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Fisica3 (Eletromagnetismo)

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90 CAPÍTULO 24

24-1 1 Energia Potencial Elétrica de um Sistema de

Cargas Pontuais

Na Seção 24-2, discutimos a energia potencial elétrica de uma partícula carregada

quando uma força eletrostática executava um trabalho sobre a partícula. Naquela

seção, supusemos que as cargas responsáveis pela força estavam fixas no lugar, de

modo que nem a força nem o campo elétrico correspondente podiam ser influenciados

pela presença da carga de prova. Nesta seção, vamos adotar um ponto de vista

mais geral e determinar a energia potencial elétrica de um sistema de cargas devido

ao campo elétrico produzido por essas mesmas cargas.

Para dar um exemplo simples, suponha que dois corpos com cargas do mesmo

tipo sejam aproximados. O trabalho necessário para realizar essa aproximação fica

armazenado como energia potencial elétrica do sistema de dois corpos (contanto que

a energia cinética dos corpos não varie no processo). Se mais tarde as cargas forem

liberadas, essa energia será recuperada, no todo ou em parte, como a energia cinética

dos corpos que se afastam um do outro por causa da repulsão mútua.

Definimos a energia potencial elétrica de um sistema de cargas pontuais, mantidas

em posições fixas por forças não especificadas, da seguinte forma:

A energia potencial elétrica de um sistema de cargas pontuais fixas é igual ao trabalho

que deve ser executado por um agente externo para montar o sistema, começando com

as cargas a uma distância infinita umas das outras.

Supomos que as cargas estão paradas tanto nas posições iniciais, infinitamente distantes,

como nas posições finais.

A Fig. 24-15 mostra duas cargas pontuais q I e q 2 separadas por uma distância r.

Para determinar a energia potencial elétrica desse sistema de duas cargas, devemos

montar mentalmente o sistema, começando com as duas cargas em repouso e a uma

distância infinita uma da outra. Quando trazemos a carga q 1

do infinito e a colocamos

no lugar, não realizamos nenhum trabalho porque não existe nenhuma força

eletrostática agindo sobre q 1 • Quando, porém, trazemos q 2 do infinito e a colocamos

no lugar, realizamos um trabalho, já que q 1 exerce uma força eletrostática sobre q 2

durante o deslocamento.

Podemos calcular esse trabalho com o auxílio da Eq. 24-8, eliminando o sinal

negativo (já que estamos interessados no trabalho realizado contra o campo e não

pelo campo) e substituindo a carga genérica q por q 2 • O trabalho é, portanto, igual

a q 2 V, onde V é o potencial que foi criado por q 1

no ponto em que colocamos q 2

• De

acordo com a Eq. 24-26, esse potencial é dado por

V= _l_!JJ..._

47Ts 0 r

Assim, a energia potencial elétrica do par de cargas pontuais da Fig. 24-15 é

U -- W - qz V - _1_ q1q2 .

4771, 0 r

(24-43)

Figura 24-15 Duas cargas pontuais q 1

e q 2 separadas por uma distância r.

Se as cargas têm o mesmo sinal, devemos realizar um trabalho positivo para aproximar

as partículas, já que elas se repelem mutuamente e, por isso, a força necessária

para aproximá-las tem o mesmo sentido que o deslocamento das partículas a partir

do infinito. Assim, de acordo com a Eq. 24-43, a energia potencial do sistema é positiva.

Se as cargas têm sinais opostos, as partículas tendem a se aproximar espontaneamente

e temos que exercer uma força no sentido oposto ao do caso anterior para

mantê-las estacionárias. Nesse caso, o trabalho é negativo, já que a força tem o sentido

oposto ao do deslocamento das partículas a partir do infinito; assim, a energia

potencial do sistema é negativa.

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