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Fisica3 (Eletromagnetismo)

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Se existe uma corrente no anel de cobre, deve haver um campo elétrico para

colocar em movimento os elétrons de condução. Esse campo elétrico induzido E,

produzido pela variação do fluxo magnético, é tão real quanto o campo elétrico produzido

por cargas estáticas; os dois tipos de campo exercem uma força q 0 E em uma

partícula de carga q 0 •

Por essa linha de raciocínio, somos levados a um enunciado mais geral da lei

de Faraday:

Um campo magnético variável produz um campo elétrico.

Um dos aspectos mais interessantes do novo enunciado é o fato de que o campo elétrico

induzido existe mesmo que o anel de cobre não esteja presente. Assim, o campo

elétrico apareceria mesmo que o campo magnético variável estivesse no vácuo.

Para ter uma ideia melhor do que isso significa, considere a Fig. 30-1 lb, que é

igual à Fig. 30-1 la exceto pelo fato de que o anel de cobre foi substituído por uma

circunferência imaginária de raio r. Vamos supor, como antes, que o módulo do campo

magnético B esteja aumentando a uma taxa constante dB/dt. O campo elétrico induzido

nos pontos da circunferência deve, por simetria, ser tangente à circunferência,

como mostra a Fig. 30-llb.* Assim, a circunferência é uma linha de campo elétric~.

Como não há nada de especial na circunferência de raio r, as linhas de campo

elétrico produzidas pela variação do campo magnético devem ser uma farm1ia de

circunferências concêntricas, como as da Fig. 30-11 e.

Enquanto o campo magnético está aumentando, o campo elétrico representado

pelas linhas de campo circulares da Fig. 30- 11 e continua a existir. Se o campo

magnético se torna constante, o campo elétrico desaparece e com ele as linhas de

campo. Se o campo magnético começa a diminuir (a uma taxa constante), as linhas

de campo voltam a ser circunferências concêntricas como na Fig. 30-1 lc, mas com

o sentido oposto. Tudo isso é consequência da afirmação de que "um campo magnético

variável produz um campo elétrico" .

Uma Reformulação da Lei de Faraday

Considere uma partícula de carga q 0 que se move ao longo da circunferência imaginária

da Fig. 30-1 lb. O trabalho W realizado sobre a partícula pelo campo elétrico

induzido durante uma revolução completa é W = 'Íhq 0 , onde 'Íh é a força eletromotriz

induzida (trabalho realizado por unidade de carga para fazer uma carga de prova

descrever a trajetória). Entretanto, por definição, o trabalho também é dado por

W = J F·ds = (qoE)(27rr) , (30-16)

em que q 0 E é o módulo da força que age sobre a partícula e 27rr é a distância ao

longo da qual a força atua. Quando igualamos as duas expressões para o trabalho, a

carga q 0 é cancelada e obtemos a seguinte relação:

"& = 2 7T'T E. (30-17)

Vamos agora escrever a Eq. 30-16 de outra forma para obter uma expressão

mais geral do trabalho realizado sobre uma partícula de carga q 0 que se move em

uma trajetória fechada:

(30-18)

* Linhas de campo elétrico radiais também seriam compatíveis com a simetria do problema. Entretanto, essas

linhas radiais teriam que começar e terminar em cargas elétricas e estamos supondo que o campo magnético

foi criado em uma região do espaço desprovida de cargas.

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