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Jornal da Advocacia

Jornal da Advocacia Edição nº 04

Jornal da Advocacia Edição nº 04

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Palavra da

Presidente

PAG 2

PAG 9 PAG 11

44ª SUBSEÇÃO SÃO VICENTE

a voz da advocacia vicentina

#AQUIVCTEMVOZ

Continuar a luta, o

legado e os anseios

do Presidente

Eduardo Kliman

por uma

OAB forte e

unida!

jornal da advocacia

• Ano 1 • Edição 04 • Julho/2022

Violência

contra a

mulher

Está na hora de

darmos um basta!

Julho amarelo: mês de conscientização e

prevenção às hepatites virais

Atendimento especial para

advogados na CEF Centro e muitas

outras ações de nossas Comissões

Temáticas

• DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • VERSÃO DIGITAL EM WWW.OABSV.ORG.BR

Eduardo Kliman 30.07.75

31.05.22

NOVA DIRETORIA OAB-SV

Conselho da OAB-SP

aprova a nova Diretoria:

Presidente: Dra. Josiane

Cristina Silva; Vice-Presidente:

Dr. Rafael Simões Filho;

Secretária-Geral: Dra. Marystella

Carvalho Ferreira; Secretário-

Geral Adjunto: Dr. Adriano Neves

Lopes; Tesoureira: Dra. Graziele

de Pontes Kliman.

PAG 7

Presidente da OAB - 44ª Subseção - São Vicente

Triênios 2019/2021 e 2022-2024

Dra. Josiane Cristina

1ª mulher na Presidência

Pela primeira vez, ao longo de seus 51

anos, a Subseção São Vicente será

presidida por uma mulher.

Conheça um pouco quem é

Doutora Josiane Cristina Silva, a

nova Presidente da Subseção

para completar o mandato

2022 / 2024

PAG 11


Ano

2 Jun e

I - Jul/2022

Edição 04

EXPEDIENTE & EDITORIAL

jornaldaadvocacia

www.oabsv.org.br/jornal

a voz da advocacia vicentina

Jornal da Advocacia

A voz da advocacia vicentina

Órgão Oficial de Divulgação e

Comunicação da Ordem dos Advogados

do Brasil - Subseção São Vicente.

Nº 003 - Ano I - Edição Maio/2022

Circulação: Maio/Junho 2022

Editor-chefe / Jornalista responsável:

Hamilton Bueno Jr - MTb 74.071

Jornalista-assistente:

Carolina Vidal - MTB 84.245

Colaboradores:

Abilaine Souza

Carla Zeneckevics

Guilherme Menezes

Jefferson Sales

Raquel Rodrigues

Talita Ribeiro

CAASP:

Elizabeth Oliveira

Cristiane Vasques - dentista

Contato:

Telefones: (13) 3468-1707 / 3468-1854

WhatsApp: (13) 99709-5997

Rua Professor José Gonçalves Paim, 145

CEP: 11310-340 - São Vicente – SP

E-mail: sao.vicente@oabsp.org.br

Tiragem: 1.000 exemplares

Impressão: Gráfica Diário do Litoral

Realização:

OAB - 44ª Subseção - São Vicente

CNPJ nº 43.419.613/0044-00

Diretoria Triênio 2022/2024

Presidente

Josiane Cristina Silva

Vice-presidente

Rafael Simões Filho

Secretário-geral

Marystella Carvalho Ferreira

Secretário-geral adjunto

Adriano Neves Lopes

Diretor-tesoureiro

Graziele de Pontes Kliman

...

...

Coordenação de Comunicação

Hamilton Bueno Júnior

OAB SV

JUN-JUL 2022

Nas redes sociais

/OABSV

/oab_sv

/OAB SV

OAB SV

oabsv.org.br

+55 13 99709-5997

Aplicativo (Android e IOs)

RESPONSABILIDADE EM DOBRO:

Suceder a Eduardo Kliman e ser a

primeira presidente da OAB SV!

PALAVRA DA PRESIDENTE

Sobre estar Presidente da 44ª Subseção da

Ordem dos Advogados do Brasil - São Vicente, é

uma responsabilidade imensa: assumir a função

anteriormente ocupada por nosso amado e querido

Eduardo Kliman não é tarefa nada fácil.

Ele, com seu carinho, carisma, força e garra com

que conduzia os trabalhos em prol da advocacia

vicentina e à Subseção nos deixam um vazio

inenarrável, que certamente ninguém - tampouco

eu - estarei à altura de preencher, mas certamente

farei o meu melhor para o orgulhar de ter me

escolhido como sua vice.

“Ninguém é insubstituível” diz o adágio popular. E,

o adágio popular, com toda a certeza está errado!

A súbita despedida e o enorme vazio nos deixa à

frente de grandes desafios - desafios que serão

desbravados com a mesma garra e força da nossa

diretoria.

Era seu sonho fazer uma advocacia vicentina forte,

unida e grande, na medida em que se fortalecia

a sua base, tendo advogados verdadeiramente

representados.

Dar voz, por mais plúrima que fosse a todos os

advogados, de forma igualitária, sem qualquer

segregação.

E tê-los preparados, capacitados e prontos para

os grandes desafios que no dia a dia do exercício

da advocacia recaem sobre aqueles que operam o

Direito.

Dar continuidade ao seu legado, aos seus anseios e

aos seus sonhos é uma doce e valorosa obrigação

que assumo, ao tomar posse como Presidente da

OAB São Vicente, pois seus sonhos eram justos,

corretos e fiéis ao que a advocacia vicentina

E D I T O R I A L

... E o rio se torna oceano!

Quando o Presidente Eduardo Kliman, em dezembro

do ano passado, idealizou o projeto deste jornal

impresso, em nossas primeiras reuniões para

definirmos sua pauta e, em meio a planos, ideias,

metas, projetos, o Presidente falou dos desafios,

da abrangência de alguns projetos, da grandeza de

outros.

E citou, que por vezes sentia até mesmo certo

receio e medo de não conseguir levar a advocacia

ao local que ela sempre mereceu estar.

Recordo-me que passei-lhe um texto, de Osho, que

aqui reproduzo:

“Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no

oceano ele treme de medo.

Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as

montanhas,

o longo caminho sinuoso através das florestas,

através dos povoados, e vê à sua frente um

oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do

que desaparecer para sempre.

Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar.

Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na

existência. Você pode apenas ir em frente.

O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.

E somente quando ele entra no oceano é que o

medo desaparece.

Porque apenas então o rio saberá que não se

trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se

oceano.

merece.

Querido amigo e Presidente Eduardo, do alto, onde

está agora, tenha a certeza de que seus ideais e

seus sonhos não serão, jamais, esquecidos e

abandonados.

Gibran Khalil Gibran dizia que “a lembrança é uma

forma de encontro”. Por isso, que todos os dias,

nos reencontramos!

...

Além disso seguir com seu legado, nos leva a outro

desafio - ser a primeira Presidente, mulher, da

Subseção ao longo de seus 50 anos de existência.

Novos tempos, em que as mulheres tomam

assento, em pé de igualdade de gênero. Somos

guerreiras, somos profissionais, somos mães,

somos gestoras de um lar.

E somos sobreviventes. Sim, num mês em que

várias notícias nos causam asco e repugnância,

nos fazendo lembrar que ainda há muito a ser feito

e conquistado.

E o conquistaremos.

Através do diálogo. Através de uma OAB plúrima e

diversa.

E seremos cada vez mais, uma OAB São Vicente

forte e fortalecida.

Uma OAB SV de todas as cores.

Uma OAB SV de todos os cantos.

Uma OAB SV de todas as vozes: a minha voz. A sua

voz. A nossa voz.

Pois, como ele sempre se orgulhava de dizer: #aqui

vctemvoz! E apesar de ser santista de coração,

apenas em sua homenagem deixarei registrado a

frase que ecoa os corredores da Subseção:

- “Vai Corinthians!!!”

Por um lado é desaparecimento e por outro lado

é renascimento.

Assim somos nós. Só podemos ir em frente

e arriscar. Coragem! Avance firme e torne-se

Oceano!”

...

Nesta edição do Jornal da Advocacia, há uma

carga emotiva muito grande. Há uma profusão

de sentimentos - a dor da perda do presidente,

que para a maioria, era além de tudo, um amigo -

em contraste com os votos, desejos e anseios de

sucesso e uma excelente gestão à nova presidente

- a primeira presidente mulher da Subseção São

Vicente.

Ao Presidente Kliman, fica nosso agradecimento,

pela força, pelo espírito de união, pela liderança,

pelo sorriso, pela alegria com que conduzia cada

trabalho, cada ação, cada projeto. E em seus olhos

claros, cada um sentia-se motivado a realizar as

ações, dando o seu melhor. Essa era talvez, a sua

maior marca - a de tocar e motivar quem estivesse

ao seu redor. E o seu legado, ficará para sempre

escrito junto à advocacia vicentina.

À nova presidente, Doutora Josiane, ficam nossos

mais sinceros votos de sucesso. E um lembrete:

Não tenha medo de ser mar.

Não tenha medo de deixar de ser rio - o rio não

desaparece no oceano, ele simplesmente, se torna

o oceano!

Hamilton Bueno Junior - editor


Ano I - Edição 04

Jun e Jul/2022

www.oabsv.org.br/jornal

QUEM FAZ A OAB.SV

RAQUEL

RODRIGUES

DE CAMARGO

SOCIAIS & MEMÓRIA & ANIVERSARIANTES

jornaldaadvocacia

a voz da advocacia vicentina

3

venha fazer parte

de nossas comissões

Sorriso no rosto e

prestatividade são

marcas da Raquel.

Raquel: há 14 anos colaborando

e ajudando com a advocacia

vicentina!

Raquel ou Raquelzinha como é chamada

pelos mais íntimos, é formada

desde 2005 pela Universidade São

Judas - Unimonte, em Tecnóloga em

Moda.

Em 2020, graduou-se em Administração

de Empresas pela Universidade

Santa Cecilia.

Na OAB São Vicente, está desde

2008 - ela iniciou suas atividades

nos quadros de colaboradores da

Subseção em 05/06/2008.

Exerce a função de Assistente Administrativo,

onde atua e executa

as principais tarefas da subseção,

além de trabalhar e assessorar às

advogadas e advogados nas áreas

do Convênio da Assistência Judiciária

e também nas Prerrogativas.

E claro, ela trabalha também na validação

e assessoria da emissão

dos Certificados Digitais.

Atualmente, além de tudo isso,

está gestante de 4 meses. E ansiosa

e feliz, aguarda com muito amor

a chegada da princesinha Clarice!

Raquel é mais uma peça que faz a

OAB acontecer!

OAB SV

#AQUIVCTEMVOZ

V

ANIVERSARIANTES

DO MÉS DE JULHO

Receba o carinho da Diretoria, Comissões, Equipe da Subseção

Feliz São Vicente e de toda a advocacia vicentina.

Parabéns e toda a felicidade do mundo!

Aniversário

1

Marcio Luiz Claudino 9 Natália Colantuano Lima Maria Valdenice Sousa Cruz Proença Walter Cardoso Neubauer

17

Thiago Henrique de Lima Almeida Oscar Ferreira Neto Rosangela Batista de Sousa 25 Antonio Carlos Bispo de Almeida

10

Juliana dos Santos Pinto Varandas Ricardo Daniel Carolina Vieira de Moraes Felipe Furtado

Bruna de Andrade Sena Marcus Cardoso 18 Thiago Guimarães Monnerat Rodney Simões Assunção

11

26

2 Ricardo Ferreira Ruas Rosimeire Mian Caffaro Carolina Vieira de Moraes Patricia Silva de Paula

Ranier Batista Lucas Roberto Da Silva Santos 19 Luíza Gonçalves de Leão dos Santos Tailly Alves Loureiro

12

Elaine Marques Baraçal Barbara Prado Alcantara Jhenifer Batista Frutuoso Da Silva Marly Rodrigues de Oliveira Silva

3

Claudia Regina Cordeiro Ribeiro Letícia Vieira dos Santos 20 Mirian Pereira Vianna 27 Tailly Alves Loureiro

Ricardo Monteiro Simoes Filho Patrícia Bezerra Barbosa Da Silva Fábio Santos Da Silva Jairo Haddad Nogueira Braga

13

Cristina Diaz Alvarez Jose Carlos Fernandes Pablo Leopoldo Casadei de Oliveira Roberta Barros Lucena Dantas

4 Maria Auxiliadora Peres Novo Dulce Bezerra Davinir Garcia Silva Nayara Nascimento de Lima

Rodrigo Caetano Carvalho Rodrigues 14 Ramona Cardoso Vieira 21 Deborah Masson Leal Cesar Politi

Paola Brasil Montanagna Negrão Marcelo dos Santos Augusto Peter Caio Tufolo Marco Aurelio Guarmani

5 Markus Ramalho Lopes Farias 15 Patricia Nobrega Dias Lincoln Vaz Cid Jose Arnaldo de Oliveira Silva

28

Pedro Vitor de Oliveira Freire Felipe Prada Fernandez Luiz Otavio Teixeira Junior Sabrina Perez Goes

22

Andreia Felipe Garibaldi 16 Daniel Fernando D. Castello Branco Lima Julia Oliveira Camargo Eduardo de Araujo Lima

Dauno Teixeira dos Santos Pedro Luiz Antonio Branco de Araujo Gysela Lohr Muller Nayara Nascimento de Lima

6 Lucas Martins Marcelo Dal Secco Sakamoto Aline Santos de Oliveira Ligia Dutra de Mello

23

Adriana dos Santos Silva Bianca de Cássia Alves de Freitas Aline Santos de Oliveira 29 Paulo Lima Delgado Junior

Estela Ferreira C. Carvalho Rodrigues Debora Papine Prada Julio Candido Fernandes Filho Arthur Atavila Casadei

Nadia Paula Viguetti Godoy 17 Cleia Leila Batista Thayane Ribeiro Da Silva Santiago 30 Eline Cristina Teixeira Caribe Costa

24

Antonio Lima Antonio Carlos de Assumpção Ricardo Leme Luzia Caldatto Barbosakl

7

Mariana dos Santos Menezes Christiam de Oliveira Nogueira Luiz Cruz Fernandes Joacir Grasso

Murilo José Da Luz Alvarez Vera Lucia Ferreira Di Luccia 25 Júlio Cláudio Marcondes Dimas de Mello Fabricio Sicchierolli Posocco

31

8 Paulo Cesar Ribeiro Costa Bianca de Cássia Alves de Freitas Claudio Figo dos Santos Felipe Bastos Etinger

Cláudio José Da Silva

Ricardo Capusso Velloso JUN-JUL 2022


Ano

4 jornaldaadvocacia

Jun e

I - Jul/2022

Edição 04

DIVERSIDADE: JUNHO - MÊS DO ORGULHO LGBTQIA++

www.oabsv.org.br/jornal

a voz da advocacia vicentina

Tema 01:

JUNHO -MÊS DO ORGULHO LGBTQIA+

Em junho, internacionalmente, celebra-se o

Mês do Orgulho LGBTQIA+. A data, é uma homenagem

ao que a maioria dos historiados

considera o início da luta organizada pelos direitos

dessa comunidade. Foi em 28 de junho

de 1969 que os frequentadores do Stonewall

Inn. - um bar gay, no vilarejo de Greenwich, em

Nova York - resolveram dar um basta na perseguição

e violência policial que até então era

infringida à comunidade.

Para se ter ideia, Um relacionamento LGBT,

até os anos 1960, nos EUA, podia levar até à

prisão perpétua! Castração, choque elétrico e

lobotomia – cirurgias que retiravam parte do

cérebro do paciente – eram usadas para tentar

“curar” os homossexuais.

A “revolta” ou o “levante” foram cobertos pelos

jornais New York Times e o New York, ganhando

destaque mundial, e impulsionando

a comunidade em outros países a fazerem o

mesmo.

2020 - 60 depois e há muito ainda a se conquistar,

principalmente, o respeito!

Prova disso é o recente episódio (22/06/22),

num episódio lamentável de homofobia ocorrido

em nossa cidade, contra companheiras

que foram agredidas verbalmente e fisicamente

na porta de um bar.

É possível constatar por meio do vídeo que

circula nas redes sociais e portais de notícias

que as companheiras foram hostilizadas verbalmente

por conta do gênero e orientação

JUN-JUL 2022

O maior desafio a ser conquistado: RESPEITO!

DIVERSIDADE & RESPEITO

Ame o próximo. Se não

conseguir, pelo menos respeite!

Frase usada em faixas e cartazes na Parada do

Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo

sexual de ambas, tendo uma delas sua integridade

física atacada, quando covardemente

o agressor jogou uma cadeira em sua direção,

atingindo seu rosto.

De acordo com os dados divulgados pela Secretaria

de Segurança Pública de São Paulo,

atualmente entre os crimes de ódio, a homofobia

é uma das mais recorrentes, superando

as ocorrências por intolerância racial.

A OAB São Vicente, através de sua Diretoria,

com o apoio da Comissão de Diversidade Sexual

e da Comissão de Combate a Violência

de Gênero, reforça que confia no trabalho da

Polícia para realizar a investigação do caso e

localização do agressor, para que esse res-

ponda nos termos da lei por seus atos, bem

como confia também no trabalho do Poder

Judiciário na realização de justiça, aplicando

a pena de maneira exemplar e severa, trazendo

um pouco de conforto as vítimas, além de

servir de desestímulo para que novos crimes

como esse sejam praticados em nossa região.

Através de Nota de Repúdio, a Subseção de

São Vicente enviou às vítimas do ocorrido

total apoio e solidariedade, reiterando, igualmente,

seu repúdio a qualquer ato de homofobia,

intolerância e violência de gênero,

permanecendo em sua missão de promover

a conscientização sobre o assunto, além da

prevenção e enfrentamento desses tipos de

crime.

Os números são alarmantes

De acordo com o Fundo Brasil (www.fundobrasil.org.br)

organização voltada à defesa

dos Direitos LGBTQIA+,

• Cerca de 20 milhões de brasileiras e brasileiros

(10% da população) se identificam

como pessoas LGBTQIA+;

• 51% das pessoas LGBTQIA+ relataram ter

sofrido algum tipo de violência motivada

pela sua orientação sexual ou identidade de

gênero;

• 1 pessoa LGBTQIA+ é assassinada a cada

29 horas no Brasil;

• 68% dos jovens LGBTQIA+ já foram agredidos

ou sofreram algum tipo de ameaça.

...

Em tudo isso, fica claro: o respeito ainda é o

principal desafio a ser conseguido...

Entender e respeitar o próximo como ser humano,

com seus defeitos e qualidades, é o

que nos deixa mais próximos de uma sociedade

mais justa.

(HBJr)

Todo discurso de ódio deve ser denunciado!

Muito tem se falado sobre casos de violência contra

pessoas LGBTQIA+, principalmente neste mês

do Orgulho LGBTQIA+. No entanto, as questões

que permeiam esse assunto são bem mais complexas

do que podemos imaginar.

A violência contra pessoas LGBTQIA+ está constituída

nas relações sociais de poder e opressão.

Ou seja, esse tipo de violência é estruturado por

paradigmas da opressão de gênero, pelo controle

sexual estabelecido pela sociedade, por padronizações

de comportamentos e, sobretudo, por

todo o contexto histórico, cultural e social que

consolida o sistema patriarcal.

Para se ter uma ideia, a homossexualidade era caracteriza

como uma “inversão congênita” inata ou

adquirida.

Apesar da homossexualidade ter sido excluída da

Classificação Estatística Internacional de Doenças

e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) em

1990, ainda observamos que aquele pensamento

ainda é refletido nos discursos de ódio e nas violências.

Segundo um levantamento do “Observatório

de Mortes e Violências contra LGBTQIA+”, em

2021 pelo menos 316 pessoas LGBTQIA+ morreram

em decorrência de violência no Brasil.

Esses dados demonstram que mesmo diante dos demais

avanços em relação aos direitos desta população,

tanto o número quanto a falta de dados oficiais evidenciam

a importância de falarmos sobre assunto.

Onde procurar ajuda?

A Lei Estadual nº 10.948/2001, regulamentada pelo Decreto

nº 55.589/2010 que pune administrativamente a

discriminação por orientação sexual ou identidade de

gênero. Nesse sentido, a lei estabelece ser passível de

punição administrativa “toda manifestação atentatória

ou discriminatória praticada contra cidadão homossexual,

bissexual ou transgênero”.

Desse modo, a vítima de discriminação por orientação

sexual ou identidade de gênero pode e deve fazer uma

denúncia nos órgãos competentes, seja por meio da

Delegacia de Polícia, seja através do site da Ouvidoria

da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São

Paulo, seja pelo Disque 100, ou Disque Direitos Huma-

nos.

Ana Carolina Oliveira da Silva

Advogada e Vice-Presidente da Comissão de Combate

à Violência de Gênero da OABSV


Ano I - Edição 04

Jun e Jul/2022

www.oabsv.org.br/jornal

BIODIREITO - TELEMEDICINA

jornaldaadvocacia

a voz da advocacia vicentina

5

TELEMEDICINA

E seus avanços pós

Covid-19

Em meados de Março/2020, fomos todos

surpreendidos pela COVID-19 e decretos,

medidas provisórias e regulamentos,

acerca de atendimentos médicos, levando

aos usuários do sistema de saúde uma situação

e vivencia antes não utilizado. Dessa forma,

surge a TELEMEDICINA. Mas, o que seria

a telemedicina e seus avanços?

A telemedicina é conceituada por Gonçalves

AA, et al. (2019 *), “como as atividades à distância

realizada pelos profissionais de saúde

por meio das tecnologias da informação e telecomunicações

(TICs) que proporciona um

melhor acesso aos pacientes em casa ou em

organizações de cuidados primários, aumentando

o acesso ao cuidado especializado, reduzindo

os problemas devido à dispersão geográfica

e melhorando a qualidade de vida dos

cidadãos.”

Mas a telemedicina muito antes da COVID-19,

já possuía portarias do seu uso e seus objetivos.

O ministro da Saúde, Dr. ARTHUR CHIO-

RO, sensível aos anseios de uma população

vulnerável editou a portaria 2859 em 29 de

dezembro de 2014, onde estabeleceu o incentivo

financeiro a implantação da Telessaúde

estaduais e intermunicipais.

Portanto, esse incentivo teve como finalidade

melhorar a qualidade dos serviços da atenção

básica, principalmente as Equipes de Saúde

da Família, e oferecer meios de igualdade na

distribuição dos serviços de saúde, especialmente

as regiões mais necessitadas, onde o

número de profissionais de saúde não é eficaz

para atender a demanda populacional.

Contudo, não temos informações técnicas se

à época foi implantada pelo Poder Público.

No entanto, num curto período frente ao Ministério

da Saúde (3 de fevereiro de 2014 até

1º de outubro de 2015), a portaria e deixou de

ser prioridade.

Com a substituição do Ministro da Saúde,

o seu sucessor através de consultoria aos

profissionais de saúde, concluiu que atividade

de telemedicina configurava descumprimento

ético, haja visto que o profissional

de saúde não poderia prescrever tratamento

sem o exame físico direto do paciente, diante

da complexidade do diagnóstico.

Mas, em plena pandemia da COVID-19,

retornou a necessidade da telemedicina

com embasamento técnico através da Lei

13989/2020, que autorizava o uso da telemedicina

enquanto durar a crise ocasionada

pelo coronavírus (SARS-CoV-2), e, deixou, sob

a responsabilidade do Conselho federal de

Medicina a sua regulamentação.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) através

da RESOLUÇÃO CFM Nº 2.314, de 20 de

abril de 2022, definiu e regulamentou a telemedicina,

como forma de serviços médicos

mediados por tecnologias de comunicação.

Telemedicina é a prestação

de serviços médicos,

mediados por tecnologias de

comunicação

A resolução estabelece que a telemedicina é

“exercício da medicina mediado por Tecnologias

Digitais, de Informação e de Comunicação

(TDIC’s), para fins de assistência,

educação, pesquisa, prevenção de doenças e

lesões, gestão e promoção de saúde”, podendo

ser realizada em tempo real on-line (síncrona),

ou off-line (assíncrona).

..

De acordo com a nova Resolução, o atendimento

à distância poderá ser realizado por

meio de sete diferentes modalidades. Veja

detalhes abaixo.

TELECONSULTA:

Caracterizada como a consulta médica

não presencial, mediada por TDIC’s, com

médico e paciente localizados em diferentes

espaços.

TELECONSULTORIA:

Ato de consultoria mediado por TDIC’s

entre médicos, gestores e outros profissionais,

com a finalidade de prestar esclarecimentos

sobre procedimentos administrativos

e ações de saúde.

TELEINTERCONSULTA:

Ocorre quando há troca de informações e

opiniões entre médicos, com ou sem a presença

do paciente, para auxílio diagnóstico

ou terapêutico, clínico ou cirúrgico. É muito

comum, por exemplo, quando um médico

de Família e Comunidade precisa ouvir a

opinião de outro especialista sobre determinado

problema do paciente.

TELEDIAGNÓSTICO:

A emissão de laudo ou parecer de exames,

por meio de gráficos, imagens e dados enviados

pela internet também passa a ser

permitida e é definida como telediagnóstico.

Nestes casos, o procedimento deve

ser realizado por médico com Registro de

Qualificação de Especialista (RQE) na área

relacionada.

TELECIRURGIA:

É quando o procedimento é feito por um

robô, manipulado por um médico que está

em outro local. Essa modalidade foi disciplinada

pela Resolução CFM nº 2.311/22,

que regulamentou a cirurgia robótica no

Brasil.

TELEVIGILÂNCIA:

Também conhecido por telemonitoramento,

consiste no ato realizado sob coordenação,

indicação, orientação e supervisão de

parâmetros de saúde ou doença, por meio

de avaliação clínica ou aquisição direta de

imagens, sinais e dados de equipamentos

ou dispositivos agregados ou implantáveis

nos pacientes.

TELETRIAGEM:

Realizada por um médico para avaliação

dos sintomas do paciente, à distância, para

regulação ambulatorial ou hospitalar, com

definição e direcionamento dele ao tipo

adequado de assistência que necessita ou

a um especialista.

...

Na atualidade, os planos de saúde têm implantado

a plantão telemedicina através dos

seus canais e aplicativos, contudo, por experiencia

própria, o tempo de espera para atendimento

é bem variável, pode levar alguns

minutos ou uma média de 4 a 5 horas, dependendo

da fila de espera.

A vantagem no uso desse método seria economia

de custo com deslocamento, o tempo

de espera num ambiente hospitalar, a desnecessidade

de acompanhante, no entanto,

a desvantagem seria o contato direto com

profissional de saúde, e seus métodos ( aferição

da pressão e temperatura, e investigação

com “toque”) trazendo como consequência

um diagnostico duvidoso.

E nesse sentido, a utilização da telemedicina

é defendido para casos de baixa complexidade

nas especialidades de clínica médica.

...

Conclui-se que a telemedicina é uma ferramenta

que trouxe os benefícios e a aproximação

do médico com o paciente, mas que precisa

ter uma seriedade na escuta do paciente

e no contexto de sua realidade, porque ficar

somente no âmbito dos planos de saúde, traz

um aumento ainda maior na desigualdade

social e no cuidado da saúde para todos.

Valéria Alvarenga Rollemberg

Advogada e Presidente da

Comissão de Bioética e Biodireito da

OABSV

JUN-JUL 2022


Ano

6 jornaldaadvocacia

Jun e

I - Jul/2022

Edição 04

EDUARDO KLIMAN - IN MEMORIAN

www.oabsv.org.br/jornal

a voz da advocacia vicentina

Eduardo Kliman: paixão pelo

que fazia era sua maior marca

JUN-JUL 2022

No dia 31 de maio, a OAB Subseção São

Vicente, repentinamente, de maneira comovida,

compadecida, condoída e consternada,

despediu-se do seu Presidente,

Doutor Eduardo Kliman.

Kliman - como era chamado pela maioria

- deixou muito mais que esposa e dois filhos.

Deixou amigos, colegas e companheiros

de trabalho ou de luta, que aprenderam

a admirá-lo pela forma com que ele calorosamente

se entregava a uma de suas

maiores paixões: o exercício da Advocacia.

Foi esta paixão que levou-o às disputas

pela Diretoria da Subseção, vindo a eleger-

-se para o seu primeiro mandato em 2019.

O primeiro mandato, em plena pandemia

do Covid-19, ajudou a forjar a imagem de

um gestor que buscou na inovação, superar

os vários e muitos obstáculos que o

“novo normal” se punha à frente.

As inovadoras “lives” e “streaming”, aliadas

a uma gestão marcada pela efetiva participação

de Comissões atuantes, deram

à Subseção, prestígio regional e estadual,

sendo o modelo, até então inovador, copiado

por várias outras subseções.

Além de bom gestor, Kliman era um líder

nato. Sua paixão e seus ideais sempre focados

na luta pela valorização e fortalecimento

de uma advocacia vicentina forte,

respeitada e preparada, unia e motivava,

como poucas vezes se viu, toda a classe.

Era respeitado não apenas no meio da Advocacia.

Sua atuação sempre conciliatória,

dava-lhe acesso a lideranças de direita,

esquerda e centro - com ele, além das

ideologias, havia sempre uma pessoa, que

devia ser respeitada por suas posições e

pensamentos.

Kliman era emoção. Ele era todo coração.

Seu olhar - claro e sempre transparente,

não apenas com relação à cor - muitas

vezes falavam mais que suas palavras.

Palavras estas, não raro, serem cortadas

ou embargadas pela emoção, sincera, do

momento. Era aí que seus olhos muito diziam,

inda que pouca ou nenhuma palavra

de seus lábios saísse.

Disse Richard Bach: “Existe um jeito simples

de saber se está cumprida a missão

de alguém. Se está vivo não está.”

Olhando assim, fica difícil aceitar que a

missão de Eduardo Kliman está cumprida.

Ele deixou muito coisa à OAB São Vicente:

deu-lhe visibilidade; implantou uma série

de coisas na área administrativa; criou

uma equipe atuante de Comissões temá-

ticas; implantou um Jornal impresso; trouxe

o núcleo ESA para São Vicente.

Mas ele ainda tinha sonhos. Desejos. Anseios.

E muitos! Talvez sua missão tenha

sido plantar o desejo de uma advocacia

vicentina convencida de que pode mais.

Que pode voar - sempre - mais e mais e

mais alto!

Se foi esta a sua missão, Presidente, podemos

dizer que a cumpriste com louvor.

O seu legado não será esquecido. E tampouco

deixado de lado. Ele será continuado.

Todos os dias. Até termos uma OAB

unida, forte e valorizada!

Por fim, Presidente Kliman, aí de cima, de

onde nos vê, saiba que a sua lição, o seu

legado e o seu amor pela Subseção jamais

será esquecido.

Se pudéssemos dizer-te algo, faria nossa

as palavras de São Paulo:

“Combati o bom combate, terminei a corrida,

guardei a fé. Agora me está reservada

a coroa da justiça, que o Senhor, justo

Juiz, me dará naquele dia; e não somente

a mim, mas também a todos os que

amam a sua vinda.”

Presidente Eduardo Kliman - gratidão por

todo o seu trabalho. Namastê!


Ano I - Edição 04

Jun e Jul/2022

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NOVA COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA OAB SÃO VICENTE

jornaldaadvocacia

a voz da advocacia vicentina

7

CONSELHO DA OABSP APROVA NOVA DIRETORIA

Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia/OAB disciplina como se dá a nova composição, em caso de vacância.

Nomes indicados e eventual nova composição da Diretoria devem ser aprovados pelo Conselho Pleno da Seccional.

A vacância no cargo de Presidente, dado o falecimento

do Presidente Eduardo Kliman, fez com

que os quadros da Diretoria, fossem realocados.

Conforme preconizado no Regulamento Geral

do Estatuto da Advocacia e da OAB, a ordem

interna dos cargos pode ser realocadas pelos

atuais integrantes.

No entanto, a chapa deve sempre estar completa,

ou seja, todos os quadros devem,obrigatoriamente

estar ocupados.

Assim sendo, os demais membros da Diretoria

eleita, convidaram a advogada Dra. Graziele de

Pontes Kliman para ser o quinto integrante.

Conselho Pleno aprovou a nova Diretoria

Mais que nunca,

queremos ser uma

OAB SV de todas as

vozes: a minha voz. A

sua voz. A nossa voz.

Uma advocacia

vicentina que seja

cada vez mais forte,

unida e valorizada.

Nossa luta continua.

Na 2.487ª sessão ordinária do Conselho Pleno,

realizada no dia 21 de junho, a Presidente

Patrícia Vanzolini convidou as Doutoras Josiane

Cristina Silva e Graziele de Pontes Kliman a

comporem a Mesa Diretora.

Dentre os vários da pauta, estava a aprovação

da Diretoria da 44ª Subseção - OAB São Vicente,

que foi aprovada, e passa a ter a seguinte composição:

Presidente:

Dra. Josiane Cristina Silva

Vice-Presidente:

Dr. Rafael Simões Filho

Secretária-Geral:

Dra. Marystella Carvalho Ferreira

Secretário-Geral Adjunto:

Dr. Adriano Neves Lopes

Tesoureira:

Dra. Graziele de Pontes Kliman.

Dra. Josiane Cristina,

Presidente OABSV

Dr. Adriano Neves Lopes (Secretário-Geral Adjunto); Dra. Graziele de Pontes

Kliman (Tesoureira); Dra. Josiane Cristina Silva (Presidente); Dra. Marystella

Carvalho Ferreira (Secretária Geral) e Dr. Rafael Simões Filho (Vice-Presidente)

A nova Diretoria foi posteriormente diplomada

pela Presidente da OAB São Paulo Dra. Patrícia

Vanzolini.

E a luta continua. #aquivctemvoz!

Todos os Diretores, reassumiram o seu compromisso

de campanha: fazer da OAB SV, referência

na luta pela valorização, união e fortalecimento

da classe.

Dras. Josiane Cristina Silva e Graziele de Pontes Kliman compuseram a

Mesa Diretora da 2.487ª Sessão Ordinária Conselho Pleno da OABSP

Quem é a Dra. Graziele de Pontes Kliman:

Graziele de Pontes Kliman, esposa do falecido

Presidente Eduardo Kliman, é bacharel em Direito

pela Universidade Santa Cecilia (Unisanta) -

Santos/SP. Membro da Ordem dos Advogados

do Brasil, São Paulo, desde 2004. Sócia do Escritório

Kliman Sociedade de Advogados. Já foi

membro da Comissão de Direito Previdenciário

da 44ª Subseção da OAB/SP.

Presidente da OABSP, Patrícia Vanzolini entrega o Diploma de Diretores da

Subseção São Vicente.

JUN-JUL 2022


Ano

8 jornaldaadvocacia

Jun e

I - Jul/2022

Edição 04

TEMAS ATUAIS DO DIRETO

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a voz da advocacia vicentina

Tema 01:

ESTUPRO,

ABORTO LEGAL E

REVITIMIZAÇÃO:

Como garantir os direitos de uma criança de 11 anos,

que já os teve violados, quando foi estuprada?

Recentemente recebemos a triste notícia

da criança de 11 anos que, após ter sido

vítima de estupro, teria tido o direito ao

aborto legal inviabilizado por parte de profissionais

da área médica, Ministério Público e

Judiciário de Santa Catarina. Vamos entender

melhor o caso:

Aspectos Jurídicos:

O artigo 227 da Constituição Federal e o Estatuto

da Criança e do Adolescente asseguram

à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta

prioridade, o direito à vida, à saúde, à

alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização,

à cultura, à dignidade, ao respeito,

à liberdade e à convivência familiar e comunitária,

além de colocá-los a salvo de toda forma

de negligência, discriminação, exploração,

violência, crueldade e opressão dá prioridade

absoluta.

O Código Penal em seu artigo 217-A , estabelece

que conjunção carnal ou praticar outro

ato libidinoso com menor de 14 anos é considerado

estupro de vulnerável.

No mesmo diploma legal no artigo 128, prevê

o ABORTO LEGAL se a gravidez resulta de estupro

e o aborto é precedido de consentimento

da gestante ou, quando incapaz, de seu representante

legal.

Por fim a Lei nº 13.431/17 (Lei da Escuta Especializada)

garante o direito da criança vítima

de violência a não ser revitimizada durante a

tramitação da ação judicial, para que a violência

que ela sofreu não se some a uma nova,

desta vez institucional.

A notícia veiculada na mídia trás luz à uma

série de violações contra crianças e adolescentes,

que ocorrem com bastante frequência

mas que não chegam ao conhecimento público,

por motivos diversos, mas principalmente

pela culpabilização da vítima, senão vejamos:

A criança de 11 anos já teve seus direitos

violados, quando foi estuprada!

Após a constatação da gravidez iniciou-se o

processo investigativo, que de pronto e conforme

determina a legislação vigente a criança

deveria ter sido acolhida pelo Conselho

Tutelar e CREAS (atendimento médico, psicológico,

assistência social, encaminhamento

ou orientação para buscar remédio jurídico)

para as medidas necessárias de proteção,

com direito a escuta ÚNICA e especializada

para não caracterizar a revitimização, ou seja,

a criança ter que reviver reiteradas vezes a

mesma dor.

No caso em tela, após ter tido seu direito de

brincar, estudar, ser feliz foi violado por ação

de um criminoso que a estuprou aos 10 anos

de idade, teve no mínimo mais cinco violações

institucionais dentro do que preceitua a

legislação vigente.

Guardadas as devidas proporções e opiniões

que não podem se sobrepor aos direitos fundamentais

da pessoa humana, dos quais estamos

todos sujeitos em direitos e obrigações

e considerando que nosso ordenamento jurídico

tecnicamente ampara e protege a vítima,

penso que nossa missão seja saber: porque

este tipo de situação ainda acontece?

As resposta são muitas e de conhecimento

geral (vergonha, proteção do familiar abusador,

culpabilização da criança, abandono, convicções

religiosas, etc)

Como podemos ajudar:

Com políticas públicas de efeito, quebrando

tabus nos assuntos relativos a sexo e sexualidade

nas escolas - desde a primeira infância

- com aulas de educação sexual adequadas a

cada faixa etária.

Capacitação e proteção aos profissionais da

educação e saúde que normalmente são os

primeiros a detectar algum tipo de violação.

Investimento e capacitação de Conselheiros

Tutelares e Centros de Referência da Assistência

Social .

Criação de Delegacias Especializadas da

Criança e do Adolescente (DECA), espaço

multidisciplinar destinado a receber vítimas

de violência, obedecendo os preceitos legais

de escuta e proteção absoluta à vítima.

SIM ESTAMOS TODOS(AS) INDIGNA-

DOS(AS), mas é preciso mais do que isso.

Precisamos arregaçar as mangas e cobrar

das autoridades competentes mais efetividade

e investimento nas políticas públicas de

proteção à criança e ao adolescente. Somente

com muita ação e conscientização da sociedade

é que poderemos dizer que estamos

contribuindo para que este tipo de crime não

volte a acontecer.

A Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente

da Ordem dos Advogados de São Vicente

está à disposição da sociedade vicentina

para sanar dúvidas, orientar e encaminhar

as vítimas e denunciar aos órgãos competentes

quaisquer irregularidades.

Ao menor indício de violações de direitos não

se cale!

Calar é permitir. Denunciar é combater!

Canais de denúncias: Disque 100

OABSV : (13) 3481707

Email: sao.vicente@oabsp.org.br

Yonne Souza Vaz

Advogada e Presidente da Comissão

de Defesa dos Direitos da Criança e do

Adolescente da OABSV

Tema 02:

Economia e desigualdade e social,

estão conectadas, Silvio Almeida

(2019) narra que a ideia de desigualdade

social é um ponto nodal

das teorias econômicas, as quais

não poderão ser ignoradas, consequentemente,

a economia só pode

tentar responder a essas questões

relacionadas ao racismo estrutural

apelando para a política, a ética, a

sociedade e o direito.

RACISMO

ESTRUTURAL

O autor explica que a estrutura para a persistência do

racismo na economia têm, historicamente, propiciado

um grande debate sobre escravidão. O racismo não

é um resto da escravidão, até mesmo porque não há

oposição entre modernidade/capitalismo e escravidão.

A escravidão e o racismo são elementos constitutivos

tanto da modernidade, quanto do capitalismo, de

tal modo que não há como desassociar um do outro.

Em grande parte, a população brasileira é composta

por negros e pardos, que não possuem os indicadores

sociais equivalentes à sua proporção, ocasionando

um abismo econômico em comparação com a população

branca, gerando um reflexo em todas as esferas

sociais.

Tomamos como exemplo o Poder Judiciário, em torno

de 13% de juízes são negros. Ora, em um País onde

grande parte da população é negra e parda, não temos

nem metade de Magistrados negros, muito menos

mulheres negras que são a base da pirâmide, sendo

minoria da minoria.

O combate ao racismo se trata de uma pauta institucional,

nas palavras de Marya Sylvia, “combate ao racismo

estrutural é uma questão de democracia”. Maria Sylvia

de Oliveira, advogada militante no Movimento Negro

e Feminista Negro de 1994, foi Presidente da Comissão

de Igualdade Racial (2019/2021),reforça

que “somos 1,2 de advogado no Brasil.

Sabemos que as mulheres são quase 50%,

mas não sabemos quantos advogados negros

e negras contam nos quadros da OAB,

onde e como estão.”

Posto isto, o racismo estrutural é aquele racismo

menos imperceptível, em outras palavras

algumas pessoas preceituam como

“isso não é racismo”, todavia, já esta enraizado

na cultura de um povo, desse modo,

em países como o Brasil, alguns especialistas

afirmam que o fim do racismo estrutural

esta conectado ao fim da desigualdade

racial, que afetam os grupos economicamente

menos favorecidos e étnico-raciais

vulneráveis historicamente, sendo assim o

debato sobre economia, judiciário e racismo,

são pautas que caminham junto.

Victorya Santana dos Santos

Advogada e membra da Comissão de

Igualdade Racial e da Comissão de

Direito Econômico da OABSV

JUN-JUL 2022


Ano I - Edição 04

Jun e Jul/2022

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VIOLÊNCIA DE GÊNERO - VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER - BASTA!

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a voz da advocacia vicentina

9

Caso da procuradora Gabriela

Samadello Monteiro de

Barros põe o assunto de novo

- infelizmente - à mesa de

discussão!

Maira Marques Burghi dos Santos

Advogada e Presidente da Comissão de Compliance da

OAB - Subseção de São Vicente

Infelizmente outra notícia de violência contra

a mulher, ganha destaque nacional. A procuradora-geral

do município de Registro, no

interior de São Paulo, foi agredida no ultimo

dia 20, por um colega dentro da própria prefeitura,

onde trabalham, e ficou com o rosto

ensanguentado.

Esse episódio demonstra a imperiosa necessidade

de dar-se tratativas efetivas no combate

à violência contra a mulher.

É uma violência que não tem classe social ou

econômica,. Infelizmente, todas as mulheres,

simplesmente por serem mulheres, estão sujeitas

a serem vítimas.

É preciso informar, é preciso desconstruir o

machismo, e, principalmente, é preciso que

as instituições, como a OAB, tragam apoio,

orientação, enfim, que ajude e trabalhe de forma

direta e prática, a fim coibir esta violência.

Procurada pela redação, Dra. Vilma Cristina

de Mendonça, presidente da Comissão de

Combate à Violência de Gênero, nos disse

que “toda violência contra a mulher deve ser

levada a sério. Saber identificar os primeiros

sinais de violência é muito importante. O apoio

institucional e familiar a essas vítimas é fundamental.

Pensando nisso, a OAB São Vicente,

através de sua Comissão de Combate à Violência

de Gênero, lança, no mês de agosto, o PRO-

JETO OAB POR ELAS, que visa o atendimento

jurídico humanizado às vítimas em situação

de violência, feito por advogadas voluntárias”.

NOTA DE REPÚDIO

A Subseção São Vicente, emitiu uma nota de

repúdio, onde veemente diz que a agressão

física sofrida pela Dra. Gabriela Samadello

Monteiro de Barros – OAB/SP 304.314 atinge

toda a advocacia e toda a sociedade, causando

enorme indignação pela forma ocorrida e

tamanha brutalidade, mostrando mais uma

vez que a violência contra a mulher continua

enraizada em nossa sociedade, onde a cultura

ainda banaliza as agressões e atribui, quase

sempre, a culpa à vítima.

Continua a Nota dizendo que “embora a sociedade,

o Judiciário, as entidades da sociedade

civil entre outras já tenham realizados inúmeros

esforços para diminuir tais práticas e atuado

em rede de apoio à essas mulheres, fato

é que escalada da violência contra a mulher

aumenta dia após dia.”

Por fim, envia à Dra. Gabriela Samadello Monteiro

de Barros total apoio e solidariedade, reiterando,

igualmente, seu repúdio a qualquer

ato de violência de gênero, permanecendo em

sua missão de promover a conscientização

sobre o assunto, além da prevenção e enfrentamento

desse tipo de crime.

Assinam a nota a Presidente Josiane Cristina

Silva, a Presidente da Comissão da Mulher

Advogada, Dra. Alessandra Indame e a Presidente

da Comissão de Combate à Violência

de Gênero, Dra. Vilma Cristina de Mendonça.

VIOLÊNCIAS COTIDIANAS

Os advogados, nos termos do artigo 133 da

Constituição Federal são essenciais à administração

da justiça. Administrar justiça não

significa administrar socos, pontapés, tapas

e coisas do gênero.

A OAB é a única entidade não governamental

cujos estatutos estão previstos em lei federal.

De inegável importância, a administração da

justiça não acontece sem a participação dos

advogados e das advogadas, mas, sem dúvida

alguma, desvios precisam ser reprimidos.

Os advogados e, especialmente as advogadas,

são muitas vezes vítimas de violências

físicas, assédio moral, desprezo por parte

de autoridades públicas, delegados, magistrados,

desembargadores etc. A defesa das

prerrogativas e da integridade física e moral

dos advogados é uma luta travada cotidianamente

por aqueles que desempenham tão

nobre função.

Muito triste e prejudicial à imagem pública

dos advogados, que tenhamos assistido em

todos os veículos de informação e nas redes

sociais, a violência cometida pelo Procurador

Municipal Demétrius Oliveira de Macedo, de

34 anos, do Município de Registro, no Vale do

Ribeira, contra a Procuradora Gabriela Samadello

Monteiro de Barros, de 39, Procuradora

Chefe naquela mesma cidade.

Foram cenas de inaceitável violência física

brutal, repugnante, covarde e desproporcional,

cometida na sede da Procuradoria. A

Procuradora recebe e continua recebendo o

apoio e a solidariedade das diversas seções,

subsecções da Ordem dos Advogados e de

muitas entidades da sociedade civil.

Nos parece que o Procurador, se tinha problemas

psiquiátricos ,como alegado pela defesa,

deveria ter sido afastado liminarmente como

decorrência da abertura da sindicância, sem

prejuízo dos vencimentos e vantagens, com

sigilo da apuração, para evitar o que efetivamente

ocorreu. Claro que não se pode e nem

se pretende aqui atribuir culpa à vítima, mas

a agora a prisão do Indiciado nos pareceu necessária

para impedir novas perseguições e

vinganças.

Existem muitas formas em que se apresentam

as violências cotidianas. Há a violência

doméstica, a violência policial, a violência institucional,

a violência étnica e racial, a violência

sexual, a violência homofóbica ou transfóbicas,

a violência de gênero e por aí vai. Por

trás de grande parte delas se apresenta uma

sociedade misógina, machista e preconceituosa.

Não podemos e não devemos aceitar

isso.

Muito pouco se tem feito, a nível institucional,

para reduzir essas formas de violência. O

ódio, a violência parecem ser constantemente

estimulados por discursos políticos do tipo

“bandido bom é bandido morto”, homenageando-se

comportamentos genocidas e etnocidas,

estimulando-se a aquisição de armas

de fogo pela população e desestimulando o

treinamento policial na área de direitos humanos.

Acreditamos que a justiça será bem administrada

no caso da Procuradora Chefe, esperemos

que o seja, garantido o princípio fundamental

da ampla defesa, em todos os casos

de violência. Mesmo nos casos cometidos

contra meninas grávidas e vítimas de estupro,

nos casos de homicídios contra homossexuais,

lésbicas e travestis.

A justiça deve ser cega e não enxergar diferenças

irrelevantes quanto às vítimas não

pode e não deve ser surda para o grito dos

injustiçados. Justiça social acima de tudo e

paz acima de todos!

José Carlos Fernandes

Advogado e Presidente da Comissão

de Administração da Justiça

da OABSV

JUN-JUL 2022


Ano

10 jornaldaadvocacia

Jun e

I - Jul/2022

Edição 04

LEI MARIA DA PENHA - O OUTRO LADO DA VIOLÊNCIA

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a voz da advocacia vicentina

LEI MARIA DA PENHA:

O outro lado da

violência

Em 07 de agosto de 2006 foi sancionada

a Lei nº 11.340, popularmente conhecida

como Lei Maria da Penha e, ao analisar a

íntegra da Lei, verifica-se que o legislador preocupou-se

em criar mecanismos para coibir

e prevenir os casos de violência doméstica e

familiar, isto é, visando o caráter preventivo

das medidas a serem adotadas.

Tanto é verdade que a Lei inovou ao trazer a

possibilidade de aplicação de medidas protetivas

de urgência, especialmente nos incisos

VI e VII do artigo 22, inseridos por intermédio

da Lei nº 13.984 de 2020, em que o legislador

possibilita a busca pela conscientização e reeducação

do autor de violência doméstica e

familiar.

Apesar da Organização das Nações Unidas

considerar a Lei Maria da Penha uma das

terceiras leis mais avançadas do mundo no

que tange ao enfrentamento à violência contra

mulher, na prática a Lei ainda esbarra em

alguns obstáculos para que seja cumprida integralmente,

como é o caso da construção de

masculinidades e da criação e perpetuação

de estereótipos que reforçam o machismo.

Isto porque, não é de hoje que foram criadas e

socializadas normas de condutas com a finalidade

de estabelecer como cada ser humano

deveria ser e se comportar, isto é, o sexo

masculino, desde criança, precisa se mostrar

forte, assertivo e grosseiro, enquanto ao sexo

feminino cabe ser frágil, dócil e passiva, situações

que acabam ressaltando a ideologia

da superioridade masculina e a inferioridade

feminina.

Ademais, durante o documentário intitulado

“O silêncio dos homens”, em parceria com

ONU Mulheres e a Campanha Eles por Elas,

o psicólogo e pesquisador Eduardo Chakora

explica que desde pequenos os homens precisam

forjar uma identidade masculina, ou

seja, uma imagem baseada na força e na não

sensibilidade, acarretando, consequentemente,

uma espécie de “camisa de força” dentro

do universo masculino, que trancafiam todas

suas emoções.

Segundo o psicólogo, é por esse motivo que

os homens competem o tempo inteiro, precisam

“provar que são homens” e acabam se

matando e matando outras pessoas. Inclusive,

de acordo com uma pesquisa realizada

pelo Instituto PapodeHomem, apenas três

em cada dez homens possuem o hábito de

conversar sobre seus maiores medos e dúvidas

com seus amigos, o que significa que

os homens possuem uma certa dificuldade

de desenvolver uma abertura emocional e de

saber lidar com alguma situação desafiadora

que fuja ao seu controle.

Neste diapasão, é evidente que inúmeros

comportamentos são ensinados para os meninos

desde pequenos, como é o caso da violência

sexual para provar sua virilidade.

Inclusive, em regra, o aprendizado de comportamento

violento ocorre dentro do espaço

doméstico, em que os responsáveis legais,

visando “educar” e reprimir comportamentos

indesejáveis, utilizam-se da violência contra

a criança, fazendo, portanto, que a pessoa

acabe associando educação, respeito e amor

com violência.

Destaca-se que todas essas questões trazidas

não justificam e nunca justificarão a ocorrência

de uma violência doméstica e familiar

contra a mulher, porém são alguns dos principais

motivos que fazem com que os homens

sejam tão violentos e controladores, principalmente

com as mulheres e crianças.

Por este motivo, além da assistência à mulher

em situação de violência doméstica e familiar,

já prevista na Lei Maria da Penha, é preciso

olhar para os autores dessas violências, e não

com um olhar punitivista, mas sim preventivo

e educativo.

No Estado de São Paulo, há o programa “E

agora, José?”, o projeto “Tempo de Despertar

- Ressocialização do Autor de Violência

contra a Mulher”, o Coletivo Feminista Sexualidade

e Saúde (ONG), entre outros projetos

que trabalham com homens autores de violência

doméstica e familiar.

Portanto, como alternativa ao modelo punitivo

prisional, a proposta dos grupos reflexivos

com homens autores de violência contra as

mulheres está, aos poucos, tomando espaço

e sendo aceita em nossa sociedade.

Até porque, ao lidar somente com as mulheres

envolvidas numa situação de violência

doméstica e familiar, estamos trabalhando

apenas com uma das partes envolvidas.

Já com os homens sendo submetidos a algum

tipo de intervenção realmente eficiente,

são grandes as chances de diminuição de

reincidência de comportamentos agressivos

e violentos contra as mulheres.

Em razão da Lei Maria da Penha reforçar a

promoção de programas educacionais com

perspectiva de gênero e ressaltar a educação

como principal ferramenta de prevenção da

violência doméstica e familiar contra a mulher,

além de ser extremamente necessário

trabalharmos essas questões e conscientizarmos

as crianças, os grupos reflexivos de

homens também possibilitam o conhecimento

por trás da questão da violência contra as

mulheres, contribuindo para a mudança de

uma realidade que expõe meninas e mulheres

a violações de direitos todos os dias e

cuja natureza é estrutural.

Portanto, é preciso que haja o rompimento

dessas heranças de costumes patriarcais,

investindo em campanhas educativas de

prevenção, pois se a construção da masculinidade

e a perpetuação do machismo possuem

causa social, é necessário que exista a

coibição em sua origem, ou seja, na própria

sociedade.

Gabriela Furtado Fernandes

Advogada e Vice-Presidente da

Comissão da Mulher Advogada

OAB SV

JUN-JUL 2022

O SILÊNCIO DOS HOMENS

Documentário discute masculinidade e

fornece ferramentas para que a sociedade

ajude a educar meninos sensíveis,

bem como para que homens já adultos

tornem-se mais humanos.

“É preciso coragem para abrir nosso

coração aos outros e expor nossa vulnerabilidade.

Podemos parar de nos esconder

e de temer que alguém possa ver

quem realmente somos, porque estaremos

escolhendo ser vistos”. É com essa

frase, publicada no livro “Um Coração

Sem Medo”, de Thupten Jinpa, que o

documentário “O Silêncio dos Homens”

começa um diálogo marcante.

Produzido pelo Papo de Homem e disponível

no YouTube, o filme apresenta

dados e conversas com personagens

reais e especialistas ligados à saúde

mental e sociologia sobre masculinidade

tóxica, que é ensinada, de forma geral,

desde que pais e mães descobrem que

estão grávidos de um menino.


Ano I - Edição 04

Jun e Jul/2022

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a voz da advocacia vicentina

ESPAÇO DAS COMISSÕES TEMÁTICAS

NOSSAS CAMPANHAS - VAMOS

PARTICIPAR E COLABORAR?

11

ESA NÚCLEO SV:

NÚCLEO DA ESCOLA

SUPERIOR DA ADVOCACIA

DE SÃO VICENTE “DR.

EDUARDO KLIMAN”

A 44ª Subseção de São Vicente

convida a Advocacia para a

Inauguração do Núcleo da Escola

Superior da Advocacia de São

Vicente “Dr. Eduardo Kliman”. Na

ocasião será realizada uma Aula

Magna com o Diretor da ESA/SP

Dr. Flávio Murilo Tartuce Silva.

08 de Julho de 2022 - às 18 horas

Realize a Pré-Reserva preenchendo

o formulário a seguir:

https://forms.gle/

QyuJMN8St6ccZYuR9 .

A reserva para a Inauguração

será efetivada somente após

recebimento da confirmação por

e-mail.

CEF CENTRO - IMPLANTA

ATENDIMENTO DIFERENCIADO A

ADVOGADOS VICENTINOS

O frio vem para todos.

Vamos ajudar a proteger os animaizinhos

de rua. Este ano criamos a Campanha do

Agasalho Animal. Você pode doar cobertores,

mantas, remédios, caminhas, roupinhas,

ração, jornal e papelão.

A Casa do Advogado é um ponto de coleta.

Outro ponto de coleta, é o Mundo Animal

Pet Shop. Ele está localizado na Avenida

Antonio Emmerich, 810 - Vila São Jorge, em

São Vicente. Caso queira falar com eles, os

telefones são (13) 3561-3500 / 3467-1359 /

98111-2943.

Vamos fazer esta 1ª Campanha ser um

sucesso!

CAMPANHA DO AGASALHO -

COMISSÕES ENTREGAM DOAÇÕES

ARRECADADAS

Em mais uma ação institucional cidadã, a OAB

São Vicente deu início à sua Campanha do

Agasalho 2022.

Fruto da união das Comissões de Direitos

Humanos e Ação Social e Cidadania, a

campanha está desde 03 de junho arrecadando

itens que serão distribuídos à instituições que

prestam assistência e acolhimento à pessoas

em situação de vulnerabilidade social.

Você pode ajudar doando:

Roupas,

Cobertores,

Produtos de higiene e

Alimentos não perecíveis.

A Casa da Advocacia e Cidadania de São

Vicente é ponto de coleta dos produtos.

Faça a diferença.

Doe um agasalho.

E aqueça uma vida!

OABSV E PROCON SV FAZEM

FISCALIZAÇÃO NAS AGÊNCIAS

BANCÁRIAS

As Comissões de Direito Bancário (representada

pelo seu Presidente Dr. João Guilherme)

e a Comissão de Relações Institucionais (sob

a presidência do Dr. Marcelo Sakamoto) da

OABSV, numa inédita parceria com o Procon

de São Vicente, firmaram acordo com a Gerente

da Caixa Econômica Federal - Agência

Centro, Fabiana, conseguiram implantar sistema

de SENHAS DIFERENCIADAS PARA AD-

VOGADOS (OSP) buscando um atendimento

mais rápido e ágil.

Basta, naquela agencia, o advogado identificar-se,

que será dada uma senha, encaminhando-o

ao 2º andar. Isso facilitará - e agilizará

a vida de toda a advocacia - quando precisar

utilizar presencialmente a agência, bem como

o levantamento de RPV’s e demais alvarás judiciais.

Os itens da Campanha do Agasalho para Moradores

de Rua, até agora arrecadados pela

OAB São Vicente, foram, no dia 24 de junho,

entregues na Pousada Praia de São Vicente

pela Presidente da Comissão de Direitos Humanos,

Dra. Carla Macedo.

A Campanha deste ano foi resultado de uma

parceria com a Comissão da Ação Social e Cidadania,

do Presidente Fernando Paulino.

A Pousada, oferece marmitas, itens de higiene,

roupas e demais doações - que são distribuídas

às pessoas em situação de vulnerabilidade.

Em noites mais frias a Pousada abre suas

portas para que além do jantar, os moradores

de rua tenham um lugar para dormir e tomar

um banho quente.

Colabore você também! A sua ajuda faz a diferença!

As ações do Procon e da OAB.SV, em junho,

estiveram a todo vapor. Além do acordo com

a Caixa Econômica Federal, as Comissões de

Direito Bancário (Dr. João Guilherme) e de Relações

Institucionais (Dr. Marcelo Sakamoto),

e representantes do Procon, no dia 20/06, fiscalizaram

a agência da Caixa Econômica Federal,

localizada no Centro de São Vicente.

A ação tinha como objetivo averiguar e fiscalizar

o atendimento às normas que disciplinam

a oferta de serviços, assegurando os direitos

aos atendimentos preferencial e prioritário.

Também foram verificadas a agilidade para diminuição

nas esperas das filas, principalmente

do lado de fora das agências.

Ao final da ação, foi lavrado auto de constatação

e autuação pelo Procon.

JUN-JUL 2022


Ano

12 jornaldaadvocacia

Jun e

I - Jul/2022

Edição 04

ESA - NÚCLEO SÃO VICENTE

www.oabsv.org.br/jornal

a voz da advocacia vicentina

Na primeira edição do Jornal da Advocacia ela disse em um

artigo, que “lugar de mulher é onde ela quiser”.

Hoje - três edições depois - a constatação de que ela estava

certíssima: ao assumir a Presidência, torna-se a primeira

mulher à frente da OAB Subseção São Vicente!

“Atualmente conquistamos espaços em

cargos que não há muito atrás, eram ocupados

exclusivamente por homens. Não

se trata apenas de conquista sem mérito,

mas de muita luta, demonstrações diárias

da capacidade da mulher, força e sobretudo

coragem para enfrentar as mais diversas

retaliações hostis e desumanas impostas

covardemente pela sociedade”.

JUN-JUL 2022

Com essas palavras, a hoje Presidente da

44ª Subseção da OAB, em São Vicente, se

dirigia às mulheres, para comemorar o 08

de março.

Quase quatro meses depois, quis a o destino,

que ela ocupasse o cargo de Presidente.

“Não era uma possibilidade - nunca cogitamos,

que eu viesse a ocupar esse cargo

nessa gestão” diz referindo-se à chapa

composta para exercer o mandato no triênio

2022 / 2024.

Por conta da vacância do cargo, ela viu-se

na missão de tomar assento à mesa da

Presidência.

Assim, pela primeira vez na história dos

51 anos da OAB São Vicente, uma mulher

tornou-se Presidente da Subseção.

...

Competência. Dedicação. Capacidade. E

vontade de continuar o legado de seu antecessor

de tornar a advocacia calunga

forte, unida e respeitada não faltam.

Desejamos todo sucesso à Presidente e

toda a Diretoria nessa caminhada rumo à

uma OABSV forte!

QUEM É DRA. JOSIANE

Mãe. Empreendedora.

Esportista. Guerreira.

Mulher.

Vencedora!

...

É assim que ela se

descreve e se define.

E ela ainda diz - o que

me define não me

limita!

Doutora Josiane

Cristina Silva

graduou-se em

Direito - uma de

suas maiores

paixões - pela

Universidade

Metropolitana de

Santos - Unimes em 2001.

Tornou-se advogada inscrita nos quadros da

OAB em 2004.

É pós-graduada em Direito do Trabalho e

Direito Processual do Trabalho, pela Faculdade

Unisul/RS.

É advogada militante na Justiça do Trabalho,

Direito Previdenciário, Cível e Família atuando

desde sua inscrição na Ordem.

No triênio 2019 / 2021, foi convidada para

trabalhar junto às Comissões da Subseção de

São Vicente - e aceitou o convite para estar

à frente, como Presidente, da Comissão de

Ação Social e Cidadania, permanecendo no

cargo até a eleição, quando se tornou a Vice-

Presidente.

E agora, tem o desafio de ser a primeira

Presidente da OABSV até 2024!

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