edição de 23 de maio de 2022
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propmark 57 anos<br />
(50%), cancelados (42%) e perda <strong>de</strong> patrocínios<br />
(38%).<br />
Estimado em R$ 129,9 bilhões em 2020,<br />
o PIB do setor sofreu uma redução <strong>de</strong> 31,8%<br />
em relação a 2019. Em 2021, o volume esperado<br />
era <strong>de</strong> R$ 181,9 bilhões, próximo <strong>de</strong><br />
retomar o patamar <strong>de</strong> 2019, porém ainda<br />
4,5% inferior. Hoje, está próximo <strong>de</strong> R$ 190<br />
bilhões, cerca <strong>de</strong> 2,6% do PIB. O setor criativo<br />
amargou uma perda <strong>de</strong> R$ 69,2 bilhões<br />
no biênio 2020-2021, o equivalente a 18,2%<br />
da produção total do período. A recuperação<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> um crescimento <strong>de</strong> 5,42% ao<br />
ano entre <strong>2022</strong> e 2025, puxado especialmente<br />
pelo avanço <strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> interface e<br />
transformação digital aceleradas na quarentena.<br />
Embalada pelo avanço da vacinação, a<br />
retomada já sinalizou impulso na oferta <strong>de</strong><br />
empregos da economia criativa. De acordo<br />
com o Observatório Itaú Cultural, com base<br />
em dados da Pnad Contínua, foram criados<br />
855,5 mil postos <strong>de</strong> trabalho no segmento<br />
entre outubro e <strong>de</strong>zembro do ano passado,<br />
alta <strong>de</strong> 13% em relação ao mesmo intervalo<br />
<strong>de</strong> 2020.<br />
O índice fica acima dos 11% da economia<br />
em geral. O ano <strong>de</strong> 2021 terminou com 7,5<br />
milhões <strong>de</strong> trabalhadores alocados no setor<br />
ante 6,6 milhões verificados um ano antes.<br />
Gastronomia (42%), artes cênicas e visuais<br />
(40%), cinema, música, rádio e TV (34%),<br />
<strong>de</strong>sign (21%) e funções editoriais (20%) acumulam<br />
os percentuais mais elevados. Na<br />
publicida<strong>de</strong>, houve queda <strong>de</strong> 730.249 para<br />
725.308, recuo <strong>de</strong> 1%.<br />
União<br />
“A pan<strong>de</strong>mia ensinou que precisamos do<br />
outro para viver, produzir e nos relacionar.<br />
Nunca foi tão evi<strong>de</strong>nte que colaborar nos<br />
fortalece. Marcas que já ensaiavam parcerias<br />
conseguiram se manter fortes a partir <strong>de</strong> projetos<br />
colaborativos, que se tornaram mo<strong>de</strong>los<br />
<strong>de</strong> negócio inspiradores”, atesta Carlos Marcelo<br />
Campos Teixeira, professor da Faculda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo e Design (FAU) da<br />
Universida<strong>de</strong> Presbiteriana Mackenzie.<br />
“o govERno fEdERal<br />
tEm PaRalisado<br />
incEntivos, dEmandando<br />
lEis como a aldiR<br />
blanc E a Paulo gustavo,<br />
vEtadas REcEntEmEntE”<br />
Painel <strong>de</strong> Dados do Observatório Itaú Cultural<br />
Painel <strong>de</strong> Dados do Observatório Itaú Cultural<br />
Lucas Foster reforça que empresas<br />
dos setores criativos precisam incorporar<br />
mo<strong>de</strong>los colaborativos para viabilizar projetos<br />
e negócios inovadores <strong>de</strong> baixo custo.<br />
“Diluir risco e <strong>de</strong>senvolver boas parcerias é<br />
fundamental”, afirma Foster.<br />
Da publicida<strong>de</strong>, ele extrai o contexto <strong>de</strong><br />
transição originado com o avanço da base <strong>de</strong><br />
usuários <strong>de</strong> smartphones. Consi<strong>de</strong>rado um<br />
dos setores criativos mais influentes na economia<br />
criativa brasileira até o início da década<br />
passada, segundo Foster, a propaganda<br />
corre para apresentar inovações e acompanhar<br />
as mudanças no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong><br />
mídia, que transformou a relação dos consumidores<br />
com as marcas, fenômeno observado<br />
em todo o mundo.<br />
Já o conceito arquitetônico, por exemplo,<br />
é <strong>de</strong>cisivo na escolha <strong>de</strong> um imóvel. A diversida<strong>de</strong><br />
e a sofisticação dos empreendimentos<br />
comprovam a importância da arquitetura<br />
para gerar valor. “Essa é a contribuição da<br />
arquitetura para a economia criativa no país,<br />
pois, sendo relevante, vai gerar emprego,<br />
renda e tributos”, <strong>de</strong>monstra Foster. Outros<br />
setores analisados nas páginas a seguir mostram<br />
o seu papel. A gastronomia gera valor<br />
para a indústria <strong>de</strong> alimentos, assim como a<br />
moda enaltece a indústria têxtil.<br />
garimpo<br />
Alternativas e novas tendências estão no<br />
relatório Industria 4.0: Rumo a uma nova<br />
Economia Criativa Globalizada, apresentado<br />
no último dia 21 <strong>de</strong> abril, Dia Mundial da<br />
Criativida<strong>de</strong> e Inovação. O material consi<strong>de</strong>ra<br />
os aspectos econômicos da interação entre<br />
criativida<strong>de</strong> e inovações tecnológico-empresariais<br />
para mostrar como a quarta revolução<br />
industrial transformou o trabalho <strong>de</strong> empresas<br />
e profissionais da economia criativa.<br />
Na Agência Brasileira <strong>de</strong> Promoção <strong>de</strong><br />
Exportações e Investimentos (Apex-Brasil)<br />
também é possível encontrar projetos setoriais<br />
realizados em parceria com as respectivas<br />
associações empresariais nas áreas <strong>de</strong><br />
jogos eletrônicos, inovação, cerâmica e revestimento,<br />
móveis, calçados e acessórios,<br />
componentes para calçados, <strong>de</strong>sign e moda,<br />
arte contemporânea e franquias.<br />
36 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2022</strong> - jornal propmark