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Fisica3 (Eletromagnetismo)

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#14:ll#W

LEI DE GAUSS 63

S

so de uma placa atraem as cargas em excesso da outra e todas as cargas em excesso se

concentram na superfície interna das placas, como mostra a Fig. 23-16c. Como existe

agora uma quantidade de cargas duas vezes maior nas superfícies internas, a nova

densidade superficial de cargas (que vamos chamar de o-) nas faces internas é 2o-;.

Assim, o módulo do campo elétrico em qualquer ponto entre as placas é dado por

E = 2cr 1 = _!!__ (23-14)

-

é

,

­

a

Este campo aponta para longe da placa positiva e na direção da placa negativa. Como

não existe excesso de cargas nas faces externas, o campo elétrico do lado de fora

das placas é zero.

Como as cargas das placas se moveram quando as placas foram aproximadas,

a Fig. 23- l 6c não é a superposição das Figs. 23-16a e b; em outras palavras, a distribuição

de cargas no sistema de duas placas não é simplesmente a soma das distribuições

de cargas das placas isoladas.

O leitor deve estar se perguntando por que nos demos ao trabalho de discutir

situações tão pouco realistas como os campos produzidos por uma linha infinita de

cargas, uma placa infinita de cargas e um par de placas infinitas de cargas. Uma razão

é que é muito fácil analisar essas situações usando a lei de Gauss. Uma razão mais

importante é que a análise de situações "infinitas" permite obter boas aproximações

para problemas reais. Assim, a Eq. 23-13 vale também para uma placa não condutora

finita, contanto que estejamos lidando com pontos próximos da placa e razoavelmente

distantes das bordas. A Eq. 23-14 se aplica a um par de placas condutoras finitas,

contanto que não estejamos lidando com pontos muito próximos das bordas.

O problema das bordas de uma placa, e o motivo pelo qual procuramos, na medida

do possível, nos manter afastados delas, é que, perto de uma borda, não podemos

usar a simetria planar para determinar as expressões dos campos. Perto da borda, as

linhas de campo são curvas (é o chamado efeito de borda) e os campos elétricos são

muito difíceis de expressar matematicamente.

Exemplo

Campo elétrico nas proximidades de duas placas carregadas paralelas

e

-

s

-

·

-

-

o

A Fig. 23-17 a mostra partes de duas placas de grande

extensão, paralelas, não condutoras, ambas com uma carga

uniforme de um dos lados. Os valores das densidades

superficiais de cargas são O-c+J = 6,8 µC/m 2 para a placa

positivamente carregada e o-<-J = 4,3 µC/m 2 para a placa negativamente

carregada.

Determine o campo elétrico E (a) à esquerda das placas;

(b) entre as placas; (c) à direita das placas.

IDEIA-CHAVE

Como as cargas estão fixas (as placas são não condutoras),

podemos determinar os campos elétricos produzidos pelas

placas da Fig. 23-17 a (1) calculando o campo produzido

pelas placas como se a outra não existisse e (2) somando

algebricamente os resultados. (Não há necessidade de usar

uma soma vetorial porque os campos são paralelos.)

Cálculos Em qualquer ponto, o campo elétrico E (+ ) produzido

pela placa positiva aponta para longe da placa e, de

acordo com a Eq. 23-13, tem um módulo dado por

CT( + )

Ec+J = -2-

eo

= 3,84 X 10 5 N/C.

6,8 X 10 - 6 m:!

(2)(8,85 X 10 - 12 C- ~. ·m:'.)

Analogamente, em qualquer ponto, o campo elétrico Êc-l

produzido pela placa negativa aponta na direção da placa

e tem um módulo dado por

cr( - l 4.3 X 10 - 6 C/m 2

E( - ) = 2e 0

(2)(8.8- X 10 - u C 2 /N ·m 2 )

= 2,43 X 10 5 /C.

A Fig. 23-17 b mostra os campos criados pelas placas à

esquerda das placas (E), entre as placas ( C) e à direita das

placas (D).

Os campos resultantes nas três regiões podem ser obtidos

usando o princípio de superposição. À esquerda, o

módulo do campo é

EE = Ec +) - E (- )

= 3,84 X 10 5 N/C - 2,43 X 10 5 N/C

= 1,4 X 10 5 N/C. (Resposta)

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