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edição de 23 de maio de 2022

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propmark 57 anos<br />

Design vai além da estética graças<br />

à consciência social do consumidor<br />

Empresas perceberam que estratégias <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> marcas e produtos<br />

têm <strong>de</strong> levar em conta os novos tempos <strong>de</strong> ativismo da socieda<strong>de</strong><br />

Vlad Sargu/Unsplash<br />

As empresas perceberam que seu principal ativo, as marcas, tinham <strong>de</strong> se adaptar aos novos tempos <strong>de</strong> ativismo social para manter uma boa imagem junto ao consumidor<br />

pedro yves<br />

Ao longo das últimas décadas, as <strong>de</strong>mandas<br />

sociais relacionadas a temas<br />

ambientais, à diversida<strong>de</strong> e à inclusão <strong>de</strong><br />

gênero, entre outros tópicos, vinham num<br />

crescendo, mas em sua <strong>maio</strong>ria permaneciam<br />

restritas a grupos <strong>de</strong> ativistas - dos<br />

quais o mais conhecido talvez seja o Greenpeace,<br />

por suas batalhas navais contra os<br />

navios baleeiros. Porém, coincidindo com<br />

a chegada do século 19, esses e outros temas<br />

passaram a mobilizar cada vez mais a<br />

socieda<strong>de</strong> e consequentemente fazer parte<br />

das estratégias <strong>de</strong> marcas <strong>de</strong> consumo. Afinal,<br />

o consumidor começou a tomar mais<br />

consciência dos problemas do mundo que o<br />

cerca, graças principalmente à disseminação<br />

das re<strong>de</strong>s sociais.<br />

E o fenômeno tomou impulso mais recentemente<br />

por causa da pan<strong>de</strong>mia da Covid-19<br />

- um mal que o mundo não enfrentava há<br />

mais <strong>de</strong> um século. “A questão é que a pan<strong>de</strong>mia<br />

acelerou muito esses processos, por<br />

conta das diversas crises: financeira, sanitária<br />

e antropológica. Todos nos <strong>de</strong>mos conta,<br />

principalmente as empresas, <strong>de</strong> que o governo<br />

e a socieda<strong>de</strong>, da forma como estavam<br />

organizados, não dariam conta <strong>de</strong> tudo e as<br />

empresas tiveram <strong>de</strong> entrar com seus recursos<br />

e competências. As empresas se <strong>de</strong>ram<br />

conta que possuem um papel fundamental<br />

em relação aos <strong>de</strong>safios da socieda<strong>de</strong>”, situa<br />

Luciano Deos, sócio-fundador e CEO do Gad’,<br />

uma das mais tradicionais consultorias <strong>de</strong><br />

marcas do país.<br />

Nesse novo papel, as empresas perceberam<br />

que seu principal ativo, as marcas, tinham<br />

<strong>de</strong> se adaptar aos novos tempos <strong>de</strong><br />

ativismo social. Internamente, mas também<br />

para venda <strong>de</strong> imagem ao público externo.<br />

Nesse contexto, o ESG ganha relevância - na<br />

questão ambiental, social e governança a<br />

partir <strong>de</strong>ssas mudanças <strong>de</strong> paradigmas. “Os<br />

gran<strong>de</strong>s investidores do mercado financeiro<br />

enten<strong>de</strong>ram que as empresas que não estiverem<br />

alinhadas a essas práticas não vão ser<br />

bem-vistas pelo mercado e consumidores e<br />

não vão criar valor. E isso passou a ser um<br />

elemento <strong>de</strong> extrema importância na criação<br />

<strong>de</strong> valor e diferenciação das empresas, olhar<br />

para o tema e ESG, e saber trabalhar esses temas,<br />

é hoje fundamental”, completa Deos.<br />

Mas a marca, o produto que vai às gôndolas<br />

e prateleiras do comércio, também passou<br />

a ter papel relevante na propagação <strong>de</strong> prin-<br />

“O <strong>de</strong>sign tem O papel<br />

<strong>de</strong> tangibilizar<br />

Os cOnceitOs e<br />

persOnalida<strong>de</strong> criadOs<br />

para uma marca nO<br />

imagináriO das pessOas”<br />

cípios éticos. Nesse ponto, o <strong>de</strong>sign e o branding<br />

ganharam protagonismo. “O <strong>de</strong>sign tem<br />

o papel <strong>de</strong> tangibilizar os conceitos e personalida<strong>de</strong><br />

criados para uma marca no imaginário<br />

das pessoas. É por meio <strong>de</strong>le (e das experiências<br />

vividas com a marca) que a imagem se<br />

constrói. Branding é fazer isso tudo acontecer<br />

<strong>de</strong> forma propositiva, verda<strong>de</strong>ira e consistente.<br />

Branding é verbo contínuo. Evolui e requer<br />

uma gestão consistente. Já o <strong>de</strong>sign, que<br />

é parte <strong>de</strong> uma marca, é aquilo que revela em<br />

formas, cores e símbolos o que ela significa,”<br />

explica Cassia Aulisio, comunicóloga, startup<br />

advisor e CEO da Tutto Branding.<br />

A tecnologia, completa Cassia, está colocando<br />

novos canais <strong>de</strong> interação à disposi-<br />

66 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2022</strong> - jornal propmark

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