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NBE_HORTENSIAS_ABRIL_2022

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Sexualidade<br />

Nosso Bem Estar • Nº 156 • Abril <strong>2022</strong> • 14<br />

A sexualidade humana é uma grande porta para a entrada<br />

no mundo da consciência, o território exterior ao “paraíso”<br />

da ingenuidade e infância. Ao abrirmos a porta da<br />

consciência nos deparamos com infinitas possibilidades e<br />

potencialidades do Ser Humano.<br />

dade que não prepara<br />

mais os indivíduos para<br />

apropriarem-se de si<br />

mesmos?<br />

• Por que os ritos de passagem<br />

foram suprimidos da<br />

sociedade moderna?<br />

Em meu consultório<br />

recebo jovens, e também<br />

adultos, que não reconhecem<br />

a importância da sexualidade<br />

em suas vidas, que não conhecem<br />

seus corpos.<br />

Mulheres que não se conectam<br />

com seus ciclos menstruais,<br />

entorpecidas de hormônios<br />

e desligadas de seu prazer.<br />

Homens que acreditam que<br />

precisam ser viris o tempo todo,<br />

gerando um estado de ansiedade<br />

quando não correspondem a esta imposição<br />

social, que não cuidam de sua<br />

saúde, que têm grande dificuldade de<br />

intimidade, que não conseguem<br />

olhar para<br />

seus medos.<br />

Percebo que<br />

estamos diante de<br />

muitas informações,<br />

porém, no<br />

núcleo familiar e nas<br />

escolas, falar de sexualidade<br />

é, ainda, basicamente<br />

prevenir uma gravidez indesejável<br />

e não a reflexão como um<br />

processo de transição de uma fase para<br />

outra da vida.<br />

É o despertar para a sexualidade<br />

que nos separa do desejo de permanecermos<br />

unidos aos nossos pais e que<br />

nos impulsiona para o desejo de conhecer<br />

novas possibilidades. Esta é a força<br />

da libido.<br />

A sexualidade em muito se confunde<br />

com a própria vida dos seres orgânicos.<br />

Não existe vida numa única geração;<br />

sem reprodução não há vida.<br />

DESPERTAR<br />

Neste sentido, a sexualidade é o<br />

eixo essencial da sobrevivência. Obviamente<br />

que para nos apropriarmos de<br />

nós mesmos não basta viver a sexualidade,<br />

mas dar conta de outras dimensões<br />

da vida (dinheiro, trabalho, moradia...).<br />

Sexo é libidinal, é desejo, é fogo<br />

como diz o taoísmo. Intimidade<br />

não é febril, é um despertar,<br />

é um florescer, vem com<br />

a maturidade e juntamente<br />

com a capacidade de assumir<br />

compromissos, com seus ganhos<br />

e com as renúncias. Não<br />

como aprisionamentos, mas<br />

sim como liberdade de escolha<br />

que caminha para um enriquecimento<br />

de vida.<br />

Para isto, acredito que, tal qual falamos<br />

nas constelações sistêmicas, é<br />

preciso dar o lugar que cabe a ela naturalmente.<br />

Se excluímos, ou damos<br />

importância inadequada, certamente<br />

a sexualidade ocupará um espaço que<br />

poderá gerar muitos desequilíbrios no<br />

indivíduo, nas famílias e na sociedade.<br />

*Natalina Pedrolo é Acupunturista,<br />

terapeuta Maha Lilah e especialista em<br />

Constelações Sistêmicas.<br />

BENJAVISA RUANGVARE/ADOBESTOCK/<strong>NBE</strong>

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