propmark 57 anos Design vai além da estética graças à consciência social do consumidor Empresas perceberam que estratégias <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> marcas e produtos têm <strong>de</strong> levar em conta os novos tempos <strong>de</strong> ativismo da socieda<strong>de</strong> Vlad Sargu/Unsplash As empresas perceberam que seu principal ativo, as marcas, tinham <strong>de</strong> se adaptar aos novos tempos <strong>de</strong> ativismo social para manter uma boa imagem junto ao consumidor pedro yves Ao longo das últimas décadas, as <strong>de</strong>mandas sociais relacionadas a temas ambientais, à diversida<strong>de</strong> e à inclusão <strong>de</strong> gênero, entre outros tópicos, vinham num crescendo, mas em sua <strong>maio</strong>ria permaneciam restritas a grupos <strong>de</strong> ativistas - dos quais o mais conhecido talvez seja o Greenpeace, por suas batalhas navais contra os navios baleeiros. Porém, coincidindo com a chegada do século 19, esses e outros temas passaram a mobilizar cada vez mais a socieda<strong>de</strong> e consequentemente fazer parte das estratégias <strong>de</strong> marcas <strong>de</strong> consumo. Afinal, o consumidor começou a tomar mais consciência dos problemas do mundo que o cerca, graças principalmente à disseminação das re<strong>de</strong>s sociais. E o fenômeno tomou impulso mais recentemente por causa da pan<strong>de</strong>mia da Covid-19 - um mal que o mundo não enfrentava há mais <strong>de</strong> um século. “A questão é que a pan<strong>de</strong>mia acelerou muito esses processos, por conta das diversas crises: financeira, sanitária e antropológica. Todos nos <strong>de</strong>mos conta, principalmente as empresas, <strong>de</strong> que o governo e a socieda<strong>de</strong>, da forma como estavam organizados, não dariam conta <strong>de</strong> tudo e as empresas tiveram <strong>de</strong> entrar com seus recursos e competências. As empresas se <strong>de</strong>ram conta que possuem um papel fundamental em relação aos <strong>de</strong>safios da socieda<strong>de</strong>”, situa Luciano Deos, sócio-fundador e CEO do Gad’, uma das mais tradicionais consultorias <strong>de</strong> marcas do país. Nesse novo papel, as empresas perceberam que seu principal ativo, as marcas, tinham <strong>de</strong> se adaptar aos novos tempos <strong>de</strong> ativismo social. Internamente, mas também para venda <strong>de</strong> imagem ao público externo. Nesse contexto, o ESG ganha relevância - na questão ambiental, social e governança a partir <strong>de</strong>ssas mudanças <strong>de</strong> paradigmas. “Os gran<strong>de</strong>s investidores do mercado financeiro enten<strong>de</strong>ram que as empresas que não estiverem alinhadas a essas práticas não vão ser bem-vistas pelo mercado e consumidores e não vão criar valor. E isso passou a ser um elemento <strong>de</strong> extrema importância na criação <strong>de</strong> valor e diferenciação das empresas, olhar para o tema e ESG, e saber trabalhar esses temas, é hoje fundamental”, completa Deos. Mas a marca, o produto que vai às gôndolas e prateleiras do comércio, também passou a ter papel relevante na propagação <strong>de</strong> prin- “O <strong>de</strong>sign tem O papel <strong>de</strong> tangibilizar Os cOnceitOs e persOnalida<strong>de</strong> criadOs para uma marca nO imagináriO das pessOas” cípios éticos. Nesse ponto, o <strong>de</strong>sign e o branding ganharam protagonismo. “O <strong>de</strong>sign tem o papel <strong>de</strong> tangibilizar os conceitos e personalida<strong>de</strong> criados para uma marca no imaginário das pessoas. É por meio <strong>de</strong>le (e das experiências vividas com a marca) que a imagem se constrói. Branding é fazer isso tudo acontecer <strong>de</strong> forma propositiva, verda<strong>de</strong>ira e consistente. Branding é verbo contínuo. Evolui e requer uma gestão consistente. Já o <strong>de</strong>sign, que é parte <strong>de</strong> uma marca, é aquilo que revela em formas, cores e símbolos o que ela significa,” explica Cassia Aulisio, comunicóloga, startup advisor e CEO da Tutto Branding. A tecnologia, completa Cassia, está colocando novos canais <strong>de</strong> interação à disposi- 66 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2022</strong> - jornal propmark
TEM GENTE FAZENDO COISA BOA. MOSTRE QUE VOCÊ É UMA DELAS. Prêmio Colunistas. Pra quem não aceita mediocrida<strong>de</strong>. Inscrições abertas colunistas.com.br Está na hora <strong>de</strong> agências, anunciantes, criadores, fornecedores e veículos mostrarem que a comunicação brasileira continua criativa <strong>de</strong> norte a sul do país. Colunistas, há 55 anos valorizando quem sai do lugar comum.