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O Algarve e a Transferência de Tecnologia - CRIA

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2<br />

Ficha Técnica<br />

Autor<br />

Hugo Pinto<br />

Editor<br />

Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong><br />

Edição Gráfica<br />

Hel<strong>de</strong>r Rodrigues<br />

Abril <strong>de</strong> 2008<br />

<strong>Algarve</strong> e a <strong>Transferência</strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong>:<br />

Estudo Preliminar para Estruturação <strong>de</strong> Iniciativas Prioritárias<br />

ISBN: 978-972-9341-74-8<br />

Os dados e as opiniões inseridas na presente publicação<br />

são da exclusiva responsabilida<strong>de</strong> do(s) seu(s) autor(es).<br />

Documento elaborado por Hugo Pinto para o <strong>CRIA</strong> – Centro Regional para<br />

a Inovação do <strong>Algarve</strong> no âmbito da iniciativa <strong>Algarve</strong> TransferTECH –<br />

OTIC da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>. A OTIC – Oficina <strong>de</strong> <strong>Transferência</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Tecnologia</strong> e <strong>de</strong> Conhecimento é uma iniciativa da UMIC – Agência para<br />

a Socieda<strong>de</strong> da Informação, gerida pela ADI – Agência <strong>de</strong> Inovação e<br />

financiada pelo POS_Conhecimento – Programa Operacional para a<br />

Socieda<strong>de</strong> do Conhecimento e pelo FEDER – Fundo Europeu <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento Regional da União Europeia.<br />

Este documento foi finalizado em Março <strong>de</strong> 2007.


ÍNDICE<br />

CAPITULO I ............................................................................................................................ 5<br />

1. Contextualização da OTIC e OBJECTIVOS DO DOCUMENTO ........................................................... 5<br />

CAPITULO II ........................................................................................................................... 9<br />

2. A importância da Inovação e da <strong>Transferência</strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> ............................................................. 9<br />

2.1. Dinâmicas Regionais <strong>de</strong> Desenvolvimento .............................................................................. 9<br />

2.2. A Inovação em Re<strong>de</strong> e os Novos Papeis da Universida<strong>de</strong> ........................................................... 10<br />

2.3. I<strong>de</strong>ias para fortalecer a relação Universida<strong>de</strong>-Empresa .............................................................. 12<br />

CAPITULO III ......................................................................................................................... 17<br />

3. CARACTERIZAÇÃO DA COOPERAÇÃO INTERREGIONAL NO ALGARVE ........................................... 17<br />

3.1. A Cooperação Inter-regional: Importância e Instrumentos ............................................................ 17<br />

3.2. O INTERREG III no <strong>Algarve</strong> .............................................................................................. 19<br />

3.2.1.1. INTERREG III A: Cooperação Transfronteiriça ................................................................. 20<br />

3.2.1.2. INTERREG III B: Cooperação transnacional .................................................................... 24<br />

3.2.1.3. INTERREG III C: Cooperação inter-regional .................................................................... 26<br />

3.3. O <strong>Algarve</strong> e os Principais Actores ....................................................................................... 27<br />

3.3.1. Tipos <strong>de</strong> Actores ...................................................................................................... 27<br />

3.3.2. O Caso da UALG ..................................................................................................... 27<br />

3.3.3. Instrumentos Europeus para a Promoção da Investigação, Inovação e Empreen<strong>de</strong>dorismo .............. 31<br />

3.4. Síntese ...................................................................................................................... 33<br />

CAPITULO IV ........................................................................................................................ 35<br />

4. Empreen<strong>de</strong>dorismo no <strong>Algarve</strong> ............................................................................................... 35<br />

4.1. Empreen<strong>de</strong>dorismo e Inovação Regional ............................................................................... 35<br />

4.2. Estruturas <strong>de</strong> Suporte ao Empreen<strong>de</strong>dorismo na Região ............................................................ 35<br />

4.2.1. Serviços <strong>de</strong> Apoio ao Empreen<strong>de</strong>dorismo......................................................................... 35<br />

4.2.2. Parques Tecnológicos ............................................................................................... 40<br />

4.3. Experiências <strong>de</strong> Promoção do Empreen<strong>de</strong>dorismo na Região ...................................................... 40<br />

4.3.1. O Concurso <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ias do <strong>CRIA</strong> ..................................................................................... 40<br />

4.3.2. O Projecto “Empreen<strong>de</strong>r na Escola”................................................................................ 43<br />

4.3.3. Medidas <strong>de</strong> Apoio face às Necessida<strong>de</strong>s Detectadas ........................................................... 44<br />

CAPITULO V ......................................................................................................................... 47<br />

5. O Papel da Proprieda<strong>de</strong> Industrial e a OTIC ................................................................................ 47<br />

5.1. Introdução .................................................................................................................. 47<br />

5.2. Medir Patentes: o Caso das Regiões Ibéricas ......................................................................... 47<br />

5.2.1. As Patentes como Medida <strong>de</strong> Inovação ........................................................................... 47<br />

5.2.2. Análise das Patentes: o Caso das Regiões Europeias .......................................................... 49<br />

5.2.3. Ranking das Regiões Ibéricas no Quadro Europeu .............................................................. 49<br />

5.2.4. Correlações Significativas das Patentes ........................................................................... 51<br />

5.2.5. A Estimação <strong>de</strong> um Mo<strong>de</strong>lo Econométrico ........................................................................ 52<br />

5.3. A Relação OTIC E GAPI .................................................................................................. 54<br />

5.4. Conclusões ................................................................................................................. 55<br />

CAPÍTULO VI ........................................................................................................................ 56<br />

6. Iniciativas a Concretizar para a Consolidação da Relação Universida<strong>de</strong>-Empresa no <strong>Algarve</strong> ....................... 56<br />

6.1. Organização <strong>de</strong> um Fórum Regional <strong>de</strong> Inovação ..................................................................... 56<br />

6.2. Realização <strong>de</strong> Pós-graduação “Gestão da Inovação e Empreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong> Base Tecnológica” ............. 67<br />

BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 73<br />

ANEXOS .............................................................................................................................. 75<br />

ANEXO 1: Resumo <strong>de</strong> Acontecimentos relevantes no contexto da cooperação transfronteiriça no <strong>Algarve</strong> ........... 77<br />

ANEXO 2: Projectos INTERREG com Parceiros do <strong>Algarve</strong> ................................................................. 79<br />

ANEXO 3: Projectos EQUAL no <strong>Algarve</strong> ...................................................................................... 103<br />

ANEXO 4. Análise SWOT da INCUBADORA NO PÓLO.................................................................... 104<br />

ANEXO 5: Ranking e Scores das Regiões Ibéricas na UE15 .............................................................. 105<br />

ANEXO 6: Correlações com Variáveis <strong>de</strong> Patentes ......................................................................... 107<br />

ANEXO 7: Análise Regressiva ................................................................................................. 109<br />

ANEXO 7.1. Estatística Descritiva .......................................................................................... 109<br />

ANEXO 7.2. Os Mo<strong>de</strong>los Estimados ....................................................................................... 109<br />

ANEXO 7.3. ANOVA .......................................................................................................... 109<br />

ANEXO 7.4. Variáveis Excluídas ............................................................................................ 110<br />

3


CAPITULO I<br />

5<br />

CAPÍTULO CAPÍTULO II<br />

I I<br />

Contextualização da OTIC e OBJECTIVOS DO DOCUMENTO<br />

1. Contextualização da OTIC e OBJECTIVOS DO DOCUMENTO<br />

A criação da <strong>Algarve</strong> TransferTECH – Oficina <strong>de</strong> <strong>Transferência</strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> e Conhecimento da<br />

Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> surge na sequência da clara aposta que tem sido levada a cabo por esta<br />

instituição na transferência <strong>de</strong> tecnologias inovadoras e dos resultados das linhas <strong>de</strong> investigação<br />

<strong>de</strong>senvolvidas no seio dos seus Centros <strong>de</strong> Investigação e Laboratórios para o mercado. Este contributo<br />

tem vindo a fomentar a adopção e difusão do conhecimento, permitindo a introdução <strong>de</strong> elementos <strong>de</strong><br />

competitivida<strong>de</strong> e sustentabilida<strong>de</strong> na economia regional e o início <strong>de</strong> uma fase <strong>de</strong> diversificação da<br />

base produtiva do <strong>Algarve</strong>. A implementação <strong>de</strong> uma OTIC na Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> tem dado<br />

continuida<strong>de</strong> a iniciativas anteriormente <strong>de</strong>senvolvidas no seio do projecto <strong>CRIA</strong> (Centro Regional para a<br />

Inovação do <strong>Algarve</strong>). A realização <strong>de</strong> uma Feira <strong>de</strong> Inovação, on<strong>de</strong> se apresentaram 75 projectos <strong>de</strong><br />

investigação em curso na Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> constituiu um momento interessante, já que as<br />

diversas equipas <strong>de</strong> investigação mostraram durante alguns dias os seus projecto e alguns equipamentos<br />

num Parque <strong>de</strong> Feiras e Exposições, abrindo o diálogo com a comunida<strong>de</strong>, particularmente com os<br />

agentes empresariais da região que visitaram a Feira. Foi igualmente lançado um Concurso <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ias <strong>de</strong><br />

Negócio, <strong>de</strong>stinado a promover a criação <strong>de</strong> empresas, maioritariamente a partir da aplicação<br />

resultados <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> investigação. Estes foram os resultados mais visíveis <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong><br />

iniciativas levadas a cabo por aquele Centro no ano <strong>de</strong> 2004.<br />

Em fase <strong>de</strong> estruturação encontra-se também a criação do Pólo Tecnológico do <strong>Algarve</strong>, estrutura que<br />

preten<strong>de</strong> congregar valências <strong>de</strong> I&D da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>, com elevado potencial <strong>de</strong><br />

transferência para o mercado, e um centro empresarial <strong>de</strong> base tecnológica, para acolher spin-offs,<br />

start-ups e empresas <strong>de</strong> referência nos domínios das Ciências do Mar, Biomedicina, <strong>Tecnologia</strong>s da<br />

Informação, entre outros.<br />

Para além disso, o volume <strong>de</strong> conhecimento gerado na Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>, nomeadamente nas<br />

áreas das Ciências do Mar, Ambiente, Biomedicina, Ciências e Técnicas <strong>de</strong> Produção Vegetal,<br />

<strong>Tecnologia</strong>s Agro-Alimentares e TICs, justifica, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo, a criação <strong>de</strong> uma plataforma permanente<br />

que possa, <strong>de</strong> modo continuado e consistente, garantir a sua valorização, nomeadamente através do<br />

reforço da ligação Universida<strong>de</strong>-Empresa (U-E).<br />

Na confluência dos três factores enunciados surge não só a justificação, como a oportunida<strong>de</strong> e a<br />

necessida<strong>de</strong> para o lançamento do projecto <strong>Algarve</strong> TransferTECH – Oficina <strong>de</strong> <strong>Transferência</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Tecnologia</strong> e Conhecimento da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>, no qual se enquadra o presente estudo.<br />

Com efeito, a existência <strong>de</strong> uma dinâmica empresarial latente no meio académico da Universida<strong>de</strong> do<br />

<strong>Algarve</strong>, a instalação futura da OTIC associada ao Pólo Tecnológico e o volume <strong>de</strong> conhecimento<br />

produzido pelos seus investigadores e passível <strong>de</strong> ser transferido, são factores impulsionadores e<br />

estruturantes da criação e operacionalida<strong>de</strong> da <strong>Algarve</strong> TransferTECH.<br />

No sentido <strong>de</strong> materializar a sua intervenção, a <strong>Algarve</strong> TransferTECH tem repartido as suas activida<strong>de</strong>s<br />

por quatro eixos:<br />

Eixo 1. Cooperação Universida<strong>de</strong>-Empresa – preten<strong>de</strong>-se, com este eixo, estabelecer uma cooperação<br />

estratégica entre o meio académico (investigação) e as empresas (mercado), com uma dinâmica<br />

bidireccional <strong>de</strong> relacionamento, U-E e E-U. Numa primeira fase <strong>de</strong>ver-se-á diagnosticar e divulgar o<br />

conhecimento já existente na Universida<strong>de</strong>, procurando, simultaneamente, i<strong>de</strong>ntificar empresas que se


6<br />

possam constituir como parceiras no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> consórcio, tirando partido do<br />

know-how, existente e/ou latente, e passível <strong>de</strong> ser valorizado, numa óptica <strong>de</strong> manutenção sustentada<br />

<strong>de</strong>ssas relações;<br />

Eixo 2. Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Cooperação – a <strong>Algarve</strong> TransferTECH terá neste domínio o papel <strong>de</strong> garantir um<br />

estreitamento <strong>de</strong> relações institucionais que permitam criar uma re<strong>de</strong> facilitadora <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong><br />

tecnologia, inovação e conhecimento, procurando que esta re<strong>de</strong>, <strong>de</strong> nível regional, se integre noutras,<br />

<strong>de</strong> nível nacional e/ou internacional;<br />

Eixo 3. Valorização <strong>de</strong> Competências – a promoção do cruzamento <strong>de</strong> conhecimentos entre os meios<br />

académico e empresarial assume particular importância, tendo também aqui a <strong>Algarve</strong> TransferTECH um<br />

papel dinamizador <strong>de</strong> workshops e acções <strong>de</strong> discussão;<br />

Eixo 4. Coor<strong>de</strong>nação, avaliação e divulgação do projecto – preten<strong>de</strong>-se com este eixo criar um sistema<br />

permanente <strong>de</strong> monitorização e controlo das activida<strong>de</strong>s da <strong>Algarve</strong> TransferTECH, que garanta uma<br />

gestão criteriosa, no sentido <strong>de</strong> atingir eficaz e eficientemente os objectivos propostos para o projecto<br />

OTIC da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>.<br />

A importância que a Inovação assume actualmente no contexto actual levou ao surgimento <strong>de</strong> um<br />

conjunto <strong>de</strong> iniciativas no âmbito <strong>de</strong>sta temática. Para o <strong>de</strong>senvolvimento regional a Inovação surge<br />

como elemento dominante, referenciado em todos os processos <strong>de</strong> planeamento. No entanto, uma das<br />

limitações apontadas aos Sistemas Regionais <strong>de</strong> Inovação <strong>de</strong> regiões menos propensas a inovar é a<br />

ausência <strong>de</strong> Capital Social (ou <strong>de</strong> Re<strong>de</strong>). Este tipo <strong>de</strong> capital refere-se à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cooperação<br />

baseada na partilha e valores comuns. Essa partilha leva a que os actores possam confiar uns nos outros,<br />

<strong>de</strong>senvolvendo virtu<strong>de</strong>s positivas como a honestida<strong>de</strong>, a reciprocida<strong>de</strong>, o respeito pelos compromissos,<br />

que são factores necessários ao comportamento cooperativo. Só com a cooperação é que a partilha, que<br />

facilita a aprendizagem, a geração, difusão e uso do conhecimento, po<strong>de</strong>rá ser efectiva e concretizarse.<br />

Com o objectivo <strong>de</strong> potenciar a criação <strong>de</strong> um ambiente mais favorável à Inovação o <strong>CRIA</strong> – Centro<br />

Regional para a Inovação do <strong>Algarve</strong> criou uma activida<strong>de</strong> no âmbito do projecto OTIC – Oficina para a<br />

<strong>Transferência</strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> e Conhecimento (<strong>Algarve</strong> TransferTECH) para potenciar as relações em<br />

Re<strong>de</strong> na região na temática da inovação. A activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>signada Fórum Regional <strong>de</strong> Inovação insere-se<br />

no Eixo 2 – Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cooperação procurará o estabelecimento <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> regional facilitadora da<br />

adopção <strong>de</strong> inovação e <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> conhecimento, permitindo dar um reforço ao posicionamento<br />

da região. O funcionamento em re<strong>de</strong> é a solução mais eficaz para o aproveitamento das capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

cada um dos organismos existentes, através <strong>de</strong> sinergias que permitam dinamizar objectivos comuns.<br />

Nesse sentido, torna-se necessário integrar os principais actores, públicos e privados, empresariais,<br />

produtores <strong>de</strong> inovação, com responsabilida<strong>de</strong>s na formação e no <strong>de</strong>senvolvimento regional, com o<br />

objectivo <strong>de</strong> produzir soluções (micro) e políticas (macro) <strong>de</strong> inovação. Esta re<strong>de</strong> terá como objectivo<br />

contribuir para que o <strong>Algarve</strong> assuma características <strong>de</strong> um meio inovador, ou seja, numa região on<strong>de</strong><br />

existem condições e activida<strong>de</strong>s que promovam a I&DT, que dinamizem o aparecimento <strong>de</strong> empresas<br />

inovadoras que contribuam para o aumento da capacida<strong>de</strong> competitiva regional, com a consequente<br />

criação <strong>de</strong> emprego e crescimento do produto.<br />

O estudo que se segue procura compreen<strong>de</strong>r as algumas das condições <strong>de</strong> partida existentes na região<br />

do <strong>Algarve</strong> para potenciar a <strong>Transferência</strong> Tecnológica e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inovação da região. Para esse<br />

efeito organiza-se em torno <strong>de</strong> seis capítulos. O primeiro reveste um carácter introdutório da OTIC e do<br />

próprio estudo. O segundo capítulo A IMPORTÂNCIA DA INOVAÇÃO E DA TRANSFERÊNCIA DE<br />

TECNOLOGIA reflecte sobre as Dinâmicas Regionais <strong>de</strong> Desenvolvimento, o paradigma da Inovação em<br />

Re<strong>de</strong> e os Novos Papeis da Universida<strong>de</strong>. Traça também um conjunto <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias para fortalecer a relação<br />

Universida<strong>de</strong>-Empresa. O terceiro capítulo CARACTERIZAÇÃO DA COOPERAÇÃO INTERREGIONAL NO


CAPÍTULO CAPÍTULO II<br />

I I<br />

Contextualização da OTIC e OBJECTIVOS DO DOCUMENTO<br />

ALGARVE <strong>de</strong>monstra o papel relevante da cooperação Inter-regional, i<strong>de</strong>ntificando alguns Instrumentos<br />

Promoção da Investigação, Inovação e Empreen<strong>de</strong>dorismo, em particular o Programa <strong>de</strong> Iniciativa<br />

Comunitária INTERREG III no <strong>Algarve</strong>. Reflectiu-se sobre o papel dos diferentes actores <strong>de</strong>stacando a<br />

relevância da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> no quadro regional. O capítulo quatro EMPREENDEDORISMO NO<br />

ALGARVE evi<strong>de</strong>ncia a importância da temática do Empreen<strong>de</strong>dorismo para a Inovação Regional, tendo<br />

atenção nas Estruturas <strong>de</strong> Suporte ao Empreen<strong>de</strong>dorismo na Região, nos Serviços <strong>de</strong> Apoio ao<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo, nos Parques Tecnológicos e às Experiências <strong>de</strong> Promoção do Empreen<strong>de</strong>dorismo na<br />

Região, sugerindo uma série <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> Apoio face às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>tectadas. O capítulo cinco O<br />

PAPEL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL E A OTIC tenta <strong>de</strong>monstrar a importância do I&D regional na<br />

Inovação medido através do indicador <strong>de</strong> output das patentes utilizando uma análise regressiva. É<br />

também <strong>de</strong>stacado a importância da interligação entre a OTIC e o GAPI (Gabinete <strong>de</strong> Apoio à Promoção<br />

da Proprieda<strong>de</strong> Industrial) da UALG. No capítulo seis INICIATIVAS PRIORITÁRIAS PARA A<br />

CONSOLIDAÇÃO DA RELAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA NO ALGARVE aprofunda-se a estruturação <strong>de</strong><br />

duas iniciativas importantes para o <strong>Algarve</strong>: a organização <strong>de</strong> um Fórum Regional <strong>de</strong> Inovação e a<br />

realização <strong>de</strong> uma Pós-graduação “Gestão da Inovação e Empreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong> Base Tecnológica”.<br />

7


CAPITULO II<br />

9<br />

CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÍTULO III<br />

I<br />

A importância da Inovação e da <strong>Transferência</strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong><br />

2. A importância da Inovação e da <strong>Transferência</strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong><br />

2.1. Dinâmicas Regionais <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

O interesse na Inovação e Desenvolvimento Regional tem-se acentuado significativamente,<br />

principalmente a partir dos anos 90, com o aumento da intensida<strong>de</strong> da Globalização e com a<br />

massificação das TIC. A relação entre Inovação e Desenvolvimento Regional é bastante complexa, uma<br />

vez que as activida<strong>de</strong>s inovadoras variam até entre regiões com perfis tecnológicos semelhantes. Estas<br />

diferenças advêm <strong>de</strong> especificida<strong>de</strong>s como o nível educacional e cultural, acesso a mercados lucrativos,<br />

vantagens tecnológicas, <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> investimento, economias <strong>de</strong> aglomeração e da escala,<br />

relacionamento institucional e capital social. As diferentes características das regiões dão lugar a<br />

vocações que as diferenciam num mundo global. No entanto, as indústrias inovadoras ten<strong>de</strong>m a<br />

concentrar-se on<strong>de</strong> existam um ambiente favorável à Inovação. Esta diferenciação regional tem<br />

consequências importantes para a performance das regiões, influenciando o crescimento económico e o<br />

nível <strong>de</strong> vida das populações. Não se po<strong>de</strong> afirmar que a geração <strong>de</strong> inovação é uma garantia para um<br />

<strong>de</strong>senvolvimento regional, porque existem numerosas questões específicas <strong>de</strong> cada território que <strong>de</strong>vem<br />

ser tidas em conta e que po<strong>de</strong>m inviabilizar a aplicação <strong>de</strong> estratégias anteriormente bem sucedidas em<br />

contextos distintos. Uma visão estratégica da Inovação <strong>de</strong>ve procurar um conjunto <strong>de</strong> acções inovadoras<br />

exequíveis, em que os <strong>de</strong>cisores políticos tenham em conta os impactos <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada especialização<br />

regional e os objectivos pretendidos.<br />

Para montar uma Estratégia Regional <strong>de</strong> Inovação há que ter em atenção o Sistema Regional <strong>de</strong><br />

Inovação, para o qual <strong>de</strong>ve ser compreendido que a aprendizagem é o factor crucial do Sistema, porque<br />

é ele que alimenta a dinâmica da Inovação com a aquisição <strong>de</strong> stock <strong>de</strong> conhecimento e “<strong>de</strong>struição<br />

criativa”. Os actores e recursos caracterizam-se por uma inter<strong>de</strong>pendência crescente, o tecido<br />

empresarial, os <strong>de</strong>cisores políticos, as universida<strong>de</strong>s, as infra-estruturas <strong>de</strong> apoio, as fontes <strong>de</strong><br />

financiamento, os empreen<strong>de</strong>dores e a comunida<strong>de</strong> regional, que interactuando originam um ambiente<br />

mais ou menos propício à geração e difusão da Inovação, que induz efeitos no crescimento e<br />

competitivida<strong>de</strong> das regiões. Por outro lado, há ainda que compreen<strong>de</strong>r que a economia baseada em<br />

conhecimento favorece a criação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s, nos quais as regiões apresentam a vantagem <strong>de</strong> serem<br />

espaços mais homogéneos e flexíveis face aos países, que vão per<strong>de</strong>ndo a sua influência. É fundamental<br />

actuar localmente para se ser competitivo globalmente. As estratégias <strong>de</strong> Alta <strong>Tecnologia</strong> não são<br />

viáveis em todas as regiões, porque nem sempre é interessante a construção <strong>de</strong> infra-estruturas<br />

tecnológicas e investigação, quando não são baseadas nas competências específicas da região. Não<br />

existe uma receita única <strong>de</strong> sucesso para a Inovação, mas sim formas a<strong>de</strong>quadas face a <strong>de</strong>terminadas<br />

condições <strong>de</strong> partida <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> condições favoráveis a um ambiente a<strong>de</strong>quado à aprendizagem,<br />

conhecimento e inovação. A inovação não <strong>de</strong>ve ser vista como uma panaceia, mas sim como uma das<br />

formas <strong>de</strong>, baseando-se em características intrínsecas da região, tornar uma economia mais<br />

competitiva, <strong>de</strong>senvolvida e capaz <strong>de</strong> promover uma maior equida<strong>de</strong> entre os seus cidadãos.<br />

Em conclusão, existem alguns aspectos que vale a pena reforçar:<br />

• A Inovação assume uma importância cada vez mais central numa economia cada vez mais global em<br />

baseada em conhecimento;<br />

• A Inovação é difusa e diversa, i.e. tem lugar em todo o tipo <strong>de</strong> empresas, em todas as regiões, em<br />

todos os sectores, e não apenas nos tradicionalmente inovadores <strong>de</strong> Alta <strong>Tecnologia</strong>, como<br />

Biotecnologias ou <strong>Tecnologia</strong>s <strong>de</strong> Informação;


10<br />

• Apesar <strong>de</strong> difusa a Inovação distribui-se assimetricamente pelos territórios;<br />

• A Inovação é sistémica e não linear, é um processo multidimensional que envolve uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

actores e que compreen<strong>de</strong> períodos temporais relativamente extensos;<br />

• Existem condições que favorecem o Sistema Regional <strong>de</strong> Inovação, condições estruturais, que<br />

permitem a geração e o uso da I&D e Inovação como a existência <strong>de</strong> mercados competitivos, uma<br />

força laboral flexível e a<strong>de</strong>quada, um sistema financeira adaptado (com existência <strong>de</strong> capital <strong>de</strong><br />

risco e capital semente em condições favoráveis) e protecção da proprieda<strong>de</strong> intelectual; e<br />

condições <strong>de</strong> carácter mais conjuntural, <strong>de</strong>spesas em I&D eficazes e eficientes, tanto ao nível<br />

privado como público, incentivos a<strong>de</strong>quados ao investimento privado em I&D, e existência <strong>de</strong><br />

mecanismos <strong>de</strong> cooperação e <strong>de</strong> transferência tecnológica e conhecimento que permitam uma<br />

relação universida<strong>de</strong>-empresa e a comercialização das invenções a uma escala doméstica e<br />

internacional.<br />

É para na prossecução <strong>de</strong> um Sistema Regional <strong>de</strong> Inovação no <strong>Algarve</strong> dinâmico e propiciador <strong>de</strong> um<br />

ambiente favorável <strong>de</strong> acordo com as vocações regionais mais <strong>de</strong>senvolvidas e emergentes que a <strong>Algarve</strong><br />

TransferTECH tenta actuar.<br />

2.2. A Inovação em Re<strong>de</strong> e os Novos Papeis da Universida<strong>de</strong><br />

Os mo<strong>de</strong>los interactivos e integrados, apesar <strong>de</strong> ainda muito utilizados, começaram a mostrar algumas<br />

limitações na explicação <strong>de</strong> uma economia cada vez mais complexa e inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. A massificação<br />

das <strong>Tecnologia</strong>s <strong>de</strong> Informação e Comunicação (TIC) e <strong>de</strong> plataformas <strong>de</strong> colaboração entre os vários<br />

actores do processo inovador originaram uma crescente <strong>de</strong>smaterialização da activida<strong>de</strong> económica que<br />

reforçam a importância dos factores territoriais existentes. Desta forma, surgem os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Inovação<br />

em Re<strong>de</strong>, caracterizada por actores que se interrelacionam (muitas vezes não fisicamente), trocas <strong>de</strong><br />

conhecimento e outros factores intangíveis, em processos altamente interactivos. A noção <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s está<br />

presente nos estudos baseados nas novas abordagens, reflectindo as dinâmicas interactivas, com<br />

múltiplas e contínuas conexões, interacções e intercâmbios entre os actores 1 , uma vez que as suas<br />

estruturas provisórias são i<strong>de</strong>ais para uma resposta a<strong>de</strong>quada ao contexto <strong>de</strong> Incerteza 2 . Segundo<br />

Vázquez Barquero (2002: 98):<br />

“Uma re<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida como o sistema <strong>de</strong> relações e/ou <strong>de</strong> contatos que vinculam as<br />

empresas e/ou atores entre si e cujo conteúdo está relacionado a bens materiais, informação ou<br />

tecnologia. Na ótica da ativida<strong>de</strong> econômica, ela seria constituída pelas relações entre empresas<br />

ou entre empresários que tornam possíveis as trocas <strong>de</strong> bens e serviços ou informações que<br />

incorporam conhecimentos.”<br />

A activida<strong>de</strong> económica, social e institucional está baseada numa gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s,<br />

<strong>de</strong>vido à varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> relações entre indivíduos, empresas e organizações. Existem re<strong>de</strong>s pessoais,<br />

re<strong>de</strong>s formais e re<strong>de</strong>s informais que se estabelecem <strong>de</strong> acordo com o ambiente externo <strong>de</strong> cada actor.<br />

Como refere Kovács (2003: 308):<br />

“(…) po<strong>de</strong>m ter formas muito diversificadas (re<strong>de</strong>s horizontais <strong>de</strong> pequenas empresas, re<strong>de</strong>s<br />

horizontais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empresas, re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> subcontratação em torno <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empresas,<br />

alianças estratégicas entre gran<strong>de</strong>s empresas <strong>de</strong> certas activida<strong>de</strong>s e re<strong>de</strong>s resultantes da<br />

<strong>de</strong>sagregação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empresas e ainda re<strong>de</strong>s globais), comportando diferentes tipos <strong>de</strong><br />

1 Con<strong>de</strong> e Araújo (2003: 732)<br />

2 Kóvacs (2003: 308)


elacionamento que po<strong>de</strong>m ir da cooperação, baseada na parceria, à <strong>de</strong>pendência, baseada na<br />

dominação.”<br />

Na Inovação em Re<strong>de</strong> existem dois níveis <strong>de</strong> agentes envolvidos no processo: o primeiro nível, mais<br />

central, que envolve os agentes directos (aproximadamente os mesmos do mo<strong>de</strong>lo interactivo) e um<br />

segundo nível que envolve todo o contexto externo e dimensão territorial. Os vários actores encontramse<br />

interligados numa Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Conhecimento, sendo que existem muitas outras re<strong>de</strong>s. Como o sistema é<br />

aberto, permite a conexão entre as várias re<strong>de</strong>s, ou algumas vezes sobreposição <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s, sistemas e<br />

partilha <strong>de</strong> actores.<br />

A Triple Helix é uma das abordagens que está integrada nos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Inovação não lineares em<br />

Re<strong>de</strong>. 3 Baseada inicialmente na análise dos Sistemas <strong>de</strong> Inovação dos países escandinavos, o mo<strong>de</strong>lo<br />

coloca no centro do processo inovador as relações universida<strong>de</strong>-indústria-governo (as três hélices). O<br />

mo<strong>de</strong>lo mostra como a Universida<strong>de</strong> tem ganho um papel cada vez mais importante na inovação na<br />

actualida<strong>de</strong>, uma vez que muita da I&D tem começado a ficar a cargo <strong>de</strong>stas em vez <strong>de</strong> ser realizada<br />

por laboratórios privados que têm vindo a per<strong>de</strong>r escala. Para além disso, apresenta-se muitas vezes<br />

como apoio a empresas através <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> incubação. A indústria tem o papel <strong>de</strong> educador das<br />

universida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> integrar o conhecimento gerado na aca<strong>de</strong>mia na realida<strong>de</strong> empresarial. O governo<br />

<strong>de</strong>ve ter um papel <strong>de</strong> financiador, ‘venture capitalist’, <strong>de</strong> incentivar a colaboração <strong>de</strong> forma a<br />

promover a competitivida<strong>de</strong> 4 . Uma Triple Helix i<strong>de</strong>al <strong>de</strong>ve basear-se numa política <strong>de</strong> inovação que<br />

confirme os diferentes papeis institucionais e reforce a inter<strong>de</strong>pendência dos três actores.<br />

Como refere Etzkowitz (2002: 2), a Triple Helix é um mo<strong>de</strong>lo em espiral que captura as relações<br />

múltiplas e recíprocas em diferentes estágios do processo inovador. O autor apresenta-nos as três<br />

dimensões do mo<strong>de</strong>lo. A primeira dimensão do mo<strong>de</strong>lo é uma transformação interna <strong>de</strong> cada uma das<br />

hélices, como laços laterais entre empresas ou o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma missão económica pelas<br />

universida<strong>de</strong>s. A segunda dimensão é a influência <strong>de</strong> uma hélice sobre as outras, por exemplo, o papel<br />

do governo na prossecução <strong>de</strong> uma política industrial territorial. A terceira dimensão é a criação <strong>de</strong> uma<br />

nova camada <strong>de</strong> organizações e re<strong>de</strong>s trilaterais que <strong>de</strong>rivam da interacção das três hélices, formadas<br />

com o propósito <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolverem novas i<strong>de</strong>ias para a inovação.<br />

3 Etzkowitz e Ley<strong>de</strong>sdorff (1997: 3-4) e Goktepe (2003: 219)<br />

4 Etzkowitz (2002: 2)<br />

Figura 1: A Triple Helix<br />

[fonte: Etzkowitz (2002: 5) adaptado]<br />

CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÍTULO III<br />

I<br />

A importância da Inovação e da <strong>Transferência</strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong><br />

11


12<br />

Este mo<strong>de</strong>lo revela um relacionamento universida<strong>de</strong>-indústria-governo no qual esferas institucionais<br />

relativamente iguais mas inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes se sobrepõem e participam no papel umas das outras. 5 A<br />

dinâmica da socieda<strong>de</strong> actual mudou, <strong>de</strong> esferas institucionais com fronteiras mais <strong>de</strong>finidas, para uma<br />

sobreposição flexível on<strong>de</strong> existe uma forte interligação.<br />

Goktepe (2003: 220) assegura que a sinergia das três hélices do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> inovação em re<strong>de</strong> é a forma<br />

mais eficiente <strong>de</strong> disseminar e usar o conhecimento e <strong>de</strong> potenciar a aprendizagem. A organização <strong>de</strong><br />

uma Triple Helix da universida<strong>de</strong>, indústria e governo não <strong>de</strong>ve ser um fim em si própria, mas sim<br />

almejar objectivos <strong>de</strong> inovação, científicos e económicos. Um posicionamento equilibrado <strong>de</strong>stes três<br />

actores entre o lado da procura e questões societais é uma componente essencial para a estratégia <strong>de</strong><br />

inovação em re<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualquer economia baseada no conhecimento. Apesar <strong>de</strong> cada país experimentar<br />

um padrão distinto na sua transição para uma economia baseada no conhecimento existe a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> se apren<strong>de</strong>r com a experiência, os sucessos e falhanços <strong>de</strong> cada caso anterior que cada um à sua<br />

maneira, tenha tentado respon<strong>de</strong>r a objectivos semelhantes.<br />

As principais características que <strong>de</strong>veram estar presentes numa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> parceiros locais e regionais,<br />

(Guerreiro, 2006: 7) <strong>de</strong>verão ser:<br />

• Natureza (a<strong>de</strong>quação entre a oferta e procura, articulação entre conhecimento tácito e codificado);<br />

• Forma (organização institucional e proximida<strong>de</strong>);<br />

• Intensida<strong>de</strong> (<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> dos fluxos e multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parceiros);<br />

• Li<strong>de</strong>rança (estratégia, linha <strong>de</strong> rumo e mobilização);<br />

• Eficiência (confiança e compromisso).<br />

As universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvem um papel <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância para a criação <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> efectiva <strong>de</strong><br />

actores para o Desenvolvimento Regional e Inovação.<br />

Segundo Guerreiro e Gouveia (2005) o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> organização das universida<strong>de</strong>s no que respeita às suas<br />

relações com o tecido empresarial e meio institucional é extremamente variado. Esta situação é<br />

propiciada pela in<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> estruturação pela Administração Pública <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Interface U-E e<br />

mas também pela gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> figurinos das universida<strong>de</strong>s o que dificulta a adopção <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>los únicos adaptados a um <strong>de</strong>sempenho eficaz face à multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> situações. Guerreiro (2005)<br />

refere que no Contexto actual às funções tradicionais da Universida<strong>de</strong> como a Produção <strong>de</strong><br />

Conhecimento e Formação <strong>de</strong> Capital Humano surgem novas valências <strong>de</strong> actuação: a transferência <strong>de</strong><br />

Conhecimento, a Inovação Tecnológica, a Promoção da Li<strong>de</strong>rança, Infra-estruturas científicas e<br />

tecnológicas e animação da envolvente regional. Surge o conceito <strong>de</strong> Universida<strong>de</strong> Empreen<strong>de</strong>dora<br />

(Terra e Etzkowitz, S/D).<br />

2.3. I<strong>de</strong>ias para fortalecer a relação Universida<strong>de</strong>-Empresa<br />

A distância entre o laboratório e o mercado é um dos gran<strong>de</strong>s problemas da Europa, que a fazem per<strong>de</strong>r<br />

terreno em termos <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> tecnológica quando comparados com os EUA ou o Japão. Esta<br />

distância é potenciada pela quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> patentes inexploradas, relatórios <strong>de</strong> investigação que são<br />

ignorados e investigadores que <strong>de</strong>ixam a Europa por laboratórios mais ricos em São Francisco ou<br />

5 Ibi<strong>de</strong>m


Singapura. O Manifesto da Inovação 6 , apresentado seguidamente em síntese, baseou-se numa discussão<br />

<strong>de</strong> mesa redonda em 7 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2006 na qual participaram elementos das esferas empresariais,<br />

académicas e institucionais, como representantes da Microsoft, Shell ou da France Telecom, das<br />

Universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Londres, Paris ou Milão, e da UE e da OECD. Desta reunião saíram nove i<strong>de</strong>ais cruciais<br />

para ultrapassar quatro tipos <strong>de</strong> problemas essenciais que a inovação tem na Europa: o problema das<br />

universida<strong>de</strong>s, o problema do dinheiro, o problema da protecção das novas i<strong>de</strong>ias e o problema das<br />

necessida<strong>de</strong>s da indústria.<br />

I. O PROBLEMA DAS UNIVERSIDADES<br />

I<strong>de</strong>ia 1: Ser selectivo. Concentrar os fundos escassos nos melhores grupos e instituições.<br />

O objectivo da Europa em perseguir a educação universal não <strong>de</strong>ve conduzir a que o financiamento da<br />

investigação seja também universal. A melhor ciência acontece on<strong>de</strong> está a maior concentração <strong>de</strong><br />

investigadores. Tratar os financiamentos públicos <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong> como se fossem instrumentos<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento regional e <strong>de</strong> equida<strong>de</strong> social é contra-producente. Estas ajudas <strong>de</strong>vem ser<br />

concentradas nos grupos que terão mais resultados e maior impacto.<br />

I<strong>de</strong>ia 2: Reformar os gabinetes <strong>de</strong> <strong>Transferência</strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong>. Estabelecer-lhes um objectivo: fazer<br />

dinheiro.<br />

Os gabinetes <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> tecnologia espalharam-se um pouco por todas a universida<strong>de</strong>s da<br />

Europa. Têm em média mais pessoal que os dos EUA (8 pessoas face a 7) mas produzem<br />

significativamente menos (17% das patentes pedidas, 34% patentes registadas, 14% dos contratos <strong>de</strong><br />

licenciamento, 5% das receitas <strong>de</strong> licenciamento, e 76% do número <strong>de</strong> spin-offs). Existe uma falta <strong>de</strong><br />

objectivos concretos… uns preocupam-se mais com a questão das patentes e outras focam os spin-offs.<br />

Os administradores das universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>veriam estabelecer uma meta para estes gabinetes: fazer<br />

dinheiro a partir do conhecimento da universida<strong>de</strong>. O gestor <strong>de</strong>ste gabinete <strong>de</strong>veria po<strong>de</strong>r escolher a<br />

forma <strong>de</strong> o alcançar. Se não o conseguisse <strong>de</strong>veria po<strong>de</strong>r ser <strong>de</strong>spedido para dar lugar a outro.<br />

Objectivos sociais são bons e a<strong>de</strong>quados para o resto da universida<strong>de</strong>. Os gabinetes <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong><br />

tecnologia têm <strong>de</strong> ter metas financeiras.<br />

II. O PROBLEMA DO DINHEIRO<br />

I<strong>de</strong>ia 3: Usar fundos públicos para encorajar o investimento semente.<br />

As start-ups têm gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> a obter capital. No entanto para as empresas europeias esta fase é<br />

mais árdua que para as congéneres norte-americanas. Existem menos “anjos” investidores (34 por<br />

milhão <strong>de</strong> habitantes para 1.500 por milhão), que investem menos (entre 100.000 a 200.00€ por<br />

projecto face a 2.000.000€ nos EUA) e os raros que existem são tecnofóbicos preferindo investir em<br />

hotéis, comércio a retalho e empresas <strong>de</strong> baixa tecnologia. É importante contrariar esta aversão ao risco<br />

por parte dos investidores, canalizando fundos públicos para programas que possam eliminar parte do<br />

risco nas empresas recém-criadas.<br />

I<strong>de</strong>ia 4: Corrigir impostos: encorajar o Investimento Privado<br />

CAPÍTULO CAPÍTULO III<br />

I<br />

A importância da Inovação e da <strong>Transferência</strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong><br />

6 Este documento baseia-se na apresentação da ScienceBusiness (www.sciencebusiness.net), um serviço <strong>de</strong> notícias in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

criado com o objectivo <strong>de</strong> difundir i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> como ultrapassar o fosso existente entre a Universida<strong>de</strong> e a Empresa.<br />

13


14<br />

A Europa tem um dos sistemas <strong>de</strong> imposto mais irracionais do mundo: as taxas são muito díspares entre<br />

os países da União Europeia e <strong>de</strong>sincentivam o investimento. Várias sugestões po<strong>de</strong>m ser feitas <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

cortar taxas nos lucros das empresas <strong>de</strong> tecnologia, protecção do rendimento <strong>de</strong> jovens empresas<br />

inovadoras, <strong>de</strong>duções para investimentos em start-ups tecnológicas. Para ser bem sucedida a UE <strong>de</strong>verá<br />

fazer recomendações claras aos seus estados-membro em relação a esta temática.<br />

I<strong>de</strong>ia 5: Mercados bolsistas dinâmicos para empresas jovens<br />

Na Europa existem poucos mercados bolsistas para empresas jovens <strong>de</strong> tecnologia e os que existem<br />

estão “balcanizados”. É através da venda e dos aumentos <strong>de</strong> capital que muitas start-ups nos EUA<br />

recuperam o seu investimento e ganham maior liqui<strong>de</strong>z. Na Europa esta situação é praticamente<br />

impossível. Apenas o Alternative Investment Market <strong>de</strong> Londres é visto como uma boa prática. A Europa<br />

necessita <strong>de</strong> um mercado bolsita que funcione para estas empresas.<br />

III. O PROBLEMA DA PROTECÇÃO DAS NOVAS IDEIAS<br />

I<strong>de</strong>ia 6: Harmonizar as regras <strong>de</strong> patenteamento na Europa, ponto por ponto.<br />

Ao medirmos o número <strong>de</strong> patentes po<strong>de</strong>mos perceber que a UE inventa menos que os EUA. Uma das<br />

causas é seguramente a gran<strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> do sistema <strong>de</strong> patenteamento. Apesar <strong>de</strong> tentativas <strong>de</strong><br />

reformar o sistema legal vigente têm-se conseguido poucos resultados. As regras são completamente<br />

diferentes entre investigadores <strong>de</strong> diferentes países e até entre instituições. Para além disto somam-se<br />

as questões do limite territorial (nacional, patente europeia, patente mundial ou país a país). A seguir é<br />

que as perguntas começam… qual a língua a escolher? O que acontece se nós discordarmos com quem<br />

confere ou não a patente? E para que tribunal recorrer em caso <strong>de</strong> violação <strong>de</strong> direitos? Harmonizar o<br />

procedimento <strong>de</strong> patenteamento seria já um contributo precioso e prático para estes problemas.<br />

I<strong>de</strong>ia 7: Tornar o patenteamento mais barato.<br />

Apesar dos esforços, patentear na Europa continua extremamente caro (em média estima-se 200.000€<br />

para proteger uma patente durante 20 anos face a 10.000€ nos EUA). Se não existe possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

comprar algo que se precisa ou se <strong>de</strong>sce o preço ou arranja-se forma <strong>de</strong> arranjar dinheiro para o fazer.<br />

Dado o elevado valor da Proprieda<strong>de</strong> Intelectual é importante criar mecanismos <strong>de</strong> financiamento<br />

a<strong>de</strong>quados, por exemplo, a hipoteca das próprias patentes, o seguro das patentes ou mesmo <strong>de</strong>ixar as<br />

empresas <strong>de</strong> aconselhamento sobre patentes e advogados investir nos seus próprios clientes.<br />

IV. O PROBLEMA DAS NECESSIDADES DA INDÚSTRIA<br />

I<strong>de</strong>ia 8: Oferecer uma mão-<strong>de</strong>-obra especializada e flexível.<br />

A força laboral da Europa, a sua mobilida<strong>de</strong> e formação, são graves problemas para a competitivida<strong>de</strong>. A<br />

Europa investe menos na Educação Superior que os EUA (1,9% do PIB face a 2,6%). A UE concentra<br />

poucos recursos humanos na investigação (aproximadamente 6 investigadores a tempo integral face a 10<br />

dos EUA e Japão). E estes investigadores são se<strong>de</strong>ntários, não mudam <strong>de</strong> região para região e se têm um<br />

emprego na universida<strong>de</strong> dificilmente o trocam por um numa empresa. Se pensarmos em termos<br />

qualitativos, o resultado não é melhor. Apesar dos investigadores europeus publicarem quase tanto<br />

como os americanos em revistas <strong>de</strong> referência são muito menos citados (uma medida <strong>de</strong> impacto). Se<br />

pensarmos que os europeus dominaram a primeira meta<strong>de</strong> do Século XX ganhando 73% dos prémios<br />

Nobel e que na última década esta percentagem baixou para 19% temos muito em que pensar.


I<strong>de</strong>ia 9: Fazer cair as barreiras que mantêm a Europa pouca atractiva.<br />

15<br />

CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÍTULO III<br />

I<br />

A importância da Inovação e da <strong>Transferência</strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong><br />

O sector privado não está a investir em Investigação e Desenvolvimento. Na Europa apenas 54% do<br />

orçamento <strong>de</strong> Investigação & Desenvolvimento vem do lado privado face a 2/3 dos EUA (sendo que o<br />

orçamento <strong>de</strong> I&D nos EUA ainda por cima é maior). O défice tecnológico da UE não para <strong>de</strong> crescer. Se<br />

este problema se tem agravado é porque a economia europeia é ineficiente, com custos elevados,<br />

mercados rígidos e crescimento lento. É importante flexibilizar a economia porque <strong>de</strong> outra forma o<br />

sector privado não irá investir em Investigação & Desenvolvimento e o dinamismo da União Europeia<br />

estará fortemente condicionado para o futuro.


CAPITULO III<br />

17<br />

CAPÍTULO CAPÍTULO IIII<br />

I<br />

CARACTERIZAÇÃO DA COOPERAÇÃO INTERREGIONAL NO ALGARVE<br />

3. CARACTERIZAÇÃO DA COOPERAÇÃO INTERREGIONAL NO ALGARVE<br />

3.1. A Cooperação Inter-regional: Importância e Instrumentos<br />

A Cooperação entre regiões é uma componente essencial para a inovação e para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

económico. Na lógica comunitária do financiamento da Política Regional é crucial que os diversos<br />

actores institucionais tenham capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> participar e criar ligações com organismos <strong>de</strong> outras<br />

regiões e <strong>de</strong> outros países.<br />

O presente documento analisa brevemente a capacida<strong>de</strong> cooperativa da região do <strong>Algarve</strong>, através da<br />

participação em projectos financiados por instrumentos comunitários, com <strong>de</strong>staque para o Programa <strong>de</strong><br />

Iniciativa Comunitária (PIC) INTERREG III, mostrando algumas boas-práticas, actores envolvidos e áreas<br />

<strong>de</strong> competência. Dada a sua gran<strong>de</strong> importância regional analisa-se ainda a participação da<br />

Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> em projectos <strong>de</strong> cooperação.<br />

A Cooperação entre actores <strong>de</strong> diferentes regiões tem assumido um papel muito importante no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento uma vez que permite a troca <strong>de</strong> informação, a partilha <strong>de</strong> boas-práticas e a<br />

estruturação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s e dinâmicas <strong>de</strong> difusão <strong>de</strong> conhecimento e inovação. A cooperação é um meio <strong>de</strong><br />

apoio ao <strong>de</strong>senvolvimento, sobretudo em regiões que apresentam um menor grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

sócio-económico.<br />

“A cooperação (…) nas suas diversas dimensões e vertentes, é hoje, para muitos países, povos e<br />

culturas, um meio fundamental <strong>de</strong> incrementar sedimentar a solidarieda<strong>de</strong>, promover o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento, esbater e ultrapassar <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s estruturais, aprofundar as ligações entre<br />

países vizinhos, e construir uma comunida<strong>de</strong> mais vasta, coesa e integrada, sem exclusão e sem<br />

assimetrias, ao mesmo tempo que permite gerir <strong>de</strong> uma forma mais eficaz os recursos humanos<br />

e naturais dos territórios (…) e se potencia a participação <strong>de</strong>mocrática das populações e das<br />

autorida<strong>de</strong>s públicas e privadas, locais e regionais.” 7<br />

Da cooperação po<strong>de</strong>mos perceber quais as nossas vantagens competitivas face a outras regiões e áreas<br />

preferenciais <strong>de</strong> investimento em termos <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong>. Segundo o Estudo Preparatório do<br />

Contributo da CCDR <strong>Algarve</strong> para o Plano Estratégico sobre Cooperação Transfronteiriça <strong>Algarve</strong>-<br />

Andaluzia preparado pelo S2E2 (2006: 6-7) 8 , é importante salientar que os processos <strong>de</strong> cooperação<br />

permitirem o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>:<br />

• Processos <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> informação e experiências;<br />

• Processos <strong>de</strong> aprendizagem e disseminação do conhecimento em comum;<br />

• Processos <strong>de</strong> facilitação <strong>de</strong> iniciativas comuns ou articuladas dos actores públicos,<br />

<strong>de</strong>signadamente: na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão do território<br />

e das políticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento regional; na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimento que<br />

possam ser potenciados pela adopção conjunta dos dois lados da fronteira; na criação <strong>de</strong><br />

7 CCDRA (2004:) Problemas e Perspectivas da Cooperação Transfronteiriça, documento <strong>de</strong> trabalho, disponível em URL<br />

http://www.git-aaa.com/GIT/activida<strong>de</strong>s/pdfs_observatorio/01_Relat_OCT_1_texto_cooperacao.pdf a 25-09-2006<br />

8 ESTUDO PREPARATÓRIO DO CONTRIBUTO DA CCDR ALGARVE PARA O PLANO ESTRATÉGICO SOBRE COOPERAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA<br />

ALGARVE-ANDALUZIA, Relatório Final Preliminar disponível em URL:<br />

http://www.git-aaa.com/GIT/activida<strong>de</strong>s/pdfs_estudos/RFP_cooperacao_algarve_v6.pdf a 25-06-2006


18<br />

mecanismos <strong>de</strong> informação relevante no domínio transnacional; na criação <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong><br />

coor<strong>de</strong>nação do apoio à permeabilização das fronteiras a agentes privados.<br />

Processos <strong>de</strong> facilitação <strong>de</strong> iniciativas comuns na esfera dos actores privados: na aquisição <strong>de</strong> recursos;<br />

na concentração da aquisição <strong>de</strong> matérias-primas e equipamentos, aumentando o po<strong>de</strong>r negocial dos<br />

parceiros; no acesso a mercados; no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> marketing territorial;<br />

Bolsas <strong>de</strong> subcontratação;<br />

Mecanismos logísticos comuns ou pelo menos articulados, dados os elevados custos <strong>de</strong> afastamento dos<br />

principais mercados e pontos <strong>de</strong> escoamento que as regiões apresentam;<br />

Clusters <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s especializadas que permitam ganhos <strong>de</strong> escala e <strong>de</strong> aprendizagem e uma<br />

aproximação ao paradigma dos distritos industriais;<br />

Práticas <strong>de</strong> reflexão conjunta para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> território li<strong>de</strong>rados pela<br />

socieda<strong>de</strong> civil e em particular pelos agentes económicos que reforcem a sua capacida<strong>de</strong> negocial<br />

perante as entida<strong>de</strong>s públicas.<br />

Gran<strong>de</strong> parte das experiências <strong>de</strong> cooperações dos actores do <strong>Algarve</strong> enquadram-se em diferentes<br />

instrumentos financeiros, em particular da União Europeia, que tem dado particular ênfase à<br />

cooperação e no Quadro Comunitário <strong>de</strong> Apoio III, entre 2000-2006, promoveu activamente as práticas<br />

cooperativas através dos seus fundos estruturais. As Iniciativas Comunitárias surgem neste âmbito como<br />

programas específicos da UE, que procuram encontrar soluções comuns para problemáticas que se<br />

manifestam em todo o território europeu. Aplicam-se regra geral às regiões elegíveis para os objectivos<br />

da coesão económica e social. Foram <strong>de</strong>finidos quatro Programas <strong>de</strong> Iniciativa Comunitária (PIC), URBAN<br />

II, Lea<strong>de</strong>r +, EQUAL e INTERREG III, que beneficiaram <strong>de</strong> 5,35% da dotação dos Fundos Estruturais, sendo<br />

cada um <strong>de</strong>les financiado por um único Fundo. No próximo quadro <strong>de</strong> dotação orçamental da UE, apesar<br />

<strong>de</strong> existir, uma reestruturação das várias iniciativas comunitárias, a cooperação entre regiões continua a<br />

ver a sua importância aumentar.<br />

O Programa URBAN II procurou lutar contra problemas, económicos, ambientais e sociais, que se<br />

concentram, <strong>de</strong> modo crescente nos centros urbanos. Inclui uma série <strong>de</strong> operações que combinam a<br />

recuperação <strong>de</strong> infra-estruturas <strong>de</strong>gradadas ou obsoletas com acções relacionadas com a socioeconómica<br />

e o mercado laboral, complementadas por medidas <strong>de</strong>stinadas a combater a exclusão social<br />

e a melhorar a qualida<strong>de</strong> do ambiente urbano. Este programa foi financiado pelo Fundo Europeu <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento Regional (FEDER). O volume financeiro total da Iniciativa Comunitária URBAN II foi <strong>de</strong><br />

743,6 milhões <strong>de</strong> euros 9 . Ao abrigo <strong>de</strong>sta Iniciativa, Portugal obteve uma dotação financeira <strong>de</strong> 19,2<br />

milhões <strong>de</strong> euros, para 2000-2006, sendo que o <strong>Algarve</strong> não foi uma das zonas <strong>de</strong> actuação propostas.<br />

O Programa Lea<strong>de</strong>r + visou incentivar a aplicação <strong>de</strong> estratégias originais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento na zonas<br />

rurais da Comunida<strong>de</strong> Europeia, com a experimentação <strong>de</strong> novas formas <strong>de</strong> valorização do património<br />

natural e cultural, o reforço do ambiente económico, contribuindo para a criação <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho,<br />

a melhoria da capacida<strong>de</strong> organizacional das comunida<strong>de</strong>s rurais, a dinamização e manutenção da<br />

divulgação <strong>de</strong> saberes e conhecimentos e a transferência <strong>de</strong> experiências ao nível europeu.<br />

Esta iniciativa é complementar dos outros instrumentos <strong>de</strong> acção comunitária para o mundo rural,<br />

incentivando abordagens integradas concebidas e postas em prática por parcerias que operem à escala<br />

local. O financiamento tem origem no Fundo Europeu <strong>de</strong> Orientação e Garantia Agrícola (FEOGA) secção<br />

Orientação. No período 2001-2006, a <strong>de</strong>spesa total ao abrigo do programa foi em Portugal, <strong>de</strong> 266,9<br />

9 www.qca.pt


CAPÍTULO CAPÍTULO IIII<br />

I<br />

CARACTERIZAÇÃO DA COOPERAÇÃO INTERREGIONAL NO ALGARVE<br />

milhões <strong>de</strong> euros, dos quais 60,5% foram pagos através dos fundos estruturais da União Europeia e 39,5%<br />

com meios nacionais.<br />

O PIC EQUAL <strong>de</strong>stina-se a minimizar factores que originam <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s e discriminações que impeçam<br />

os cidadãos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenharem o seu papel no mercado <strong>de</strong> trabalho e na socieda<strong>de</strong> em geral. As suas<br />

priorida<strong>de</strong>s são o <strong>de</strong>senvolvimento das competências e empregabilida<strong>de</strong> das pessoas <strong>de</strong>sempregadas, a<br />

renovação e a actualização das competências das pessoas empregadas nos sectores vulneráveis e/ou em<br />

<strong>de</strong>clínio, o <strong>de</strong>senvolvimento do empreen<strong>de</strong>dorismo e da redução das discriminação no mercado <strong>de</strong><br />

trabalho, dando <strong>de</strong>staque às questões do género. No âmbito do EQUAL, foi promovida a inserção social e<br />

profissional dos requerentes <strong>de</strong> asilo. Este programa foi financiado pelo Fundo social europeu (FSE)<br />

sendo atribuídos a Portugal 113,8 milhões <strong>de</strong> euros. No <strong>Algarve</strong> foram <strong>de</strong>senvolvidos 11 projectos<br />

EQUAL, número mo<strong>de</strong>sto quando comparado com outras regiões portuguesas (Alentejo 28, Centro 21,<br />

LVT 49, Norte 41, Multi-regional 91, Açores 4, Ma<strong>de</strong>ira 1,).<br />

O INTERREG é um programa focado na promoção da cooperação transfronteiriça, transnacional e interregional,<br />

<strong>de</strong> forma a promover contactos entre cidadãos, empresas e organismos <strong>de</strong> diferentes<br />

territórios dos vários estados-membros, <strong>de</strong> maneira a gerar uma maior i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> europeia, reforçando<br />

a coesão económica e social e o <strong>de</strong>senvolvimento equilibrado do seu território. Visou em primeiro lugar<br />

e com <strong>de</strong>staque o <strong>de</strong>senvolvimento regional integrado entre regiões fronteiriças vizinhas, incluindo as<br />

fronteiras externas e certas fronteiras marítimas. Além disso preten<strong>de</strong>u uma integração territorial<br />

equilibrada em todo o território da Comunida<strong>de</strong> e com os países candidatos e outros países vizinhos<br />

através da cooperação transnacional e da cooperação inter-regional. O Fundo Europeu <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento Regional (FEDER) financia este PIC.<br />

VERTENTE A - TRANSFRONTEIRIÇA M euros %<br />

"Cooperação Transfronteiriça Portugal-Espanha" 291,415 69,6<br />

VERTENTE B - TRANSNACIONAL<br />

"Mediterrâneo Oci<strong>de</strong>ntal e Alpes Latinos" 5,936 1,4<br />

"Sudoeste Europeu" 15,535 3,7<br />

"Espaço Atlântico" 15,568 3,7<br />

"Espaço Açores/Ma<strong>de</strong>ira/Canárias" 65,124 15,6<br />

TOTAL VERTENTE B 102,163 24,4<br />

VERTENTE C - TRANS-REGIONAL 25,122 6,0<br />

TOTAL INTERREG III 418,700** 100,0<br />

Quadro 1: Dotação financeira do FEDER atribuída a cada uma das diferentes vertentes do INTERREG III em que Portugal participa<br />

[Fonte: http://www.qca.pt/iniciativas/interreg.asp]<br />

3.2. O INTERREG III no <strong>Algarve</strong><br />

O INTERREG, como programa comunitário específico para a cooperação entre regiões é<br />

seguidamente analisado com mais <strong>de</strong>talhe, e tomado como referência para o estudo das práticas <strong>de</strong><br />

cooperação do <strong>Algarve</strong> com outras regiões europeias. O <strong>Algarve</strong> participou no QCA III nas três vertentes<br />

do INTERREG.<br />

19


20<br />

INTERREG III A - Cooperação Transfronteiriça Portugal/Espanha Subprograma 5 – Alentejo-<strong>Algarve</strong>-Andaluzia<br />

INTERREG III B – MEDOC<br />

INTERREG III B - SUDOE<br />

INTERREG III B - Espaço Atlântico<br />

INTERREG III C - Zona Sul<br />

Quadro 2: Vertentes do INTERREG III on<strong>de</strong> <strong>Algarve</strong> participa<br />

3.2.1.1. INTERREG III A: Cooperação Transfronteiriça<br />

O INTERREG III A promoveu a cooperação transfronteiriça entre autorida<strong>de</strong>s vizinhas tentado<br />

<strong>de</strong>senvolver centros económicos e sociais transfronteiriços mediante estratégias comuns para um<br />

<strong>de</strong>senvolvimento territorial sustentável. Para muitos dos actores institucionais este nível <strong>de</strong> intervenção<br />

é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância dado o carácter fortemente localizado das suas activida<strong>de</strong>s.<br />

Esta vertente incidiu especialmente nos seguintes domínios:<br />

• Promoção do <strong>de</strong>senvolvimento urbano, rural e costeiro;<br />

• Incentivo da capacida<strong>de</strong> empresarial e do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pequenas empresas (incluindo no<br />

sector turístico), bem como <strong>de</strong> iniciativas locais <strong>de</strong> emprego;<br />

• Fomento da integração no mercado do trabalho e da integração social;<br />

• Partilha <strong>de</strong> recursos humanos e <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> investigação, <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico,<br />

educação, cultura, comunicação social e saú<strong>de</strong> tendo em vista aumentar a produtivida<strong>de</strong> e ajudar<br />

a criar empregos sustentáveis;<br />

• Reforço da protecção do ambiente (local e global), aumento da eficiência energética e promoção<br />

das fontes <strong>de</strong> energia renováveis;<br />

• Melhoramento das re<strong>de</strong>s e dos serviços <strong>de</strong> transporte (sobretudo medidas <strong>de</strong>stinadas a fomentar<br />

modos <strong>de</strong> transporte mais compatíveis com o ambiente) e <strong>de</strong> informação e telecomunicações,<br />

assim como dos sistemas hídricos e energéticos;<br />

• Desenvolvimento da cooperação jurídica e administrativa, tendo em vista estimular o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento económico e a coesão social;<br />

• Aumento do potencial humano e institucional para que a cooperação transfronteiriça possa<br />

promover o <strong>de</strong>senvolvimento económico e a coesão social.<br />

• No <strong>Algarve</strong> a vertente III A do INTERREG foi amplamente utilizada, com particular incidência em<br />

domínios relacionados com as infra-estruturas.


CAPÍTULO CAPÍTULO IIII<br />

I<br />

CARACTERIZAÇÃO DA COOPERAÇÃO INTERREGIONAL NO ALGARVE<br />

Figura 2: Montante do FEDER aprovado por medida no âmbito do INTERREG III A<br />

(Fonte: S2E2 (2006:20);<br />

É interessante <strong>de</strong>stacar neste ponto a análise SWOT sobre a Cooperação Transfronteiriça, efectuada<br />

pelo S2E2, que seguidamente se reproduz:<br />

Forças Fraquezas<br />

• Boas relações <strong>de</strong> colaboração entre Universida<strong>de</strong>s<br />

como focos <strong>de</strong> conhecimento e inovação.<br />

• Produtos regionais específicos com valor <strong>de</strong><br />

mercado com necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> certificação e<br />

organização da comercialização.<br />

• Recursos ambientais e <strong>de</strong> património natural como<br />

suporte a aproveitamentos alternativos <strong>de</strong> base<br />

turística <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

• Aproveitamento dos recursos em particular na<br />

zona húmidas do litoral (<strong>Algarve</strong> e Huelva).<br />

• Avanços no conhecimento mútuo e a criação <strong>de</strong> um<br />

clima <strong>de</strong> confiança Homogeneida<strong>de</strong> da paisagem<br />

natural.<br />

• Desajuste entre a organização institucional e<br />

administrativa <strong>de</strong> ambos os países (diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

sistemas, nomeadamente quanto aos po<strong>de</strong>res <strong>de</strong><br />

jurisdição e competências, e aos recursos financeiros e<br />

humanos).<br />

• Carências objectivas <strong>de</strong> associativismo e organização das<br />

produções primárias com fraca estruturação das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

comercialização.<br />

• Diminuição <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s com potencial empresarial e<br />

com escassas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reconversão económica:<br />

por exemplo a indústria conserveira, pesca e metalurgia<br />

ligeira.<br />

• Débil base económica.<br />

• Escassa representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dinâmicas empresariais.<br />

Desequilíbrios espaciais na organização do território.<br />

• Insuficientes infra-estruturas <strong>de</strong> comunicações.<br />

• Deficiente qualificação da mão-<strong>de</strong>-obra.<br />

21


22<br />

Oportunida<strong>de</strong>s Ameaças<br />

• O crescimento das relações comerciais entre as<br />

empresas das regiões transfronteiriças.<br />

• Existência <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s e interesses comuns<br />

que po<strong>de</strong>m ser satisfeitos através da cooperação<br />

entre empresas, como por exemplo a obtenção da<br />

massa crítica necessária para abordar a<br />

externalização e internacionalização.<br />

• Desenvolvimento das tecnologias da informação e<br />

das comunicações, que facilitam o trabalho em<br />

re<strong>de</strong>.<br />

• Valorização do potencial turístico e <strong>de</strong> lazer das<br />

economias litorais do <strong>Algarve</strong> e <strong>de</strong> Huelva.<br />

• No sector agro-alimentar é possível a cooperação<br />

nos campos da investigação, das re<strong>de</strong>s comerciais<br />

e da transformação industrial das produções<br />

primárias.<br />

• Desenvolvimento <strong>de</strong> novas ofertas escolares e <strong>de</strong><br />

prestação <strong>de</strong> serviços vinculadas às activida<strong>de</strong>s<br />

económicas.<br />

• Aproveitamento eficaz do reforço da oferta <strong>de</strong><br />

formação profissional.<br />

• Pressões sobre a biodiversida<strong>de</strong> e os valores naturais.<br />

• Reduzida capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recomposição dos factores <strong>de</strong><br />

competitivida<strong>de</strong> dos produtos turísticos.<br />

• Declínio dos sectores tradicionais sem reconversão<br />

económica.<br />

• Equilíbrio dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> aproveitamento dos recursos<br />

turísticos da faixa costeira.<br />

• A eventual redução <strong>de</strong> apoio da União Europeia a partir<br />

<strong>de</strong> 2007.<br />

Análise SWOT -(Cooperação transfronteiriça)<br />

Fonte: S2E2 (2006:23-24)<br />

Deste documento (2006:28) resulta uma visão sobre as áreas que se configuram com interesse<br />

estratégico para a Cooperação transfronteiriça:<br />

1. Investigação & <strong>de</strong>senvolvimento: No próximo período <strong>de</strong> dotação orçamental comunitária 2007-13<br />

o <strong>Algarve</strong> <strong>de</strong>ixará o grupo das regiões mais <strong>de</strong>sfavorecidas (antigo objectivo 1) que evi<strong>de</strong>ncia a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> recursos em investimentos intangíveis. A política <strong>de</strong> cooperação<br />

<strong>de</strong>verá incorporar <strong>de</strong> forma crescente os domínios da Investigação e Desenvolvimento,<br />

nomeadamente o apoio ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> relações <strong>de</strong> maior interligação entre as<br />

Universida<strong>de</strong>s e Centros <strong>de</strong> I&DT dos dois lados da fronteira.<br />

2. Saú<strong>de</strong>: Neste domínio a região da Andaluzia está mais apetrechada. Os intercâmbios ainda se<br />

encontram no plano das intenções. Importa criar complementarida<strong>de</strong>s para apoiar o Turismo <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> (<strong>de</strong>stacando produtos relacionados com a 3ª ida<strong>de</strong>).<br />

3. Novas tecnologias: As regiões po<strong>de</strong>rão cooperar em termos <strong>de</strong> biotecnologia e da biomedicina<br />

4. Energias alternativas: Existem experiências com elevado potencial.<br />

5. Turismo cinegético: Área mais <strong>de</strong>senvolvida em Espanha que está a ser seguida <strong>de</strong> perto pela<br />

região do <strong>Algarve</strong> na perspectiva <strong>de</strong> eventuais <strong>de</strong>senvolvimentos.<br />

6. Náutica <strong>de</strong> recreio em associação com o turismo: Já existe know how espanhol e crescente<br />

<strong>de</strong>senvolvimento no <strong>Algarve</strong>, o que potencia as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> intercâmbio em activida<strong>de</strong>s como<br />

a construção e reparação.<br />

7. Golfe: É área <strong>de</strong> excelência no turismo no <strong>Algarve</strong>.


23<br />

Boa Prática:<br />

Gabinete <strong>de</strong> Iniciativas Transfronteiriças Alentejo-<strong>Algarve</strong>-Andaluzia (GIT-AAA)<br />

CAPÍTULO CAPÍTULO IIII<br />

I<br />

CARACTERIZAÇÃO DA COOPERAÇÃO INTERREGIONAL NO ALGARVE<br />

O Gabinete <strong>de</strong> Iniciativas Transfronteiriças Alentejo-<strong>Algarve</strong>-Andaluzia (GIT-AAA), estava já previsto nos Protocolos <strong>de</strong><br />

Cooperação assinados em entre a Junta <strong>de</strong> Andaluzia e as então <strong>de</strong>signadas Comissões <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação Regional do Alentejo e<br />

<strong>Algarve</strong> em 25 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2001 e 27 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1995, respectivamente.<br />

A operacionalização <strong>de</strong>ste Gabinete, à semelhança <strong>de</strong> outros GIT criados ao longo da fronteira Portugal-Espanha, só foi<br />

concretizada em 2004. O GIT foi concebido como um Gabinete Técnico <strong>de</strong> Cooperação Transfronteiriça entre as regiões do<br />

Alentejo, <strong>Algarve</strong> e Andaluzia, tendo por objectivo apoiar as autorida<strong>de</strong>s regionais no <strong>de</strong>senvolvimento das políticas <strong>de</strong><br />

cooperação que se estabeleçam entre elas, organizando-se em torno <strong>de</strong> três “Antenas” se<strong>de</strong>adas na Comissão <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação e<br />

Desenvolvimento da Região do <strong>Algarve</strong>, na Comissão <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação e Desenvolvimento da Região do Alentejo e na Junta <strong>de</strong><br />

Andaluzia.<br />

Para estruturação da sua activida<strong>de</strong> foram <strong>de</strong>finidas 4 gran<strong>de</strong>s áreas <strong>de</strong> actuação:<br />

1. Dinamização das Comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Trabalho & Programa INTERREG III<br />

A Implementar os Protocolos <strong>de</strong> Cooperação existentes nomeadamente através do apoio administrativo e técnico ao<br />

funcionamento dos órgãos criados ao abrigo dos protocolos, no seio das Comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Trabalho: Conselho, Comissão e<br />

Comissões Sectoriais. Colaborar com os Secretariados Técnicos Conjuntos do Programa INTERREG III A no acompanhamento da<br />

execução dos projectos aprovados neste âmbito (2000-2006)<br />

2. Dinamização e Fomento do Desenvolvimento Transfronteiriço<br />

Propor Iniciativas Institucionais para a dinamização <strong>de</strong>sta Cooperação e apoiar Iniciativas <strong>de</strong> Cooperação Transfronteiriça, <strong>de</strong> que<br />

são exemplo as Microiniciativas.<br />

3. Programa Estratégico <strong>de</strong> Cooperação e Desenvolvimento Transfronteiriço.<br />

Promover Estudos e Publicações <strong>de</strong> interesse transfronteiriço no sentido da <strong>de</strong>finição a médio prazo <strong>de</strong> um Plano Estratégico<br />

Transfronteiriço.<br />

4. Métodos <strong>de</strong> Informação para o Território Transfronteiriço<br />

Conceber instrumentos que possam servir para a promoção e divulgação das acções <strong>de</strong> cooperação transfronteiriça,<br />

<strong>de</strong>senvolvidas pelos diversos agentes regionais e locais, e implementar a criação do Observatório da Cooperação Transfronteiriça.<br />

A actuação conjunta das três Regiões nestas quatro áreas permitiria, e já o fez em parte, obter assim resultados muito concretos<br />

em termos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da cooperação nestas regiões <strong>de</strong> fronteira:<br />

Aumentar a dotação <strong>de</strong> recursos humanos para o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Cooperação Transfronteiriça<br />

Promover cursos <strong>de</strong> língua e cultura castelhana e portuguesa <strong>de</strong>stinados a todas as entida<strong>de</strong>s parceiras envolvidas nestes<br />

projectos<br />

Realizar Encontros, Seminários e Jornadas <strong>de</strong> promoção da cooperação e do <strong>de</strong>senvolvimento do território transfronteiriço sobre<br />

os mais diversos temas: meio ambiente, cida<strong>de</strong>s, património cultural, activida<strong>de</strong>s produtivas, infra-estruturas, cooperação<br />

institucional, etc.<br />

Criar uma re<strong>de</strong> virtual para a comunicação entre entida<strong>de</strong>s<br />

Editar e publicar Estudos <strong>de</strong> interesse transfronteiriço<br />

Elaborar um Directório Transfronteiriço <strong>de</strong> todos os organismos e instituições interessantes para esta temática<br />

Criar uma página web bilingue para divulgação <strong>de</strong>stas activida<strong>de</strong>s (http://www.git-aaa.com)<br />

Concretizar um Plano Estratégico <strong>de</strong> Cooperação Transfronteiriça<br />

Criar o Observatório da Cooperação Transfronteiriça (OCT)<br />

A criação do OCT terá neste contexto um papel central uma vez que permitirá para além <strong>de</strong> outras valências que se lhe possam<br />

acrescentar:<br />

A caracterização sócio-económica das zonas <strong>de</strong> fronteiras<br />

a i<strong>de</strong>ntificação dos pontos fortes e fracos <strong>de</strong> cada área consi<strong>de</strong>rada, a promoção das boas práticas<br />

o diagnóstico e análise das ameaças com que se confronta a cooperação transfronteiriça e das oportunida<strong>de</strong>s com que ela<br />

oferece<br />

o balanço histórico e o acompanhamento actualizado das medidas e acções da cooperação transfronteiriça entre Portugal e<br />

Espanha (com edição <strong>de</strong> materiais informativos a esse propósito)<br />

a abordagem teórica do espaço fronteiriço e da sua condição histórico-cultural e estatuto político-estratégico.<br />

O papel <strong>de</strong>ste gabinete parece po<strong>de</strong>r ter assim uma importância significativa na dinamização do processo <strong>de</strong> cooperação<br />

transfronteiriça, sendo um bom exemplo <strong>de</strong> como coor<strong>de</strong>nar os esforços <strong>de</strong> ambas as regiões. No entanto algumas das<br />

activida<strong>de</strong>s merecem alguma atenção pela importância da sua continuida<strong>de</strong> pelo que ainda há um caminho longo a percorrer.


24<br />

3.2.1.2. INTERREG III B: Cooperação transnacional<br />

O INTERREG III B promoveu a cooperação transnacional entre autorida<strong>de</strong>s nacionais, regionais e locais<br />

favorecendo um maior grau <strong>de</strong> integração territorial em gran<strong>de</strong>s grupos <strong>de</strong> regiões europeias com o<br />

objectivo <strong>de</strong> alcançar um <strong>de</strong>senvolvimento sustentável, harmonioso e equilibrado na Comunida<strong>de</strong><br />

Europeia e uma maior integração territorial em relação aos países candidatos à a<strong>de</strong>são e a outros países<br />

vizinhos.<br />

Privilegiou-se a concentração dos objectivos nos seguintes domínios:<br />

• Elaboração <strong>de</strong> estratégias operacionais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento territorial à escala transnacional, o que<br />

po<strong>de</strong>rá incluir a cooperação entre cida<strong>de</strong>s e entre zonas urbanas e rurais, tendo em vista fomentar<br />

um <strong>de</strong>senvolvimento policêntrico e sustentável;<br />

• Desenvolvimento <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> transporte eficientes e sustentáveis, assim como <strong>de</strong> um melhor<br />

acesso à socieda<strong>de</strong> da informação;<br />

• Promoção do ambiente e da boa gestão do património cultural e dos recursos naturais,<br />

especialmente dos recursos hídricos;<br />

• Fomento da integração das regiões marítimas, bem como das regiões insulares, em ambos os casos<br />

através <strong>de</strong> uma priorida<strong>de</strong> específica provida <strong>de</strong> uma dotação financeira a<strong>de</strong>quada;<br />

• Promoção da cooperação integrada das regiões ultraperiféricas.<br />

O <strong>Algarve</strong> participou activamente no INTERREG III B. A área privilegiada <strong>de</strong> cooperação foi o Meddoc<br />

com 23 projectos e o maior volume total <strong>de</strong> Financiamento FEDER dos projectos aprovados, sendo parte<br />

significativa <strong>de</strong>stes nas medidas relacionadas com o Desenvolvimento Territorial e Urbano e Protecção e<br />

valorização do património natural e cultural, gestão <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong>, dos territórios e das paisagens.<br />

Medidas do INTERREG III B Medocc<br />

1.1. Estruturação da Bacia do Mediterrâneo pela valorização e reforço <strong>de</strong> laços económicos,<br />

sociais e culturais entre as duas margens<br />

2.1. Desenvolvimento Territorial e Urbano: Desenvolvimento das Cooperações, Coerência das<br />

estratégias, acções-piloto<br />

Nº <strong>de</strong><br />

Projectos<br />

% Custo Total<br />

3 6,8%<br />

5 23,9%<br />

3.1. Melhorar o acesso aos territórios 1 6,2%<br />

3.4. <strong>Tecnologia</strong> <strong>de</strong> Comunicação e <strong>de</strong> Informação para o <strong>de</strong>senvolvimento do Território 3 18,7%<br />

4.1. Protecção e valorização do património natural e cultural, gestão <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong>, dos<br />

territórios e das paisagens<br />

5 29,2%<br />

4.2. Promoção um Turismo Sustentável 4 10,5%<br />

4.3. Protecção do ambiente, prevenção e gestão <strong>de</strong> riscos naturais 1 4,8%<br />

Quadro 3: Projectos com parceiros do <strong>Algarve</strong> no INTERREG III B Medocc<br />

(Fonte: Elaboração Própria com base em www.ccdr-alg.pt)


CAPÍTULO CAPÍTULO IIII<br />

I<br />

CARACTERIZAÇÃO DA COOPERAÇÃO INTERREGIONAL NO ALGARVE<br />

O INTERREG III B Espaço Atlântico foi outro instrumento financeiro muito utilizado pelos actores<br />

institucionais do <strong>Algarve</strong>, com 14 projectos. O Oceano Atlântico é a matriz que aproxima todas as<br />

regiões <strong>de</strong>ste espaço e que condicionou fortemente as medidas mais financiadas, Gestão Integrada das<br />

Zonas Costeiras e dos Estuários, Protecção das Zonas Húmidas e Criação e Promoção <strong>de</strong> Produtos<br />

Turísticos Atlânticos.<br />

Medidas do INTERREG III B Espaço Atlântico Nº <strong>de</strong> Projectos % do Custo Total<br />

A.1. Estruturação Territorial do Espaço Atlântico 2 9,3%<br />

A.2. Promoção e Desenvolvimento <strong>de</strong> Pólos <strong>de</strong> Competência 2 13,4%<br />

B.2. Melhoria do Acesso à Socieda<strong>de</strong> da Informação 3 14,3%<br />

C.2. Gestão Integrada das Zonas Costeiras e dos Estuários, Protecção das Zonas<br />

Húmidas<br />

D.1. Valorização das Culturas e do Património Atlânticos e Encorajamento à Criação<br />

Cultural, Contribuição da Cultura para o Desenvolvimento Económico<br />

3 26,7%<br />

2 12,2%<br />

D.2. Criação e Promoção <strong>de</strong> Produtos Turísticos Atlânticos 2 24,1%<br />

Boa Prática:<br />

Quality-SME<br />

Quadro 4: Projectos com parceiros do <strong>Algarve</strong> no INTERREG III B Espaço Atlântico<br />

(Fonte: Elaboração Própria com base em www.ccdr-alg.pt)<br />

O “Programa <strong>de</strong> ajuda à gestão integrada nas pequenas e médias empresas do Arco Atlântico Europeu – Quality SME” é um<br />

projecto transnacional impulsionado por uma parceria composta pela Consejería <strong>de</strong> Empleo <strong>de</strong> la Junta <strong>de</strong> Andalucía e pela<br />

Fundación Esculapio em Espanha, pelo Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro e pelo Centro Promotor <strong>de</strong> Inovação e<br />

Negócios do <strong>Algarve</strong> em Portugal, e, finalmente, pelo Centro <strong>de</strong> Inovação e Negócios para a Região Oeste e Noroeste da<br />

Irlanda.<br />

O Quality-SME tem como missão contribuir para a melhoria competitiva das pequenas e médias empresas do Espaço Atlântico<br />

Europeu e fomentar uma cultura <strong>de</strong> cooperação entre as mesmas. O projecto <strong>de</strong>senvolveu vários instrumentos, <strong>de</strong> entre os<br />

quais, o Guia para uma Gestão Integrada da Qualida<strong>de</strong>, do Ambiente e da Saú<strong>de</strong> e Segurança no Trabalho nas PME, on<strong>de</strong> para<br />

a compatibilização das normas <strong>de</strong> referência (ISO 9000, ISO 14000 e OHSAS 18000) focou-se a visão dos processos produtivos,<br />

uma vez que têm o papel central <strong>de</strong> transformar os inputs em outputs, isto é, dar valor à activida<strong>de</strong> da empresa. Foi ainda<br />

criado um site, www.quality-sme.com, com numerosa informação útil, conteúdos interactivos, downloads <strong>de</strong> documentação e<br />

um fórum, que permite a solução rápida <strong>de</strong> dúvidas e possibilita a criação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interesse.<br />

Sabendo que uma metodologia não se po<strong>de</strong> difundir eficazmente sem uma actuação no terreno, os vários parceiros<br />

organizaram um conjunto <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> formação em Sistemas <strong>de</strong> Gestão Integrada (em sala e em contexto empresarial).<br />

25


26<br />

3.2.1.3. INTERREG III C: Cooperação inter-regional<br />

O INTERREG III C promoveu a cooperação inter-regional visando melhorar a eficácia das políticas e dos<br />

instrumentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento regional e coesão mediante a constituição <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s, especialmente no<br />

caso das regiões menos <strong>de</strong>senvolvidas e das regiões em reconversão.<br />

Esta vertente engloba: as acções <strong>de</strong> cooperação relativas a domínios específicos, como, por exemplo:<br />

investigação, <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico e PME; socieda<strong>de</strong> da informação; turismo, cultura e<br />

emprego; empresas e ambiente, etc. A participação das regiões insulares e ultraperiféricas nas diversas<br />

re<strong>de</strong>s foi objecto <strong>de</strong> especial atenção assim como a cooperação – inclusive bilateral – entre regiões<br />

marítimas. O <strong>Algarve</strong> participou nesta vertente com dois projectos relacionados com a Gestão Costeira.<br />

Boa-prática:<br />

AEMA – Villes avec Marinas et Ports Plaisance : Politiques Públiques et Privées pour une Promotion Touristique Integrée<br />

Apoiados numa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s, o projecto AEMA preten<strong>de</strong>u recolher exemplos, práticas e modus operandi <strong>de</strong><br />

procedimentos entre autorida<strong>de</strong>s públicas e privadas em marinas e portos <strong>de</strong> lazer.<br />

Os seus objectivos primordiais passaram por fornecer aos parceiros <strong>de</strong> projecto o maior número <strong>de</strong> procedimentos possíveis<br />

para que a sua aplicação em cada campo seja facilitada, na gestão do território, qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>stinos turístico-maritimos e<br />

procedimentos <strong>de</strong> comunicação/marketing.<br />

O paradigma do projecto foi a preparação <strong>de</strong> manuais <strong>de</strong> boas práticas, promovendo a cooperação entre os sectores público<br />

e privado e assegurando um bom equilíbrio com as praticas actuais <strong>de</strong> gestão do território e da costa, procurando<br />

estabelecer pontes para iniciativas <strong>de</strong> marketing turístico.<br />

Activida<strong>de</strong>s:<br />

1) Benchmarking sobre politicas e procedimentos privados e públicos no âmbito da gestão do território, promoção<br />

turística, e das diferentes "referências <strong>de</strong> certificação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>";<br />

2) Publicar manuais metodológicos para aumentar a utilização dos procedimentos e indicações "AEMA" junto das<br />

políticas municipais e nas aproximações estratégicas no marketing dos seus territórios.<br />

3) Publicar inovadores materiais <strong>de</strong> promoção e comunicação <strong>de</strong> forma a atrair novos visitantes a marinas e portos <strong>de</strong><br />

lazer.<br />

4) Congressos, visitas técnicas, workshops e seminários.<br />

Produtos:<br />

1- Guia <strong>de</strong> auto avaliação para sistemas da qualida<strong>de</strong>/ recomendações dos serviços turísticos;<br />

1- Guia metodológico para a organização <strong>de</strong> marketing regional;<br />

4 Relatórios sobre os testes, ensaios, avaliação e revisão <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> intervenção <strong>de</strong> marketing;<br />

1 Sistema <strong>de</strong> Informação / recursos turísticos.<br />

Website: http://www.aemaproject.net/aema/


3.3. O <strong>Algarve</strong> e os Principais Actores<br />

3.3.1. Tipos <strong>de</strong> Actores<br />

CAPÍTULO CAPÍTULO IIII<br />

I<br />

CARACTERIZAÇÃO DA COOPERAÇÃO INTERREGIONAL NO ALGARVE<br />

São muitos e diversos os actores da cooperação, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as Instituições da União Europeia (Comissão<br />

Europeia, Parlamento Europeu, Comité das Regiões, e respectivas estruturas e organismos), até aos<br />

órgãos públicos do po<strong>de</strong>r regional e local (como as Comissões <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação Regionais, as Câmaras<br />

Municipais e as Juntas <strong>de</strong> Freguesia), passado pelos órgãos do Governo central dos Estados-membros<br />

(Ministérios, Secretarias <strong>de</strong> Estado, Agências <strong>de</strong> Desenvolvimento) e por entida<strong>de</strong>s privadas (como<br />

empresas e associações empresariais, ONG´s, sindicatos, partidos políticos, associações <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento local, etc.).<br />

Po<strong>de</strong>mos afirmar que existe já uma experiência acumulada <strong>de</strong> cooperação dos actores institucionais da<br />

região, com <strong>de</strong>staque para as Câmaras Municipais, as Instituições Privadas sem Fins Lucrativos (IPSFL), a<br />

Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> e a própria CCDR <strong>Algarve</strong>. Esta experiência acaba por ter uma natureza variada,<br />

sendo que resulta não <strong>de</strong> uma estratégia dos diversos actores mas das possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> financiamento<br />

que surgem e que permitem complementar o financiamento da sua própria activida<strong>de</strong>. Assim acaba por<br />

existir uma dispersão por vários domínios temáticos e não numa selectivida<strong>de</strong> temática dos projectos<br />

realizados. Apesar <strong>de</strong> em alguns projectos ten<strong>de</strong>m a gerar parcerias com processos sustentados <strong>de</strong><br />

cooperação, a maioria continua a ter um impacto menor. Esta visão traduz-se na limitação temporal da<br />

activida<strong>de</strong>s e da própria cooperação aos limites impostos por questões orçamentais baseada numa óptica<br />

<strong>de</strong> projecto muito intensa. Muitas vezes acaba por não existir articulação entre actores que participam<br />

em projectos com muitos pontos <strong>de</strong> contacto. A análise dos actores também <strong>de</strong>monstra um nível exíguo<br />

<strong>de</strong> cooperação inter-regional, ou seja pouca <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> relações intra-regionais, o que é um limite à<br />

construção <strong>de</strong> um Sistema Regional <strong>de</strong> Inovação, dinâmico e gerador <strong>de</strong> um ambiente favorável ao<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo e à Competitivida<strong>de</strong> empresarial. Parece existir alguma relação negativa face à<br />

dispersão <strong>de</strong> domínios das entida<strong>de</strong>s parceiras e o sucesso e prossecução dos projectos em causa.<br />

Os instrumentos comunitários são bastante <strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quados à realida<strong>de</strong> algarvia, o principal motivo<br />

apontado são os elevados custos burocráticos e tempos <strong>de</strong> reembolso que estrangulam a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

resposta em termos <strong>de</strong> tesouraria das instituições que se envolvem neste tipo <strong>de</strong> projectos. As críticas<br />

ao INTERREG são particularmente acutilantes face ao seu processo lento burocrático. Para as IPSFL esta<br />

<strong>de</strong>mora é causadora <strong>de</strong> graves prejuízos, em particular o agravamento da situação financeira <strong>de</strong> todas<br />

estas instituições, e consequentemente a redução da capacida<strong>de</strong> em respon<strong>de</strong>r aos compromissos<br />

aceites no momento da candidatura a um projecto e <strong>de</strong> concorrer a novas iniciativas. Para os actores do<br />

<strong>Algarve</strong> a situação é insatisfatória porque existe a noção que as dificulda<strong>de</strong>s na Andaluzia (a região mais<br />

próxima e com quem mais se colabora) não são tão gran<strong>de</strong>s, e que as próprias entida<strong>de</strong>s que gerem os<br />

financiamentos não olham ten<strong>de</strong>ncialmente os diferentes actores numa perspectiva conspirativa mas<br />

sim colaborativa.<br />

3.3.2. O Caso da UALG<br />

A Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> é um caso específico que merece ser analisado com alguma atenção<br />

particular. Para além da importância central relacionada com a qualificação dos recursos humanos, a<br />

UALG assume-se como entida<strong>de</strong> estratégica ao nível regional para a prossecução <strong>de</strong> objectivos<br />

relacionados com a Competitivida<strong>de</strong> e Inovação, uma vez que é nesta universida<strong>de</strong> que se concentram<br />

27


28<br />

gran<strong>de</strong> parte das <strong>de</strong>spesas regionais em I&D (aproximadamente 80% segundo estudo recente do OCES). 10<br />

A UALG é também o maior empregador <strong>de</strong> recursos humanos qualificados da região, formando e<br />

absorvendo gran<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> graduados. Actualmente a UALG tem um corpo docente que ronda os 600<br />

funcionários, com pessoal docente maioritariamente doutorado e cerca <strong>de</strong> 10.000 alunos. Pelos motivos<br />

referenciados torna-se particularmente relevante analisar o comportamento da UALG face à<br />

Cooperação.<br />

A análise seguinte toma como base um estudo recente elaborado na UALG 11 , no qual se tiveram em<br />

consi<strong>de</strong>ração 296 projectos <strong>de</strong>senvolvidos entre 2000 e 2006, aproximando ao período do QCA III.<br />

Dos 296 projectos analisados resultaram 717 relações <strong>de</strong> cooperação com 255 entida<strong>de</strong>s. A Universida<strong>de</strong><br />

do <strong>Algarve</strong> esteve envolvida em projectos <strong>de</strong> âmbito científico e projectos <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços. Os<br />

projectos <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços são apenas 15 dos 296 analisados, representando assim 5,07% do<br />

total. Foram usadas várias fontes <strong>de</strong> financiamento, <strong>de</strong>stacando-se o POCTI (Programa Operacional<br />

"Ciência, <strong>Tecnologia</strong>, Inovação") com 30,7% e o POCI (Programa Operacional Ciência e Inovação) com<br />

20,3%. Um outro aspecto que se <strong>de</strong>staca na análise do financiamento dos projectos realizados pela UAlg<br />

é a sua origem: 83,5% do financiamento total dos projectos analisados tem uma forte componente<br />

comunitária. Os restantes 16,5% <strong>de</strong> financiamento divi<strong>de</strong>m-se por prestações <strong>de</strong> serviços em que parte<br />

significativa são <strong>de</strong> instituições públicas, e apenas 0,6% do financiamento tem origem em prestações <strong>de</strong><br />

serviços <strong>de</strong> empresas, o que coloca a UAlg numa situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência relativamente aos fundos<br />

comunitários num momento em que estes ten<strong>de</strong>m a diminuir, 12 fruto da saída da região do grupo das<br />

regiões em convergência.<br />

10 OCES (2006) IPCTN 03<br />

Principais fontes <strong>de</strong> Financiamento Número <strong>de</strong> Projectos %<br />

POCTI 91 30,7<br />

POCI 60 20,3<br />

Comunitário 29 9,8<br />

INTERREG III 21 7,1<br />

AGRO 14 4,7<br />

PDCTM 11 3,7<br />

PRAXIS 11 3,7<br />

Nacional 10 3,4<br />

Outros 49 16,1<br />

Total 296 100<br />

Quadro 5: Fontes <strong>de</strong> Financiamento Usadas nos Projectos da UAlg<br />

Fonte: Cruz (2006)<br />

11 Cruz, Ana Rita (2006) Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Investigação: A Relação da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> com Organismos Nacionais, Europeus e<br />

Internacionais, Relatório <strong>de</strong> Estágio Curricular <strong>de</strong> Licenciatura em Sociologia, documento não publicado, <strong>CRIA</strong>, Faro;<br />

12 Reforçar que o <strong>Algarve</strong> no período 2007-2013 fará parte do grupo <strong>de</strong> regiões em phasing-out, ou seja, as regiões que <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong><br />

ser as mais pobres (com PIBs inferiores a 75% da média comunitária – antigo Objectivo 1 e actualmente <strong>de</strong>signado Objectivo<br />

Convergência), o que originará uma forte quebra nos fundos comunitários <strong>de</strong>stinados à região.


CAPÍTULO CAPÍTULO IIII<br />

I<br />

CARACTERIZAÇÃO DA COOPERAÇÃO INTERREGIONAL NO ALGARVE<br />

Existe uma prevalência do domínio das ciências naturais (49%), não <strong>de</strong>ixando dúvidas <strong>de</strong> que esta é a<br />

principal área <strong>de</strong> investigação <strong>de</strong>sta universida<strong>de</strong>. As relações da UAlg com outros países são<br />

maioritariamente neste âmbito. As ciências e tecnologias agrárias, assim como as<br />

engenharias/tecnologias apresentam também valores significativos, com 15,2 e 13,2% respectivamente.<br />

Domínio Científico Frequências %<br />

Ciências Naturais 145 49,0<br />

Ciências e <strong>Tecnologia</strong>s Agrárias 45 15,2<br />

Não Definido 39 13,2<br />

Engenharias / <strong>Tecnologia</strong>s 39 13,2<br />

Ciências Humanas e Sociais 17 5,7<br />

Ciências da Saú<strong>de</strong> 11 3,7<br />

Total 296 100<br />

Quadro 6: Domínios Científicos dos Projectos da UAlg<br />

Fonte: Cruz (2006)<br />

A maioria das entida<strong>de</strong>s que realizaram projectos com a Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> eram nacionais<br />

(51,4%), no entanto as entida<strong>de</strong>s europeias também estiveram presentes em gran<strong>de</strong> número (44,7%). As<br />

entida<strong>de</strong>s que estiveram menos representadas nos projectos da UAlg foram, com 3,9%, países <strong>de</strong> fora da<br />

Europa.<br />

Entida<strong>de</strong>s Número %<br />

Nacionais 131 51,4<br />

Europeias 114 44,7<br />

Internacionais 10 3,9<br />

Total 255 100<br />

Quadro 7: Proporção das Entida<strong>de</strong>s Parceiras da UAlg, segundo a sua Origem<br />

Fonte: Cruz (2006)<br />

Já vimos que as instituições que mais participaram em projectos com a UAlg são nacionais. O Instituto<br />

Superior Técnico foi a entida<strong>de</strong> que mais participou em projectos com a UAlg. A Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Huelva<br />

é a entida<strong>de</strong> estrangeira que mais se relaciona com a UAlg.<br />

Entida<strong>de</strong>s Parceiras País Número <strong>de</strong> Participações<br />

IST - Instituto Superior Técnico Portugal 15<br />

FFCUL - Fundação da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa Portugal 13<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Aveiro Portugal 10<br />

DRAAlg - Direcção Regional <strong>de</strong> Agricultura do <strong>Algarve</strong> Portugal 8<br />

Universidad <strong>de</strong> Huelva Espanha 8<br />

Quadro 8: Entida<strong>de</strong>s Parceiras da UAlg com Relações <strong>de</strong> Maior Intensida<strong>de</strong><br />

Fonte: Cruz (2006)<br />

29


30<br />

De <strong>de</strong>stacar é também o facto <strong>de</strong> não existirem parcerias entre as próprias unida<strong>de</strong>s orgânicas da UAlg.<br />

Num contexto on<strong>de</strong> existe uma valorização crescente da investigação transdisciplinar, a UAlg po<strong>de</strong>ria<br />

aproveitar o potencial da sua investigação na área das Ciências Naturais (especificamente a investigação<br />

ligada ao mar) para se afirmar neste campo através da criação <strong>de</strong> trabalhos com elementos também <strong>de</strong><br />

outras áreas. O esforço <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> uma Re<strong>de</strong> interna po<strong>de</strong>ria facilitar esta tarefa.<br />

Nos projectos analisados as relações da UAlg com países <strong>de</strong> fora da Europa foram as seguintes: Chile<br />

(com duas entida<strong>de</strong>s distintas, sendo que a parceria se repete em ambos os casos), Israel (com duas<br />

entida<strong>de</strong>s distintas, sendo que a parceria se repete em ambos os casos), Malásia (com uma entida<strong>de</strong> e a<br />

parceria é isolada), Rússia (com quatro entida<strong>de</strong>s distintas que perfazem o total <strong>de</strong> quatro parcerias<br />

isoladas), e EUA (com uma entida<strong>de</strong> e a parceria é isolada).<br />

Figura 2: Intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Relações da UAlg com Países <strong>de</strong> fora da Europa<br />

Fonte: Cruz (2006)<br />

Assim, po<strong>de</strong>mos dizer que as relações mais intensas da UAlg com países <strong>de</strong> fora da Europa são com o<br />

Chile, Israel e Rússia, que talvez possam configurar relações <strong>de</strong> Re<strong>de</strong>.<br />

Dentro da Europa, a intensida<strong>de</strong> das relações que a UAlg tem com os outros países é mais forte,<br />

nomeadamente com a Espanha e o Reino Unido.<br />

Figura 3: Número <strong>de</strong> Relações da UAlg com Países Europeus<br />

Fonte: Cruz (2006)


CAPÍTULO CAPÍTULO IIII<br />

I<br />

CARACTERIZAÇÃO DA COOPERAÇÃO INTERREGIONAL NO ALGARVE<br />

As relações entre a UAlg e outras entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>monstram, através da sua intensida<strong>de</strong>, a existência ou<br />

não <strong>de</strong> trabalho em Re<strong>de</strong>. Como já vimos o trabalho em Re<strong>de</strong> fora da Europa po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado com<br />

o Chile, Israel e Rússia. Dentro da Europa, a intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> relações com outros países é mais forte em<br />

quase todos os países com os quais a UAlg manteve relações <strong>de</strong> parceria. Po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar assim, que<br />

em gran<strong>de</strong> parte dos casos se verificou a existência <strong>de</strong> trabalho em Re<strong>de</strong> com os países da Europa mas,<br />

no entanto, os países com os quais se manteve uma Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> relações mais intensa foram Espanha, Reino<br />

Unido, França, Alemanha, Itália, Grécia e Bélgica.<br />

O tipo <strong>de</strong> organizações com as quais a UAlg elaborou projectos foi maioritariamente com organizações<br />

<strong>de</strong> Ensino Superior (66,5%), seguidas das organizações do Estado (21,5%), das Empresas (6,3%) e as IPSFL,<br />

com 3,9%.<br />

Figura 4: Tipo <strong>de</strong> Organização das Entida<strong>de</strong>s Parceiras da UAlg no Total dos Projectos Realizados<br />

Fonte: Cruz (2006)<br />

3.3.3. Instrumentos Europeus para a Promoção da Investigação, Inovação e Empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

A União Europeia preparou para o período 2007-2013 dois Programas-Quadro que se revestem <strong>de</strong><br />

particular importância para a inovação e a competitivida<strong>de</strong> dos territórios: o Programa-Quadro para a<br />

Competitivida<strong>de</strong> e Inovação e o 7º Programa-Quadro para Investigação, Desenvolvimento Tecnológico e<br />

Demonstração. Os programas têm pontos <strong>de</strong> contacto entre si e apresentam forte coerência e<br />

complementarida<strong>de</strong>.<br />

O Programa-Quadro para a Competitivida<strong>de</strong> e Inovação (PCI) procura contribuir para a<br />

competitivida<strong>de</strong> e potencial <strong>de</strong> inovação da EU enquanto socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecimento avançada<br />

caracterizada por um <strong>de</strong>senvolvimento sustentável. O seu foco são as PME, que são vistas como a<br />

“espinha dorsal da economia europeia”. Nesse sentido o PCI, que tem um enquadramento financeiro <strong>de</strong><br />

3 621 300 000 €, divi<strong>de</strong>-se em três programas específicos.<br />

O primeiro <strong>de</strong>stes programas é o Programa para o Espírito Empresarial e Inovação que absorve 60% da<br />

dotação orçamental <strong>de</strong> todo o PCI. Visa potenciar o sucesso das PME através da promoção da inovação.<br />

Serão financiadas acções relacionadas com:<br />

• Acesso ao financiamento para a criação e a expansão <strong>de</strong> PME (aqui surgem por exemplos a criação <strong>de</strong><br />

mecanismos financeiros como fundos <strong>de</strong> capital <strong>de</strong> risco);<br />

• Cooperação das PME (em particular o nível trans-fronteiriço incentivando os serviços <strong>de</strong> apoio às<br />

PME);<br />

31


32<br />

• Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Inovação (entre outras, o financiamento <strong>de</strong> inovação sectorial e em re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

inovação, sejam <strong>de</strong> empresas, sector público ou parcerias público-privadas, apoio aos programas<br />

nacionais e regionais <strong>de</strong> inovação empresarial, serviços <strong>de</strong> apoio à transferência transnacional <strong>de</strong><br />

conhecimento e tecnologia e <strong>de</strong> protecção e gestão da proprieda<strong>de</strong> industrial);<br />

• Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Eco-inovação (como a adopção <strong>de</strong> tecnologias ambientais), acções para uma Cultura<br />

do Espírito Empresarial e da Inovação (incentivo à criação <strong>de</strong> empresas, à mentalida<strong>de</strong> e<br />

competências empresariais e a um enquadramento favorável à inovação nas empresas);<br />

• Reforma Económica e Administrativa relacionada com a Empresa e a Inovação (acompanhamento <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho e políticas, aprendizagem mútua entre administrações).<br />

• Neste programa há que <strong>de</strong>stacar os instrumentos financeiros comunitários para as PME:<br />

• O Mecanismo a favor das PME Inovadoras e <strong>de</strong> Elevado Crescimento (MIC), que se divi<strong>de</strong> em MIC1<br />

(para investimentos na fase do arranque e lançamento através <strong>de</strong> fundos <strong>de</strong> capitais <strong>de</strong> risco com um<br />

raio <strong>de</strong> acção predominantemente regional) e MIC2 (capital <strong>de</strong> risco para expansão <strong>de</strong> PME<br />

inovadoras);<br />

• O Mecanismo <strong>de</strong> Garantia a favor das PME (GPME) que terá quatro vertentes financiamento através<br />

<strong>de</strong> empréstimos ou locação financeira, concessão <strong>de</strong> microcrédito, garantias para investimentos em<br />

fundos <strong>de</strong> capital e titularização das carteiras <strong>de</strong> crédito às PME;<br />

• O Dispositivo <strong>de</strong> Reforço <strong>de</strong> Capacida<strong>de</strong>s (DRC) vai incentivar a oferta <strong>de</strong> crédito às PME e as<br />

competências técnicas em matéria <strong>de</strong> intermediários financeiros que investem em PME inovadoras.<br />

• Este programa procurará apoiar especificamente os Serviços <strong>de</strong> Apoio às Empresas e à Inovação (tipo<br />

<strong>de</strong> organismos cruciais para o sucesso e no qual po<strong>de</strong>mos enquadrar organismos regionais existentes<br />

como os Euro-Info centres, o BIC <strong>Algarve</strong>-Huelva ou o <strong>CRIA</strong>). Será dada também oportunida<strong>de</strong> para<br />

projectos-piloto relativos a domínios específicos para favorecer as aplicações comerciais <strong>de</strong><br />

projectos inovadores.<br />

• O segundo <strong>de</strong>stes programas <strong>de</strong>signa-se Programa <strong>de</strong> Apoio à Política em matéria <strong>de</strong> TIC, e procura<br />

incentivar a inovação através <strong>de</strong> uma maior adopção das TIC. Este programa está em coerência com<br />

a estratégia i2010 e visa estimular os mercados das re<strong>de</strong>s electrónicas, conteúdos e tecnologias<br />

digitais testando soluções para restrições ao <strong>de</strong>senvolvimento da adopção das TIC na EU, em<br />

particular na mo<strong>de</strong>rnização empresarial e no sector público.<br />

O terceiro chama-se Programa Energia Inteligente – Europa e tentará estimular a eficiência energética<br />

(SAVE), as energias renováveis e a diversificação energética (ALTENER), a racionalida<strong>de</strong> energética nos<br />

transportes (STEER) e outras iniciativas integradas relacionadas com este domínio.<br />

Estes dois programas representam 40% da dotação financeira do programa.<br />

O 7º Programa-Quadro para Investigação, Desenvolvimento Tecnológico e Demonstração (7º PQ IDTD)<br />

é o principal instrumento financeiro da União Europeia para a Promoção do Conhecimento e Ciência e da<br />

Cooperação na Investigação Tem uma dotação orçamental <strong>de</strong> 50 521 000 000 € para 2007-2013.<br />

O 7º PQ tem quatro gran<strong>de</strong>s temas:<br />

- Saú<strong>de</strong>; Alimentação, Agricultura e Biotecnologia; <strong>Tecnologia</strong>s <strong>de</strong> Informação e Comunicação;<br />

Nanociências, Nanotecnologias e Novas <strong>Tecnologia</strong>s <strong>de</strong> Produção; Energia; Ambiente; Transportes;<br />

Ciências Económicas e Humanida<strong>de</strong>s e Segurança e Espaço.<br />

O 7º PQ está estruturado em quatro programas:


CAPÍTULO CAPÍTULO IIII<br />

I<br />

CARACTERIZAÇÃO DA COOPERAÇÃO INTERREGIONAL NO ALGARVE<br />

• Cooperação: apoio à investigação trans-nacional, com uma vocação particular para a aplicação<br />

industrial;<br />

• I<strong>de</strong>ias: estimulo ao dinamismo, criativida<strong>de</strong> e excelência da investigação europeia em todos os<br />

domínios científicos e tecnológicos;<br />

• Pessoas: reforço do potencial humano em investigação e tecnologia, através <strong>de</strong> formação inicial <strong>de</strong><br />

investigadores, formação ao longo da vida e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> carreiras, percursos e parcerias<br />

entre a aca<strong>de</strong>mia e a indústria e acções específicas para a criação <strong>de</strong> um mercado <strong>de</strong> emprego<br />

científico à escala europeia;<br />

• Capacida<strong>de</strong>s: apoio a infra-estruturas <strong>de</strong> investigação, com <strong>de</strong>staque para as beneficiem as PME, e<br />

favoreçam o potencial <strong>de</strong> aprendizagem regional para um território da União mais harmonioso e<br />

dinâmico.<br />

Para o sucesso da Inovação ao nível regional estes dois programas terão <strong>de</strong> ser utilizados com muito<br />

maior frequência, intensida<strong>de</strong> e com gran<strong>de</strong> coerência entre si pelos actores regionais. A redução dos<br />

fundos comunitários através do QREN assim obrigará. De referir que Portugal foi (valores médios <strong>de</strong><br />

2000-2004) o estado-membro da UE15 mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte dos fundos das Acções Estruturais face ao total<br />

<strong>de</strong> transferências comunitárias (76% dos fundos europeus entraram em Portugal via QCA enquanto a<br />

média comunitária foi <strong>de</strong> 36%). A compreensão <strong>de</strong>stes Programas-Quadro europeus como utensílios<br />

essenciais para a Inovação e Competitivida<strong>de</strong> pe<strong>de</strong> que os vários actores consigam utilizá-los<br />

convenientemente e organizar-se para elaborarem/integrarem propostas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> que venham a ser<br />

aprovadas futuramente seguindo as linhas estratégicas apontadas pelo PRI <strong>Algarve</strong>.<br />

3.4. Síntese<br />

O <strong>Algarve</strong> tem participado em vários projectos que promoveram a aproximação face a outras regiões<br />

europeias. A Andaluzia tem sido a região com que o <strong>Algarve</strong> tem colaborado mais activamente. Os<br />

actores institucionais da região têm já experiência acumulada e práticas colaborativas instaladas nas<br />

suas rotinas, apesar <strong>de</strong> muitas vezes baseadas na intenção <strong>de</strong> garantirem uma forma adicional <strong>de</strong><br />

financiarem as suas activida<strong>de</strong>s quotidianas. A PIC INTERREG assumiu particular relevância entre 2000-<br />

2006. A vertente transfronteiriça do INTERREG III foi crucial para a criação <strong>de</strong> infra-estruturas essenciais<br />

para a região. Futuramente este peso irá diminuir sendo o investimento a realizar principalmente <strong>de</strong><br />

factores intangíveis. Em termos <strong>de</strong> domínios não se distingue uma estratégia concertada dos vários<br />

actores, sendo que o Mar representou em muitos casos o pano <strong>de</strong> fundo para o <strong>de</strong>senvolvimento dos<br />

projectos. A Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> assume uma posição <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância no quadro regional e<br />

<strong>de</strong>monstra ter um conjunto <strong>de</strong> parcerias e re<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m produzir efeitos indutores significativos<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento regional.<br />

33


CAPITULO IV<br />

4. Empreen<strong>de</strong>dorismo no <strong>Algarve</strong><br />

35<br />

CAPÍTULO CAPÍTULO IIV<br />

I<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo no <strong>Algarve</strong><br />

O Empreen<strong>de</strong>dorismo é um conceito que tem vindo a assumir na dinamização do crescimento e do<br />

emprego, papel que o posiciona positivamente no terreno do mainstream, valorizados pelas políticas<br />

comunitárias através <strong>de</strong> documentos como o Livro Ver<strong>de</strong> para a Inovação (1995) e o Livro Ver<strong>de</strong> para o<br />

Espírito Empresarial (2003).<br />

4.1. Empreen<strong>de</strong>dorismo e Inovação Regional<br />

O aumento do Empreen<strong>de</strong>dorismo po<strong>de</strong> ter efeitos significativos no <strong>de</strong>senvolvimento e coesão<br />

económica <strong>de</strong> uma região. No entanto, existem aspectos que vale a pena ter em atenção porque<br />

continuam a constituir restrições aos empreen<strong>de</strong>dores (COM, 2003: 13-17):<br />

1. Barreiras <strong>de</strong> admissão: apesar das melhorias recentes, as barreiras administrativas continuam a<br />

ser o maior obstáculo para a criação <strong>de</strong> empresas. As empresas em fase <strong>de</strong> arranque têm<br />

dificulda<strong>de</strong> em obter o estímulo e o financiamento inicial necessários. A partilha dos riscos entre<br />

os sectores público e privado po<strong>de</strong> ajudar a aumentar o acesso a financiamento;<br />

2. Risco e recompensa: o risco associado à iniciativa empresarial não é suficientemente<br />

contrabalançado com a perspectiva da recompensa é necessário rever a relação risco/recompensa<br />

existente na activida<strong>de</strong> empresarial;<br />

3. Promover as capacida<strong>de</strong>s e as competências: a educação e a formação profissional <strong>de</strong>verão<br />

contribuir para incentivar o espírito empresarial, promovendo a atitu<strong>de</strong> mental correcta, a<br />

consciência das oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> carreira <strong>de</strong> empresário e as competências;<br />

4. Tornar o espírito empresarial acessível a todos os membros da socieda<strong>de</strong>: o espírito empresarial<br />

<strong>de</strong>ve ser promovido em larga escala, com especial incidência junto das mulheres e outros grupos<br />

sub-representados. As minorias étnicas revelam um elevado nível <strong>de</strong> espírito empresarial e um<br />

potencial ainda maior. Os serviços <strong>de</strong> apoio às empresas não parecem dar uma resposta à medida<br />

das suas necessida<strong>de</strong>s específicas.<br />

Para minimizar os efeitos provocados por estas barreiras existem organismos <strong>de</strong> apoio que tentam<br />

facilitar a vida dos empreen<strong>de</strong>dores através da prestação <strong>de</strong> vários serviços para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> negócio e <strong>de</strong> suporte às novas empresas e PMEs, em particular no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> Plano <strong>de</strong><br />

Negócios e na Incubação <strong>de</strong> novas empresas.<br />

4.2. Estruturas <strong>de</strong> Suporte ao Empreen<strong>de</strong>dorismo na Região<br />

4.2.1. Serviços <strong>de</strong> Apoio ao Empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

Esta secção procura i<strong>de</strong>ntificar os organismos que actuam no <strong>Algarve</strong> na promoção do<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo, <strong>de</strong>stacando os seus beneficiários-alvo, mostrando complementarida<strong>de</strong>s e<br />

sobreposições existentes.


36<br />

Existem dois serviços essenciais que os organismos <strong>de</strong> apoio ao Empreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong>vem conseguir<br />

provi<strong>de</strong>nciar para o <strong>de</strong>senvolvimento do seu tecido empresarial. O primeiro serviço refere-se ao apoio<br />

relacionado com transformação da i<strong>de</strong>ia em empresa, consultoria especializada, apoio técnico,<br />

<strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e meios financeiros <strong>de</strong> suporte ao negócio. Este serviço é essencial para a<br />

clarificação da própria i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> negócio, para o seu amadurecimento e funciona como processo <strong>de</strong><br />

selecção e eliminação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias mais fracas sem capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sustentação. Um dos pontos centrais<br />

<strong>de</strong>ste serviço é a realização do Plano <strong>de</strong> Negócios. O Plano <strong>de</strong> Negócios é um documento essencial para<br />

qualquer empresa, mas particularmente para empresas na fase inicial do seu ciclo <strong>de</strong> vida, uma vez que<br />

consubstancia os elementos essenciais da activida<strong>de</strong> produtiva e da viabilida<strong>de</strong> económico-financeira do<br />

negócio, que agrega e sistematiza informação prática para a concretização do projecto e para a<br />

antecipação e resolução <strong>de</strong> problemas. É a base <strong>de</strong> apresentação do projecto a interlocutores externos,<br />

com <strong>de</strong>staque para investidores, banca, empresas e parceiros, socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> capital <strong>de</strong> risco, entre<br />

outros. No <strong>Algarve</strong> os organismos mais vocacionados para este serviço são o BIC, o <strong>CRIA</strong> e a ANJE.<br />

O segundo serviço essencial é a Incubação <strong>de</strong> empresas, um processo através do qual uma instituição<br />

especializada fornece espaço <strong>de</strong>vidamente equipado para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma nova empresa,<br />

assim como apoio administrativo. O objectivo <strong>de</strong> uma incubadora é apoiar os novos projectos na sua fase<br />

inicial, uma vez que é nos primeiros anos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> que se verifica uma maior taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong><br />

das empresas. A Incubação permite às novas empresas obterem uma maior taxa <strong>de</strong> sobrevivência,<br />

através <strong>de</strong> um ambiente empresarial favorável e menos hostil. Existem apenas duas incubadoras no<br />

<strong>Algarve</strong>, o CACE em Loulé, e a Incubadora da ANJE. Existem ainda alguns espaços <strong>de</strong> incubação na<br />

Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>, Penha e Gambelas, que ainda não estão a trabalhar em velocida<strong>de</strong> cruzeiro.<br />

Destacamos seis organismos vocacionados para o Apoio ao Empreen<strong>de</strong>dorismo, que apresentam fortes<br />

complementarida<strong>de</strong>s mas também alguma sobreposição face na sua actuação.<br />

(a) CACE – Centro <strong>de</strong> Apoio à Criação <strong>de</strong> Empresas<br />

Os Centros <strong>de</strong> Apoio à Criação <strong>de</strong> Empresas (CACE) são estruturas do Instituto do Emprego e Formação<br />

Profissional (IEFP) que apoiam a fase inicial <strong>de</strong> um projecto empresarial. Estes Centros preten<strong>de</strong>m<br />

fomentar a emergência <strong>de</strong> novas empresas, nas áreas geográficas em que estão implantados,<br />

proporcionando-lhes apoio técnico e logístico para um <strong>de</strong>senvolvimento e consolidação sustentados,<br />

através dos Ninhos <strong>de</strong> Empresas, tendo em vista a criação <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho e com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

permitir a sua posterior integração no mercado com total autonomia. Os CACE organizam e <strong>de</strong>senvolvem<br />

acções <strong>de</strong> formação empresarial <strong>de</strong>stinadas a potenciais promotores <strong>de</strong> iniciativas empresariais; fazem o<br />

acompanhamento técnico na fase <strong>de</strong> arranque e <strong>de</strong>senvolvimento das iniciativas empresariais; e ce<strong>de</strong>m<br />

espaços modulados e respectivos serviços <strong>de</strong> logística para a instalação das empresas numa fase inicial.<br />

No <strong>Algarve</strong> existe um CACE em Loulé, que incuba actualmente 16 empresas.<br />

Complementarida<strong>de</strong>s: Com todos os organismos, principalmente com aqueles que fornecem serviços<br />

relacionados com a elaboração do Plano <strong>de</strong> Negócios.<br />

Sobreposições: Área <strong>de</strong> actuação semelhante à Incubadora da ANJE uma vez que apoia espectro<br />

alargado <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s empresariais<br />

(b) ANJE – Associação Nacional <strong>de</strong> Jovens Empresários<br />

A ANJE – Associação Nacional <strong>de</strong> Jovens Empresários – é uma associação <strong>de</strong> direito privado e utilida<strong>de</strong><br />

pública que tem por objecto a reunião dos jovens empresários portugueses, com vista à satisfação <strong>de</strong><br />

interesses comuns e ao <strong>de</strong>senvolvimento das suas activida<strong>de</strong>s profissionais, nomeadamente nos aspectos


CAPÍTULO CAPÍTULO IIV<br />

I<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo no <strong>Algarve</strong><br />

da formação e informação. A ANJE é actualmente consi<strong>de</strong>rada por lei como parceiro social com uma<br />

intervenção associativa <strong>de</strong> reconhecida utilida<strong>de</strong> na socieda<strong>de</strong> portuguesa. A sua acção contribuiu <strong>de</strong><br />

forma significativa para uma mudança <strong>de</strong> factores que condicionavam o acesso dos jovens à activida<strong>de</strong><br />

empresarial. Acumulou experiência através da sua intervenção no terreno, nomeadamente através da<br />

construção e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> apoio à criação e instalação <strong>de</strong> empresas e, no geral,<br />

<strong>de</strong> formação e informação empresarial a jovens. A ANJE representa actualmente cerca <strong>de</strong> 4000<br />

Associados dos vários sectores <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> em todo o território nacional, com se<strong>de</strong> no Porto e Núcleos<br />

Regionais. A ANJE <strong>Algarve</strong> foi criada no dia 25 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1989, e representa hoje cerca <strong>de</strong> 300<br />

associados no <strong>Algarve</strong>, encontrando-se se<strong>de</strong>ada no Centro Empresarial <strong>de</strong> Faro, infra-estrutura que<br />

permite a incubação <strong>de</strong> 16 empresas por períodos <strong>de</strong> 3 anos (actualmente estão instaladas 11<br />

empresas), e <strong>de</strong> 9 Salas <strong>de</strong> Formação e Reuniões, e que engloba um conjunto <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> apoio à<br />

activida<strong>de</strong> empresarial dos Jovens.<br />

Complementarida<strong>de</strong>s: A ANJE tem assumido um esforço por colaborar com os outros organismos, por<br />

exemplo mantém ligações fortes com o <strong>CRIA</strong>, o NERA e o BIC, através da colaboração em projectos<br />

específicos.<br />

Sobreposições: Em termos dos serviços relacionados com a realização do Plano <strong>de</strong> Negócios o seu apoio é<br />

bastante semelhante ao do BIC. A Área <strong>de</strong> actuação da sua incubadora é semelhante ao CACE uma vez<br />

que não está <strong>de</strong>finido claramente o tipo <strong>de</strong> empresas a apoiar.<br />

(c) NERA – Núcleo Empresarial da Região do <strong>Algarve</strong><br />

O NERA é uma associação empresarial <strong>de</strong> âmbito regional, cariz intersectorial e está situada no<br />

Loteamento Industrial <strong>de</strong> Loulé. Sendo associada da AIP – Associação Industrial Portuguesa – é a sua<br />

representante no <strong>Algarve</strong>. Os objectivos do NERA passam pela promoção e apoio das activida<strong>de</strong>s<br />

económicas na Região do <strong>Algarve</strong> na área das tecnologias, da investigação e <strong>de</strong>senvolvimento, da<br />

economia, do comércio, da indústria, do associativismo e outros, assegurando aos seus associados uma<br />

participação privilegiada nas <strong>de</strong>cisões e nos programas que <strong>de</strong>senvolve. O NERA representa os seus<br />

associados em todos os organismos, públicos e privados, na <strong>de</strong>fesa intransigente dos interesses dos<br />

empresários do <strong>Algarve</strong>. Através da activida<strong>de</strong> dos seus gabinetes técnicos, nomeadamente, o Gabinete<br />

<strong>de</strong> Apoio ao Empresário e Projectos (GAEP), o Gabinete <strong>de</strong> Formação (GFO) e o Gabinete <strong>de</strong> Feiras e<br />

Eventos – Expoalgarve, o NERA propõe-se dinamizar a activida<strong>de</strong> associativa da região e incrementar o<br />

espírito <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> apoio entre os seus associados; promover o estudo <strong>de</strong> todas as questões<br />

que se relacionem com a concretização dos objectivos dos empresários do <strong>Algarve</strong>; organizar e manter<br />

serviços <strong>de</strong> interesse para os seus associados, prestando a<strong>de</strong>quada informação, apoio técnico e<br />

consultoria, <strong>de</strong>signadamente, na área <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> investimento e formação; organizar certames,<br />

conferências, colóquios e seminários; cooperar activamente com entida<strong>de</strong>s públicas e privadas,<br />

nacionais e estrangeiras, em todas as vertentes do <strong>de</strong>senvolvimento regional.<br />

Complementarida<strong>de</strong>s: O NERA tem mantido uma colaboração com os outros organismos, por exemplo<br />

mantém ligações fortes com o <strong>CRIA</strong>, o NERA e o BIC, através da colaboração em projectos específicos. A<br />

proximida<strong>de</strong> com o CACE também favorece alguma interacção entre os dois organismos.<br />

Sobreposições: Em termos <strong>de</strong> lógica <strong>de</strong> actuação o NERA sobrepõe-se à CEAL. Em termos <strong>de</strong> serviços<br />

oferecidos volta-se a sobrepor à CEAL, mas também, em menor escala, à ANJE e ao BIC.<br />

37


38<br />

(d) CEAL – Confe<strong>de</strong>ração dos Empresários do <strong>Algarve</strong><br />

A Confe<strong>de</strong>ração dos Empresários do <strong>Algarve</strong> (CEAL), é uma Associação sem fins lucrativos que foi<br />

fundada em Abril <strong>de</strong> 1990, resultante do reconhecimento e da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se criar um forte pólo<br />

aglutinador do tecido empresarial algarvio. É aberta aos empresários e empresas que têm activida<strong>de</strong> no<br />

<strong>Algarve</strong> e respectivas Associações, Uniões e Fe<strong>de</strong>rações e visa <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os seus direitos e interesses, em<br />

todos os sectores; dignificar e valorizar os empregados; promover e mo<strong>de</strong>rnizar o tecido económico<br />

empresarial face ao Mercado Único; zelar pelo <strong>de</strong>senvolvimento equilibrado inter-sectorial e entre<br />

litoral, interior e serra, com salvaguarda do ambiente e da natureza; exigir estruturas próprias e infraestruturas<br />

básicas e sociais; e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> forma intransigente o bom-nome do <strong>Algarve</strong>. A CEAL tem a<br />

constante preocupação <strong>de</strong> criar respostas para as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Formação Profissional regionais,<br />

visando o aperfeiçoamento e a actualização/reciclagem <strong>de</strong> conhecimentos, uma das condições<br />

fundamentais para o sucesso empresarial. É uma entida<strong>de</strong> acreditada pelo IQF, e uma das principais<br />

entida<strong>de</strong>s formadoras não públicas do <strong>Algarve</strong><br />

Complementarida<strong>de</strong>s: A CEAL tem mantido alguma colaboração com os outros organismos, por exemplo<br />

mantém ligações com o NERA e o BIC, através da colaboração em projectos específicos.<br />

Sobreposições: Em termos <strong>de</strong> lógica <strong>de</strong> actuação a CEAL e o NERA sobrepõem-se. Em termos <strong>de</strong> serviços<br />

oferecidos volta-se a sobrepor ao NERA, mas também à ANJE e ao BIC.<br />

(e) BIC <strong>Algarve</strong>-Huelva (Business Innovation Centre)<br />

O BIC <strong>Algarve</strong>-Huelva é uma associação privada sem fins lucrativos. BIC são as iniciais <strong>de</strong> Business<br />

Innovation Centre, um mo<strong>de</strong>lo proposto pela Comissão Europeia para centros <strong>de</strong> apoio à criação <strong>de</strong><br />

empresas e à inovação. O BIC <strong>Algarve</strong>-Huelva integra a EBN - European Business and Innovation Centres<br />

Network, Re<strong>de</strong> Europeia dos Centros <strong>de</strong> Inovação e Negócios, que são actualmente, cerca <strong>de</strong> 150. O BIC<br />

<strong>Algarve</strong>-Huelva é uma marca da proprieda<strong>de</strong> do CPINAL (Centro Promotor <strong>de</strong> Inovação e Negócios do<br />

<strong>Algarve</strong>), constituído em Junho <strong>de</strong> 1995, sendo o primeiro BIC transfronteiriço <strong>de</strong> toda a União Europeia.<br />

A acção do BIC tem três vertentes essenciais: o <strong>de</strong>senvolvimento regional, a qualificação dos recursos<br />

humanos e a melhoria das activida<strong>de</strong>s económicas para o estabelecimento <strong>de</strong> um tecido empresarial<br />

forte. Os serviços que o BIC presta vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o apoio à elaboração <strong>de</strong> Planos <strong>de</strong> Negócio, à Inovação e<br />

ao Empreen<strong>de</strong>dorismo, suporte na criação e mo<strong>de</strong>rnização <strong>de</strong> empresas, certificação <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>,<br />

formação, informação europeia, parcerias para realização <strong>de</strong> iniciativas diversas como projectos,<br />

conferências ou encontros temáticos e a promoção da cooperação entre empresas.<br />

Complementarida<strong>de</strong>s: Uma vez que o BIC não possui incubadora própria <strong>de</strong>veria ter uma forte<br />

proximida<strong>de</strong> com a ANJE e o CACE. O BIC e o <strong>CRIA</strong> <strong>de</strong>veriam estar bastante próximos e coor<strong>de</strong>nados na<br />

sua actuação porque actuam em temáticas muito semelhantes, apesar <strong>de</strong> para públicos bastante<br />

diferentes: o BIC focado na criação <strong>de</strong> projectos inovadores a partir do tecido empresarial e o <strong>CRIA</strong> na<br />

criação <strong>de</strong> projectos inovadores surgidos a partir do meio académico.<br />

Sobreposições: O BIC e o <strong>CRIA</strong> têm alguma sobreposição em termos teóricos, o que confun<strong>de</strong> os<br />

potenciais utilizadores dos serviços prestados, apesar do seu foco ser completamente distinto. Em<br />

termos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio à elaboração do Plano <strong>de</strong> Negócios existe um paralelismo com o que a<br />

ANJE faz.


(f) <strong>CRIA</strong> – Centro Regional para a Inovação do <strong>Algarve</strong><br />

CAPÍTULO CAPÍTULO IIV<br />

I<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo no <strong>Algarve</strong><br />

O <strong>CRIA</strong> é uma entida<strong>de</strong> criada no seio da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> <strong>de</strong>stinada a promover as relações<br />

entre a universida<strong>de</strong> e as empresas, apoiar a constituição <strong>de</strong> novas empresas (start-ups e spin-offs), a<br />

vulgarizar o uso dos mecanismos da proprieda<strong>de</strong> industrial e a <strong>de</strong>senvolver, no exterior da universida<strong>de</strong>,<br />

espaços <strong>de</strong> aglomeração <strong>de</strong> âmbito tecnológico, <strong>de</strong> carácter temático, que permitam valorizar alguns<br />

dos eixos <strong>de</strong> investigação científica da região. As linhas <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> do <strong>CRIA</strong> po<strong>de</strong>m resumir-se em três<br />

principais eixos <strong>de</strong> intervenção. O primeiro eixo correspon<strong>de</strong> a uma intervenção <strong>de</strong> fundo sobre as<br />

condições gerais <strong>de</strong> enquadramento on<strong>de</strong> se preten<strong>de</strong>: a criação <strong>de</strong> um ambiente favorável à inovação<br />

na região, a criação <strong>de</strong> uma ‘cultura <strong>de</strong> inovação’ na Universida<strong>de</strong> e a promoção <strong>de</strong> iniciativas que<br />

aproximem as empresas da Universida<strong>de</strong> e da C&T. O segundo eixo <strong>de</strong> intervenção está relacionado com<br />

as linhas específicas <strong>de</strong> intervenção on<strong>de</strong> se preten<strong>de</strong>: um aprofundamento do levantamento das<br />

competências da Universida<strong>de</strong>, a criação <strong>de</strong> iniciativas para a promoção <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> investigação<br />

aplicada e transferência <strong>de</strong> tecnologia, a promoção do aparecimento <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> base tecnológica<br />

através da criação <strong>de</strong> uma incubadora e a captação <strong>de</strong> IDE (Investimento Directo Estrangeiro). O último<br />

eixo <strong>de</strong> intervenção diz respeito à perspectiva geral <strong>de</strong> implementação e funcionamento do <strong>CRIA</strong>, on<strong>de</strong><br />

se prevê: a criação <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> cooperação com outros centros <strong>de</strong> inovação e a criação <strong>de</strong> canais <strong>de</strong><br />

cooperação com o tecido empresarial.<br />

O <strong>CRIA</strong> tem como parceiros privilegiados a Comissão <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação e Desenvolvimento Regional do<br />

<strong>Algarve</strong> (CCDR Alg), a Delegação do <strong>Algarve</strong> da ANJE, o NERA e a Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>. O <strong>CRIA</strong> iniciou<br />

a sua activida<strong>de</strong> em Maio <strong>de</strong> 2003 e obteve alguns resultados: a realização da primeira Feira da Inovação<br />

do <strong>Algarve</strong>, on<strong>de</strong> se divulgaram as capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investigação científica da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> e<br />

<strong>de</strong> outros centros <strong>de</strong> investigação da região e on<strong>de</strong> se proporcionou o encontro entre a investigação e o<br />

meio empresarial; o lançamento <strong>de</strong> um concurso <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias para a criação <strong>de</strong> empresas, o qual permitiu<br />

i<strong>de</strong>ntificar 12 projectos com potencial inovador para a região, em relação aos quais se elaboraram os<br />

respectivos Planos <strong>de</strong> Negócio; a instalação do Gabinete <strong>de</strong> Apoio à Promoção da Proprieda<strong>de</strong> Industrial<br />

(GAPI) em parceria com o Instituto Nacional da Proprieda<strong>de</strong> Industrial (INPI), com vista a promover,<br />

informar e divulgar a Proprieda<strong>de</strong> Industrial enquanto ferramenta <strong>de</strong> apoio indispensável à inovação e<br />

ao aumento <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> das empresas. Está ainda em fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento a criação do Pólo<br />

Tecnológico com localização futura no Parque das Cida<strong>de</strong>s, e associará centros <strong>de</strong> investigação nos<br />

domínios das ciências do mar, das ciências da saú<strong>de</strong>, das TIC e Sistemas Inteligentes, entre outros, com<br />

empresas <strong>de</strong> base tecnológica e conhecimento. Inicialmente o <strong>CRIA</strong> foi <strong>de</strong>senhado como um projecto. A<br />

sua conclusão estava prevista para Outubro <strong>de</strong> 2004. No entanto, os resultados obtidos neste projecto<br />

tiveram um impacto consi<strong>de</strong>rável na região e a continuida<strong>de</strong> do projecto foi garantida pela Universida<strong>de</strong><br />

do <strong>Algarve</strong>, mantendo a parceria com a CCDR <strong>Algarve</strong>. O <strong>CRIA</strong> acabou por afirmar-se fruto da distância<br />

que o BIC cavou com o mundo académico.<br />

Complementarida<strong>de</strong>s: O <strong>CRIA</strong> apresenta fortes complementarida<strong>de</strong>s com todos os outros organismos uma<br />

vez que é a interface com o mundo académico e com o conhecimento codificado.<br />

Sobreposições: O <strong>CRIA</strong> e o BIC parecem sobrepostos, nem que seja em termos da sua <strong>de</strong>nominação,<br />

ambos os organismos se pensam como o Centro Regional para a Inovação, o que confun<strong>de</strong> os potenciais<br />

utilizadores dos serviços prestados. No entanto, o <strong>CRIA</strong> tem um enfoque total em empresas inovadoras,<br />

<strong>de</strong> base tecnológica e <strong>de</strong> spin-offs académicos o que o diferencia do BIC, que apoia um conceito mais<br />

lato <strong>de</strong> Empreen<strong>de</strong>dorismo. Para além disto, o público-alvo do <strong>CRIA</strong> é eminentemente a comunida<strong>de</strong><br />

académica e fazer a ponte para o tecido empresarial, enquanto o BIC é praticamente o oposto, o alvo é<br />

o tecido empresarial e aí fazer uma ponte com as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conhecimento que existam. No<br />

entanto, nota-se que os dois organismos são muitos complementares e que <strong>de</strong>veriam colaborar mais<br />

activamente.<br />

39


40<br />

4.2.2. Parques Tecnológicos<br />

Para além dos organismos que prestem serviços <strong>de</strong> apoio ao Empreen<strong>de</strong>dorismo (Incubação e Plano <strong>de</strong><br />

Negócios) e das zonas industriais, para o <strong>de</strong>senvolvimento do Empreen<strong>de</strong>dorismo, em particular o<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong> Base Tecnológica, <strong>de</strong>vem existir no quadro regional entida<strong>de</strong>s capazes <strong>de</strong> fazer<br />

uma ponte entre a ciência e a empresa. Neste contexto ganham particular relevância os Centros<br />

Tecnológicos (que apoiam tecnicamente e no domínio da qualida<strong>de</strong> sectores industriais específicos), os<br />

Institutos <strong>de</strong> Novas <strong>Tecnologia</strong>s (para articularem a investigação com a produção) e Centros <strong>de</strong><br />

<strong>Transferência</strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> (com carácter multi-sectorial para a difusão tecnológica nas empresas em<br />

áreas estratégicas <strong>de</strong> inovação), que fazem parte do Sistema Tecnológico Nacional. Um estudo recente<br />

da ADI – Agência <strong>de</strong> Inovação 13 mostrou as limitações do <strong>Algarve</strong> uma vez que das 34 infra-estruturas<br />

<strong>de</strong>ste tipo não existe na região nenhuma, e apenas três a sul do Tejo. 14 Daí a importância da aposta<br />

essencial da região no futuro Pólo Tecnológico a localizar no Parque das Cida<strong>de</strong>s, que vai tentar dar<br />

valor <strong>de</strong> mercado à boa investigação que se faz na região nomeadamente nos domínios da ciências do<br />

mar, da saú<strong>de</strong>, TIC e Sistemas Inteligentes, Energias Alternativas e Agro-alimentar. Apesar da<br />

construção da infra-estrutura ser um dado praticamente adquirido existe necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perceber como<br />

vai ser sustentada a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste pólo uma vez que estas estruturas nunca são auto-suficientes e<br />

existe ainda a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter o financiamento para uma série <strong>de</strong> iniciativas, principalmente em<br />

termos <strong>de</strong> investimentos inteligíveis. É essencial garantir o sucesso do Pólo Tecnológico no <strong>Algarve</strong>,<br />

porque como refere o mesmo estudo (2006:7) a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas infra-estruturas têm um gran<strong>de</strong><br />

impacto no meio envolvente: por cada euro recebido por estas instituições são <strong>de</strong>volvidos seis, através<br />

da transposição do conhecimento para o universo empresarial, não sendo um encargo para o erário<br />

público mas sim um investimento.<br />

4.3. Experiências <strong>de</strong> Promoção do Empreen<strong>de</strong>dorismo na Região<br />

O Empreen<strong>de</strong>dorismo necessita <strong>de</strong> ser apoiado. A atitu<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dora é um aspecto cultural que<br />

necessita <strong>de</strong> ser reforçado constantemente com iniciativas que provoquem efeitos <strong>de</strong> longo prazo e que<br />

se possam manter como activida<strong>de</strong>s relativamente coerentes e contínuas no quadro do Sistema Regional<br />

<strong>de</strong> Inovação. Neste particular <strong>de</strong>stacamos duas boas-práticas regionais em termos <strong>de</strong> promoção do<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo, o Concurso <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ias e o Projecto ENE – Empreen<strong>de</strong>r na Escola. De salientar, que<br />

estas iniciativas tiveram impactos muito interessantes na região mas que necessitam <strong>de</strong> ser realizadas<br />

numa base <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> para que os seus efeitos possam ser potenciados.<br />

4.3.1. O Concurso <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ias do <strong>CRIA</strong><br />

No âmbito do INOVALGARVE – Programa Regional <strong>de</strong> Acções Inovadoras do <strong>Algarve</strong>, e integrando os seus<br />

objectivos gerais, a Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>, instituiu um concurso para a formação <strong>de</strong> empresas. O<br />

concurso foi uma iniciativa <strong>de</strong>senvolvida no âmbito do Centro Regional para a Inovação do <strong>Algarve</strong><br />

(<strong>CRIA</strong>) da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>.<br />

13<br />

As Infra-estruturas Tecnológicas no Sistema Nacional <strong>de</strong> Inovação - Evolução 1996-2005 (2006) didponível em URL<br />

http://www.adi.pt/2300.htm a 03/10/2006.<br />

14<br />

O CEVALOR – Centro Tecnológico para o Aprovisionamento e Valorização <strong>de</strong> Rochas Ornamentais e Industriais em Borba; O CTCOR –<br />

Centro Tecnológico da Cortiça no Montijo e o ISQ – Instituto <strong>de</strong> Soldadura e Qualida<strong>de</strong> em Sines.


CAPÍTULO CAPÍTULO IIV<br />

I<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo no <strong>Algarve</strong><br />

Foi objectivo <strong>de</strong>ste concurso a selecção <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias inovadoras <strong>de</strong>stinadas à criação <strong>de</strong> empresas em<br />

relação aos quais exista conhecimento acumulado e projectos <strong>de</strong> investigação em curso na Universida<strong>de</strong><br />

do <strong>Algarve</strong> e/ou em instituições <strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong> investigação com activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida na região do<br />

<strong>Algarve</strong>. Os sectores prioritários na selecção foram os seguintes:<br />

• Ciências do mar (biotecnologias, gestão <strong>de</strong> sistemas aquáticos, etc.);<br />

• Ciências do ambiente (reciclagem, bioremediação, etc.);<br />

• <strong>Tecnologia</strong>s agro-alimentares (novos produtos alimentares, sistemas <strong>de</strong> controlo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, etc.);<br />

• <strong>Tecnologia</strong>s da saú<strong>de</strong> (sistemas <strong>de</strong> rastreio e controlo, controlo da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos,<br />

etc.);<br />

• Edificação e energias renováveis (energia solar térmica, novos materiais, equipamentos<br />

parcimoniosos no uso <strong>de</strong> recursos, etc.);<br />

• Mecatrónica e tecnologias da informação (miniaturização <strong>de</strong> mecanismos, sistemas <strong>de</strong> automação e<br />

controlo remoto, multimédia, aplicações informáticas, etc.);<br />

• Serviços avançados (serviços prestados às empresas e às organizações, serviços prestados às famílias,<br />

etc.).<br />

GyRad<br />

I<strong>de</strong>ias Vencedoras do Concurso <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ias<br />

I<strong>de</strong>ias vencedoras Resumo do Projecto<br />

Aquagest (Bioremediação)<br />

Resíduos Urbanos Multiserviços<br />

MontaRe<strong>de</strong>s- <strong>Tecnologia</strong>s <strong>de</strong><br />

Informação<br />

Prestação <strong>de</strong> serviços na área das tecnologias da saú<strong>de</strong> com competências no controlo <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s radiológicas e com a missão <strong>de</strong> certificar o<br />

funcionamento contínuo <strong>de</strong> equipamento hospitalar através <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> Garantia <strong>de</strong><br />

Qualida<strong>de</strong> introduzidas no Enquadramento Legal (DL 180/2002) transposto nas directivas<br />

EURATOM, relativas à protecção radiológica<br />

Construção e manutenção <strong>de</strong> sistemas aquáticos (por exemplo, os lagos <strong>de</strong> campos <strong>de</strong> golfe)<br />

ecologicamente equilibrados e sustentáveis do tempo, através da utilização <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong><br />

controlo ambiental que promovam o aumento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses sistemas para<br />

absorverem impactos e controlarem as suas consequências (eutrofização e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> algas tóxicas)<br />

Construção <strong>de</strong> um aterro <strong>de</strong> resíduos inertes, uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compostagem e uma estação<br />

<strong>de</strong> triagem; Recolha <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> construção e <strong>de</strong>molição, proce<strong>de</strong>ndo à separação entre<br />

as terras e as pedras e/ou entulhos; Separação <strong>de</strong> papel e plásticos, a sua compactação,<br />

enfardamento e envio para reciclagem multi-material; Instalação <strong>de</strong> uma mini-ETAR para<br />

tratamento dos lixiviados provenientes do aterro sanitário<br />

Implementação <strong>de</strong> uma Re<strong>de</strong> Informática estruturada em edifícios <strong>de</strong> habitação. Todos os<br />

apartamentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado edifício teriam a implementação da Re<strong>de</strong> Informática no acto<br />

<strong>de</strong> construção. Criação <strong>de</strong> uma aplicação Web do condomínio e instalação <strong>de</strong> um servidor email.<br />

Implementação <strong>de</strong> software que permita visualizar imagens em tempo real através da<br />

Internet/telemóvel <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado espaço<br />

41


42<br />

I<strong>de</strong>ias vencedoras Resumo do Projecto<br />

HF&SA (Horta Fresca IV e<br />

Segurança Alimentar Integrada<br />

para Particulares)<br />

Drechas – Produção e<br />

Desenvolvimento <strong>de</strong> Bolachas<br />

Recisul<br />

Produção e Valorização <strong>de</strong><br />

Macroalgas Marinhas<br />

Lynx – Ecoturismo e Investigação<br />

DNAgnóstico<br />

Pharmaplant – Plantas Aromáticas<br />

Saú<strong>de</strong> Biotech PT<br />

Melhoria da qualida<strong>de</strong> no processo <strong>de</strong> produção, transformação e distribuição <strong>de</strong> produtos<br />

horto-frutícolas em IV gama. Desenvolver junto dos particulares boas-práticas <strong>de</strong> segurança<br />

alimentar e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> auto-controlo. Este Serviço será <strong>de</strong>senvolvido<br />

num centro <strong>de</strong> formação, que estará dotado <strong>de</strong> equipamentos e alimentos reproduzindo uma<br />

cozinha.<br />

Sistema integrado <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> bolachas tanto para venda directa ao consumidor, como<br />

para venda a clientes que irão expô-las ao consumidor final. O projecto tem como<br />

característica principal a produção <strong>de</strong> momento, não gerando por isso stocks excessivos <strong>de</strong><br />

matérias-primas e <strong>de</strong> produto acabado.<br />

Garantir a retoma da maior quantida<strong>de</strong> possível <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> papel e cartão tendo em vista<br />

cumprir metas nacionais <strong>de</strong> reciclagem e minimização do impacto ambiental <strong>de</strong> resíduos.<br />

Preten<strong>de</strong>-se realizar acordos com entida<strong>de</strong>s públicas e privadas <strong>de</strong> forma a encaminhar<br />

directamente os resíduos produzidos do utilizador para o retomador<br />

Produção e colocação no mercado <strong>de</strong> biomassa algal <strong>de</strong> elevado valor económico, em estado<br />

bruto ou após pré-processamento. Adicionalmente propõe-se um serviço <strong>de</strong> carácter<br />

ambiental, que consiste na purificação <strong>de</strong> efluentes com cargas elevadas <strong>de</strong> nutrientes<br />

inorgânicos. Prevê-se a utilização <strong>de</strong> uma tecnologia <strong>de</strong>senvolvida pelo CCMAR que permite<br />

optimizar a remoção <strong>de</strong> nutrientes por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> área, permitindo a redução do impacto<br />

ambiental dos efluentes produzidos e/ou redução dos custos associados às frequentes<br />

renovações <strong>de</strong> água salgada, produzindo uma biomassa com aproveitamento em várias áreas,<br />

nomeadamente farmacêutica.<br />

Implantar uma exploração turística numa parcela territorial <strong>de</strong>ntro da região do <strong>Algarve</strong><br />

abrangida por estatuto especial <strong>de</strong> conservação, on<strong>de</strong> a activida<strong>de</strong> económica e comercial se<br />

alia à investigação científica.<br />

Aplicação <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> genética molecular para a i<strong>de</strong>ntificação das mutações/polimorfismos<br />

como método <strong>de</strong> diagnóstico molecular. Estas técnicas <strong>de</strong> diagnóstico molecular permitem a<br />

<strong>de</strong>tecção precoce <strong>de</strong> patologias, avaliação do risco para a doença adquirida e contribuem para<br />

a prevenção.<br />

Empresa laboratorial que <strong>de</strong>senvolva o processo <strong>de</strong> obtenção e controlo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> das<br />

substâncias transformadas a partir <strong>de</strong> plantas aromáticas e medicinais. A inter-relação<br />

Universida<strong>de</strong> Empresa garantirá a apropriação das tecnologias a<strong>de</strong>quadas para obter um<br />

produto <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, e a investigação contínua como pivot na <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> novos princípios<br />

activos “ricos” presentes na flora algarvia e a optimização da extracção <strong>de</strong> óleos essenciais<br />

das diversa espécies vegetais.<br />

Instalação <strong>de</strong> um laboratório <strong>de</strong> análises em que é utilizado um bio-sensor molecular para<br />

<strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> disruptores estrogénicos em águas <strong>de</strong> consumo, residuais, sedimentos e até<br />

alimentos. Aplicação <strong>de</strong> tecnologias para <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> outro tipo <strong>de</strong> compostos susceptíveis <strong>de</strong><br />

serem <strong>de</strong>trimentais para a saú<strong>de</strong> ou para o ambiente. Aplicação <strong>de</strong> sondas moleculares que<br />

i<strong>de</strong>ntifiquem a origem dos produtos <strong>de</strong> pesca e possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma linha<br />

<strong>de</strong> consultadoria <strong>de</strong> selecção genética para piscicultores utilizando mercados moleculares.


CAPÍTULO CAPÍTULO IIV<br />

I<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo no <strong>Algarve</strong><br />

Do concurso <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias resultaram um conjunto <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> negócio vencedoras e premiadas com o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um Plano <strong>de</strong> Negócios. Das i<strong>de</strong>ias apresentadas a concretização em empresas não<br />

foi total. As gran<strong>de</strong>s limitações à concretização <strong>de</strong>stas i<strong>de</strong>ias foram, segundo a equipa técnica que<br />

apoiou o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>stas i<strong>de</strong>ias 15 : a falta <strong>de</strong> consistência das equipas <strong>de</strong> projecto<br />

(intervenientes a virem todos da mesma área), falta <strong>de</strong> convicção e necessida<strong>de</strong> do projecto (o projecto<br />

não era importante para o prosseguimento <strong>de</strong> carreira), a segurança laboral <strong>de</strong> alguns dos promotores<br />

serviu como <strong>de</strong>sincentivo para o avanço do negócio, ausência <strong>de</strong> financiamento e elevados custos<br />

burocráticos e <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>.<br />

4.3.2. O Projecto “Empreen<strong>de</strong>r na Escola”<br />

O Projecto ENE – Empreen<strong>de</strong>r Na Escola foi um projecto co-financiado pela Iniciativa Comunitária<br />

EQUAL, <strong>de</strong>senvolvido entre Junho <strong>de</strong> 2002 e Outubro <strong>de</strong> 2006 na região do <strong>Algarve</strong> por uma parceria <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento composta pelas seguintes entida<strong>de</strong>s: BIC <strong>Algarve</strong>-Huelva; Direcção Regional <strong>de</strong><br />

Educação do <strong>Algarve</strong>; Escola Secundária Dr. Francisco Fernan<strong>de</strong>s Lopes <strong>de</strong> Olhão; Globalrumo, Lda<br />

(empresa <strong>de</strong> formação); Associação Regional do <strong>Algarve</strong> <strong>de</strong> Professores <strong>de</strong> Ensino Tecnológico (ARAPET).<br />

Na fase <strong>de</strong> disseminação a parceria foi constituída pelo BIC <strong>Algarve</strong>-Huelva, a Direcção Regional <strong>de</strong><br />

Educação do <strong>Algarve</strong> a Globalrumo e a Fundação da Juventu<strong>de</strong>.<br />

A Metodologia ENE foi aplicada em <strong>de</strong>z escolas secundárias do <strong>Algarve</strong> como um programa <strong>de</strong><br />

aprendizagem não formal, tendo sido aplicada nas disciplinas <strong>de</strong> T.O.E – Técnicas <strong>de</strong> Organização<br />

Empresarial (10º e 11º anos); Trabalhos <strong>de</strong> Aplicação (11º ano); turmas do 10º e 11º anos do Curso Geral<br />

Económico-Social (prosseguimento <strong>de</strong> estudos); turmas do 12º ano do Curso Tecnológico <strong>de</strong><br />

Administração; 10º ano profissionalizante do Curso <strong>de</strong> Assistente Administrativo. Houve escolas que a<br />

trabalharam <strong>de</strong> forma transversal na “Área Projecto”. Algumas escolas privilegiaram a<br />

interdisciplinarieda<strong>de</strong> tendo envolvido no projecto turmas <strong>de</strong> outras áreas (ex. Design). Os <strong>de</strong>stinatários<br />

foram alunos, <strong>de</strong> 15 a 19 anos, que frequentavam, na sua maioria, cursos tecnológicos do ensino<br />

secundário.<br />

O ENE consistiu num programa <strong>de</strong> aprendizagem em torno da elaboração <strong>de</strong> um Plano <strong>de</strong> Negócios<br />

durante um ano lectivo, suportado por materiais didácticos e por um leque diversificado <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s<br />

que incluiu, entre outras, Formação para Professores, Visitas a Empresas, um Concurso <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ias, uma<br />

Exposição das I<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> Negócio e Estágios em Empresas.<br />

A motivação dos alunos passou também pela motivação e envolvimento dos respectivos professores.<br />

Foram realizados dois tipos <strong>de</strong> acção <strong>de</strong> formação para professores: um curso intensivo <strong>de</strong> curta duração<br />

(25 h) e uma acção <strong>de</strong> formação, em contexto <strong>de</strong> trabalho, segundo a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> “projecto”. As<br />

acções <strong>de</strong> formação para professores resultaram da colaboração com os Centros <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Olhão e<br />

<strong>de</strong> Faro. As acções encontram-se acreditadas pelo Conselho Científico-Pedagógico <strong>de</strong> Formação Contínua<br />

e conferiram aos professores unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crédito para progressão na carreira.<br />

O objectivo das visitas a empresas foi proporcionar aos alunos o contacto com empresas da região e<br />

infra-estruturas <strong>de</strong> apoio a empresas (Centro <strong>de</strong> Formalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Empresas, Ninho <strong>de</strong> Empresas, CACE).<br />

Pretendia-se <strong>de</strong>smistificar a empresa como algo complexo e transmitir aos jovens a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>rem vir a criar, no futuro, a sua própria empresa. Foram visitadas PMEs <strong>de</strong> referência para a região<br />

15 Elementos do <strong>CRIA</strong><br />

43


44<br />

(ex. corticeiras), micro-empresas constituídas ou geridas por jovens; empresas geridas por mulheres,<br />

empresas <strong>de</strong> base tecnológica… Ao longo dos dois anos colaboraram cerca <strong>de</strong> vinte empresas.<br />

O Concurso ENE I<strong>de</strong>ias foi concebido para valorar e premiar o trabalho dos alunos na elaboração do<br />

Plano <strong>de</strong> Negócios. O júri foi composto pelos Presi<strong>de</strong>ntes dos Conselhos Executivos, um professor<br />

<strong>de</strong>signado <strong>de</strong> cada escola e um representante da Parceria <strong>de</strong> Desenvolvimento. Nas duas edições do<br />

Projecto ENE foram atribuídos prémios <strong>de</strong> Participação, Menções Honrosas, Melhor Projecto <strong>de</strong> cada<br />

Escola e 1º Prémio. Contou-se também com a colaboração <strong>de</strong> outras entida<strong>de</strong>s (Câmara Municipal <strong>de</strong><br />

Olhão, Papelarias, Editoras, etc). Em 2003, o 1º Prémio foi para 3 jovens da Escola <strong>de</strong> Olhão que<br />

“projectaram” uma empresa <strong>de</strong> serviços integrados para casamentos. A "empresa” vencedora <strong>de</strong> 2004<br />

foi apresentada por duas alunas da Escola Secundária Júlio Dantas, em Lagos que conceberam uma<br />

empresa agro-alimentar e <strong>de</strong> turismo rural que explora a fileira da alfarroba - a Alfarrobinha, Lda.<br />

(http://alfarrobinha.com.sapo.pt/)<br />

No final <strong>de</strong> cada ano lectivo os alunos apresentaram as i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> negócio que submeteram a concurso. A<br />

Expo ENE foi o acontecimento mais mediático do projecto ENE, tendo reunido alunos, professores, pais,<br />

imprensa regional, presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> câmaras. A Expo ENE permitiu travar conhecimento com os diversos<br />

trabalhos dos alunos e proporcionar o convívio entre alunos e professores <strong>de</strong> diversas escolas.<br />

Ao longo dos dois anos foram realizados 40 Estágios <strong>de</strong> um mês com acompanhamento semanal.<br />

Colaboraram nesta activida<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 25 empresas da região. Actualmente o projecto encontra-se em<br />

fase <strong>de</strong> disseminação da metodologia (Acção 3 da EQUAL) e apropriação por outros actores.<br />

4.3.3. Medidas <strong>de</strong> Apoio face às Necessida<strong>de</strong>s Detectadas<br />

1. Minimizar as barreiras à entrada para novas empresas:<br />

• Facilitação <strong>de</strong> acesso ao financiamento<br />

• Promoção dos serviços <strong>de</strong> apoio para minimizar custos da burocracia<br />

• Criar estrutura <strong>de</strong> partilha <strong>de</strong> riscos – fundo regional <strong>de</strong> capital semente e capital <strong>de</strong> risco;<br />

criação <strong>de</strong> pacotes (portfolio) <strong>de</strong> novas empresas para financiamento integrado das i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong><br />

negócio<br />

2. Promover competências regionais para o Empreen<strong>de</strong>dorismo:<br />

• Introdução generalizada <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> Empreen<strong>de</strong>dorismo (Metodologia ENE) no Ensino<br />

Secundário, Escolas Secundárias e Profissionais, do <strong>Algarve</strong><br />

• Criação <strong>de</strong> pacotes <strong>de</strong> Formação Profissional para uma Atitu<strong>de</strong> Empreen<strong>de</strong>dora: para Novos<br />

Empresários e para Empresários Existentes<br />

• Realização do Concurso Regional <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ias Inovadoras <strong>de</strong> dois em dois anos<br />

3. Dinamizar funcionamento em Re<strong>de</strong> dos organismos <strong>de</strong> suporte ao Empreen<strong>de</strong>dorismo existentes<br />

através da criação <strong>de</strong> um Fórum <strong>de</strong> Inovação<br />

4. Financiar através <strong>de</strong> programas-quadro as estruturas <strong>de</strong> apoio ao Empreen<strong>de</strong>dorismo e à<br />

Criação <strong>de</strong> Empresas<br />

5. Promover a estruturação <strong>de</strong> um Observatório Nacional para PME e Empreen<strong>de</strong>dorismo no<br />

<strong>Algarve</strong> envolvendo um quadro alargado <strong>de</strong> actores-chave nacionais


CAPÍTULO CAPÍTULO IIV<br />

I<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo no <strong>Algarve</strong><br />

6. Dinamizar zonas industriais através da concessão <strong>de</strong> mais espaços e criação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> apoio<br />

e gestão do espaço<br />

7. Apostar estrategicamente no Pólo Tecnológico como elemento central para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do Empreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong> Base Tecnológica na Região em particular em investimentos em<br />

questões intangíveis<br />

45


CAPITULO V<br />

5. O Papel da Proprieda<strong>de</strong> Industrial e a OTIC<br />

5.1. Introdução<br />

47<br />

CAPÍTULO CAPÍTULO V<br />

O Papel da Proprieda<strong>de</strong> Industrial e a OTIC<br />

A crescente necessida<strong>de</strong> em acompanhar o ritmo alucinante da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> faz-nos reflectir sobre a<br />

importância que as patentes representam ao nível do crescimento económico nacional e internacional.<br />

Esta temática tem particular ênfase no actual contexto português, nomeadamente no que diz respeito<br />

ao <strong>de</strong>senvolvimento socio-económico, comportando primordial interesse e importância para todos os<br />

cidadãos nacionais e para a empresas portuguesas, que a nível nacional como internacional recorrem ao<br />

sistema da proprieda<strong>de</strong> industrial.<br />

Com recurso a um conjunto <strong>de</strong> dados para as regiões europeias, uma série <strong>de</strong> análises que visam, por um<br />

lado perceber as posições relativas das regiões ibéricas, e por outro, compreen<strong>de</strong>r as variáveis que<br />

influenciam o número <strong>de</strong> patentes em cada região europeia.<br />

A Proprieda<strong>de</strong> Industrial (PI) assume uma importância central no quadro <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> global em<br />

que as empresas operam actualmente <strong>de</strong> forma a garantir a uma posição estratégica face à inovação. O<br />

documento seguinte procura reflectir sobre a relação das patentes com outras variáveis <strong>de</strong> forma a<br />

introduzir pistas para a actuação futura no tema da PI. Reunindo um conjunto alargado <strong>de</strong> variáveis,<br />

procurou-se hierarquizar o comportamento das regiões ibéricas em termos <strong>de</strong> I&D e variáveis <strong>de</strong><br />

patentes, encontrar correlações das patentes com outras variáveis e através da análise regressiva<br />

encontrar um mo<strong>de</strong>lo que explicasse o número <strong>de</strong> patentes. Os principais resultados reforçam a<br />

importância das patentes como medida <strong>de</strong> inovação e o contributo central da I&D privada para o nível<br />

<strong>de</strong> patentes em cada região.<br />

5.2. Medir Patentes: o Caso das Regiões Ibéricas<br />

O objectivo da secção seguinte é a compreensão das relações das variáveis <strong>de</strong> patentes com um<br />

conjunto alargado <strong>de</strong> outras variáveis. Analisou-se sinteticamente o percurso evolutivo dos indicadores<br />

<strong>de</strong> inovação (nos quais as patentes têm <strong>de</strong>staque) iniciado com o Manual <strong>de</strong> Frascati até aos nossos dias.<br />

Seguidamente reuniu-se um conjunto <strong>de</strong> variáveis para 175 regiões europeias. Com esta base <strong>de</strong> dados<br />

alcançaram-se alguns resultados interessantes: a hierarquização das várias regiões face a algumas<br />

variáveis relacionadas com o I&D e com Patentes (<strong>de</strong>stacando-se a posição das regiões ibéricas), a<br />

verificação da correlação das variáveis <strong>de</strong> patentes com as outras variáveis, e a estimação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />

regressivos que explicassem favoravelmente a relação do Número <strong>de</strong> Patentes com as outras variáveis do<br />

nosso conjunto <strong>de</strong> dados.<br />

5.2.1. As Patentes como Medida <strong>de</strong> Inovação<br />

Como referimos anteriormente a importância da Inovação para o crescimento económico é um aspecto<br />

central da Socieda<strong>de</strong> do Conhecimento. A Comissão Europeia (2004:vii) chega a afirmar que “…é a chave<br />

para a competitivida<strong>de</strong> territorial.” Actuar sobre a Inovação é crucial para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

económico. No entanto, para <strong>de</strong>cidir como actuar é fundamental primeiro medir e avaliar. A medição da<br />

Inovação tem sofrido uma evolução intensa, influenciada em gran<strong>de</strong> medida pelo caminho trilhado pela


48<br />

OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que, em Junho <strong>de</strong> 1963, um<br />

grupo <strong>de</strong> especialistas <strong>de</strong>ste organismo reuniu-se com o grupo NESTI (National Experts on Science and<br />

Technology Indicators) em Frascati (Itália), resultando um trabalho que ficou conhecido como o Manual<br />

<strong>de</strong> Frascati 16 . Este documento procurou esclarecer os temas relacionados com a medição <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong><br />

I&D. Segundo Godinho (1999: 227) o manual permitiu pela primeira vez, graças aos seus conceitos e<br />

procedimentos precisos <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> dados, a elaboração <strong>de</strong> estatísticas internacionalmente<br />

compatíveis sobre os recursos humanos ou <strong>de</strong>spesas afectas à I&D.<br />

Contudo, na década seguinte, a teoria económica começou a verificar as limitações <strong>de</strong>stes indicadores,<br />

que apesar <strong>de</strong> importantes são complementares a outros não contabilizados na altura porque<br />

focalizavam-se apenas em inputs do processo inovador. Começaram-se então a utilizar estatísticas<br />

relacionadas com outputs da inovação, dos quais se <strong>de</strong>stacam as patentes 17 , porque são uma medida<br />

próxima da inovação ao contabilizarem o resultado <strong>de</strong> uma investigação cujos responsáveis<br />

perspectivam que vale a pena proteger porque po<strong>de</strong>m originar benefícios económicos dos quais se<br />

querem apropriar no futuro <strong>de</strong> uma forma monopolística 18 .<br />

A partir da década <strong>de</strong> 1980 surgiram vários inquéritos nacionais à Inovação, nos quais se tentava<br />

proce<strong>de</strong>r a levantamentos mais exaustivos da produção, adopção <strong>de</strong> inovações na empresa, factores<br />

favoráveis e barreiras à difusão, contabilização dos custos efectivos com as activida<strong>de</strong>s inovadoras.<br />

Actualmente a contabilização da inovação é uma questão mainstream e segue as propostas do Manual <strong>de</strong><br />

Oslo (1992). Este Manual, também da OCDE, que vai já na sua terceira edição, tenta sintetizar todos<br />

estes esforços, <strong>de</strong>finindo regras para os vários tipos <strong>de</strong> indicadores, baseados na observação do processo<br />

da inovação, mas tendo em conta os métodos tradicionais <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> inputs e outputs, on<strong>de</strong> as<br />

patentes assumem um lugar relevante. Em 1994 surge o Manual <strong>de</strong> Patentes da OCDE, que vem <strong>de</strong>stacar<br />

o papel crucial do registo da Proprieda<strong>de</strong> Industrial no processo inovador e na contabilização da<br />

Inovação. Em 2006 a OCDE lança o Compendium of Patent Statistics para tornar a medição das Patentes<br />

mais homogénea e capacitar uma análise comparativa a<strong>de</strong>quada entre países e regiões. As patentes<br />

assumem-se actualmente como indicadores incontornáveis da Inovação, OCDE (2006: 8):<br />

“Patent statistics provi<strong>de</strong> a measure of innovation output, as they reflect the inventive<br />

performance of countries, regions, technologies, firms, etc. They are also used to track the<br />

level of diffusion of knowledge across technology areas, countries, sectors, firms, etc., and the<br />

level of internationalisation of innovative activities. Patent indicators can serve to measure the<br />

output of R&D, its productivity, structure and the <strong>de</strong>velopment of a specific<br />

technology/industry. Conversely, patents can also be used as an input indicator, as patents<br />

represent a source of information for subsequent inventors. Patent indicators have many<br />

advantages, mainly: i) they have a close link to inventions; ii) they cover a broad range of<br />

technologies on which there are sometimes few other sources of data; iii) the contents of patent<br />

documents are a rich source of information; and iv) patent data are readily available from<br />

patent offices.”<br />

16 Oficialmente conhecido como ‘The Proposed Standard Practice for Surveys of Research and Experimental Development’<br />

17 Mas também <strong>de</strong> balanças <strong>de</strong> pagamentos tecnológicos e análises bibliométricas<br />

18 No fundo é a visão schumpeteriana <strong>de</strong> diferenciar a Invenção da Inovação através do interesse do mercado e dos proveitos<br />

comerciais que se retiram da Invenção


5.2.2. Análise das Patentes: o Caso das Regiões Europeias<br />

CAPÍTULO CAPÍTULO V<br />

O Papel da Proprieda<strong>de</strong> Industrial e a OTIC<br />

Como referido o trabalho seguinte procurou reunir um conjunto <strong>de</strong> variáveis que pu<strong>de</strong>ssem ser úteis<br />

para o entendimento do comportamento diferenciado e assimetrias ao nível regional e também<br />

encontrar evidências das variáveis que mais se relacionam com as variáveis <strong>de</strong> patentes. Cruzando dois<br />

conjuntos <strong>de</strong> dados, constantes no 3º Relatório da Coesão 19 e no Trendchart Regional da Inovação 20 ,<br />

reunimos uma base <strong>de</strong> dados com um número interessante <strong>de</strong> variáveis em todas as regiões europeias<br />

pertencentes à UE15 (175 casos) e que se referem <strong>de</strong> um modo geral ao nível NUTS II do Eurostat<br />

(excepto Reino Unido e Bélgica, NUTS I; Luxemburgo e Dinamarca, nível nacional). Estas variáveis<br />

relacionam-se com questões <strong>de</strong> performance económica, estrutura da activida<strong>de</strong> económica, emprego,<br />

estrutura populacional, educação e indicadores <strong>de</strong> inovação, em particular I&D (público e privado) e<br />

Patentes (EPO, Alta <strong>Tecnologia</strong> e Número Total).<br />

5.2.3. Ranking das Regiões Ibéricas no Quadro Europeu<br />

Utilizando o conjunto <strong>de</strong> dados referidos anteriormente hierarquizamos as regiões ibéricas face aos<br />

cinco indicadores <strong>de</strong> inovação em comparação com as 175 regiões analisadas 21 .<br />

O nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas em I&D pelo sector público é uma variável muito importante para a Inovação 22 .<br />

Demonstra o comprometimento do próprio estado no <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico da região em causa.<br />

O I&D público é <strong>de</strong>senvolvido maioritariamente pelas universida<strong>de</strong>s públicas, pelos seus centros <strong>de</strong><br />

investigação e também por laboratórios estatais. A investigação realizada neste âmbito continua a ser<br />

<strong>de</strong> carácter fundamental e inventivo. As regiões ibéricas apresentam valores interessantes <strong>de</strong> I&D<br />

público, uma tentativa <strong>de</strong> suprimir claramente as suas insuficiências do lado privado. As regiões on<strong>de</strong> se<br />

localizam as capitais (Comunidad <strong>de</strong> Madrid e Lisboa e Vale do Tejo) são as mais intensas em I&D<br />

público. Destacar que das 7 regiões portuguesas 5 estão no top ten ibérico em relação ao I&D público (o<br />

<strong>Algarve</strong> e a Ma<strong>de</strong>ira ficam fora). A Extremadura está em 5º lugar. Das variáveis analisadas esta é aquela<br />

na qual as regiões ibéricas estão melhor no quadro geral.<br />

O nível <strong>de</strong> I&D pelo sector privado é uma variável crucial para a inovação 23 . É caracterizadora do<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo e da capacida<strong>de</strong> tecnológica regional, e é vocacionada para investigação aplicada<br />

com o objectivo <strong>de</strong> gerar retornos financeiros. A região com maior I&D privada é o País Basco. As regiões<br />

das capitais continuam bem colocadas no ranking ibérico, mas a visão geral é um nível comprometedor<br />

das regiões ibéricas. O <strong>Algarve</strong> (168º) e a Extremadura (162º) apresentam valores muito baixos <strong>de</strong><br />

investimento privado em investigação & <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

19 Comissão Europeia (2004)<br />

20 Hollan<strong>de</strong>rs (2003)<br />

21 Tabelas no Anexo 1<br />

22 Utilizou-se nesta análise I&D Pública em % do PIB (2001) do Trendchart<br />

23 I&D Privada em % do PIB (2001) do Trendchart<br />

49


50<br />

Figura 5: Gastos em I&D em % do PIB<br />

[Fonte: Eurostat (2005: 86)]<br />

As variáveis <strong>de</strong> Patentes (EPO, Patentes Totais e Patentes <strong>de</strong> Alta <strong>Tecnologia</strong>) 24 são indicadores <strong>de</strong><br />

output do processo inovador. Seguem em geral a mesma tendência, porque as regiões mais preocupadas<br />

com a questão das patentes não se diferenciam particularmente nas variáveis que possuímos. O<br />

comportamento das regiões ibéricas é muito fraco, gran<strong>de</strong> percentagem <strong>de</strong>las concentra-se no final do<br />

ranking europeu. Parece existir alguma relação entre as regiões melhor colocadas em termos <strong>de</strong><br />

Patentes e as que maior nível <strong>de</strong> I&D privado possuem (esta será uma das relações que vamos testar na<br />

subsecção seguinte). As regiões portuguesas não apresentam gran<strong>de</strong> propensão para o registo <strong>de</strong><br />

patentes quando comparadas com as suas congéneres espanholas. O <strong>Algarve</strong> e a Extremadura<br />

apresentam-se mal colocadas (ficam sempre abaixo do 160º lugar do ranking europeu e na parte inferior<br />

da tabela ibérica).<br />

Analisando a distribuição espacial pelas regiões europeias <strong>de</strong>stes dois tipos <strong>de</strong> variáveis temos uma visão<br />

mais clara das assimetrias que continuam a subsistir no território europeu. Nas figuras 1 e 2 mostram-se<br />

a intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> I&D (as <strong>de</strong>spesas em percentagem do PIB) e as Patentes registadas no EPO (por milhão<br />

<strong>de</strong> habitantes). Comparando os dois mapas surge, uma vez mais, a evidência da correlação entre estas<br />

duas variáveis.<br />

24 Pedidos <strong>de</strong> patentes no European Patent Office por milhão <strong>de</strong> habitantes (média <strong>de</strong> 1999-2000-2001), Número total <strong>de</strong> Patentes<br />

(2001) e Percentagem <strong>de</strong> Patentes <strong>de</strong> Alta <strong>Tecnologia</strong> do Total (2001)


5.2.4. Correlações Significativas das Patentes<br />

Figura 6: Patentes EPO por milhão <strong>de</strong> habitantes<br />

[Fonte: Eurostat (2005: 90)]<br />

CAPÍTULO CAPÍTULO V<br />

O Papel da Proprieda<strong>de</strong> Industrial e a OTIC<br />

Depois das evidências encontradas nos indicadores <strong>de</strong> inovação é interessante compreen<strong>de</strong>rmos quais as<br />

variáveis com que as patentes se correlacionam. A correlação não é uma medida <strong>de</strong> causalida<strong>de</strong>, ou<br />

seja, não po<strong>de</strong>mos aferir nada com a sua análise quanto à sequência dos fenómenos. O que po<strong>de</strong>mos<br />

avaliar é se a intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um fenómeno é acompanhada, ten<strong>de</strong>ncialmente (valores médios) pela<br />

intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outro, no mesmo sentido ou no sentido inverso. A correlação é uma medida <strong>de</strong><br />

associação linear que varia entre 1 e – 1. Quanto mais próxima estiver dos valores extremos maior é a<br />

associação linear existente entre as variáveis. A associação é negativa caso a aumentos <strong>de</strong> uma variável<br />

ocorram, em média, diminuições dos valores da outra. A associação é positiva caso a variação entre as<br />

variáveis se comporte no mesmo sentido. Como sugerem Pestana e Gageiro (2003: 189) convencionou-se<br />

que um R inferior a 0,2 reflecte uma associação muito baixa; entre 0,2 e 0,39 baixa; entre 0,4 e 0,69<br />

mo<strong>de</strong>rada; entre 0,7 e 0,89 alta; e por fim entre 0,9 e 1 muito alta 25 . Para o nosso estudo utilizamos os<br />

coeficientes <strong>de</strong> correlação R <strong>de</strong> Pearson e Ró <strong>de</strong> Spearman 26 .<br />

As variáveis <strong>de</strong> Patentes (patentes EPO, patentes <strong>de</strong> Alta tecnologia e patentes totais) apresentam<br />

correlações positivas elevadas para indicadores do PIB, Nível <strong>de</strong> Emprego, Emprego Tecnológico,<br />

variáveis <strong>de</strong> educação e I&D (privado mas também o público com valores menos significativos) 27 . Existe<br />

25 Valores em módulo<br />

26 O Ró <strong>de</strong> Spearman ao utilizar a or<strong>de</strong>m das observações e não o valor da variável, torna-se insensível a assimetrias na distribuição ou<br />

à presença <strong>de</strong> outliers.<br />

27 Ver quadro <strong>de</strong> correlações no Anexo 2<br />

51


52<br />

por outro lado uma correlação negativa significativa com o Emprego Agrícola e a Nível <strong>de</strong> População com<br />

Escolarida<strong>de</strong> Inferior.<br />

5.2.5. A Estimação <strong>de</strong> um Mo<strong>de</strong>lo Econométrico<br />

A Análise Regressiva é um método útil para hierarquizarmos influências <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas variáveis<br />

(in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes) sobre uma variável <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, a qual queremos compreen<strong>de</strong>r melhor. Po<strong>de</strong> ser<br />

também utilizada como método para previsão, pretensão que não é a nossa no âmbito <strong>de</strong>ste estudo, em<br />

primeiro porque neste caso a exigência aos mo<strong>de</strong>los aumenta e por outro lado, o tipo <strong>de</strong> dados que<br />

possuímos, <strong>de</strong> carácter Cross-Section não nos permite criar o tipo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo dinâmico que nos parece<br />

mais a<strong>de</strong>quado para o fenómeno em estudo que teria preferencialmente <strong>de</strong> ter em conta dados <strong>de</strong><br />

séries temporais. O procedimento utilizado, procurando gerar uma Regressão Linear Múltipla, é um dos<br />

mais utilizados, pois provi<strong>de</strong>ncia uma relação funcional simples (linear) entre variáveis. A relação<br />

matemática é expressa pela seguinte equação.<br />

Y = a + b1 * X1 + b2 * X2 +... bn * Xn (1)<br />

Em que b1, b2, ... bn são os coeficientes <strong>de</strong> regressão, ajustados a partir dos dados, Y a variável<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e X1, X2, ... Xn são as variáveis in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.<br />

O nosso objectivo foi perceber quais a variáveis que mais influenciam a variável Número Total <strong>de</strong><br />

Patentes. Usando a análise efectuada anteriormente seleccionámos oito variáveis que possuíam<br />

correlações elevadas com esta variável: PIB per capita, Taxa <strong>de</strong> Emprego, Emprego em Indústria <strong>de</strong><br />

Média/Alta <strong>Tecnologia</strong>, Emprego em Serviços <strong>de</strong> Média/Alta <strong>Tecnologia</strong>, Despesas em I&D privado em<br />

percentagem do PIB regional, Despesas em I&D público em percentagem do PIB regional, Percentagem<br />

<strong>de</strong> População no Sector Agrícola e Percentagem da População com Escolarida<strong>de</strong> Inferior.<br />

Ao escolhermos esta variáveis é possível criar três mo<strong>de</strong>los com capacida<strong>de</strong> explicativa do Número <strong>de</strong><br />

Patentes. Os três mo<strong>de</strong>los passam vários testes <strong>de</strong> diagnóstico que po<strong>de</strong>mos fazer 28 . A gran<strong>de</strong> limitação<br />

dos mo<strong>de</strong>los apresentados é o Ajustamento, porque a parte não explicada ainda representa uma<br />

percentagem importante da Variância dos dados; os R quadrados apresentam valores inferiores a 0,7.<br />

Levanta-se uma pergunta, a respon<strong>de</strong>r em estudos futuros, afinal que outras variáveis influenciam o<br />

número <strong>de</strong> patentes que não foram tidas em conta nesta análise?<br />

Continuando com a explicação dos mo<strong>de</strong>los verificamos que o Mo<strong>de</strong>lo 1 mostra que a variável<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte que mais influencia o número <strong>de</strong> patentes é o valor da I&D privada. O Mo<strong>de</strong>lo 2<br />

acrescenta ao Mo<strong>de</strong>lo 1 a variável PIB per capita. O Mo<strong>de</strong>lo 3 é o Mo<strong>de</strong>lo 2 acrescentado com a variável<br />

Emprego em Indústria <strong>de</strong> Média/Alta <strong>Tecnologia</strong>. É o mo<strong>de</strong>lo com maior capacida<strong>de</strong> explicativa (R<br />

quadrado ajustado = 0,691).<br />

28 Os mo<strong>de</strong>los são válidos em termos globais (através do teste f rejeitamos a hipótese dos coeficientes serem todos nulos) e cada um<br />

dos coeficientes é diferente <strong>de</strong> zero (recurso ao teste t). Em relação aos resíduos verificámos a não existência <strong>de</strong><br />

homoescedasticida<strong>de</strong>, ou seja, a variância é constante, testámos a covariância nula dos resíduos, chegando à conclusão a inexistência<br />

<strong>de</strong> autocorrelação através do teste Durbin-Watson. Os resíduos seguem uma distribuição normal. Verificámos a Multicolinearida<strong>de</strong><br />

através dos testes VIF, tolerância e correlação entre variáveis in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes que revelaram a in<strong>de</strong>pendência linear <strong>de</strong>stas variáveis.


CAPÍTULO CAPÍTULO V<br />

O Papel da Proprieda<strong>de</strong> Industrial e a OTIC<br />

Sendo Y o Número <strong>de</strong> Patentes, X1 o I&D Privado em % do PIB, X2 o PIB per capita e X3 o Emprego em<br />

Indústria <strong>de</strong> Média/Alta tecnologia, a equação do mo<strong>de</strong>lo é:<br />

Y = -109,559 + 83,047*X1 + 0,006*X2 + 8,491*X3 (2)<br />

Na sua forma standardizada o mo<strong>de</strong>lo apresenta-se:<br />

(21,57) (8,98) (0,001) (1,95)<br />

Y = 0,516*X1 + 0,263*X2 + 0,221*X3 (3)<br />

Esta equação do mo<strong>de</strong>lo evi<strong>de</strong>ncia resultados que vão ao encontro das expectativas iniciais. De facto a<br />

I&D privada assume o papel crucial para o aumento das patentes. As variáveis do PIB e o peso da<br />

Indústria Média/Alta <strong>Tecnologia</strong> também são relevantes.<br />

Mo<strong>de</strong>l<br />

1<br />

2<br />

3<br />

Depen<strong>de</strong>nt<br />

Variable: Número<br />

total <strong>de</strong> Patentes<br />

(2001) Trendchart<br />

B<br />

Unstandardize<br />

d Coefficients<br />

Std.<br />

Error<br />

Standardized<br />

Coefficients<br />

Beta<br />

t<br />

Sig.<br />

Lower<br />

Bound<br />

95%<br />

Confi<strong>de</strong>nce<br />

Interval for B<br />

Upper<br />

Bound<br />

(Constant) 25,073 10,480 2,392 ,018 4,386 45,760<br />

I&D Privado em %<br />

do PIB (2001)<br />

Trendchart<br />

Zeroor<strong>de</strong>r<br />

Correlations<br />

Partial Part<br />

Tolera<br />

nce<br />

125,020 7,759 ,776 16,113 ,000 109,705 140,336 ,776 ,776 ,776 1,000 1,000<br />

(Constant) -80,503 21,556 -3,735 ,000 -123,05 -37,951<br />

I&D Privado em %<br />

do PIB (2001)<br />

Trendchart<br />

PIB per capita<br />

(2000)<br />

Trendchart<br />

100,127 8,489 ,622 11,794 ,000 83,368 116,885 ,776 ,671 ,525 ,714 1,401<br />

,006 ,001 ,289 5,483 ,000 ,004 ,008 ,622 ,388 ,244 ,714 1,401<br />

(Constant) -109,56 21,568 -5,080 ,000 -152,14 -66,982<br />

I&D Privado em %<br />

do PIB (2001)<br />

Trendchart<br />

PIB per capita<br />

(2000)<br />

Trendchart<br />

Emprego em<br />

indústria <strong>de</strong><br />

Média/alta<br />

tecnologia (2002)<br />

Trendchart<br />

83,047 8,981 ,516 9,247 ,000 65,317 100,777 ,776 ,580 ,392 ,577 1,733<br />

,006 ,001 ,263 5,213 ,000 ,003 ,008 ,622 ,372 ,221 ,704 1,420<br />

8,491 1,954 ,221 4,345 ,000 4,633 12,349 ,599 ,317 ,184 ,696 1,438<br />

Quadro 6: Mo<strong>de</strong>los Estimados<br />

(Fonte: Elaboração Própria)<br />

Collinearity<br />

Statistics<br />

VIF<br />

53


54<br />

Interessante é também introduzir a questão da não inclusão da I&D pública nos mo<strong>de</strong>los seleccionados.<br />

Com a nossa análise verificámos que a I&D pública tem, apesar <strong>de</strong> correlacionado significativamente<br />

com o Número <strong>de</strong> Patentes, uma capacida<strong>de</strong> explicativa limitada <strong>de</strong>sta variável. Na realida<strong>de</strong> a criação<br />

<strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo em que forçássemos a inclusão da I&D pública originava um resultado curioso. Para além<br />

<strong>de</strong> ser um mo<strong>de</strong>lo mal especificado e errado à partida, com capacida<strong>de</strong> explicativa limitada, originava<br />

um coeficiente associado ao I&D público negativo, ou seja, não só o I&D público não incrementa o<br />

número <strong>de</strong> patentes como tem ainda um impacto negativo.<br />

Problematizando este resultado contraditório percebemos que as regiões on<strong>de</strong> o I&D público é mais<br />

intenso tentam muitas vezes suprimir uma falha do tecido empresarial, inexistente ou fraco em termos<br />

<strong>de</strong> preocupações científicas e tecnológicas. Como referido anteriormente o I&D privado, que é virado<br />

para os resultados científicos com aplicações comerciais com objectivo do lucro futuro, é o que à<br />

partida procura garantir os seus direitos <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> através do registo <strong>de</strong> patentes. A I&D pública<br />

acaba assim por ter um efeito crowding-out ao condicionar o nível <strong>de</strong> patentes.<br />

5.3. A Relação OTIC E GAPI<br />

A OTIC da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> beneficiará <strong>de</strong> uma parceria estratégica com uma estrutura já<br />

criada, que se encontra em fase <strong>de</strong> consolidação, o GAPI – Gabinete <strong>de</strong> Apoio à Promoção da<br />

Proprieda<strong>de</strong> Industrial, resultado <strong>de</strong> uma parceria entre o Instituto Nacional da Proprieda<strong>de</strong> Industrial e<br />

da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>.<br />

O GAPI será, portanto, um parceiro estratégico da <strong>Algarve</strong> TranferTECH, uma vez que os projectos que<br />

<strong>de</strong>correm da colaboração Universida<strong>de</strong>-Empresa po<strong>de</strong>rão originar a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> novos processos ou<br />

novos produtos, passíveis <strong>de</strong> protecção industrial. Por esse motivo, a <strong>Algarve</strong> TransfeTECH será<br />

responsável, com a colaboração do GAPI, pela posterior gestão dos processos <strong>de</strong> Proprieda<strong>de</strong> Industrial<br />

com origem universitária.<br />

A titularida<strong>de</strong> dos direitos <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> intelectual provenientes da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investigação da<br />

Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> está prevista no Regulamento Interno da PI que se encontra em fase <strong>de</strong><br />

aprovação.<br />

Este regulamento consagra, como princípio base, que a titularida<strong>de</strong> dos direitos <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong><br />

intelectual será da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>.<br />

No que diz respeito à partilha <strong>de</strong> resultados/benefícios proveniente da valorização comercial da<br />

proprieda<strong>de</strong> intelectual, a repartição entre a Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> e o investigadores ou centros <strong>de</strong><br />

investigação será feita <strong>de</strong> acordo com o previsto no art.º 17º do projecto <strong>de</strong> Regulamento da<br />

Proprieda<strong>de</strong> Intelectual. Com os centros <strong>de</strong> investigação a repartição obe<strong>de</strong>cerá ao estipulado no n.º 2<br />

do art.º 16º.<br />

Estão também a ser dados os primeiros passos na valorização comercial da proprieda<strong>de</strong> intelectual,<br />

nomeadamente através <strong>de</strong> parceria entre a Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> e empresas internacionais<br />

interessadas em aproveitar alguns resultados <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> investigação em curso, nomeadamente nas<br />

áreas da Biotecnologia e Ciências do Mar. As primeiras patentes resultantes <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> investigação<br />

na UALG iniciaram o seu processo <strong>de</strong> registo e o trabalho <strong>de</strong> aproveitamento, exploração,<br />

comercialização e valorização das mesmas ganha um novo alento graças a este Gabinete que


CAPÍTULO CAPÍTULO V<br />

O Papel da Proprieda<strong>de</strong> Industrial e a OTIC<br />

proporciona <strong>de</strong> forma clara, objectiva e dinâmica todas as informações necessárias e toda a colaboração<br />

<strong>de</strong>stinada à condução e gestão <strong>de</strong> processos relacionados com a Proprieda<strong>de</strong> Industrial.<br />

5.4. Conclusões<br />

A Proprieda<strong>de</strong> Industrial assume um papel <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque no mundo actual, na transição para uma<br />

economia baseada no conhecimento. A PI é essencial porque confere vantagens competitivas ao<br />

proteger, sinalizar e premiar os esforços inventivos <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> diferenciação dos indivíduos,<br />

empresas e organismos que a utilizam. Nos países em que a as activida<strong>de</strong>s inovadoras são mais exíguas,<br />

é importante disseminar e promover a utilização da PI como forma <strong>de</strong> protecção ao esforço inovador.<br />

Neste aspecto a re<strong>de</strong> GAPI tem assumido em Portugal um papel <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque com um conjunto muito<br />

interessante <strong>de</strong> resultados e que terão impactos em termos da competitivida<strong>de</strong> e da inovação no futuro.<br />

Foram <strong>de</strong>tectadas as limitações que as regiões ibéricas ainda têm em termos <strong>de</strong> inovação, analisando<br />

indicadores <strong>de</strong> input, I&D pública e privada, e indicadores <strong>de</strong> output, variáveis <strong>de</strong> patentes. As maiores<br />

limitações são ao nível das <strong>de</strong>spesas privadas em I&D que condicionam em muito o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

sócio-económico <strong>de</strong>stas regiões. Continua a verificar-se uma concentração dos esforços públicos em I&D<br />

nos gran<strong>de</strong>s centros económicos, Madrid e Lisboa. O número <strong>de</strong> patentes está correlacionado,<br />

positivamente, com indicadores do PIB, Nível <strong>de</strong> Emprego, Emprego Tecnológico, nível <strong>de</strong> I&D (privado e<br />

público) e variáveis <strong>de</strong> educação; e negativamente com o Emprego Agrícola e a Nível <strong>de</strong> População com<br />

Escolarida<strong>de</strong> Inferior. O mo<strong>de</strong>lo elaborado do número <strong>de</strong> patentes evi<strong>de</strong>nciou relações cruciais com a<br />

I&D privada, o nível do PIB e a existência <strong>de</strong> Indústria Média/Alta <strong>Tecnologia</strong>. O nosso mo<strong>de</strong>lo revela<br />

que a I&D pública assume um papel secundário para o incremento do número <strong>de</strong> patentes. Esta situação<br />

<strong>de</strong>corre do carácter fundamental e sem objectivos económicos directos da maioria da investigação<br />

realizada no meio académico. Daqui <strong>de</strong>corre que a promoção da inovação no quadro regional <strong>de</strong>ve<br />

concentrar-se no incentivo à I&D privada, ou então tentando converter os resultados da I&D pública<br />

numa lógica <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> inovação, através da transferência tecnológica para o tecido empresarial ou<br />

da criação <strong>de</strong> spin-offs e start-ups, o que reforça o papel da <strong>Algarve</strong> TrransferTECH.<br />

55


56<br />

CAPÍTULO VI<br />

6. Iniciativas a Concretizar para a Consolidação da Relação Universida<strong>de</strong>-<br />

Empresa no <strong>Algarve</strong><br />

6.1. Organização <strong>de</strong> um Fórum Regional <strong>de</strong> Inovação<br />

Esta activida<strong>de</strong> insere-se no Eixo 2 – Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cooperação no âmbito do projecto OTIC – Oficina para a<br />

<strong>Transferência</strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> e Conhecimento (<strong>Algarve</strong> TransferTECH). Existem verba para esta<br />

activida<strong>de</strong> específica.<br />

Metodologia <strong>de</strong> Trabalho: Este Fórum irá reunir quadrimestralmente, numa base regular, envolvendo um<br />

conjunto <strong>de</strong> parceiros fixos, e um conjunto <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s convidadas. Nos membros permanentes serão<br />

convidados organismos institucionais e empresas <strong>de</strong> relevância regional. Os membros rotativos serão<br />

convidados <strong>de</strong> acordo com a temática, e procuraram reforçar a capacida<strong>de</strong> analítica e <strong>de</strong> discussão em<br />

cada uma das reuniões. Será o <strong>CRIA</strong> – Centro Regional para a Inovação do <strong>Algarve</strong> o organismo<br />

responsável pela organização <strong>de</strong>stes encontros.<br />

Figura 7: O Processo <strong>de</strong> Inovação e a <strong>Transferência</strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong><br />

Fonte: Candidatura <strong>Algarve</strong> TransferTECH


CAPÍTULO CAPÍTULO V<br />

O Papel da Proprieda<strong>de</strong> Industrial e a OTIC<br />

Os temas a discutir <strong>de</strong>ver-se-ão relacionar com a Inovação, <strong>Transferência</strong> Tecnológica, Relação<br />

Universida<strong>de</strong>-Empresa, Emprego Qualificado, Promoção <strong>de</strong> um ambiente propício à Inovação e<br />

Desenvolvimento Regional.<br />

Os objectivos gerais <strong>de</strong>ste Fórum são a discussão <strong>de</strong> aspectos relacionados com a Inovação e a criação<br />

<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s cooperativas nos actores regionais para a promoção <strong>de</strong> um ambiente regional mais<br />

favorável à inovação. Especificamente procurar-se-á resolver questões concretas que bloqueiam alguns<br />

processos inovadores, por exemplo, através da criação <strong>de</strong> canais<br />

institucionais <strong>de</strong> comunicação para facilitar a resolução <strong>de</strong> problemas e bloqueios existentes (em termos<br />

<strong>de</strong> candidaturas, sistemas <strong>de</strong> incentivos, acesso a financiamento, activos especializados, consultoria, e<br />

outras questões concretas que necessitem <strong>de</strong> actuações concretas e com algum grau <strong>de</strong> concertação).<br />

Cada uma das reuniões terá um plano <strong>de</strong> trabalhos, a elaborar pelo <strong>CRIA</strong>, que consistirá no tema a<br />

discutir no Fórum, conjunto <strong>de</strong> objectivos a alcançar. A duração <strong>de</strong> cada sessão do Fórum é uma tar<strong>de</strong>,<br />

preferencialmente das 14h30 às 18h.<br />

Local: Sala <strong>de</strong> reuniões da Biblioteca Central<br />

Temas a abordar:<br />

- Apresentação do Plano Regional <strong>de</strong> Inovação do <strong>Algarve</strong><br />

- Apresentação do projecto do Pólo Tecnológico<br />

Figura 8: Fórum Regional <strong>de</strong> Inovação<br />

Fonte: Elaboração Própria<br />

57


58<br />

Alguns dos Possíveis Parceiros a Reunir em Futuras Sessões:<br />

1) João Guerreiro (Reitor da UAlg)<br />

2) Maria Teresa Dinis (Vice-reitora da UAlg para a Ciência e <strong>Tecnologia</strong>)<br />

3) Maria Teresa Noronha (Professora da FE UAlg)<br />

4) José Luís Torrão (AREAL)<br />

5) Vítor Neto (NERA)<br />

6) João Amaro (<strong>CRIA</strong>)<br />

7) Brandão Pires (CCDR <strong>Algarve</strong>)<br />

8) Paulo Bernardo (ANJE e Globalgarve)<br />

9) Humberto Martins (Hubel)<br />

10) João Rodrigues (IAPMEI – Instituto <strong>de</strong> Apoio às Pequenas e Médias<br />

Empresas e ao Investimento, Delegação do <strong>Algarve</strong>)<br />

11) António Ruano (CSI e UAlg)<br />

12) Francisco Calhau (Professor da EST - UAlg)<br />

13) Anabela Romano (Professora da UAlg)<br />

14) Adriano Pimpão (Professor da UAlg)<br />

15) Necton<br />

16) Lusoreef<br />

17) Inesting<br />

18) ADI – Agência <strong>de</strong> Inovação<br />

19) UCPTN – Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação do Plano Tecnológico Nacional<br />

20) Ministério <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong><br />

21) Comissão Europeia<br />

22) Programa Operacional Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Informação<br />

23) Programa Operacional Ciência, <strong>Tecnologia</strong> e Inovação<br />

24) Coor<strong>de</strong>nação Nacional INTERREG III<br />

25) Direcção Regional <strong>de</strong> Economia e Inovação<br />

26) IEFP – Instituto <strong>de</strong> Emprego e Formação Profissional (<strong>Algarve</strong>)<br />

27) RTA – Região <strong>de</strong> Turismo do <strong>Algarve</strong><br />

28) AMAL – Associação <strong>de</strong> Municípios do <strong>Algarve</strong>


CAPÍTULO CAPÍTULO V<br />

O Papel da Proprieda<strong>de</strong> Industrial e a OTIC<br />

Para garantir um funcionamento em re<strong>de</strong> da OTIC da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> será necessário firmar<br />

parcerias estratégicas com entida<strong>de</strong>s que potenciem as activida<strong>de</strong>s a <strong>de</strong>senvolver.<br />

Nesse sentido estabelecer-se-ão parcerias com:<br />

- Empresas que possam cooperar com a Universida<strong>de</strong> no patamar da adopção <strong>de</strong> inovação e da<br />

dinamização <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> I&D;<br />

- Associações empresariais regionais, no sentido <strong>de</strong> estabelecer uma melhor ligação com o tecido<br />

produtivo;<br />

- Socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> capital <strong>de</strong> risco, que possam apoiar iniciativas empresariais criadas no âmbito das<br />

activida<strong>de</strong>s da Oficina <strong>Algarve</strong> TranferTECH;<br />

- Organismos regionais <strong>de</strong>sconcentrados, que tenham intervenção, directa ou indirecta, no domínio da<br />

inovação.<br />

Figura 8: O Sistema Regional <strong>de</strong> Inovação no <strong>Algarve</strong><br />

Fonte: Elaboração Própria<br />

59


60<br />

Regulamento<br />

(PROPOSTA PRELIMINAR)<br />

NOVEMBRO <strong>de</strong> 2007


Preâmbulo<br />

A inovação assume actualmente uma importância estratégica para as regiões. A inovação po<strong>de</strong> ser vista<br />

como um processo multi-dimensional influenciado pela interacção <strong>de</strong> um grupo alargado <strong>de</strong> actores, que<br />

vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os participantes no sistema científico e tecnológico, ao sistema educativo, ao sistema<br />

financeiro. As empresas assumem um papel crucial no processo inovador pois é a sua actuação, e<br />

objectivos <strong>de</strong> procura <strong>de</strong> lucro, que conduzem à selecção <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> investigação aplicada que po<strong>de</strong>rão<br />

originar inovação. A invenção <strong>de</strong>ve ser claramente distinguida da inovação. Inventar é um input crucial<br />

para inovar, mas a inovação só se concretiza quando essa invenção revela valor para os que a ro<strong>de</strong>iam.<br />

As escalas <strong>de</strong> intervenção sobre o fenómeno inovador variam muito, uma vez que na lógica sistémica da<br />

inovação a inovação concretiza-se em diferentes níveis. O sistema <strong>de</strong> inovação tem sido olhado <strong>de</strong><br />

diversas perspectivas, o nível nacional (com a escola escandinava) on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>staca por exemplo o<br />

mo<strong>de</strong>lo Triple Helix, o nível sectorial, com a aproximação dos distritos industriais ou clusters, nível transnacional<br />

como o Espaço Europeu da Investigação e Inovação, ou a níveis sub-nacionais como a visão<br />

dos sistemas regionais <strong>de</strong> inovação ou dos sistemas produtivos locais.<br />

A pertinência do nível regional como unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> análise e intervenção na inovação ganhou gran<strong>de</strong><br />

incentivo nos anos recentes. A obra seminal <strong>de</strong> Braczyc, H.J., Philip Cooke e Martin Hei<strong>de</strong>nreich<br />

Regional Innovation Systems – The role of governances in a globalized world em 1998 influenciou todo<br />

um novo campo <strong>de</strong> investigação científica com um gran<strong>de</strong> crescimento. Em termos práticos o nível<br />

regional tem tido gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque nos programas europeus <strong>de</strong> incentivo à Inovação como o RIS –<br />

Regional Innovation Strategies ou o Programa <strong>de</strong> Acções Inovadoras.<br />

Em Portugal a inovação tem assumido uma forte centralida<strong>de</strong>, quer em termos académicos quer em<br />

termos políticos. Em termos académicos muitas linhas <strong>de</strong> investigação têm convergido para a análise da<br />

dinâmica territorial assim como a criação <strong>de</strong> vários programas <strong>de</strong> Mestrado e Doutoramento. Ao nível<br />

político a criação do Plano Tecnológico, como i<strong>de</strong>ia mobilizadora do <strong>de</strong>senvolvimento nacional, criou<br />

uma dinâmica interessante para a promoção <strong>de</strong> um enquadramento institucional <strong>de</strong> suporte à inovação.<br />

A inovação assume relevância central no QREN – Quadro <strong>de</strong> Referência Estratégico Nacional e na<br />

construção dos diferentes programas operacionais para 2007-2013.<br />

No <strong>Algarve</strong> a inovação tem vindo a ter uma atenção gran<strong>de</strong>. Foi a primeira região da Europa a criar um<br />

BIC transfronteiriço (European Commission Business Innovation Centre) em 1995. Desenvolveu o Ettirse,<br />

uma estratégia transfronteiriça <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> tecnologia e também o INOV<strong>Algarve</strong>, o programa<br />

regional <strong>de</strong> acções inovadoras. Teve como principais resultados um leque <strong>de</strong> proto-empresas baseadas<br />

em conhecimento e o <strong>CRIA</strong> – Centro Regional para a Inovação do <strong>Algarve</strong>, que se assume como organismo<br />

interface entre a Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> e o Tecido Empresarial. Da avaliação ex-post <strong>de</strong>ste programa<br />

emergiu a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um Plano Regional <strong>de</strong> Inovação do <strong>Algarve</strong>, um documento que indicasse as<br />

opções regionais para o <strong>de</strong>senvolvimento do <strong>Algarve</strong> em termos <strong>de</strong> Inovação, em coerência com as<br />

opções em termos <strong>de</strong> Política Regional preparadas, e.g., o PROTALGARVE ou o Programa Operacional do<br />

<strong>Algarve</strong>.<br />

A inovação no <strong>Algarve</strong> tem inputs limitados, lidos em termos <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas e recursos humanos afectos a<br />

Ciência e <strong>Tecnologia</strong> e Inovação que se traduzem em outputs, medidos em termos <strong>de</strong> novos produtos,<br />

processos e patentes muito escassos. Uma das gran<strong>de</strong>s limitações apontadas no <strong>Algarve</strong> ao Sistema<br />

Regional <strong>de</strong> Inovação, é a falta <strong>de</strong> interacção entre os actores, quer públicos e privados, que resulta em<br />

Capital Social limitado fruto da baixa confiança existente.<br />

61


62<br />

Um dos esforços por parte dos actores regionais tem sido a geração <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s em que se tenta<br />

promover a consolidação <strong>de</strong> relações inter-organizacionais. Alguns resultados positivos têm sido<br />

conseguidos na participação <strong>de</strong> projectos em parceria, com <strong>de</strong>staque para resultados interessantes no<br />

âmbito dos programas <strong>de</strong> iniciativa comunitária do Quadro Comunitário <strong>de</strong> Apoio 2006-2007, em<br />

partícula o EQUAL e o INTERREG III. Neste contexto a Plataforma Regional FINICIA <strong>de</strong>u um contributo<br />

muito interessante ao juntar a Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>, através do <strong>CRIA</strong> e do GAPI, a ACRAL, a CEAL, o<br />

BIC, a ANJE, o NERA e o IAPMEI. Esta plataforma reforçou o comportamento colaborativo <strong>de</strong>stes<br />

organismos que tantos têm promovido o <strong>de</strong>senvolvimento da região algarvia.<br />

Consi<strong>de</strong>rando o interesse <strong>de</strong>sta temática e a oportunida<strong>de</strong> através do projecto <strong>Algarve</strong>TRANSFERTech –<br />

OTIC (Oficina <strong>de</strong> <strong>Transferência</strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> e Conhecimento) a Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> propõe-se a<br />

dinamizar um Fórum Regional <strong>de</strong> Inovação. Espera-Se que este fórum seja um espaço <strong>de</strong> troca e <strong>de</strong><br />

entreajuda propiciador <strong>de</strong> um ambiente regional mais favorável à inovação. A constituição <strong>de</strong>ste fórum<br />

é objectivada pela Estratégia Regional do <strong>Algarve</strong> e também pelo Plano Regional <strong>de</strong> Inovação.<br />

Formulações gerais<br />

A Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> reconhece como essencial a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> enquadrar, no seu próprio<br />

contexto, a realida<strong>de</strong> da Inovação…<br />

Reconhece que se torna e necessário <strong>de</strong>finir as competências e a titularida<strong>de</strong> dos direitos que cabem à<br />

Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>, …<br />

A Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> enten<strong>de</strong> que <strong>de</strong>ve estabelecer os procedimentos necessários à efectiva<br />

regulação da matéria em causa <strong>de</strong> modo a vincular todos os colaboradores do Sistema regional <strong>de</strong><br />

Inovação (exp.)<br />

A Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> reconhece como missão a articulação das suas relações com todos os agentes<br />

do sistema científico e <strong>de</strong> investigação.<br />

A Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> sublinha a importância que o conhecimento, criado pelas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

investigação e da inovação, tem para o <strong>de</strong>senvolvimento e benefício da socieda<strong>de</strong> e da economia.<br />

Esta posição resulta do empenho colocado pela Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> na promoção <strong>de</strong> um ambiente<br />

que fomente a inovação e que impulsione formas sustentadas <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> conhecimento, <strong>de</strong><br />

tecnologia e dos resultados da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investigação e <strong>de</strong>senvolvimento efectuada pelos seus<br />

membros.<br />

Aten<strong>de</strong>ndo às consi<strong>de</strong>rações tecidas a Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> adopta o presente regulamento o qual se<br />

rege nos termos e pelo articulado seguinte:


Artigo 1º – Natureza e Âmbito <strong>de</strong> Aplicação<br />

1. O presente regulamento estabelece a organização e o funcionamento do “Fórum Regional <strong>de</strong><br />

Inovação”, adiante <strong>de</strong>signado <strong>de</strong> Fórum, o qual representa uma iniciativa da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>.<br />

2. O Fórum integra os principais actores do Sistema Regional <strong>de</strong> Inovação, com interesse em produzir<br />

iniciativas regionais <strong>de</strong> inovação, promovendo o estreitamento <strong>de</strong> laços entre os vários actores do<br />

referido Sistema para o trabalho em re<strong>de</strong>, propondo soluções para barreiras específicas passando uma<br />

mensagem da importância da inovação para o <strong>de</strong>senvolvimento regional.<br />

3. As barreiras específicas nas quais se preten<strong>de</strong> actuar são relativas a:<br />

(i) acesso a financiamento;<br />

(ii) licenciamento da activida<strong>de</strong>;<br />

(iii) constituição da empresa;<br />

(iv) coaching <strong>de</strong> mercado e tecnológico;<br />

(v) ausência <strong>de</strong> espírito empreen<strong>de</strong>dor;<br />

(vi) educação e formação profissional;<br />

(vii) relação universida<strong>de</strong>-empresa.<br />

Artigo 2º – Enquadramento<br />

O Fórum será <strong>de</strong>senvolvido no âmbito do projecto <strong>Algarve</strong> TRANSFERTech, OTIC – Oficina <strong>de</strong><br />

<strong>Transferência</strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> e Conhecimento e as <strong>de</strong>spesas com as reuniões <strong>de</strong> lançamento enquadramse<br />

no Eixo 2 – Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Cooperação.<br />

Artigo 3º - Objectivos<br />

1. Os objectivos gerais do Fórum inci<strong>de</strong>m sobre a discussão e apresentação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias no âmbito dos<br />

aspectos relacionados com a Inovação e a criação <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s cooperativas nos actores regionais<br />

algarvios para a promoção <strong>de</strong> um ambiente regional mais favorável à inovação.<br />

2. Para prossecução do objectivo <strong>de</strong>finido em 1., as activida<strong>de</strong>s a <strong>de</strong>senvolver pelo Fórum terão como<br />

finalida<strong>de</strong> a resolução <strong>de</strong> questões concretas que bloqueiam alguns processos inovadores, por exemplo,<br />

através da criação <strong>de</strong> canais institucionais <strong>de</strong> comunicação para facilitar a resolução <strong>de</strong> problemas e<br />

bloqueios existentes (em termos <strong>de</strong> candidaturas, sistemas <strong>de</strong> incentivos, acesso a financiamento,<br />

activos especializados, consultoria, e outras questões concretas que necessitem <strong>de</strong> actuações concretas<br />

e com algum grau <strong>de</strong> concertação).<br />

63


64<br />

Artigo 4º - Temáticas a <strong>de</strong>senvolver<br />

Os temas a abordar <strong>de</strong>ver-se-ão relacionar com as seguintes temáticas: Inovação, <strong>Transferência</strong><br />

Tecnológica, Relação Universida<strong>de</strong>-Empresa, Emprego Qualificado, Promoção <strong>de</strong> um ambiente propício à<br />

Inovação e Desenvolvimento Regional, e <strong>de</strong>mais matérias conexas.<br />

Artigo 5º - Metodologia <strong>de</strong> Trabalho e Funcionamento<br />

1. Compete à UAlg <strong>de</strong>finir o modo <strong>de</strong> funcionamento e <strong>de</strong> organização dos encontros a realizar no<br />

âmbito do Fórum.<br />

2. A UAlg escolherá, <strong>de</strong> entre os seus membros, um responsável pelas activida<strong>de</strong>s do Fórum, que<br />

<strong>de</strong>sempenhará funções tais como a convocação e agendamento <strong>de</strong> reuniões e discussões, entre outras,<br />

assegurando <strong>de</strong> forma efectiva o funcionamento do Fórum.<br />

3. Cada uma das reuniões terá um plano <strong>de</strong> trabalhos, a elaborar pela UAlg, ou em que esta <strong>de</strong>legar tal<br />

competência, que consiste no tema a discutir no fórum e na <strong>de</strong>finição do conjunto <strong>de</strong> objectivos a<br />

alcançar.<br />

Artigo 6º - Membros<br />

1. Para realização dos objectivos do Fórum realizar-se-ão reuniões <strong>de</strong> quatro em quatro meses, para as<br />

quais serão convocados os parceiros fixos, e um conjunto rotativo <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s convidadas.<br />

2. As parcerias e os convites referidos em 1. serão formalizados mediante a celebração <strong>de</strong> um Protocolo<br />

<strong>de</strong> Colaboração, no âmbito do presente Regulamento.<br />

3. Definem-se, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já, como parceiros fixos os seguintes organismos institucionais e empresas <strong>de</strong><br />

relevância regional: ACRAL – Associação <strong>de</strong> Comerciantes da Região do <strong>Algarve</strong>, ANJE <strong>Algarve</strong> –<br />

Associação Nacional <strong>de</strong> Jovens Empresários, Associação <strong>de</strong> Business Angels do <strong>Algarve</strong>, CCDR <strong>Algarve</strong> -<br />

Comissão <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Desenvolvimento Regional, CEAL – Confe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> Empresários do<br />

<strong>Algarve</strong>, CPINAL – Centro Promotor <strong>de</strong> Inovação e Negócios do <strong>Algarve</strong>, IAPMEI – Centro Empresarial <strong>de</strong><br />

Faro, NERA – Núcleo Empresarial da Região do <strong>Algarve</strong> e Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>.<br />

4. Os membros rotativos serão convidados <strong>de</strong> acordo com a temática, e têm por missão reforçar a<br />

capacida<strong>de</strong> analítica e <strong>de</strong> discussão em cada uma das reuniões.<br />

Artigo 7º - Observadores<br />

1. Para realização dos objectivos do Fórum serão convidados para cada sessão específica organismos<br />

observadores que possam contribuir para os objectivos gerais do fórum e para os objectivos específicos<br />

da sessão.


Artigo 8º - Internacionalização<br />

No âmbito das activida<strong>de</strong> a <strong>de</strong>senvolver pelo Fórum, serão promovidas parcerias internacionais para<br />

partilha <strong>de</strong> experiências e aprofundamento das temáticas apresentadas.<br />

Artigo 9º - Competências específicas da Universida<strong>de</strong><br />

Compete especificamente à Universida<strong>de</strong>, através do <strong>CRIA</strong> – Centro Regional para a Inovação do <strong>Algarve</strong>:<br />

a) Implementar os princípios consagrados no presente Regulamento, bem como <strong>de</strong>finir normas e<br />

procedimentos complementares necessários à sua execução.<br />

b) Definir os princípios que <strong>de</strong>vem pautar o relacionamento da Universida<strong>de</strong> com a socieda<strong>de</strong>, no âmbito<br />

das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inovação.<br />

Artigo 10º - Competências <strong>de</strong>legáveis<br />

A Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>legar competências que se afigurem necessárias à realização <strong>de</strong><br />

tarefas relacionadas com a temática apresentada no presente regulamento.<br />

RELAÇÕES ENTRE A<br />

UNIVERSIDADE DO ALGARVE E OUTRAS INSTITUIÇÕES<br />

Artigo 11º - Menção geral<br />

A Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>, no relacionamento com outras entida<strong>de</strong>s do sistema científico e <strong>de</strong><br />

investigação, estabelecerá, caso a caso, as regras <strong>de</strong> articulação do presente Regulamento com os<br />

protocolos, convénios ou outros instrumentos <strong>de</strong> regulação celebrados com aquelas entida<strong>de</strong>s, no<br />

sentido <strong>de</strong> garantir a a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> todos os sujeitos intervenientes às regras ora estabelecidas.<br />

DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS<br />

Artigo 12º - Revisão do Regulamento<br />

Após um período experimental <strong>de</strong> um ano, o presente Regulamento será objecto <strong>de</strong> revisão e, se<br />

necessário, <strong>de</strong> alteração das suas disposições.<br />

65


66<br />

Artigo 13° - Casos Omissos<br />

Aos casos omissos no presente Regulamento aplicam-se as normas previstas no Código <strong>de</strong> Procedimento<br />

Administrativo.<br />

Artigo 14º - Entrada em vigor<br />

O presente Regulamento entra em vigor após a sua publicação em Diário da República.


6.2. Realização <strong>de</strong> Pós-graduação “Gestão da Inovação e Empreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong> Base<br />

Tecnológica”<br />

Enquadramento:<br />

O Empreen<strong>de</strong>dorismo e a Inovação são factores essenciais ao Desenvolvimento Económico e à<br />

Competitivida<strong>de</strong> dos Territórios. Num contexto <strong>de</strong> Incerteza como o actual é fundamental dotar os<br />

indivíduos <strong>de</strong> ferramentas que lhes possibilitem a criação do seu próprio emprego e aumentar a sua<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação. Urge assim promover as capacida<strong>de</strong>s empreen<strong>de</strong>doras que po<strong>de</strong>m conduzir à<br />

criação <strong>de</strong> empresas inovadoras. A criação <strong>de</strong> spin-offs e start-ups <strong>de</strong> cariz tecnológico é crucial para<br />

um tecido empresarial mais dinâmico, capaz <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> maior valor acrescentado, e possibilitar<br />

uma integração mais consistente dos indivíduos e das organizações na Socieda<strong>de</strong> do Conhecimento.<br />

No âmbito das suas activida<strong>de</strong>s o <strong>CRIA</strong> – Centro Regional para a Inovação do <strong>Algarve</strong>, entida<strong>de</strong> interface<br />

para a <strong>Transferência</strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>, reconheceu a importância <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolver um Curso Avançado que permitisse simultaneamente o fortalecimento das competências dos<br />

profissionais ligados à Promoção do Empreen<strong>de</strong>dorismo assim como a <strong>de</strong>tecção e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

algumas i<strong>de</strong>ias que pu<strong>de</strong>ssem potencialmente ter um cariz inovador. Este Curso consubstancia-se sob a<br />

forma da proposta seguinte. O Curso é <strong>de</strong>senvolvido no âmbito do projecto Transinov do INTERREG III A<br />

do qual a UALG é chefe <strong>de</strong> fila. Algumas activida<strong>de</strong>s terão enquadramento financeiro distinto a<strong>de</strong>quado<br />

aos seus objectivos.<br />

O Curso, através <strong>de</strong> um exercício <strong>de</strong> benchmarking, compreen<strong>de</strong>u que a melhor forma <strong>de</strong> educar para o<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo é integrar numa lógica <strong>de</strong> ambiente real, os empreen<strong>de</strong>dores e profissionais <strong>de</strong> apoio<br />

ao Empreen<strong>de</strong>dorismo para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competências específicas para a consolidação <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ias concretas e elaboração dos respectivos Planos <strong>de</strong> Negócio.<br />

1. I<strong>de</strong>ntificação da Faculda<strong>de</strong>/Escola que toma a iniciativa da criação do Curso <strong>de</strong> Pós-Graduação<br />

<strong>CRIA</strong> – Centro Regional para a Inovação do <strong>Algarve</strong> e Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Economia da Universida<strong>de</strong> do<br />

<strong>Algarve</strong> (em colaboração com Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciência e <strong>Tecnologia</strong> da UALG, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências e do<br />

Mar da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>, Universidad <strong>de</strong> Huelva e Instituto Politécnico <strong>de</strong> Beja)<br />

2. Regulamento Específico do Curso<br />

Organização<br />

O Curso <strong>de</strong> Pós-graduação em Empreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong> Base Tecnológica e Gestão da Inovação é um curso<br />

organizado pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Economia e pelo <strong>CRIA</strong> – Centro Regional para a Inovação do <strong>Algarve</strong>,<br />

unida<strong>de</strong> interface Universida<strong>de</strong>-Empresa da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>, no âmbito do projecto Transinov<br />

co-financiado pelo programa <strong>de</strong> iniciativa comunitária INTERREG III A.<br />

Estrutura Curricular<br />

Objectivos do Curso<br />

Os Objectivos Gerais do Curso são:<br />

- Fomentar o Empreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong> Base Tecnológica<br />

67


68<br />

- Fornecer competências relativas à criação e apoio <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias inovadoras<br />

- Promover interacção entre indivíduos com diferentes perfis científicos e académicos, em particular a<br />

Ciência e a Gestão<br />

- Sensibilizar a envolver stakehol<strong>de</strong>rs regionais do Empreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong> Base Tecnológica<br />

- Dinamizar o tecido empresarial <strong>de</strong> base tecnológica<br />

Os Objectivos Específicos são:<br />

- Criar novos produtos e conceitos com potencial inovador<br />

- Desenvolver Planos <strong>de</strong> Negócio viáveis<br />

- Integrar i<strong>de</strong>ias resultantes nos programas e concursos <strong>de</strong> Empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

Aulas<br />

As aulas têm como objectivo dotar os alunos <strong>de</strong> conhecimentos avançados e capacida<strong>de</strong> analítica do<br />

tema, através do contacto com especialistas, sempre com um enfoque para a criação <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong><br />

Base Tecnológica.<br />

Os workshops têm uma vertente maioritariamente prática on<strong>de</strong> os alunos são levados a participar<br />

activamente com vista a <strong>de</strong>senvolver a sua i<strong>de</strong>ia até à construção final do seu Plano <strong>de</strong> Negócios. A<br />

utilização <strong>de</strong> meios informáticos para <strong>de</strong>senvolvimento dos trabalhos será frequente.<br />

AULAS Número <strong>de</strong> Sessões<br />

A importância da Inovação, do Desenvolvimento Tecnológico e do Empreen<strong>de</strong>dorismo para o<br />

Desenvolvimento Económico no Contexto Actual <strong>de</strong> Globalização<br />

Os mecanismos <strong>de</strong> financiamento à Inovação e à Ciência e <strong>Tecnologia</strong> 16<br />

Infra-estruturas <strong>de</strong> Incubação e <strong>Transferência</strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong>: Objectivos, Funções e Gestão 8<br />

Estratégia e as principais funções da Empresa 8<br />

As análises financeiras da Empresa - Contabilida<strong>de</strong> Geral e Analítica e os principais rácios 12<br />

Mercados Financeiros e Avaliação 8<br />

Sistemas <strong>de</strong> Informação para a Gestão e E-commerce 8<br />

Definição e I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Negócio 4<br />

O Plano <strong>de</strong> Negócios 16<br />

Implementação <strong>de</strong> Estratégias Tecnológicas 8<br />

WORKSHOPS<br />

Dinâmicas <strong>de</strong> Grupo e Constituição <strong>de</strong> Grupos <strong>de</strong> Trabalho 4<br />

Geração <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ias 4<br />

Desenvolvimento do Plano <strong>de</strong> Negócios 16<br />

TOTAL 120<br />

8


Situações adicionais:<br />

Utilização do e-mail como ferramenta para a resolução <strong>de</strong> dúvidas dos grupos <strong>de</strong> trabalho. Apresentação<br />

pública das I<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> Negócio e Seminário <strong>de</strong> Encerramento. Integração das i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong>senvolvidas em<br />

programas <strong>de</strong> incentivo. Criação <strong>de</strong> Guia para a Promoção do Empreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong> Base Tecnológica<br />

com base nos conteúdos <strong>de</strong>senvolvidos no Curso.<br />

Visitas <strong>de</strong> Estudo*<br />

Objectivo <strong>de</strong> promover um conhecimento alargado às várias realida<strong>de</strong>s, regional, nacional e<br />

comunitária, e das respectivas boas-práticas por actores da inovação e do Empreen<strong>de</strong>dorismo:<br />

Incubadoras, Parques <strong>de</strong> Ciência &<strong>Tecnologia</strong>, Centros Tecnológicos, Empresas com I&D, etc.<br />

Visitantes incluem alunos, e outros elementos que possam ter pertinência na realização da visita:<br />

Professores, representantes <strong>de</strong> organismos relevantes<br />

* Visitas financiadas pela OTIC <strong>Algarve</strong> TransferTECH<br />

Habilitações <strong>de</strong> Acesso<br />

Licenciados em áreas tecnológicas por universida<strong>de</strong>s portuguesas ou estrangeiras.<br />

Reservam-se 1/2 das vagas para elementos a <strong>de</strong>signar pelas entida<strong>de</strong>s parceiras do projecto que<br />

<strong>de</strong>senvolvam activida<strong>de</strong> profissional no domínio do apoio ao Empreen<strong>de</strong>dorismo e promoção da<br />

<strong>Transferência</strong> Tecnológica. Excepcionalmente po<strong>de</strong>rão ser admitidos alunos não titulares <strong>de</strong> diploma <strong>de</strong><br />

nível superior mas cujos curricula <strong>de</strong>monstrem um grau <strong>de</strong> conhecimento a<strong>de</strong>quado e uma experiência<br />

profissional relevante para o tema em causa.<br />

Aos titulares <strong>de</strong> grau superior será atribuído o Diploma <strong>de</strong> Pós-graduado em Empreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong> Base<br />

Tecnológica e Gestão da Inovação. Aos não titulares <strong>de</strong> diploma <strong>de</strong> nível superior será conferido o<br />

Diploma <strong>de</strong> Especialização Empreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong> Base Tecnológica e Gestão da Inovação.<br />

Aos alunos que obterem o Diploma <strong>de</strong> Pós-graduado em Empreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong> Base Tecnológica e<br />

Gestão da Inovação será garantido o acesso privilegiado à fase <strong>de</strong> dissertação dos Mestrados existentes<br />

na UALG através <strong>de</strong> proposta a realizar pelo aluno à Faculda<strong>de</strong> responsável por esse Mestrado.<br />

Processo <strong>de</strong> fixação do número <strong>de</strong> vagas<br />

Caberá ao Reitor a fixação do número <strong>de</strong> vagas, sugerindo-se um número nunca inferior a 12 alunos e<br />

preferencialmente não superior a 30.<br />

Critérios <strong>de</strong> selecção dos candidatos<br />

Os Candidatos serão seleccionados através da análise curricular e entrevista, tendo em atenção<br />

particular três elementos:<br />

1ª Experiência Profissional<br />

2ª A<strong>de</strong>quação da Formação <strong>de</strong> Base<br />

69


70<br />

3ª Experiências anteriores relacionadas com o Empreen<strong>de</strong>dorismo e Gestão <strong>de</strong> Inovação<br />

Prazos <strong>de</strong> Candidatura, Matrícula e Inscrição<br />

Os prazos <strong>de</strong> Candidatura, Matrícula e Inscrição seguem as regras gerais propostas pelos diplomas legais<br />

existentes.<br />

Número <strong>de</strong> alunos indispensável ao funcionamento do Curso<br />

O número mínimo <strong>de</strong> alunos para o funcionamento do Curso é 12 alunos.<br />

Calendário Lectivo<br />

Cronograma (Anexo 1)<br />

Modo <strong>de</strong> fixação, valores e prazos <strong>de</strong> liquidação das propinas<br />

O modo <strong>de</strong> fixação, valores e prazo <strong>de</strong> liquidação das propinas seguem as regras gerais propostas pelos<br />

diplomas legais existentes. Sugere-se um valor <strong>de</strong> propina <strong>de</strong> 1500€ para elementos não integrantes das<br />

entida<strong>de</strong>s parceiras do projecto a ser integralmente pago na fase <strong>de</strong> inscrição do Aluno. Os elementos<br />

sugeridos pelas entida<strong>de</strong>s parceiras terão que pagar um montante correspon<strong>de</strong>nte a 25% do valor da<br />

Propina.<br />

Cálculo da Média final do Curso<br />

O Cálculo da Média final do Curso resulta da média pon<strong>de</strong>rada da nota do Planos <strong>de</strong> Negócio avaliado<br />

pela Coor<strong>de</strong>nação do Curso (70%) e avaliação da participação nos workshops pelos docentes respectivos<br />

(30%).<br />

Os Planos <strong>de</strong> Negócio terão <strong>de</strong> ser entregues num prazo inferior a 90 dias após a conclusão das<br />

componentes lectivas do Curso. As faltas injustificadas a mais <strong>de</strong> ¼ das sessões (aulas e workshops) são<br />

factor <strong>de</strong> exclusão para a atribuição final do Diploma. A estes alunos será passado um certificado <strong>de</strong><br />

participação.<br />

3. Duração e Organização do Curso<br />

O Curso tem uma duração lectiva <strong>de</strong> 120 sessões <strong>de</strong> 1,5 horas cada, num total <strong>de</strong> 180 horas. Acrescem<br />

ainda os tempos <strong>de</strong> aprendizagem relativa à realização do Trabalho Final, Apresentação Pública e Visitas<br />

<strong>de</strong> Estudo, estimadas num total <strong>de</strong> 62 horas. O Curso esten<strong>de</strong>r-se-á por um período aproximado <strong>de</strong> 36<br />

semanas.<br />

A Organização do Curso é da Responsabilida<strong>de</strong> da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Economia e co-organizado pelo <strong>CRIA</strong> –<br />

Centro Regional para a Inovação do <strong>Algarve</strong>.


Anexo 1: Cronograma <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s:<br />

Activida<strong>de</strong>s – Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40<br />

Selecção <strong>de</strong> Candidatos<br />

Seminário <strong>de</strong> Lançamento<br />

Aulas<br />

1. A importância da Inovação, do<br />

Desenvolvimento Tecnológico e do<br />

Empreen<strong>de</strong>dorismo para o<br />

Desenvolvimento Económico no<br />

Contexto Actual <strong>de</strong> Globalização (8<br />

sessões)<br />

2. Os mecanismos <strong>de</strong> financiamento à<br />

Inovação e à Ciência e <strong>Tecnologia</strong> (16<br />

sessões)<br />

3. Infra-estruturas <strong>de</strong> Incubação e<br />

<strong>Transferência</strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong>:<br />

Objectivos, Funções e Gestão (8<br />

sessões)<br />

4. Estratégia e as principais funções<br />

da Empresa (8 sessões)<br />

5. As análises financeiras da Empresa –<br />

Contabilida<strong>de</strong> Geral e Analítica e os<br />

principais rácios (12 sessões)<br />

6. Mercados Financeiros e Avaliação<br />

(8 sessões)<br />

7. Sistemas <strong>de</strong> Informação para a<br />

Gestão e E-commerce (8 sessões)<br />

8. Definição e I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><br />

Oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Negócio (4 sessões)<br />

9. O Plano <strong>de</strong> Negócios (16 sessões)<br />

10. Implementação <strong>de</strong> Estratégias<br />

Tecnológicas (8 sessões)<br />

WORKSHOPS<br />

Dinâmicas <strong>de</strong> Grupo e Constituição <strong>de</strong><br />

Grupos <strong>de</strong> Trabalho (4 sessões)<br />

Geração <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ias (4 sessões)<br />

Desenvolvimento do Plano <strong>de</strong><br />

Negócios (16 sessões)<br />

VISITAS<br />

1ª<br />

2ª<br />

3ª<br />

Entrega dos Planos <strong>de</strong> Negócio<br />

Seminários <strong>de</strong> Encerramento<br />

71


BIBLIOGRAFIA<br />

ADI (2006) As Infra-estruturas Tecnológicas no Sistema Nacional <strong>de</strong> Inovação - Evolução 1996-2005<br />

(2006) didponível em URL http://www.adi.pt/2300.htm a 03/10/2006.<br />

CCDR <strong>Algarve</strong> (2004:) Problemas e Perspectivas da Cooperação Transfronteiriça, documento <strong>de</strong><br />

trabalho, disponível em URL<br />

http://www.git-aa.com/GIT/activida<strong>de</strong>s/pdfs_observatorio/01_Relat_OCT_1_texto_cooperacao.pdf<br />

a 25-09-2006;<br />

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económica e social, Luxemburgo, Office for Official Publications of the European Communities;<br />

Comissão Europeia (2003) Livro Ver<strong>de</strong> para o Espírito Empresarial disponível em URL http://eurlex.europa.eu/LexUriServ/site/pt/com/2003/com2003_0027pt01.pdf<br />

a 15-02-2007;<br />

Comissão Europeia (1995) Livro Ver<strong>de</strong> para a Inovação disponível em URL<br />

http://europa.eu/documents/comm/green_papers/pdf/com95_688_en.pdf a 15-02-2007;<br />

Con<strong>de</strong>, Mariza V. F. e Tânia C. Araújo-Jorge (2003) Mo<strong>de</strong>los e Concepções <strong>de</strong> inovação: a transição <strong>de</strong><br />

paradigmas, a reforma <strong>de</strong> C&T brasileira e as concepções <strong>de</strong> gestores <strong>de</strong> uma instituição<br />

pública <strong>de</strong> pesquisa em Saú<strong>de</strong>, Ciência e Saú<strong>de</strong> Colectiva, n.º 8, 727-741;<br />

Cruz, Ana Rita (2006) Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Investigação: A Relação da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> com Organismos<br />

Nacionais, Europeus e Internacionais, Relatório <strong>de</strong> Estágio Curricular <strong>de</strong> Licenciatura em<br />

Sociologia, documento não publicado, <strong>CRIA</strong>, Faro;<br />

Eurostat (2005) Regions: Statistical year book 2005, Luxemburgo, Office for Official Publications of the<br />

European Communities;<br />

Etzkowitz, Henry e Loet Ley<strong>de</strong>sdorff (eds) (1997) Universities and the Global Knowledge Economy – A<br />

Triple Helix of University-Industry-Government Relations, Continuum, Londres;<br />

Etzkowitz, Henry (2002) The Triple Helix of University-Industry-Government Implications for Policy and<br />

Evaluation disponível em URL http://www.sister.nu/pdf/wp_11.pdf a 04-08-2005;<br />

Godinho, Manuel Mira (1999) Inquéritos à Inovação em Portugal – Diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abordagens e<br />

resultados, in Godinho, Manuel Mira e João Caraça (eds) O Futuro Tecnológico – Perspectivas<br />

para a Inovação em Portugal, Oeiras, Celta Editora;<br />

Goktepe, Devrim (2003) The Triple Helix as a mo<strong>de</strong>l to analyze Israeli Magnet Program and lessons for<br />

late-<strong>de</strong>veloping countries like Turkey, Scientrometrics, Vol. 58, Nº 2, 219-239;<br />

Guerreiro, João (2006) As Economias Regionais e a Disseminação do Conhecimento, artigo científico,<br />

Faro;<br />

Guerreiro, João (2005) As funções da universida<strong>de</strong> no âmbito dos Sistemas <strong>de</strong> Inovação, in VÁRIOS,<br />

Estudos II, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Economia da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong>, Faro, 131-148;<br />

Guerreiro, João e Joaquim Borges Gouveia (2005) Os <strong>de</strong>safios da Universida<strong>de</strong> e as exigências da<br />

economia do conhecimento: uma equação com diversas soluções, comunicação ao 11º Congresso<br />

da APDR, Faro;<br />

73


74<br />

Hollan<strong>de</strong>rs, Hugo (2003) 2003 European Innovation Scoreboard: Technical Paper Nº3 Regional Innovation<br />

performances, European Commission DG Enterprise, Bruxelas;<br />

Kovács, Ilona (2003) Inovação Organizacional, in Rodrigues, Maria João, Arminda Neves e Manuel Mira<br />

Godinho (eds) Para uma Política <strong>de</strong> Inovação em Portugal, Dom Quixote, Lisboa;<br />

OCES (2006) IPCTN 03, Sumários Estatísticos - IPCTN 2003 (Inquérito ao Potencial Científico e<br />

Tecnológico Nacional 2003), disponível em URL<br />

http://www.oces.mctes.pt/?id_categoria=21&id_item=105236&pasta=90 a 15-02-2007;<br />

OECD (2006) Compendium of Patent Statistics, Paris, OECD Publications;<br />

OECD (2005a) Oslo Manual – Gui<strong>de</strong>lines for Collecting and interpreting innovation data, 3 rd edition, Paris,<br />

OECD Publications;<br />

Pestana, Maria Helena e João Nunes Gageiro (2003) Análise <strong>de</strong> Dados para Ciências Sociais – A<br />

complementarida<strong>de</strong> do SPSS, Lisboa, Edições Sílabo;<br />

S2E2 (2006) ESTUDO PREPARATÓRIO DO CONTRIBUTO DA CCDR ALGARVE PARA O PLANO ESTRATÉGICO<br />

SOBRE COOPERAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA ALGARVE-ANDALUZIA, Relatório Final Preliminar<br />

disponível em URL<br />

http://www.git-aaa.com/GIT/activida<strong>de</strong>s/pdfs_estudos/RFP_cooperacao_algarve_v6.pdf a 25-06-<br />

2006;<br />

Terra, Branca e Henry Etzkowitz (S/D) A Universida<strong>de</strong> Empreen<strong>de</strong>dora e a Socieda<strong>de</strong> da Nova Era, artigo<br />

científico, disponível em URL http://www.competenet.org.br/evento/branca.pdf a 15-02-2007;<br />

Vázquez Barquero, António (2002) Desenvolvimento Endógeno em tempos <strong>de</strong> Globalização, Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, 97-121.


ANEXOS<br />

75


ANEXO 1: Resumo <strong>de</strong> Acontecimentos relevantes no contexto da<br />

cooperação transfronteiriça no <strong>Algarve</strong><br />

1992<br />

1992<br />

Inauguração da Ponte Internacional do Guadiana, financiada pelo Programa<br />

INTERREG I<br />

Realização <strong>de</strong> um Seminário sobre Cooperação Transfronteiriça <strong>Algarve</strong>-<br />

Andaluzia em Vilamoura do qual saiu um conjunto <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong><br />

cooperação transfronteiriça.<br />

1992 Entrada em vigor do Programa INTERREG I (17,5Mlh € Investimento Total)<br />

1994<br />

1995<br />

Assinatura, em Vilamoura, <strong>de</strong> um Protocolo <strong>de</strong> Cooperação entre os 16<br />

Municípios do <strong>Algarve</strong> e 14 da província <strong>de</strong> Huelva<br />

Assinatura do Protocolo <strong>de</strong> Cooperação transfronteiriça, entre a Junta da<br />

Andaluzia e a Comissão <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação da Região do <strong>Algarve</strong>, em Sevilha<br />

dando origem à Comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trabalho <strong>Algarve</strong> Andaluzia.<br />

1995 Entrada em vigor do programa INTERREG II (12,5 Mlh € Investimento Total)<br />

1997 a 1999<br />

Multiplicaram-se os Encontros Empresariais entre as Associações<br />

Empresariais do <strong>Algarve</strong> e as congéneres Andaluzas.<br />

1998 Aprovação do Plano <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>Algarve</strong>-Andaluzia 1998-1999<br />

2001 Entrada em vigor do Programa INTERREG III (45 Mlh € Investimento Total)<br />

2002 Criação do Gabinete <strong>de</strong> Iniciativas Transfronteiriças - GIT<br />

2001 a 2006 Intensificam-se os Projectos <strong>de</strong> Cooperação nas diferentes áreas<br />

2005 Início da revisão do Protocolo <strong>de</strong> Cooperação Transfronteiriça<br />

(Fonte: GIT (2006) disponível em http://www.git-aaa.com/?mid=1_1&lang=pt)<br />

77


ANEXO 2: Projectos INTERREG com Parceiros do <strong>Algarve</strong><br />

(Informação disponível em www.ccdr-alg.pt)<br />

Priorida<strong>de</strong><br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

Medida<br />

1.1. Infra-estruturas <strong>de</strong><br />

Transportes e<br />

Comunicações <strong>de</strong><br />

Importância<br />

Transfronteiriça<br />

1.1. Infraestruturais <strong>de</strong><br />

Transportes e<br />

Comunicações <strong>de</strong><br />

Importância<br />

Transfronteiriça<br />

1.1. Infra-estruturas <strong>de</strong><br />

Transportes e<br />

Comunicações <strong>de</strong><br />

Importância<br />

Transfronteiriça<br />

1.1. Infra-estruturas <strong>de</strong><br />

Transportes e<br />

Comunicações <strong>de</strong><br />

Importância<br />

Transfronteiriça<br />

1.1. Infra-estruturas <strong>de</strong><br />

Transportes e<br />

Comunicações <strong>de</strong><br />

Importância<br />

Transfronteiriça<br />

1.2. Or<strong>de</strong>namento<br />

Urbano e Territorial e <strong>de</strong><br />

Zonas Costeiras<br />

Transfronteiriças<br />

Convocatória<br />

Acrónimo<br />

1ª NAVEGUA<br />

1ª CAMINHO<br />

1ª BEVICO<br />

1ª HUBAAL<br />

Título<br />

Melhoria da<br />

Acessibilida<strong>de</strong><br />

Marítima, Condições<br />

<strong>de</strong> Navegabilida<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong> Acostagem e<br />

Reabilitação <strong>de</strong><br />

Margens no Rio<br />

Guadiana<br />

Remo<strong>de</strong>lação do<br />

Caminho <strong>de</strong> Ligação<br />

Sobral d'Adiça/Rosal<br />

<strong>de</strong> la Frontera<br />

Barrancos/Encinasola<br />

Via Contenda<br />

Interconexión Viária<br />

entre el Bajo Alentejo,<br />

<strong>Algarve</strong> e Huelva<br />

(Carreteras<br />

Transfronteiriças<br />

Pertenecientes à las<br />

Câmaras Municipales<br />

Portuguesas y à la<br />

Diputación Provincial<br />

<strong>de</strong> Huelva)<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

P 1634692,00<br />

P 373163,00<br />

P 172348,00<br />

E 11990097,37<br />

1ª A-499 Pasos Transversales E 4832351,97<br />

1ª SIGTRANS<br />

Sistemas <strong>de</strong><br />

Informação Geográfica<br />

Transfronteiriça<br />

P 752387,41<br />

79


80<br />

Priorida<strong>de</strong><br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

Medida<br />

1.2. Or<strong>de</strong>namento<br />

Urbano e Territorial e <strong>de</strong><br />

Zonas Costeiras<br />

Transfronteiriças<br />

1.3. Desenvolvimento<br />

Rural Transfronteiriço<br />

1.3. Desenvolvimento<br />

Rural Transfronteiriço<br />

1.3. Desenvolvimento<br />

Rural Transfronteiriço<br />

1.3. Desenvolvimento<br />

Rural Transfronteiriço<br />

1.3. Desenvolvimento<br />

Rural Transfronteiriço<br />

1.3. Desenvolvimento<br />

Rural Transfronteiriço<br />

1.3. Desenvolvimento<br />

Rural Transfronteiriço<br />

2.1. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Ambiental, Espaços<br />

Naturais, Recursos<br />

Hídricos e Gestão<br />

Florestal<br />

Convocatória<br />

1ª AMEU<br />

1ª<br />

Acrónimo<br />

ANDALAG-<br />

CITRUS<br />

1ª DECAEXT<br />

1ª AIMR<br />

1ª UAR<br />

1ª SALCITUS<br />

1ª CATIM<br />

1ª CIDDSOL<br />

1ª SAGA<br />

Título<br />

A<strong>de</strong>cuación y Mejora<br />

<strong>de</strong> Entornos Urbanos<br />

Actuações Conjuntas<br />

no <strong>Algarve</strong> e Andaluzia<br />

para a Optimização do<br />

Desenvolvimento da<br />

Citricultura<br />

Mejora <strong>de</strong> la Dehesa y<br />

Valorización <strong>de</strong><br />

Productos Agrarios<br />

Proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />

Sistemas Extensivos<br />

Mediterraneos<br />

El Asociacionismo<br />

como Impulsionador<br />

<strong>de</strong>l Mundo Rural<br />

Optimización<br />

Agronómica y<br />

Medioambiental <strong>de</strong>l<br />

uso <strong>de</strong>l Agua <strong>de</strong> Riego<br />

Avaliação da<br />

Tolerância dos Citrinos<br />

à Salinida<strong>de</strong>, Métodos<br />

Biotecnológicos e<br />

Agronómicos<br />

Centro <strong>de</strong> Apoio à<br />

Indústria do Mel<br />

Centro <strong>de</strong> Información<br />

y Documentacion para<br />

el Desarollo<br />

Socioeconómico y<br />

Local<br />

Guardiães da Água do<br />

Sul<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

E 562500,00<br />

P 310312,68<br />

E 380940,75<br />

E 428145,23<br />

E 440062,31<br />

P 95564,87<br />

P 628000,00<br />

E 10'73620,52<br />

P 176250,00


Priorida<strong>de</strong><br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

Medida<br />

2.1. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Ambiental, Espaços<br />

Naturais, Recursos<br />

Hídricos e Gestão<br />

Florestal<br />

2.1. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Ambiental, Espaços<br />

Naturais, Recursos<br />

Hídricos e Gestão<br />

Florestal<br />

2.2. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Cultural, Património<br />

Histórico, Etnográfico e<br />

I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> Local<br />

2.2. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Cultural, Património<br />

Histórico, Etnográfico e<br />

I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> Local<br />

2.2. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Cultural, Património<br />

Histórico, Etnográfico e<br />

I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> Local<br />

2.2. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Cultural, Património<br />

Histórico, Etnográfico e<br />

I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> Local<br />

2.3. Eficiência Energética<br />

e Fontes <strong>de</strong> Energia<br />

Renováveis<br />

2.4. Valorização Turística<br />

do Património<br />

Convocatória<br />

Acrónimo<br />

1ª PATRINATURA<br />

1ª FAJA<br />

1ª VALOR-FT<br />

1ª SOSTUR<br />

1ª ÁGORA<br />

1ª PATRIMONIUS<br />

1ª GIE<br />

1ª RSAARTA<br />

Título<br />

Aprovechamiento<br />

Sostenible <strong>de</strong>l<br />

Patrimonio Natural<br />

Recuperación<br />

Ambiental Faja Piritica<br />

Valorização das<br />

Fortificações<br />

Transfronteiriças<br />

(Conservação,<br />

Restauro e<br />

Reutilização do<br />

Património<br />

Arquitectónico Militar)<br />

Hacia un Espacio<br />

Transfronteirizo<br />

Sostenible: Patrimonio,<br />

Turismo y Cultura<br />

Dinamisación y<br />

Gestión en el Território<br />

<strong>Algarve</strong>-Huelva<br />

Levantamento<br />

Arqueológico e<br />

Promoção Histórico<br />

Cultural <strong>de</strong> Moura e<br />

Aroche<br />

Gestión Integrada <strong>de</strong><br />

la Energia<br />

Red Social <strong>de</strong><br />

Alojamiento Adaptado<br />

y Rutas Turísticas<br />

Accesibles<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

E 583336,25<br />

E 1888314,00<br />

P 697000,00<br />

E 1729837,58<br />

E 504339,75<br />

P 224100,00<br />

E 346413,10<br />

E 2183044,09<br />

81


82<br />

Priorida<strong>de</strong><br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

Medida<br />

2.4. Valorização Turística<br />

do Património<br />

2.4. Valorização Turística<br />

do Património<br />

2.4. Valorização Turística<br />

do Património<br />

3.1. Promoção e<br />

Desenvolvimento<br />

Empresarial <strong>de</strong> Base<br />

Produtiva<br />

3.1. Promoção e<br />

Desenvolvimento<br />

Empresarial <strong>de</strong> Base<br />

Produtiva<br />

3.1. Promoção e<br />

Desenvolvimento<br />

Empresarial <strong>de</strong> Base<br />

Produtiva<br />

3.1. Promoção e<br />

Desenvolvimento<br />

Empresarial <strong>de</strong> Base<br />

Produtiva<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

Convocatória<br />

1ª ITUR<br />

Acrónimo<br />

1ª TURSOS<br />

1ª<br />

ROTAS<br />

URBANAS<br />

1ª CECOERA<br />

1ª TEE<br />

1ª OTCE<br />

1ª COMETA<br />

1ª DROG@<br />

1ª CIANOALERTA<br />

Título<br />

Integración <strong>de</strong><br />

Itinerarios Turísticos<br />

Transfronteirizos<br />

Turismo Sostenible en<br />

el Rio Guadiana<br />

Faro-Huelva - Rotas<br />

Urbanas - Um Destino<br />

às Portas do<br />

Mediterrâneo<br />

Construção <strong>de</strong> Centro<br />

<strong>de</strong> Cooperação<br />

Empresarial Regional<br />

do <strong>Algarve</strong>-Alentejo-<br />

Andalazia<br />

<strong>Tecnologia</strong>s e<br />

Espaços Empresarias<br />

Oficinas<br />

Transfronteirizas <strong>de</strong><br />

Cooperación<br />

Empresarial<br />

Promoción <strong>de</strong>l<br />

Comercio<br />

Especializado<br />

Transfronteirizo<br />

Andalucia-<strong>Algarve</strong><br />

Observatório<br />

Transfronteiriço online<br />

sobre Prevenção <strong>de</strong><br />

Toxico<strong>de</strong>pendências<br />

no Ensino Superior<br />

Florescências Tóxicas<br />

<strong>de</strong> Cianobactéricas e<br />

Critérios <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong><br />

Ecológica da Água <strong>de</strong><br />

Albufeiras<br />

Abastecedoras do<br />

Consumo Humano<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

E 3136302,75<br />

E 655344,00<br />

P 599111,35<br />

P 359231,25<br />

P 1461888,75<br />

E 556106,25<br />

E 1049210,90<br />

P 180000,00<br />

P 242081,75


Priorida<strong>de</strong><br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

Medida<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

3.3. Dinamização<br />

Sócioeconómica local,<br />

Agro-Industrial e<br />

Serviços<br />

3.3. Dinamização<br />

Sócioeconómica local,<br />

Agro-Industrial e<br />

Serviços<br />

Convocatória<br />

Acrónimo<br />

1ª QUERCUS<br />

1ª ITUCCA<br />

1ª ANDALGHORT<br />

1ª GESTPESCA<br />

1ª DIVERAQUA<br />

1ª RECIAGRO<br />

1ª<br />

PROMONEGÓ<br />

CIOS<br />

Título<br />

A Doença do Declínio<br />

do Sobreiro e da<br />

Azinheira: Estudo da<br />

Etiologia da Doença e<br />

<strong>de</strong> Medidas para o seu<br />

Controlo<br />

Instituto<br />

Transfronteiriço<br />

Universitário <strong>de</strong><br />

Ciência, Cultura e<br />

Ambiente<br />

Producción Integrada y<br />

Control Fitosanitário<br />

en Cultivos<br />

Hortofrutícolas en<br />

Andalucia y <strong>Algarve</strong><br />

Pescarias Litorais-<br />

Bases Científicas para<br />

a Gestão <strong>de</strong> Recursos<br />

Pesqueiros <strong>de</strong><br />

Interesse Comum<br />

Cooperación<br />

Transfronteriza<br />

Algarvia-Andaluza<br />

para la Diversificación<br />

<strong>de</strong> la Acuicultura<br />

Marina en el Litoral<br />

Suratlantico<br />

Promoção e<br />

Valorização <strong>de</strong><br />

Recursos Cinegéticos<br />

e Agropecuários das<br />

Zonas Raianas<br />

Promoción <strong>de</strong><br />

Negocios y Mejora<br />

Recíproca <strong>de</strong> las<br />

Capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

Negociación entre<br />

Empresas Andaluzas e<br />

Portuguesas<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

P 134344,40<br />

P 700452,95<br />

E 378374,98<br />

P 459075,00<br />

E 507675,00<br />

P 144221,19<br />

E 229500,00<br />

83


84<br />

Priorida<strong>de</strong><br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

Medida<br />

3.3. Dinamização<br />

Sócioeconómica local,<br />

Agro-Industrial e<br />

Serviços<br />

3.3. Dinamização<br />

Sócioeconómica local,<br />

Agro-Industrial e<br />

Serviços<br />

3.4. Educação,<br />

Formação e<br />

Empregabilida<strong>de</strong><br />

3.4. Educação,<br />

Formação e<br />

Empregabilida<strong>de</strong><br />

4.1. Cooperação e<br />

Integração Social,<br />

Laboral e Institucional<br />

4.1. Cooperação e<br />

Integração Social,<br />

Laboral e Institucional<br />

4.1. Cooperação e<br />

Integração Social,<br />

Laboral e Institucional<br />

4.1. Cooperação e<br />

Integração Social,<br />

Laboral e Institucional<br />

Convocatória<br />

1ª<br />

1ª<br />

Acrónimo<br />

RIE<br />

GUADIANA<br />

PSI<br />

TRANSFRONT<br />

EIRIZO<br />

1ª CAMINHA<br />

Título<br />

Cooperación<br />

Transfronteriza en la<br />

Promoción <strong>de</strong><br />

Iniciativas<br />

Empresariales y<br />

Viveros <strong>de</strong> Empresas:<br />

Red Transfronteiriza<br />

<strong>de</strong> Iniciativas<br />

Empresariales<br />

Promoción<br />

Transfronteiriza <strong>de</strong>l<br />

Suelo Industrial<br />

Projecto <strong>de</strong> Inserção<br />

Laboral <strong>de</strong> Pessoas<br />

Toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

E 735000,00<br />

E 700110,69<br />

P 200000,00<br />

1ª PUENTES PUENTES E 513562,50<br />

1ª SIDA-TECTO<br />

1ª CECAP<br />

1ª URA<br />

1ª<br />

GUADIANA<br />

(Drogas)<br />

Projecto <strong>de</strong> Articulação<br />

no âmbito da SIDA<br />

Centro <strong>de</strong> Capacitação<br />

Pré-Profissional para<br />

Menores com Graves<br />

Problemas <strong>de</strong><br />

Comportamento<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Rastreio<br />

Andaluz do Cancro<br />

Prevención<br />

Drogo<strong>de</strong>pendência.<br />

Fomento Inclusión <strong>de</strong><br />

Personas<br />

Dependientes-<br />

Incorporación<br />

Sociolaboral <strong>de</strong><br />

Personas Excluidas y<br />

en Riesgo <strong>de</strong><br />

Exclusión<br />

P 125000,00<br />

P 265649,90<br />

P 794322,42<br />

E 588406,01


Priorida<strong>de</strong><br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

Medida<br />

4.1. Cooperação e<br />

Integração Social,<br />

Laboral e Institucional<br />

4.1. Cooperação e<br />

Integração Social,<br />

Laboral e Institucional<br />

4.1. Cooperação e<br />

Integração Social,<br />

Laboral e Institucional<br />

4.2. Desenvolvimento<br />

Conjunto <strong>de</strong> Serviços e<br />

Equipamentos Locais<br />

4.3. Estruturas<br />

Institucionais para a<br />

Cooperação<br />

1.1. Infra-estruturas <strong>de</strong><br />

Transportes e<br />

Comunicações <strong>de</strong><br />

Importância<br />

Transfronteiriça<br />

1.1. Infra-estruturas <strong>de</strong><br />

Transportes e<br />

Comunicações <strong>de</strong><br />

Importância<br />

Transfronteiriça<br />

1.1. Infra-estruturas <strong>de</strong><br />

Transportes e<br />

Comunicações <strong>de</strong><br />

Importância<br />

Transfronteiriça<br />

Convocatória<br />

Acrónimo<br />

1ª CECOAL<br />

1ª CIAA<br />

1ª RED SPA-SUR<br />

1ª<br />

1ª GIT<br />

TELEMEDICIN<br />

A<br />

2ª NAVEGUA II<br />

Título<br />

Programa <strong>de</strong><br />

Cooperación<br />

Empresarial<br />

Transfronteiriza<br />

Cooperación<br />

Intersindical<br />

Andalucia-<strong>Algarve</strong><br />

RED SPA SUR. Sur<br />

Peninsular Activo<br />

Desarrollo <strong>de</strong> la<br />

Telemedicina en la<br />

Zona Transfronteiriza<br />

<strong>Algarve</strong>-Alentejo-<br />

Andaluzia<br />

Gabinete <strong>de</strong> Iniciativas<br />

Transfronteiriças<br />

Melhoria da<br />

Acessibilida<strong>de</strong><br />

Marítima, Condições<br />

<strong>de</strong> Navegabilida<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong> Acostagem e<br />

Reabilitação <strong>de</strong><br />

Margens no Rio<br />

Guadiana<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

E 397391,21<br />

E 502191,08<br />

E 657500,00<br />

E 2771219,06<br />

P 562641,00<br />

P 1363375,00<br />

2ª IBEROVIAS P 135250,00<br />

2ª HUBAAL<br />

Interconecção Viária<br />

entre o Baixo Alentejo,<br />

<strong>Algarve</strong> e Huelva<br />

(Caminhos Municipais<br />

Portuguesas e Ponte<br />

sobre o Rio Chança)<br />

E 11314438,75<br />

85


86<br />

Priorida<strong>de</strong><br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

Medida<br />

1.1. Infra-estruturas <strong>de</strong><br />

Transportes e<br />

Comunicações <strong>de</strong><br />

Importância<br />

Transfronteiriça<br />

1.2. Or<strong>de</strong>namento<br />

Urbano e Territorial e <strong>de</strong><br />

Zonas Costeiras<br />

Transfronteiriças<br />

1.2. Or<strong>de</strong>namento<br />

Urbano e Territorial e <strong>de</strong><br />

Zonas Costeiras<br />

Transfronteiriças<br />

1.3. Desenvolvimento<br />

Rural Transfronteiriço<br />

1.3. Desenvolvimento<br />

Rural Transfronteiriço<br />

1.3. Desenvolvimento<br />

Rural Transfronteiriço<br />

2.1. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Ambiental, Espaços<br />

Naturais, Recursos<br />

Hídricos e Gestão<br />

Florestal<br />

2.1. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Ambiental, Espaços<br />

Naturais, Recursos<br />

Hídricos e Gestão<br />

Florestal<br />

Convocatória<br />

2ª A-499<br />

Acrónimo<br />

Título<br />

Eixo <strong>de</strong> Comunicação<br />

Transfronteiriço<br />

Andévalo-Baixo<br />

Alentejo (IC27/A499)<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

E 2453536,00<br />

2ª RAIA 21 Agendas Locais 21 P 186563,40<br />

2ª AMEU<br />

2ª<br />

ANDALG-<br />

CITRUS II<br />

2ª SECAL<br />

2ª ATMER<br />

2ª SAGA II<br />

A<strong>de</strong>quação e Melhoria<br />

dos Perímetros<br />

Urbanos<br />

Actuações Conjuntas<br />

no <strong>Algarve</strong> e Andaluzia<br />

para a Optimização do<br />

Desenvolvimento da<br />

Citricultura<br />

Seca <strong>de</strong> Azinheiras e<br />

Sobreiros e<br />

Reconhecimento da<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos<br />

agrários obtidos em<br />

regimes extensivos do<br />

sudoeste da Península<br />

Ibérica<br />

Acções <strong>de</strong><br />

transferência <strong>de</strong><br />

tecnologia no domínio<br />

da rega<br />

Guardiães da Água do<br />

Sul - Projecto <strong>de</strong><br />

Educação Ambiental<br />

pela Arte - 2ª fase<br />

E 654000,00<br />

P 221500,00<br />

E 157990,00<br />

E 331000,00<br />

P 80000,00<br />

2ª SANBAS Saneamento Básico P 968742,25


Priorida<strong>de</strong><br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

Medida<br />

2.1. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Ambiental, Espaços<br />

Naturais, Recursos<br />

Hídricos e Gestão<br />

Florestal<br />

2.1. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Ambiental, Espaços<br />

Naturais, Recursos<br />

Hídricos e Gestão<br />

Florestal<br />

2.1. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Ambiental, Espaços<br />

Naturais, Recursos<br />

Hídricos e Gestão<br />

Florestal<br />

2.2. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Cultural, Património<br />

Histórico, Etnográfico e<br />

I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> Local<br />

2.2. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Cultural, Património<br />

Histórico, Etnográfico e<br />

I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> Local<br />

2.2. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Cultural, Património<br />

Histórico, Etnográfico e<br />

I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> Local<br />

2.2. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Cultural, Património<br />

Histórico, Etnográfico e<br />

I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> Local<br />

Convocatória<br />

Acrónimo<br />

2ª TRADES 21<br />

2ª PRAVALP<br />

2ª FAJA II<br />

2ª VALOR-FT II<br />

2ª IDENTUR<br />

2ª PATNIME<br />

2ª PCOVE<br />

Título<br />

Re<strong>de</strong> Transfronteiriça<br />

para o Fomento da<br />

Educação Meio-<br />

Ambiental no âmbito<br />

da Agenda 21<br />

Projecto <strong>de</strong><br />

Recuperação<br />

Ambiental e<br />

Valorização<br />

Paisagística dos Rios<br />

Caliente, Ardila e<br />

Múrtega<br />

Recuperação<br />

Ambiental e<br />

Desenvolvimento<br />

Sustentável da Faixa<br />

Pirítica Ibérica<br />

Andaluzia-Alentejo - 2ª<br />

fase<br />

Valorização das<br />

Fortificações<br />

Transfronteiriças<br />

(Conservação,<br />

Restauro e<br />

Reutilização do<br />

Património<br />

Arquitectónico Militar) -<br />

2ª fase<br />

Santa Bárbara:<br />

História, Património,<br />

I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e Turismo<br />

Património <strong>de</strong> Niebla e<br />

Mértola<br />

Contrabando <strong>de</strong> Vidas<br />

e Estórias - Registo<br />

Histórico<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

E 414815,00<br />

P 547188,00<br />

E 1263900,00<br />

P 1312500,00<br />

P 61200,90<br />

P 135000,00<br />

P 41496,00<br />

87


88<br />

Priorida<strong>de</strong><br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

Medida<br />

2.3. Eficiência Energética<br />

e Fontes <strong>de</strong> Energia<br />

Renováveis<br />

2.4. Valorização Turística<br />

do Património<br />

2.4. Valorização Turística<br />

do Património<br />

3.1. Promoção e<br />

Desenvolvimento<br />

Empresarial <strong>de</strong> Base<br />

Produtiva<br />

3.1. Promoção e<br />

Desenvolvimento<br />

Empresarial <strong>de</strong> Base<br />

Produtiva<br />

3.1. Promoção e<br />

Desenvolvimento<br />

Empresarial <strong>de</strong> Base<br />

Produtiva<br />

3.1. Promoção e<br />

Desenvolvimento<br />

Empresarial <strong>de</strong> Base<br />

Produtiva<br />

3.1. Promoção e<br />

Desenvolvimento<br />

Empresarial <strong>de</strong> Base<br />

Produtiva<br />

3.1. Promoção e<br />

Desenvolvimento<br />

Empresarial <strong>de</strong> Base<br />

Produtiva<br />

Convocatória<br />

2ª GIE II<br />

Acrónimo<br />

2ª ACCESA<br />

2ª TURSOS II<br />

2ª CECOERA II<br />

2ª TEE II<br />

2ª OTCE II<br />

2ª FLECORK<br />

2ª INCUBE<br />

2ª<br />

TRANSUR<br />

ECO-AGR<br />

Título<br />

Gestión Integrada <strong>de</strong><br />

la Energia - 2ª fase<br />

Dotação <strong>de</strong> Infraestruturas<br />

Turísticas e<br />

Meio-ambientais <strong>de</strong><br />

Acessos para Pessoas<br />

Incapacitadas<br />

Turismo Sostenible en<br />

el Rio Guadiana - 2ª<br />

fase<br />

Construção <strong>de</strong> Centro<br />

<strong>de</strong> Cooperação<br />

Empresarial Regional<br />

do <strong>Algarve</strong>-Alentejo-<br />

Andalazia - 2ª fase<br />

<strong>Tecnologia</strong>s e<br />

Espaços Empresarias<br />

- 2ª fase<br />

Oficinas<br />

Transfronteirizas <strong>de</strong><br />

Cooperación<br />

Empresarial - 2ª fase<br />

Criação e Lançamento<br />

da Fe<strong>de</strong>ração Lusoespanhola<br />

da Cortiça<br />

Re<strong>de</strong> Transfronteiriça<br />

<strong>de</strong> Viveiros <strong>de</strong><br />

Empresas<br />

Centro Hispano-<br />

Português para o<br />

Desenvolvimento <strong>de</strong><br />

Activida<strong>de</strong>s<br />

Empresariais<br />

Transfronteiriças e<br />

Fomento da<br />

Agricultura Biológica<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

E 350000,00<br />

E 788410,00<br />

E 573180,00<br />

P 621766,25<br />

P 3052395,00<br />

E 350000,00<br />

E 265200,00<br />

E 1977000,00<br />

E 275000,00


Priorida<strong>de</strong><br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

Medida<br />

3.1. Promoção e<br />

Desenvolvimento<br />

Empresarial <strong>de</strong> Base<br />

Produtiva<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

Convocatória<br />

Acrónimo<br />

2ª COMETA II<br />

2ª DrOG@ II<br />

2ª<br />

CIANOALERTA<br />

II<br />

2ª MEGAZIG<br />

2ª REDAQUA<br />

2ª<br />

ANDALEGHOR<br />

T II<br />

Título<br />

Promoção do<br />

Comércio<br />

Especializado<br />

Transfronteiriço<br />

Andaluzia-<strong>Algarve</strong> - 2ª<br />

fase<br />

Observatório<br />

Transfronteiriço online<br />

sobre Prevenção <strong>de</strong><br />

Toxico<strong>de</strong>pendências<br />

no Ensino Superior - 2ª<br />

fase<br />

Florescências Tóxicas<br />

<strong>de</strong> Cianobactéricas e<br />

Critérios <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong><br />

Ecológica da Água <strong>de</strong><br />

Albufeiras<br />

Abastecedoras do<br />

Consumo Humano - 2ª<br />

fase<br />

Monitorização e<br />

Gestão Ambiental dos<br />

Sapais do Estuário do<br />

Guadiana -<br />

Desenvolvimento da<br />

Ferramenta<br />

Estabelecimento <strong>de</strong><br />

uma Re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Cooperação<br />

Transfronteiriça para o<br />

Desenvolvimento da<br />

Aquacultura Marinha<br />

no Litoral Sul Atlântico<br />

Producción Integrada y<br />

Control Fitosanitário<br />

en Cultivos<br />

Hortofrutícolas en<br />

Andalucia y <strong>Algarve</strong> -<br />

2ª fase<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

P 550000,00<br />

P 217768,00<br />

P 336262,50<br />

P 190000,00<br />

E 195325,00<br />

E 238750,00<br />

89


90<br />

Priorida<strong>de</strong><br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

Medida<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

3.3. Dinamização<br />

Sócioeconómica local,<br />

Agro-Industrial e<br />

Serviços<br />

3.3. Dinamização<br />

Sócioeconómica local,<br />

Agro-Industrial e<br />

Serviços<br />

3.3. Dinamização<br />

Sócioeconómica local,<br />

Agro-Industrial e<br />

Serviços<br />

3.4. Educação,<br />

Formação e<br />

Empregabilida<strong>de</strong><br />

4.1. Cooperação e<br />

Integração Social,<br />

Laboral e Institucional<br />

4.1. Cooperação e<br />

Integração Social,<br />

Laboral e Institucional<br />

4.1. Cooperação e<br />

Integração Social,<br />

Laboral e Institucional<br />

Convocatória<br />

Acrónimo<br />

2ª GESTPESCA II<br />

2ª UTPIA<br />

2ª ACCORD<br />

2ª ALVA<br />

2ª PRESE<br />

Título<br />

Pescarias Litorais-<br />

Bases Científicas para<br />

a Gestão <strong>de</strong> Recursos<br />

Pesqueiros <strong>de</strong><br />

Interesse Comum - 2ª<br />

fase<br />

Utilização do PB como<br />

indicador <strong>de</strong><br />

Vulnerabilida<strong>de</strong><br />

Ambiental na faixa<br />

Piritosa Ibérica<br />

Acções <strong>de</strong><br />

Cooperação Regional<br />

e Dinamização<br />

Empresarial Huelva-<br />

<strong>Algarve</strong><br />

Rota Comercial das<br />

Quatro Cida<strong>de</strong>s<br />

Promoção Empresarial<br />

do Sudoeste da<br />

Europa<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

P 137800,00<br />

P 325000,00<br />

E 916750,00<br />

P 395000,00<br />

E 247500,00<br />

2ª PUENTES Pontes Educativas E 155000,00<br />

2ª SIDA-TECTO II<br />

2ª CVC-AND-AL<br />

2ª UNM<br />

Projecto <strong>de</strong> Articulação<br />

no âmbito da SIDA - 2ª<br />

fase<br />

Programa <strong>de</strong><br />

Cooperación<br />

Empresarial<br />

Transfronteiriza<br />

Unida<strong>de</strong> Móvel <strong>de</strong><br />

Mamografia<br />

P 360000,00<br />

E 119010,00<br />

E 750357,84


Priorida<strong>de</strong><br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

Medida<br />

4.1. Cooperação e<br />

Integração Social,<br />

Laboral e Institucional<br />

4.1. Cooperação e<br />

Integração Social,<br />

Laboral e Institucional<br />

4.1. Cooperação e<br />

Integração Social,<br />

Laboral e Institucional<br />

4.1. Cooperação e<br />

Integração Social,<br />

Laboral e Institucional<br />

4.2. Desenvolvimento<br />

Conjunto <strong>de</strong> Serviços e<br />

Equipamentos Locais<br />

4.2. Desenvolvimento<br />

Conjunto <strong>de</strong> Serviços e<br />

Equipamentos Locais<br />

4.2. Desenvolvimento<br />

Conjunto <strong>de</strong> Serviços e<br />

Equipamentos Locais<br />

4.3. Estruturas<br />

Institucionais para a<br />

Cooperação<br />

4.3. Estruturas<br />

Institucionais para a<br />

Cooperação<br />

Convocatória<br />

2ª<br />

Acrónimo<br />

GUADIANA<br />

(Inclusão) II<br />

2ª CAMINHO<br />

2ª CIAA<br />

2ª<br />

2ª<br />

2ª<br />

OS-<br />

DESCOBRIME<br />

NTOS<br />

TELEMEDICIN<br />

A II<br />

AAA-MUSIC-A-<br />

SUL<br />

2ª CULTIVART<br />

2ª GIT II<br />

2ª RIDAA<br />

Título<br />

Programa para a<br />

Stenção e Inclusão<br />

Social <strong>de</strong> Pessoas<br />

Excluídas ou em Risco<br />

<strong>de</strong> Exclusão-2ª fase<br />

Projecto <strong>de</strong><br />

Intervenção<br />

Comunitária <strong>de</strong> Luta<br />

contra a Exclusão e<br />

Toxico<strong>de</strong>pendência<br />

Cooperação<br />

Intersindical<br />

Andaluzia-<strong>Algarve</strong> - 2ª<br />

fase<br />

Encontros<br />

Desportivos<strong>Algarve</strong>-<br />

Huelva<br />

Desenvolvimento da<br />

Telemedicina na Zona<br />

Transfronteiriça<br />

<strong>Algarve</strong>-Alentejo-<br />

Andaluzia - 2ª fase<br />

Parcerias<br />

Interescolares e<br />

culturais entre o<br />

Barlavento Algarvio,<br />

Huelva e Baixo<br />

Alentejo<br />

Programação Cultural<br />

e Artística em Re<strong>de</strong><br />

Gabinete <strong>de</strong> Iniciativas<br />

Transfronteiriças - 2ª<br />

fase<br />

Re<strong>de</strong> para a Inclusão<br />

do Deficiente no<br />

<strong>Algarve</strong> e Andaluzia<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

E 415002,00<br />

P 195000,00<br />

E 264022,00<br />

P 430000,00<br />

E 1432499,00<br />

P 63000,00<br />

P 302692,00<br />

E 3750000,00<br />

P 195000,00<br />

91


92<br />

Priorida<strong>de</strong><br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

Medida<br />

1.1. Infra-estruturas <strong>de</strong><br />

Transportes e<br />

Comunicações <strong>de</strong><br />

Importância<br />

Transfronteiriça<br />

1.1. Infra-estruturas <strong>de</strong><br />

Transportes e<br />

Comunicações <strong>de</strong><br />

Importância<br />

Transfronteiriça<br />

1.2. Or<strong>de</strong>namento<br />

Urbano e Territorial e <strong>de</strong><br />

Zonas Costeiras<br />

Transfronteiriças<br />

1.3. Desenvolvimento<br />

Rural Transfronteiriço<br />

1.3. Desenvolvimento<br />

Rural Transfronteiriço<br />

2.1. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Ambiental, Espaços<br />

Naturais, Recursos<br />

Hídricos e Gestão<br />

Florestal<br />

Convocatória<br />

Acrónimo<br />

3ª HUBAAL 3<br />

3ª NAVEGUA III<br />

3ª AMEU III<br />

3ª CITRISAUDE<br />

3ª<br />

3ª<br />

ANDALGCITR<br />

US III<br />

RED<br />

CONTAMAR<br />

Título<br />

Interconexión Viária<br />

entre el Bajo Alentejo,<br />

<strong>Algarve</strong> e Huelva<br />

(Carreteras<br />

Transfronteiriças<br />

Pertenecientes à las<br />

Câmaras Municipales<br />

Portuguesas <strong>de</strong><br />

Alcoutim, Castro<br />

Marim, Mertola, Serpa,<br />

Tavira y à la<br />

Diputación Provincial<br />

<strong>de</strong> Huelva)<br />

Melhoria da<br />

Acessibilida<strong>de</strong><br />

Marítima, Condições<br />

<strong>de</strong> Navegabilida<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong> Acostagem e<br />

Reabilitação <strong>de</strong><br />

Margens no Rio<br />

Guadiana<br />

A<strong>de</strong>cuación y mejora<br />

<strong>de</strong> entornos urbanos y<br />

portuarios- 3ª fase<br />

Novas <strong>Tecnologia</strong>s<br />

pós-colheita para a<br />

Qualida<strong>de</strong> e<br />

Segurança Alimentar<br />

em Citrinos<br />

Actuações Conjuntas<br />

no <strong>Algarve</strong> e Andaluzia<br />

para a Optimização do<br />

Desenvolvimento da<br />

Citricultura<br />

Red científica para la<br />

caracterización <strong>de</strong> los<br />

níveles <strong>de</strong><br />

contaminación y la<br />

gestión sostenible <strong>de</strong><br />

las marismas <strong>de</strong> la<br />

región transfronteiriza<br />

<strong>de</strong> Portugal-España<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

CM Alcoutim; CM<br />

Tavira; CM Castro<br />

Marim<br />

IPTM Sul;<br />

CMVRSA; CM<br />

Alcoutim<br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

E 5639999,67<br />

P 1029166,67<br />

IPTM Sul E 1050000,00<br />

UALG; CSIC P 130000,00<br />

DRAALG P 208000,00<br />

UALG E 160000,00


Priorida<strong>de</strong><br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

Medida<br />

2.1. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Ambiental, Espaços<br />

Naturais, Recursos<br />

Hídricos e Gestão<br />

Florestal<br />

2.1. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Ambiental, Espaços<br />

Naturais, Recursos<br />

Hídricos e Gestão<br />

Florestal<br />

2.2. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Cultural, Património<br />

Histórico, Etnográfico e<br />

I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> Local<br />

2.2. Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Cultural, Património<br />

Histórico, Etnográfico e<br />

I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> Local<br />

2.4. Valorização Turística<br />

do Património<br />

2.4. Valorização Turística<br />

do Património<br />

2.4. Valorização Turística<br />

do Património<br />

Convocatória<br />

Acrónimo<br />

3ª SUSTER 21<br />

3ª FAJA III<br />

3ª SUESTARTE Suestarte<br />

3ª VALOR FT III<br />

3ª IBERTUR<br />

3ª ECOCOT II<br />

3ª MOSUDHIS<br />

Título<br />

Desarrollo Sostenible y<br />

Equilibrado <strong>de</strong> los<br />

Territorios <strong>de</strong>s<strong>de</strong> un<br />

enfoque <strong>de</strong><br />

integración:<br />

Socieda<strong>de</strong>,Medio<br />

Ambiente, Economia y<br />

Educación<br />

Recuperación<br />

Ambiental y <strong>de</strong>sarrollo<br />

<strong>de</strong> la Faja Piritica<br />

Ibérica<br />

Valorização das<br />

Fortificações<br />

Transfronteiriças - 3ª<br />

fase<br />

Plan <strong>de</strong> valorización<br />

Turística <strong>de</strong>l<br />

Patrimonio<br />

Transfronteirizo<br />

Ecomuseu na herda<strong>de</strong><br />

da coitadinha II.<br />

Projecto<br />

transfronteiriço <strong>de</strong><br />

conservação,<br />

interpretação e<br />

utilização turística <strong>de</strong><br />

património natural<br />

Mosaicos Romanos do<br />

Sudoeste da Hispania:<br />

Andaluzia e <strong>Algarve</strong><br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

CM Tavira; CM<br />

Loulé<br />

Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong><br />

Música <strong>de</strong> Lagos<br />

CM Cmarim; CM<br />

Tavira;<br />

CM Silves;<br />

Ambifaro; CM<br />

Lagos; CM Olhão;<br />

CM Cmarim; CM<br />

Loulé; CM<br />

SBAlportel;<br />

Odiana;<br />

Columbus; CM<br />

Portimão; CM<br />

Tavira; Rota do<br />

Guadiana;<br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

E 760374,25<br />

E 815000,00<br />

P 90000,00<br />

P 443750,00<br />

E 1045000,00<br />

P 308520,00<br />

UALG P 85000,00<br />

93


94<br />

Priorida<strong>de</strong><br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

Medida<br />

2.4. Valorização Turística<br />

do Património<br />

3.1. Promoção e<br />

Desenvolvimento<br />

Empresarial <strong>de</strong> Base<br />

Produtiva<br />

3.1. Promoção e<br />

Desenvolvimento<br />

Empresarial <strong>de</strong> Base<br />

Produtiva<br />

3.1. Promoção e<br />

Desenvolvimento<br />

Empresarial <strong>de</strong> Base<br />

Produtiva<br />

3.1. Promoção e<br />

Desenvolvimento<br />

Empresarial <strong>de</strong> Base<br />

Produtiva<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

Convocatória<br />

Acrónimo<br />

Título<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

3ª GUAD21 Baixo Guadiana 21 Odiana P 830000,00<br />

3ª ROTCE<br />

3ª TEE-3<br />

3ª CECOERA<br />

3ª TRANSINOV<br />

3ª<br />

ANDALGHORT<br />

III<br />

3ª PROMAR<br />

3ª DROG@3<br />

Refuerzo <strong>de</strong> las<br />

Oficinas<br />

Transfronteirizas <strong>de</strong><br />

Cooperación<br />

Empresarial<br />

<strong>Tecnologia</strong>s y<br />

espacios<br />

empresariales<br />

Activida<strong>de</strong>s<br />

Transfronteiriças<br />

Integradas<br />

Proyexto<br />

Transfronteirizo <strong>de</strong><br />

Innovación y<br />

Cooperación<br />

Empresarial<br />

Producción Integrada y<br />

control fitosanitário en<br />

culturas hortofrutícolas<br />

<strong>de</strong> Andalucia y <strong>Algarve</strong><br />

Cooperación <strong>Algarve</strong><br />

Andaluzia para la<br />

Promoción <strong>de</strong> recursos<br />

acuícolas marinos en<br />

el litoral suratlântico<br />

Observatório<br />

Transfroneiriço Online<br />

sobre Prevenção <strong>de</strong><br />

Toxico<strong>de</strong>pendências<br />

no Ensino Superior<br />

CM Tavira E 373110,00<br />

CM Cmarim E 1797650,00<br />

NERA E 266000,00<br />

UALG P 500000,00<br />

DRAALG E 242050,00<br />

IPIMAR; UALG E 150000,00<br />

UALG P 161385,02


Priorida<strong>de</strong><br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

Medida<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

3.2. Desenvolvimento<br />

Tecnológico,<br />

Investigação e Extensão<br />

da Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

3.3. Dinamização<br />

Sócioeconómica local,<br />

Agro-Industrial e<br />

Serviços<br />

3.3. Dinamização<br />

Sócioeconómica local,<br />

Agro-Industrial e<br />

Serviços<br />

3.3. Dinamização<br />

Sócioeconómica local,<br />

Agro-Industrial e<br />

Serviços<br />

3.3. Dinamização<br />

Sócioeconómica local,<br />

Agro-Industrial e<br />

Serviços<br />

3.4. Educação,<br />

Formação e<br />

Empregabilida<strong>de</strong><br />

Convocatória<br />

3ª<br />

Acrónimo<br />

CIANOALERTA<br />

III<br />

3ª PROMOPESCA<br />

3ª VALEMON<br />

3ª EMPRESALIA<br />

3ª<br />

FRONTERA<br />

COMERCIAL<br />

ABIERTA<br />

3ª RECIAGRO II<br />

3ª PRESE PLUS<br />

Título<br />

Florescências Tóxicas<br />

<strong>de</strong> Cianobactéricas e<br />

Critérios <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong><br />

Ecológica da Água <strong>de</strong><br />

Albufeiras<br />

Abastecedoras do<br />

Consumo Humano - 3ª<br />

fase<br />

Promoção <strong>de</strong><br />

Recursos Pesqueiros<br />

<strong>de</strong> Interesse Comum<br />

Valorização<br />

Económica e<br />

Ambiental do Maciço<br />

Alcalino <strong>de</strong> Monchique<br />

Acciones <strong>de</strong><br />

Dinamización<br />

Empresarial<br />

Transfronteiriza<br />

Programa<br />

Transfronteirizo <strong>de</strong><br />

Revitalización<br />

Comercial y Turística<br />

<strong>de</strong> Andalucia y en el<br />

<strong>Algarve</strong><br />

Promoção e<br />

Valorização <strong>de</strong><br />

Recursos Cinegéticos<br />

e Agropecuários das<br />

Zonas Raianas - 2ª<br />

fase<br />

Promoção Empresarial<br />

do Sudoeste da<br />

Europa Plus<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

UALG P 210000,00<br />

UALG P 340000,00<br />

UALG; CM<br />

Monchique<br />

P 170000,00<br />

CEAL; Ambifaro E 860000,00<br />

ACRAL E 740000,00<br />

P 225000,00<br />

E 230000,00<br />

3ª PUENTES III Proyecto Puentes DREALG E 150000,00<br />

95


96<br />

Priorida<strong>de</strong><br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

A<br />

B Sudoe<br />

B Sudoe<br />

Medida<br />

4.1. Cooperação e<br />

Integração Social,<br />

Laboral e Institucional<br />

4.1. Cooperação e<br />

Integração Social,<br />

Laboral e Institucional<br />

4.1. Cooperação e<br />

Integração Social,<br />

Laboral e Institucional<br />

4.1. Cooperação e<br />

Integração Social,<br />

Laboral e Institucional<br />

4.2. Desenvolvimento<br />

Conjunto <strong>de</strong> Serviços e<br />

Equipamentos Locais<br />

4.2. Desenvolvimento<br />

Conjunto <strong>de</strong> Serviços e<br />

Equipamentos Locais<br />

4.3. Estruturas<br />

Institucionais para a<br />

Cooperação<br />

1.2. Dinamizar as zonas<br />

rurais e <strong>de</strong>senvolver as<br />

complemetarida<strong>de</strong>s<br />

territoriais para o<br />

or<strong>de</strong>namento<br />

sustentáveldo SUDOE<br />

2.1. Preservar e<br />

Melhorar o valor<br />

patrimonial dos espaços<br />

e dos recursos naturais,<br />

entre os quais os<br />

recursos em água<br />

Convocatória<br />

3ª CIAA 3<br />

3ª<br />

Acrónimo<br />

GUADIANA III<br />

COHESIÓN<br />

3ª OTT-AND-AL<br />

3ª<br />

OS-<br />

DESCOBRIME<br />

NTOS<br />

3ª ELIPSE<br />

3ª<br />

TELEMEDICIN<br />

A III<br />

3ª GIT III<br />

1ª CIUMED<br />

Título<br />

Cooperación Sindical<br />

<strong>de</strong> Andalucia-<strong>Algarve</strong><br />

2004-2006<br />

Programa para el<br />

fomento <strong>de</strong> la<br />

cohesión a favor <strong>de</strong> los<br />

colectivos excluídos o<br />

en riesgo <strong>de</strong> exclusión<br />

Observatório Turístico<br />

Transfronteiriço<br />

Andaluzia-<strong>Algarve</strong><br />

Encontros Desportivos<br />

<strong>Algarve</strong>-Huelva<br />

Plan Transfronteirizo<br />

<strong>de</strong> Dinamización<br />

Social <strong>de</strong> la<br />

Prevención, asistencia<br />

e incorpopración social<br />

en el ambito <strong>de</strong> las<br />

adicciones España-<br />

Portugal<br />

Activida<strong>de</strong>s Sanitárias<br />

en una red telemática<br />

(<strong>Algarve</strong>-Andalucia)<br />

Gabinete <strong>de</strong> Iniciativas<br />

Transfronteiriças III<br />

Urbanismo: Estudo<br />

sobre formas <strong>de</strong><br />

reforço funcional das<br />

cida<strong>de</strong>s médias<br />

1ª PORTS NETS Portos Limpos<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

CGTP E 93500,00<br />

CM Faro;<br />

Ambifaro; GATO;<br />

E 864935,40<br />

CEAL E 225137,00<br />

Inst. Desportos <strong>de</strong><br />

Portugal<br />

Inst. Da Droga e<br />

da<br />

Toxico<strong>de</strong>pendênci<br />

a do <strong>Algarve</strong><br />

P 255000,00<br />

E 689770,00<br />

ARS <strong>Algarve</strong> P 816250,25<br />

CCDR Alg E 687180,00<br />

CM VRSA E 1505707,60<br />

Instituto Portuário<br />

do Sul<br />

E 3073628,00


Priorida<strong>de</strong><br />

B Sudoe<br />

B MEDOCC<br />

B MEDOCC<br />

B MEDOCC<br />

B MEDOCC<br />

B MEDOCC<br />

B MEDOCC<br />

Medida<br />

2.1. Preservar e<br />

Melhorar o valor<br />

patrimonial dos espaços<br />

e dos recursos naturais,<br />

entre os quais os<br />

recursos em água<br />

1.1. Estruturação da<br />

Bacia do Mediterrâneo<br />

pela valorização e<br />

reforço <strong>de</strong> laços<br />

económicos, sociais e<br />

culturais entre as duas<br />

margens<br />

2.1. Desenvolvimento<br />

Territorial e Urbano:<br />

Desenvolvimento das<br />

Cooperações, Coerência<br />

das estratégia, acçõespiloto<br />

2.1. Desenvolvimento<br />

Territorial e Urbano:<br />

Desenvolvimento das<br />

Cooperações, Coerência<br />

das estratégia, acçõespiloto<br />

3.1. Melhorar o acesso<br />

aos territórios<br />

3.4. <strong>Tecnologia</strong> <strong>de</strong><br />

Comunicação e <strong>de</strong><br />

Informação para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do<br />

Território<br />

4.1. Protecção e<br />

valorização do<br />

património natural e<br />

cultural, gestão <strong>de</strong><br />

biodiversida<strong>de</strong>, dos<br />

territórios e das<br />

paisagens<br />

Convocatória<br />

1ª<br />

Acrónimo<br />

AQUA-GEST-<br />

SO<br />

1ª MÉRITE<br />

1ª RURAL-MED<br />

1ª AMAT<br />

1ª<br />

1ª ROL<br />

ACESSIBILITA<br />

E<br />

INTERMODALI<br />

TA<br />

1ª REVER MED<br />

Título<br />

Recursos Hídricos:<br />

Implementação <strong>de</strong><br />

novos instrumentos <strong>de</strong><br />

gestão <strong>de</strong> recursos<br />

hídricos<br />

Mediterrâneo Rural <strong>de</strong><br />

Excelência: Inovação-<br />

Território-Empresas<br />

Fórum permanente e<br />

re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> centros para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

Mediterrâneo<br />

Ateliers <strong>de</strong><br />

Or<strong>de</strong>namento do<br />

Território no<br />

Mediterrâneo<br />

Análise das<br />

Prestações da Re<strong>de</strong><br />

multimodal <strong>de</strong><br />

transporte à escala<br />

transnacional, nacional<br />

e regional dos países<br />

Medoc<br />

Regiões online - Portal<br />

<strong>de</strong> Informação<br />

integrada para o<br />

cidadão<br />

Re<strong>de</strong> Ver<strong>de</strong> Europeia<br />

da Área Mediterrânica<br />

Oci<strong>de</strong>ntal<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

Associação<br />

ARADE<br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

FR 1450685,00<br />

CM VRSA IT 1016000,00<br />

Globalgarve E 1301897,00<br />

CCDR Alg FR 1462468,00<br />

CM Portimão IT 2550000,00<br />

CCDR Alg E 2467339,00<br />

CCDR Alg E 2701510,00<br />

97


98<br />

Priorida<strong>de</strong><br />

B MEDOCC<br />

B MEDOCC<br />

B MEDOCC<br />

B MEDOCC<br />

B MEDOCC<br />

B MEDOCC<br />

B MEDOCC<br />

Medida<br />

4.1. Protecção e<br />

valorização do<br />

património natural e<br />

cultural, gestão <strong>de</strong><br />

biodiversida<strong>de</strong>, dos<br />

territórios e das<br />

paisagens<br />

4.1. Protecção e<br />

valorização do<br />

património natural e<br />

cultural, gestão <strong>de</strong><br />

biodiversida<strong>de</strong>, dos<br />

territórios e das<br />

paisagens<br />

4.1. Protecção e<br />

valorização do<br />

património natural e<br />

cultural, gestão <strong>de</strong><br />

biodiversida<strong>de</strong>, dos<br />

territórios e das<br />

paisagens<br />

4.2. Promoção um<br />

Turismo Sustentável<br />

4.2. Promoção um<br />

Turismo Sustentável<br />

4.2. Promoção um<br />

Turismo Sustentável<br />

1.1. Estruturação da<br />

Bacia do Mediterrâneo<br />

pela valorização e<br />

reforço <strong>de</strong> laços<br />

económicos, sociais e<br />

culturais entre as duas<br />

margens<br />

Convocatória<br />

1ª VREM<br />

Acrónimo<br />

1ª CASTRUM<br />

1ª CYPMED<br />

1ª CIMPA<br />

1ª ETSM<br />

1ª<br />

VILLAGE<br />

TERRANEO<br />

2ª SSSL<br />

Título<br />

As vias romanas no<br />

Mediterrâneo<br />

Torres, Castelos e<br />

Muralhas: projecto <strong>de</strong><br />

valorização dos bens<br />

culturais<br />

Gestão <strong>de</strong> Recursos<br />

Florestais no quadro<br />

do Desenvolvimento<br />

Sustentável<br />

Cibi Meridiani,<br />

Monumenti Paralleli -<br />

Avaliação dos<br />

produtos agralimentares<br />

tradicionais<br />

Ambiente - Turismo<br />

Duradouro - Desporto<br />

no Mediterrâneo<br />

Criação <strong>de</strong> uma <strong>de</strong><br />

al<strong>de</strong>ias mediterrânicas<br />

visando<br />

<strong>de</strong>senvolvimento<br />

económico<br />

Sete Sóis Sete Luas -<br />

A Europa da Vinha, da<br />

Oliveira e do Trigo<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

CCDR Alg FR 2345088,00<br />

CM VRSA IT 3004700,00<br />

DRAALG IT 2256500,00<br />

RTA IT 1953000,00<br />

RTA E 502589,50<br />

CM, Aljezur FR 554600,00<br />

CM VRSA P 1090000,00


Priorida<strong>de</strong><br />

B MEDOCC<br />

B MEDOCC<br />

B MEDOCC<br />

B MEDOCC<br />

B MEDOCC<br />

B MEDOCC<br />

Medida<br />

1.1. Estruturação da<br />

Bacia do Mediterrâneo<br />

pela valorização e<br />

reforço <strong>de</strong> laços<br />

económicos, sociais e<br />

culturais entre as duas<br />

margens<br />

2.1. Desenvolvimento<br />

Territorial e Urbano:<br />

Desenvolvimento das<br />

Cooperações, Coerência<br />

das estratégia, acçõespiloto<br />

2.1. Desenvolvimento<br />

Territorial e Urbano:<br />

Desenvolvimento das<br />

Cooperações, Coerência<br />

das estratégia, acçõespiloto<br />

2.1. Desenvolvimento<br />

Territorial e Urbano:<br />

Desenvolvimento das<br />

Cooperações, Coerência<br />

das estratégia, acçõespiloto<br />

3.4. <strong>Tecnologia</strong> <strong>de</strong><br />

Comunicação e <strong>de</strong><br />

Informação para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do<br />

Território<br />

3.4. <strong>Tecnologia</strong> <strong>de</strong><br />

Comunicação e <strong>de</strong><br />

Informação para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do<br />

Território<br />

Convocatória<br />

Acrónimo<br />

2ª Suber-MED<br />

2ª RESTAUROnet<br />

2ª URBACOST<br />

2ª RURAL-MED II<br />

2ª AGATA<br />

2ª<br />

TECHNOLANG<br />

UE<br />

Título<br />

Iniciativa<br />

Transnacional para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do<br />

sector industrial e<br />

sócio-económico da<br />

cortiça<br />

Or<strong>de</strong>namento e<br />

Administração do<br />

Policentrismo histórico<br />

do Mediterrâneo<br />

Urbanização Costeira<br />

e zonas rurais <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> estruturação<br />

histórica: um mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> intervenção<br />

Fórum permanente e<br />

re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> centros para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

Mediterrâneo II<br />

Agência <strong>de</strong><br />

Multiserviços baseada<br />

sobre os Telecentros<br />

para a Gestão<br />

Integrada da<br />

Mobilida<strong>de</strong> e<br />

Acessibilida<strong>de</strong> aos<br />

serviços <strong>de</strong> Transporte<br />

Integração entre as<br />

linguagens da<br />

planificação e da<br />

informação tendo em<br />

vista a elaboração <strong>de</strong><br />

cartas interactivas<br />

Medoc - Meda e dos<br />

sistemas <strong>de</strong> transporte<br />

correspon<strong>de</strong>ntes<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

AIC - Sbrás E 711210,00<br />

DR Monumentos<br />

do Sul<br />

IT 2445000,00<br />

CM Portimão IT 1770000,00<br />

Odiana E 2920960,00<br />

AREAL IT 2365100,00<br />

Universida<strong>de</strong><br />

Lusófona<br />

IT 2900000,00<br />

99


100<br />

Priorida<strong>de</strong><br />

B MEDOCC<br />

B MEDOCC<br />

B MEDOCC<br />

B Espaço<br />

Atlântico<br />

B Espaço<br />

Atlântico<br />

B Espaço<br />

Atlântico<br />

B Espaço<br />

Atlântico<br />

B Espaço<br />

Atlântico<br />

Medida<br />

4.1. Protecção e<br />

valorização do<br />

património natural e<br />

cultural, gestão <strong>de</strong><br />

biodiversida<strong>de</strong>, dos<br />

territórios e das<br />

paisagens<br />

4.2. Promoção um<br />

Turismo Sustentável<br />

4.3. Protecção do<br />

ambiente, prevenção e<br />

gestão <strong>de</strong> riscos naturais<br />

A.1. Estruturação<br />

Territorial do Espaço<br />

Atlântico<br />

A.1. Estruturação<br />

Territorial do Espaço<br />

Atlântico<br />

A.2. Promoção e<br />

Desenvolvimento <strong>de</strong><br />

Pólos <strong>de</strong> Competência<br />

A.2. Promoção e<br />

Desenvolvimento <strong>de</strong><br />

Pólos <strong>de</strong> Competência<br />

B.2. Melhoria do Acesso<br />

à Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

Convocatória<br />

Acrónimo<br />

2ª RECOFORME<br />

2ª SUBMED<br />

2ª PROGECO<br />

1ª RTA<br />

1ª<br />

RED-LOCAL<br />

PLAN<br />

1ª REGINA<br />

1ª QUALITY-SME<br />

1ª SENSITIC 2<br />

Título<br />

Estruturação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s<br />

e acções <strong>de</strong><br />

cooperação sobre a<br />

floresta mediterrânica.<br />

Estratégia <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento<br />

Sustentável do<br />

Turismo Subaquático<br />

no Mediterrâneo<br />

Protecção e<br />

Valorização do<br />

Território pelo uso <strong>de</strong><br />

técnicas <strong>de</strong> Génio<br />

Ecológico à escala da<br />

bacia hidrográfica<br />

Re<strong>de</strong> Transnacional<br />

Atlântica dos parceiros<br />

económicos e sociais<br />

Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Actores<br />

Locais para o<br />

Planeamento Local<br />

Projecto para o<br />

Estabelecimento <strong>de</strong><br />

uma parceria<br />

duradoura para a<br />

gestão do<br />

conhecimento<br />

científico, tecnológico<br />

e da inovação regional<br />

no espaço atlântico<br />

Programa <strong>de</strong> Ajuda à<br />

Gestão Integrada em<br />

Pequenas e Médias<br />

Empresas do Espaço<br />

Atlântico<br />

Análise do Impacto da<br />

Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

DRAALG IT 1776033,00<br />

CRIP Sul IT 1355720,00<br />

CCDR Alg IT 1979550,00<br />

CGTP FR 1281100,00<br />

ANAS E 1209544,77<br />

UALG E 2635498,00<br />

CPINAL E 980489,88<br />

CPINAL FR 1146970,00


Priorida<strong>de</strong><br />

B Espaço<br />

Atlântico<br />

B Espaço<br />

Atlântico<br />

B Espaço<br />

Atlântico<br />

B Espaço<br />

Atlântico<br />

B Espaço<br />

Atlântico<br />

B Espaço<br />

Atlântico<br />

B Espaço<br />

Atlântico<br />

B Espaço<br />

Atlântico<br />

Medida<br />

B.2. Melhoria do Acesso<br />

à Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

B.2. Melhoria do Acesso<br />

à Socieda<strong>de</strong> da<br />

Informação<br />

C.2. Gestão Integrada<br />

das Zonas Costeriras e<br />

dos Estuários, Protecção<br />

das Zonas Húmidas<br />

C.2. Gestão Integrada<br />

das Zonas Costeriras e<br />

dos Estuários, Protecção<br />

das Zonas Húmidas<br />

C.2. Gestão Integrada<br />

das Zonas Costeriras e<br />

dos Estuários, Protecção<br />

das Zonas Húmidas<br />

D.1. Valorização das<br />

Culturas e do Património<br />

Atlânticos e<br />

Encorajamento à Criação<br />

Cultural, Contribuição da<br />

Cultura para o<br />

Desenvolvimento<br />

Económico<br />

D.1. Valorização das<br />

Culturas e do Património<br />

Atlânticos e<br />

Encorajamento à Criação<br />

Cultural, Contribuição da<br />

Cultura para o<br />

Desenvolvimento<br />

Económico<br />

D.2. Criação e Promoção<br />

<strong>de</strong> Produtos Turísticos<br />

Atlânticos<br />

Convocatória<br />

Acrónimo<br />

1ª ATLANTIC NET<br />

1ª SMITA<br />

1ª OCIPESCA<br />

1ª<br />

La Ruta <strong>de</strong> las<br />

Bahias<br />

1ª Planeta Azul<br />

1ª CULTUR*ART<br />

1ª<br />

ATL-<br />

MEDIEVAL<br />

1ª Port Atlantic<br />

Título<br />

Atlantic SME Forum<br />

for Information Society<br />

Système pour Mobile<br />

d’Information<br />

Territoriale Atlantique<br />

Observatório Científico<br />

<strong>de</strong> las Pesquerias<br />

Artesanales<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

Ambifaro E 1119863,10<br />

AMAL P 1 572 870,00<br />

IPIMAR-INIAP E 3307211,00<br />

La Ruta <strong>de</strong> las Bahias CM VRSA E 651511,91<br />

Projecto <strong>de</strong> Prevenção<br />

<strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes e<br />

Prevençaõ Ambiental<br />

Cultura y Património<br />

como factores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sarrollo en las<br />

ciuda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>l Arco<br />

Atlântico Europeo<br />

As Influências das<br />

Culturas Árabe,<br />

Judáica, Cristã e Celta<br />

no Mundo Atlântico<br />

Medieval<br />

Pequeños Puertos<br />

Pesqueros <strong>de</strong>l<br />

Atlântico<br />

Quinta Formosa P 3 210 663,55<br />

Ambifaro E 2267316,87<br />

CM Cmarim;<br />

Odiana<br />

P 1019765,00<br />

CM Tavira E 968427,00<br />

101


102<br />

Priorida<strong>de</strong><br />

B Espaço<br />

Atlântico<br />

Medida<br />

D.2. Criação e Promoção<br />

<strong>de</strong> Produtos Turísticos<br />

Atlânticos<br />

Convocatória<br />

1ª Sal<br />

C Projecto Individual 1ª/2ª AEMA<br />

Acrónimo<br />

C Projecto Individual 1ª/2ª GESIPORTS<br />

Título<br />

Revalorización <strong>de</strong> la<br />

i<strong>de</strong>ntidad <strong>de</strong> las<br />

salinas <strong>de</strong>l Atlántico.<br />

Recuperación y<br />

promoción <strong>de</strong>l<br />

potencial biológico,<br />

económico y cultural<br />

<strong>de</strong> las zonas húmedas<br />

costeras<br />

AEMA: Villes avec<br />

Marinas et Ports<br />

Plaisance, Politiques<br />

Públiques et Privées<br />

pour une Promotion<br />

Touristique Integrée<br />

Gestion Intégrée<br />

durable dans Les Ports<br />

<strong>de</strong> Plaisance <strong>de</strong> la<br />

Zone Sud Européenne<br />

Parceiro do<br />

<strong>Algarve</strong><br />

Necton; CCMAR;<br />

CM Cmarim;<br />

TradiSal;<br />

chefe <strong>de</strong> fila<br />

FEDER<br />

APROVADO<br />

E 5 521 253,21<br />

CM Lagos P 996856,00<br />

IPTM E 1329623,00


ANEXO 3: Projectos EQUAL no <strong>Algarve</strong><br />

Designação projecto Entida<strong>de</strong> Área <strong>de</strong> intervenção<br />

A PAR E PASSO - Orientação-Formação-<br />

Inserção Profissional<br />

ENE-Empreen<strong>de</strong>r na Escola<br />

REDE DE ARTESÃOS<br />

Associação IN LOCO (Interlocutor)<br />

CPINAL-Centro Promotor <strong>de</strong> Inovação e<br />

Negócios do <strong>Algarve</strong> (Interlocutor)<br />

SERVIÇO DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO<br />

DA TOXICODEPENDENCIA - Direcção<br />

Regional do <strong>Algarve</strong> (Interlocutor)<br />

Igualda<strong>de</strong>: Novos Caminhos! Fundação Irene Rolo (Interlocutor)<br />

ENE-Empreen<strong>de</strong>r na Escola<br />

Animação local para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e criação <strong>de</strong> emprego<br />

na Ria Formosa<br />

Animação local para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e criação <strong>de</strong> emprego<br />

na Ria Formosa<br />

INSISTE - INiciativas Sustentáveis e<br />

InovadoraS - Território e Emprego<br />

CPINAL-Centro Promotor <strong>de</strong> Inovação e<br />

Negócios do <strong>Algarve</strong> (Interlocutor)<br />

FUNDAÇÃO DA JUVENTUDE<br />

(Interlocutor)<br />

Município <strong>de</strong> Olhão (Interlocutor)<br />

EPA - Escola Profissional <strong>de</strong> Alte, CIPRL<br />

(Interlocutor)<br />

S. Brás Solidário Associação IN LOCO (Interlocutor)<br />

Projecto RITA - Reinventar a Indústria<br />

Tradicional Alimentar do <strong>Algarve</strong><br />

Melhor Restauração<br />

Qualigénese - Investigação e Formação,<br />

L.da (Interlocutor)<br />

Qualigénese - Investigação e Formação,<br />

L.da (Interlocutor)<br />

01.01.01 - Percursos integrados <strong>de</strong><br />

orientação-formação-inserção<br />

01.01.01 - Percursos integrados <strong>de</strong><br />

orientação-formação-inserção<br />

01.01.01 - Percursos integrados <strong>de</strong><br />

orientação-formação-inserção<br />

01.01.01 - Percursos integrados <strong>de</strong><br />

orientação-formação-inserção<br />

01.01.01 - Percursos integrados <strong>de</strong><br />

orientação-formação-inserção<br />

02.01.01 - Criação <strong>de</strong> empresas e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento local<br />

02.01.01 - Criação <strong>de</strong> empresas e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento local<br />

02.01.01 - Criação <strong>de</strong> empresas e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento local<br />

02.01.01 - Criação <strong>de</strong> empresas e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento local<br />

03.01.01 - Formação ao longo da vida: a<br />

formação em contexto <strong>de</strong> trabalho<br />

03.02.02 - Mo<strong>de</strong>rnização e inovação<br />

organizacional<br />

103


104<br />

ANEXO 4. Análise SWOT da INCUBADORA NO PÓLO<br />

Pontos Fortes<br />

Localização no Complexo Industrial do Pólo Tecnológico;<br />

Centralida<strong>de</strong> face ao eixo Loulé-Faro-Olhão;<br />

Envolvimento activo da Universida<strong>de</strong> do <strong>Algarve</strong> como principal promotor.<br />

Pontos Fracos<br />

Espírito Empreen<strong>de</strong>dor Tecnológico da região po<strong>de</strong> não ser suficiente para dinamizar a Incubadora;<br />

Escala do Capital <strong>de</strong> Risco e do Capital Semente po<strong>de</strong> ser insuficiente;<br />

Imposição <strong>de</strong> empresas incubadas serem todas <strong>de</strong> Base Tecnológica;<br />

Imposição <strong>de</strong> empresas incubadas serem empresas novas.<br />

Oportunida<strong>de</strong>s<br />

Centralida<strong>de</strong> política do tema;<br />

Volume dos fundos estruturais elevados (com tendência a cair);<br />

Eventos no Centro <strong>de</strong> congressos do parque po<strong>de</strong>rão atrair atenção para empresas incubadas;<br />

Construção <strong>de</strong> Hospital Central po<strong>de</strong> potenciar empresas incubadas;<br />

Interesse institucional pelas questões do Empreen<strong>de</strong>dorismo <strong>de</strong> Base Tecnológica.<br />

Ameaças<br />

Conjuntura Económica <strong>de</strong>sfavorável ao Investimento;<br />

Esforço disperso em incubadoras <strong>de</strong> cariz local (CM Olhão, CM Tavira, CM Alcoutim, …);<br />

Ausência <strong>de</strong> dinamismo das empresas incubadas po<strong>de</strong> impedir criação <strong>de</strong> um ambiente “industrial” favorável;<br />

Tecido Empresarial regional po<strong>de</strong> não se i<strong>de</strong>ntificar com o Pólo Tecnológico;<br />

Comunida<strong>de</strong> científica avessa ao Risco (ficando-se pela Invenção e não concretizando a Inovação).


ANEXO 5: Ranking e Scores das Regiões Ibéricas na UE15<br />

Navarra<br />

A.1.1. A.1.2. A.1.3. A.1.4. A.1.5.<br />

EPO applications M/Hi-Tech Patents Total patents Private R&D Public R&D<br />

Com. Madrid<br />

Pais Vasco<br />

118 49.60 Com. Madrid<br />

126 39.80 Cataluña<br />

130 35.40 Comunidad<br />

Valenciana<br />

Aragon 131 30.80 Navarra<br />

Cataluña<br />

Comunidad<br />

Valenciana<br />

Illes Balears<br />

Région <strong>de</strong><br />

Múrcia<br />

La Rioja<br />

Castilla y Leon<br />

Princ. das<br />

Asturias<br />

Canarias<br />

Cantabria<br />

Andalucia<br />

Lisboa e V. Tejo<br />

Castilla-la<br />

Mancha<br />

Galicia<br />

Centro<br />

Norte<br />

<strong>Algarve</strong><br />

Ma<strong>de</strong>ira<br />

Extremadura<br />

Alentejo<br />

Açores<br />

Ceuta y Melilla<br />

134 27.00 Région <strong>de</strong> Múrcia<br />

134 27.00 Andalucia<br />

135 15.60 Aragon<br />

138 11.70 Lisboa e V. Tejo<br />

141 10.50 Pais Vasco<br />

142 9.90 La Rioja<br />

144 9.30 Ma<strong>de</strong>ira<br />

147 8.90 Princ. das<br />

Asturias<br />

150 7.50 Canarias<br />

153 6.60 Illes Balears<br />

154 6.30 Norte<br />

155 6.00 <strong>Algarve</strong><br />

157 5.00 Castilla y Leon<br />

158 4.80 Extremadura<br />

159 4.30 Galicia<br />

160 3.10 Alentejo<br />

163 2.70 Açores<br />

163 2.70 Cantabria<br />

165 1.20 Centro<br />

173 .00 Castilla-la<br />

Mancha<br />

173 .00 Ceuta y Melilla<br />

89 9.10 Cataluña<br />

96 8.20 Navarra<br />

119 4.30 Com. Madrid<br />

128 3.00 Pais Vasco<br />

130 2.80 Aragon<br />

138 1.80 Comunidad<br />

Valenciana<br />

142 1.50 Illes Balears<br />

143 1.40 Région <strong>de</strong><br />

Múrcia<br />

146 1.10 Canarias<br />

146 1.10 Castilla y Leon<br />

149 1.00 Ma<strong>de</strong>ira<br />

149 1.00 Princ. das<br />

Asturias<br />

152 .90 La Rioja<br />

157 .70 Andalucia<br />

160 .60 Lisboa e V.<br />

Tejo<br />

160 .60 Centro<br />

113 61.60 Pais Vasco<br />

124 43.10 Com. Madrid<br />

127 36.10 Cataluña<br />

128 35.00 Navarra<br />

129 33.40 Lisboa e V. Tejo<br />

133 25.50 Castilla y Leon<br />

135 13.80 Aragon<br />

139 12.30 Région <strong>de</strong><br />

Múrcia<br />

141 10.80 La Rioja<br />

143 10.20 Princ. das<br />

Asturias<br />

145 8.20 Cantabria<br />

147 7.80 Centro<br />

151 7.50 Galicia<br />

155 7.10 Comunidad<br />

Valenciana<br />

156 6.50 Andalucia<br />

157 6.30 Norte<br />

160 .60 Norte 158 5.90 Castilla-la<br />

Mancha<br />

162 .50 Cantabria<br />

164 .40 Galicia<br />

166 .30 Castilla-la<br />

Mancha<br />

167 .25 Extremadura<br />

169 .20 <strong>Algarve</strong><br />

173 .10 Açores<br />

173 .10 Alentejo<br />

. . Ceuta y Melilla<br />

162 4.20 Canarias<br />

164 4.10 Alentejo<br />

164 4.10 Ma<strong>de</strong>ira<br />

165 3.50 Extremadura<br />

169 2.60 Illes Balears<br />

170 2.00 <strong>Algarve</strong><br />

174 .60 Açores<br />

. . Ceuta y Melilla<br />

52 1.04 Com. Madrid<br />

56 .97 Lisboa e V. Tejo<br />

46 .79<br />

54 .72<br />

77 .73 Centro 67 .62<br />

80 .71 Açores<br />

112 .42 Extremadura<br />

112 .42 Comunidad<br />

Valenciana<br />

117 .37 Galicia<br />

129 .31 Alentejo<br />

133 .29 Andalucia<br />

134 .28 Norte<br />

138 .21 Canarias<br />

139 .20 Princ. das Asturias<br />

141 .19 Castilla y Leon<br />

141 .19 Cataluña<br />

143 .17 Région <strong>de</strong> Múrcia<br />

146 .16 Cantabria<br />

151 .12 Aragon<br />

151 .12 <strong>Algarve</strong><br />

159 .06 Pais Vasco<br />

162 .05 Navarra<br />

162 .05 Ma<strong>de</strong>ira<br />

166 .03 Illes Balears<br />

168 .02 Castilla-la Mancha<br />

174 .00 La Rioja<br />

. . Ceuta y Melilla<br />

79 .56<br />

82 .53<br />

87 .51<br />

89 .50<br />

99 .44<br />

99 .44<br />

103 .43<br />

106 .41<br />

107 .39<br />

111 .38<br />

119 .36<br />

120 .35<br />

123 .34<br />

126 .32<br />

130 .31<br />

130 .31<br />

133 .30<br />

140 .27<br />

149 .22<br />

152 .20<br />

155 .19<br />

. .<br />

105


ANEXO 6: Correlações com Variáveis <strong>de</strong> Patentes<br />

VARIÁVEIS<br />

1 Número <strong>de</strong> habitantes (2001)<br />

2 Densida<strong>de</strong> Populacional<br />

3 Crescimento do PIB<br />

4 PIB per capita (2001 UE15=100)<br />

5 PIBpc médio (1999-2000-2001 UE15)<br />

6 PIBpc (2001 EU25=100)<br />

7 Emprego na Agricultura<br />

8 Emprego na Indústria<br />

9 Emprego nos Serviços<br />

10 Pedidos <strong>de</strong> patentes EPO por mil<br />

11 Taxa <strong>de</strong> Emprego<br />

12 Taxa <strong>de</strong> Desemprego (2002)<br />

13 Taxa <strong>de</strong> Desemprego <strong>de</strong> Longa Duração<br />

14 Taxa <strong>de</strong> Desemprego das Mulheres<br />

15 Taxa <strong>de</strong> Desemprego dos Jovens<br />

Pedidos <strong>de</strong><br />

patentes EPO por<br />

mil<br />

% Patentes <strong>de</strong><br />

Alta<br />

<strong>Tecnologia</strong><br />

Número total<br />

<strong>de</strong> Patentes<br />

Pearson 0,145 0,058 0,112<br />

Spearman ,260(**) ,274(**) ,234(**)<br />

Pearson 0,054 0,046 0,079<br />

Spearman ,340(**) ,338(**) ,349(**)<br />

Pearson -0,117 0,084 -0,103<br />

Spearman -,302(**) -,157(*) -,270(**)<br />

Pearson ,507(**) ,322(**) ,488(**)<br />

Spearman ,674(**) ,575(**) ,659(**)<br />

Pearson ,527(**) ,330(**) ,508(**)<br />

Spearman ,697(**) ,593(**) ,685(**)<br />

Pearson ,506(**) ,322(**) ,484(**)<br />

Spearman ,671(**) ,573(**) ,653(**)<br />

Pearson -,413(**) -,228(**) -,396(**)<br />

Spearman -,611(**) -,602(**) -,620(**)<br />

Pearson ,219(**) -0,016 ,191(*)<br />

Spearman ,220(**) -0,013 ,178(*)<br />

Pearson ,162(*) ,195(**) ,178(*)<br />

Spearman ,236(**) ,389(**) ,269(**)<br />

Pearson 1,000 ,634(**) ,939(**)<br />

Spearman 1,000 ,861(**) ,983(**)<br />

Pearson ,518(**) ,315(**) ,500(**)<br />

Spearman ,644(**) ,568(**) ,627(**)<br />

Pearson -,311(**) -0,139 -,321(**)<br />

Spearman -,401(**) -,285(**) -,412(**)<br />

Pearson -,220(**) -,163(*) -,255(**)<br />

Spearman -,295(**) -,254(**) -,305(**)<br />

Pearson -,440(**) -,226(**) -,440(**)<br />

Spearman -,566(**) -,461(**) -,568(**)<br />

Pearson -,455(**) -,219(**) -,454(**)<br />

Spearman -,598(**) -,469(**) -,599(**)<br />

107


108<br />

VARIÁVEIS<br />

16 % População com


ANEXO 7: Análise Regressiva<br />

ANEXO 7.1. Estatística Descritiva<br />

Mean Std. Deviation N<br />

Número total <strong>de</strong> Patentes (2001) Trendchart 142.2815 157.01382 173<br />

Emprego na Agricultura (% do total 2002) Relatório da Coesão 6.2052 6.79372 173<br />

Taxa <strong>de</strong> Emprego (empregados 15-64 anos como % da pop. entre 15-64 anos) III -<br />

relatório da Coesão<br />

63.9780 7.38659 173<br />

Emprego em indústria <strong>de</strong> Média/alta tecnologia (2002) Trendchart 6.6618 4.08266 173<br />

Emprego em serviços <strong>de</strong> Média/alta tecnologia (2002) Trendchart 2.9372 1.53967 173<br />

I&D Público em % do PIB (2001) Trendchart .6013 .45352 173<br />

I&D Privado em % do PIB (2001) Trendchart .9375 .97518 173<br />

PIB per capita (2000) Trendchart 21,158.6682 7,449.86021 173<br />

Indivíduos entre 25-64 anos com Escolarida<strong>de</strong> Inferior (% do total - 2002) III<br />

Relatório da Coesão<br />

ANEXO 7.2. Os Mo<strong>de</strong>los Estimados<br />

Mo<strong>de</strong>l R<br />

R<br />

Square<br />

Adjusted R<br />

Square<br />

Std. Error of the<br />

Estimate<br />

R Square<br />

Change<br />

36.1301 19.25703 173<br />

Change Statistics<br />

F<br />

Change<br />

df1 df2<br />

Sig. F<br />

Change<br />

1 ,776(a) ,603 ,601 99.23055 ,603 259,639 1 171 ,000<br />

2 ,814(b) ,663 ,659 91.74076 ,060 30,061 1 170 ,000<br />

Durbin-<br />

Watson<br />

3 ,835(c) ,696 ,691 87.26670 ,034 18,878 1 169 ,000 1,558<br />

a Predictors: (Constant), I&D Privado em % do PIB (2001) Trendchart<br />

b Predictors: (Constant), I&D Privado em % do PIB (2001) Trendchart, PIB per capita (2000) Trendchart<br />

c Predictors: (Constant), I&D Privado em % do PIB (2001) Trendchart, PIB per capita (2000) Trendchart, Emprego em indústria <strong>de</strong> Média/alta tecnologia<br />

(2002) Trendchart<br />

d Depen<strong>de</strong>nt Variable: Número total <strong>de</strong> Patentes (2001) Trendchart<br />

ANEXO 7.3. ANOVA<br />

Mo<strong>de</strong>l Sum of Squares df Mean Square F Sig.<br />

Regression 2556588,343 1 2556588,343 259,639 ,000(a)<br />

1 Residual 1683785,918 171 9846,701<br />

Total 4240374,261 172<br />

Regression 2809591,749 2 1404795,875 166,912 ,000(b)<br />

2 Residual 1430782,512 170 8416,368<br />

Total 4240374,261 172<br />

Regression 2953358,675 3 984452,892 129,270 ,000(c)<br />

3 Residual 1287015,586 169 7615,477<br />

Total 4240374,261 172<br />

a Predictors: (Constant), I&D Privado em % do PIB (2001) Trendchart<br />

b Predictors: (Constant), I&D Privado em % do PIB (2001) Trendchart, PIB per capita (2000) Trendchart<br />

c Predictors: (Constant), I&D Privado em % do PIB (2001) Trendchart, PIB per capita (2000) Trendchart, Emprego em indústria <strong>de</strong> Média/alta tecnologia<br />

(2002) Trendchart<br />

d Depen<strong>de</strong>nt Variable: Número total <strong>de</strong> Patentes (2001) Trendchart<br />

109


110<br />

ANEXO 7.4. Variáveis Excluídas<br />

Mo<strong>de</strong>l Beta In t Sig.<br />

1<br />

2<br />

3<br />

Emprego na Agricultura (% do total 2002)<br />

Relatório da Coesão<br />

Taxa <strong>de</strong> Emprego (empregados 15-64<br />

anos como % da pop. entre 15-64 anos) III<br />

-relatório da Coesão<br />

Emprego em indústria <strong>de</strong> Média/alta<br />

tecnologia (2002) Trendchart<br />

Emprego em serviços <strong>de</strong> Média/alta<br />

tecnologia (2002) Trendchart<br />

I&D Público em % do PIB (2001)<br />

Trendchart<br />

Partial<br />

Correlation<br />

Collinearity Statistics<br />

Tolerance<br />

-,126(a) -2,451 ,015 -,185 ,860<br />

,183(a) 3,518 ,001 ,260 ,801<br />

,252(a) 4,647 ,000 ,336 ,705<br />

,121(a) 2,138 ,034 ,162 ,708<br />

-,041(a) -,826 ,410 -,063 ,922<br />

PIB per capita (2000) Trendchart ,289(a) 5,483 ,000 ,388 ,714<br />

Indivíduos entre 25-64 anos com<br />

Escolarida<strong>de</strong> Inferior (% do total - 2002)<br />

III Relatório da Coesão<br />

Emprego na Agricultura (% do total 2002)<br />

Relatório da Coesão<br />

Taxa <strong>de</strong> Emprego (empregados 15-64<br />

anos como % da pop. entre 15-64 anos) III<br />

-relatório da Coesão<br />

Emprego em indústria <strong>de</strong> Média/alta<br />

tecnologia (2002) Trendchart<br />

Emprego em serviços <strong>de</strong> Média/alta<br />

tecnologia (2002) Trendchart<br />

I&D Público em % do PIB (2001)<br />

Trendchart<br />

Indivíduos entre 25-64 anos com<br />

Escolarida<strong>de</strong> Inferior (% do total - 2002)<br />

III Relatório da Coesão<br />

Emprego na Agricultura (% do total 2002)<br />

Relatório da Coesão<br />

Taxa <strong>de</strong> Emprego (empregados 15-64<br />

anos como % da pop. entre 15-64 anos) III<br />

-relatório da Coesão<br />

Emprego em serviços <strong>de</strong> Média/alta<br />

tecnologia (2002) Trendchart<br />

I&D Público em % do PIB (2001)<br />

Trendchart<br />

Indivíduos entre 25-64 anos com<br />

Escolarida<strong>de</strong> Inferior (% do total - 2002)<br />

III Relatório da Coesão<br />

-,218(a) -4,165 ,000 -,304 ,777<br />

,013(b) ,223 ,824 ,017 ,635<br />

,095(b) 1,774 ,078 ,135 ,689<br />

,221(b) 4,345 ,000 ,317 ,696<br />

-,046(b) -,734 ,464 -,056 ,509<br />

-,022(b) -,471 ,638 -,036 ,916<br />

-,132(b) -2,467 ,015 -,186 ,668<br />

,109(c) 1,929 ,055 ,147 ,554<br />

,079(c) 1,553 ,122 ,119 ,685<br />

,019(c) ,305 ,761 ,024 ,478<br />

,009(c) ,193 ,847 ,015 ,893<br />

-,069(c) -1,272 ,205 -,098 ,604<br />

a Predictors in the Mo<strong>de</strong>l: (Constant), I&D Privado em % do PIB (2001) Trendchart<br />

b Predictors in the Mo<strong>de</strong>l: (Constant), I&D Privado em % do PIB (2001) Trendchart, PIB per capita (2000) Trendchart<br />

c Predictors in the Mo<strong>de</strong>l: (Constant), I&D Privado em % do PIB (2001) Trendchart, PIB per capita (2000) Trendchart, Emprego em<br />

indústria <strong>de</strong> Média/alta tecnologia (2002) Trendchart<br />

d Depen<strong>de</strong>nt Variable: Número total <strong>de</strong> Patentes (2001) Trendchart


111


112

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