NBE_HORTENSIAS_ABRIL_2022
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11 • Nº 156 • Abril <strong>2022</strong> • Nosso Bem Estar<br />
tos e histórias, como forma de reconectar<br />
as novas gerações aos conhecimentos<br />
e memórias dos mais idosos. Em três<br />
décadas, a população cresceu dez vezes.<br />
Os Yawanawá recuperaram a tradição<br />
dos rituais antigos e falam a língua<br />
ancestral, mas se conectam ao mundo<br />
contemporâneo usando smartphones e<br />
computadores, por meio de antenas de<br />
wifi instaladas nas aldeias, tornando-se<br />
prova viva de que indígenas podem aliar<br />
cultura tradicional a empreendedorismo.<br />
Um dos aspectos marcantes da recuperação<br />
de suas antigas tradições é a<br />
arte plumária: os Yawá produzem alguns<br />
dos mais elegantes trabalhos com penas<br />
de toda a Amazônia, como o cocar que<br />
ilustra nossa foto de capa. Em sua maioria,<br />
os artefatos são feitos de penas brancas<br />
de águia, considerada como um animal<br />
sagrado.<br />
A foto de capa desta edição ilustra a<br />
beleza da arte plumária e do povo Yawanawá<br />
. Com cocar e rosto pintado, a menina<br />
integra a Aldeia Mutum, da Terra Indígena<br />
do Rio Gregório, Estado do Acre.<br />
Exemplificando a diversidade de povos<br />
da Amazônia, a foto do grupo indígena<br />
em meio à floresta, representa uma família<br />
Asháninka, da Terra Indígena Kampa<br />
do Rio Amônea, Estado do Acre.<br />
Saiba mais sobre os povos da floresta<br />
em www.nossobemestar.com<br />
OCEANO VERDE INFLUENCIA O CLIMA DO MUNDO INTEIRO<br />
A região amazônica se estende<br />
por nove países sul-americanos e cerca<br />
de 60% da maior floresta tropical do<br />
mundo estão localizados em solo brasileiro.<br />
Ela cobre quase um terço do<br />
continente sul-americano, um território<br />
muito maior do que toda a Europa.<br />
Possui uma das maiores concentrações<br />
de espécies botânicas do planeta<br />
e inúmeras plantas com notáveis propriedades<br />
medicinais, boa parte conhecida<br />
pelos indígenas.<br />
No coração dessa natureza extravagante<br />
corre o rio Amazonas, que, alimentado<br />
por mais de mil afluentes –<br />
17 deles com mais de 1.500 km de extensão<br />
–, despeja todo os dias 17 bilhões<br />
de toneladas de água no oceano<br />
Atlântico, equivalente a 20% do volume<br />
de água doce mundial.<br />
Outras 20 bilhões de toneladas de<br />
água sobem diariamente da selva em<br />
direção à atmosfera formando os chamados<br />
“rios voadores”, que influenciam<br />
os padrões climáticos em todo o<br />
mundo e são vulneráveis aos efeitos do<br />
desmatamento e do aquecimento global.<br />
O regime de chuvas, inclusive no<br />
Sul do país, está intrinsicamente ligado<br />
a este fenômeno.<br />
Desde o século 17, vilas e cidades<br />
surgiram ao longo do rio Amazonas e<br />
seus afluentes, mas foi a partir da metade<br />
do século 20 que o impacto de destruição<br />
ficou mais acirrado, com os fluxos<br />
migratórios originados do sul do país,<br />
que iniciaram o desmatamento para dar<br />
lugar à pecuária e ao cultivo da soja.<br />
A construção da Transamazônica<br />
e de outras estradas facilitaram o acesso<br />
a madeireiras e garimpeiros. A cada<br />
ano, dezenas de milhares de fazendas<br />
aumentam suas áreas através de roçadas<br />
e de fogo, devorando a floresta e<br />
destruindo gradativamente os territórios<br />
indígenas das vizinhanças.<br />
Sebastião Salgado denuncia ao<br />
mundo que o desmatamento da Amazônia<br />
está se acelerando, exceto nos<br />
territórios indígenas e nos parques nacionais,<br />
onde a proporção de floresta<br />
desmatada é mínima.<br />
Estima-se que cerca de 20% da floresta<br />
já esteja extinta e há a preocupação<br />
de que o desmatamento em breve<br />
chegue a um ponto sem volta. Aquele<br />
em que o bioma não será mais capaz<br />
de se regenerar e onde vastas extensões<br />
de floresta se transformarão em<br />
savanas tropicais.<br />
DIEGO DE PAULA LEMOS/DIVULGAÇÃO/<strong>NBE</strong><br />
Leveza<br />
Leveza pode ter vários significados em nossas vidas.<br />
Muitas vezes acreditamos<br />
que temos que “lutar” para conquistar<br />
o que desejamos. E que<br />
nada vem com facilidade. Entretanto,<br />
o sentimento de luta não é<br />
um sentimento alinhado com conquista.<br />
Precisamos aprender a fazer<br />
o que precisa ser feito para conquistar<br />
o que desejamos de uma<br />
forma mais leve.<br />
Seja em nosso trabalho ou em<br />
nossa vida pessoal, quando agimos<br />
com leveza, confiantes no amparo<br />
divino e no caminho que é nosso,<br />
abandonamos uma parte da carga<br />
para trás, até, finalmente, conseguirmos<br />
caminhar como todos<br />
que confiam caminham.<br />
Dessa forma, alinhamos o que<br />
desejamos ao sentimento de conquista<br />
e o Universo se encarrega<br />
de nos entregar aquilo que já entendemos<br />
como nosso.<br />
Quando você se sentir na dúvida,<br />
ampare-se também na promessa<br />
do Mestre: “Vinde a mim,<br />
todos os que estai cansados e oprimidos,<br />
e eu vos aliviarei.<br />
Tomai sobre vós o meu jugo, e<br />
aprendei de mim, que sou manso<br />
e humilde de coração; e achareis<br />
descanso para as vossas almas.<br />
Porque o meu jugo é suave,<br />
e o meu fardo e leve.” Mateus<br />
11:28-30.<br />
Que possamos confiar nessa<br />
promessa durante nossa jornada<br />
e purificar aquilo que dificulta o<br />
nosso caminho (mas sempre com<br />
muita leveza).<br />
Te amo, te amo, te amo... sou<br />
grata, sou grata, sou grata!