edição de 23 de maio de 2022

propmark 57 anos
Fotos: Divulgação
Mariana Moraes, da C&A: moda mais pessoal
que buscam apresentar produtos em que
as pessoas se vejam neles. “Queremos gerar
desejo e conexão com o consumidor de
todas idades, gêneros e classes sociais que
buscam representatividade e qualidade de
um produto com valor agregado. Sabemos
o quanto o Renato Kherlakian marcou gerações,
há esse ‘q’ de nostalgia, mas há a
vanguarda de uma empresa que busca fazer
um jeans que tenha o foco em vestibilidade
e qualidade e também tenha características
sustentáveis”.
Ele adianta que a empresa ouve as
clientes para a criação da coleção, que há
uma comunidade com inúmeras clientes
para ouvir, antes de tudo, sobre as
necessidades delas. “A partir desse diálogo
e com a ajuda de um time multidisciplinar
de diferentes frentes da companhia,
conseguimos desenvolver novas
coleções com peças exclusivas e versáteis,
abrangendo diferentes categorias, para
os mais diversos corpos e moods. O nosso
objetivo é sempre gerar desejo com um
portfólio completo e produtos de excelente
qualidade exibidos por meio de uma comunicação
360º e integrada”, explica Silva.
Já Mariana Moraes, head de marketing
da C&A, afirma que a marca vê a moda
como uma plataforma de expressão das
pessoas para o mundo. “Uma plataforma
diversa, divertida, colorida, alegre e ousada.
Por isso buscamos estar cada vez mais
conectados com os hábitos de consumo da
mulher brasileira, oferecendo produtos que
vão além da moda, com especial atenção
para qualidade, atributos sustentáveis e informação.
Passamos a adotar um conceito
mais seasonless, com a construção de uma
plataforma que traga novidades constantes,
que se conecte e reaja às aspirações das
brasileiras”. Ainda segundo ela, criaram
um squad que passou a oferecer coleções
cápsulas a cada 15 dias também nas lojas
físicas. “Também passamos a oferecer uma
moda mais pessoal e customizada, visto
que o volume de peças das coleções cápsulas
é menor do que as coleções tradicionais
Campanha animais, da C&A, que também tem no seu portfólio linha plus size: diversidade
do varejo, conferindo, portanto, identidade
e diferenciação junto à cliente”, relata.
Para ela, inovar em cada coleção para
ficar em evidência se reflete no trabalho
de proximidade que desenvolvem junto à
consumidora. “Na C&A, contamos com um
grupo de clientes especiais e convidadas
que nos auxiliam a entender com profundidade
a percepção e expectativa do público
para as coleções, além de termos social listening
como prioridade. Esses insights são
somados a toda pesquisa dos times que elaboram
cada coleção”, conta.
Sobre a sustentabilidade e a preservação
do meio ambiente, Mariana fala que elas
precisam ser incorporadas aos valores das
empresas, porque é imprescindível que
toda a cadeia seja repensada e os processos
revisitados para trazer coerência de atitude
e, claro, nessa relação com o consumidor,
cada dia mais consciente. “Entendemos
que o consumidor continua procurando
por marcas que tragam o melhor da moda
e de estilo, mas que também se interessam
pelos impactos do processo, como cada
empresa atua para diminuir esses impactos
ao meio ambiente a curto, médio e longo
prazos. Essa demanda por uma moda ainda
mais pessoal, com dimensão de consciência,
sustentabilidade e responsabilidade
social será cada vez maior e, portanto, as
ações em ESG na C&A ganharam um novo
patamar, com a adoção de medidas que influenciam
da escolha de parceiros e fornecedores
ao desenho e confecção de produtos”,
argumenta.
A C&A lançou recentemente uma linha
plus size e Mariana declara o orgulho que
sentem em ser uma marca que olha para
a diversidade antes de o assunto ganhar
a abrangência de hoje e isso os faz buscar
evoluir cada vez mais. “Temos uma equipe
multidisciplinar dedicada à plataforma
Mais Tamanhos e contamos com estilistas,
gerentes de produtos e modelistas, entre
outros profissionais de diversas áreas da
companhia, que se dedicam a entender melhor
o mercado, acompanhando as vendas
e pesquisas”. Ela fala ainda que, a partir
de inteligência artificial e do uso de dados,
acompanham os desejos e necessidades dos
clientes, a fim de oferecer a moda que eles
querem, sempre valorizando a diversidade
de estilos e corpos, que também é refletida
nas frentes de comunicação”, revela.
Para ela, a comunicação do varejo evoluiu
muito e, por sorte, a do setor está mais
diversificada e inclusiva, buscando construir
uma imagem de autoestima e autoconfiança,
que é onde a moda pode e deve
atuar. “A nossa comunicação vai ao encontro
do seja você mesmo, à personificação do
nosso conceito Muito Eu. Trabalhamos para
ajudar na descoberta de diferentes estilos,
possibilidades na moda para todas as ocasiões
e, principalmente, como se sentir bem.
Essa aceitação e o orgulho de ser você mesmo
são um passo muito importante rumo a
uma sociedade mais democrática”, finaliza.
Vontade VIVer
Fernanda Feijó, diretora de estilo da Lojas
Renner, conta que a proposta da coleção
outono/inverno da marca reflete a necessi-
78 23 de maio de 2022 - jornal propmark