
32
UM POUCO DE HISTÓRIA
A peste negra
Há mais de 600 anos, uma doença provocada
por uma bactéria transmitida por pulgas espalhou -se
pela Europa, matando milhões de pessoas.
A peste negra, também conhecida como peste
bubônica, é uma doença transmitida quando pulgas
contaminadas com essa bactéria se alimentam do
sangue do ser humano.
O nome da doença vem das feridas
negras que se espalhavam pela pele das pessoas
doentes.
A bactéria que causa a peste negra
normalmente vive no corpo de animais silvestres,
Pulga vista ao microscópio óptico. Aumento
de 63 vezes.
entre eles o rato. Uma pulga que esteve em um rato doente pode picar também uma
pessoa e passar para ela a bactéria causadora da doença.
No final do século XIX, ocorreram casos de peste negra em algumas cidades do Brasil,
como Santos (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Vários cientistas brasileiros trabalharam no combate
à doença, como os médicos Vital Brasil, Adolfo Lutz, Carlos Chagas e Oswaldo Cruz.
ACERVO INSTITUTO OSWALDO CRUZ
VERA LARINA/SHUTTERSTOCK
Sugestão de
encaminhamento
Tema: Saúde
A seção Um pouco de história
traz textos que podem
ser lidos por você para que
os alunos reforcem o entendimento
sobre a entonação,
o ritmo e a precisão na leitura.
Ouvir um leitor fluente favorece
a aprendizagem dos
alunos. O assunto do texto “A
peste negra” pode gerar uma
pesquisa bastante interessante
em livros e na internet
após essa leitura inicial.
Avaliação formativa
Nesse momento, você
pode elaborar uma avaliação
para aferir a aprendizagem
dos alunos sobre o tema
dessa unidade didática. Os
alunos podem responder a
algumas questões em grupo,
analisar uma lista de seres vivos
preparada previamente
e classificá-los em herbívoros
e carnívoros, presas e
predadores e produtores e
consumidores.
Pesquisadores do Instituto Soroterápico Federal, atualmente chamado Fundação Oswaldo Cruz; entre eles estão os médicos
Carlos Chagas e Adolfo Lutz. Rio de Janeiro (RJ), 1929.
Não escreva no livro
33
33
ATIVIDADES
Habilidades
• (EF04CI04) Analisar e
construir cadeias alimentares
simples, reconhecendo
a posição ocupada pelos
seres vivos nessas cadeias
e o papel do Sol como fonte
primária de energia na
produção de alimentos.
• (EF04CI05) Descrever e
destacar semelhanças e
diferenças entre o ciclo da
matéria e o fluxo de energia
entre os componentes
vivos e não vivos de um
ecossistema.
Respostas na Resolução comentada.
1. Leia o texto a seguir.
Um biólogo que estudava os animais de uma área de floresta percebeu que quase todos
os quatis – mamíferos que comem sementes, frutos e ovos – tinham piolhos e carrapatos-
-estrela no corpo. Esses parasitas se prendem à pele dos animais e se alimentam de sangue. Os
carrapatos não vivem o tempo todo na pele dos hospedeiros. Após se alimentarem de sangue,
eles caem no solo, onde botam seus ovos. No solo, os carrapatos adultos servem de alimento
para outros animais (predadores), como aranhas, quero -queros e joões -de -barro. Os carrapatos
que nascem vão para o corpo de hospedeiros que passarem pelo local.
30 cm
CYNTHIA KIDWELL/SHUTTERSTOCK
20 cm
ANDREW M. ALLPORT/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
As atividades propostas
neste final de capítulo dependem
da compreensão
dos textos e da leitura de
imagens, requisitos coerentes
com alunos do 4º ano
do Ensino Fundamental.
Portanto, esse é mais um
momento propício para
avaliação.
Quati.
João -de -barro.
38 cm
ADRIANO NETO/SHUTTERSTOCK
Sugestão de
encaminhamento
Você pode pedir aos alunos
- principalmente aqueles
que apresentam maior dificuldade
- que recorram ao
texto do capítulo novamente,
buscando exemplos que
ajudem a resolver as questões
ou retomando os exemplos
de cadeias alimentares.
34
a) Quais dos seres vivos estudados por esse biólogo são parasitas?
b) Qual hospedeiro desses parasitas é citado no texto?
c) De que se alimenta o carrapato -estrela?
d) Represente uma cadeia alimentar descrita no texto.
e) Se a aranha, o quero-quero e o joão-de-barro são classificados como predadores, como
podemos classificar o carrapato adulto?
Resolução comentada
1. a) Os parasitas são: piolhos e carrapatos-estrela.
1. b) No texto, os hospedeiros são os quatis.
1. c) O carrapato-estrela alimenta-se do sangue de outros animais.
1. d) Os alunos poderão representar uma das seguintes cadeias alimentares:
plantas → quati → carrapato-estrela → joão-de barro
plantas → quati → carrapato-estrela → quero-quero
plantas → quati → carrapato-estrela → aranha
1. e) Os carrapatos são parasitas.
Quero -quero.
Não escreva no livro
34
2. Leia o texto sobre o cipó -chumbo e
responda à questão.
Respostas na Resolução comentada.
Uma planta que não faz
fotossíntese
A maioria das plantas realiza a
fotossíntese. Uma exceção é o cipó-
-chumbo, planta formada por fios
amarelos e que não tem clorofila. O
cipó -chumbo vive apoiado em
outras plantas e retira delas os
nutrientes de que necessita,
prejudicando-as.
• Qual é a relação que existe entre
o cipó-chumbo e a planta sobre
a qual ele vive? Por quê?
Cipó -chumbo sobre uma árvore.
3. Na imagem a seguir estão representados parte de uma planta, alguns pulgões e uma joaninha.
ANDRE DE SOUZA SILVA
IANREDDING/SHUTTERSTOCK
Resolução
comentada
2. A relação é de parasitismo,
porque o cipó-chumbo
não faz fotossíntese e
prejudica a planta em
que está apoiado, retirando
nutrientes dela.
3. a) Planta → pulgão →
joaninha
3. b) Pulgões: parasitas,
porque sugam a seiva
da planta.
Joaninhas: predadoras,
porque comem os
pulgões.
4. A introdução de joaninhas
no jardim pode reduzir o
número de pulgões, uma
vez que as joaninhas se
alimentam dos pulgões,
favorecendo a roseira.
8 mm
5 mm
Joaninha e pulgões em uma folha.
Os pulgões são pequenos insetos que sugam a seiva rica em açúcar dos vegetais. As joaninhas
são pequenos besouros que se alimentam de pulgões.
a) Represente a cadeia alimentar correspondente.
b) Classifique os pulgões e as joaninhas considerando o modo como conseguem alimento.
4. Observando uma roseira em seu jardim, você reparou que ela estava sendo atacada por
pulgões. O que você pode fazer para resolver este problema sem prejudicar mais a planta?
Não escreva no livro
35
35
Habilidades
• (EF04CI05) Descrever e
destacar semelhanças e
diferenças entre o ciclo da
matéria e o fluxo de energia
entre os componentes
vivos e não vivos de um
ecossistema.
• (EF04CI06) Relacionar a
participação de fungos e
bactérias no processo de
decomposição, reconhecendo
a importância ambiental
desse processo.
Objetivos
• Conhecer o processo de
decomposição.
• Compreender o ciclo da
matéria na natureza.
• Relacionar o ciclo da matéria
com o fluxo de energia
na natureza.
• Reconhecer fungos e bactérias
por meio de imagens.
• Relacionar a produção de
húmus com a presença de
fungos e bactérias no solo.
• Discutir o impacto ambiental
do desmatamento.
Apoio pedagógico
As páginas 36 a 40 correspondem
à primeira unidade
didática do capítulo 2,
apresentando os decompositores
como consumidores
especiais e valorizando a sua
ação na natureza e o papel
fundamental que representam
nas cadeias alimentares
e no movimento constante
dos sais minerais.
No capítulo 2, também
serão apresentadas a reprodução
dos fungos, a importância
de fungos e bactérias
nos processos de deterioração
de alimentos, a formação
do húmus e sua importância
para a agricultura e para a
vegetação nativa.
36
2
Consumidores especiais
As formigas-saúvas podem causar muitos prejuízos aos agricultores porque cortam as folhas
das plantas e podem destruir uma plantação em pouco tempo.
Cabeça
2 mm
Formigas-saúvas levando pedaços de folhas para o formigueiro.
1. Ao observar as formigas-saúvas da imagem acima, o que poderia concluir sobre a alimentação
delas? Espera-se que os alunos concluam que as formigas-saúvas se alimentam das folhas.
2. Na imagem podemos ver
detalhadamente o aparelho
bucal de uma formiga-saúva.
Que outro nome essas formigas
Resposta pessoal.
poderiam ter?
Outros nomes que os alunos podem
citar são: formiga-cortadeira, roceira,
lavradeira, picadeira, entre outros.
Não escreva no livro
Decompositores
PEDRO TURRINI NETO/
SHUTTERSTOCK
15 mm
Aparelho bucal da
formiga-saúva.
SALPARADIS/SHUTTERSTOCK.COM
36
Conhecendo a história das formigas-cortadeiras
As cortadeiras, ou saúvas, cortam as folhas e levam os pedaços para o formigueiro.
Cortadeiras em ação.
Depois de algum tempo, os pedaços de folhas mortas ficam cobertos de bolor. O bolor,
também chamado de mofo, é um ser vivo que se alimenta das substâncias nutritivas das folhas.
As saúvas, por sua vez, se alimentam desse bolor, formando a seguinte cadeia alimentar:
TROCANDO IDEIAS
folha morta → bolor → formiga-saúva
Converse com os colegas e dê a sua opinião.
1. Você já viu alimentos mofados (ou embolorados)? Quais? Resposta pessoal.
2. Se uma laranja estiver mofada na fruteira, ela deve ser retirada de lá? Por quê?
Espera-se que os alunos respondam que sim, porque o mofo de uma fruta pode passar para as
outras.
Não escreva no livro
37
Cabeça
2 mm
VINICIUS R. SOUZA/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Para a maior parte dos alunos,
deve ser uma surpresa
a história das formigas-cortadeiras,
já que elas não se
alimentam das folhas que
cortam, e sim do mofo (ou
bolor) que criam no formigueiro.
O fato de o bolor ser
um ser vivo que se alimenta
de folhas mortas mostra um
tipo de consumidor bem diferente
aos alunos. Os fungos
e as bactérias serão apresentados
como consumidores
especiais pelo fato de se alimentarem
de restos ou partes
de organismos mortos e
devolverem ao ambiente sais
minerais e outros nutrientes.
Apoio pedagógico
A atividade da seção
Trocando ideias tem como
objetivo fazer os alunos se
lembrarem de lugares ou
coisas em que eles já viram
mofo (ou bolor): parede do
banheiro, morangos, sapatos,
armários, entre outros.
Alguns alunos podem fazer
a associação com o fato de
os bolores serem seres vivos
e, no caso da fruteira, as frutas
mofadas precisarem ser
retiradas para não estragar
todas as outras. A seguir,
eles verão como o mofo se
espalha.
37
Habilidades
• (EF04CI05) Descrever e
destacar semelhanças e
diferenças entre o ciclo da
matéria e o fluxo de energia
entre os componentes
vivos e não vivos de um
ecossistema.
• (EF04CI06) Relacionar a
participação de fungos e
bactérias no processo de
decomposição, reconhecendo
a importância ambiental
desse processo.
Os decompositores na cadeia alimentar
Os seres vivos que se alimentam de restos de
organismos, como pedaços de animais mortos,
partes de plantas e fezes, são chamados de
decompositores.
Alguns fungos e bactérias são
decompositores. Eles são seres microscópicos
e agem de forma lenta na decomposição
da matéria orgânica. É difícil vê-los em ação,
mas podemos perceber as modificações que
provocam nos alimentos.
Muitas cadeias alimentares são representadas
indicando a presença dos decompositores apenas
no final, como vemos abaixo:
Maçã em decomposição.
trigo → rato → cobra → gavião → fungos e bactérias
SMARINA/SHUTTERSTOCK
Sugestão de
encaminhamento
Muitos exemplos das cadeias
alimentares trabalhados
anteriormente podem
ser retomados para a inclusão
dos decompositores. Os
alunos poderão colaborar
com muitas situações em
que presenciaram mofo
como em alimentos apodrecidos,
com cheiro ou cor
alterados.
A representação está correta, mas não podemos esquecer que os decompositores podem
aparecer a qualquer momento na cadeia alimentar, decompondo um produtor ou qualquer um
dos consumidores.
Veja a figura abaixo:
Produtor Consumidor Consumidor Consumidor
A. CARLÍN/ M10
Decompositores
Representação de uma cadeia alimentar.
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
38 Não escreva no livro
38
O mau cheiro dos materiais em decomposição, como o da carne estragada e do ovo podre, é
resultado da ação de bactérias.
Os decompositores são muito importantes na natureza porque transformam os restos de
que se alimentam em sais minerais e outras substâncias, que voltam para o solo. Por isso, são
considerados consumidores especiais.
CURIOSIDADE
O que é compostagem?
Lidar com toneladas e toneladas de material descartado todos os dias
nas cidades é um dos grandes problemas urbanos contemporâneos. No
Brasil, cada pessoa produz uma média de 1 kg de lixo por dia. Somando
toda a população, isso dá cerca de 73 milhões de toneladas de rejeitos
todos os anos.
Os dados são da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza
Pública e Resíduos Especiais), que também aponta que a maior parte desse
lixo doméstico [...] é de matéria orgânica, como restos de alimentos, cascas
de frutas, folhas de plantas e até pedaços de madeira. [...]
Esse tipo de material, no entanto, juntamente com materiais “secos”
(como papel, plástico, vidro e latas de alumínio, [...]), não precisariam
necessariamente parar em aterros e lixões, onde acabam misturados a
resíduos inaproveitáveis.
Se para o descarte de materiais secos o destino alternativo é a
reciclagem, para o de material orgânico um caminho que vem ganhando
popularidade é o da compostagem.
[...]
O que exatamente é compostagem?
É a técnica de transformação, por meio da ação de microrganismos
e minhocas, de matéria orgânica em um composto rico em húmus e
nutrientes minerais [...]. Sua finalidade é dar destino sustentável ao que
seria lixo comum, evitando danos ao meio ambiente e ainda produzindo
adubo e fertilizante naturais. Pode ser realizada tanto em casa, usando
restos de alimentos de consumo doméstico, como na agricultura para a
produção de adubo orgânico.
[...]
Murilo Roncolato. Como fazer uma composteira em casa e reaproveitar seu “lixo”. Nexo Jornal. 3 maio 2016. Disponível em: www.nexojornal.
com.br/servico/2016/05/03/Como-fazer-uma-composteira-em-casa-e-reaproveitar-seu-%E2%80%98lixo%E2%80%99. Acesso em: 1 jul. 2021.
Não escreva no livro
39
Atividades complementares
O texto da seção Curiosidade faz uma comparação interessante entre reciclagem e
compostagem. Os alunos podem gostar de saber que existem muitos tipos de composteiras,
inclusive uma que é elétrica e pode ser utilizada na cozinha das casas ou de
restaurantes. O processo é dividido em 3 partes: trituração, desidratação e filtração (que
elimina o odor dos resíduos). O que resulta desse processo é um pó seco que pode ser
utilizado como adubo nas plantas de jardim, vasos, hortas e pomares.
39
Os sais minerais circulam na natureza
Habilidades
• (EF04CI05) Descrever e
destacar semelhanças e
diferenças entre o ciclo da
matéria e o fluxo de energia
entre os componentes
vivos e não vivos de um
ecossistema.
• (EF04CI06) Relacionar a
participação de fungos e
bactérias no processo de
decomposição, reconhecendo
a importância ambiental
desse processo.
Sugestão de
encaminhamento
Entender o ciclo dos sais
minerais na natureza não é
fácil. Sugerimos que você
interprete, junto com os alunos,
o esquema apresentado
sobre o movimento constante
dessas substâncias. É
importante comentar cada
seta representada, pedir a
opinião dos alunos e dialogar
sobre esse esquema que
traz muitas informações.
Plantas e animais mortos podem servir de alimento a outros animais.
Os urubus e as larvas de moscas, por exemplo, alimentam-se de animais mortos. Já besouros e
larvas de diversos insetos preferem os vegetais mortos.
Os restos de plantas e animais ainda servem de alimento para bactérias e fungos.
Plantas
Representação do ciclo dos sais minerais na natureza.
Animais
Ação dos decompositores
(sais minerais voltam ao solo)
Morrem ou
deixam restos
Os sais minerais e outras substâncias resultantes da ação dos decompositores penetram no solo
e chegam às plantas que absorvem e utilizam esses nutrientes.
Dessa maneira, forma-se um ciclo, isto é, um movimento contínuo dos sais minerais que
são retirados do solo pelas raízes dos vegetais e voltam ao solo pela ação de bactérias e fungos
decompositores.
KELLY MARKEN/SHUTTERSTOCK
Avaliação formativa
Após a exibição do vídeo
sugerido como atividade
complementar, você pode
solicitar aos alunos que escrevam
um pequeno texto
com o título “A importância
dos decompositores nas cadeias
alimentares”.
As raízes da soja apresentam nódulos formados por bactérias que auxiliam na retirada dos sais minerais do solo.
40 Não escreva no livro
Comprimento
da raiz
1,8 m
Atividade complementar
Assista ao vídeo “Onça-pintada e a cadeia alimentar” com os alunos (disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=80BpKk99myo. Acesso em: 9 jul. 2021), que o ajudará
a fazer o fechamento desta unidade didática.
40
MÃOS À OBRA
Fungos que se alimentam dos nossos alimentos
Todos os alimentos estragam e só o que vemos são manchas coloridas indicando que
mofaram. Geralmente, jogamos fora esses alimentos e não vemos o resultado da ação dos
decompositores.
Pães mofados.
Para conhecer melhor os fungos, vamos fazer um experimento no qual observaremos o
seu surgimento e crescimento.
Materiais
• 1 fatia de pão;
• 3 placas de Petri ou pires;
• 1 tomate maduro;
• 3 sacos de plástico transparente;
• 1 colher de chá de amido de milho; • 3 elásticos;
1
•
2 copo de água; • 1 lupa manual.
Como fazer
A. Peça a um adulto que prepare um mingau
misturando o amido de milho na
água e leve ao fogo, mexendo até
engrossar. Ponha o mingau em
uma placa de Petri ou pires e
depois coloque o preparo em um
saco de plástico. Feche-o bem com
o elástico.
POSINOTE/SHUTTERSTOCK
Laranja mofada.
Não escreva no livro
41
A. CARLÍN/ M10 FOTOSR52/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
As páginas 41 a 45 constituem
mais uma unidade didática,
parte dela representada
por um experimento.
Acompanhar o desenvolvimento
dos fungos fornece
muitas informações que vão
estimular discussões e favorecer
a compreensão das
transformações observadas.
Apoio pedagógico
Esta atividade da seção
Mãos à obra precisa de alguns
dias (cinco ou seis dias
são suficientes) até que os
fungos tenham um bom
tamanho e possam ser observados
com uma lupa. As
hifas serão vistas como um
emaranhado de fios e podem
ter bolinhas pretas (os esporângios,
que são estruturas
de reprodução) começando
a se formar. Continuando a
observação por mais alguns
dias, alguns esporos poderão
ser liberados, e os alunos verão
um pozinho preto.
Normalmente, os esporos
são lançados no ar, caem em
outro alimento e começam a
formar hifas, repetindo todo
o processo.
É por este motivo que uma
fruta mofada na fruteira precisa
ser retirada: para não espalhar
os esporos para a fruteira toda.
41
B. Umedeça a fatia de pão e coloque-a em outra placa de Petri ou pires, ponha o preparo
em um saco de plástico e feche-o bem.
Habilidades
• (EF04CI05) Descrever e
destacar semelhanças e
diferenças entre o ciclo da
matéria e o fluxo de energia
entre os componentes
vivos e não vivos de um
ecossistema.
• (EF04CI06) Relacionar a
participação de fungos e
bactérias no processo de
decomposição, reconhecendo
a importância ambiental
desse processo.
Avaliação formativa
As questões 1, 2 e 3 no
final da seção Mãos à obra
constituem um momento
para cada aluno pensar no
processo que viu acontecer,
além das observações e
conversas durante as aulas
de Ciências. Estimule-os a
fazer anotações com frases
completas e bem explicadas
ao responderem às questões
propostas. Essa produção
escrita é importante para o
desenvolvimento dos alunos,
podendo servir como mais
um material para a avaliação.
C. Corte o tomate em fatias e coloque-as em outra placa de Petri ou pires. Ponha o
preparo em um saco de plástico e feche-o.
D. Observe os alimentos a cada dois dias a olho nu e com a lupa. No caderno, represente
com desenhos o que você vê.
E. Após duas semanas de observações e registros, responda às questões no caderno.
Os alunos devem perceber que os alimentos estão amolecidos, murchos, com
1. O que aconteceu com os alimentos após duas semanas? manchas ou fiapos
coloridos (com fungos).
2. O que você acha que aconteceria com os alimentos se os preparos fossem
mantidos por mais tempo? Talvez percebam que, se continuassem a atividade, o
tomate, principalmente, se transformaria quase todo em líquido.
3. Você acha que foi importante manter os alimentos dentro de sacos de plástico?
Por quê? Foi importante deixar os alimentos cobertos para que os fungos formados
não espalhassem esporos pelo ar.
Os mofos ou bolores são exemplos de fungos. Cada um desses seres vivos é formado
por fios muito finos entrelaçados chamados de hifas.
Os pontos escuros nas hifas são estruturas de reprodução que liberam esporos. Os
esporos são liberados como um pozinho preto que normalmente são lançados no ar, caem em
outro alimento e começam a formar hifas, repetindo todo o processo.
LARIBAT/SHUTTERSTOCK
Os esporos maduros são lançados no ar.
42
Não escreva no livro
42
Os fungos são consumidores, por isso, só crescem onde há alimento. Se
continuássemos a experiência por mais tempo, quase todos os alimentos desapareceriam
(o pão, o tomate e o mingau), pois seriam transformados em água, sais minerais e outras
substâncias, que ficariam nos recipientes. Isso acontece com qualquer alimento que sofre
decomposição.
Na natureza, o solo em que há ação dos decompositores se mantém úmido e rico em
sais minerais.
TROCANDO IDEIAS
Respostas na Resolução comentada.
Reúna-se com os colegas e conversem sobre as questões propostas. Em seguida,
registre as respostas no caderno para discutir com toda a classe.
1. Que observações e informações foram importantes para concluir que os fungos
são seres vivos?
2. De onde vem o mofo que aparece sobre os alimentos?
3. O mofo aparece nos alimentos porque eles estão estragados ou primeiro aparece
o mofo e ele que estraga os alimentos?
4. Na imagem a seguir, do que os fungos estão se alimentando?
Sugestão de
encaminhamento
Estimule a discussão das
questões da seção Trocando
ideias, pois os alunos estarão
reunidos em pequenos grupos
logo após a atividade.
Essas respostas organizam
as ideias, mostram a compreensão
que tiveram do
experimento e esclarecem
muitas dúvidas.
BOLIGOLOV ANDREW/SHUTTERSTOCK
Não escreva no livro
43
Resolução comentada
1. Os fungos se alimentam e se reproduzem - características que só os seres vivos têm.
2. Os esporos estão no ar e podem cair sobre um alimento. No alimento, os fungos crescem e
formam esporos que se espalham novamente pelo ar.
3. É o mofo que estraga os alimentos.
4. Os fungos estão se alimentando do pão.
43
A reprodução dos fungos
Habilidades
• (EF04CI05) Descrever e
destacar semelhanças e
diferenças entre o ciclo da
matéria e o fluxo de energia
entre os componentes
vivos e não vivos de um
ecossistema.
• (EF04CI06) Relacionar a
participação de fungos e
bactérias no processo de
decomposição, reconhecendo
a importância ambiental
desse processo.
Apoio pedagógico
A grande maioria dos fungos
tem apenas reprodução
assexuada – por meio da
dispersão de esporos, da
fragmentação ou do brotamento
–, mas alguns grupos
podem formar gametas. O
Saccharomyces cerevisiae é
um fungo unicelular que não
forma hifas nem esporos e se
reproduz por brotamento.
Os fungos não produzem
seu alimento, ou seja, são sempre
consumidores. Alguns são
decompositores e há os que
são parasitas de plantas ou
de animais.
Sugestão de
encaminhamento
Faça uma leitura coletiva
do texto com os alunos. Se
possível, apresente mais imagens
que ajudem a perceber
a diversidade dos fungos.
Observe a reprodução dos fungos na figura abaixo. Os esporos liberados são levados pelo
ar e podem cair sobre as outras fatias de pão ou sobre outros alimentos. Esses esporos crescem
formando novas hifas, e o alimento vai ficando totalmente coberto pelo fungo.
Esporos
Esporos
liberados
Bolor negro do pão.
A produção de esporos pode ocorrer em estruturas grandes e vistosas. São exemplos os fungos
orelhas-de-pau e os cogumelos-de-chapéu, entre os quais alguns são comestíveis.
Muitos tipos de cogumelos-de-chapéu nascem nos jardins e nas matas, mas não podem ser
ingeridos, pois têm substâncias tóxicas ou são venenosos.
até 14 cm
de diâmetro
Fungos orelhas-de-pau, muito comuns em troncos caídos
nas matas.
44 Não escreva no livro
NANCY AYUMI KUNIHIRO/SHUTTERSTOCK
Esse cogumelo tem substâncias tóxicas.
ALEXANDRE R./ M10
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
10 cm de diâmetro
(chapéu)
MAKSIM SAFANIUK/SHUTTERSTOCK
44
Os cogumelos
comestíveis são
cultivados para que
possam fazer parte da
nossa alimentação.
até 25 cm de diâmetro
(chapéu)
ZHU DIFENG/SHUTTERSTOCK.COM
Cultivo de cogumelo
shiitake, um dos tipos
de fungo chamados de
cogumelo-de-chapéu.
CURIOSIDADE
Fermento biológico
Outro fungo muito importante para a
nossa alimentação é o fermento biológico,
também chamado de fermento de pão.
É esse fungo que faz crescer a massa de pão
e de pizza.
O seu nome científico é Saccharomyces
cerevisiae. Ele é um fungo unicelular
(formado por uma única célula).
Saccharomyces cerevisiae, fungo unicelular visto ao microscópio
óptico com aumento de aproximadamente 115 vezes.
BOB BLAYLOCK
CIÊNCIAS
FILME
• O mundo secreto dos jardins – Fungos
Gênero: Documentário
Direção: Susan Fleming
Ano: 2002
País: Estados Unidos
Indicação etária: livre
Este episódio da série O mundo secreto dos jardins explora a realidade dos fungos,
mostrando que eles têm papéis positivos e negativos: são fundamentais no processo
de decomposição, mas podem virar uma grande peste nos quintais.
Não escreva no livro
45
Atividade complementar
O filme “O mundo secreto dos jardins Fungos” é muito interessante para a compreensão
dos fungos e para o conhecimento da grande diversidade desse grupo de seres vivos
e da sua importância no papel que desempenham na natureza (disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=C7eycygqyCo. Acesso em: 25 jun. 2021).
45
Habilidades
• (EF04CI05) Descrever e
destacar semelhanças e
diferenças entre o ciclo da
matéria e o fluxo de energia
entre os componentes
vivos e não vivos de um
ecossistema.
• (EF04CI06) Relacionar a
participação de fungos e
bactérias no processo de
decomposição, reconhecendo
a importância ambiental
desse processo.
A produção de húmus
Muitos dos nossos alimentos têm origem vegetal, e para que as plantações se desenvolvam
com qualidade é preciso ter alguns cuidados.
Além do Sol, indispensável para que a fotossíntese aconteça, a qualidade do solo é outro
fator importante para o crescimento das plantas. As pessoas que trabalham com a terra, em hortas,
pomares, sítios ou fazendas, sabem que solo bom tem minhoca. Por que será?
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
ALEXANDRE R./ M10
Apoio pedagógico
As páginas 46 a 49 formam
a terceira unidade didática
deste capítulo e apresentam
a importância das minhocas
para a agricultura. O deslocamento
desses animais
pela terra torna o solo menos
compacto, permitindo
que as raízes tenham, além
da água, o ar à sua volta,
garantindo a formação do
húmus. Água e ar são importantes
para o desenvolvimento
de plantas saudáveis.
Encerramos o capítulo
destacando a importância da
ação dos decompositores no
enriquecimento do solo e na
manutenção da vegetação
nativa.
Muitas plantas das matas
e florestas nativas são utilizadas
na medicina popular,
sendo este mais um momento
para trabalhar o tema
saúde.
As minhocas ajudam a deixar o solo bom para o plantio.
As minhocas penetram na terra e, com os seus movimentos, revolvem, arejam e deixam o solo
menos compactado, mais fofo.
Enquanto se movimentam, vão ingerindo a terra com pedacinhos de folhas e outros restos de
vegetais e animais. A minhoca aproveita alguns
dos nutrientes que encontra nesses restos e elimina
um material que ainda é rico em muitos outros
nutrientes, chamado de adubo natural, ou húmus.
46 Não escreva no livro
Adubo: material que contém
grande quantidade de nutrientes.
46
A camada superficial do solo é renovada pela deposição desse adubo, e a decomposição deste,
pela ação dos fungos e bactérias, enriquece o solo com nutrientes.
Nós não vemos as bactérias agindo no solo, mas podemos perceber que estão lá. O cheirinho
de terra molhada que sentimos após uma chuva, por exemplo, vem de uma substância fabricada
por bactérias.
Muitas pessoas se dedicam à minhocultura, que é a criação de minhocas, e vendem o húmus.
até 13 cm
Criação de minhocas para produção de húmus.
FEDERICO MAGONIO/SHUTTERSTOCK
O húmus de minhoca também é comercializado em lojas
especializadas.
THITI WONGLUANG/SHUTTERSTOCK
EVAN LORNE/SHUTTERSTOCK
Atividade
complementar (1)
Para saber mais sobre
a criação de minhocas
para a produção de húmus,
leia a notícia publicada
pela Embrapa. Seus
alunos gostarão de saber
muitas informações presentes
nesse texto.
• Clarice Rocha. Embrapa
ensina como produzir
minhocas e húmus em
pequenas propriedades.
Embrapa. Roraima,
21 jan. 2015. Disponível
em: www.embrapa.br/
busca-de-noticias/-/
noticia/2439940/
embrapa-ensina-como-produzir-minhocas-e-humus-em-pequenas-propriedades.
Acesso em: 30 mar.
2021.
Nas composteiras, as minhocas participam do processo de formação de húmus.
Não escreva no livro
47
Atividade complementar (2)
Tema: Saúde
Prepare uma entrevista sobre Plantas medicinais para os alunos fazerem em casa - pode ser com um familiar ou um
adulto de sua confiança.
Sugestões de perguntas da entrevista:
• Você conhece plantas medicinais?
• Sabe como elas devem ser usadas?
• Com quem você aprendeu sobre essas plantas?
As respostas devem ser anotadas no caderno e, na sala de aula, você pode reunir as informações, colocando no quadro
o nome da planta e seu uso.
No site do Ministério da Saúde, você encontra informações sobre as plantas medicinais e quais tratamentos fitoterápicos
oferecidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) são feitos com elas (disponível em: https://antigo.saude.gov.br/acoes-e-
-programas/programa-nacional-de-plantas-medicinais-e-fitoterapicos-ppnpmf. Acesso em: 9 jul. 2021).
47
Habilidades
• (EF04CI05) Descrever e
destacar semelhanças e
diferenças entre o ciclo da
matéria e o fluxo de energia
entre os componentes
vivos e não vivos de um
ecossistema.
• (EF04CI06) Relacionar a
participação de fungos e
bactérias no processo de
decomposição, reconhecendo
a importância ambiental
desse processo.
A importância ambiental dos decompositores
Na natureza, os seres vivos estão sempre se relacionando. Além das relações que estabelecem
nas cadeias alimentares, os seres vivos relacionam-se com o ambiente onde vivem.
ELTON ABREU/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Assim como o piolho de
cobra, as lacraias (ou centopeias)
são animais invertebrados
do grupo dos
Artrópodes. As lacraias têm
um par de pernas por segmento
do corpo e são carnívoras.
O piolho de cobra
tem dois pares de pernas
por segmento e alimenta-se
de vegetais em decomposição.
As lacraias têm veneno
e o injetam em suas presas,
mas raramente esse veneno
causa problemas mais sérios
ao ser humano. O piolho de
cobra não é venenoso.
O piolho-de-cobra, também chamado de embuá ou gongolo, alimenta-se de detritos e, assim como as minhocas, produz húmus.
O ambiente ideal para os seres decompositores é quente e úmido.
A umidade faz os esporos de fungo, por exemplo, germinarem mais rapidamente, e o calor
ajuda no processo de reprodução. De maneira geral, fungos e bactérias desenvolvem-se e se
reproduzem rapidamente. Então, essas condições fazem a quantidade de seres decompositores
aumentar muito em pouco tempo, acelerando o processo de decomposição.
TROCANDO IDEIAS
Resposta na Resolução comentada.
Converse com um colega e discutam: na natureza, é bom que os fungos e bactérias
se desenvolvam rapidamente? Por quê?
20 cm
48 Não escreva no livro
Resolução comentada
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos reconheçam que sim, pois os fungos e as bactérias
são responsáveis pela decomposição da matéria orgânica e pela manutenção dos solos ricos
em nutrientes.
48
Usando a mata como local de estudo
As plantas produzem seu alimento, crescem e, muitas, formam frutos que vão alimentar outros
seres vivos. Muitos frutos caem no chão e apodrecem.
Um predador caça a sua presa, e os restos ficam pela mata se decompondo. Quando olhamos
o solo da mata bem de perto, percebemos muitos outros seres vivos por ali: há, por exemplo,
cogumelos no chão e sobre os troncos caídos, e muitas larvas de insetos estão entre as folhas que
cobrem o solo.
Há trechos na mata onde a luz do Sol quase não entra. O ambiente é escuro, úmido e abafado.
Nessas condições, os restos de animais e de plantas vão desaparecendo mais rapidamente e há um
grande número de sementes germinando.
Nesses locais, a camada de húmus é mais profunda que em outros.
TUPUNGATO/SHUTTERSTOCK DANNY STEAVEN
Entre as folhas no chão da mata vivem os pequenos animais
que auxiliam o trabalho dos decompositores.
Avaliação formativa
Peça aos alunos que escrevam
um texto unindo a
discussão do Trocando ideias
e as conclusões da leitura
dialogada que acabaram de
fazer. As duas atividades têm
como tema central a importância
da ação dos decompositores
sobre a matéria
orgânica e a consequência
desse processo na manutenção
da fertilidade do solo.
A variedade de plantas em trechos de mata fechada é maior.
Mata Atlântica, Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ), 2020.
Se os decompositores não existissem, os restos de seres vivos ficariam expostos no solo, nos
mares e rios. Além disso, muitas substâncias necessárias para a manutenção da vida não estariam
disponíveis, pois, como você já sabe, é por meio da decomposição que os sais minerais circulam
na natureza.
Não escreva no livro
49
Atividade complementar
O texto “Usando a mata como local de estudo” pode ser trabalhado com a classe a partir da estratégia de leitura dialogada.
Após a leitura dos dois primeiros parágrafos, você pode lançar questões como:
• No trecho lido, aparecem componentes das cadeias alimentares? Quais?
• Observe a primeira imagem e descreva o chão da mata.
• De onde é essa imagem?
Leia - ou peça para um aluno ler - os dois parágrafos seguintes e pergunte à classe:
• Por que as características do ambiente descrito no trecho lido favorecem a formação de húmus?
Termine a leitura e pergunte:
• Quais seriam as consequências para o solo das florestas e matas se os decompositores não existissem?
49
ATIVIDADES
Habilidades
• (EF04CI05) Descrever e
destacar semelhanças e
diferenças entre o ciclo da
matéria e o fluxo de energia
entre os componentes
vivos e não vivos de um
ecossistema.
• (EF04CI06) Relacionar a
participação de fungos e
bactérias no processo de
decomposição, reconhecendo
a importância ambiental
desse processo.
Respostas na Resolução comentada.
No caderno, faça o que é solicitado nas questões a seguir.
1. O que estamos evitando quando mantemos os alimentos cobertos ou tampados?
2. Escreva um texto sobre a alimentação dos fungos e utilize as imagens abaixo como exemplos.
JORGE BOTELLA MOLINA/SHUTTERSTOCK
Sugestão de
encaminhamento
As atividades propostas
referem-se aos conteúdos
deste capítulo e podem ser
utilizadas para uma avaliação
individual ou em grupos.
SRIYANA/SHUTTERSTOCK
Morango mofado.
Casaco de couro mofado.
3. Como podemos perceber a ação de bactérias e fungos nos alimentos?
4. Explique a frase “Os sais minerais e outras substâncias resultantes da ação dos decompositores
penetram no solo e chegam às plantas”.
50
Não escreva no livro
Resolução comentada
1. Estamos evitando que esporos de fungos e bactérias caiam nos alimentos e os estraguem.
2. Resposta pessoal.
3. Os alimentos em decomposição ficam umedecidos, têm mau cheiro e apresentam algumas
manchas coloridas.
4. Os sais minerais são retirados do solo pelas raízes dos vegetais. Quando o vegetal - ou parte dele
- cai no solo, ele volta à terra pela ação de bactérias e fungos decompositores e tudo recomeça.
50
5. As imagens a seguir mostram dois tipos de fungos.
Respostas na Resolução comentada.
1 2
GUENTERMANAUS/SHUTTERSTOCK
KARTINKIN77/SHUTTERSTOCK
até 14 cm
de diâmetro
3 cm de diâmetro.
Fungo orelha-de-pau.
Cogumelo cultivado.
a) Em uma caminhada na mata, qual desses fungos é mais provável que você encontre?
b) Do que o fungo da imagem (1) se alimenta?
c) Os cogumelos da imagem (2) foram cultivados e cuidados por um agricultor. Podemos dizer
que, provavelmente, esses cogumelos são comestíveis? Explique.
6. Analise o esquema e responda:
Animais
Plantas
Morrem ou
deixam restos
Ação dos decompositores
(sais minerais voltam ao solo)
a) Como as plantas conseguem os sais minerais de que necessitam?
b) Os restos de todos os animais podem fornecer sais minerais para o ambiente ou só os restos
dos animais que se alimentavam de plantas? Explique.
Não escreva no livro
51
Resolução comentada
5. a) O fungo orelha-de-pau (1).
b) Ele se alimenta de substâncias resultantes da decomposição do tronco/da madeira.
c) Sim, provavelmente servem para a alimentação humana porque os cogumelos que são cultivados
não apresentam toxina ou substância venenosa.
6. a) As plantas conseguem os sais minerais retirando-os do solo pela absorção das raízes. Os sais
minerais estão na água que utilizam para fazer a fotossíntese.
b) Todos os animais fornecem sais minerais ao ambiente após a ação dos decompositores. Pela
alimentação, os sais minerais vão percorrendo todos os componentes da cadeia alimentar.
51
Habilidades
• (EF04CI07) Verificar a
participação de microrganismos
na produção
de alimentos, combustíveis,
medicamentos, entre
outros.
• (EF04CI08) Propor, a partir
do conhecimento das
formas de transmissão de
alguns microrganismos
(vírus, bactérias e protozoários),
atitudes e medidas
adequadas para prevenção
de doenças a eles
associadas.
3
Os microrganismos estão muito presentes no nosso dia a dia.
As bactérias, por exemplo, são usadas para produzir alguns alimentos, como queijos, requeijões e
iogurtes. Além disso, muitos dos antibióticos usados para combater doenças são produzidos por elas.
Já os fungos participam tanto da produção de alimentos como da sua deterioração e, muitas
vezes, são responsáveis por causar intoxicação alimentar.
Representação com diferentes
escalas Representação e com cores com diferentes fantasia
escalas e com cores fantasia
Os microrganismos
ALEXANDRE R./ M10
A. CARLÍN/ M10
Objetivos
• Conhecer a ação de fungos
e bactérias na produção de
alimentos como queijos e
pães, entre outros.
• Conhecer os modos de contágio,
sintomas e prevenção
de algumas doenças causadas
por microrganismos.
• Identificar hábitos de higiene
importantes para
evitar doenças.
• Compreender a importância
da vacinação.
Apoio pedagógico
Tema: Saúde
Neste capítulo, serão apresentados
microrganismos
que participam da produção
de alimentos e de combustíveis
, além de alguns que
agem no corpo humano, colaborando
com a nossa saúde
ou provocando doenças.
A primeira unidade didática
deste capítulo (páginas
52 a 56) apresenta fungos
e bactérias que agem na
produção de alimentos e de
biocombustíveis.
Os microrganismos estão em todos os lugares. Manter nossas mãos limpas é uma maneira de evitar contaminação.
CIÊNCIAS
52
FILME
• Ciência explica – Como surge o bolor no pão?
Uma descoberta que revolucionou
a medicina e até
hoje é um marco importante
na história da Ciência fecha
a unidade: a descoberta da
penicilina.
O vídeo explica de maneira simples como os fungos se desenvolvem e causam o
bolor no pão.
Disponível em: www.labi.ufscar.br/2016/10/10/ciencia-explica-como-surge-o-bolor-no-pao/.
Acesso em: 1 jul. 2021.
Não escreva no livro
Atividade complementar
O vídeo “Como surge o bolor do pão?” pode ser exibido
para os alunos pois ele ilustra bem o processo de contaminação
do pão pelo bolor.
52
Os microrganismos e a produção de alimentos
Você aprendeu que o fermento do pão é um fungo, um microrganismo unicelular. O pão cresce
porque o fungo se alimenta do açúcar da massa e produz o gás carbônico, que faz com que essa
massa estufe, deixando o pão macio.
A fabricação dos queijos depende de bactérias que transformam o leite em uma massa
cremosa apreciada no mundo todo. Existem muitos tipos de queijo: parmesão, muçarela, prato,
entre outros.
ZIGZAG MOUNTAIN ART/SHUTTERSTOCK
MARAZE/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Tema: Saúde
Muitos alimentos são produzidos
com auxílio de microrganismos
(leveduras e
algumas bactérias), como
muitos tipos de queijos, pães
e algumas bebidas. Portanto,
a nossa alimentação depende
desses microrganismos. A
boa alimentação é um fator
que contribui para a manutenção
da saúde.
O queijo parmesão é consumido ralado na macarronada, por
exemplo.
O queijo prato é muito utilizado em fatias nos sanduíches.
DZHA33/SHUTTERSTOCK
Na pizza, o queijo mais usado é a muçarela.
Tanto o fermento do pão como as bactérias envolvidas na fabricação de queijos realizam
a fermentação.
Não escreva no livro
53
Atividade complementar
O vídeo “Produção de queijo minas frescal”, da Embrapa, mostra a produção desse
queijo e utiliza uma linguagem que alunos conseguem acompanhar. Conhecer o processo
de produção desse alimento pode fazer alguns alunos trazerem para a aula seu
próprio conhecimento e vivência, uma vez que essa produção é relativamente comum
em sítios e fazendas espalhados pelo nosso país. Apresentar o vídeo até a marca dos 5
minutos e 45 segundos é suficiente para os alunos terem informações importantes sobre
a higiene necessária e os microrganismos envolvidos no processo de fabricação desse
queijo (disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=SrEex6cvVuI. Acesso em:
26 jun. 2021).
53
Fermentação
Habilidades
• (EF04CI07) Verificar a
participação de microrganismos
na produção
de alimentos, combustíveis,
medicamentos, entre
outros.
• (EF04CI08) Propor, a partir
do conhecimento das
formas de transmissão de
alguns microrganismos
(vírus, bactérias e protozoários),
atitudes e medidas
adequadas para prevenção
de doenças a eles
associadas.
Apoio pedagógico
Bactérias e fungos desenvolvem-se
rapidamente
onde há calor, umidade e
pouca luz e são os principais
responsáveis por estragar os
alimentos. Para saber se o
que vamos comer está adequado
para o consumo, devemos
prestar atenção à sua
cor, consistência e cheiro.
Os diversos tipos de carnes,
frutas, verduras e legumes
sofrem alterações desse tipo
quando estão estragados.
Se não reparamos nessas
características e colocamos o
alimento na boca, podemos
considerar o gosto alterado
como forma de reconhecer o
alimento deteriorado. Comer
alimento estragado pode
provocar reações graves no
organismo, pois tanto bactérias
como fungos produzem
toxinas. Para evitar esses
problemas, é importante
armazenar os alimentos
adequadamente e respeitar
os prazos de validade.
Na fermentação ocorre a transformação de matéria orgânica, como o açúcar da massa do pão e o
leite do queijo, em outros produtos. Um desses produtos é a energia que o ser vivo utiliza para crescer e se
reproduzir. Os fungos também liberam o gás carbônico, que é o responsável por fazer o pão crescer e ficar
fofinho, enquanto as bactérias liberam uma substância responsável por fazer o leite azedar.
O processo de fermentação é utilizado na fabricação de pães, queijos, iogurtes, entre outros.
Os fungos podem utilizar frutas, madeira, tecido, pão, couro e outros materiais como alimento.
Quando os fungos agem sobre um alimento, eles mudam as suas características, como o cheiro e a
cor, o que, para nós, é um sinal de que o produto está apodrecendo.
Comer alimentos nessas condições é perigoso, porque os fungos também podem liberar
substâncias tóxicas.
CURIOSIDADE
Existem alimentos mofados que não estão estragados
Um exemplo é o queijo
gorgonzola. Esse é um tipo
de queijo que só pode ser
considerado pronto depois
que mofar. Para fabricá-lo,
adiciona-se um certo fungo
ao leite de vaca. Esse tipo de
fungo se alimenta da gordura
do leite e libera substâncias
que não são nocivas ao ser
humano, dando um gostinho
especial ao queijo.
TROCANDO IDEIAS
Reúna-se com um colega e respondam às perguntas:
1. Como podemos perceber que um alimento não está bom para ser consumido?
2. Por que, nessas condições, o alimento não deve ser ingerido?
Porque o alimento pode conter toxinas que causam problemas de saúde.
54 Não escreva no livro
Atividade complementar
Queijo gorgonzola.
Para aprofundar mais o tema, leia o texto a seguir.
1. Quando um alimento começa a estragar, percebemos
alterações de cor e cheiro.
Toxinas produzidas por fungos
[...] Produzidas por fungos durante a ação de decomposição do alimento, as micotoxinas
são altamente tóxicas e cancerígenas. O consvumo desavisado desses compostos
preocupa especialistas em todo o mundo e recentemente foi alvo de três artigos científicos
das universidades de Granada e de Valência, ambas na Espanha.
Após uma série de análises em sucos de maçã, cereais e derivados, como a cerveja,
GRAFVISION/SHUTTERSTOCK
54
Os biocombustíveis
O grande consumo de petróleo no mundo gerou problemas ambientais e preocupação em
diversos setores da economia, isso porque esse recurso pode se esgotar.
Procurando soluções para esse problema, pesquisadores desenvolveram os biocombustíveis,
como o etanol.
O etanol é produzido a partir da cana-de-açúcar. No processo de produção do etanol, o fungo
utilizado na fermentação do caldo de cana é o Saccharomyces cerevisiae, o mesmo utilizado para fazer pão.
Esse fungo também é chamado de fermento ou levedura.
Cana-de-açúcar
Fermentação por leveduras
Etanol
MARCELLO S./ M10
5 m
MASUR MATEE NUSERM/SHUTTERSTOCK
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
Imagem obtida através
do microscópio óptico,
com aumento de
aproximadamente 100 vezes.
Representação simplificada
da produção do etanol.
Atividade
complementar
Para aprofundar mais
o tema, leia o texto a
seguir.
Biocombustíveis
Biocombustíveis são
derivados de biomassa
renovável que podem
substituir, parcial ou totalmente,
combustíveis
derivados de petróleo e
gás natural em motores
a combustão ou em outro
tipo de geração de
energia.
Os dois principais biocombustíveis
líquidos usados
no Brasil são o etanol
obtido a partir de cana-de-
-açúcar e, em escala crescente,
o biodiesel, que é
produzido a partir de óleos
vegetais ou de gorduras
animais e é adicionado ao
diesel de petróleo em proporções
variáveis.
BRASIL. Ministério de
Minas e Energia. Agência
Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis.
Biocombustíveis. Disponível
em: https://www.gov.br/anp/
pt-br/assuntos/qualidade-de-
-produtos/biocombustiveis.
Acesso em: 9 jul. 2021.
Não escreva no livro
55
os pesquisadores identificaram níveis de micotoxinas além do estabelecido pela União
Europeia. Mais de 50% das amostras analisadas de suco de maçã excederam os limites
estipulados por lei, com riscos graves para a saúde dos consumidores. No Brasil, o monitoramento
industrial é de primeira linha, dizem especialistas, que também fazem um
alerta: é preciso tomar cuidado ao comprar frutas e legumes, principalmente os que não
são submetidos à fiscalização sanitária. [...].
Bruna Senséve. Toxinas produzidas por fungos contaminam alimentos e podem causar câncer. Uai, 10. jul.
2013. Disponível em: https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2013/07/10/noticias-saude,194312/
toxinas-produzidas-por-fungos-contaminam-alimentos-e-podem-causar-canc.shtml. Acesso em: 2 abr. 2021.
55
Os microrganismos e a nossa saúde
Habilidades
• (EF04CI07) Verificar a
participação de microrganismos
na produção
de alimentos, combustíveis,
medicamentos, entre
outros.
• (EF04CI08) Propor, a partir
do conhecimento das
formas de transmissão de
alguns microrganismos
(vírus, bactérias e protozoários),
atitudes e medidas
adequadas para prevenção
de doenças a eles
associadas.
Sugestão de
encaminhamento
Tema: Saúde
“A descoberta da penicilina”
é um texto que trata
de um dos acontecimentos
científicos mais importantes
do século XX. Você pode
buscar mais informações a
respeito do tema em páginas
da internet e, com isso, tornar
a aula mais motivadora.
Atualmente, os antibióticos
são largamente utilizados,
mas têm apenas 70 anos
de uso. Há 70 ou 80 anos, a
pneumonia e outras enfermidades
- hoje curáveis - eram
a causa da morte de muitas
pessoas.
Você pode sugerir que os
alunos façam uma leitura
silenciosa do texto, prática
que favorece a formação
de leitores competentes. A
compreensão leitora - ou
seja, a capacidade dos alunos
entenderem textos escritos
- é necessária para
que extraiam informações e
possam reescrevê-las.
Assim, após a leitura, os
alunos poderão comentar o
que entenderam e complementar
as informações.
Até 100 anos atrás, não se sabia como controlar doenças causadas por bactérias.
Em alguns casos, uma infecção que tinha início em um simples corte podia se complicar e levar
uma pessoa à morte.
A descoberta da penicilina revolucionou a medicina, abrindo caminho para a produção de
outros remédios à base de fungos.
UM POUCO DE HISTÓRIA
A descoberta da penicilina
Em 1928, o médico e cientista
Alexander Fleming estava pesquisando
substâncias capazes de matar ou
impedir o crescimento de bactérias em
feridas infectadas. Em suas pesquisas,
ele preparava diversas placas com meio
de cultura para que essas bactérias se
desenvolvessem e ele pudesse estudá-
-las. Ao sair de férias, Fleming não notou
que algumas dessas placas ficaram mal
fechadas e, ao retornar, observou que
suas culturas estavam contaminadas
por mofo e que em volta das colônias
de fungos não havia bactérias.
Ao identificar o bolor como
pertencente ao gênero Penicillium,
Fleming percebeu que esse fungo
produzia uma substância capaz de
eliminar diversas bactérias. Essa
substância recebeu o nome de
penicilina.
Os estudos e testes com a nova substância mostraram que ela era inofensiva para as células
animais e poderia ser utilizada em seres humanos. Foram necessários mais alguns anos de
estudos no processo de produção da penicilina em laboratório.
Na época da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o antibiótico penicilina foi
produzido em larga escala, salvando a vida de milhares de soldados, e tornou-se
disponível para a população somente depois do fim da guerra.
56 Não escreva no livro
Avaliação formativa
Para concluir e finalizar
essa unidade didática, os
alunos podem aproveitar a
atividade feita a partir do
texto “A descoberta da penicilina”.
Peça que registrem
as frases que consideram as
mais importantes e que sintetizam
o texto.
Alexander Fleming (1881-1955) trabalhando em seu laboratório
em Londres, na Inglaterra (1943).
DOMÍNIO PÚBLICO
56
As bactérias e o nosso corpo
Uma quantidade enorme de
bactérias vive sobre a nossa pele. A maioria
delas não nos prejudica. Elas nascem,
crescem e se reproduzem do lado de fora
do corpo.
Há também algumas bactérias que
vivem dentro do nosso corpo e têm
funções importantes. Os lactobacilos,
por exemplo, vivem no nosso intestino
e ajudam esse órgão a funcionar melhor.
Além disso, eles nos protegem de
bactérias nocivas que poderiam
causar doenças.
Os lactobacilos (vistos como pequenas varas na cor roxa) ajudam a
1. Na sua opinião, viver no intestino
prevenir infecções e doenças causadas por outras bactérias. Imagem obtida
traz alguma vantagem para os
através do microscópio óptico.
lactobacilos? Resposta pessoal. Espera-se que os alunos reconheçam que ao viver no nosso
intestino as bactérias obtêm alimentos e um ambiente protegido.
Tudo o que comemos passa pelo intestino, então, essas
bactérias conseguem alimento em grande quantidade. Essa
LEMBRE-SE
relação é vantajosa tanto para os seres humanos quanto para
As bactérias que se alimentam de restos
encontrados nos dentes são as causadoras das
os lactobacilos, pois ambos são beneficiados.
cáries, por isso é muito importante escovar os
Os locais mais propícios ao desenvolvimento das
dentes após as refeições.
bactérias no corpo humano são os dentes, a garganta e os
órgãos da digestão, nos quais é fácil encontrar comida.
Muitas vezes, os cuidados necessários para preservar a nossa saúde estão relacionados à
higiene, à água de boa qualidade e ao manuseio adequado dos alimentos.
DOMÍNIO PÚBLICO
Apoio pedagógico
As páginas 57 a 66 constituem
a próxima unidade
didática e vão abordar algumas
doenças causadas por
microrganismos e a prevenção
por meio da vacinação.
Essa unidade didática apresenta
diversas imagens de
microrganismos, sempre indicando
o instrumento e o
aumento utilizados.
As bactérias e os protozoários
são microrganismos muito
pequenos, necessitando
que se utilize microscopia
eletrônica, cujo aumento possível
é muito superior aos conseguidos
com microscópios
ópticos. É interessante chamar
a atenção dos alunos para esse
fato, pedindo que observem as
imagens e leiam as legendas.
CIÊNCIAS
LIVRO
• Pai, o que é micróbio?
Autores: Flavio Alterthum e Telma Alves Monezi
Editora: Atheneu
Ano: 2010
O livro, da série Você sabia?, mostra o mundo das bactérias, vírus, fungos e suas
relações com o meio ambiente e os outros seres vivos.
DIVULGAÇÃO
Não escreva no livro
57
Atividade complementar
Estudar os seres vivos que não enxergamos é algo bastante abstrato para os alunos.
A leitura do livro Pai, o que é micróbio?, que está indicado na seção Ciências +, pode
aproximar a sua turma do mundo microscópico.
57
Doenças causadas por bactérias
Habilidades
• (EF04CI07) Verificar a participação
de microrganismos
na produção de alimentos,
combustíveis, medicamentos,
entre outros.
• (EF04CI08) Propor, a partir
do conhecimento das
formas de transmissão de
alguns microrganismos
(vírus, bactérias e protozoários),
atitudes e medidas
adequadas para prevenção
de doenças a eles
associadas.
Apoio pedagógico
Conversar sobre a qualidade
da água é sempre pertinente.
Muitas doenças podem ser
evitadas com o acesso à água
tratada. É importante abordar
o tema “qualidade da água”
quando se fala em preservar
a saúde.
O site Trata Brasil (Disponível
em: http://www.tratabrasil.
org.br/. Acesso em: 9 jul.
2021) traz diversas informações
sobre o abastecimento
de água e a rede de esgoto
nas regiões brasileiras. Você
pode consultar os dados referentes
à sua região e conversar
sobre a importância
do saneamento básico para
a saúde da população.
Em algumas situações, bactérias nocivas invadem nosso corpo causando vários tipos
de doenças.
Disenteria bacteriana
A bactéria que causa a disenteria
bacteriana entra no corpo pela boca,
ou seja, a pessoa engole a bactéria
acidentalmente.
Como isso pode acontecer?
• Bebendo água ou ingerindo
alimentos contaminados. Um poço
utilizado para captar água, por
exemplo, pode ter contato com o
esgoto e ser contaminado.
• Não lavando as mãos após
usar o banheiro. O hábito de lavar as
mãos é importante para todas as
pessoas, especialmente para
as que já estão com a doença.
• Se, após trocar as fraldas de
um bebê que tenha a doença,
as mãos não forem bem
lavadas com água e sabão.
Sintomas
Os sintomas que normalmente
aparecem três dias após a pessoa
entrar em contato com a bactéria
são: diarreia, cólicas abdominais
e febre.
Muitas doenças causam diarreia,
então o paciente deverá fazer um
exame de fezes específico para
detectar a bactéria causadora dessa
doença.
O tratamento é feito com
antibióticos e soro, pois a disenteria
pode durar vários dias, levando a pessoa
à desidratação.
58 Não escreva no livro
É importante sempre beber água filtrada.
Shigella, bactéria causadora da disenteria bacteriana. Imagem obtida através
do microscópio eletrônico. Aumento de cerca de 37 714 vezes.
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
SPL DC/LATINSTOCK
Atividade complementar Tema: Saúde
A partir desta página e até o final do capítulo, algumas doenças causadas por microrganismos
são estudadas. Para trabalhar o tema saúde, você pode complementar
esse estudo ao incluir as doenças que atingem o ser humano e que são mais comuns
na sua região.
58
Tétano
O tétano é uma doença infecciosa grave, mas não é contagiosa.
Isso significa que uma pessoa não pega tétano de outra.
A bactéria entra no corpo por lesões na pele e produz
uma toxina que causa a doença. Esses microrganismos
podem estar nas fezes de animais e de seres humanos, na
terra, nas plantas e em diversos objetos.
A toxina produzida pela bactéria
ataca o sistema nervoso central e prejudica
os movimentos dos músculos. Se esse
enrijecimento muscular atingir os músculos
respiratórios, a pessoa não consegue respirar
e pode morrer.
O tratamento é feito com antibióticos,
relaxantes musculares, sedativos e soro
antitetânico.
O tétano pode ser evitado pelo uso da
vacina antitetânica, disponível nos postos
de saúde gratuitamente. Crianças e adultos
devem manter a carteira de vacinação
atualizada.
Outras formas de prevenção:
• limpe cuidadosamente com água e
sabão todos os ferimentos para evitar a
penetração da bactéria;
• saiba que não são apenas pregos e cercas enferrujados que podem conter a bactéria do tétano.
Ela pode ser encontrada nos mais diversos ambientes.
2. Converse com um colega sobre as duas doenças citadas no texto e, no caderno, faça um
quadro seguindo o modelo e complete-o.
Respostas na Resolução comentada.
Resolução comentada
Você pode pedir aos alunos que retomem a leitura do texto, localizem as informações sobre as
doenças citadas e depois completem o quadro da atividade 2.
2.
Nome da doença
Toxina: substância
venenosa que causa
danos à saúde dos
seres vivos.
Clostridium tetani, bactéria do tétano. Imagem computadorizada e
colorida artificialmente.
Como a bactéria
entra no corpo?
Não escreva no livro
Prevenção – Há
vacina?
59
NOBEASTSOFIERCE/SHUTTERSTOCK
Atividade
complementar
Para aprofundar mais
o tema, leia o texto a
seguir.
Tétano
O tétano é uma infecção
aguda e grave, causada
pela toxina do bacilo
tetânico (Clostridium
tetani), que entra no
organismo através de
ferimentos ou lesões de
pele e não é transmitido
de um indivíduo para o
outro. Quando os músculos
do pescoço são
atingidos, há dificuldade
de deglutição. No caso
de contratura muscular
generalizada e rigidez
muscular progressiva,
são atingidos os músculos
reto-abdominais e os
do diafragma, o que leva
à insuficiência respiratória.
[...]
Já o tétano neonatal é
decorrente da contaminação
do cordão umbilical
em recém-nascido
(criança com até 28 dias
de vida). Neste caso, o sistema
nervoso é afetado e
o tétano provoca fortes
dores, fazendo com que a
criança tenha contrações,
chore bastante e sinta dificuldade
para mamar.
[...]
BRASIL. Ministério da Saúde.
Fundação Oswaldo Cruz.
Tétano: sintomas, transmissão
e prevenção. Disponível em:
https://www.bio.fiocruz.br/
index.php/br/tetano-sintomas-transmissao-e-prevencao.
Acesso em: 28 jun. 2021.
Nome da doença
Como a bactéria entra no
corpo
Prevenção – Existe
vacina?
Disenteria bacteriana Pela boca Não existe vacina.
Tétano Por lesões na pele Sim, existe vacina.
59
Doenças causadas por fungos
Existem muitas doenças causadas por fungos, uma delas é a micose.
Habilidades
• (EF04CI07) Verificar a participação
de microrganismos
na produção de alimentos,
combustíveis, medicamentos,
entre outros.
• (EF04CI08) Propor, a partir
do conhecimento das
formas de transmissão de
alguns microrganismos
(vírus, bactérias e protozoários),
atitudes e medidas
adequadas para prevenção
de doenças a eles
associadas.
Micose
Os fungos causadores de micoses
buscam lugares quentes e úmidos do
corpo humano para se abrigar. A pele, o
couro cabeludo e as unhas são os locais
em que o aparecimento das micoses é
mais comum.
As frieiras, por exemplo, são um
tipo de infecção comum entre os dedos
dos pés. O local coça, fica vermelho e
aparecem rachaduras.
Elas ocorrem quando não se enxugam
bem os vãos entre os dedos, deixando-os
Pé com frieiras.
úmidos e abafados, ou pelo uso prolongado de
calçados fechados.
Locais úmidos onde há proliferação de fungos também podem causar problemas respiratórios
em muitas pessoas.
D_TOWNSEND/SHUTTERSTOCK
CARROTEATER/SHUTTERSTOCK
VICTORIA 1/SHUTTERSTOCK
Ambientes úmidos favorecem a proliferação de fungos.
O sapinho, manchas brancas que podem aparecer na boca
e na língua de bebês e crianças pequenas, é causado pelo
fungo Candida albicans.
60 Não escreva no livro
60
Doenças causadas por protozoários
Leishmaniose
A doença é transmitida pelo mosquitopalha,
que, ao picar o hospedeiro, introduz
um parasita em seu sangue. Esse parasita é
um microrganismo chamado Leishmania.
A Leishmania é um protozoário que
se desenvolve no organismo de mamíferos,
principalmente de cães. Sua célula tem um
fio longo, chamado flagelo, que auxilia na
locomoção.
A doença pode se manifestar em
uma ferida única na pele (leishmaniose
tegumentar) ou provocar danos em vários
órgãos internos (leishmaniose visceral).
Como não há vacina para seres
Leishmania, protozoário conhecido desde 1930. Imagem
computadorizada e colorida artificialmente.
humanos contra a leishmaniose, a principal forma de prevenção é evitar o contato com o mosquito
transmissor. O Ministério da Saúde dá as seguintes orientações:
• evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas a matas;
• utilizar repelentes na pele quando estiver em áreas de matas onde há surto da doença;
• caso o animal seja diagnosticado positivamente para leishmaniose visceral, ele deve ser
eutanasiado para evitar o aparecimento de casos em seres humanos.
KATERYNA KON/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Os protozoários são organismos
unicelulares que
não produzem seu próprio
alimento. A grande maioria
tem vida livre, sendo
encontrados em diferentes
ambientes aquáticos e úmidos.
Existem espécies que
vivem em associação com
outros organismos, como é
o caso dos parasitas. Entre
as doenças humanas causadas
por protozoários estão
a amebíase, toxoplasmose,
leishmaniose, doença de
Chagas e malária.
O ciclo da leishmaniose
está representado na próxima
página.
NEW AFRICA/SHUTTERSTOCK
60 cm
A vacinação impede a contaminação dos cães pela Leishmania.
Não escreva no livro
61
61
Habilidades
• (EF04CI07) Verificar a participação
de microrganismos
na produção de alimentos,
combustíveis, medicamentos,
entre outros.
• (EF04CI08) Propor, a partir
do conhecimento das
formas de transmissão de
alguns microrganismos
(vírus, bactérias e protozoários),
atitudes e medidas
adequadas para prevenção
de doenças a eles
associadas.
Ciclo da leishmaniose
Perigo
Crianças estão mais
propensas à doença pela
imunidade mais baixa.
Quando não tratada,
a leishmaniose pode
evoluir para morte em
mais de 90% dos casos.
Mosquito-palha
São pequenos, têm coloração palha
e, em posição de repouso, suas
asas permanecem eretas. Eles se
desenvolvem em locais úmidos e
ricos em matéria orgânica.
Transmissão
O ciclo começa quando o
mosquito fêmea infectado
pica um cachorro e o
contamina com o parasita.
A. CARLÍN/ M10
Risco
Em locais com alto número de
animais contaminados e presença
de mosquitos-palha, o risco de
contaminação é maior.
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
Reservatório
O cão contaminado não
transmite a leishmaniose
para outros cães nem para
o ser humano, mas funciona
como reservatório da
doença. Ou seja, se picado
pelo mosquito, este se torna
transmissor da doença.
Fonte: Ministério da Saúde e professor Mário Steindel.
62 Não escreva no livro
62
Uma doença causada por vírus
Raiva humana
O ser humano e qualquer outro mamífero podem ser infectados pelo vírus da raiva, que
penetra no corpo por meio de ferimentos abertos.
Hidrofobia é o outro nome dado a essa enfermidade.
CICLO DA RAIVA
Ciclo silvestre
Ciclo aéreo
Ciclo rural
A. CARLÍN/ M10
Apoio pedagógico
Tema: Saúde
O “Boletim Epidemiológico
da Raiva”, publicado pela
Secretaria de Saúde do Estado
do Mato Grosso do Sul, traz
informações sobre a doença
viral chamada raiva humana.
O texto das páginas 2 e
8 pode ilustrar a aula e mostrar
a importância de manter
a vacinação dos animais domésticos
em dia (disponível
em: https://www.vs.saude.
ms.gov.br/wp-content/
uploads/2020/09/Boletim_
Epidemiologico_Raiva.pdf.
Acesso em: 9 jul. 2021).
Ciclo humano
Ciclo urbano
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
Não escreva no livro
63
63
Habilidades
• (EF04CI07) Verificar a participação
de microrganismos
na produção de alimentos,
combustíveis, medicamentos,
entre outros.
• (EF04CI08) Propor, a partir
do conhecimento das
formas de transmissão de
alguns microrganismos
(vírus, bactérias e protozoários),
atitudes e medidas
adequadas para prevenção
de doenças a eles
associadas.
Sugestão de
encaminhamento
Antes de realizar a atividade
da seção Trocando ideias, converse
com os alunos sobre o
conceito de zoonose. O controle
de várias zoonoses é realizado
com a vacinação de animais
domésticos, como cães e gatos,
além de bovinos e outros.
Cães, gatos e morcegos são
os animais que mais transmitem
a doença pela saliva carregada
de vírus.
A raiva humana está sob
controle no Brasil, em especial
nos centros urbanos. No início
dos anos 1980, a raiva matava
mais de 160 pessoas por ano no
país. Vinte anos mais tarde, o
número de mortes não passava
de dez pessoas ao ano.
Há alguns anos, a
quantidade de mortes voltou
a aumentar um pouco, e em
todos os casos a raiva havia
sido contraída de morcegos.
Esse mamífero voador tomou
o lugar dos cães e gatos como
o principal transmissor da
Cartaz de campanha de vacinação contra a raiva.
doença entre os brasileiros.
Isso vem ocorrendo porque o
desmatamento está fazendo os morcegos silvestres voarem para as pequenas cidades, aumentando
o risco de transmissão da raiva ao ser humano.
Tratamento
Se uma pessoa for mordida ou arranhada por um mamífero infectado, ela deve receber
a vacina antirrábica.
Deve também manter, se possível, o animal em observação.
A vacina não tem contraindicação. Todas as pessoas, de todas as idades, podem tomá-la,
mesmo durante a gravidez ou no período de amamentação.
PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO
TROCANDO IDEIAS
Leia a afirmação a seguir: as doenças transmitidas por um animal aos seres humanos
e a outros animais são chamadas de zoonoses.
Reúna-se com seu grupo e respondam:
• Quais das doenças apresentadas anteriormente são zoonoses?
Raiva e leishmaniose são zoonoses.
64 Não escreva no livro
64
Vacinas
As vacinas atuam diretamente na prevenção de doenças, pois estimulam o organismo a
produzir sua própria proteção.
Fachada do prédio do Instituto Butantan, em São Paulo (SP).
RAFAEL SERATHIUK/
SHUTTERSTOCK.
As vacinas agem contra vírus e bactérias
e podem chegar a erradicar doenças de uma
sociedade. Quando as pessoas se tornam imunes, ou
seja, protegidas, a doença para de ser transmitida.
Um caso muito famoso na história foi a erradicação
da varíola, em 1977. A eliminação global da
transmissão do vírus da varíola foi um marco na
história da saúde pública.
O Instituto
Butantan é
responsável
pela pesquisa
e produção de
muitas vacinas.
Em 1980, a Organização Mundial da Saúde
(OMS) declarou a varíola oficialmente
erradicada, como resultado de um programa
de vacinação e erradicação global.
Não escreva no livro
65
ALF RIBEIRO/SHUTTERSTOCK.COM
REPRODUÇÃO
Apoio pedagógico
Tema: Saúde
O Brasil é referência mundial
na produção de vacinas que
são aplicadas nas crianças e em
adultos. O Instituto Butantan
e a Fundação Oswaldo Cruz
são os centros de pesquisa
responsáveis pelo desenvolvimento
de novas vacinas.
Acesse os links a seguir e
conheça como funcionam e
quais são as vacinas produzidas
no país.
• Fundação Oswaldo Cruz.
Brasil é referência mundial
em produção de vacinas.
Disponível em: https://
www.canalsaude.fiocruz.
br/noticias/noticiaAberta/
brasil-e-referencia-mundial-em-producao-de-vacinas-2017-09-22.
Acesso
em: 9 jul. 2021.
• Instituto Butantan.
Como funciona a vacina?
Disponível em: https://
publicacoeseducativas.
butantan.gov.br/web/ferias-butantan-atividades/
pages/pdf/ferias-butantan-atividades.pdf.
Acesso
em: 9 jul. 2021.
• Instituto Butantan. Soros
e vacinas do Butantan.
Disponível em: https://
publicacoeseducativas.
butantan.gov.br/web/
soros-vacinas/pages/pdf/
soros_vacinas.pdf. Acesso
em: 9 jul. 2021.
65
UM POUCO DE HISTÓRIA
Habilidades
• (EF04CI07) Verificar a participação
de microrganismos
na produção de alimentos,
combustíveis, medicamentos,
entre outros.
• (EF04CI08) Propor, a partir
do conhecimento das
formas de transmissão de
alguns microrganismos
(vírus, bactérias e protozoários),
atitudes e medidas
adequadas para prevenção
de doenças a eles
associadas.
Avaliação formativa
Peça aos alunos que realizem,
em duplas, uma pesquisa
sobre duas doenças
contagiosas frequentes na
sua região.
Em páginas confiáveis da
internet e em livros, é possível
encontrar informações
sobre o agente causador
das doenças, os sintomas,
os modos de transmissão, as
formas de contágio e se há
vacina, entre outros detalhes
específicos.
Recolha a pesquisa dos alunos
e considere a qualidade
do texto científico produzido
como critério de avaliação.
Edward Jenner, o pai da vacina
Edward Jenner era médico, botânico e biólogo e viveu na Inglaterra entre
os anos de 1749 e 1823. Nessa época, a varíola era uma das doenças mais mortais
da humanidade.
O médico, que vivia na área rural, observou que mulheres que trabalhavam
ordenhando vacas desenvolviam uma forma mais fraca da varíola, conhecida como
varíola das vacas, e não contraíam a varíola humana.
Ele, então, teve a ideia de um experimento ousado.
Jenner retirou a secreção de uma das feridas de uma mulher com varíola das vacas e
inoculou em um menino de 8 anos saudável, James Phillips.
Seis semanas depois, o médico inoculou no braço do pequeno James a secreção
retirada das feridas de um homem com varíola humana. O garoto não desenvolveu a
doença, pois ele estava imunizado contra a varíola.
A descoberta do médico correu o mundo, e ele ficou conhecido como o pai
da vacina.
Crianças sendo inoculadas contra varíola com pus de vaca, séc. XVIII.
COLEÇAO PARTICULAR, BARCELONA
66 Não escreva no livro
66
ATIVIDADES
Respostas na Resolução comentada.
1. Todas as pessoas precisam ser vacinadas contra algumas doenças.
a) Como as vacinas atuam no nosso organismo?
b) É possível erradicar (eliminar) uma doença com o uso de vacina? Dê um exemplo.
2. Atualmente a raiva humana tem sido transmitida por morcegos. Explique por que isso vem
acontecendo.
3. Não há vacina contra a leishmaniose, por isso o Ministério da Saúde dá três orientações para
evitar que a doença chegue às pessoas. Dentre essas orientações, qual você acredita ser a mais
difícil de ser atendida? Por quê?
4. Sobre as frieiras nos pés, responda:
a) O que as causa?
b) Como podemos evitá-las?
5. Dois amigos conversavam sobre a importância das vacinas, no caminho para a escola.
Um deles afirmava que:
• As vacinas são um tratamento contra doenças.
E o outro dizia:
• As vacinas estimulam o organismo a produzir defesas contra as doenças.
Com qual deles você concorda? Por quê?
6. Construa uma tabela como a do modelo a seguir. Considerando os elementos da primeira
coluna, complete a segunda escrevendo o microrganismo associado.
Produtos ou doenças
queijo gorgonzola
etanol
tétano
sapinho
leishmaniose
raiva
Microrganismo associado
Resolução
comentada
1. a) As vacinas atuam diretamente
na prevenção de
doenças. Elas estimulam
o organismo a produzir
sua própria proteção.
b) Quando as pessoas se
tornam imunes, protegidas,
a doença para de ser
transmitida. Isso ocorreu
com a erradicação da varíola
em 1977. A eliminação
global da transmissão
do vírus da varíola
foi um marco na história
da saúde pública.
2. Isso vem ocorrendo por
causa do desmatamento.
Os morcegos silvestres se
aproximam das cidades
porque as matas estão
sendo destruídas e eles
estão perdendo o seu
habitat natural.
3. Fazer a eutanásia em cães
com diagnóstico positivo
para leishmaniose visceral
para evitar o aparecimento
de casos em humanos: essa
recomendação é a mais difícil
porque as pessoas têm
grande afeto por seus animais
de estimação e ter de
sacrificá-los é doloroso.
6.
Produtos ou doenças
queijo gorgonzola
etanol
tétano
sapinho
leishmaniose
raiva
Microrganismo associado
fungo
fungo
bactéria
fungo
protozoário
vírus
Não escreva no livro
67
4. a) As frieiras são causadas
por fungos.
b) Secando muito bem
os dedos dos pés e deixando
os pés livres, sem
calçados, durante um
determinado período de
tempo todos os dias.
5. Espera-se que os alunos
concordem com a segunda
afirmação. As vacinas
previnem doenças, pois
estimulam a produção de
anticorpos que protegem o
organismo da doença. Elas
não são um tratamento.
67
CIÊNCIAS EM AÇÃO
Habilidades
• (EF04CI07) Verificar a participação
de microrganismos
na produção de alimentos,
combustíveis, medicamentos,
entre outros.
• (EF04CI08) Propor, a partir
do conhecimento das
formas de transmissão de
alguns microrganismos
(vírus, bactérias e protozoários),
atitudes e medidas
adequadas para prevenção
de doenças a eles
associadas.
Apoio pedagógico
Os objetivos dessa atividade
são: salientar que
materiais como a fruta e o
papelão são decompostos
mais rapidamente – devido
à ação dos microrganismos
decompositores – do que o
ferro e o plástico; incentivar
os alunos a usar materiais
que trazem o menor prejuízo
possível ao ambiente depois
de serem descartados; incentivar
o consumo de produtos
que tenham embalagens
recicláveis ou biodegradáveis;
incentivar o consumo
consciente.
A atividade pode ser realizada
pelo tempo que você
desejar, pois alguns materiais
não sofrerão degradação
perceptível no período destinado
às observações. Por
outro lado, um maior tempo
de observação permitirá que
os alunos vejam a decomposição
da fruta, por exemplo.
68 68
Atividade preparatória
Decompositores e o ambiente
Você viu que muitos fungos e bactérias são decompositores. Eles degradam os restos
de todos os tipos de seres vivos (plantas, animais etc.). Nesse processo, ocorre a devolução
para o ambiente de substâncias simples, como água, gás carbônico e sais minerais.
Nesta atividade, o seu grupo vai testar alguns materiais para descobrir quais são
decompostos rapidamente e quais demoram mais tempo para se desfazer no ambiente.
Muitos materiais que usamos no dia a dia não são biodegradáveis, isto é, não são
decompostos pelos seres vivos.
Conhecer os materiais que se decompõem mais rapidamente na natureza é
importante para que possamos escolher melhor os produtos que consumimos, evitando
aqueles que agridem a natureza.
A conscientização do nosso papel em relação à preservação do ambiente natural só
é possível quando conhecemos os fatores que interferem no processo de decomposição e
que materiais permanecem no ambiente por muito tempo.
Antes de começar a atividade, converse com seu grupo.
Todos os materiais em contato com o solo demoram o mesmo tempo para se
transformar? Discuta com seu grupo a respeito de quanto tempo os seguintes objetos
levam para se desfazer no solo:
• 1 prego pequeno;
• 1 pedaço de fruta;
• 1 pedaço de papelão;
• 1 pedaço de plástico;
• 1 pedaço de osso.
AYKUT ERDOGDU/SHUTTERSTOCK
Não escreva no livro
Prepare-se para a realização da atividade com uma consulta em páginas confiáveis
da internet de forma a conhecer os tempos de decomposição dos materiais que serão
testados. O tempo de decomposição se deve ao local onde o material foi descartado, pois
as condições do solo (umidade, temperatura, tipos de minerais etc.) alteram o tempo de
decomposição dos resíduos descartados.
Uma alternativa ao descarte do resíduo sólido que é produzido na comunidade é o
retorno do material para a cadeia produtiva, ou seja, a reciclagem.
SERGEJ RAZVODOVSKIJ/
SHUTTERSTOCK
THAMKC/SHUTTERSTOCK
LUCIE LANG/SHUTTERSTOCK
BW FOLSOM/SHUTTERSTOCK
68
Materiais
• 1 frasco de vidro transparente de
boca larga com tampa (frasco com
mais de 500 mL de capacidade);
• água;
• terra de jardim;
• 1 prego pequeno comum;
• colher grande;
Organize o trabalho
• 1 pedaço de papelão (4 cm x 4 cm);
• 1 pedaço de fruta sem semente
(mamão, maçã, banana ou outra);
• 1 pedaço de plástico de uma
garrafa PET (4 cm x 4 cm);
• 1 osso pequeno de galinha (pode
ser osso que foi assado ou cozido).
A. Com uma colher ou outro utensílio, coloque terra de jardim (camada
superficial do solo, sem planta viva) no frasco de vidro. Deixe um espaço de
2 cm a 3 cm entre a terra de jardim e a tampa do frasco.
B. Enterre o papelão, a fruta, o prego, o osso e o plástico próximo à lateral do
vidro, de maneira que você possa observá-los. Os objetos não devem ficar
encostados uns nos outros. Eles devem ser espalhados uniformemente na
lateral do frasco.
C. Coloque água na terra para que ela fique bem molhada, porém, sem deixar
muita água no fundo do frasco.
D. Com a ajuda de um adulto, faça alguns furos na tampa e feche o frasco. Se a
tampa for de plástico, tome cuidado para que ela não rache na hora de fazer
os furos.
E. Coloque o frasco em local arejado e iluminado. Molhe a terra sempre que ela
estiver seca.
Verifique a aparência dos materiais a cada 2 dias e anote as alterações que perceber
neles. Você poderá tirar uma fotografia a cada semana para ilustrar as transformações dos
materiais. Realize as observações durante o maior tempo possível.
Comunicação
Faça um relatório baseado nas observações que o grupo anotou e ilustre com
desenhos ou fotografias.
Lembre-se de incluir no relatório: a descrição das alterações de cada um dos
materiais testados; a conclusão a que o grupo chegou, considerando os resultados
obtidos; e a relação dos materiais que mais sofreram alteração.
Apresente o trabalho do seu grupo à turma.
Sugestão de
encaminhamento
Oriente os alunos na realização
da atividade, na coleta
de informações e na anotação
dos resultados. A preparação
do relatório demanda
organização, e a autonomia
dos alunos é desenvolvida
durante a Educação Básica. É
possível que os grupos precisem
de incentivos: lembre-
-os de observar a condição
dos materiais que estão no
frasco com terra.
Oriente os alunos no preparo
dos frascos de boca larga.
Provavelmente você precisará
de uma pinça ou de
outro objeto para ajeitar os
materiais na lateral do vidro.
É importante que o material
fique bem visível para facilitar
a observação dos alunos.
Quanto mais húmus tiver
a terra de jardim, melhores
serão os resultados.
Você deve fazer os furos
nas tampas dos vidros para
que os alunos não tentem
fazê-los sozinhos. Você pode
usar um prego aquecido para
furar as tampas plásticas.
Não escreva no livro
6969
Apoio pedagógico
Os materiais que as pessoas
geralmente descartam
têm diversas origens.
Alguns são orgânicos, como
ossos, restos de frutas e verduras
e outros alimentos.
Outros materiais são inorgânicos,
como vidro, ferro
e plásticos diversos – e seu
tempo de degradação no
ambiente no ambiente é
longo.
Os materiais orgânicos
são decompostos por seres
vivos. Já o ferro sofre uma
transformação química provocada
pelo oxigênio e pela
água que estão em contato
com ele (oxidação do ferro
– ferrugem). Existem muitos
tipos de plásticos e alguns
demoram mais de 100 anos
para serem degradados
no ambiente. O vidro é um
material que demora centenas
de anos para sofrer
degradação.
Avaliação formativa
Use os relatórios e as apresentações
dos grupos para
avaliar o desempenho de
cada aluno na atividade.
69
CONCLUSÃO DA UNIDADE 1
A ficha a seguir é um modelo que deve ser copiado e ampliado para que o avanço da aprendizagem dos alunos seja registrado
de modo claro e objetivo.
FICHA DE MONITORAMENTO DA APRENDIZAGEM
Objetivos Aluno 1 Aluno 2 Aluno 3 Aluno 4 Aluno 5 ...
Capítulo 1 – Produtores e
consumidores
1. Diferencia animais pelo tipo de alimentação.
2. Identifica características que definem um ser vivo
como produtor ou como consumidor.
3. Conhece de forma simplificada o processo da
fotossíntese.
4. Compreende a importância das plantas nas
cadeias alimentares.
5. Interpreta textos que descrevem relações entre os
seres vivos e construir cadeias alimentares.
6. Compreende o caminho da energia na natureza.
Capítulo 2 – Decompositores
7. Conhece o processo de decomposição.
8. Compreende o ciclo da matéria na natureza
9. Relaciona o ciclo da matéria com o fluxo de
energia na natureza.
10. Reconhece fungos e bactérias por meio de
imagens.
11. Relaciona a produção de húmus com a presença
de fungos e bactérias no solo.
12. Discute o impacto ambiental do desmatamento.
Capítulo 3 – Os microrganismos
13. Conhece a ação de fungos e bactérias na
produção de alimentos como queijos e pães, entre
outros.
14. Conhece os modos de contágio, sintomas e
prevenção de algumas doenças causadas por
microrganismos.
15. Identifica hábitos de higiene importantes para
evitar doenças.
16. Compreende a importância da vacinação.
P S I P S I P S I P S I P S I
P = Objetivo atingido plenamente S = Objetivo atingido satisfatoriamente I = Aproveitamento insatisfatório
69
A
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 2
ÁGUA: MISTURAS E TRANSFORMAÇÕES
Nesta unidade, os alunos conhecerão algumas propriedades físicas observáveis de materiais presentes no cotidiano e classificarão
misturas homogêneas e heterogêneas. Por meio de atividades experimentais, separarão componentes de misturas
diversas e observarão transformações reversíveis, como mudanças de estados físicos da matéria, e transformações não reversíveis
provocadas por diversos fatores, como o aquecimento. Na unidade anterior, os alunos viram que os alimentos podem sofrer
transformações quando expostos a condições inadequadas de conservação, como temperaturas elevadas, que favorecem a proliferação
de microrganismos. Aqui, vamos aprender a reconhecer algumas evidências de transformações químicas em situações
do cotidiano, como produção de gás, mudança de cheiro, cor e consistência, entre outras.
QUADRO DE OBJETIVOS PEDAGÓGICOS
Conteúdos e habilidades
da BNCC associadas
Cap. 4 – Misturas
(EF04CI01) Identificar misturas
na vida diária, com base em suas
propriedades físicas observáveis,
reconhecendo sua composição.
Objetivos Páginas Pré-requisitos
1. Reconhecer alguns seres vivos como indicadores da qualidade da
água.
2. Verificar que a variação da temperatura altera o tempo de
dissolução de um soluto.
3. Reconhecer se uma mistura é homogênea ou heterogênea.
73
75/76
79/80-88
Capacidade de realizar
atividades em grupo.
Cap. 5 – Transformações da
matéria
(EF04CI02) Testar e relatar
transformações nos materiais do dia a dia
quando expostos a diferentes condições
(aquecimento, resfriamento, luz e
umidade).
Cap. 6 – Transformações no dia
a dia
(EF04CI03) Concluir que algumas
mudanças causadas por aquecimento
ou resfriamento são reversíveis (como
as mudanças de estado físico da água) e
outras não (como o cozimento do ovo, a
queima do papel etc.).
4. Reconhecer a capacidade de dissolução da água no nosso dia a dia. 77/78
5. Analisar resultados e dados obtidos experimentalmente. 80/81
6. Construir um eletroímã e avaliar a vantagem dele no transporte de
material magnetizável.
85-87 – 89-100
7. Conceituar transformações reversíveis e não reversíveis. 91 a 94 - 100
8. Comparar e identificar transformações químicas e transformações
físicas de materiais.
9. Reconhecer transformações reversíveis e não reversíveis no dia a dia.
10. Elaborar hipóteses sobre o melhor método para realizar a
separação de componentes de uma determinada mistura.
11. Compreender a importância de procedimentos de controle de
variáveis em atividades experimentais.
92 – 94/95
98/99 - 101
90
105/106 - 111 a 113
12. Identificar transformações que evidenciam reações químicas. 103/104 – 107-109
13.Verificar que a variação da temperatura altera o tempo de uma
reação química.
110-113
Capacidade de reconhecer tipos
de misturas.
Capacidade de coletar
informações a partir de
atividades experimentais.
Registrar informações.
B 70
Apoio pedagógico
A água é essencial para a
vida de todos os seres vivos.
Suas propriedades físicas e
químicas permitem a ocorrência
de fenômenos meteorológicos
e bioquímicos. A
circulação (ciclo hidrológico)
desse solvente universal na
natureza e sua abundância
determinam a manutenção
de biomas complexos como
a Floresta Amazônica, enquanto
a sua escassez interfere
na paisagem de biomas
como os desertos.
Nesta unidade, vamos conhecer
um pouco mais sobre
algumas características e propriedades
da água. O tema
“água” pode ser trabalhado
em muitas disciplinas com
diferentes enfoques e não
se esgotará nessa unidade. A
abrangência desse tema permite
que você o aborde na
sala de aula de modo transversal
e durante todo o ano.
Os objetivos pedagógicos
serão apresentados no início
de cada capítulo.
2
ÁGUA:
MISTURAS E
TRANSFORMAÇÕES
Habilidades
(EF04CI01) Identificar
misturas na vida diária, com
base em suas propriedades
físicas observáveis, reconhecendo
sua composição.
(EF04CI02) Testar e relatar
transformações nos materiais
do dia a dia quando
expostos a diferentes condições
(aquecimento, resfriamento,
luz e umidade).
(EF04CI03) Concluir que
algumas mudanças causadas
por aquecimento ou resfriamento
são reversíveis (como
as mudanças de estado físico
da água) e outras não (como
o cozimento do ovo, a queima
do papel etc.).
A Terra é considerada o “planeta água”. A maior
parte da superfície do planeta é coberta pela
água dos oceanos. Iceberg na Antártida.
Atividade complementar
Leia para os alunos o texto extraído do livro Água no Século XXI: enfrentando a escassez e
converse com eles, valorizando a essência da mensagem do texto: a importância da água
para a sobrevivência do ser humano, para as florestas e para a cultura de muitos povos.
Desde os primórdios da vida no planeta Terra e da história da espécie humana (Homo sapiens), a água
sempre foi essencial. Qualquer forma de vida depende da água para sua sobrevivência e/ou para o seu
desenvolvimento.
[...]
70
CUBE AND LIVE/SHUTTERSTOCK
Sugestão de
encaminhamento
Explore com os alunos a
imagem de abertura dessa
unidade. Peça que identifiquem
os principais elementos
da imagem: um iceberg,
isto é, um bloco de gelo flutuando
em águas do continente
Antártico. Os icebergs
são blocos de água doce
formados a partir de neve
compactada.
PARA EXPLORAR
Respostas na Resolução comentada.
1. A água é a substância mais abundante do nosso
planeta. Apesar disso, ela é considerada um
recurso escasso para o uso humano. Por quê?
2. A água salgada dos oceanos é própria para o
consumo da população?
Resolução
comentada
1. Espera-se que os alunos
digam que, apesar de ser
um recurso abundante,
somente uma pequena
parcela da água do planeta
está disponível para
o uso humano. Em geral,
diversas substâncias estão
misturadas à água.
2. Espera-se que os alunos
digam que a água salgada
dos oceanos não
é própria para o consumo
humano. Para que a
água possa ser consumida,
normalmente é necessário
um tratamento
prévio.
A água é o que nutre as colheitas e florestas, mantêm a biodiversidade e os ciclos no planeta e produz
paisagens de grande e variada beleza. Muitas religiões batizam seus fiéis na água. Para os índios [indígenas]
Kogi da Colombia, os três elementos principais no começo da vida são a mãe, a noite e a água. Onde não há
água não há vida. As grandes civilizações do passado e do presente sempre dependeram de água doce para
sua sobrevivência e desenvolvimento cultural e econômico. A água doce é, portanto, essencial à sustentação
da vida, e suporta também as atividades econômicas e o desenvolvimento.
José Galizia Tundizi. Água no século XXI: enfrentando a escassez. São Paulo: Rima, IIE, 2003. p. 1.
71
Apoio pedagógico
As páginas 72 e 73 oferecem
um momento de reflexão
sobre a relevância da
água como elemento natural
essencial para a vida, servindo
também de alerta sobre a
contaminação de corpos de
água (represas, rios, lagos e
poços) devido à atividade
humana. Após a leitura do
texto na seção Jornada do
saber, pergunte aos alunos:
Como podemos identificar
se uma porção de água está
contaminada? Espera-se
que surjam respostas como:
O mau cheiro, a coloração,
a turbidez, o excesso de resíduos
visíveis e a presença
de animais (insetos, larvas
etc.) podem ser indícios da
qualidade da água.
Habilidade
• (EF04CI01) Identificar misturas
na vida diária, com
base em suas propriedades
físicas observáveis, reconhecendo
sua composição.
Objetivos
• Reconhecer alguns seres
vivos como indicadores da
qualidade da água.
• Verificar que a variação da
temperatura altera o tempo
de uma reação química.
• Reconhecer tipos de misturas:
heterogêneas e
homogêneas.
• Reconhecer a capacidade
de dissolução da água no
nosso dia a dia.
• Analisar resultados
e dados obtidos
experimentalmente.
• Construir um eletroímã e
avaliar a vantagem dele
no transporte de material
magnetizável.
4
A água disponível na natureza nem sempre é adequada para o consumo humano.
Mesmo que a água pareça limpa aos nossos olhos, ela pode conter substâncias nocivas e
microrganismos causadores de doenças.
A maior parte da água dos rios e dos lagos, por exemplo, não é apropriada para beber ou
preparar alimentos, pois pode conter um grande número de seres vivos, além de esgoto, agrotóxicos
e outras substâncias que prejudicam a saúde.
Vista do lago do Parque do Ibirapuera, em São Paulo (SP), 2021.
Giardia lamblia visto ao microscópio óptico, parasita causador da doença giardíase, transmitido por meio de ingestão de água contaminada.
72 Não escreva no livro
Atividade complementar
Misturas
Leia o texto complementar e discuta com os alunos as possíveis dúvidas e o significado
de termos desconhecidos. De modo complementar ao texto da página anterior, explique
que, apesar de a água ser um líquido essencial para a vida, ela pode ser contaminada
pela atividade humana, tornando-se imprópria para o consumo ou outros usos.
Embora dependam da água para a sobrevivência e para o desenvolvimento econômico, as sociedades
humanas poluem e degradam este recurso, tanto as águas superficiais quanto as subterrâneas. A diversificação
dos usos múltiplos, o despejo de resíduos líquidos e sólidos em rios, lagos e represas e a destruição da
D. KUCHARSKI K. KUCHARSKA/SHUTTERSTOCK
THIAGO LEITE/SHUTTERSTOCK
72
JORNADA DO SABER
Conhecer os seres que vivem nas águas de rios e lagos pode ser a diferença
entre ficar ou não doente. Leia o texto a seguir.
Está limpo? Ou poluído? Quem vive no rio responde!
[…]
Em nascentes, onde a água brota livre de lixo e de esgotos, vivem pequenos
animais muito sensíveis à poluição. Esses organismos são considerados
indicadores de águas limpas, de boa qualidade. Se os encontramos em um rio,
isso indica que, provavelmente, não há poluição ali e podemos tomar banho
sem medo. Afinal, esses seres vivos apenas sobrevivem em lugares com essa
característica.
Em rios sujos, que recebem grande quantidade de esgoto, por outro lado,
vivem, em geral, apenas animais resistentes à poluição. Por essa razão, esses
organismos são considerados indicadores de má qualidade da água. Onde existe
grande número deles o melhor é não tomar banho.
[…]
Marcos Callisto; Juliana França. Está limpo? Ou poluído? Quem vive no rio responde! Ciência Hoje das Crianças, ano 19, n. 170, jul. 2006. Rio de
Janeiro: SBPC. Disponível em: http://labs.icb.ufmg.br/benthos/index_arquivos/pdfs_pagina/CienciaHjCriancas.pdf. Acesso em: 1 jul. 2021.
Coliforme é um tipo de microrganismo indicador de água poluída
por esgoto. Imagem obtida por microscópio eletrônico. Aumento de
183 vezes.
• Cite duas ações humanas que podem fazer a água de um rio ficar poluída.
Resposta na Resolução comentada.
Para saber se a água de um riacho está poluída, podemos examiná-la pelo microscópio e
ver que tipos de organismos existem na amostra. Porém, mesmo usando o microscópio, não é
possível saber se a água está ou não contaminada com substâncias nocivas.
SPL RF/LATINSTOCK
Não escreva no livro
da área alagada e das matas de galeria têm produzido contínua e sistemática deterioração e perdas extremamente
elevadas em quantidade e qualidade da água. Como a água escoa, se não houver mecanismos de
retenção na superfície – naturais e artificiais, tais como lagos, represas, florestas –, perdem-se quantidades
enormes e diminuem-se as reservas. Isso também ocorre nos aquíferos subterrâneos cujas reservas são
recarregadas pela cobertura vegetal natural.
José Galizia Tundizi. Água no século XXI: enfrentando a escassez. São Paulo: Rima, IIE, 2003. p. 1.
10 cm
A barata d'água é um inseto indicador de água limpa.
O macho procura locais na água com bastante oxigênio
para o desenvolvimento dos seus filhotes.
73
WIKIMEDIA COMMONS
Tema: Saúde
Sugestão de
encaminhamento
Leia o texto com os alunos
e dê o significado das palavras
que eles não conhecem.
Explique que os indicadores
biológicos são importantes
para identificar se há necessidade
da ação dos agentes
de saúde em corpos de
água, prevenindo, assim, futuras
contaminações.
Peça aos alunos que digam
o que compreenderam
do texto dessa seção. Você
pode pedir que, em duplas,
os alunos conversem sobre
o que foi lido. Assim, pode
haver uma aprendizagem
colaborativa na medida em
que ocorrem trocas de opiniões
sobre o texto.
Informe aos alunos que a
água que está na natureza
é uma mistura de diversas
substâncias e que contém
microrganismos. A maioria
desses microrganismos é
inofensiva para o ser humano
(EF04CI01).
Resolução
comentada
Os alunos poderão citar
várias possibilidades de
poluição de um curso de
água. É provável que a realidade
do município em que
a escola se situa influencie
as respostas por exemplo,
esgoto sem tratamento lançado
no rio, enxurrada que
leva a sujeira das ruas para
o rio, restos de plantações
e dejetos de animais, restos
de adubação e defensivo
agrícola.
73
A água e as misturas
Apoio pedagógico
As páginas 74 a 78 compõem
uma unidade didática
cujo conteúdo científico
é uma das propriedades da
água: solvência.
A capacidade da água em
dissolver muitas substâncias
é vivenciada cotidianamente
pelas pessoas. A água dissolve
açúcares, sais, concentrados
de frutas, adoçantes,
achocolatados e muitas outras
substâncias.
Procure conduzir as próximas
aulas de modo a evidenciar
a relação ao assunto
dessa unidade didática, dando
especial atenção à atividade
prática (Mãos à obra).
Essa atividade permite que
os alunos desenvolvam aspectos
do fazer científico,
como controle de variáveis,
interpretação de resultados
experimentais e proposição
de conclusões a partir de dados
experimentais.
A água é uma substância essencial à vida. Todos os seres vivos têm água em sua composição,
inclusive o ser humano. Parte da água que existe no nosso corpo é eliminada principalmente pela
urina e pelo suor. É por isso que precisamos beber água, para repor a que perdemos.
Diferentemente dos animais, as plantas perdem água pelas folhas, mas também precisam repor
essa água para sobreviver.
ALEXEI_TM/SHUTTERSTOCK
OLESYA BOLTENKOVA/SHUTTERSTOCK
Os seres vivos
consomem e
perdem água.
Habilidade
• (EF04CI01) Identificar misturas
na vida diária, com
base em suas propriedades
físicas observáveis, reconhecendo
sua composição.
A saliva, o suor e a urina dos animais são líquidos formados
por água e outras substâncias.
Quando duas ou mais substâncias diferentes estão juntas,
elas formam uma mistura. O ar, a água do mar, o aço e o solo são
exemplos de misturas.
74
Não escreva no livro
Folha de
morangueira
perdendo água.
Aço: mistura feita de ferro, um
pouco de carvão e outros materiais
em pequena quantidade.
74
TROCANDO IDEIAS
Observe as imagens a seguir. Os copos contêm: água com óleo, água do mar e água pura.
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
• Converse com seus colegas e discutam: é possível perceber qual desses copos
contém somente água pura? Espera-se que os alunos identifiquem somente o copo
que contém a mistura de óleo e água. Não é possível,
visualmente, reconhecer qual dos copos está com água
do mar e qual está com água pura.
Algumas substâncias, como o sal e o açúcar, parecem desaparecer quando são misturadas à
água. Quando isso acontece, dizemos que as substâncias se dissolveram na água. Portanto, o açúcar
e o sal são solúveis em água.
Outras substâncias, como a areia e a farinha, não se dissolvem na água. Isso significa que eles
são insolúveis em água.
1. Suponha que uma pessoa coloque em quatro copos com água uma colher de sal, uma colher
de açúcar, uma colher de areia e uma colher de farinha de trigo – cada substância em um copo
– e misture.
• Converse com seus colegas e desenhe em seu caderno como deve ficar a aparência das
misturas de cada um dos copos. Produção pessoal.
Resolução comentada
Água + açúcar.
• Compare os desenhos que você fez com os dos colegas. Todos são semelhantes?
Não escreva no livro
1. Após a discussão em grupo, os alunos devem desenhar no caderno como eles esperam que
fique cada copo. Os desenhos deverão mostrar que a água dos copos com açúcar e com sal
continua transparente e sem depósito no fundo; a água do copo com areia deverá estar turva
(dependendo da pureza da areia utilizada) e com um depósito no fundo; no copo com farinha,
a água também deverá estar turva.
VITALS/SHUTTERSTOCK
M.BONOTTO/SHUTTERSTOCK
VIOLETKAIPA/SHUTTERSTOCK
75
Sugestão de
encaminhamento
Os alunos não terão dificuldade
em identificar a mistura
de óleo e água, porém
poderão não distinguir os
conteúdos dos outros dois
copos (água do mar e água
pura). Muitas substâncias se
dissolvem na água e não é
possível reconhecer a mistura
visualmente: é preciso
realizar testes para fazer a
distinção.
Converse com os alunos
a respeito das diferenças visuais
das misturas. Pergunte
a eles se conhecem misturas
diferentes que tenham
o mesmo padrão visual.
Por exemplo, água com sal
e água com açúcar têm a
mesma aparência, apesar de
serem misturas diferentes.
Sugestão de
encaminhamento
A atividade de desenhar
a aparência de misturas conhecidas
a partir da memória
valoriza o conhecimento
prévio e a experiência de
vida dos alunos. Acompanhe
o desenvolvimento da atividade
enquanto eles realizam
os desenhos e questione-os
sobre aspectos da aparência
das misturas representadas.
Por exemplo, se algum alunos
não desenhar a farinha
ou a areia depositadas no
fundo dos copos, peça a ele
que reflita sobre suas experiências
pessoais e explique
o seu desenho.
Utilize os relatos e desenhos
dos alunos para conduzir
a aula, lembrando-se
dos objetivos pretendidos
no bimestre.
75
Uma condição para a dissolução de substância sólida
Habilidade
• (EF04CI01) Identificar misturas
na vida diária, com
base em suas propriedades
físicas observáveis, reconhecendo
sua composição.
Apoio pedagógico
Em Química, solução é
uma mistura homogênea na
qual as moléculas presentes
se movimentam livremente.
Para formar uma solução é
necessário que pelo menos
duas substâncias estejam envolvidas.
Uma delas é o solvente,
enquanto as demais
são os solutos. O soluto é
qualquer substância dissolvida
no solvente. No dia a dia,
convivemos com soluções
aquosas, ou seja, soluções
em que o solvente é a água.
Gases também se dissolvem
na água por exemplo, os peixes
respiram o gás oxigênio
que está dissolvido na água.
Algumas substâncias se dissolvem na água em pouco tempo, enquanto outras demoram para
se dissolver.
Alguns fatores interferem na velocidade e na quantidade do material que pode ser dissolvido
em uma certa quantidade de água. Um desses fatores é a temperatura.
TROCANDO IDEIAS
Converse com os colegas e escreva a opinião de vocês a respeito da seguinte
questão:
• O açúcar se dissolve melhor em água morna ou em água fria? Como você pode
resolver essa questão?
A. CARLÍN/ M10
A questão proposta pode ser respondida com a realização de um experimento. Mas
atenção: cuidado ao manusear os materiais; e siga as orientações do professor. Ao final da
atividade, deixe o espaço limpo e organizado.
Reúna-se em grupo e mãos à obra!
76
Não escreva no livro
Atividade preparatória
Para a realização da atividade experimental, providencie uma garrafa térmica com
água morna e uma com água gelada. A água em temperatura ambiente pode estar em
uma jarra. Se a atividade ocorrer na sala de aula, providencie também um balde para o
descarte das misturas de água e açúcar, além de folhas de papel toalha para enxugar as
mesas caso haja derrame de água.
Na atividade experimental realizada, a massa de soluto e o volume de solvente (água)
é sempre a mesma, porém a temperatura do sistema é variável. O objetivo é que os
alunos avaliem qualitativamente a velocidade da solubilidade do açúcar em água em
temperaturas diferentes.
76
MÃOS À OBRA
Teste de dissolução
Reúna-se com o seu grupo para fazer o teste.
Materiais
• 3 copos de plástico rígido transparentes;
• 9 colheres de chá de açúcar;
• 1 xícara de café (cerca de 50 mL) para servir de medida;
• água morna, água gelada e água à temperatura ambiente;
• 1 colher de chá para mexer as misturas;
• etiquetas para identificação dos copos.
Como fazer
A quantidade de açúcar que se dissolve em água morna é a mesma que
se dissolve em água gelada?
A. Coloque os três copos sobre a mesa ou bancada e, com as etiquetas, identifique-os: água
morna, água fria e água gelada.
B. Coloque uma xícara de café (50 mL) de água morna, de água à temperatura ambiente
e de água gelada em cada um dos copos. É importante que os volumes de água sejam
iguais.
C. Coloque três colheres de açúcar em cada um dos copos. É importante que a quantidade de
açúcar colocada em cada um dos copos seja igual.
A.CARLÍN/ M10
Sugestão de
encaminhamento
Uma possível dificuldade
ao realizar essa atividade
experimental é o controle
das quantidades de soluto
(açúcar) e de solvente (água)
que devem ser colocados em
cada um dos copos. Você
deve procurar padronizar a
quantidade de açúcar a ser
usada em cada copo, pois
assim os estudantes perceberão
a importância do
controle experimental em
Ciências da Natureza. O objeto
científico a ser estudado
é a relação entre a variação
da temperatura do solvente
e a rapidez de dissolução do
soluto.
Em temperatura ambiente,
a água é capaz de dissolver
certa quantidade de açúcar.
Quando a capacidade de dissolução
de açúcar é atingida,
ocorre a deposição de açúcar
sólido no fundo do recipiente.
No caso de uma mistura
saturada de água e açúcar,
o aumento da temperatura
faz com que a capacidade de
dissolução da água aumente,
isto é, permite que uma
quantidade maior de açúcar
seja dissolvida.
Não escreva no livro
77
77
Habilidade
• (EF04CI01) Identificar misturas
na vida diária, com
base em suas propriedades
físicas observáveis, reconhecendo
sua composição.
Apoio pedagógico
A quantidade máxima de
soluto (açúcar) que pode ser
dissolvida em um certo volume
de solvente (água) é influenciada
pela temperatura.
Em um experimento controlado,
deve-se construir um
gráfico a partir de dados coletados
em condições mais
precisas. O rigor no controle
de uma bateria de tubos de
ensaio com volumes idênticos
de água, massa idênticas
de açúcar e com variação de
temperatura de 1º C entre
cada um dos tubos de ensaio
permite uma coleta de
dados mais rigorosa. Neste
caso, a variação da temperatura
é o fator variável.
Avaliação formativa
Neste momento, você pode
fazer uma avaliação sobre o
tema solvência. Uma discussão
sobre a atividade experimental
estruturada a partir
de questões orientadoras
pode dar elementos avaliativos
sobre a aprendizagem
dos alunos. A tabela da atividade
5 pode ser usada como
parte dessa avaliação.
D. Mexa a água dos copos da mesma forma, isto é, misture a solução dos copos com a
mesma intensidade. Observe o que acontece.
1. O açúcar se dissolveu mais rapidamente no copo com água
Resultados e conclusões morna, enquanto os copos com água à temperatura ambiente
e água gelada estão com açúcar depositado no fundo.
1. Depois de um tempo, em qual dos copos o açúcar se dissolveu mais rapidamente?
2. É possível perceber em qual dos copos há maior quantidade de açúcar sem dissolver?
2. O copo com água gelada tem maior quantidade de açúcar depositada no fundo.
3. Por que as quantidades de água e de açúcar devem ser iguais nos três copos?
3. Para que os resultados observados na atividade possam ser comparáveis. A única variável no
4. Converse com o grupo e escreva a conclusão do teste realizado. experimento deve ser a
4. Os estudantes devem concluir que o açúcar se dissolve mais temperatura da água.
rapidamente em água morna do que em água fria ou gelada.
A água pode dissolver uma grande quantidade de substâncias, por isso ela é chamada
de solvente universal. Já as substâncias que se dissolvem em líquidos são chamadas,
genericamente, de solutos. Quando a capacidade de dissolução da água é atingida, ocorre a
deposição do excesso do soluto no fundo do recipiente.
Na atividade realizada anteriormente, o soluto é o açúcar e o solvente é a água.
Agora que você sabe que a água é um solvente e que o açúcar se dissolve nela, discuta
com o seu grupo e complete a tabela a seguir.
5. Copie a tabela no caderno. Inclua mais duas misturas que vocês conheçam e, em grupo,
façam uma lista dos solventes e solutos de cada uma delas.
78
Não escreva no livro
Atividade complementar
MISTURAS SOLVENTES SOLUTOS
água
água salgada água
água
sal
água e álcool
água e tinta guache
álcool
tinta
guache
Para tornar o experimento mais atraente e mais preciso, você pode usar uma balança
digital de cozinha para medir a massa de açúcar. Três colheres de chá bem cheias de
açúcar refinado correspondem a aproximadamente 12 a 15 g. A balança dará maior rigor
à massa de soluto usada. Um termômetro (digital, infravermelho ou de líquido colorido)
também poderá ser utilizado.
Se a montagem experimental for deixada por muitas horas, o açúcar de todos os
copos se dissolverá.
78
Tipos e separação de misturas
Você já viu que algumas substâncias se dissolvem na água e outras não. Por exemplo, o óleo
não se dissolve na água, por isso é possível distinguir as duas substâncias quando misturadas.
Quando conseguimos reconhecer porções diferentes na mistura dizemos que ela é heterogênea.
Na mistura de água e álcool, não é possível diferenciar as substâncias, porque o álcool se
dissolve na água.
Quando a aparência da mistura é uniforme, dizemos que ela é homogênea.
FRENNET STUDIO/SHUTTERSTOCK
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
Apoio pedagógico
As páginas 79 a 83 compõem
uma unidade didática
cujos temas são: tipos
de misturas e separação de
misturas heterogêneas.
Apresente aos alunos o significado
etimológico das palavras
“homogênea” (homo:
igual, semelhante) e “heterogênea”
(hetero: diferente).
Com essas informações, será
mais fácil nomear as misturas
que serão apresentadas
a seguir.
Água e óleo é uma mistura heterogênea.
Água e álcool é uma mistura homogênea.
Resolução
comentada
Espera-se que os alunos
digam que é possível
separar as duas misturas.
Oralmente, eles devem explicar
como fariam a separação
dos componentes. A
água com areia poderia ser
filtrada, enquanto a água com
sal poderia ser evaporada.
TROCANDO IDEIAS
Converse com os colegas e respondam: é possível separar a água misturada com a
areia? E a água misturada com o sal? Resposta na Resolução comentada.
Não escreva no livro
79
Atividade preparatória
Na próxima aula (Mãos à obra, página 80), os alunos realizarão uma atividade experimental
relativa ao tema “Separação de misturas”. Oriente-os antecipadamente em relação
à organização da atividade.
Em seguida, decida com eles quem será o responsável por trazer os materiais que serão
utilizados. O pote de plástico (ou assadeira) será utilizado apenas para que a evaporação
da água ocorra mais rapidamente.
A areia de construção deve ser lavada e colocada em uma vasilha com água. Mexa a mistura
e retire a água, mantendo a areia limpa no fundo da vasilha. Faça esse procedimento
2 ou 3 vezes. Espalhe a areia em um plástico limpo e espere que a água evapore. Depois
de seca a areia pode ser colocada em um pote para ser usada em outras atividades.
79
MÃOS À OBRA
Separação de misturas
Habilidade
• (EF04CI01) Identificar misturas
na vida diária, com
base em suas propriedades
físicas observáveis, reconhecendo
sua composição.
Apoio pedagógico
A atividade experimental
sugerida tem como objetivos:
fazer misturas utilizando
água como solvente; observar
a solubilidade do sal em
água; e realizar a separação
dessa mistura.
Quando uma substância
é solúvel em água, como
ocorre com o sal de cozinha,
é comum os alunos afirmarem
que “o sal desaparece
na água”. Estimule e reforce
o uso do termo dissolver,
que deve substituir o termo
desaparecer. A dissolução é
um fenômeno importante
no qual uma ou mais substâncias
(os solutos) se misturam
de maneira homogênea
com o solvente. A areia, ao
contrário do sal, não se dissolve,
mas decanta (vai para
o fundo do copo) depois que
a mistura entra em repouso.
A separação dos componentes
dessa mistura é feita
utilizando métodos diferentes.
Para separar a areia da
mistura, a filtração é eficiente;
porém, para recuperar o
sal, é necessário que a água
evapore.
Sugestão de
encaminhamento
Incentive os alunos a discutir
e opinar a respeito dos
problemas propostos na atividade:
É possível separar a
areia que foi misturada na
água salgada? E a porção
de sal que foi misturada à
água? O ideal é que os alunos
sugiram a filtração e a
evaporação como métodos
Nesta atividade, o seu grupo vai realizar um experimento para responder às seguintes
questões: é possível separar a areia que foi misturada à água salgada? E a porção de sal que foi
misturada à água?
Materiais
• 2 copos de plástico transparentes;
• 1 funil de plástico;
• 1 filtro de papel para coar café;
• água;
• 1 colher de sobremesa de sal;
• 2 colheres de sobremesa de areia lavada.
Como fazer
A. Coloque água até a metade de um dos copos. Adicione a areia lavada e o sal à água.
B. Misture com a colher e aguarde.
80
de separação dos componentes
da mistura.
O sal permanece dissolvido
na água do copo mesmo
após a filtração e pode ser
separado da água pela evaporação.
A mistura de água
e sal que está no copo pode
ser colocada em um recipiente
largo e raso e deixada
para evaporar em local bem
ventilado.
1. A areia foi para o fundo do copo
e o sal se dissolveu na água.
1. O que você observou?
2. Essa é uma mistura
homogênea
ou heterogênea?
É uma mistura heterogênea.
3. O que você faria para separar
a areia que está misturada com
a água?
3. Os alunos poderão
sugerir mais de uma
maneira: entornar a
água em outro copo
sem deixar a areia cair;
filtrar a mistura com
uma peneira muito
fina, pano, filtro de
papel, entre outras.
Não escreva no livro
Atenção
Não leve a mistura de água,
sal e areia à boca!
A. CARLÍN/ M10
80
C. Coloque o filtro de papel no funil e posicione-o sobre o copo vazio. Mexa bem a
mistura e faça a filtração.
D. Aguarde até que toda a água da mistura passe pelo filtro de papel.
Mistura de água,
sal e areia
4. A filtração é um método eficiente para separar a areia que está misturada com
água? Por quê? Sim, porque na filtração a areia fica retida no filtro de papel.
5. A filtração é um método eficiente para recuperar o sal que está na mistura? Por quê?
Não, porque o sal dissolvido na água não fica retido no filtro.
6. O que pode ser feito para recuperar o sal que está na mistura? Discuta em grupo e
apresentem a solução ao professor. Resposta na Resolução comentada.
7. É possível realizar o que seu grupo propôs? Em caso
positivo, execute o que foi sugerido. Resposta pessoal.
Atividade complementar
Líquido filtrado
8. Nesta atividade, quem é o soluto, o solvente e o
componente insolúvel?
Atenção
O sal recuperado não deve
ser utilizado para consumo.
Aproveite as questões propostas na atividade para estimular a escrita dos alunos. A
capacidade de escrever de maneira clara e concisa é uma habilidade que deve ser desenvolvida
desde cedo. Se desejar, peça que cada grupo entregue as respostas em uma folha
à parte e utilize-as como uma das avaliações do percurso da aprendizagem dos alunos.
A. CARLÍN/ M10
Funil
A água é o solvente, o sal é o soluto e a areia é o
componente insolúvel.
Não escreva no livro
Filtro de papel
81
Apoio pedagógico
Uma possível dificuldade
para os alunos será a identificação
de alguns fatores que
interferem na evaporação da
água. Alguns fatores físicos
envolvidos nesse processo
são: área de exposição do
solvente, temperatura ambiental,
umidade relativa do
ar e ventilação.
A evaporação da água vai
concentrar a solução salina
até a saturação, e os cristais
de sal se formarão no fundo
do recipiente. Deixar o recipiente
com a solução salina
em um local bem ventilado
e, se possível, exposto ao Sol
vai acelerar a evaporação da
água. A umidade relativa do
ar é um dos fatores mais importantes
para aumentar a
velocidade da evaporação
da água: quando o ar está
seco e quente, a evaporação
da água ocorre mais rapidamente
do que em ambientes
úmidos.
O tempo de evaporação
da água será, portanto, variável.
Deixe o recipiente em
local de fácil acesso para que
os alunos possam examiná-
-lo sempre que desejarem.
Resolução
comentada
6. Espera-se que os alunos
sugiram deixar a água
evaporar, expondo a
mistura ao ar livre e à luz
solar. O sal ficará no fundo
do recipiente depois
que a água evaporar.
Eles poderão sugerir que,
para recuperar o sal, basta
deixar a “água secar”. Essa
linguagem é comum no
dia a dia.
81
Habilidade
• (EF04CI01) Identificar misturas
na vida diária, com
base em suas propriedades
físicas observáveis, reconhecendo
sua composição.
Apoio pedagógico
No dia a dia, muitas vezes
usamos diferentes métodos
de separação de materiais –
por exemplo, catação, filtração
e peneiração. Estimule
os alunos a relatar situações
cotidianas em que esses métodos
são utilizados.
• Usar um escorredor para
separar a água do macarrão
cozido e peneirar ervas
que foram usadas para fazer
um chá são exemplos
de peneiração.
• Coar café para separar o
pó da água quente e separar
o ar com poeira que
passa pelo aspirador de pó
por meio de um filtro são
exemplos de filtração.
• Separar as peças de um jogo
para guardá-las organizadamente
e separar os materiais
escolares (lápis, canetas, borrachas
de apagar etc.) que
estão misturados na mochila
são exemplos de catação.
Separando outras misturas
A filtração pode ser utilizada para separar um material sólido que não se dissolve na água de
outro material líquido, enquanto a evaporação é usada para recuperar uma substância sólida que
foi dissolvida.
Existem diversas formas de separar misturas de materiais sólidos. Sempre que você separa as
peças de diversos jogos que estão misturados ou os pedriscos e grãos estragados de um pacote de
feijão cru, você está fazendo uma catação.
Separar os grãos ruins e as pedrinhas dos grãos de feijão que serão cozidos é um exemplo de catação.
Com a utilização de uma peneira – peneiração –, é possível separar dois componentes sólidos
de tamanhos diferentes. Os menores passam pela malha da peneira e os maiores ficam retidos.
82
Na peneiração, os componentes maiores da mistura ficam retidos na peneira.
Não escreva no livro
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
82
2. Observe as imagens a seguir.
Pregos.
Areia e pedriscos.
• Suponha que pregos sejam misturados com areia e pedriscos
em uma caixa. Se você recebesse a tarefa de separar os pregos da
areia e dos pedriscos, como faria essa separação? Discuta com os
colegas.
Talvez você já tenha usado ou brincado com um ímã. O ímã é uma peça metálica que tem a
propriedade de atrair, principalmente, objetos de ferro.
Para separar objetos ou restos de ferro que estão misturados com outros materiais, podemos
utilizar um ímã. Esse método de separação é chamado de separação magnética e é muito utilizado
em centros que coletam materiais para reciclagem.
Um ímã pode ser utilizado para separar materiais feitos de ferro.
ADRIAN SWINBURNE/SHUTTERSTOCK
Não escreva no livro
Pedrisco: pedra pequena
usada em construções.
FOTOMCFLY/SHUTTERSTOCK
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
83
Sugestão de
encaminhamento
Você pode tornar a aula
mais interativa solicitando
que os alunos citem exemplos
de experiências pessoais
relativas a misturas heterogêneas
que conhecem e
digam como poderiam fazer
para separar os seus diversos
componentes. Estimule
os alunos a considerar misturas
de coisas que estão em
uma gaveta ou pote – por
exemplo, tipos de roupas,
ferramentas, objetos metálicos
e de outros materiais,
alimentos etc.
Em seguida, pergunte como
resolveriam a situação proposta
no texto: Como separariam
os componentes de uma
mistura de areia, pedriscos,
pregos e parafusos?
Permita que os alunos façam
as sugestões e comentem a
viabilidade de realização de
cada proposta apresentada.
Avaliação formativa
Neste momento, você pode
apresentar uma situação em
que os alunos devem escrever
o que aprenderam sobre tipos
de misturas e alguns processos
de separação dos componentes
de misturas heterogêneas.
Peça aos alunos que
escrevam, no caderno ou
em uma folha à parte, o que
aprenderam ao realizar a atividade
da seção Mãos a obra:
“Separação de misturas”. No
texto, os alunos expressarão
o que aprenderam sobre
ciências e demonstrarão sua
capacidade de se expressar
por meio da escrita.
83
UM POUCO DE HISTÓRIA
Habilidade
• (EF04CI01) Identificar misturas
na vida diária, com
base em suas propriedades
físicas observáveis, reconhecendo
sua composição.
Sugestão de
encaminhamento
O texto da seção Um pouco
de história pode ser usado
para aprimorar a fluência
oral da turma. Peça a alguns
alunos que leiam cada um
dos parágrafos do texto.
Com isso, você consolidará
o trabalho realizado em anos
anteriores, ampliando o vocabulário
e desenvolvendo
leitores autônomos.
Lançar para a classe questões
relativas ao texto pode
dar um panorama sobre o nível
de leitura e de compreensão
dos alunos. As perguntas
podem exigir que eles localizem
e retirem informações
explícitas do texto e interpretem
e relacionem o tema com
aspectos da sua vida pessoal.
Por exemplo: Essa história da
descoberta do ímã natural
pode ser confirmada? Vocês
conhecem algum aparelho
que contenha ímãs na sua
composição?
A descoberta do ímã
Não há registros precisos que
indiquem quando a propriedade
magnética de algumas rochas foi
observada pela primeira vez. Conta-se
que há mais de 2 500 anos, na região
de Magnésia, na Grécia Antiga, foram
encontradas rochas de ferro que tinham
a capacidade de atrair outros objetos
de ferro. Essa propriedade de atração
recebeu o nome de magnetismo.
A magnetita, nome dado a um
mineral magnético, é um ímã natural.
Hoje, os ímãs são utilizados
em diversos equipamentos. Um
desses equipamentos é o aparelho
de ressonância magnética, que
produz imagens do interior do corpo
humano. Os computadores também
apresentam ímãs no seu interior.
CIÊNCIAS
LIVRO
• Magnetismo
Autor: Philippe Nessmann
Editora: Companhia Editora Nacional
Ano: 2007
A magnetita é um mineral magnético.
Aparelho de ressonância magnética.
Há muitos ímãs ao nosso redor: nos gravadores, nos motores elétricos, nos alto-falantes do
rádio… Mas você sabe como fabricar um ímã? Por que eles atraem o ferro e não o vidro?
Como funciona uma bússola? Esses são alguns dos temas tratados no livro.
SFAM_PHOTO/SHUTTERSTOCK BRECK P. KENT/SHUTTERSTOCK
DIVULGAÇÃO
84
Não escreva no livro
Atividade complementar
Os fenômenos magnéticos atraem a curiosidade dos estudantes. Aproveite o momento
para trazer textos, vídeos ou imagens relativos ao tema. Além do texto proposto nesta
página, você pode selecionar vídeos ou apresentar situações em que o magnetismo
seja o tema central – por exemplo, aparelhos médicos, eletroímãs, motores elétricos etc.
História do Magnetismo
Hoje em dia nós sabemos que os efeitos elétricos e magnéticos estão diretamente
relacionados, mas nem sempre foi assim.
O magnetismo já era conhecido desde as civilizações antigas. Tales, de Mileto, na Grécia
já conhecia os efeitos de atração e repulsão de uma pedra de um tipo de óxido de ferro.
Essa pedra recebeu o nome de magnetita (conhecida popularmente como ímã), pois
84
O magnetismo e a eletricidade
Estudando a eletricidade, os cientistas perceberam que
havia uma relação entre esta e o magnetismo. O conhecimento
do efeito dos ímãs naturais e da eletricidade permitiu o
desenvolvimento de equipamentos como geradores de energia
elétrica e motores elétricos. Além disso, foi possível criar um
equipamento elétrico que ajuda a separar objetos e pedaços de
ferro de outros materiais, chamado eletroímã.
TROCANDO IDEIAS
O eletroímã de sucata é um equipamento
utilizado no transporte e remoção de sucatas
em pátios de obras, por exemplo.
Reúna-se com o seu grupo e discutam como resolver o
problema descrito a seguir.
Uma pessoa que separa materiais para reciclagem percebeu
que muitos objetos de ferro estão misturados a outros resíduos
recicláveis. Ela deseja enviar para uma siderúrgica os pregos,
os parafusos, as porcas e outros pedaços de ferro que foram
descartados pela população.
Siderúrgica:
indústria que produz
chapas, peças de
ferro, entre outros.
JANTSARIK/SHUTTERSTOCK
DVANDE/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Ouça as sugestões dos
alunos após a discussão da
questão proposta. Espera-se
que apareçam, pelo menos
duas sugestões: catar os materiais
de ferro manualmente
ou utilizar um ímã para
atraí-los.
Pode ser que alguns alunos
já tenham ouvido falar
em eletroímã e essa sugestão
apareça nas discussões
dos grupos.
A sugestão de pegar o material
com a mão apresenta
um problema: os pedaços
de objetos de ferro podem
ser cortantes e provocar acidentes
ou estarem contaminados.
O uso de um grande
ímã também não é eficiente,
pois os objetos ficariam
presos ao ímã, e as pessoas
teriam dificuldades em “desgrudá-los”
dele.
Diga aos alunos que eles
vão produzir um instrumento
capaz de fazer essa separação
de modo eficiente e
sem contato manual com os
materiais.
Transportador em instalações modernas de processamento de materiais para reciclagem.
• Que sugestões o seu grupo poderia dar para separar, de modo rápido e seguro, os
objetos de ferro que estão misturados a outros materiais?
Espera-se que os alunos sugiram: catar o material de ferro com as mãos ou utilizar um
ímã para atraí-lo.
Não escreva no livro
85
existiu um pastor grego chamado Magnes que percebeu que as pedras grudavam em
seu cajado de ferro.
Também existem registros de que a civilização chinesa já utilizava a bússola desde o
século III A.C., e que os chineses já sabiam magnetizar o aço através de imãs naturais,
mas não existia teoria que explicasse o fenômeno.
Na Grécia Antiga também era conhecido o fato de que ao se atritar um pedaço de
âmbar com o [pelo] de algum animal esse adquiria a propriedade de atrair pequenas
partículas de pó ou pequenos pedaços de plumas. O âmbar é uma resina fóssil translúcida
e amarela derivada de um pinheiro antigo que já não existe mais.
[...]
Vinicius isola. A história do eletromagnetismo. Campinas: Unicamp, 2003. Disponível em: http://www.
ifi.unicamp.br/~lunazzi/F530_F590_F690_F809_F895/F809/F809_sem1_2003/992558ViniciusIsola-RMartins_F809_RF09_0.pdf.
Acesso em: 14 jun. 2021.
85
MÃOS À OBRA
Habilidade
• (EF04CI01) Identificar misturas
na vida diária, com
base em suas propriedades
físicas observáveis, reconhecendo
sua composição.
Apoio pedagógico
A mistura de cascalho, preguinhos
(clipes metálicos) e
botões pequenos (e/ou clipes
plásticos) deve ser aproximadamente
igual, isto é, um
terço do volume da mistura
deve ser de cada um dos
componentes (cascalho, ferro
e plástico).
Sugestão de
acompanhamento
O fenômeno observado
(transformação da bobina
em ímã temporário) ocorre
enquanto a corrente elétrica
gerada pela pilha (bateria)
passa pelo fio de cobre que
envolve o núcleo de ferro
(prego). Após a interrupção
da corrente elétrica, o efeito
magnético cessa, e os preguinhos
se soltam da bobina.
É comum acontecer um
efeito residual e algum preguinho
continuar ligado ao
núcleo do eletroímã.
Como atrair objetos de ferro sem usar um
ímã natural?
O seu grupo precisa atrair pequenos pedaços de ferro que estão
misturados a pedaços de plástico, pedriscos e pedaços de tecidos sem usar
um ímã natural. Será que é possível realizar essa tarefa?
Materiais
• 1 punhado de cascalho pequeno lavado;
• 1 punhado de pregos pequenos ou de clipes de metal;
• 1 punhado de pedaços de plástico (botões, clipes plásticos);
• 1 pilha grande de 1,5 volts;
• 1 prego grande (com pelo menos 8 cm de comprimento);
• fita adesiva;
• 2 pregadores de roupa;
• meia folha de jornal ou outro papel usado;
• 80 cm de fio de cobre esmaltado de 1 mm de diâmetro, aproximadamente;
• 1 lixa de unha.
Como fazer
A. Pegue o prego grande e
enrole nele o fio de cobre
esmaltado de modo que
sobre cerca de 20 cm de
fio em cada extremidade
do prego. O resultado será
uma bobina.
B. Com a lixa de unha, raspe
2 cm de cada ponta do
fio de cobre. Dessa forma,
o esmalte é retirado dessas
partes do fio.
Bobina: fio de cobre esmaltado, enrolado
em torno de um suporte ferromagnético.
Trecho de
fio raspado
(sem esmalte)
Atenção
O volume desse material
misturado deve caber
em um copo.
A. CARLÍN/ M10
Bobina (fio
de cobre enrolado
no prego)
86
Não escreva no livro
Atividade preparatória
Você pode providenciar a mistura a ser utilizada na atividade e distribuir para os grupos
na hora da aula. Providencie também um pedaço de lixa de unha para cada grupo e o
fio de cobre esmaltado. Assim, evita-se o desperdício de materiais.
Os grupos poderão trazer os demais materiais necessários para a atividade. O fio de
cobre esmaltado é encontrado em casas que vendem material elétrico/eletrônico ou
em oficinas que fazem manutenção e conserto de eletrodomésticos. Os motores elétricos
têm uma bobina em cujo centro há material ferromagnético (geralmente de ferro)
envolvido com fio de cobre esmaltado. O esmalte, nesse caso, tem a mesma função da
capa de plástico que envolve os fios elétricos usados nas instalações elétricas das casas,
ou seja, servir de material isolante da corrente elétrica.
Lembre-se de que os fios de cobre sem a proteção do esmalte não servem para a produção
de eletroímãs e que o prego precisa ser de ferro (prego comum) – ele não pode ser de alumínio.
86
C. Fixe a pilha em uma das
extremidades da mesa com fita
adesiva. Faça uma dobra em uma
das extremidades raspadas do fio e
prenda-a, com fita adesiva, no polo
negativo (−) da pilha.
D. Coloque a mistura de preguinhos,
cascalho e plástico sobre a folha de
papel de jornal e deixe-a próximo
à pilha.
E. Com um dos pregadores de roupa,
segure a bobina. Com o outro
pregador, um de seus colegas deve
segurar a ponta livre do fio de cobre.
F. O colega deve ligar a ponta livre do
fio de cobre ao polo positivo (+) da
pilha, enquanto você aproxima a
bobina da mistura que está sobre a
folha de jornal.
Polo negativo
Polo positivo
G. Após observar alguma alteração na mistura de cascalho,
preguinhos e plástico, desencoste o fio do polo positivo
da pilha.
1. O que você observou? Resposta na Resolução comentada.
O que o seu grupo construiu é um eletroímã. Ele só funciona
como ímã quando está ligado à pilha, isto é, quando há corrente
elétrica passando pela bobina.
Atenção
Para que a pilha não
descarregue com rapidez,
o fio de cobre não deve
ficar ligado ao polo positivo
por mais do que alguns
segundos.
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
Resolução
comentada
1. Enquanto os dois polos
da pilha estavam ligados
ao fio, a bobina atraiu os
preguinhos da mistura.
Quando um dos lados do
fio foi desligado da pilha,
os preguinhos deixaram
de ser atraídos e caíram
sobre a folha de jornal.
2. Uma das vantagens é que
as pessoas não precisam
retirar manualmente os
objetos de ferro de uma
mistura, o que diminui
o tempo do processo de
separação.
H. Use o seu eletroímã mais algumas vezes até que todos os preguinhos sejam separados
da mistura que está sobre a folha de jornal.
2. Qual é a vantagem de usar um eletroímã no lugar de um ímã comum para fazer a
separação de objetos de ferro que estão misturados com outros materiais?
Resposta na Resolução comentada.
Os materiais atraídos pelos ímãs são chamados de materiais magnéticos. Usando
um ímã, você pode reconhecer, entre os objetos ao seu redor, os que são formados por
materiais magnéticos.
Não escreva no livro
87
Atividade complementar
Existem diversos vídeos disponíveis em páginas da internet que tratam dos efeitos
de eletroímãs. Motores elétricos – como os de liquidificadores, batedeiras, furadeiras
etc – funcionam graças ao magnetismo produzido por um eletroímã. O vídeo disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=q08n7tdBllo (acesso em: 12 jul. 2021) mostra
um eletroímã industrial em funcionamento. Esse vídeo é útil para ilustrar o fenômeno
trabalhado na seção Mãos à obra desta página e apresenta uma situação que ocorre em
diversas indústrias que trabalham com materiais de ferro.
87
ATIVIDADES
Habilidade
• (EF04CI01) Identificar misturas
na vida diária, com
base em suas propriedades
físicas observáveis, reconhecendo
sua composição.
1. Uma pessoa estava fazendo uma caminhada em um parque e ficou com sede. Ela viu um
pequeno riacho de água transparente que parecia limpo. É aconselhável que a pessoa beba
essa água? Resposta na Resolução comentada.
2. Suponha que a água do riacho seja levada para um laboratório e examinada ao microscópio. O
exame confirma a presença de muitos coliformes. O resultado indica que a água do riacho está
ou não poluída? Por quê? Resposta na Resolução comentada.
Apoio pedagógico
As atividades podem ser
realizadas em sala de aula,
com consulta ao livro texto
e o seu auxílio, ou podem ser
feitas como tarefa de casa.
Estimule a habilidade de escrita
dos alunos e revise as
páginas dos cadernos onde
as respostas das atividades
foram dadas.
Os temas do capítulo podem
suscitar vários questionamentos
por parte dos alunos.
Procure consultar textos
sobre o assunto para ter mais
suporte na hora de respondê-los
em sala de aula.
As atividades podem ser
usadas como elemento para
compor as avaliações de
aprendizagem que são realizadas
durante o processo
de ensino.
3. Analise as imagens a seguir.
A
Tempero para salada.
D
VANILLAECHOES/SHUTTERSTOCK
B
Copo com suco.
AFRATTON/SHUTTERSTOCK
ADAM GILCHRIST/SHUTTERSTOCK
E
C
Salada de frutas.
BAIBAZ/SHUTTERSTOCK
PHOVOIR/SHUTTERSTOCK
Massa de bolo.
Vidro colorido.
• Quais imagens indicam que a mistura é homogênea? B – D – E
• Quais imagens indicam que a mistura é heterogênea? A – C
88
Resolução comentada
1. Não. Embora a água pareça limpa, ela não é potável. Toda água da natureza é uma mistura e
pode conter microrganismos. Pode ser que a água do riacho esteja contaminada ou contenha
seres vivos causadores de doenças.
2. Com base no resultado do exame da água ao microscópio, podemos dizer que ela está poluída,
pois a presença de uma grande quantidade de coliformes indica contaminação por esgoto.
88
4. Imagine que você tenha ido fazer compras e, ao voltar para casa, percebeu que algumas
embalagens estavam rasgadas e o milho de pipoca, o arroz e o feijão se misturaram. De que
forma você separaria essa mistura? Para separar essa mistura, o ideal seria fazer uma catação.
5. Observe a imagem a seguir. Nela vemos um guindaste retirando ferro da estrutura de um
prédio que foi demolido.
• Qual é o método de separação utilizado para retirar o ferro da mistura do material do prédio
demolido? Resposta na Resolução comentada.
6. Imagine que você ganhou um carrinho de brinquedo que parece ser de ferro. Qual teste pode
ser feito para verificar se o carrinho é mesmo de ferro? Resposta na Resolução comentada.
7. Seu colega o convidou para realizar um experimento para testar se a temperatura da água
interfere na dissolução do açúcar. O esquema a seguir representa as condições do teste.
Água a 20 ˚C
4 colheres de açúcar
Água a 5 ˚C
2 colheres de açúcar
Água a 37 ˚C
3 colheres de açúcar
• O plano experimental proposto pelo seu colega permite que ele conclua se a temperatura
da água interfere na capacidade e no tempo de dissolução do açúcar? Por quê?
Resposta na Resolução comentada.
89
A. CARLÍN/ M10
JAROUS/SHUTTERSTOCK
Resolução
comentada
5. É o método de separação
magnética. Esse guindaste
tem um ímã temporário
(eletroímã) que atrai
os pedaços de ferro que
estão no entulho.
6. Materiais que contêm ferro
são atraídos por ímãs.
Pode-se, então, aproximar
o ímã do carrinho e verificar
se ele é atraído. Vale
ressaltar que, se o brinquedo
for atraído pelo
ímã, ele pode ser tanto
de ferro como de outro
material magnético – por
exemplo, níquel.
7. Não é possível concluir
se a temperatura da água
interfere na rapidez e na
capacidade de dissolução
do açúcar porque,
embora as temperaturas
da água sejam diferentes
em cada copo, as quantidades
de açúcar (soluto)
não são iguais. Isso
significa que são duas
condições diferentes sendo
testadas ao mesmo
tempo (quantidade de
açúcar e temperatura),
e não apenas a variável
temperatura.
Atividade complementar
O texto apresenta mais uma situação industrial do uso do magnetismo em mineradoras e na separação de materiais de
ferro em empresas que separam o material de coleta de resíduos urbanos (lixo).
Onde se aplica a separação magnética
[...]
A separação magnética é utilizada em uma área específica do processamento de minérios, focando-se no refinamento
dos minérios, trabalhando com a concentração ou purificação dessas substâncias. A separação magnética também auxilia
em outros setores, como na reciclagem, separando o metal do lixo comum. Na indústria, costuma-se usar as seguintes
ferramentas para realizar esse tipo de atividade: polias motrizes magnéticas, ímãs suspensos, grades magnéticas e tambores
magnéticos para realizar a separação dos metais. [...]
Marcos Lopes. Separação magnética no beneficiamento mineral. Técnico em Mineração. 31 ago. 2014. Disponível em: https://tecnicoemineracao.
com.br/separacao-magnetica-beneficiamento-mineral/. Acesso em: 14 jun. 2021.
89
90
Habilidades
• (EF04CI02) Testar e relatar
transformações nos materiais
do dia a dia quando
expostos a diferentes condições
(aquecimento, resfriamento,
luz e umidade).
• (EF04CI03) Concluir que
algumas mudanças causadas
por aquecimento ou
resfriamento são reversíveis
(como as mudanças
de estado físico da água)
e outras não (como o cozimento
do ovo, a queima
do papel etc.).
Objetivos
• Conceituar transformações
reversíveis e não
reversíveis.
• Comparar e identificar
transformações químicas
e transformações físicas de
materiais.
• Reconhecer transformações
reversíveis e não reversíveis
no dia a dia.
• Elaborar hipóteses sobre o
melhor método para realizar
a separação de componentes
de uma determinada
mistura.
Apoio pedagógico
O início deste capítulo retoma
um dos temas trabalhados
no capítulo anterior.
Converse com os alunos a
respeito da situação descrita
no Trocando ideias, na qual
o conhecimento científico
(método de separação de
misturas) é usado para resolver
um problema cotidiano.
Dessa forma, o estudo de
Ciências da Natureza passa
a ser mais valorizado, pois
os conteúdos e habilidades
desenvolvidos nas aulas de
Ciências se mostram úteis no
dia a dia. Muitas outras situações
serão apresentadas aos
90
5
No capítulo anterior, você estudou
algumas formas de separar materiais misturados.
Catação, peneiração e filtração são alguns
métodos utilizados para separar componentes
de uma mistura. Há casos em que a separação
é fácil, mas em outros pode ser bem difícil.
Imagine que você está ajudando a preparar
um bolo. Por engano, misturou amendoim picado
à farinha de trigo. Para fazer o bolo conforme a
receita, o amendoim precisa ser retirado.
TROCANDO IDEIAS
alunos e as explicações científicas
possíveis nesse momento
da Educação Básica
serão oferecidas.
As páginas 91 a 99 correspondem
a uma unidade didática
cujo conteúdo abrange
a compreensão e a aplicação
dos conceitos de transformações
reversíveis e transformações
não reversíveis dos
materiais do dia a dia.
Transformações
da matéria
Respostas na Resolução comentada.
Converse com o seu grupo e respondam às questões.
1. Que método de separação de mistura pode ser usado para retirar o amendoim
da farinha?
É fácil separar os ingredientes dessa mistura. Observe a imagem a seguir.
2. E se, em vez do amendoim, o sal tivesse sido acrescentado à farinha de trigo?
Seria fácil fazer a separação dos ingredientes?
Não escreva no livro
Resolução comentada
Mistura de farinha de trigo e amendoim picado.
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
Peneiração da mistura de farinha e amendoim.
1. Espera-se que os alunos sugiram a peneiração como um
método viável para separar os dois ingredientes.
2. Espera-se que os alunos respondam que não seria fácil fazer
a separação, porque os dois ingredientes formariam uma
mistura homogênea.
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
Transformações irreversíveis
Os ingredientes para fazer um bolo são misturados antes de ele ser assado. Na massa de bolo
crua há ovos, farinha, açúcar, fermento, margarina e leite (ou outro líquido), entre outros. Depois de
misturados, os ingredientes se tornam uma mistura homogênea e sua separação não é mais possível.
Mesmo que não seja mais possível separar os ingredientes da massa de bolo, eles continuam
sendo farinha, açúcar, fermento, leite, ovos e margarina.
Depois que a massa vai ao forno, ela se transforma em bolo, e os ingredientes se transformam
em um novo material.
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
AFRATTON/SHUTTERSTOCK
Ingredientes necessários para fazer um bolo.
Massa de bolo antes de ir ao forno.
A massa crua se transformou em bolo após ir ao forno.
Não escreva no livro
91
Atividade complementar
É possível que as imagens da página suscitem nos alunos a vontade de fazer o bolo
representado. Se a escola dispuser de instalações adequadas e seguras, você poderá
preparar uma aula diferente e fazer um bolo. Assim, os alunos terão a oportunidade de
observar na prática as transformações que ocorrem no processo de mistura e cozimento
da massa.
Caso você resolva realizar essa atividade, peça a ajuda de outro profissional da escola
(professor ou funcionário) e certifique-se de que todas as condições de segurança sejam
observadas. É necessário estar atento para evitar acidentes com a utilização dos utensílios.
Não permita que os alunos manuseiem o forno. Reforce as instruções com relação
à higiene necessária durante a preparação de alimentos, que inclui a limpeza do local,
dos utensílios e equipamentos e das mãos.
91
Habilidades
• (EF04CI02) Testar e relatar
transformações nos materiais
do dia a dia quando
expostos a diferentes condições
(aquecimento, resfriamento,
luz e umidade).
• (EF04CI03) Concluir que
algumas mudanças causadas
por aquecimento ou
resfriamento são reversíveis
(como as mudanças
de estado físico da água)
e outras não (como o cozimento
do ovo, a queima
do papel etc.).
1. Considerando o que você conhece e o que já aprendeu, responda no seu caderno às questões
a seguir:
A massa era pastosa, com cheiro e gosto
a) Como era a massa do bolo antes de ir ao forno? característicos.
b) Como ficou a massa depois de assada?
O bolo cresceu, mudou de consistência e o cheiro e o gosto também mudaram.
2. Reúna-se com o seu grupo e analisem as imagens a seguir.
1
Etapas da preparação de uma omelete.
ALEXUSSK/SHUTTERSTOCK
2
DHODI SYAILENDRA/SHUTTERSTOCK
3
EVGENIYA68/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Alguns estudantes poderão
apresentar dificuldade
para identificar as transformações
representadas nas
sequências das imagens.
Caso você perceba insegurança
dos alunos, proponha
novas questões e exemplos
de transformações que acontecem
no dia a dia.
1
SMILESTUDIO/SHUTTERSTOCK
2
PHONLAMAI PHOTO/SHUTTERSTOCK
3
PHONLAMAI PHOTO/SHUTTERSTOCK
Sugestão de
encaminhamento
Peça aos alunos que interpretem
o que está representado
nas duas sequências
de imagens. Pergunte para
a turma que fator é responsável
pelas mudanças ocorridas
nos ovos e no papel. Os
alunos deverão reconhecer
que o aquecimento (aumento
da temperatura) foi o responsável
pelas transformações irreversíveis
representadas nas
imagens (EF04CI03).
Etapas da queima de um papel.
Os ovos têm consistência líquida, cor amarela-clara e cheiro de cru.
a) Quais são as características dos ovos?
b) Como ficou a omelete pronta? A omelete ficou sólida, com cheiro
característico e cor amarela-escura.
c) Como ficou o papel depois de queimado?
O papel transformou-se em cinzas.
92 Não escreva no livro
Atividade complementar (1)
Você pode fazer uma leitura coletiva do texto a seguir e explicar o significado de
possíveis palavras que os alunos ainda não conheçam. Ele apresenta o conceito de transformação
irreversível a partir de uma situação comum do dia a dia. A atividade permite
que você perceba o nível e a desenvoltura de leitura dos alunos. Sempre que possível,
estimule os alunos que apresentarem alguma dificuldade a ler em voz alta textos diversos
para outras pessoas.
Transformações irreversíveis
[...]
Os processos irreversíveis são aqueles que só podem ser executados em um sentido,
sem que haja a possibilidade da manutenção do processo ao primeiro estado. Imagine
um ovo de uma ave. Imagine você faminto, querendo preparar uma pequena omelete
com apenas um ovo. Agora imagine você deixando esse ovo se espatifar no chão... Que
92
Observe que os ovos crus e o papel amassado não
permaneceram iguais depois do cozimento e da queima.
Nos dois casos, ocorreram transformações irreversíveis.
As propriedades dos materiais iniciais se modificaram após a
interação com o calor do fogão e da chama, produzindo materiais
com propriedades diferentes.
Irreversível: algo que não pode ser
revertido; não há possibilidade de
retornar à condição inicial.
Muitas outras transformações são irreversíveis: a queima de combustível, o apodrecimento dos
alimentos, a transformação dos alimentos dentro do nosso corpo, entre outras.
Toda vez que um material sofre uma modificação que altera suas propriedades, ele está
sofrendo uma transformação química.
VALENTINA RAZUMOVA/SHUTTERSTOCK
AYDNGVN/SHUTTERSTOCK
O apodrecimento é uma transformação irreversível.
A ferrugem é uma transformação irreversível.
3. Respostas
possíveis: a
queima do gás
de cozinha, o
cozimento de um
ovo, a extração
das substâncias
do pó do café
(ou chá), a ação
do fermento na
massa de bolo, o
apodrecimento
dos alimentos, a
ferrugem etc.
O cozimento altera as propriedades dos alimentos, portanto, é uma
transformação irreversível.
FURYOKU/SHUTTERSTOCK
3. Escreva duas transformações irreversíveis que fazem parte do seu dia a dia.
Não escreva no livro
93
azar hein... Esse é o um tipo de evento que representa um processo irreversível: a partir
do ovo espatifado você não pode tê-lo novamente no estado “inteiro”. [...]
Daniel Schulz. Transformações termodinâmicas. Aprendizagem significativa de termodinâmica no
Ensino Médio através do estudo de máquinas térmicas como tema motivador. Porto Alegre: UFRGS/IF, 2009.
Disponível em: https://www.if.ufrgs.br/~dschulz/web/transf_termodinamicas.htm. Acesso em: 12 jul. 2021.
Atividade complementar (2)
O vídeo sugerido tem apenas 1 minuto e poderá ser usado neste ou em outro momento
da unidade didática. Ele mostra exemplos de transformações reversíveis e irreversíveis.
Aqui (página 93), ele pode aguçar a curiosidade dos alunos para o tema tratado ou, se exibido
mais adiante, pode ser considerado uma síntese dos principais conceitos estudados.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=F0BAVIVfF4o. Acesso em: 12 jul. 2021.
93
Transformações reversíveis
Habilidades
• (EF04CI02)Testar e relatar
transformações nos materiais
do dia a dia quando
expostos a diferentes condições
(aquecimento, resfriamento,
luz e umidade).
• (EF04CI03) Concluir que
algumas mudanças causadas
por aquecimento ou
resfriamento são reversíveis
(como as mudanças
de estado físico da água)
e outras não (como o cozimento
do ovo, a queima
do papel etc.).
Apoio pedagógico
Os exemplos de transformações
citados ao longo
deste capítulo dialogam com
a realidade do aluno, uma
vez que eles são frequentes
em situações cotidianas.
Você pode promover uma
troca de informações (conhecimentos)
entre os alunos,
solicitando que citem
exemplos de situações em
que acreditam ter ocorrido
uma transformação e a classifiquem
como reversível ou
irreversível. Exemplos como
a fusão do chocolate em barra,
a fervura do leite, a perfuração
ou rasgo de um tecido,
a dissolução de refresco em
pó, o derretimento de açúcar
com o uso de uma chama
(caramelo) e o derretimento
de um sorvete, entre outros,
são comuns ao dia a dia dos
alunos e representam/ilustram
os conceitos e processos
citados.
As transformações reversíveis são aquelas em que o produto final pode retornar à condição inicial.
Você já observou o que acontece com os cubos de gelo quando estão fora do congelador?
4. Converse com os colegas e observe as imagens a seguir.
Respostas na Resolução comentada.
1 2 3
a) O que está acontecendo com o conteúdo dos copos?
b) O que acontecerá se o copo 3 for colocado no congelador durante algumas horas?
5. O gelo (água sólida) que estava no congelador derreteu e se transformou em água líquida.
Colocando a água líquida no congelador, o gelo se forma novamente.
Agora, analise essa transformação reversível.
Gelo recém-retirado do
congelador
• Qual dessas setas representa o que acontece com a água quando a temperatura é muito
baixa, semelhante à temperatura de um congelador? Resposta na Resolução comentada.
6. Uma barra de chocolate foi colocada em uma tigela e aquecida em um forno de micro-ondas.
a) Nessa condição, a barra de chocolate vai sofrer algum tipo de transformação? Qual?
b) Como a transformação do chocolate aquecido pode ser revertida?
Respostas na Resolução comentada.
94 Não escreva no livro
Resolução comentada
4. a) O copo 1 contém somente gelo. No copo 2, o gelo está derretendo e se transformando em
água líquida. No copo 3, todo o gelo já derreteu, isto é, há somente água líquida.
b) Depois de algumas horas no congelador, a água do copo 3 vai se transformar novamente
em gelo.
5. A seta indicada pelo número 2.
YELLOW CAT/SHUTTERSTOCK
6. a) A barra de chocolate vai derreter; portanto, vai sofrer uma transformação reversível.
b) O resfriamento do chocolate derretido faz com que ele volte a ser chocolate sólido.
1
2
MK PHOTOGRAP55/SHUTTERSTOCK
A. CARLÍN/ M10
EVGENY KARANDAEV/SHUTTERSTOCK
Gelo derretido
(água líquida)
94
Outras transformações reversíveis acontecem na natureza e também no corpo dos seres vivos.
As panelas esquentam quando estão no fogo, porém, quando
retiradas dele, voltam à temperatura ambiente. O aquecimento
do alumínio, material das panelas, é uma transformação
reversível.
O aquecimento da areia na praia é uma transformação
reversível. Praia do Corumbau (BA), 2021.
VERESHCHAGIN DMITRY/SHUTTERSTOCK
JOA SOUZA/SHUTTERSTOCK
Quando enchemos uma bexiga, o ar fica comprimido dentro
dela. Quando a estouramos, o ar que está em seu interior
se espalha pelo ambiente. A compressão do ar é uma
transformação reversível.
O resfriamento de alimentos na geladeira é uma transformação
reversível.
ZHU DIFENG/SHUTTERSTOCK
MATKA_WARIATKA/SHUTTERSTOCK
RUL8LET/SHUTTERSTOCK
Sugestão de
encaminhamento
Converse com a classe sobre
cada um dos exemplos
de transformações reversíveis
apresentadas nesta página.
Pergunte quais dessas
situações já foram vivenciadas
pelos alunos. É provável
que algumas delas sejam
eventos corriqueiros, como
encher um balão de borracha
e perceber a mudança
de temperatura de objetos
que são retirados de uma
geladeira.
Caso você não tenha exibido
o vídeo sugerido como
atividade complementar da
página 93, este é um bom
momento para exibi-lo. O
conteúdo do vídeo traz elementos
para os alunos responderem
à questão 7.
O derretimento do ferro é uma transformação reversível.
Resposta na Resolução comentada.
7. Escreva duas transformações reversíveis que você observa no seu dia a dia.
Não escreva no livro
95
Resolução comentada.
7. Os estudantes podem responder qualquer transformação que não envolva mudança nas propriedades
dos materiais: aquecimento e resfriamento de objetos, compressão e dilatação de
objetos e gases etc.
95
CURIOSIDADE
Habilidades
• (EF04CI02) Testar e relatar
transformações nos materiais
do dia a dia quando
expostos a diferentes condições
(aquecimento, resfriamento,
luz e umidade).
• (EF04CI03) Concluir que
algumas mudanças causadas
por aquecimento ou
resfriamento são reversíveis
(como as mudanças
de estado físico da água)
e outras não (como o cozimento
do ovo, a queima
do papel etc.).
Previsão do tempo
A água circula na natureza em seus diversos estados e está em constante transformação.
A chuva que cai na terra é água proveniente das nuvens. As nuvens, por sua vez, são
formadas pela água que evaporou da terra e subiu para
a atmosfera na forma gasosa (vapor de água).
Assim, o vapor de água se transforma em água
líquida na atmosfera, formando as nuvens, e depois
volta para a terra na forma de chuva.
Quem estuda a formação das nuvens e faz a
previsão do tempo são os meteorologistas.
Previsão do tempo para o Brasil
Meteorologia: ciência que estuda
os fenômenos atmosféricos, como a
formação de nuvens e os furacões.
Com base em informações técnicas, o
meteorologista faz previsões do tempo
para os próximos dias em uma região.
BRUNO S./ M10
Apoio pedagógico
O texto da seção Curiosidade
deve chamar bastante a atenção
dos estudantes, uma vez
que trata de temas como a
formação da chuva, a previsão
do tempo, e a relação
entre a presença de nuvens e
a umidade do ar.
Os alunos precisarão de
apoio para a realização da
pesquisa sobre a previsão
do tempo na região em que
vivem. Várias páginas da internet
e aplicativos para celular
oferecem informações
meteorológicas para todas
as regiões do país. A análise
do mapa, a interpretação dos
símbolos e das legendas e a
escala devem ser apresentadas
aos alunos, porém deve-
-se considerar as dificuldades
que eles poderão enfrentar
para compreender os diversos
elementos científicos
que abrangem o assunto.
Além disso, os temas sobre
transformações atmosféricas
e representações gráficas da
previsão do tempo serão retomados
em outros anos da
Educação Básica.
O tema abordado nesta seção
também pode ser trabalhado
de forma interdisciplinar
com Matemática (escalas
e representações gráficas) e
Geografia (clima e tempo nas
diversas regiões do país).
• Pesquise na internet, aplicativo de previsão do tempo meteorológico ou em outra
fonte a previsão do tempo para os 3 próximos dias na sua cidade. Desenhe no seu
caderno a previsão para cada um dos dias.
Compare o seu desenho com os produzidos pelos seus colegas de grupo. Após a
comparação, complemente ou refaça os seus desenhos, se necessário.
96 Não escreva no livro
Atividade complementar (1)
Você pode ler com os alunos o livro Aventuras de uma gota d’água, de Samuel Murgel
Branco (Col. Viramundo, Ed. Moderna. 3ª ed. Reimpressão em janeiro de 2019).
Carolina é a personagem dessa história científica. Ela ficou muito surpresa quando uma
gotinha d’água do mar, colhida em um vidro, começou a conversar com ela.
Atividade complementar (2)
Fonte: Atlas geográfico escolar. São Paulo: IBEP, 2012.
Você pode exibir o vídeo produzido pela ANA (Agência Nacional de Águas) disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=vW5-xrV3Bq4 (acesso em: 12 jul. 2021). Ele
descreve, por meio de ilustrações e textos, o ciclo da água.
96
UM POUCO DE HISTÓRIA
A conquista do fogo
A observação e o estudo das transformações acontecem desde muito tempo atrás.
O controle do fogo há centenas de milhares de anos permitiu aos ancestrais dos seres
humanos melhorar suas condições de vida. Com o fogo foi possível aquecer os dias frios,
iluminar as noites mais escuras e afugentar animais perigosos.
O ser humano passou
a transformar os alimentos
crus em alimentos cozidos
e assados. Os alimentos
cozidos eram mais bem
conservados e a comida era
mais facilmente digerida.
Há mais ou menos 10
mil anos, surgiu um dos
principais processos de
transformação da matéria,
que mudou o modo de vida
das pessoas: a produção
de metais a partir de
minérios. Objetos de cobre,
estanho e chumbo só foram
produzidos graças ao fogo.
A conquista do fogo (1870), de Emilio Bayard. In: O homem primitivo, Louis
Figuier, 1883. Editora: Luso Brasileira.
DOMÍNIO PÚBLICO
Apoio pedagógico
Um pouco de história
Os paleontólogos e os antropólogos
estudam o processo
de formação da sociedade
humana, buscando indícios
do desenvolvimento tecnológico
e social das comunidades
antigas. Um dos momentos
mais importantes para o homem
primitivo foi o domínio
do fogo e o seu uso no dia a
dia, na cocção dos alimentos
e no processo de produção de
ferramentas metálicas. Outro
momento importante para
o desenvolvimento social da
humanidade foi a domesticação
de animais e o plantio de
culturas diversas.
Atividade complementar
Não escreva no livro
Aproveite a leitura e a discussão do texto a seguir para reforçar o quanto a cocção de
alimentos impactou o desenvolvimento do ser humano.
Gastronomia, história e tecnologia: a evolução dos métodos de cocção
[...] a tecnologia permite ao homem transformar os elementos em favor de facilitar
as tarefas diárias, racionalizando e compreendendo os procedimentos envolvidos das
mesmas. Com isso, numa tarefa diária de alimentação tanto para sobrevivência quanto
para deleite, o homem aplica conhecimentos tecnológicos desenvolvidos tacitamente ou
por meio de estudos. Desde simples utensílios de corte a sofisticados equipamentos de
cocção, todos eles são o exemplo da relação do homem com seu meio, da forma como
o homem transforma seu entorno para sua sobrevivência e conforto [...]
Mediante a evolução do domínio do fogo, o homem passou a desenvolver utensílios para
caça e cocção dos alimentos. Até o período Neolítico, estes utensílios eram rudimentares, a
JOHZIO/SHUTTERSTOCK
Ferramentas
metálicas com
mais de
5 mil anos.
97
base de pedras e madeira,
mas davam o primeiro indício
da utilização de técnicas
e equipamentos para o
domínio da transformação
do alimento. Neste período
também há dois fatores
importantes: a agricultura
e a domesticação dos
animais. Estes fatores possibilitaram
a transformação
das características do
grupo, gerando rearranjos
nas suas estruturas sociais
de organização, dividindo
o trabalho entre homens e
mulheres, para caça e plantio,
que antes era realizado
por todo o grupo durante
a caça e a coleta, de modo
que os padrões alimentares
humanos são resultantes
da relação dos homens
entre si e com a natureza.
Gabriel Furlan Coletti.
Gastronomia, história e tecnologia:
a evolução dos métodos
de cocção. Contextos
da Alimentação. São Paulo:
Centro Universitário Senac, v. 4,
n. 2, mar. 2016. Disponível em:
http://www3.sp.senac.br/hotsi-
tes/blogs/revistacontextos/wp-
-content/uploads/2016/03/56_
CA_artigo_revisado.pdf. Acesso
em: 12 jul. 2021.
97
MÃOS À OBRA
Habilidades
• (EF04CI02) Testar e relatar
transformações nos materiais
do dia a dia quando
expostos a diferentes condições
(aquecimento, resfriamento,
luz e umidade).
• (EF04CI03) Concluir que
algumas mudanças causadas
por aquecimento ou
resfriamento são reversíveis
(como as mudanças
de estado físico da água)
e outras não (como o cozimento
do ovo, a queima
do papel etc.).
Materiais
• algodão;
• 2 folhas de papel sulfite;
• 1 copo de água;
Como fazer
Transformações reversíveis e irreversíveis
Nesta atividade, você vai verificar se algumas transformações são
reversíveis ou irreversíveis.
• tinta guache de diversas cores;
• pincéis.
A. Pegue uma folha de sulfite e faça um desenho usando tinta guache e os pincéis. Deixe
secar.
B. Pegue o copo com água limpa e mergulhe o algodão. Em seguida, borrife algumas gotas
de água em uma folha de papel sulfite em branco.
C. Deixe o algodão molhado em um pires e a folha de papel sulfite sobre uma mesa da
sala de aula. Espere três dias.
ARTE
Apoio pedagógico
Esta atividade permite a
interdisciplinaridade com
Arte. Hoje, há uma grande
variedade de materiais que
permitem ao artista desenvolver
a criatividade na produção
de esculturas, pinturas
etc. A existência de tintas,
pigmentos e novos materiais
se deve, em grande parte, ao
conhecimento científico.
Tanto o sulfite quanto o
algodão têm origem vegetal.
As fibras longas e finas
que se ligam às sementes
do algodoeiro são processadas
até se transformarem em
fios para tecidos. O papel é
produzido a partir de árvores
como o eucalipto, que passam
por processos químicos
para a extração da celulose,
que é transformada em folha
de livros, cadernos etc.
D. Pesquise qual é a matéria-prima utilizada na produção do papel sulfite e outros
objetos feitos com papel, como livros, jornais e revistas. Escreva resumidamente em
seu caderno as etapas da produção do papel.
O algodão é felpudo
1. Descreva as características do algodão antes de você molhá-lo. e macio.
98
Atividade preparatória
2. Quais características o algodão apresenta após ser molhado?
O algodão deixou de ser felpudo.
Não escreva no livro
A atividade exige que você providencie um espaço adequado ou reorganize a sala de
aula. Os alunos trabalharão com água e tintas, elementos que poderão sujar mesas e
carteiras. Por isso, prepare-se: providencie uma jarra com água limpa e papel toalha ou
pano de limpeza caso seja necessário realizar a limpeza de algum mobiliário. Além desses
materiais, peça antecipadamente que os alunos tragam no dia da atividade: duas folhas
de papel sulfite, um pequeno chumaço de algodão, pincéis, tinta guache de diversas
cores e um copo plástico.
A. CARLÍN/ M10
98
4. A folha de papel sulfite em branco voltou a ter as mesmas características de
antes de ser molhada, portanto, sofreu uma transformação reversível.
3. Quais características o algodão apresentou após três dias? Que tipo de
transformação ocorreu no algodão ao ser molhado?
O algodão, depois de seco, voltou a ser felpudo. A transformação foi reversível.
4. O que aconteceu com a folha de papel sulfite em branco?
5. Pegue o desenho que você deixou secando e borrife água sobre ele. O que
aconteceu com a tinta? Espera-se que os alunos respondam que a água
manchou o desenho.
6. Essa transformação é reversível ou irreversível? É uma transformação irreversível.
7. Algumas espécies de plantas são usadas exclusivamente para a extração da celulose
7. Qual é a fonte da matéria-prima usada na produção de papel? (matéria-prima da
produção de papel). No Brasil, eucaliptos e pinheiros reflorestados são usados pelas indústrias
8. “Devemos economizar papel e enviar o que foi usado para a reciclagem.” de papel e
Você concorda com essa afirmação? Discuta com seus colegas e escreva celulose.
no caderno qual foi a conclusão a que chegaram.
8. Espera-se que os alunos cheguem à conclusão de que é importante economizar papel e
que devemos estimular a reciclagem de todo tipo de papel usado (papelão de embalagens,
revistas, cadernos etc.). Essa atitude ajuda a
reduzir a expansão de áreas de reflorestamento
de eucaliptos e pinheiros usados pela indústria de
papel e celulose.
Atividade complementar
Não escreva no livro
Você poderá montar um varal na sala de aula para expor os desenhos que foram produzidos
na atividade. Peça a ajuda dos alunos para organizar a exposição. A participação
dos alunos em atividades colaborativas é importante para o desenvolvimento do espírito
solidário. Solidariedade e empatia são algumas das atitudes cidadãs que se espera de
quem vive em sociedade.
A. CARLÍN/ M10
99
Sugestão de
encaminhamento
Conduza a atividade solicitando
que os alunos observem
as diferenças entre o
papel sulfite e o chumaço de
algodão.
Ao final da atividade (alguns
dias após a realização
da pintura), os alunos irão
observar um tipo de transformação,
a qual deverá ser
classificada como reversível
ou irreversível. Conclua a atividade
perguntando aos alunos:
Qual é a matéria-prima
do algodão e do papel?
Lembre-os de que, embora
ambos tenham origem
vegetal, as propriedades do
chumaço de algodão e do
papel são diferentes quanto
à capacidade de absorção, à
textura, à resistência ao esgarçamento
etc.
Estimule a discussão em
grupo da afirmação do item 8:
Devemos economizar papel
e enviar o que foi usado para
a reciclagem. As práticas de
economia e a reciclagem de
papel são atitudes cidadãs.
Avaliação formativa
Você pode usar a discussão
e as respostas dadas
pelos alunos às questões
propostas na atividade para
avaliar a compreensão dos
conceitos de transformação
física reversível e não reversível.
Uma atenção especial
pode ser dada ao resultado
do debate da afirmação
proposta na atividade 8,
uma vez que ela envolve a
valorização das Ciências da
Natureza e a conscientização
de uma atitude importante
para a preservação dos recursos
naturais.
99
ATIVIDADES
Habilidades
• (EF04CI02) Testar e relatar
transformações nos materiais
do dia a dia quando
expostos a diferentes condições
(aquecimento, resfriamento,
luz e umidade).
• (EF04CI03) Concluir que
algumas mudanças causadas
por aquecimento ou
resfriamento são reversíveis
(como as mudanças
de estado físico da água)
e outras não (como o cozimento
do ovo, a queima
do papel etc.).
1. Escreva no seu caderno quais das imagens indicam transformações irreversíveis.
A madeira queimando e o ovo cozido.
Madeira em chamas.
Ovo cozido.
Água fervendo.
Sorvete derretendo.
SMEILOV SERGEY/SHUTTERSTOCK
NEW AFRICA/SHUTTERSTOCK
MARC BRUXELLE/SHUTTERSTOCK
FOXYS FOREST MANUFACTURE/SHUTTERSTOCK
2. A atmosfera contém oxigênio, gás carbônico, nitrogênio, vapor de água e outros gases.
a) A atmosfera é uma mistura ou uma substância pura? A atmosfera é uma mistura de gases.
100
b) O ar é invisível, mas quando há uma ventania a poeira é arrastada pelo vento. Nessa
situação, o ar empoeirado é uma mistura homogênea ou heterogênea? Heterogênea.
3. Responda às questões a seguir.
a) Que método de separação pode ser utilizado para retirar a poeira do ar?
Pode ser feita uma filtração do ar empoeirado. O filtro segura a poeira e deixa o ar passar por ele.
b) Cite uma situação cotidiana em que esse método de separação é utilizado. Aspirador de pó e
aparelho de ar-condicionado (de ambiente ou de veículo) usam filtros que separam a poeira do ar/ambiente.
4. O ferro, o alumínio e outros metais são materiais recicláveis. Eles são separados nos centros
coletores de resíduos e enviados para fábricas que vão derreter esses restos de metais e
transformá-los em novos objetos.
a) Quais métodos podem ser utilizados para a separação do ferro dos restos de materiais
recicláveis? Os métodos usados podem ser: separação magnética ou catação.
b) O método de separação magnética pode ser utilizado para a separação do alumínio dos
A separação magnética não funciona nesse caso, pois os ímãs
restos de materiais recicláveis?
não atraem o alumínio. Essa separação é feita por catação.
c) A transformação dos restos de alumínio e ferro em novos objetos é uma transformação
reversível ou irreversível? Reversível.
100
5. Coloque em ordem a transformação a seguir: A − B − D − E − C
A
C
Plantação de algodão.
ADACO/SHUTTERSTOCK PHILLIP MINNIS/SHUTTERSTOCK
B
D
Colheita de algodão.
ROB D THE BAKER/SHUTTERSTOCK
CHINAHBZYG/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
As atividades também
podem ser utilizadas na avaliação
da aprendizagem em
sala de aula ou na revisão
dos principais conteúdos
trabalhados no capítulo.
Um modo de ampliar a
aprendizagem dos alunos
é solicitar que discutam as
atividades em duplas. Nessa
condição, eles trocam ideias
e interagem para conseguir
chegar às respostas das questões
propostas. Habilidades
socioemocionais como a
cooperação e o respeito mútuo
são mobilizadas durante
as atividades de acompanhamento
da aprendizagem.
Fábrica de roupas.
Fios de algodão.
E
MOXUMBIC/SHUTTERSTOCK
Tecidos de algodão.
• A transformação que o algodão sofre é reversível ou irreversível? Justifique.
Irreversível, pois, após a transformação, não é possível o algodão voltar ao seu estado original.
101
101
102
Habilidades
• (EF04CI02) Testar e relatar
transformações nos materiais
do dia a dia quando
expostos a diferentes condições
(aquecimento, resfriamento,
luz e umidade).
• (EF04CI03) Concluir que
algumas mudanças causadas
por aquecimento ou
resfriamento são reversíveis
(como as mudanças
de estado físico da água)
e outras não (como o cozimento
do ovo, a queima
do papel etc.).
Objetivos
• Compreender a importância
de procedimentos de
controle de variáveis em
atividades experimentais.
• Identificar transformações
que evidenciam reações
químicas.
• Verificar que a variação da
temperatura altera o tempo
de uma reação química.
Apoio pedagógico
As páginas 102 a 113 compõem
uma unidade didática
cujo foco central são as transformações
químicas que observamos
no dia a dia. Alguns
fatores que interferem na velocidade
de reações químicas
serão apresentados.
Nesta etapa, o foco do estudo
são as transformações
químicas e físicas que muitos
materiais sofrem. No convívio
com os adultos e no
contato direto com diversas
substâncias, os alunos
vivenciam muitas transformações
no seu cotidiano.
Podemos citar, por exemplo,
a dissolução de açúcar e sal,
as alterações dos alimentos
que consomem, o congelamento
da água e o derretimento
do gelo, assim como
A. CARLÍN/ M10
102
6
Milhares de transformações acontecem ao nosso redor e no nosso corpo. As transformações
que resultam em substâncias diferentes das que foram misturadas inicialmente são chamadas
transformações químicas ou reações químicas.
Vários fatores e condições podem provocar uma transformação química ou fazer com que ela
ocorra de forma mais rápida ou mais lenta.
Já vimos que, quando ocorre uma transformação química, há o surgimento de uma ou mais
substâncias, o que muitas vezes é percebido pelos nossos sentidos. A massa crua de um bolo tem
odor e aparência diferentes depois que sai do forno.
mudanças de temperatura
no ambiente, entre outras.
Vários fatores podem interferir
em transformações
químicas – por exemplo, a
variação da temperatura e a
superfície de contato entre
os reagentes.
Transformações
no dia a dia
Ao ajudar no preparo
dos alimentos, você
aprende a cozinhar,
conhece noções de
medida e melhora
as relações com as
pessoas que vivem
na casa. Essa é uma
tarefa importante na
formação de todos,
meninos e meninas.
Resolução comentada
Nunca mexa no forno quando ele está quente. Peça
autorização e acompanhamento de um adulto.
Analise as etapas do processo de produção do bolo de laranja, na página seguinte, e descubra
qual fator causou as transformações químicas. Depois, responda às questões no seu caderno.
Respostas na Resolução comentada.
1. Em que etapa acontece a formação da mistura homogênea dos ingredientes?
2. Na batedeira houve uma transformação química ou só a mistura dos ingredientes?
3. Em que etapa da produção do bolo acontecem as principais transformações químicas?
4. Qual fator garante a transformação dos ingredientes misturados em bolo de laranja?
5. Você estudou, no capítulo anterior, outro processo de transformação em que a mudança de
temperatura é fundamental. Que processo é esse?
Não escreva no livro
1. Os ingredientes formam uma mistura homogênea quando
são misturados na batedeira.
2. Ao serem misturados, os ingredientes ainda não sofreram
as transformações químicas necessárias para a produção
do bolo. Aparentemente, aconteceu só a mistura dos
ingredientes.
3. As transformações químicas acontecem quando a massa
homogênea está no forno.
4. O calor do forno (temperatura elevada) é que garante a
transformação da mistura em bolo.
5. É a transformação de gelo em água líquida e a transformação
de água líquida em gelo (água sólida).
A. CARLÍN/ M10
Você sabe como se faz um bolo de laranja?
Ingredientes
Suco de
laranja
Preparo
Manteiga Açúcar Farinha de
trigo
1. O s ingredientes são
colocados na batedeira
e misturados.
3. A massa é colocada no
forno para assar.
Fermento
em pó
Ovos
2. A massa crua é
colocada em uma
forma para bolo.
4. O calor do forno
transforma a massa
crua em bolo.
O bolo está pronto.
Fatores que interferem nas reações químicas
O calor não é o único fator que determina ou influencia as transformações que ocorrem no
nosso dia a dia. Nas atividades a seguir, você vai observar duas dessas transformações.
Não escreva no livro
103
A. CARLÍN/ M10
Sugestão de
encaminhamento
Determine um tempo para
que os alunos façam a leitura
da imagem. É provável
que surjam questões a respeito
dos ingredientes do
bolo. Por exemplo: Por que
a receita pede para colocar
manteiga na massa? Qual é a
função do fermento em pó?
É provável que haja dúvida
quanto ao tipo de fermento
usado na massa de bolo.
(fermento em pó). Explique
para a turma que o fermento
biológico é um ser vivo (levedura)
usado para fazer massa
de pão, pizza etc. O fermento
biológico, por ser um ser
vivo, demora certo tempo
para produzir a quantidade
de gás carbônico necessária
para fazer a massa de pão
crescer. Por isso, esse tipo de
massa precisa de “descanso”,
isto é, um tempo para a levedura
se desenvolver.
Explique que o fermento
em pó é uma mistura química
que, quando entra em
contato com a água, produz
gás carbônico. Esse gás faz
a massa crescer. O fermento
em pó começa a se transformar
(reagir) assim que é
colocado na massa de bolo,
por isso esse ingrediente
costuma ser o último a ser
misturado à massa.
103
MÃOS À OBRA
Habilidades
• (EF04CI02) Testar e relatar
transformações nos materiais
do dia a dia quando
expostos a diferentes condições
(aquecimento, resfriamento,
luz e umidade).
• (EF04CI03) Concluir que
algumas mudanças causadas
por aquecimento ou
resfriamento são reversíveis
(como as mudanças
de estado físico da água)
e outras não (como o cozimento
do ovo, a queima
do papel etc.).
Sugestão de
encaminhamento
Nesta atividade, os alunos
terão de identificar se houve
ou não transformações
químicas entre os materiais
com os quais entraram em
contato. Ela deve ser feita
na escola (em sala de aula
ou no laboratório) para que
você acompanhe a ação dos
alunos. Durante a execução,
ocorre a aprendizagem de
conceitos e de procedimentos
científicos, além da melhora
nas relações pessoais
entre os alunos. Fique atento
às duas situações, pois
elas são importantes para a
avaliação da aprendizagem e
para o bom relacionamento
pessoal de todos.
Materiais
104 104
Transformações químicas
• 1 esponja de aço (palha de aço fina);
• 2 colheres de sopa de vinagre;
• 1 colher de café de sal;
• água;
• 1 maçã;
• 1 limão;
• 1 batata;
Nesta atividade, você vai observar o efeito de duas transformações químicas.
• 3 pratinhos descartáveis de plástico ou bandejinhas de isopor;
• 1 copo de plástico;
• palitos de dente.
Atividade 1
Como fazer
A. Divida a esponja de aço
em dois pedaços de
aproximadamente 2 cm
de comprimento.
B. Coloque um pedaço
de esponja em cada
um dos pratinhos de
plástico.
C. Faça uma mistura de
água (2 cm do fundo de
um copo), vinagre e sal.
Não escreva no livro
A. CARLÍN/ M10
Atividade preparatória
Separe um lugar da sala de aula para que as montagens experimentais possam permanecer
enquanto os fenômenos acontecem. Estimule os alunos a proteger em a si e a
seus pertences de possíveis acidentes, como a queda de produtos nas roupas, cadernos,
livros etc.
No dia anterior à realização desta atividade prática, peça aos alunos que distribuam
entre eles quem será responsável por trazer os materiais que serão usados (esponja de
aço, vinagre, sal, maçã, batata, limão, pratinhos descartáveis ou pires de cerâmica, palitos
de dente e copo plástico).
104
D. Mergulhe um dos pedaços de esponja de aço na mistura de água, vinagre e sal e deixe
por 1 a 2 minutos. Retire a esponja de aço da mistura e coloque de volta no pratinho.
E. Regue a esponja molhada com 1 a 2 colheres de sopa da mistura de água, vinagre e sal.
Mantenha o outro pedaço de esponja seco no pratinho.
F. Espere até perceber as diferenças entre o pedaço de esponja de aço seco e o molhado.
O tempo pode variar, por isso, a preparação pode ser observada no dia seguinte.
1. Descreva o que observou. Se precisar, mexa na esponja de aço com um palito de
dentes. A esponja de aço molhada ficou enferrujada, e a seca continuou sem
ferrugem, como no dia anterior.
A esponja de aço é formada por muitos fios finos de ferro, que se transformam em um
material marrom-claro quando entram em contato com o ar e a água. Quando a palha de
aço está seca, a ferrugem não aparece tão rapidamente.
Explicando o que aconteceu
Apoio pedagógico
A contextualização do conhecimento
químico no cotidiano
dos alunos permite
o desenvolvimento de habilidades
básicas relativas à
observação e à procura por
respostas aos fenômenos
que acontecem ao seu redor,
como a ferrugem (atividade
1) e o escurecimento de batatas
e maçãs cortadas (atividade
2).
A mistura de água, vinagre e sal favorece a reação química entre o ferro da palha de
aço e o gás oxigênio do ar, acelerando o processo de enferrujamento. O aparecimento de
ferrugem depende da presença do gás oxigênio do ar e da água. O sal é uma substância
higroscópica, isto é, ele absorve a umidade do ar, o que aumenta a velocidade do
aparecimento de ferrugem em objetos de ferro.
Quimicamente, dizemos que a ferrugem é um processo de oxidação do ferro.
Essa reação química, de modo simplificado, pode ser assim representada:
Ferro + água + gás oxigênio do ar
ferrugem + água
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
Aparência da esponja de aço enferrujada, 24 horas após a montagem.
Não escreva no livro
105
105
Respostas na Resolução comentada.
2. Observe a imagem a seguir. Que sugestão você daria para o dono do portão, que
deseja reduzir o enferrujamento das barras de ferro?
Habilidades
• (EF04CI02) Testar e relatar
transformações nos materiais
do dia a dia quando
expostos a diferentes condições
(aquecimento, resfriamento,
luz e umidade).
• (EF04CI03) Concluir que
algumas mudanças causadas
por aquecimento ou
resfriamento são reversíveis
(como as mudanças
de estado físico da água)
e outras não (como o cozimento
do ovo, a queima
do papel etc.).
Portão enferrujado.
Atividade 2
Como fazer
G. Peça ajuda ao professor para cortar a batata e a maçã ao meio.
JASON ORENDER/SHUTTERSTOCK
H. Coloque os pedaços cortados no pratinho de plástico que não foi usado. Espere cerca de
10 minutos e observe o que acontece.
3. O que aconteceu com as partes da batata e da maçã que foram cortadas e expostas?
4. Que mistura entrou em contato com as superfícies cortadas da maçã e da batata?
É possível impedir a transformação química que ocorreu nas superfícies cortadas da
batata e da maçã?
I. Peça ao professor para cortar ao meio o limão e cortar novamente um pedaço da batata
e da maçã.
J. Esprema o suco do limão sobre as superfícies recém cortadas da batata e da maçã. Espere
cerca de 10 minutos e observe o que acontece.
5. O que aconteceu com as partes da batata e da maçã que foram cobertas pelo suco
de limão?
106 Não escreva no livro
Resolução comentada
2. O dono do portão deve impedir que o ar e a água entrem em contato com o ferro do portão.
Para isso, ele deve remover a ferrugem e pintar o portão. A tinta funciona como uma camada
protetora, pois não deixa o ar e a água entrarem em contato com o ferro das barras do portão.
3. Após algum tempo, as partes expostas da batata e da maçã ficaram escurecidas.
4. O ar é a mistura que entrou em contato com as superfícies da maçã e da batata.
5. A superfície não ficou escurecida. O suco de limão impediu o escurecimento da superfície da
batata e da maçã.
106
CURIOSIDADE
Vitamina C e ácido cítrico da laranja
Não é só a batata e a maçã que ficam escurecidas depois
de cortadas. Isso acontece também com a banana, a pera,
o pêssego, o abacate, entre outras frutas. O escurecimento
se deve a um composto presente nos vegetais que sofre
transformação quando entra em contato com o ar. Para evitar
essa condição, a superfície cortada das frutas deve receber uma
camada de suco de limão.
Você já reparou que as frutas de uma salada de frutas não
ficam escurecidas?
Bananas cortadas e escurecidas.
A salada de frutas recebe suco de limão ou laranja. O suco dessas frutas tem vitamina C
e ácido cítrico, que impedem o ar de transformar as substâncias responsáveis por escurecer a
banana, a maçã, a pera, entre outras.
PILIPPHOTO/SHUTTERSTOCK
A salada de frutas recebe suco de laranja para evitar o escurecimento das frutas.
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
PHOTOONGRAPHY/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
A vitamina C (ácido ascórbico)
e o ácido cítrico presentes
na laranja, no caju e no limão,
entre outros frutos, protegem
frutas, batatas e outros alimentos
que escurecem ao ser
expostos ao oxigênio do ar. A
vitamina C reage com o gás
oxigênio antes que ele reaja
com as substâncias oxidáveis
das células desses alimentos.
Existem situações em que
a oxidação é prejudicial e
deve ser evitada. Por exemplo,
o óleo utilizado em frituras
deve ser descartado
após o uso, pois a oxidação
(provocada pelo aquecimento)
degrada os ácidos
graxos, os quais tornam o
óleo impróprio para o consumo
e com sabor amargo e
desagradável.
CIÊNCIAS
LIVRO
• Tem criança na cozinha – Culinária divertida
Autor: Ciranda Cultural
Ano: 2015
Com este livro, as crianças vão conhecer receitas dos chefs do Tem criança na cozinha e
dar o seu toque especial a cada uma. Coloque a mão na massa, aprenda truques incríveis,
descubra curiosidades sobre os alimentos e as receitas e reúna os amigos para compartilhar
sabores e descobertas.
DIVULGAÇÃO
Não escreva no livro
107
Atividade complementar
A leitura do livro Tem criança na cozinha, sugerida na seção Ciências +, valoriza a atividade
de quem trabalha em casa no preparo de alimento para as refeições. Escolha alguns
trechos do livro e leia-os com a participação dos alunos.
107
Como reconhecer a ocorrência de transformações químicas?
Habilidades
• (EF04CI02) Testar e relatar
transformações nos materiais
do dia a dia quando
expostos a diferentes condições
(aquecimento, resfriamento,
luz e umidade).
• (EF04CI03) Concluir que
algumas mudanças causadas
por aquecimento ou
resfriamento são reversíveis
(como as mudanças
de estado físico da água)
e outras não (como o cozimento
do ovo, a queima
do papel etc.).
Apoio pedagógico
Algumas alterações em
uma mistura evidenciam a
ocorrência de uma reação
química, por exemplo: liberação
de energia na forma de
calor, luz ou explosão; liberação
de gases (efervescência
ou borbulhas); mudança de
cor; formação de sólido que
se deposita no fundo do recipiente
(precipitado); aumento
de temperatura; e mudança
de cheiro.
Uma das transformações
químicas que podem causar
acidentes a crianças
ou adultos é a combustão
(queima, liberação de energia
na forma de calor e luz).
Para que a combustão ocorra,
é necessária a presença
de dois reagentes: um combustível
e um comburente.
O combustível pode ser gás
de cozinha, etanol, parafina,
gasolina, madeira, óleo, querosene,
entre muitos outros.
O comburente que está no
ambiente é o gás oxigênio.
Comente com os alunos os
riscos e os cuidados que devemos
ter com o manuseio
de materiais inflamáveis.
Você viu dois exemplos de transformação química: o enferrujamento da esponja de aço e o
escurecimento das áreas de corte de algumas frutas.
Sabemos que houve uma transformação química porque se formaram substâncias diferentes
das originais, as quais deram uma nova cor ao material.
Esponja de aço enferrujada.
Após algum tempo, as maçãs cortadas escurecem.
A queima de uma vela, o cozimento de um ovo, o preparo de um bolo e o azedamento do leite
são outros exemplos de transformações químicas que ocorrem ao nosso redor.
Algumas situações podem indicar que houve uma transformação química.
Uma das formas de saber é observar se a mistura sofreu ao menos
uma das seguintes modificações: produção de gás (borbulhação),
mudança de cor, mudança de cheiro, turvação ou mudança de
temperatura. Basta uma dessas modificações para indicar a ocorrência
de transformação química.
108 Não escreva no livro
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
Turvo: sem transparência;
embaçado; opaco.
108
No quadro a seguir estão alguns exemplos de transformações químicas.
Observação
Mudança de cor
Mudança de cheiro
Mudança de temperatura
Turvação
Exemplo de transformação química
PAWARITSAKOLPAP/SHUTTERSTOCK
PINOT-NOIR/SHUTTERSTOCK SV PRODUCTION/SHUTTERSTOCK
FERNANDO FAVORETTO/
CRIAR IMAGEM
Ferrugem em pregos.
Leite azedo tem cheiro
característico.
Gás de cozinha queimando
produz calor.
Vinagre turvo é sinal de reação
química.
Sugestão de
encaminhamento
Dê um tempo para os alunos
fazerem a leitura das
imagens da página 109. Esse
trabalho pode ser realizado
em duplas.
Diga aos alunos que cada
linha da tabela apresenta
uma evidência de reação
química. Assim, se há mudança
de cor quando dois
materiais são misturados,
dizemos que ocorreu uma
transformação química.
Peça aos alunos que pesquisem
outros exemplos de
situações que evidenciem
transformações químicas.
Borbulhação (efervescência)
DIEGO CERVO/SHUTTERSTOCK
Comprimido efervescente
reagindo com a água.
Não escreva no livro
109
109
Habilidades
• (EF04CI02) Testar e relatar
transformações nos materiais
do dia a dia quando
expostos a diferentes condições
(aquecimento, resfriamento,
luz e umidade).
• (EF04CI03) Concluir que
algumas mudanças causadas
por aquecimento ou
resfriamento são reversíveis
(como as mudanças
de estado físico da água)
e outras não (como o cozimento
do ovo, a queima
do papel etc.).
Apoio pedagógico
O desenvolvimento científico
e tecnológico gerou
muitos produtos que beneficiam
a sociedade. Em relação
ao conhecimento químico,
podemos destacar a produção
de substâncias que
combatem doenças (como
as infecções provocadas por
microrganismos patogênicos)
e distúrbios metabólicos
(como as dores musculares
provocadas por diversos
fatores). Equipamentos produzidos
pelos tecnólogos,
como os refrigeradores e
congeladores, aumentam a
durabilidade de alimentos,
os quais se deterioram rapidamente
quando mantidos
em temperatura ambiente.
É importante valorizar os
conhecimentos científicos
produzidos em todos os campos
(Físico, Químico, Biológico,
Geológico, Médico etc.) que
melhoraram a qualidade de
vida e o conforto da sociedade.
Hoje, medicamentos
para o tratamento de muitas
doenças, vacinas contra
muitos agentes infecciosos
e tantos outros avanços estão
acessíveis para toda a
população.
Há também situações em que a reação química acontece sem que seja possível perceber qual
foi a modificação. Por exemplo, as plantas fazem fotossíntese, mas não vemos nenhuma alteração
nas folhas.
Existem transformações desejáveis e indesejáveis. O apodrecimento de alimentos, o
enferrujamento de equipamentos, o incêndio de uma floresta, a produção de substâncias poluidoras,
entre outras, são transformações indesejáveis.
Entre as transformações desejáveis estão
a produção de materiais como objetos de
plástico e ferro, as reações que fazem um
remédio aliviar a dor, a digestão do alimento
pelo nosso corpo, a produção de uma vacina
contra a gripe, entre outras.
CIÊNCIAS
LIVRO
Atividade complementar
A ação dos remédios para aliviar a dor é uma
transformação desejável.
• A casa dos pequenos cientistas
Autor: Joachim Hecker
Editora: Martins Fontes
Ano: 2011
Os alimentos apodrecidos sofreram
transformações indesejáveis.
Leia o livro A casa dos pequenos cientistas, selecione uma ou mais atividades experimentais
descritas e prepare uma aula prática para realizá-las. Uma aula diferente e
experimental aguça o interesse dos alunos pelo conhecimento científico e pelas atividades
escolares. Caso seja necessário, pesquise em páginas confiáveis da internet ou em
publicações assunto que for escolhido para trabalhar com os estudantes.
CCAT82/SHUTTERSTOCK
Um grupo de pequenos cientistas mora numa casa que se desloca pelo mundo e
estaciona onde lhe dá na telha. Em cada lugar, as crianças desembarcam e acabam
se vendo diante de algum fato intrigante. Para resolver essas situações e mistérios, os
pequenos cientistas fazem experimentos simples e interessantes, que os leitores podem
reproduzir em casa ou na escola.
110 Não escreva no livro
DIVULGAÇÃO
OLEG PETROV/SHUTTERSTOCK
110
MÃOS À OBRA
Controle da velocidade de uma transformação
Há muitos estudos sobre o controle da velocidade de transformações químicas.
Converse com o seu grupo e reflita: como podemos aumentar a durabilidade de um
pedaço de carne?
Nesta atividade, você vai aprender maneiras de interferir no tempo que uma reação
química leva para acontecer.
Materiais
• 4 copos transparentes (de plástico ou de vidro);
• água morna;
• água gelada;
• água à temperatura ambiente;
• 2 comprimidos efervescentes.
Usaremos como modelo a reação química que ocorre entre um comprimido efervescente
e a água.
Como fazer
LEMBRE-SE
Carnes estragam por causa de
transformações químicas realizadas
por microrganismos.
A. Peça ao professor ou a outro adulto para cortar os dois comprimidos efervescentes ao meio.
Apoio pedagógico
Na reação química entre
o comprimido efervescente
e a água, que será realizada
na atividade, são produzidas
borbulhas de gás carbônico.
Além disso, outras substâncias
ficam dissolvidas na
água.
Esta atividade contribui
para a alfabetização científica
na medida em que são
realizados procedimentos
de controle de variáveis e os
resultados observados são
comparáveis. A organização
dos resultados dos testes em
uma tabela facilita a conclusão
dos alunos.
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
Corte os comprimidos ao meio.
Não escreva no livro
111
Atividade preparatória
Nesta atividade prática, os alunos deverão trabalhar em grupo sob a sua supervisão.
Você deverá levar para a sua turma alguns elementos que serão utilizados nesta atividade
experimental. Providencie uma jarra com água gelada, que pode ser obtida com a colocação
de uma ou duas pedras de gelo no copo ou armazenada em uma garrafa térmica.
A água morna pode ser levada em uma garrafa térmica. Os comprimidos efervescentes
devem ser do mesmo tipo, isto é, de mesma composição química e mesma massa. Para
padronizar esse elemento usado na atividade, você pode oferecer os comprimidos aos
grupos de alunos.
Atenção: não leve objetos como aquecedores elétricos ou fogareiros para aquecer a
água na sala de aula.
111
Teste 1
112
Habilidades
• (EF04CI02) Testar e relatar
transformações nos materiais
do dia a dia quando
expostos a diferentes condições
(aquecimento, resfriamento,
luz e umidade).
• (EF04CI03) Concluir que
algumas mudanças causadas
por aquecimento ou
resfriamento são reversíveis
(como as mudanças
de estado físico da água)
e outras não (como o cozimento
do ovo, a queima
do papel etc.).
Apoio pedagógico
Nesta atividade, o controle
de variáveis é muito
importante. Por exemplo,
a quantidade (massa) de
comprimido em cada copo
deve ser igual, assim como o
volume de água deve ser o
mesmo em cada copo. Uma
das variáveis que está sendo
testada é a temperatura da
água, isto é, a relação entre a
velocidade da reação química
em diferentes temperaturas
do solvente.
Outra variável em teste
nesta atividade prática é a
condição do soluto, isto é,
queremos investigar a relação
entre a velocidade da transformação
química e a condição
do comprimido efervescente
(triturado ou inteiro).
Embora o trabalho experimental
seja realizado em
grupo, as respostas às atividades
desta página devem
ser escritas por cada aluno
no seu caderno. Essa ação
deve ser estimulada na medida
em que ela favorece o
desenvolvimento da habilidade
de produção escrita.
Acompanhe o desempenho
dos alunos e chame a
atenção para as variáveis
testadas nas duas situações.
B. Triture com cuidado uma das metades do comprimido.
C. Coloque água à temperatura ambiente até a metade de dois
dos copos.
112
Sugestão de
encaminhamento
É importante que haja
uma diferença entre as temperaturas
da água gelada e
da água morna. Você poderá
usar água à temperatura
ambiente no lugar da água
morna se desejar. Neste caso,
você deve testar previamente
a atividade para conhecer
a variação de velocidade da
transformação química que
será estudada pelos alunos.
Ajude os alunos a cortar o
comprimido ao meio. Você
pode fazer um sulco no comprimido
com um objeto cortante
e depois quebrá-lo com
as mãos.
Para a atividade, você poderá
utilizar qualquer tipo
de comprimido efervescente
encontrado em farmácias e
drogarias: antiácidos, vitamina
C, analgésicos (ácido acetilsalicílico)
ou outro. Os comprimidos
efervescentes de vitamina
Metade do comprimido triturado,
metade do comprimido não
triturado e copos com água à
temperatura ambiente.
D. Coloque, ao mesmo tempo, o comprimido triturado em um dos copos e a metade não
triturada no outro. Observe o que acontece.
1. Em qual dos copos a efervescência foi mais rápida?
O comprimido triturado
em contato com a água se
transformou mais rapidamente.
Teste 2
E. Coloque água gelada até a
metade de um dos copos. No
outro copo coloque a mesma
quantidade de água morna.
F. Coloque, ao mesmo tempo, uma
das metades do comprimido
efervescente no copo com água
gelada e a outra metade coloque
no copo com água morna.
Observe o que acontece.
Não escreva no livro
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
Comprimido dividido ao meio e copos com água gelada e água morna.
C contêm corantes que tornam
a atividade mais atraente.
Durante a realização da
atividade, circule entre os
grupos de alunos e os auxilie
caso estejam tendo algum
tipo de dificuldade. É possível
que os alunos se enganem
e não misturem os reagentes
nos copos ao mesmo
tempo e a comparação dos
resultados seja prejudicada.
Isso pode exigir que a atividade
tenha de ser refeita.
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
2. Em qual dos copos a transformação do comprimido efervescente foi mais rápida?
A transformação do comprimido do copo com água morna foi mais rápida.
3. O que podemos concluir em relação ao resultado obtido nos procedimentos C e D,
ou seja, quando se comparou a velocidade da transformação química do comprimido
inteiro e do comprimido triturado em contato com a água?
O material triturado sofre transformação química mais rapidamente do que quando está
inteiro.
Na reação química entre a água e o comprimido efervescente, forma-se gás carbônico,
que é responsável pela borbulhação (efervescência). Outras substâncias formadas ficam
dissolvidas na água.
A. CARLÍN/ M10
4. Escreva no caderno em qual situação o resultado da transformação é mais rápida:
cozinhar batatas inteiras ou cozinhar batatas picadas?
A batata picada cozinha mais rapidamente do que quando está inteira.
5. Agora, responda à questão inicial: como podemos aumentar o tempo de conservação
de um pedaço de carne? Resposta na Resolução comentada.
Analise as imagens a seguir.
6. Em qual das situações as frutas vão estragar mais rapidamente? Em qual delas as frutas
vão se conservar por mais tempo no balcão? Justifique as suas respostas.
Resposta na Resolução comentada.
Resolução
comentada
5. A carne estraga quando
a temperatura é alta, o
que favorece as transformações
químicas realizadas
por microrganismos.
Então, para reduzir a ação
desses microrganismos,
devemos colocar a carne
no refrigerador ou no
congelador. Dessa forma,
diminuímos a velocidade
das reações químicas que
estragam a carne.
6. Na condição da ilustração 1,
as frutas poderão se estragar
mais rapidamente,
pois o ambiente está
quente – em temperatura
ambiente mais elevada,
as transformações
químicas ocorrem mais
rapidamente. As frutas
da ilustração 2 deverão ter
maior durabilidade, pois o
balcão é refrigerado – em
temperaturas mais baixas,
as reações químicas ocorrem
mais lentamente.
TROCANDO IDEIAS
Converse com os colegas sobre os resultados observados na atividade anterior. Em
que condições as reações químicas são mais lentas? Resposta na Resolução comentada.
Trocando ideias
De acordo com os resultados,
os alunos deverão concluir
que, quando um dos
componentes é sólido, a
reação química é mais lenta
se o componente estiver inteiro.
Em temperatura baixa,
as transformações químicas
são mais lentas. As reações
químicas são rápidas quando
o material está picado
(triturado) e a temperatura
é alta.
Avaliação formativa
Nesta unidade didática,
foram estudados alguns
fatores que interferem na
velocidade e na ocorrência
de transformações químicas.
O controle de variáveis
experimentais também foi
trabalhado. Sugerimos que
a avaliação formativa desta
unidade seja composta por 2
momentos:
1) Os alunos deverão fazer
um pequeno relato dos
Não escreva no livro
113
principais temas trabalhados
no capítulo 6. O relatório
deve conter uma explicação
sobre o que é uma
transformação química e a
descrição de alguns fatores
que interferem na rapidez
com que essas transformações
ocorrem. Esse relato
sobre o experimento
realizado deve ser simples
nesse momento. Em outros
anos da Educação Básica,
relatórios mais completos
serão produzidos pelos
alunos.
2) Os grupos deverão fazer uma
autoavaliação dos seus integrantes.
Algumas questões
que devem ser respondidas
são: Respeitei os colegas
do grupo? Contribuí com a
organização e o funcionamento
do grupo? Auxiliei
os colegas com dificuldade?
Realizei as tarefas que me
comprometi com o grupo?
Contribuí com as discussões
e decisões do grupo?
Você pode incluir outros aspectos
que achar importante
para a autoavaliação.
113
ATIVIDADES
Apoio pedagógico
As atividades propostas
nas páginas 114 e 115 poderão
ser realizadas individualmente
ou em duplas na sala
de aula ou individualmente
como tarefa de casa. A produção
dos alunos poderá ser
utilizada como uma das avaliações
regulares realizadas
durante o ano.
Respostas na Resolução comentada.
1. Imagine que você esteja conversando com um amigo sobre o que aprendeu na aula de
Ciências e ele pergunta: “Como você sabe que ocorreram reações químicas na massa crua para
ela se transformar em um bolo gostoso?”
• Como você responderia a seu amigo?
2. Observe as imagens a seguir.
A
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
Batata cortada e coberta por água.
B
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
114
• Em qual dessas situações a batata não ficará escurecida? Por quê?
3. Um ajudante de cozinha colocou uma colher de fermento químico (pó usado em receitas
de bolo) em um copo com água e percebeu uma rápida e intensa borbulhação. O que essa
borbulhação pode indicar?
Não escreva no livro
Batata cortada no prato.
Resolução comentada
1. Resposta possível: “Eu sei que a massa crua sofreu reações químicas porque o cheiro, o gosto e a consistência mudaram depois que
ela foi assada no forno quente. Mudanças de características são indicativos de que houve transformação química”.
2. Não vai escurecer a batata cortada que está coberta por água (A). Ela não vai escurecer porque a água impede que ela tenha contato
com o ar.
3. A borbulha é um indicativo de que houve uma transformação química entre o fermento químico e a água, o que gerou a produção
de gás. É essa produção de gás que faz a massa de bolo crescer.
114
4. Escreva no caderno a transformação química que vai ocorrer mais lentamente e a que vai
ocorrer mais rapidamente.
Respostas na Resolução comentada.
Condição do comprimido
efervescente
Inteiro
Triturado
Inteiro
ORAWAN PATTARAWIMONCHAI/
SHUTTERSTOCK
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
ORAWAN PATTARAWIMONCHAI/
SHUTTERSTOCK
Condição da água
Água quente
Água quente
Água gelada
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
Apoio pedagógico
É provável que os alunos
perguntem sobre a queima
da madeira. Uma pergunta
frequente é: Por que as coisas
pegam fogo? Você pode
informar os alunos que a
queima é uma transformação
química (chamada de
combustão) que ocorre
quando um combustível
(madeira) e um comburente
(gás oxigênio) reagem. Para
iniciar essa reação, é necessária
uma fonte de energia,
chamada de fonte de ignição
(por exemplo, uma faísca, a
energia de um fósforo aceso
etc.).
Triturado
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
Água gelada
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
5. O que deve queimar mais rápido: 1 kg de madeira picada ou uma tábua de 1 kg?
Não escreva no livro
115
4. Na situação em que o comprimido está triturado e a água está quente, a transformação química será mais rápida. Na situação em
que o comprimido está inteiro e a água está gelada, a transformação química será mais lenta.
5. Quanto mais picada estiver a madeira, mais rápida será a sua queima.
115
CONCLUSÃO DA UNIDADE 2
A ficha a seguir é um modelo que deve ser copiado e ampliado para que o avanço da aprendizagem dos alunos seja registrado
de modo claro e objetivo.
FICHA DE MONITORAMENTO DA APRENDIZAGEM
Objetivos Aluno 1 Aluno 2 Aluno 3 Aluno 4 Aluno 5
Capítulo 4: Misturas P S I P S I P S I P S I P S I
1. Reconhece alguns seres vivos como indicadores da
qualidade da água.
2. Sabe que a variação da temperatura altera o tempo
de dissolução de um soluto.
3. Reconhece se uma mistura é homogênea ou
heterogênea.
4. Reconhece a capacidade de dissolução da água no
nosso dia a dia.
5. Sabe obter dados e avaliar resultados obtidos
experimentalmente.
6. Sabe construir um eletroímã e avaliar a vantagem
dele no transporte de material magnetizável.
Capítulo 5: Transformações
da matéria
7. Conceitua transformações reversíveis e não
reversíveis.
8. Compara e identifica transformações químicas e
transformações físicas de materiais.
9. Reconhece transformações reversíveis e não
reversíveis no dia a dia.
10. Formula hipóteses e pratica ações para realizar
a separação de componentes de uma determinada
mistura.
Capítulo 6: Transformações no
dia a dia
11. Compreende a importância de procedimentos de
controle de variáveis em atividades experimentais.
12. Identifica evidências de transformações químicas.
13. Reconhece que a variação da temperatura altera o
tempo de uma reação química.
P = Objetivo atingido plenamente S = Objetivo atingido satisfatoriamente I = Aproveitamento insatisfatório
A 115
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 3
ORIENTAÇÃO PELOS ASTROS E
MARCAÇÃO DO TEMPO
As propostas didáticas da unidade 3 têm ênfase nas evidências de transformações que ocorreram no planeta Terra, como os
indícios fósseis e a movimentação das placas tectônicas, no modo como nos localizamos na superfície do planeta (pontos cardeais)
e nas diversas maneiras que o ser humano desenvolveu para marcar a passagem do tempo, seja em horas no dia ou em
calendários criados por diferentes culturas.
QUADRO DE OBJETIVOS PEDAGÓGICOS
Conteúdos e habilidades da
BNCC associadas
Cap. 7 – Os fósseis e a
história do planeta
(EF04CI09) Identificar os pontos
cardeais, com base no registro de
diferentes posições relativas do Sol e da
sombra de uma vara (gnômon).
(EF04CI10) Comparar as
identificações dos pontos cardeais
resultantes da observação das sombras
de uma vara (gnômon) com aquelas
obtidas por meio de uma bússola.
Objetivos Páginas Pré-requisitos
1. Reconhecer a importância do estudo dos fósseis para a
compreensão do tempo da vida na Terra e para a datação dos
fenômenos geológicos que provocaram extinções em massa.
2. Relacionar os movimentos das placas tectônicas a fenômenos
como terremotos.
3. Comparar hipóteses sobre a extinção em massa de espécies,
particularmente dos dinossauros.
122 a 124, 129 Identificar e interpretar evidências
120 a 123
124 a 128
4. Listar os pontos cardeais. 130 a 132
5. Construir um gnômon e registrar a sombra produzida. 133 a 135
de um evento.
Registrar informações obtidas por
observação.
Ouvir e respeitar as opiniões dos
colegas.
Interpretar as informações
registradas e aplicar em contextos
determinados.
6. Saber se localizar na superfície a partir de pontos de referência
(pontos cardeais e o movimento aparente do Sol).
116, 117, 130 a 132
Cap. 8 –A marcação do
tempo
(EF04CI11) Associar os movimentos
cíclicos da Lua e da Terra a períodos
de tempo regulares e ao uso desse
conhecimento para a construção de
calendários em diferentes culturas.
7. Reconhecer que os povos antigos usavam informações obtidas a
partir da observação do céu para organizar a vida em comunidade.
8. Discutir como os diferentes povos desenvolveram métodos de
contar o tempo usando como referência os movimentos cíclicos dos
astros.
9. Identificar os ciclos definidos pelos movimentos dos astros visíveis
a olho nu.
10. Discutir como o ser humano desenvolveu mecanismos para
registrar a passagem de frações de tempo menores do que um dia.
143 a 147
143 a 147, 150
136
137, 138, 149
Analisar o movimento aparente
do Sol.
Comparar informações.
Relacionar o movimento aparente
dos astros à percepção do tempo
na Terra.
11. Apreciar a história de instrumentos de contagem de tempo
desenvolvidos pela engenhosidade humana (humana (relógios de
sol, clepsidra, ampulheta e calendários).
139 a 142, 148
116
B
Habilidades
• (EF04CI09) Identificar os
pontos cardeais, com base
no registro de diferentes
posições relativas do Sol
e da sombra de uma vara
(gnômon).
• (EF04CI10) Comparar as
identificações dos pontos
cardeais resultantes da observação
das sombras de
uma vara (gnômon) com
aquelas obtidas por meio
de uma bússola.
• (EF04CI11) Associar os
movimentos cíclicos da
Lua e da Terra a períodos
de tempo regulares e ao
uso desse conhecimento
para a construção de calendários
em diferentes
culturas.
3
ORIENTAÇÃO
PELOS ASTROS E
MARCAÇÃO DO
TEMPO
Stonehenge, Reino Unido.
116
THE-WALKER/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Stonehenge é uma construção
pré-histórica localizada
no Reino Unido que
tem cerca de 5 mil anos e
levou cerca de mil anos para
ficar pronta. Estudos de arqueoastronomia
apontam
que esse local pode ter sido
usado como observatório astronômico.
Os cientistas observaram
que o monumento
foi construído de forma
que um observador em seu
interior possa determinar
com exatidão a ocorrência
dos solstícios e equinócios.
Sua importância estaria relacionada
à necessidade dos
povos agrícolas em marcar
o tempo para saber as melhores
épocas para colheita
e semeadura.
PARA EXPLORAR
Respostas na Resolução comentada.
1. Descreva a imagem.
2. Em sua opinião, para que era utilizado esse
local?
3. Como são feitas as observações astronômicas
atualmente?
Sugestão de
encaminhamento
Peça aos alunos que compartilhem
suas observações
livremente. A imagem tem
como objetivo estimular a
imaginação deles em relação
a esse monumento
arqueológico.
Resolução comentada
1. Ao analisar a imagem, percebe-se grandes construções de pedras dispostas em círculo.
2. Resposta pessoal. Explique para os alunos que esse local foi construído para observar o movimento
dos astros.
3. Atualmente, as observações astronômicas são feitas com uso de sondas, telescópios e observatórios
espaciais.
117
Habilidades
• (EF04CI09) Identificar os
pontos cardeais, com base
no registro de diferentes
posições relativas do Sol
e da sombra de uma vara
(gnômon).
• (EF04CI10) Comparar as
identificações dos pontos
cardeais resultantes da observação
das sombras de
uma vara (gnômon) com
aquelas obtidas por meio
de uma bússola.
7
Os fósseis e a
história do planeta
A Terra nem sempre foi como a conhecemos hoje. Estudos mostram que grandes porções de
terra se movimentaram até nosso planeta chegar à sua forma atual.
Na época em que essas mudanças aconteceram, muitos seres vivos que já habitavam o planeta
sentiam os efeitos dos tremores do solo, das grandes inundações e das alterações nas condições do
clima. Até hoje o planeta passa por mudanças desse tipo.
Observe as imagens. Elas mostram o deslocamento das porções de terra que hoje formam os
continentes.
Objetivos
• Reconhecer a importância
do estudo dos fósseis para
a compreensão do tempo
da vida na Terra e para a
datação dos fenômenos
geológicos que provocaram
extinções em massa.
• Relacionar os movimentos
das placas tectônicas
a fenômenos como
terremotos.
• Comparar hipóteses sobre
a extinção em massa de
espécies, particularmente
dos dinossauros.
• Listar os pontos cardeais
• Construir um gnômon
e registrar a sombra
produzida.
• Utilizar os pontos cardeais
e o movimento aparente
do Sol para localizar-se na
superfície.
118
Pangeia
Gondwana
Eurásia
Não escreva no livro
BRUNO S./ M10
Representação do nosso planeta há 225 milhões de anos.
BRUNO S./ M10
Representação do nosso planeta há 150 milhões de anos.
Apoio pedagógico
As páginas 118 a 123 correspondem
à unidade didática
referente a placas tectônicas.
118
América
do Norte
América
do Sul
América
do Norte
América
do Sul
Europa
Europa
África
África
Antártica
Ásia
Índia
Ásia
Austrália
Representação do nosso planeta
há 100 milhões de anos.
Austrália
BRUNO S./ M10
BRUNO S./ M10
Sugestão de
encaminhamento
Explique aos alunos que os
processos geológicos responsáveis
pela formação atual
dos continentes demoraram
milhões de anos para acontecer.
Essa escala de tempo é
inimaginável, considerando
o tempo de vida do ser humano
ou de outro ser vivo.
A discussão de conteúdos
que tratam de longos períodos
de tempo (tempo geológico)
permite que os alunos
comecem a compreender
as escalas temporais necessárias
para se estudar diferentes
fenômenos. A compreensão
da história da Terra
requer que milhões e bilhões
de anos sejam considerados.
Antártica
Representação do nosso planeta
atualmente.
Ao analisar as imagens, percebe-se que os continentes se movimentaram ao longo desses
1. O que aconteceu com os continentes nos últimos 225 milhões de anos? 225 milhões de anos.
Essa movimentação gerou os continentes que conhecemos hoje.
Os processos geológicos responsáveis pela formação atual dos continentes demoraram
centenas de milhões de anos para acontecer. Essa escala de tempo é inimaginável, considerando o
tempo de vida de qualquer ser vivo.
Não escreva no livro
119
Atividade complementar
Assista ao vídeo produzido pelo Educational Multimedia Visualization Center, do
Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Santa Bárbara, na Califórnia,
que mostra uma simulação na qual se recria a formação dos continentes a partir do
continente único (Pangeia).
O vídeo sugerido ilustra o processo geológico que ocasionou modificações na superfície
terrestre ao longo de milhões de anos. Você pode reproduzir a animação em
sala de aula, se tiver acesso à internet; caso contrário, realize o download do vídeo para
reproduzi-lo offline. Disponível em: http://emvc.geol.ucsb.edu/2_infopgs/IP1GTect/aPangeaAnim.html.
Acesso em: 13 jul. 2021.
119
Apoio pedagógico
A análise das imagens da
destruição provocada por
terremotos e tsunami nos
mostra o quanto nós, seres
humanos e os demais seres
vivos, estamos indefesos
e à mercê de fenômenos
naturais.
A ciência é incapaz de
impedir os estragos produzidos
por terremotos e maremotos;
porém, com ela é
possível monitorar os pontos
críticos, como as áreas do encontro
de duas placas tectônicas,
e avisar a população
da possibilidade de algum
acontecimento de maior
potencial destruidor.
O monitoramento de atividades
sísmicas é realizado
por agências científicas plurinacionais
que analisam dados
recebidos de todo o mundo.
As estações sismográficas espalhadas
pelo mundo estão
interconectadas pelo Global
Seismographic Network (GSN)
– Rede Mundial Sismográfica,
em português–, cuja função
é monitorar as atividades sismográficas
no mundo.
Algumas transformações da superfície do planeta são
rápidas. Os terremotos são exemplos de fenômenos que provocam
alterações imediatas nas regiões onde ocorrem.
Os terremotos são fenômenos frequentes em diversos
países. No Brasil, é rara a ocorrência de terremotos.
TOILETROOM/SHUTTERSTOCK
Terremoto: tremor ou vibração
da camada superficial da
Terra. O terremoto é um
fenômeno geológico natural.
Boudhanath Stupa, em Katmandu, no Nepal, antes e depois de ser destruída pelo terremoto ocorrido em 3 de outubro de 2015.
Quando o terremoto ocorre no meio do oceano, ondas gigantes e fortes são produzidas,
conhecidas como tsunami. Esses tsunami (ou maremotos) podem chegar ao continente e causar
estragos enormes.
THOMAS DUTOUR/SHUTTERSTOCK
CAPTURE63/SHUTTERSTOCK
Imagem registrada por drone da cidade de Palu Sulawesi, na Indonésia, após tsunami e terremoto ocorrido em 15 de outubro de 2018.
120 Não escreva no livro
120
A parte sólida da superfície da Terra é dividida em diversas placas irregulares e de diferentes
tamanhos, chamadas de placas tectônicas ou placas litosféricas, que se encaixam umas nas
outras. Observe o mapa.
Placas tectônicas
Atualmente, considera-se a existência de 12 placas tectônicas, que se
movimentam e interagem entre si.
Fonte: Atlas geográfico escolar. São Paulo: IBEP, 2012.
BRECK P. KENT/SHUTTERSTOCK
BRUNO S. /M10
Falha de San Andreas na Califórnia (EUA) marca o limite de encontro das placas tectônicas do Pacífico e a placa norte-americana.
Não escreva no livro
121
Atividade complementar
Você pode acessar o link da Rede Sismográfica Brasileira (disponível em: http://www.
rsbr.gov.br/, acesso em: 13 jul. 2021) e avaliar se deve exibir aos alunos o mapa da localização
das estações sismográficas no Brasil.
A Rede Sismográfica Brasileira também está integrada à GSN e tem por objetivo monitorar
a sismicidade do território nacional e gerar informações que suportem a investigação
da estrutura interna da terra por meio da implantação e manutenção de estações
sismográficas permanentes.
121
JORNADA DO SABER
Apoio pedagógico
As rochas existentes em
qualquer região contam
uma história sobre o passado
geológico, indicando como
e quando foram formadas,
qual era o clima da região e
quais espécies de seres vivos
habitavam o lugar. Nas
rochas sedimentares, principalmente,
há indícios que
contam a história geológica
e biológica da região. Elas
são formadas pela deposição
de materiais resultantes
da erosão causada pelo vento,
pela água e pelas geleiras.
Nesse material, são preservados
restos e marcas de
seres vivos (plantas, animais
terrestres, animais marinhos
etc.) que nos dão muitas informações
a respeito da Terra
na época em que viviam esses
seres. Tais vestígios são
chamados de fósseis.
Os cálculos que determinam
a idade das camadas
de rochas são realizados por
meio do estudo dos materiais
radioativos naturalmente
encontrados nelas, como
o urânio e o irídio.
Resolução
comentada
É esperado que, ao empurrar
as bordas das toalhas
em direção ao centro, as camadas
representadas pelas
toalhas coloridas se dobrem
umas sobre as outras.
122
Modelo da movimentação das placas tectônicas
As placas tectônicas que formam o planeta se movem lentamente, cerca de 1 cm a 10 cm por
ano, empurrando ou afastando-se umas das outras. Quando uma placa é pressionada por outra,
após muito tempo, podem ocorrer: uma elevação e a formação de uma cadeia de montanhas;
o surgimento de vulcões; o dobramento de uma das placas e terremotos frequentes na linha de
encontro das placas.
Vamos fazer um modelo? Em grupos, pegue quatro toalhas de banho ou de rosto, cada uma
de uma cor. Coloque-as dobradas ao meio, uma sobre a outra. As camadas formadas terão quatro
cores diferentes.
Simulação das camadas de rochas.
Agora, você e um colega devem apoiar uma das mãos sobre as toalhas dobradas e empurrá-
-las em direção ao centro.
Simulação das camadas de rochas em movimento.
Resposta na Resolução comentada.
• Observe e desenhe no caderno o que aconteceu com as camadas de toalhas.
Não escreva no livro
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
122
A pilha de toalhas de banho deve ter ficado semelhante à imagem a seguir.
Esse modelo representa o que pode acontecer depois de milhões de anos, quando uma
placa tectônica empurra outra.
A figura abaixo representa como
acontece o dobramento das rochas
que formam o solo. As cores diferentes
das camadas de rocha representam o
dobramento das placas.
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
Placa A
Simulação das camadas de rochas dobradas após a movimentação
das placas tectônicas.
Erupções
vulcânicas
Rochas sobrepostas
Placas em colisão
Placa B
A. CARLÍN/ M10
ALEXANDRE R./ M10
Avaliação formativa
Para concluir essa unidade
didática, peça aos alunos
que escrevam um pequeno
texto associando a mudança
da paisagem do planeta e a
movimentação das placas
tectônicas. Os textos devem
relacionar os eventos de terremotos
e dobras das camadas
do solo aos movimentos
das placas tectônicas. A
produção desse texto pode
ajudar a identificar o avanço
no desenvolvimento da
habilidade de comunicação
escrita dos alunos. Dê atenção
especial aos estudantes
que apresentarem alguma
dificuldade.
Representação do movimento das placas tectônicas.
Representação do movimento das placas tectônicas.
O estudo das
camadas de rochas pode
revelar a história do
planeta, como a idade
da rocha e os fatos que
aconteceram no passado
distante, há muitos
milhões de anos.
MATAUW/SHUTTERSTOCK.COM
Aspecto das camadas de
rocha mostrando o efeito do
dobramento. Creta, na Grécia.
Não escreva no livro
123
Atividade complementar
O dobramento das camadas sedimentares que formam o solo é um fenômeno geológico
difícil de ser compreendido, por isso fique atento aos comentários dos alunos sobre
a simulação representada pelas toalhas de banho.
O fenômeno geológico natural representado pela simulação demora milhões de anos
para ocorrer. Guardadas as devidas proporções, esse modelo ajuda os alunos a entender
como uma camada de rocha é mais antiga do que outra. As camadas inferiores são mais
antigas do que as camadas superficiais, e isso é evidenciado pela datação da rocha e
pelos tipos de fósseis encontrados em cada camada da rocha.
A atividade vulcânica também molda a paisagem do planeta Terra. Vulcanismo, terremotos,
erosão e acúmulo de sedimentos são fatores capazes de alterar o relevo e a
paisagem da superfície do planeta.
123
Os fósseis e a idade das rochas
Apoio pedagógico
As páginas 124 a 129 constituem
a unidade didática referente
à interpretação dos
indícios fósseis encontrados
em muitas localidades no
planeta e às hipóteses sobre
a extinção dos grandes répteis
(dinossauros).
À medida que as crianças
se desenvolvem, é conveniente
orientá-las na compreensão
dos conceitos de
tempo e de mudança em
diversas escalas cronológicas:
anos, séculos, milhões
de anos etc.
Não é preciso discutir os
detalhes dos processos de
orogênese e de fossilização:
o importante é que os alunos
comecem a estruturar
melhor a sua concepção de
tempo cronológico (tempo
geológico, tempo de vida
de uma planta ou de um ser
vivo etc.).
Sugestão de
encaminhamento
Após a discussão em pequenos
grupos, solicite a um
aluno de cada grupo que exponha
para a classe o que foi
discutido. Estimule a turma
a ouvir atentamente a apresentação
dos colegas, formulando
perguntas e posicionando-se
respeitosamente
frente às discordâncias.
As alterações na superfície do nosso planeta afetam as
condições de sobrevivência dos seres vivos. Muitos deles foram
extintos por causa dessas mudanças.
Um dos acontecimentos mais estudados da história da vida
na Terra é o desaparecimento dos dinossauros. Sua extinção
ocorreu há aproximadamente 65 milhões de anos, como indica
o grande número de fósseis desses animais que datam dessa
época.
Existem muitos filmes e animações que contam histórias em que o ser humano está
no mesmo ambiente dos dinossauros.
A
TROCANDO IDEIAS
Representações dos seres humanos primitivos (A) e de dinossauros (B).
Reúna-se com o seu grupo e respondam à questão:
• Na opinião do grupo, os seres humanos conviveram com os dinossauros?
Resposta na Resolução comentada.
124 Não escreva no livro
GORODENKOFF/SHUTTERSTOCK
B
Extinto: que desapareceu;
organismo ou espécie que não é
mais encontrado vivo no planeta.
Fóssil: resto, vestígio ou marca
deixados nas rochas e em outros
materiais por organismos que
viveram há muito tempo.
METHA1819/SHUTTERSTOCK
Resolução comentada
A questão pode deixar os alunos receosos para dar suas opiniões. Explique a eles que a questão é
especulativa e que os filmes de animação e as histórias são frutos da criatividade e da invenção das
pessoas que os produzem. Na verdade, os seres humanos nunca conviveram com os dinossauros.
Os registros fósseis mostram que os dinossauros já estavam extintos há mais de 60 milhões de
anos quando os primeiros seres humanos surgiram no planeta.
124
TON BANGKEAW/SHUTTERSTOCK
Um caso de extinção: os dinossauros
Os dinossauros viveram entre 220 milhões e 65 milhões de anos atrás. Eles ocuparam grande
parte dos ambientes terrestres, principalmente florestas, campos abertos e oceanos. Seu tamanho
variava muito. Os menores podiam pesar 3 quilos e medir 70 centímetros de comprimento, e os
gigantes podiam chegar a 70 toneladas e medir mais de 40 metros de comprimento.
PEREDNIANKINA/SHUTTERSTOCK
Sugestão de
encaminhamento
Ao analisar as imagens, chame
a atenção dos alunos para
o tamanho real dos animais,
representados pelos ícones
na parte inferior das imagens
dos dinossauros, do
gato e do elefante.
74 cm
46 cm
sem cauda
Aproximadamente do tamanho de um gato, o compsognato foi um dos menores dinossauros que já existiu.
MICHAEL ROSSKOTHEN/SHUTTERSTOCK
KATRINA BROWN/SHUTTERSTOCK
20 m
4 m
O argentinossauro tinha cerca de 20 metros de altura e comia apenas plantas. O elefante africano pode chegar a 4 metros de altura.
Não escreva no livro
125
125
Apoio pedagógico
Segundo a Teoria da
Evolução, os seres vivos sofrem
alterações genéticas
que são incorporadas (por
meio do processo reprodutivo)
à população. Os processos
biológicos envolvidos
nessas mudanças são complexos
e serão estudados no
decorrer da Educação Básica.
Porém, há elementos que
podem ser tratados em sala
de aula para os alunos dessa
faixa etária: as adaptações
que garantem a sobrevivência
das espécies e as comparações
morfológicas entre
espécies atuais e espécies
ancestrais.
O estudo dos fósseis
(Paleontologia) mostra que
existiram muito mais espécies
no planeta do que as que estão
vivas hoje. As espécies extintas
deixaram suas marcas
quando foram fossilizadas. A
extinção em massa que ocorreu
há 65 milhões de anos
dizimou muitos milhares de
espécies de peixes, répteis
(dinossauros), insetos, plantas
etc.
Havia uma grande diversidade de dinossauros. Muitos eram
bípedes, outros quadrúpedes e outros voadores.
20 m
Durante muito tempo acreditou-se que os dinossauros eram parecidos com os atuais répteis,
como jacarés, lagartos e iguanas. Porém, estudos recentes indicam que o grupo mais próximo aos
dinossauros é o das aves.
VACLAV SEBEK/SHUTTERSTOCK
WATTHANACHAI/SHUTTERSTOCK
Bípede: animal que
anda usando os dois
pés traseiros.
Quadrúpede: animal
que usa os quatros pés
para caminhar ou se
apoiar no chão.
Esqueleto do argentinossauro,
encontrado na Argentina.
ANDY DEITSCH/SHUTTERSTOCK
6 m
1 m
Jacaré-açu, que vive nos rios da Amazônia e do Pantanal.
Iguana-marinha das ilhas Galápagos.
126 Não escreva no livro
126
JORNADA DO SABER
Por que os dinossauros foram extintos
na mesma época?
Reúna-se com o seu grupo. Leiam as duas hipóteses para o desaparecimento dos
dinossauros no nosso planeta e respondam às questões no caderno.
Hipótese 1
Um enorme meteorito atingiu a Terra há 65 milhões de anos. Esse fato provocou incêndios
violentos e liberou muita poeira na atmosfera. A poeira era tanta que bloqueou a luz solar,
impedindo a fotossíntese das plantas. O impacto do meteorito provocou também terremotos
e o surgimento de muitos vulcões, que emitiram gases venenosos na atmosfera. O resultado
desse conjunto de acontecimentos foi a morte das plantas e dos animais, que ficaram sem
alimento. Além disso, os animais não tiveram como escapar do fogo e não resistiram aos gases
tóxicos. De acordo com essa explicação, a extinção dos dinossauros foi resultado de um grande
evento catastrófico.
ALEXANDRE R./ M10
Apoio pedagógico
A atividade da seção Jornada
do saber simula uma prática
importante na produção do
conhecimento científico: o debate
a respeito de hipóteses ou
teorias concorrentes.
Ao trabalhar os textos referentes
às teorias sobre o desaparecimento
dos dinossauros,
reforce que a primeira hipótese
apresentada (queda do
meteorito) é a mais aceita
atualmente pela comunidade
científica. Contudo, isto
não desconsidera a explicação
dada pela teoria sobre
mudanças climáticas.
Ressalte que o processo
científico é dinâmico e
eventualmente novas explicações
são desenvolvidas
em função de novas tecnologias,
de formas de se investigar
determinado tema
ou da obtenção de novas
evidências sobre o fenômeno
investigado.
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
Ilustração artística representando uma hipótese sobre a extinção dos dinossauros.
Não escreva no livro
127
Atividade complementar
Nessa atividade, os alunos farão o papel do cientista que analisa as informações disponíveis
e argumenta (segundo as suas convicções e conhecimento do tema) a favor de
uma hipótese. Explique aos alunos que esse momento é importante para a consolidação
de ideias e para a crítica às hipóteses anteriores. Em situações nas quais os cientistas
não concordam a respeito de hipóteses ou teorias concorrentes, elementos que são
mais valorizados por uma hipótese/teoria podem ser mobilizados para apoiar a outra
hipótese/teoria. Assim, ao exercitar esse tipo de raciocínio, os alunos aproximam-se do
pensamento científico.
Durante o trabalho em grupo, esclareça o significado das palavras desconhecidas – isso
ampliará o vocabulário da turma e permitirá o contato com termos científicos.
127
Resolução
comentada –
Jornada do saber
1. Sim, pois existem meteoroides
que transitam pelo
espaço, sendo possível a
entrada deles na atmosfera
terrestre e o choque
com a superfície do planeta.
Os meteoroides que
chegam até a superfície
do planeta são chamados
de meteoritos.
2. Sim, as mudanças climáticas
podem provocar a
morte de plantas e consequentemente
a morte
de animais que delas se
alimentam.
3. Os alunos poderão argumentar
a possibilidade
de o impacto do meteorito
ter provocado mudanças
bruscas no clima porque
a poeira bloqueou
a luz solar. Isso pode ter
facilitado o esfriamento
da Terra.
Hipótese 2
Entre 70 milhões e 65 milhões de anos atrás, as condições climáticas do planeta começaram
a mudar, tornando-o cada vez mais frio. Ocorreram alterações nas correntes marítimas, no nível
dos oceanos e no relevo da Terra. Com isso, as plantas mais sensíveis morreram, bem como
muitas espécies de animais. Os animais maiores, principalmente, não conseguiram migrar, isto é,
mudar para outra região que tivesse alimento suficiente para a sua sobrevivência. De acordo com
essa explicação, a extinção dos dinossauros foi lenta, acompanhando as mudanças de relevo e de
clima do nosso planeta.
Ilustração artística da mudança climática que poderia ter causado a extinção dos dinossauros.
Respostas na Resolução comentada.
1. É possível que meteoritos atinjam a superfície do nosso planeta?
Representação com diferentes
escalas e com cores fantasia
ALEXANDRE R./ M10
2. As mudanças climáticas são capazes de provocar a morte de plantas e de animais?
3. Escrevam uma nova hipótese para explicar a extinção dos dinossauros unindo as duas
explicações apresentadas.
128 Não escreva no livro
Resolução comentada – Trocando ideias (interpretando as pegadas)
As explicações dos alunos devem se basear nas pegadas deixadas na rocha. Elas podem variar, e algumas delas são:
- Os animais estavam andando quando o animal maior (pegada verde) correu e alcançou o menor (pegada rosa). Eles lutaram e o
animal maior comeu o menor. Depois, o animal maior saiu andando lentamente, como estava na posição 1.
- O animal maior estava procurando o seu filhote. Quando o avistou, correu até ele. A situação 2 indica que o encontro foi feliz e
emocionante. O animal maior (pai ou mãe) colocou o filhote nas costas e continuou a sua caminhada.
- O animal maior estava andando quando viu o animal menor. Ele correu para alcançar o animal menor e eles lutaram. O animal menor
conseguiu fugir graças à sua habilidade de voar.
- Não aconteceu nada. As pegadas (registros fósseis) foram feitas por dois dinossauros (um grande e um pequeno) em dias diferentes.
Portanto, eles não se encontraram. As marcas da posição 2 foram uma coincidência. Ambos pisotearam o mesmo lugar em dias diferentes.
Outras explicações poderão ser sugeridas pelos alunos. Note que uma explicação não necessariamente invalida a outra.
128
TROCANDO IDEIAS
Reúna-se com seu grupo e analisem a imagem das pegadas deixadas em uma rocha
há cerca de 70 milhões de anos.
Posição 1 Posição 2 Posição 3
Representação de registros fósseis em uma rocha.
Sugestão de
encaminhamento
Você pode fazer um debate
na classe para que cada
grupo explique o que acha
que aconteceu com os dois
animais envolvidos.
Os indícios de eventos
do passado são constantemente
interpretados pelos
cientistas. Nesta atividade,
os alunos vão criar uma
Molde de uma pegada de
dinossauro na Tailândia.
As questões a seguir vão ajudar a orientar a interpretação desses registros fósseis.
• Há evidência de que um dinossauro tenha deixado essas marcas?
• Em que direção os animais estavam se movendo?
• Eles mudaram a velocidade e a direção do movimento?
• O que deve ter acontecido na posição 2?
1. Escreva no caderno uma explicação possível para o que deve ter acontecido com
os animais que deixaram essas marcas. Resposta na Resolução comentada.
explicação baseando-se apenas
nas informações contidas
na imagem: as pegadas encontradas
em uma rocha do
tempo em que os dinossauros
eram vivos.
Para responder às questões,
os alunos, assim como fazem
os cientistas, terão de elaborar
explicações plausíveis baseando-se
apenas na interpretação
das evidências disponíveis:
fósseis de marcas dos
Não escreva no livro
ALEXANDRE R./ M10
MADERLA/SHUTTERSTOCK
129
pés de dinossauros.
Você pode pedir aos alunos
que argumentem para
defender a explicação que
deram. Note se alguma
explicação envolve também
emoções e valores
humanos, como o feliz encontro
de mãe/pai com o
filhote que estava perdido.
Também é possível perguntar
aos alunos que informações
precisariam obter para
reforçar a explicação que
deram.
Aproveite a oportunidade
para explorar a natureza
do conhecimento científico
com a turma. Os cientistas
podem chegar a explicações
diferentes para uma questão
a partir de um mesmo conjunto
de dados (como as
pegadas). Nessas situações,
muitas vezes não é possível
decidir qual é a explicação
mais adequada, uma vez
que elas podem se basear
em justificativas igualmente
válidas. A obtenção de
novos dados, quando possível,
pode lançar luz sobre
o fenômeno e permitir que
os cientistas escolham entre
as explicações formuladas
ou mesmo construam uma
nova explicação.
Avaliação formativa
Use os resultados dos debates
e as argumentações
dos alunos durante as atividades
Jornada do saber e
Trocando ideias para fazer
a avaliação formativa dessa
unidade didática. Verifique
se os alunos compreendem
a relação entre a luz do
Sol como fonte primária de
energia e a mobilização de
conceitos já trabalhados para
a formulação de hipóteses.
A capacidade do uso de informações
diversas na construção
da argumentação em
defesa de uma hipótese é
uma habilidade que deve
ser desenvolvida em toda a
Educação Básica.
129
Orientação e localização
Habilidades
• (EF04CI09) Identificar os
pontos cardeais, com base
no registro de diferentes
posições relativas do Sol
e da sombra de uma vara
(gnômon).
• (EF04CI10) Comparar as
identificações dos pontos
cardeais resultantes da observação
das sombras de
uma vara (gnômon) com
aquelas obtidas por meio
de uma bússola.
A marcação do tempo também é importante. Dividimos o ano em meses; os meses são
divididos em semanas e dias; o dia, em horas e minutos.
Ao observar o movimento aparente do Sol e a sombra produzida pela luz solar durante um dia,
podemos ter uma referência de localização e uma ideia sobre o “horário” do dia.
CURIOSIDADE
Os navegadores de 600 anos atrás
orientavam-se em alto-mar observando as estrelas
e usando uma bússola com a rosa dos ventos.
Usavam a estrela Polar como referência para a
navegação no norte do planeta e a constelação
Cruzeiro do Sul para orientar a navegação no sul
do planeta.
ALEXANDRE R./ M10
Apoio pedagógico
As páginas 130 a 134 constituem
uma unidade didática
referente à orientação e localização
na superfície terrestre.
O Sol foi o primeiro corpo
celeste que o ser humano utilizou
para se orientar e se localizar
na superfície terrestre.
Antigos navegadores dos
séculos XV e XVI desenvolveram
equipamentos capazes
de orientar a navegação em
altomar. O astrolábio, a bússola,
os quadrantes, as cartas
náuticas e o conhecimento
sobre os movimentos das
estrelas foram fundamentais
para que os navegadores
conseguissem viajar durante
meses em suas conquistas.
Hoje, a tecnologia dos radares
e dos sonares e a comunicação
por meio de satélites
(GPS) garantem a segurança
da tripulação e dos passageiros
dos navios. Muitos aparelhos
de telefone celular têm
uma bússola que pode ser
utilizada pelos usuários.
A estrela Polar (Polaris),
visível somente no hemisfério
norte, era utilizada como
referência quando o barco
estava no norte do planeta.
A constelação do Cruzeiro do
Sul era a referência para a navegação
no hemisfério sul.
Orientando-se na superfície
Analise a imagem da bússola com a rosa dos ventos. A agulha da bússola tem propriedades
magnéticas e sempre está alinhada, aproximadamente, com a direção norte-sul do planeta.
Bússola antiga.
Sugestão de
encaminhamento
Leia o texto da seção
Curiosidade com a turma e
explore o significado das
palavras do glossário de
modo a ampliar o vocabulário
dos alunos.
Navegador: aquele que conduz qualquer tipo de
embarcação ou aeronave entre um lugar e outro.
Alto-mar: área do mar distante da costa, de onde
não se consegue ver o litoral.
130 Não escreva no livro
DANNY SMYTHE/SHUTTERSTOCK.COM
Rosa dos ventos (N = norte; S = sul;
L = leste; O = oeste).
Ilustração de antigas caravelas portuguesas.
MICHAEL ROSSKOTHEN/SHUTTERSTOCK
130
Para saber em que direção o barco estava indo, o marinheiro
girava a bússola até que a ponta da agulha ficasse sobre o “N” da
rosa dos ventos, isto é, a direção norte. Ao fazer isso, sabia-se em
que direção a caravela estava indo.
Os pontos cardeais norte, sul, leste e oeste representam
pontos imaginários que indicam que direção seguir para chegar a
um lugar qualquer. Os pontos cardeais não indicam as localizações exatas dos polos norte e sul; eles são
pontos de referência.
Durante o ano, o Sol não nasce exatamente no mesmo ponto no horizonte. Mas podemos usá-
-lo como uma referência de localização.
Sabemos que o Sol nasce na região leste e se põe a oeste do planeta. Se apontarmos para a
direção do Sol nascente com a mão direita, enquanto a mão esquerda aponta na direção contrária,
teremos à nossa frente o norte, atrás o sul e à esquerda o oeste.
Orientação
na superfície
usando o
Sol como
referência.
TROCANDO IDEIAS
Caravela: embarcação de madeira
com uma ou mais velas, usada
na época das grandes navegações
(séculos XV e XVI).
Reúna-se com o seu grupo e descubra o ponto aproximado do Sol nascente em
relação à sala de aula. Abra os braços e aponte o braço direito para essa direção, enquanto
o braço esquerdo aponta para o lado oposto.
Marquem no chão as direções leste, oeste, norte e sul. Comparem a marcação que
vocês fizeram no chão com a da rosa dos ventos.
• Em que posição se encontra a porta da sala de aula?
Vocês podem utilizar a bússola de um aparelho de telefone celular para confirmar a
sua resposta. Respostas na Resolução comentada.
Não escreva no livro
131
A. CARLÍN/ M10
Apoio pedagógico
A rosa dos ventos (como
a representada na página
130) começou a ser utilizada
com as bússolas no século
XIV. A bússola indica a
direção norte-sul, e a rosa
dos ventos garante que o
navegador não mude a rota
que foi traçada na viagem. A
rosa dos ventos é composta
pelos pontos cardeais (Norte,
Sul, Leste e Oeste), colaterais
(Nordeste, Sudeste, Noroeste
e Sudoeste) e ainda subcolaterais.
De modo aproximado,
podemos utilizar a posição
do Sol (nascente e poente)
para nos localizarmos em
relação a um ponto de referência:
o Sol nasce a leste e
se põe a oeste.
Sugestão de
encaminhamento
Instrua os alunos quanto
ao uso da bússola. Para se
orientar com ela, alinhe a
ponta colorida (geralmente
azul ou vermelha) da bússola
com o N (norte) da rosa
dos ventos. Feito isso, você
pode ler na rosa dos ventos
a posição onde a porta da
sala de aula está em relação
às pessoas que estão dentro
da sala. A utilização da bússola
permitirá que os alunos
identifiquem a direção dos
pontos cardeais.
Resolução comentada – Trocando ideias
Os alunos deverão colocar a rosa dos ventos alinhada com as indicações dos pontos cardeais
que fizeram no chão. A partir daí, deverão perceber em que direção a porta da sala de aula se encontra.
Eles poderão utilizar os pontos colaterais da rosa dos ventos (nordeste, sudeste, noroeste
e sudoeste).
131
Encontrando os pontos cardeais
Habilidades
• (EF04CI09) Identificar os
pontos cardeais, com base
no registro de diferentes
posições relativas do Sol
e da sombra de uma vara
(gnômon).
• (EF04CI10) Comparar as
identificações dos pontos
cardeais resultantes da observação
das sombras de
uma vara (gnômon) com
aquelas obtidas por meio
de uma bússola.
As tecnologias utilizadas para localização evoluíram
muito. O instrumento GPS, por exemplo, utiliza
informações de satélites artificiais que giram ao redor da
Terra para determinar a localização de um ponto qualquer
na superfície terrestre. Com ele, é possível reconhecer a
direção exata dos pontos cardeais.
GPS: sigla em inglês
para Sistema de
Posicionamento Global.
ALEXANDRE R./ M10
Representação da tela de um aparelho que utiliza a tecnologia GPS. No canto superior direito está indicada uma bússola. A seta
vermelha indica o ponto cardeal norte.
Além de localizar a posição de um objeto (móvel ou fixo), os aparelhos que utilizam a
tecnologia GPS mostram as rotas existentes para os lugares que você escolher e acompanham
o seu deslocamento.
132 Não escreva no livro
Atividade complementar
Assista ao vídeo do canal Manual do Mundo. Ele ensina como construir uma bússola,
mostrando o princípio do funcionamento de bússolas caseiras feitas com agulha de
costura e ímã. Se desejar, construa uma com os alunos e discuta como ela é usada para a
orientação na superfície terrestre. Disponível em: https://youtu.be/1ItwpRKaKg0. Acesso
em: 13 jul. 2021.
132
MÃOS À OBRA
É possível descobrir a direção norte-sul sem o uso de uma bússola ou de um GPS?
Para descobrir, você vai construir um gnômon.
Materiais
• 1 cabo de vassoura ou outra haste;
• 1 esquadro escolar;
• barbante;
Como fazer
Construção de um gnômon
A. Encontre uma área plana e
horizontal que não seja cimentada
e que receba luz solar o dia todo.
Faça um buraco no chão para fixar
o cabo de vassoura ou a haste.
Atividade complementar
• giz ou lápis de cera;
• régua;
• palitos de sorvete.
B. Com a ajuda dos colegas, deixe o
cabo de vassoura (ou a haste) na
vertical. Para isso, utilize o esquadro
escolar. Coloque-o no chão plano
e encoste-o no cabo de vassoura. Quando o cabo de vassoura estiver completamente na
vertical, fixe-o no chão.
C. Em uma manhã ensolarada, marque a extremidade da sombra projetada por seu
gnômon com o giz ou com os palitos de sorvete.
D. Amarre a ponta do barbante na base
do gnômon e, na outra extremidade
do barbante, amarre um giz de
tal modo que ele coincida com a
extremidade da sombra.
E. Faça um movimento circular (como
um compasso) com o barbante
esticado de modo que fique uma
marca circular no sentido do
deslocamento da sombra.
Não escreva no livro
133
Para conhecer mais sobre o processo de construção do gnômon, acesse o vídeo disponível
em: https://youtu.be/onDE_ZAdkkE (acesso em: 13 jul. 2021).
Você também pode saber mais sobre a história do uso do gnômon e a identificação dos
pontos cardeais acessando o link a seguir: http://www.iag.usp.br/siae98/astroinstrum/
antigos.htm (acesso em: 13 jul. 2021).
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
Sugestão de
encaminhamento
É preferível realizar a atividade
entre os meses de maio
e agosto (outono e inverno
no hemisfério sul), quando
as sombras serão maiores
e a orientação do gnômon
será praticamente a mesma
em qualquer lugar do país
(inclusive na parte do estado
do Amapá que fica no hemisfério
norte).
Atividade
preparatória
Você pode adaptar a
atividade usando uma
base de madeira, por
exemplo, com uma haste
fixada nela (a haste não
precisa ser muito grande),
tomando cuidado
para manter a haste no
nível do chão durante o
uso. Alguém com habilidade
para trabalhar com
placas de madeira pode
fazer um gnômon que
poderá ser utilizado muitas
vezes.
Oriente os alunos na
busca de um local plano
para a construção do
gnômon – se possível, em
uma área que não seja
coberta de cimento e na
qual haja terra para que a
base do instrumento possa
ser cavada e enterrada
até o nível da superfície
do solo.
Caso você decida que
cada grupo de alunos vai
construir seu gnômon,
ajude-os a utilizar um esquadro
para verificar se
a haste do instrumento
está com um ângulo de
90º em relação ao solo.
133
Sugestão de
encaminhamento
Devido à longa duração
da atividade, podem surgir
diversas dificuldades durante
as tomadas de medidas
da sombra, que dependem
da presença da luz solar (o
tempo encoberto prejudica
o registro).
Auxilie os alunos no uso
de instrumentos de medição,
como régua, trena, esquadro
etc. Esse é um bom momento
para discutir as unidades
de medida de comprimento,
como metro, centímetro
e milímetro.
Estimule os alunos a fazer
os registros em desenho da
forma mais fiel possível ao
que está sendo observado
no pátio da escola. O registro
nas atividades científicas
é um elemento importante
para a compreensão de fenômenos
físicos.
F. Observe o movimento
da sombra do gnômon
no período da tarde até
que a sombra alcance a
linha que está marcada no
chão. Marque esse ponto
com o giz ou com os
palitos de sorvete.
G. Trace um triângulo que
ligue os dois pontos
marcados no chão e o pé
do gnômon.
H. Com a régua, encontre o meio da reta que liga as extremidades das sombras (locais
marcados no chão). Una esse ponto ao pé do gnômon.
A. CARLÍN/ M10
A. CARLÍN/ M10
Avaliação formativa
Por ser uma atividade trabalhosa,
o desempenho no
processo de construção e
registros das medidas do
gnômon deve ser avaliado
coletiva e individualmente.
Observe também se os alunos
aprenderam a usar os
pontos cardeais tal qual estão
representados na rosa
dos ventos.
Essa linha que você traçou corresponde à direção norte-sul. O lado onde o Sol nasce é o
leste e o lado onde o Sol se põe é o oeste.
Dessa forma, você localizou os quatro pontos cardeais sem usar uma bússola ou GPS.
1. Desenhe em uma folha o gnômon que o seu grupo montou e indique os pontos
cardeais. Produção pessoal.
Agora, utilize uma bússola para identificar os pontos cardeais na mesma localização do
gnômon construído pelo grupo.
2. Os pontos cardeais identificados por esses dois instrumentos são iguais ou diferentes?
Resposta na Resolução comentada.
134 Não escreva no livro
Resolução comentada
2. Espera-se que os alunos percebam que a identificação do norte é ligeiramente diferente nesses
instrumentos.
134
ATIVIDADES
1. Observe a descrição dos fósseis a seguir.
B – D – C
Resolução
comentada
BEE_ACG/SHUTTERSTOCK
MARIEARTS/SHUTTERSTOCK
PAVEL.RIHA.CB
2. Os critérios considerados
pelos alunos provavelmente
serão: redução do
tamanho da cauda; redução
e desaparecimento
das garras nas asas; desenvolvimento
das penas
e do bico.
Fóssil A (Sinosauropteryx): dinossauro
com cobertura semelhante a penas.
Fóssil B (Caudipteryx): ave não voadora,
com garras nas asas, dentes afiados e
cauda longa.
Fóssil C (Enantiornithes): ave voadora
com bico parcial no focinho alongado,
dentes e cauda curtos.
CATMANDO/SHUTTERSTOCK
RUDIERNST/SHUTTERSTOCK
75 cm
Fóssil D (Archaeopteryx): ave com dentes, cauda longa,
totalmente coberta por penas e capaz de voar.
Ave atual (biguá): ave aquática bastante comum no Brasil.
• Agora, complete no caderno a sequência com as letras que correspondem aos fósseis
apresentados, começando do mais antigo, isto é, o que é menos parecido com as
aves atuais, até o biguá.
Fóssil A (Sinosauropteryx) Fóssil Fóssil Fóssil Ave atual (biguá).
2. Que critérios foram considerados para organizar a sequência dos fósseis mais antigos até o
representante mais parecido com as aves atuais? Escreva no caderno.
Resposta na Resolução comentada.
Não escreva no livro
135
pelos alunos provavelmente serão: redução do ta
desaparecimento das garras nas asas, o desenvol
penas e do bico.
135
Habilidade
• (EF04CI11) Associar os movimentos
cíclicos da Lua e
da Terra a períodos de tempo
regulares e ao uso desse
conhecimento para a construção
de calendários em
diferentes culturas.
Objetivos
• Reconhecer que os povos
antigos usavam informações
obtidas a partir
da observação do céu
para organizar a vida em
comunidade.
• Discutir como os diferentes
povos desenvolveram
métodos de contar o tempo
usando como referência
os movimentos cíclicos
dos astros.
• Identificar os ciclos definidos
pelos movimentos dos
astros visíveis a olho nu.
• Discutir como o ser humano
desenvolveu mecanismos
para registrar a passagem
de frações de tempo
menores que um dia.
• Apreciar a história de instrumentos
de contagem
de tempo desenvolvidos
pela engenhosidade humana
(relógios de sol,
clepsidra, ampulheta e
calendários).
136
8
Anotar na agenda o dia do seu
aniversário, os dias dos aniversários de
seus amigos, a data de vacinação do
animal de estimação, o dia do início
das aulas e o do início das férias, os
dias das festas de sua comunidade,
entre outras datas, é um hábito
importante. Porém, além da marcação
do dia, precisamos saber o momento
de cada compromisso.
Hábito: costume.
Compromisso: obrigação.
TROCANDO IDEIAS
A marcação
do tempo
Reúna-se com um colega e discuta a situação a seguir.
Podemos
começar o jogo
após a chuva.
Há uma forma mais
adequada para
marcar o início e o
término do jogo?
Resposta pessoal.
1. O que vocês acham da sugestão para marcar o tempo apresentada na figura?
2. A sugestão dada para marcar o início do jogo funcionaria na cidade em que
vocês vivem? Resposta na Resolução comentada.
Não escreva no livro
E se
não chover?
A. CARLÍN/ M10
ALEXANDRE R./ M10
Costumamos usar
uma agenda para
marcar nossos
compromissos.
Apoio pedagógico
As páginas 138 a 142 constituem
a unidade didática
sobre a marcação do tempo
durante o dia – relógios.
A contagem do tempo
ajuda as pessoas a estabelecer
os momentos para a
ocorrência de eventos – por
exemplo, o início de uma reunião
ou de um espetáculo
esportivo, o término de um
programa na TV, o embarque
de passageiros em um meio
de transporte, entre tantas
outras situações em que é
necessária a identificação do
seu início e/ou término.
A situação do Trocando
ideias pode ser debatida com
os alunos. Estimule-os a interpretar
a imagem e indicar qual
poderia ser a resposta à questão
discutida pelos jogadores.
Resolução comentada
1. Resposta pessoal.
2. Resposta pessoal. Essa sugestão não deve ser boa em nenhuma
cidade, pois as chuvas não ocorrem sempre no mesmo
horário e nem em todos os dias. Em cidades da Região
Norte, é comum chover praticamente todos os dias em uma
época do ano, porém não há um horário para o início e o
término da chuva.
136
Não é muito preciso marcar o tempo de acordo
com os acontecimentos meteorológicos. Além disso,
no caso do jogo, como seria possível medir o tempo de
duração da partida?
No capítulo anterior, você viu que a história da
vida no planeta, “contada” pelo estudo dos fósseis,
é de milhões de anos. É um tempo muito longo
quando comparado ao ciclo de vida de um ser vivo.
Os seres vivos que têm o ciclo de vida mais longo
são as árvores.
A sequoia pode atingir mais de
90 metros de altura e viver mais de
mil anos. Parque Nacional da Sequoia,
Califórnia (EUA).
90 m
IM_PHOTO/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Em várias regiões do Brasil,
particularmente no Norte e
Centro-oeste, existem florestas
inexploradas nas quais
podem habitar árvores tão
antigas quanto o Jequitibá.
Da mesma forma que muitas
espécies de animais e
de plantas dessas matas estão
sendo descobertas pelos
pesquisadores, é possível que
árvores com milhares de anos
também sejam encontradas.
CURIOSIDADE
Sugestão de
encaminhamento
A árvore mais antiga
A árvore mais antiga de que se
tem notícia no Brasil é um jequitibárosa
com mais de 3 mil anos de vida.
Essa árvore vive no Parque Estadual
de Vassununga, no município de
Santa Rita do Passa Quatro, estado
de São Paulo. Tem mais de 40 metros
de altura e um tronco de mais de
11 metros e meio de circunferência.
Para abraçar o seu tronco, são
necessários 11 adultos.
LUCIANA SERRA/SHUTTERSTOCK
Instrua os alunos para que,
em casa, leiam em voz alta o
texto da seção Curiosidade
para seus pais ou cuidadores.
Essa prática de literacia permitirá
que a família acompanhe
o desenvolvimento
dos alunos como leitores
autônomos. Na aula seguinte,
peça aos alunos que compartilhem
com a classe como
essa leitura foi realizada, para
quem o texto foi lido, quais
comentários foram feitos,
entre outras perguntas
pertinentes.
Jequitibá-rosa.
40 m
Não escreva no livro
137
137
A divisão do tempo no dia
Sugestão de
encaminhamento
Uma atividade interessante
para os alunos é a visita a
um museu que exponha relógios
antigos ou que apresente
a história da contagem
de tempo. Existem museus e
espaços de visitação pública
que têm essa proposta. Se
puder, organize uma visita
com os alunos até o local.
O dia pode ser dividido em períodos menores de tempo, mas como fazer isso de uma forma
exata, com a precisão exigida para cada situação? Nem sempre a marcação do tempo foi tão simples
como é hoje. Em cada época da história da humanidade, foram dadas soluções diferentes para
marcar o tempo. Observe algumas delas nas figuras a seguir.
RANGIZZZ/SHUTTERSTOCK
YETI STUDIO/SHUTTERSTOCK
Relógio de parede.
Relógio de pulso.
ROB WILSON/SHUTTERSTOCK
Relógio digital de rua.
138 Não escreva no livro
Atividade complementar
Na página da Revista Arco, da Universidade Federal de Santa Maria, você encontrará
uma animação e explicações sobre três tipos de relógio solar usados por diferentes culturas.
Disponível em: https://www.ufsm.br/midias/arco/voce-sabia-que-existem-tres-tipos-de-relogios-do-sol-na-ufsm/.
Acesso em: 13 jul. 2021.
138
Os primeiros medidores do tempo
Relógio de sol
Os primeiros instrumentos para medição de tempo eram simples e utilizavam a sombra de uma
vareta fincada no chão ou em um pedaço de madeira para marcar a passagem do tempo.
O tamanho e a direção da sombra produzida pela luz solar indicavam quanto tempo do dia
havia se passado.
O instrumento usado para marcar as horas a partir da sombra da luz solar é conhecido como
relógio de sol.
O primeiro registro de um relógio de sol de que se tem notícia foi feito no Egito há 3 500 anos.
LEONARD RODRIGUEZ/SHUTTERSTOCK
SCOTT LATHAM/SHUTTERSTOCK
Apoio pedagógico
Os temas “Os primeiros
medidores do tempo” e
“Calendários” não são triviais.
Os povos antigos precisaram
acumular muito conhecimento
sobre os movimentos
da Lua e do Sol para conseguirem
um sistema de contagem
de tempo eficiente
e para desenvolverem os
calendários.
O movimento aparente do
Sol é regular e determina os
períodos de claro e escuro
do planeta – o dia. Embora
existam variações de tempo
do período de claro e de escuro
de acordo com a época
do ano, elas se repetem de
modo cíclico.
Relógio de sol na Praia da Areia Preta, em Natal (RN), 2020.
Relógio de sol antigo.
CIÊNCIAS
SITE
• Como foi criado o relógio de sol?
O artigo publicado pela revista Ciência Hoje das Crianças traz informações
históricas sobre o relógio de sol.
Disponível em: http://chc.org.br/acervo/como-foi-criado-o-relogio-de-sol/.
Acesso em: 1 jul. 2021.
Não escreva no livro
139
Atividade complementar – Como foi criado o relógio de Sol?
Faça uma leitura dialogada do texto “Como foi criado o relógio de Sol?”, indicado no
link: http://chc.org.br/acervo/como-foi-criado-o-relogio-de-sol/. Acesso em: 13 jul. 2021.
Estimule a investigação dos alunos, fazendo perguntas relativas ao texto:
• Quando e por quem foi inventado o relógio de Sol?
• Como se faz a leitura do relógio de Sol?
• A leitura da hora no relógio de Sol é exata e comparável aos relógios atuais em todos
os períodos do ano?
• Você conhece algum relógio de Sol? Onde ele está?
139
Relógio de água
Depois do relógio de sol, outros instrumentos para a medição do tempo foram inventados. O
relógio de água, por exemplo, trouxe vantagens em relação ao relógio de sol, pois ele funciona em
dias chuvosos e durante a noite.
Nesse instrumento, conhecido também como clepsidra, a contagem do tempo é realizada
pelo escoamento da água de um recipiente para outro. Com o passar dos anos, o relógio de água foi
aperfeiçoado.
A. CARLÍN/ M10
SERGEY KOHL/SHUTTERSTOCK
Ilustração de relógio de água, Grécia, cerca de 300 a.C.
A clepsidra era usada na Grécia
Antiga para limitar o tempo que
as pessoas tinham para falar nos
tribunais de Atenas (uma das mais
importantes cidades da Grécia
na Antiguidade e atualmente sua
capital). O primeiro espaço de tempo
era usado pela acusação, depois era
a vez da fala do acusado e o terceiro
tempo era usado pelos juízes. Assim,
o tempo destinado para cada uma
das partes envolvidas no julgamento
era igual.
CIÊNCIAS
Relógio de água no Europa-Center, um complexo de edifícios
em Berlim, na Alemanha, 2012.
SITE
• Museu do Relógio
O Museu do Relógio Professor Dimas de
Melo Pimenta está localizado na cidade
de São Paulo desde 1975. No site a seguir,
você pode fazer um passeio virtual pelo
museu e conhecer os relógios expostos.
Clique nos pontos vermelhos na tela e
saiba mais.
Disponível em: www.dimep.com.br/museu/.
Acesso em: 1 jul. 2021.
140 Não escreva no livro
Atividade preparatória
Como preparação para orientar os alunos durante a visita virtual ao Museu do Relógio,
entre no site www.dimep.com.br/museu/ (acesso em: 13 jul. 2021) e conheça o potencial
de trabalho pedagógico a partir desse espaço. Hoje, visitas virtuais a museus são uma
possibilidade de ampliar o conhecimento sobre diversos temas.
Você pode pedir que os alunos façam a visita virtual em casa – segundo as suas orientações
– e elaborem um pequeno texto para depois conversar na sala de aula.
140
Ampulheta
Na ampulheta, a passagem do tempo é calculada pela
passagem da areia ou pó de mármore de um recipiente para o
outro. Para iniciar a marcação do tempo, basta virar a ampulheta.
A ampulheta tem a vantagem de ser fácil de transportar e
não estar sujeita às interferências da temperatura do ambiente.
Ela foi muito usada nas caravelas, para medir o tempo de trabalho
da tripulação, e nas igrejas, para medir o tempo dos sermões.
Em alguns jogos e brincadeiras
atuais, utiliza-se uma ampulheta
Sermão: discurso religioso.
para marcar o tempo de uma jogada
ou da ação de cada jogador.
CURIOSIDADE
Tic tac, passa tempo, tic tac, passa hora…
Modelo de ampulheta.
[...]
Pensar sobre o tempo faz parte da experiência humana. [...] [Os] humanos
percebem a passagem do tempo, contam o tempo, organizam o tempo. [...]
Mas a verdade é que cada cultura lida com o tempo de uma maneira diferente.
Os chineses, por exemplo, dividem o tempo em calendários de doze anos, em que
cada ano corresponde a um animal. Os judeus começam a contar o tempo com o que
supõem ser a criação do mundo, e já estão em 5772 [...].
Para os índios do Xingu, que marcam o tempo com os movimentos do Sol e
da Lua, os acontecimentos estão sempre relacionados com algo que já aconteceu
no passado. O nosso calendário, chamado gregoriano, também acompanha o
movimento dos astros, mas de outra forma – um dia corresponde a uma volta da
Terra em torno de si própria; um ano é uma volta da Terra em torno do Sol.
Então pergunto: por que, em várias culturas, nos importamos tanto em
marcar a passagem do tempo e atribuir a cada ano um número diferente? Para
nós, a possibilidade do recomeço é tão importante quanto saber que o tempo
não para. [...]
Keila Grinberg. Tic tac, passa tempo, tic tac, passa hora… Ciência Hoje das Crianças, 27 jan. 2012.
Disponível em: http://chc.org.br/tic-tac-passa-tempo-tic-tac-passa-hora/.
Acesso em: 1 jul. 2021.
POGONICI/SHUTTERSTOCK.COM
Sugestão de
encaminhamento
Peça aos alunos que leiam
o texto silenciosamente. Em
seguida, você pode escolher
quatro alunos e distribuir entre
eles os parágrafos para
serem lidos em voz alta.
O texto termina com uma
pergunta: Por que, em várias
culturas, nos importamos
tanto em marcar a passagem
do tempo e atribuir a cada
ano um número diferente?
Aproveite-a para realizar uma
discussão com a turma e estimule
os alunos a compartilhar
o que eles pensam sobre a
passagem e a marcação do
tempo. Explore com a turma
as diferenças culturais
expostas no texto de modo
que elas sejam valorizadas e
respeitadas.
Não escreva no livro
141
141
UM POUCO DE HISTÓRIA
Sugestão de
encaminhamento
Você pode explorar o texto
da seção Um pouco de história
com a classe a partir da
estratégia de leitura dialogada,
que consiste na realização
de perguntas antes,
durante e após a leitura.
Antes de iniciar a leitura do
texto, algumas perguntas podem
ser feitas para despertar
o interesse dos alunos:
• Vocês acham que o relógio
de pulso foi uma invenção
brasileira? Por quê?
• Por que o relógio de pulso
foi inventado?
Ao longo da leitura, você
pode fazer pausas após alguns
dos parágrafos para
propor questões que envolvem
a retirada de informações
explícitas do texto para
ser respondidas, tais como:
• Quando surgiu o relógio
de bolso?
• Qual foi a solução de Santos
Dumont para o difícil processo
de ver as horas enquanto
estava pilotando?
• Quem criou o relógio que
ficou conhecido como “modelo
Santos”?
Por fim, retome o título
do texto com a seguinte
pergunta:
• Afinal, o relógio de pulso foi
uma invenção brasileira?
Apoio pedagógico
Os alunos precisarão relacionar
as ideias contidas
no texto para chegar à conclusão
de que o “modelo
Santos”, embora tenha sido
criado para atender à demanda
de um importante inventor
brasileiro, foi fabricado
pelo francês Louis Cartier
– não sendo, portanto, uma
invenção brasileira. Além
O relógio de pulso: uma invenção brasileira?
O relógio de bolso surgiu por volta do ano de 1600. Eram peças delicadas que ficavam
em caixas de metal. Para saber as horas, era necessário abrir a tampa.
O brasileiro Alberto Santos Dumont, inventor do avião, queria saber o tempo de cada
um dos seus voos, mas achava esse processo de abrir a tampa do relógio difícil de ser feito
enquanto estava pilotando. Então, ele amarrou um relógio de bolso ao seu pulso com
um lenço.
Relógio de bolso.
Por volta de 1907, Santos Dumont contou
a Louis Cartier, um fabricante de relógios,
o seu problema: medir o tempo do voo sem
tirar as mãos dos comandos do avião.
Cartier fez, então, um relógio na forma de
quadrado, que foi preso ao pulso do aviador.
O “modelo Santos”, como esse relógio ficou
conhecido, até hoje é encontrado nas lojas.
Na verdade, os inventores do relógio de
pulso foram um polonês e um francês que
construíram um modelo feminino do relógio de
pulso em 1868. Mas foi apenas depois da criação
do “modelo Santos” que o relógio de pulso se
popularizou.
Os relógios são importantes porque muitas ações precisam ter hora certa para
começar e terminar. Você já imaginou como seria a sua escola se cada aluno, professor ou
funcionário chegasse em um horário diferente?
142 Não escreva no livro
disso, o texto afirma que o
relógio de pulso foi inventado
em 1868 por um francês
e um polonês, embora só
tenha se popularizado após
a criação do modelo Santos.
Além de realizar o primeiro
voo do avião em Paris
(1906), o brasileiro Alberto
Santos Dumont (1873-1932)
foi um importante inovador.
Ele desenvolveu motores e
engrenagens, popularizou o
relógio de pulso masculino
NEDIM BAJRAMOVIC/SHUTTERSTOCK.COM
e construiu balões dirigíveis,
entre outros objetos.
Dedique uma parte da sua
aula para contar a biografia
desse ilustre brasileiro.
Avaliação formativa
Utilize os momentos de
discussão e de leitura para
verificar a oralidade e o
entendimento dos textos
em relação à marcação de
tempo e aos instrumentos
criados pela engenhosidade
Santos Dumont em seu avião, 1907.
Hoje, o modelo “Santos” é produzido em versões que
incluem novos materiais.
humana. Faça registros referentes
ao desempenho de
cada aluno e considere-os
na sua avaliação final.
EVERETT COLLECTION/SHUTTERSTOCK
ALEXANDER KOROBOV/SHUTTERSTOCK
142
Calendários
O tempo de um dia é dividido em horas e minutos. As divisões de tempo maiores,
como mês e ano, foram criadas com base nos conhecimentos da Astronomia.
O mês
Povos muito antigos observaram que a forma como a Lua aparecia no céu sofria mudanças ao
longo do tempo, e que essas mudanças se repetiam em ciclos – lua cheia, lua quarto crescente, lua
nova e lua quarto minguante. O intervalo de tempo entre o início de uma lua cheia e o início da lua
cheia seguinte é sempre igual. A observação do ciclo lunar passou, então, a ser um modo de contar
o tempo.
Lua nova Quarto
Lua cheia Quarto
Lua nova
crescente
minguante
O ciclo lunar é também conhecido como lunação.
O ciclo lunar demora, aproximadamente, 29 dias e meio para ocorrer. Assim, povos antigos
criaram um calendário baseado no tempo de duração do ciclo da Lua, o mês lunar. Como a lunação
não corresponde a um número de dias inteiros, alguns calendários antigos tinham meses de 29 dias
que se alternavam com meses de 30 dias.
CIÊNCIAS
FILME
• Os movimentos e as fases da Lua
Você pode saber mais sobre a Lua e suas fases assistindo a esse vídeo. Aproveite
para conversar com os colegas caso surjam dúvidas sobre as fases da Lua.
Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/4080/os-movimentos-e-as-fasesda-lua#.
Acesso em: 13 jul. 2021.
VICTOR B./ M10
Apoio pedagógico
As páginas 143 a 148 formam
a unidade didática sobre
calendários.
O desenvolvimento de
calendários que marcassem
períodos maiores, como meses
e anos, demandou estudos
e observações minuciosas
dos fenômenos cíclicos.
As mudanças da aparência
da Lua (as fases) foram fundamentais
para a confecção
dos calendários.
Os ciclos lunares não correspondem
a dias completos,
e isso criou uma dificuldade.
O ciclo completo da
Lua corresponde a 29 dias,
12 horas, 44 minutos e 3 segundos.
Assim, ele não coincide
com um número inteiro
de dias, e o arredondamento
leva, ao longo do tempo, a
uma defasagem.
O ciclo anual também é
regular e depende de medidas
da posição do Sol durante
muito tempo. O ano solar
não é um número inteiro de
dias e nem um número inteiro
de ciclos lunares.
O ano sideral corresponde,
em média, a 12,4 ciclos lunares:
são 365 dias, 5 horas,
48 minutos e 45 segundos,
aproximadamente.
Não escreva no livro
143
Atividade complementar
A animação Um Cientista, Uma História – Alberto Santos Dumont conta a história de
Santos Dumont. O vídeo apresenta um texto acessível que pode ser utilizado na sala de
aula. Disponível em: https://youtu.be/dMRHfuqKDd0. Acesso em: 02 abr. 2021.
143
Sugestão de
encaminhamento
Os marcos que indicavam
a passagem do ano variaram
de acordo com o momento
histórico de cada povo.
Você pode conduzir a leitura
do texto e lançar algumas
questões sobre a passagem
do ano para os alunos, como:
• Como eles percebem a passagem
do ano?
• O seu aniversário é um importante
marco da passagem
do ano? Por quê?
• Qual é a época do ano que
você mais aprecia?
Você pode incluir outras
questões, levando em consideração
as características
culturais da comunidade em
que a escola está inserida.
O ano
Houve uma época em que a regularidade das estações do ano bastava como divisão do
tempo. No Egito Antigo, por exemplo, o ano era dividido em três estações, de acordo com a
atividade agrícola, as quais dependiam da cheia do rio Nilo. As três estações do ano eram: a cheia,
o plantio e a colheita.
MOHAMED ELKHAMISY/SHUTTERSTOCK
Rio Nilo, Cairo, Egito, 2019.
Na época do imperador romano Júlio Cesar, começou a ser usado um calendário solar que
considerava um giro completo ao redor do Sol, por isso ele ficou conhecido como calendário juliano.
O calendário solar que usamos hoje, chamado de gregoriano, é uma evolução do calendário
juliano e começou a ser usado em 1582. Astrônomos definiram as datas do início das estações do ano
de acordo com a posição do Sol em relação à Terra.
Cada mês do calendário gregoriano não corresponde exatamente aos ciclos lunares. Alguns
dias foram acrescentados aos meses para que o ano completasse os 365 dias.
O percurso da Terra ao redor do Sol não corresponde a um número inteiro de dias. Um ano
tem, aproximadamente, 365 dias e 6 horas. Para corrigir essa diferença de tempo, foi criado o ano
bissexto, isto é, a cada 4 anos temos um mês de fevereiro com 1 dia a mais, ou seja, com 29 dias.
144 Não escreva no livro
144
CURIOSIDADE
O calendário gregoriano
O nosso calendário é chamado de gregoriano porque foi o Papa Gregório XIII que reuniu
astrônomos e matemáticos para refazer o calendário da época. E os nomes dos meses têm sua
origem em palavras e deuses romanos.
Meses do ano de 2024 (origem do nome)
Número de dias
Janeiro (Jano – deus romano das mudanças) 31
Fevereiro (Februus – relativo à febre, mês da purificação)
29 (ano bissexto)
Março (Marte – deus romano da guerra) 31 (início do outono no dia 20)
Abril (Aprilis – significa “abrir” em latim) 30
Maio (Maia Maiestas – deusa romana) 31
Junho (Juno – deusa romana, esposa de Júpiter) 30 (início do inverno no dia 20)
Julho (Júlio Cesar – general e imperador romano) 31
Agosto (Augusto – primeiro imperador romano) 31
Setembro (Septem – sétimo em latim) 30 (início da primavera no dia 22)
Outubro (Octo – oito em latim) 31
Novembro (Novem – nove em latim) 30
Dezembro (Decem – dez em latim) 31 (início do verão no dia 21)
Em algumas línguas, como o latim, o inglês, o espanhol, o italiano e o francês, os dias da
semana se referem aos corpos celestes mais próximos da Terra.
Dias da semana
Domingo
Segunda-feira
Terça-feira
Quarta-feira
Quinta-feira
Sexta-feira
Sábado
Fonte: Início das estações do ano (2021-2025). USP/IAG. Disponível em: www.iag.usp.br/astronomia/
datas-de-inicio-das-estacoes-do-ano-2021-2025. Acesso em: 15 jul. 2021.
Nome em latim
Dies Domini ou Solis dies (Dia do Senhor ou Dia do Sol)
Lunae dies (dia da Lua)
Martis dies (dia de Marte)
Mercurii dies (dia de Mercúrio)
Jovis dies (dia de Júpiter)
Veneris dies (dia de Vênus)
Saturni dies (dia de Saturno)
Não escreva no livro
145
Sugestão de
encaminhamento
Você pode fazer perguntas
que dirijam a leitura da tabela
pelos alunos. Questione,
por exemplo, quais são as
informações presentes na
coluna “número de dias” nos
meses de março, junho, setembro
e dezembro para que
eles percebam que, além do
número de dias do mês, elas
indicam também o início das
estações do ano. Em seguida,
pergunte a eles qual é o
último dia de uma estação,
como o outono. Essa informação
não está explícita na
tabela, sendo necessário que
eles utilizem a data de início
do inverno para responder.
Apoio pedagógico
Os alunos provavelmente
ficarão curiosos para saber
como surgiu a medida semanal
de tempo. Se esse
tema for trazido na sua sala
de aula, explique a eles que
a semana é muitas vezes associada
aos períodos das fases
da Lua, porém não existe
registro histórico que confirme
essa relação. Acredita-se
que os sete dias da semana
tenham se originado por
questões religiosas ou mitológicas.
É provável que a
semana se deva ao caráter
sagrado que o número sete
tem para os hebreus. A cultura
hebraica tinha o hábito
de guardar o preceito de
descansar no sétimo dia; assim,
a semana acabou sendo
adotada no calendário romano.
Hoje a semana é um
tempo definido em muitos
dos calendários do mundo e
serve para organizar o período
de trabalho, por exemplo.
145
Sugestão de
encaminhamento
Para aumentar o interesse
dos alunos ao tema
“Calendários indígenas”, utilize
parte da sua aula para
levá-los à sala de informática
(se a sua escola dispuser desse
recurso), onde os alunos
poderão pesquisar sobre os
povos indígenas brasileiros.
Na internet, existem muitas
páginas relativas ao tema.
Ao final da leitura desta página,
solicite aos alunos uma
pequena produção escrita
na qual eles devem sintetizar
a ideia principal do texto
sobre os calendários indígenas.
Além de favorecer a
compreensão do texto, essa
prática estimula o desenvolvimento
da habilidade de
produção escrita dos alunos.
Observe se eles são capazes
de reproduzir pela escrita a
informação de que o calendário
dos povos tuyuka é
baseado nas constelações,
no regime de chuvas e na
variação no nível da água
dos rios.
Calendários indígenas
O povo tuyuka vive no norte do estado do Amazonas, na divisa com a Colômbia. Essa
comunidade tem um calendário bem diferente do nosso.
O calendário anual tuyuka é baseado na passagem das constelações descritas por eles. Esse
ciclo anual está relacionado ao regime de chuvas e à variação do nível das águas dos rios.
Representação do calendário da comunidade tradicional tuyuka, da Amazônia.
Os tuyukas identificam a existência de 13 enchentes e 8 estiagens.
A duração de cada uma delas é variável, e uma ou outra pode deixar de
ocorrer caso o verão e as chuvas sejam mais prolongados.
Note que os alimentos são um forte elemento presente no
calendário. A alimentação está diretamente ligada à sobrevivência e à
saúde das pessoas.
AIMAS/ISA
Estiagem: período em
que chove pouco em uma
região; período de seca.
146 Não escreva no livro
Atividade preparatória
Você deve se preparar para a aula sobre calendários indígenas. Você obterá muitas
informações importantes a partir da leitura do texto do professor Germano Bruno Afonso
– físico e astrônomo da Universidade Federal do Paraná e pesquisador da influência dos
astros na cultura indígena brasileira – indicado a seguir:
Germano Afonso. O céu dos índios do Brasil. Anais da 66ª reunião anual da SBPC.
Disponível em: http://www.sbpcnet.org.br/livro/66ra/PDFs/arq_1506_1176.pdf. Acesso
em: 2 abr. 2021.
Existem outros textos desse pesquisador disponíveis na internet.
146
Os povos tupis-guaranis usam a Lua, o Sol e as estrelas para marcar a passagem do tempo.
O primeiro dia do mês é marcado pelo aparecimento do primeiro filete da Lua, após o dia da
Lua Nova.
O ano se inicia quando As Sete Estrelas (estrelas que se localizam na constelação de Touro)
aparecem no céu pela primeira vez após ficarem quase um mês sem serem vistas.
As estações do ano são marcadas pelas mudanças nas constelações visíveis. No dia a dia, os
tupis-guaranis se orientam pela constelação que chamamos de Cruzeiro do Sul.
THIAYU SUYÁ
O calendário era usado para saber as épocas de
caça, pesca, colheita, festejos e rituais religiosos.
CIÊNCIAS
SITE
• Povos indígenas no Brasil – Instituto Socioambiental
A página apresenta informações a respeito da cultura de comunidades tradicionais
da Amazônia.
Disponível em: https://pib.socioambiental.org/pt/povo/tuyuka/2299.
Acesso em: 1 jul. 2021.
• Palavras e frases tuyukas
O vídeo, realizado pelo Instituto Socioambiental, mostra crianças do povo tuyuka
contando um pouco sobre sua história e seu idioma.
Disponível em: https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tuyuka#V.C3.8DDEOS.
Acesso em: 1 jul. 2021.
Não escreva no livro
147
Atividade complementar
Se possível, mostre aos alunos o vídeo sugerido no Ciências +. Nele, duas crianças
tuyukas se apresentam e falam algumas frases no idioma tuyuka.
147
JORNADA DO SABER
Sugestão de
encaminhamento
Peça aos alunos que leiam
o texto silenciosamente e
tentem responder à questão
proposta. Em seguida, organize
um momento de leitura
em voz alta no qual cada parágrafo
pode ser lido por um
aluno. Estimule-os a socializar
as respostas que escreveram
no caderno e observe se
são capazes de retirar informações
explícitas do texto
para responder à pergunta.
A atividade também propiciará
que os alunos continuem
aprendendo sobre a construção
de calendários em diferentes
culturas.
Avaliação formativa
Peça aos alunos que, em
duplas, façam uma tabela
de similaridades e diferenças
entre os calendários tuyuka
e gregoriano. Alguns pontos
de similaridade são: ambos
consideram ciclos anuais
(translação e passagem das
constelações) e orientam os
momentos de plantio. Pontos
que diferem nos dois calendários
são: o calendário
tuyuka considera o regime
de chuvas, por isso o ano tem
períodos irregulares de tempo;
já no calendário gregoriano,
os períodos são similares
(meses com 30 ou 31 dias,
com exceção de mês de
fevereiro).
148
Resolução comentada
Stonehenge brasileiro
O sítio arqueológico
da cidade de Calçoene, no
interior do Amapá, pode ter
sido um grande calendário
solar construído por civilizações
antigas há mais de mil anos.
A afirmação é do físico
Marcomede Rangel, do
Observatório Nacional, no Rio
de Janeiro, que vem estudando
o local. Descoberto pelo
naturalista Emilio Goeldi (1859-
1917) no início do século passado,
o sítio abriga pedras monolíticas estrategicamente posicionadas no solo.
Com ajuda de estudantes do curso de turismo do Centro de Educação Profissional do
Amapá (Cepa), o físico mapeou o local e descobriu uma relação entre o sítio e o fenômeno
natural do equinócio. “Uma das pedras é uma chapa de granito de 3 m com uma abertura
no centro com cerca de um palmo de diâmetro. Há outra pedra direcionada justamente
em relação a essa. Provavelmente, o sítio era usado pelos povos antigos para saber a época
de plantio, colheita, chuva e seca”, diz.
O equinócio acontece quando o Sol, visto da Terra, se desloca sobre a linha do
Equador, nascendo a leste e se pondo a oeste. Essa passagem de um hemisfério a outro
determina o início das estações primavera e outono, conforme o hemisfério. Durante o
fenômeno, o dia e a noite têm a mesma duração.
Para Marcomede, os monumentos encontrados em Calçoene – comparáveis a
Stonehenge, na Inglaterra, o mais conhecido círculo de pedras do mundo –, podem ter
sido formas de homenagem aos deuses pagãos ou mesmo observatórios primitivos. “Já
conseguimos saber que a luz do Sol é projetada pela abertura de uma das pedras, criando
uma bola de luz, que vai bater em outra pedra. A bola de luz se desloca seguindo a linha
do Equador”, conta o pesquisador.
[...]
• Por que os pesquisadores acreditam que esse sítio arqueológico pode ter sido um grande
calendário solar? Resposta na Resolução comentada.
Não escreva no livro
Bruna Ventura. Stonehenge brasileiro. Ciência Hoje. Edição 268. 10 mar. 2010.
Disponível em: https://cienciahoje.org.br/artigo/stonehenge-brasileiro/. Acesso em: 15 jul. 2021.
Porque a posição das pedras permite observar que a luz do Sol se projeta em uma das pedras e bate
em outra delas, formando uma bola de luz que se desloca seguindo a linha do Equador. Essa estrutura
permite que um observador determine a ocorrência de eventos como solstícios e equinócios, marcando
as mudanças de estações associadas às épocas de plantio, colheita, chuva e seca.
WWW.PORTAL.AP.GOV.BR/CONHECA/CALCOENE
148
ATIVIDADES
Respostas na Resolução comentada.
1. Copie o modelo de relógio a seguir em seu caderno e complete-o com as marcações de tempo
que estão faltando.
2. Marque no relógio que você copiou em seu caderno o horário em que começa a primeira aula
do dia da sua turma.
3. Por que usar as condições do tempo (chuva, por exemplo) para marcar o início e o término de
compromissos não é considerado um método preciso de marcar o tempo?
4. Considere os seguintes marcadores de tempo (relógios): ampulheta, clepsidra, relógio de sol e
relógio de pulso. Quais deles podem ser levados com facilidade de um lugar para outro?
DIEGO C./ M10
Apoio pedagógico
As atividades podem ser
realizadas com consulta em
sala de aula ou podem ser
feitas como tarefa de casa. A
análise das respostas dadas
pelos alunos pode contribuir
com o monitoramento da
aprendizagem.
O tema do capítulo pode
suscitar vários questionamentos
por parte dos alunos.
Procure consultar textos
sobre os temas abordados
para esclarecer as dúvidas
dos seus alunos.
As atividades propostas
podem ser feitas em duplas
ou trios; assim, os alunos
revisarão os conteúdos
trabalhados no capítulo e
desenvolverão habilidades
como espírito colaborativo
e respeito mútuo.
Resolução
comentada
1.
5. Por que é possível utilizar o ciclo das fases da Lua como uma medida de tempo?
6. Cite duas maneiras pelas quais diferentes povos marcam as estações do ano.
7. Quais marcadores de tempo você utiliza em seu cotidiano? Por exemplo, como você sabe em
que momento do dia você deve se arrumar para ir à escola? E se você quiser saber há quanto
tempo está fora de casa?
11
10
9
8
7
12
6
1
2
3
4
5
DIEGO C./ M10
Não escreva no livro
149
Resolução comentada
2. Os alunos deverão, com a ajuda do professor, marcar a hora
com o ponteiro menor e os minutos com o ponteiro maior.
3. Porque a chuva não é um fenômeno cíclico regular. Pode chover
hoje e depois ficar vários dias sem chover. As chuvas podem ocorrer
em diferentes horários e ter diversas durações.
4. Os alunos deverão indicar a ampulheta e o relógio de pulso.
5. Porque a lunação ocorre em espaços de tempo iguais; portanto,
é um evento cíclico e previsível.
6. No calendário gregoriano, as estações do ano são definidas pela
posição do Sol em relação à Terra. Para alguns povos indígenas,
a passagem das constelações, o regime de chuvas e o nível do
rio são utilizados na definição das estações do ano. Os alunos
poderão sugerir outros exemplos que conheçam.
7. Resposta pessoal. Os alunos podem usar diversas referências:
perguntar a alguém, utilizar um relógio de pulso ou olhar o
horário no telefone celular, em totens de rua, em relógios de
comércio, entre outros.
149
8. Dentre os relógios abaixo, qual é o mais adequado para controlar o tempo de cozimento de um
ovo? Justifique sua resposta. Os alunos devem indicar a ampulheta, pois ela permite marcar
períodos de tempo menores que uma hora.
JIM DAVID/SHUTTERSTOCK
DINOPH/SHUTTERSTOCK
EARLY SPRING/SHUTTERSTOCK.COM
Relógio de sol. Relógio de água. Ampulheta.
9. Ordene as letras de cada linha para formar o nome dos primeiros relógios inventados.
a) ORGILEÓ ED GAUÁ Relógio de água.
b) GIROLÓE ED OLS Relógio de sol.
c) HELAMTPUA Ampulheta.
10. Em seu caderno, relacione cada situação com o modo adequado de marcar o tempo.
Situação
1. Tempo de um filme (a/d)
2. Tempo de escovação dos dentes (a)
3. Tempo de vida de um cachorro (b)
4. Duração da primavera (f )
5. Duração do Carnaval (e)
6. Período de provas (c/e)
Tempo
a) Em minutos
b) Em anos
c) Em semanas
d) Em horas
e) Em dias
f) Em meses
11. O inventor brasileiro Alberto Santos Dumont popularizou o relógio de pulso.
a) Ele é conhecido por qual invenção? Ele inventou o avião.
b) Por que ele precisava usar o relógio no pulso e não no bolso?
Ele precisava medir mais facilmente, sem tirar as mãos dos comandos do avião, o
tempo dos voos que fazia no céu de Paris.
150 Não escreva no livro
Resolução comentada
8. Os alunos devem indicar a ampulheta, pois ela permite marcar períodos de tempo menores
do que uma hora.
9.
a) Relógio de água. b) Relógio de Sol. c) Ampulheta.
10.
1. Tempo de filme: (a/d)
150
BRINCANDO EU APRENDO
Jogo do tempo
Organizem-se em grupos para iniciar este jogo da memória.
Materiais
• tesoura de pontas arredondadas;
• cola em bastão;
• cartolina ou papel-cartão.
Como fazer
A. Com a ajuda do professor, façam uma fotocópia das cartas do Jogo do Tempo que estão
nas páginas 152, 153 e 154.
Apoio pedagógico
O jogo da memória tem
um propósito pedagógico:
ele ajuda os alunos na fixação
dos nomes e conceitos
trabalhados na unidade.
Estimule os alunos a discutir
as regras do jogo
antecipadamente.
Auxilie-os a recortar as cartas
com cuidado para evitar
acidentes com a tesoura de
pontas arredondadas.
B. Recortem as cartas do jogo das cópias produzidas.
C. Colem as cartas em uma cartolina ou em um papel-cartão antes de começarem a jogar.
Regras do jogo
• Embaralhem as cartas e deixem-nas com as figuras voltadas para a superfície da mesa.
Decidam quem será o primeiro a jogar.
• Um aluno do grupo marcará o tempo enquanto o colega tenta adivinhar onde estão as
cartas que formam cada par. Para isso, pode ser usada uma ampulheta, um relógio digital
ou o cronômetro de um aparelho celular.
• O jogador só pode virar duas cartas por vez e, caso não forme um par, as cartas deverão
ser viradas novamente na posição em que estavam sobre a mesa. Se as cartas formarem
um par, elas permanecem no lugar e viradas para cima.
• O jogo continua até todos os pares serem formados.
• Ganha aquele que encontrar todos os pares em menos tempo.
Não escreva no livro
151
2. Tempo de escovação dos dentes: (a)
3. Tempo de vida de um cachorro: (b)
4. Duração da primavera: (f)
5. Duração do Carnaval: (e)
6. Período de provas: (c/e)
11. a) Ele inventou o avião.
b) Ele precisava medir mais facilmente o tempo dos voos que fazia no céu de Paris.
151
ILUSTRAÇÕES: A. CARLÍN/ M10
152 Não escreva no livro
152
ILUSTRAÇÕES: A. CARLÍN/ M10
Não escreva no livro
153
153
ILUSTRAÇÕES: A. CARLÍN/ M10
154 Não escreva no livro
154
155
155
CONCLUSÃO DA UNIDADE 3
A ficha a seguir é um modelo que deve ser copiado e ampliado para que o avanço da aprendizagem dos alunos seja registrado
de modo claro e objetivo.
FICHA DE MONITORAMENTO DA APRENDIZAGEM
Objetivos Aluno 1 Aluno 2 Aluno 3 Aluno 4 Aluno 5 ...
Capítulo 7: Os fósseis e a história
do planeta
1. Reconhece a importância do estudo dos fósseis
para a compreensão do tempo da vida na Terra
e para a datação dos fenômenos geológicos que
provocaram extinções em massa.
2. Relaciona os movimentos das placas
tectônicas a fenômenos como terremotos.
3. Consegue comparar hipóteses sobre a extinção
em massa de espécies, particularmente dos
dinossauros.
4. Lista os pontos cardeais.
5. É capaz de construir um gnômon e registrar a
sombra produzida.
6. Sabe se localizar na superfície a partir
de pontos de referência (pontos cardeais e o
movimento aparente do Sol).
Capítulo 8: A marcação do tempo
7. Reconhece que os povos antigos usavam
informações obtidas a partir da observação do céu
para organizar a vida em comunidade.
8. Discute como os diferentes povos
desenvolveram métodos de contar o tempo
usando como referência os movimentos cíclicos
dos astros.
9. Identifica os ciclos definidos pelos movimentos
dos astros visíveis a olho nu.
10. Discute como o ser humano desenvolveu
mecanismos para registrar a passagem de frações
de tempo menores que um dia.
11. Aprecia a história de instrumentos de
contagem de tempo desenvolvidos pela
engenhosidade humana (relógios de sol,
clepsidra, ampulheta e calendários).
P S I P S I P S I P S I P S I
P = Objetivo atingido plenamente S = Objetivo atingido satisfatoriamente I = Aproveitamento insatisfatório
A 155
Avaliação de
resultados
As atividades propostas
nesta seção servem como
revisão dos conteúdos trabalhados
no 4 o ano e como avaliação
do aprendizado. Essa
avaliação de resultado incide
sobre o processo de aprendizagem
realizado ao longo do
ano e pode ser comparada
com as análises das avaliações
de processo. Assim, você
terá uma visão abrangente
do desenvolvimento de cada
aluno e de toda a classe ao
longo do ano.
Sugestão de
encaminhamento
Incentive os alunos a ler
as atividades e tentar resolvê-las
autonomamente,
mas mantenha-se disponível
para atendê-los nas dúvidas
que surgirem ao longo do
processo.
Antes de realizar a avaliação,
você pode sugerir
que os alunos retomem os
conteúdos de cada unidade
em casa ou em pequenos
grupos na sala de aula.
Dessa forma, as experiências
e conhecimentos serão compartilhados
entre os pares,
preparando os alunos para a
resolução das atividades do
Para encerrar.
Você pode recolher os cadernos
ou as folhas avulsas
nas quais os alunos registraram
as respostas para observar
o nível de compreensão
deles. Concomitantemente,
faça anotações a respeito de
cada aluno e sistematize-as
em um pequeno relatório a
ser entregue ao professor que
assumir a turma no 5º ano.
Assim, o próximo professor
começará o ano letivo com
um conjunto de informações
que potencializará o trabalho
pedagógico com a turma
Resolução comentada
A atividade 1 permite avaliar se os alunos são capazes de classificar misturas comuns na vida
diária com base em suas propriedades físicas observáveis (EF04CI01).
1. As misturas A e D são homogêneas, enquanto as misturas B e C são heterogêneas.
Na atividade 2, avalie se os alunos são capazes de concluir que algumas mudanças causadas pelo
aquecimento ou resfriamento de materiais são reversíveis – como a transformação de cubos de
gelo em água líquida – enquanto outras são irreversíveis – como a transformação de ingredientes
em um bolo, de milho em pipoca e de ovos em omelete (EF04CI02 e EF04CI03).
2.
PARA ENCERRAR
1. Classifique as misturas representadas nas imagens a seguir como homogêneas ou
heterogêneas. Respostas na Resolução comentada.
A B C D
Água + açúcar. Feijões + ervilhas + favas +
+ outras sementes.
Óleo + água + areia grossa.
2. Observe as transformações provocadas pelo aquecimento das substâncias.
ALENA_KOS/SHUTTERSTOCK
DOVZHYKOV ANDRIY/SHUTTERSTOCK
Ingredientes → bolo
Cubos de gelo (água sólida) → água líquida
a) Quais desses materiais sofreram transformações químicas?
b) Qual das transformações acima é reversível?
156 Não escreva no livro
M.BONOTTO/SHUTTERSTOCK
Milho → pipoca
Ovos → omelete
a) Os ingredientes do bolo, o milho e os ovos sofreram transformações químicas.
b) Somente a transformação de gelo (água sólida) em água líquida é reversível.
ELENA ELISSEEVA/SHUTTERSTOCK
P.STUDIO66/SHUTTERSTOCK
ADISAK RIWKRATOK/SHUTTERSTOCK
J.AMPHON/SHUTTERSTOCK
RAFASTOCKBR/SHUTTERSTOCK
DOTTA 2/SHUTTERSTOCK
Cimento + água + areia fina.
WATCHARA/SHUTTERSTOCK
MICROSTOCKSTUDIO/SHUTTERSTOCK
EVGENIYA369/SHUTTERSTOCK
156
Respostas na Resolução comentada.
3. Represente a cadeia alimentar descrita no texto: “A paca comia capim sem parar. Veio um gato-
-do-mato e comeu a paca que comia capim sem parar. O gato-do-mato bebia água devagar.
Veio a onça e comeu o gato que comeu a paca que comia capim sem parar”.
4. Na cadeia alimentar abaixo, identifique o produtor, o decompositor, o carnívoro e o herbívoro.
Produtor
Consumidor
Representação de uma cadeia alimentar.
Decompositores
Consumidor
5. O anu é um pássaro que pode ser visto pousado sobre
bois, cavalos e capivaras alimentando -se dos carrapatos
presentes na pele desses animais. A capivara alimenta-se
das plantas que nascem nas margens de rios e lagos.
a) Como devemos classificar a capivara?
b) A fonte de energia que mantém a capivara viva vem das plantas que ela come. Qual é a
fonte de energia que mantém as plantas?
c) Considere a relação entre o anu e o carrapato. Como cada um deles deve ser classificado?
d) Os carrapatos sugam o sangue da capivara para se alimentar. Como são classificados os
carrapatos e a capivara nessa relação?
Não escreva no livro
Consumidor
157
A. CARLÍN/ M10
KANOKRATNOK/SHUTTERSTOCK
Resolução
comentada
A atividade 3 permitirá
que você avalie a habilidade
dos alunos em construir
cadeias alimentares simples
a partir da análise de um pequeno
texto. Observe se os
alunos identificam o capim
como produtor e as diferentes
posições ocupadas pelos
consumidores (EF04CI04).
3. Capim → paca → gato
do mato → onça.
Na atividade 4, observe se
os alunos analisam corretamente
a cadeia alimentar
proposta, reconhecendo a
posição ocupada por diferentes
seres vivos (EF04CI04).
4. Trigo = produtor; rato =
herbívoro; coruja, serpente
e gavião = carnívoros;
fungos e bactérias
= decompositores.
Na atividade 5, avalie se
os alunos identificam as relações
entre os seres vivos
dessa cadeia alimentar e
o papel do Sol como fonte
primária de energia para os
produtores (EF04CI04).
5. a) A capivara é consumidora
herbívora.
b) A luz do Sol é a fonte
de energia que mantém
as plantas vivas.
c) Na relação entre o anu
e o carrapato, o anu é o
predador e o carrapato é
a presa.
d) Nessa relação, os carrapatos
são parasitas e a
capivara é o hospedeiro.
157
Respostas na Resolução comentada.
6. Explique o que significa a expressão “Os sais minerais circulam na natureza”.
7. Os microrganismos participam de vários processos de interesse humano.
a) Qual tipo de microrganismo transforma o leite em uma massa cremosa (queijo)?
b) Qual tipo de microrganismo é usado na fermentação do caldo de cana para produção de
etanol (álcool)?
8. A raiva é uma doença viral transmitida ao ser humano, atualmente, mais pelos morcegos do
que por cães. A mudança do animal responsável pela transmissão da raiva se deveu a dois
fatores, um bom e um ruim. Quais foram esses fatores?
9. O gnômon é um antigo instrumento que permite identificar os pontos cardeais com base nas
diferentes posições da sombra de uma vara ao longo do dia. Observe os registros feitos a partir
do gnômon ilustrado abaixo para responder às perguntas.
Haste
ALEXANDRE R./ M10
Sombra
da manhã
Sombra
da tarde
Circunferência
a) Qual é a cor da linha que identifica a direção norte-sul?
b) O lado no qual foi observada a sombra da manhã deve corresponder ao leste ou ao oeste?
Por quê?
158 Não escreva no livro
Resolução comentada
A atividade 6 permitirá que você avalie se os alunos reconhecem o ciclo da matéria e a importância ambiental dos decompositores
nesse processo (EF04CI05 e EF04CI06).
6. Os sais minerais do solo são absorvidos pelas raízes das plantas e são devolvidos novamente ao solo pela ação dos decompositores
(fungos e bactérias), que se alimentam de animais e vegetais mortos ou de seus restos, formando um ciclo.
Na atividade 7, observe se os alunos relacionam corretamente os microrganismos com os processos de produção de alimentos e
combustíveis (EF04CI07).
7. a) Bactérias. b) Levedura.
A partir do reconhecimento da forma de transmissão da raiva, com a atividade 8 você está avaliando se os alunos identificam a vacinação
de cães (vacina antirrábica) como uma medida adequada de prevenção dessa doença (EF04CI08).
158
Os alunos poderão indicar o gnômon, a rosa dos ventos, as bússolas, a posição relativa do Sol, a
posição das constelações, os sistemas de posicionamento global (GPS), entre outros.
10. Indique três maneiras que a humanidade desenvolveu para se orientar no espaço no decorrer
do tempo.
11. Analise o calendário a seguir.
Respostas na Resolução comentada.
a) Quantos dias se passaram entre a Lua crescente de julho até a Lua crescente seguinte?
b) Considerando o mês de julho, quantos dias, aproximadamente, correspondem a cada uma
das 4 fases da Lua?
c) Com base na observação desse calendário, explique por que é possível utilizar o ciclo das
fases da Lua como medida de tempo.
DIEGO C./ M10
Resolução
comentada
A atividade 11 permite
que você avalie se os alunos
associam os movimentos cíclicos
da Lua a períodos de
tempo regulares (EF04CI11).
11.
a) Passaram-se 30 dias (9
de julho a 8 de agosto).
b) Aproximadamente 7
dias e meio para cada
fase (4 x 7,5 = 30 dias).
c) Porque a lunação ocorre
em espaços de tempo
iguais – portanto, é um
evento cíclico e previsível.
12. Porque a translação da
Terra ao redor do Sol (período
que marca um ano)
corresponde a 365 dias
e 6 horas, aproximadamente.
Para corrigir essa
diferença de tempo, o
calendário inclui um dia a
mais no mês de fevereiro
a cada 4 anos (EF04CI11).
12. Por que a cada 4 anos o mês de fevereiro tem um dia a mais, isto é, possui 29 dias
(ano bissexto)? Resposta na Resolução comentada.
13. Pesquise em um calendário do ano em que você nasceu qual era a fase da Lua e o dia da
semana naquela data. Resposta pessoal.
Não escreva no livro
159
8. Os cães domésticos são vacinados, e isso diminui a possibilidade de transmissão do vírus da raiva para o ser humano – interferência
benéfica. A interferência ruim são os desmatamentos, que fazem os morcegos migrarem para as áreas urbanas à procura de alimento
e abrigo.
Na atividade 9, os alunos terão a oportunidade de mobilizar os conhecimentos desenvolvidos quando construíram um gnômon e
identificaram os pontos cardeais a partir dele. Avalie se os alunos são capazes de identificar a linha de cor azul que une as extremidades
das sombras marcadas no chão, que indicam a direção Leste-Oeste, e a reta traçada de cor verde, que corresponde à direção norte-sul.
Além disso, observe se eles estabelecem corretamente a relação entre as diferentes posições relativas do Sol e da sombra da vara com
as direções oeste – sombra da manhã – e leste – sombra da tarde – (EF04CI09 e EF04CI10).
9. a) A direção norte-sul é representada pela linha traçada na cor verde.
b) A sombra da vara do gnômon é formada no lado oposto à posição do Sol. Como o Sol nasce no Leste, a sombra do gnômon é
observada no Oeste durante a manhã.
159
REFERÊNCIAS
APRILE, Mariana. Tubarões: características e importância ecológica dos tubarões. UOL – Educação. Disponível em: educacao.uol.com.br/disciplinas/ciencias/tubaroescaracteristicas-e-importancia-ecologica-dos-tubaroes.htm.
Acesso em: 15 ago. 2021.
O artigo discute o valor ecológico dos tubarões, um dos grupos de vertebrados que sofreram poucas mudanças morfológicas durante
a evolução. Algumas das características dos tubarões garantem a eles o topo das cadeias alimentares marinhas.
CALLISTO, Marcos; FRANÇA, Juliana. Está limpo? Ou poluído? Quem vive no rio responde! Ciência Hoje das Crianças, ano 19, n. 170, jul. 2006. Rio de Janeiro: SBPC.
Disponível em: labs.icb.ufmg.br/benthos/index_arquivos/pdfs_pagina/CienciaHjCriancas.pdf. Acesso em: 15 ago. 2021.
Os autores apresentam nesse artigo alguns seres vivos aquáticos que podem indicar a qualidade da água de rios e ribeirões de uma região.
Dentre esses organismos, estão várias espécies de insetos.
GRINBERG, Keila. Tic tac, passa tempo, tic tac, passa hora… Ciência Hoje das Crianças, 27 jan. 2012. Disponível em: http://chc.org.br/tic-tac-passa-tempo-tic-tac-passa-hora/. Acesso em: 15 ago. 2021.
O artigo aborda como algumas culturas desenvolveram modos de marcar o tempo. O calendário gregoriano é o usado atualmente como padrão mundial, porém, os povos
indígenas, os judeus e os chineses também produziram calendários que marcavam o tempo de maneira eficiente.
RONCOLATO, Murilo. Como fazer uma composteira em casa e reaproveitar seu “lixo”. Nexo Jornal. 3 maio 2016. Disponível em: nexojornal.com.br/servico/2016/05/03/Como-fazer-uma-composteira-em-casa-e-reaproveitar-seu-
%E2%80%98lixo%E2%80%99. Acesso em: 15 ago. 2021.
Esta página traz informações sobre como fazer uma composteira caseira. A compostagem é uma técnica eficaz de dar destino aos restos orgânicos produzidos em casa.
SABINO, José. É verdade que alguns peixes têm pulmão e podem viver fora d’água? Ciência Hoje. 1 fev. 2008. Disponível em: cienciahoje.org.br/artigo/e-verdade-que-alguns-peixes-tem-pulmao-e-podem-viver-fora-dagua. Acesso em: 15 ago. 2021.
O texto trata da relação entre a piramboia, espécie de peixe pulmonado amazônico, e as espécies de peixes pulmonados africanos.
VENTURA, Bruna. Stonehenge brasileiro. Ciência Hoje. ed. 268. 10 mar. 2010. Disponível em: cienciahoje.org.br/artigo/stonehenge-brasileiro. Acesso em: 15 ago. 2021.
Esse texto da revista Ciência Hoje apresenta o sítio arqueológico do Amapá. O sítio era, provavelmente, usado pelos povos antigos que viveram na Amazônia para saber a época de plantio, colheita, chuva e seca.
LEITURAS COMPLEMENTARES
LIVROS
ANELLI, Luiz Eduardo; BODENMULLER, Celina. Dinossauros: o cotidiano dos dinos como você nunca viu. 1. ed. São Paulo: Panda Books, 2015.
Os dinossauros viveram entre 230 milhões e 65 milhões de anos atrás, mas os cientistas conseguem saber como eles se comportavam, onde viviam e como foram extintos.
MOLINA, Eder Cassola. As deliciosas misturas de Toni. 1. ed. Rio de Janeiro: Alfa e Beto Soluções, 2018.
Descubra coisas incríveis na arte de preparar sucos com Toni e seus amigos Daniel, Marcos, Fernanda e Alice.
MUNDURUKU, Daniel. Coisas de índio: versão infantil. 3. ed. São Paulo: Editora Callis, 2019.
Neste livro de Daniel Munduruku, um panorama da cultura indígena é apresentado às crianças, promovendo a valorização da língua e das artes indígenas, bem como o respeito aos povos indígenas. Indicado para crianças a partir de 8 anos.
ZITOUN, Charline. Plantas. 1. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2000.
Luiza e Nicolau ajudam a desvendar como as plantas nascem, se alimentam e outros segredos com experiências.
SITES
DE ONDE vem a água do rio? Universidade das crianças UFMG. 2019. Disponível em: http://www.universidadedascriancas.org/perguntas/de-onde-vem-a-agua-do-rio/. Acesso em: 15 ago. 2021.
A água é um recurso natural muito importante e só uma pequena parte do que está disponível na Terra é de água doce. Mas você já se perguntou de onde vem a água dos rios?
ENERGIA poderosa: veja fatos sobre o FOGO! Recreio. 25 dez. 2020. Disponível em: https://recreio.uol.com.br/ciencia/energia-poderosa-veja-fatos-sobre-o-fogo.phtml. Acesso em: 15 ago. 2021.
O fogo é um elemento que pode causar transformações irreversíveis em muitos materiais. Para saber mais sobre ele, acesse o link indicado.
RAMOS, Maria. Faça sua própria bússola! Invivo – FIOCRUZ. Rio de Janeiro. Disponível em: http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=802&sid=3. Acesso em: 15 ago. 2021.
Construa sua própria bússola, com a ajuda de um adulto, seguindo as instruções do site indicado.
MUSEU dos dinossauros. Escola games. Disponível em: escolagames.com.br/jogos/museuDinossauros. Acesso em: 15 ago. 2021.
Conheça mais sobre os fósseis e sua importância se divertindo no museu desse jogo.
REGINA, Silvia. Conheça as 5 montanhas mais altas do planeta Terra. Recreio. São Paulo, 2 fev. 2021. Disponível em: recreio.uol.com.br/mapa-mundi/quais-sao-as-montanhas-mais-altas-do-mundo.phtml. Acesso em: 15 ago. 2021.
Conheça as maiores montanhas do mundo, que foram formadas por dobramentos das camadas da Terra.
REI das rapinas. Ciência Hoje das Crianças. Rio de Janeiro, 2 abr. 2013. Disponível em: http://chc.org.br/rei-das-rapinas/. Acesso em: 15 ago. 2021.
Muitos animais são predadores incríveis, inclusive aves. A maior ave de rapina, a harpia, vive no Brasil. Saiba mais sobre ela no link indicado.
UFRGS: Museu de Paleontologia Irajá Damiani Pinto. Tour Virtual 360. Disponível em: https://igeo.ufrgs.br/museupaleontologia/tourvirtual360/. Acesso em: 15 ago. 2021.
O Museu de Paleontologia Irajá Damiani Pinto, do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), está de portas abertas para uma visita virtual.
VÍDEOS
INSETURMINHA. Turma da Mônica, 2016. 1 vídeo (10 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MYr3zmf9oxI. Acesso em: 15 ago. 2021.
Acompanhe a Turma da Mônica nesta aventura divertida que transformou nossos amigos em insetos!
POR que adoramos comida estragada? Minuto da Terra, 2016. 1 vídeo (3 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=V0elgXXmkns. Acesso em: 15 ago. 2021.
O apodrecimento de alimentos é uma transformação irreversível causada por microrganismos, mas nem sempre isso é ruim. Veja alguns exemplos no vídeo indicado.
UM cientista, uma história – Johanna Döbereiner. Futura, 2015. 1 vídeo (5 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=m10wDG2ByOM. Acesso em: 15 ago. 2021.
Johanna Döbereiner foi uma cientista que morou no Brasil e pesquisou microrganismos que vivem no solo. Ela descobriu que algumas bactérias melhoram o desenvolvimento de plantas como a cana-de-açúcar e a soja, o que mudou a forma
como esses produtos são cultivados.
UM cientista, uma história – Veridiana Victoria Rossetti. Futura, 2015. 1 vídeo (5 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=35HtRWEzmOI. Acesso em: 15 ago. 2021.
Nascida e criada no interior do estado de São Paulo, cercada por plantações de laranjas, Veridiana Victoria Rossetti foi a cientista que descobriu qual era a causa da doença de plantas conhecida como amarelinho, que estava prejudicando as
plantações na época.
VEJA um formigueiro por dentro! Manual do Mundo, 2021. 1 vídeo (12 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=sN99x_Rjf90. Acesso em: 15 ago. 2021.
Nesse vídeo, você vai conhecer como é um formigueiro de saúvas por dentro.
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