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Fisica3 (Eletromagnetismo)

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12 CAPÍTULO 21

apenas um próton). O fato de existirem núcleos atômicos

e táveis com mais de um próton sugere a existência, no

interior do núcleo, de uma força de atração muito intensa,

capaz de compensar a repulsão eletrostática.

(b) Qual é o módulo da força de atração gravitacional entre

os mesmos dois prótons?

IDEIA-CHAVE

Como os prótons são partículas com massa, o módulo da

força gravitacional entre dois prótons é dado pela lei de

Newton para a atração gravitacional (Eq. 21-2).

Cálculo Com mP (= 1,67 X 10- 27 kg) representando a

massa de um próton, a Eq. 21 -2 nos dá

2

F= G mµ

r2

(6,67 X 10- 11 N · m 2 /kg 2 )(1,67 X 10 - 27 kg) 2

(4,0 X 10 - 15 m) 2

= 1,2 X 10- 35 N . (Resposta)

Uma grande, a outra pequena Este resultado mostra que

a força,~de atração gravitacional é insuficiente para compensar

a força de repulsão eletrostática entre os prótons do

núcleo. Na verdade, a força que mantém o núcleo coeso

é uma força muito maior, conhecida como interação forte,

que age entre dois prótons (e também entre um próton

e um nêutron e entre dois nêutrons) apenas quando essas

partículas estão muito próximas umas das outras, como

no interior do núcleo.

Embora a força gravitacional seja muito menor que

a força eletrostática, é mais importante em situações que

envolvem um grande número de partículas porque é sempre

atrativa. Isso significa que a força gravitacional pode

produzir grandes concentrações de matéria, como planetas

e estrelas, que, por sua vez, exercem grandes forças

gravitacionais. A força eletrostática, por outro lado, é

repulsiva para cargas de mesmo sinal e, portanto, não é

capaz de produzir grandes concentrações de cargas positivas

ou negativas, capazes de exercer grandes forças

eletrostáticas.

21 -6 A Carga É Conservada

Quando friccionamos um bastão de vidro com um pedaço de seda, o bastão fica

positivamente carregado. As medidas mostram que uma carga negativa de mesmo

valor absoluto se acumula na seda. Isso sugere que o processo não cria cargas, mas

apenas transfere cargas de um corpo para outro, rompendo no processo a neutralidade

de carga dos dois corpos. Esta hipótese de conservação da carga elétrica,

proposta por Benjamin Franklin, foi comprovada exaustivamente, tanto no caso de

objetos macroscópicos como no caso de átomos, núcleos e partículas elementares.

Até hoje não foi encontrada nenhuma exceção. Assim, podemos acrescentar a carga

elétrica a nossa lista de grandezas, como a energia, o momento linear e o momento

angular, que obedecem a uma lei de conservação.

Exemplos importantes da conservação de carga são observados no decaimento

radioativo dos núcleos atômicos, um processo no qual um núcleo se transforma em

um núcleo diferente. Um núcleo de urânio 238 (2 38 U), por exemplo, se transforma

em um núcleo de tório 234 (2 34 Th) emitindo uma partícula alfa, que é um núcleo de

hélio 4 ( 4 He). O número que precede o símbolo do elemento químico é chamado de

número de massa e é igual ao número total de prótons e nêutrons presentes no núcleo.

Assim, o número total de prótons e nêutrons do 238 U é 238. O número de prótons presentes

em um núcleo é o número atômico Z, que é fornecido para todos os elementos

no Apêndice F. Consultando o Apêndice F, vemos que, no decaimento

(21-13)

o núcleo pai 238 U contém 92 prótons (uma carga de +92e), o núcleo filho 234 Th contém

90 prótons (uma carga de +90e) e a partícula alfa emitida, 4 He, contém dois prótons

(uma carga de +2e). Vemos que a carga total é +92e antes e depois do decaimento;

assim, a carga é conservada. (O número total de prótons e nêutrons também é conservado:

238 antes do decaimento e 234 + 4 = 238 depois do decaimento.)

Outro exemplo de conservação da carga ocorre quando um elétron e- (cuja carga

é - e) e sua antipartícula, o pósitron e+ (cuja carga é +e) sofrem um processo

de aniquilação e se transformam em dois raios gama ( ondas eletromagnéticas de

alta energia):

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