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Fisica3 (Eletromagnetismo)

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CAPACITÂNCIA 119

unidade. Como o ar é constituído principalmente de espaço vazio, sua constante

dielétrica é apenas ligeiramente maior que a do vácuo. Até mesmo o papel comum

pode aumentar significativamente a capacitância de um capacitar, e algumas substâncias,

como o titanato de estrôncio, podem fazer a capacitância aumentar mais de

duas ordens de grandeza.

Outro efeito da introdução de um dielétrico é limitar a diferença de potencial

que pode ser aplicada entre as placas a um valor Vm 5 x, conhecido como potencial

de ruptura. Quando esse valor é excedido, o material dielétrico sofre um proceso

conhecido como ruptura e passa a permitir a passagem de cargas de uma placa

para a outra. A todo material dielétrico pode ser atribuída uma rigidez dielétrica,

que corresponde ao máximo valor do campo elétrico que o material pode tolerar

em que ocorra o processo de ruptura. Alguns valores de rigidez dielétrica apareem

na Tabela 25-1.

Como observamos logo após a Eq. 25-18, a capacitância de qualquer capacitar

quando não existe nenhuma substância entre as placas (ou, aproximadamente, quando

existe apenas ar) pode ser escrita na forma

e = ea::E, (25-26)

em que ;;E tem dimensão de comprimento. No caso de um capacitar de placas paralelas,

por exemplo, 5i', = A/d. Faraday descobriu que se um dielétrico preenche

rotalmente o espaço entre as placas, a Eq. 25-26 se torna

(25-27)

em que Ca, é o valor da capacitância com apenas ar entre as placas. Quando o material

é titanato de estrôncio, por exemplo, que possui uma constante dielétrica de

31 O, a capacitância é multiplicada por 310.

A Fig. 25-13 mostra, de forma esquemática, os resultados dos experimentos de

Faraday. Na Fig. 25-13a, a bateria mantém uma diferença de potencial V entre as

placas. Quando uma placa de dielétrico é introduzida entre as placas, a carga q das

placas é multiplicada por K; a carga adicional é fornecida pela bateria. Na Fig. 25-13b,

não há nenhuma bateria e, portanto, a carga q permanece constante quando a placa

de dielétrico é introduzida; nesse caso, a diferença de potencial V entre as placas é

dividida por K. As duas observações são compatíveis (através da relação q = CV)

om um aumento da capacitância causado pela presença do dielétrico.

A comparação das Eqs. 25-26 e 25-27 sugere que o efeito de um dielétrico pode

er descrito da seguinte forma:

Em uma região totalmente preenchida por um material dielétrico de constante

dielétrica K , a permissividade do vácuo e 0 deve ser substituída por Ke 0 em todas as

equações.

V= constante q = constante

(a)

Figura 25-13 (a) Se a diferença de potencial entre as placas de um capacitar é mantida

por uma bateria B, o efeito de um dielétrico é aumentar a carga das placas. (b) Se a carga

placas é mantida, o efeito do dielétrico é reduzir a diferença de potencial entre as

lacas. O mostrador que aparece na figura é o de um potenciómetro, instrumento usado

para medir diferenças de potencial (no caso, entre as placas do capacitar). Um capacitar

-o pode se descarregar através de um potenciômetro.

(b)

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