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Fisica3 (Eletromagnetismo)

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PARTE 3

CAMPOS ELÉTRICOS 37

que f em relação ao centro de massa. O centro de massa está na reta que liga as

cargas, a uma distância x de uma das cargas e, portanto, a uma distância d - x da

outra. De acordo com a Eq. 10-39 (-r = rF sen </J), podemos escrever o módulo do

torque total f como

T = Fx sen e+ F(d - x) sen e= Fd sen e. (22-32)

Podemos também escrever o módulo de f em termos dos módulos do campo

elétrico E e do momento dipolar p = qd. Para isso, substituímos F por qE e d por

p/q na Eq. 22-32, o que nos dá

T = pEsen e. (22-33)

Podemos generalizar essa equação para a forma vetorial e escrever

T = p X Ê (torque em um dipolo). (22-34)

Os vetores p e Ê estão representados na Fig. 22-19b. O torque aplicado ao dipolo

tende a fazer girar o vetor p (e, portanto, o dipolo) na direção do campo Ê, diminuindo

o valor de e. Na situação mostrada na Fig. 22-19, a rotação é no sentido horário.

Como foi discutido no Capítulo 10, para indicar que um torque produz uma rotação

no sentido horário, acrescentamos um sinal negativo ao módulo do torque. Usando

essa convenção, o torque da Fig. 22-19 é

Energia Potencial de um Dipolo Elétrico

T = -pEsen e. (22-35)

Uma energia potencial pode ser associada à orientação de um dipolo elétrico em

relação a um campo elétrico. A energia potencial do dipolo é mínima quando o momento

p está alinhado com o campo Ê (nesse caso, f = p X Ê = O). A energia potencial

é maior para todas as outras orientações. Sob esse aspecto, o dipolo é como

um pêndulo, para o qual a energia potencial é mínima em uma orientação específica,

aquela em que o peso se encontra no ponto mais baixo da trajetória. Para fazer

com que o dipolo ou o pêndulo assuma qualquer outra orientação, é preciso usar um

agente externo.

Em qualquer problema que envolva energia potencial, temos liberdade para definir

a situação em que a energia potencial é nula, já que são apenas as diferenças

de energia potencial que possuem realidade física. No caso da energia potencial de

um dipolo na presença de um campo elétrico, as equações se tornam mais simples

quando definimos que a energia potencial é nula quando o ângulo () da Fig. 22-19

é 90º. Nesse caso, podemos calcular a energia potencial U do dipolo para qualquer

outro valor de() usando a Eq. 8-1 (/J.U = -W) e calculando o trabalho W executado

pelo campo sobre o dipolo quando o dipolo gira da posição de 90º para a posição e.

Usando a Eq. 10-53 (W = J-r d()) e a Eq. 22-35, é fácil mostrar que a energia potencial

U para um ângulo () qualquer é dada por

(a)

O torque tende a alinhar

o dipolo com o campo.

-;J4__ Ê __-i1>

( b)

Figura 22-19 (a) Um dipolo elétrico

na presença de um campo elétrico

externo uniforme E. Dois centros

de cargas de mesmo valor absoluto e

sinais opostos estão separados por uma

distância d. A reta que liga as cargas

representa o fato de que a distância

entre elas se mantém constante. (b) O

campo E aplica um torque if ao dipolo.

A direção de f é para dentro do papel,

o que está representado na figura pelo

símbolo®·

Resolvendo a integral, obtemos

U = -W = - (º -rd8 = (º pEsen8d8.

)90º )90º

(22-36)

U = -pEcos e. (22-37)

Podemos generalizar a Equação 22-37 para a forma vetorial e escrever

U = - jJ · Ê ( energia potencial de um dipolo). (22-38)

As Eqs. 22.37 e 22.38 mostram que a energia potencial do dipolo é mínima (U =

-pE) para() = O, situação em quepe Ê estão alinhados e apontam no mesmo sentido.

A energia potencial é máxima (U = pE) para() = 180º, situação em quepe

Ê estão alinhados e apontam em sentidos opostos.

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