BOLETIM INFORMATIVO DE FRÁGUASNECROLOGIAEduarda Faustino60 anos22/dezembro/2021Amândio Vieira59 anos5/janeiro/2022Gracinda Agostinho89 anos6/janeiro/2022João Lourenço78 anos4/fevereiro/2022Maria Fonseca96 anos15/fevereiro/2022Maria Carvalho74 anos14/março/2022Fernando Henriques71 anos20/março/2022Ficarão para sempre na nossa memória8
BOLETIM INFORMATIVO DE FRÁGUASATUALIDADE: UCRÂNIADesde que a Ucrânia se tornou independente nuncaparticipou em conflitos, é um país pacífico e acolhedor.Ninguém conhece o seu país como os seus cidadãos, e ficorevoltada quando as pessoas dizem que na Ucrânia existemneonazis e acreditam nas notícias falsas que saem nastelevisões, e que são censuradas pela Rússia.A minha mãe continua a viver na Ucrânia, e todos os diastenho de falar com ela e quando não atende, fico aflita,apesar de ela estar longe da zona de conflito, apreocupação é constante.Em Portugal, temos uma grande comunidade deucranianos que têm como objetivo juntar dinheiro para umdia mais tarde regressarem à Ucrânia. Os que járegressaram, com esta situação, ficaram sem nada.Vivi toda a minha infância e adolescência numa pequenavila da Ucrânia. Quando terminei os estudos, mudei-mepara uma grande cidade, onde esperava ter melhoresoportunidades, mas nessa altura, época pós-uniãosoviética, os anos foram bastante difíceis, as indústriasestavam a fechar e o desemprego a aumentar. Notrabalho que tinha, o salário só dava para pagar asdespesas.Estou muito orgulhosa com a união da população, aquelesque estão no local a defender o nosso país e os que estãopelo mundo fora, com a vontade de fazer tudo que está oseu alcance para apoiar e ajudar quem mais precisa.O meu sonho era ter o meu cantinho e quando comeceia pensar no meu futuro, percebi que não havia grandesperspetivas e que o tempo estava a passar sem ter nadado que sonhava.Em 2000, começou a falar-se em emigração e eu decidiarriscar. O meu destino inicial era Espanha, mas aspromessas de trabalho não correram como planeado, eatravés de intermediários, em fevereiro de 2002,cheguei a Portugal.Sem dominar a língua portuguesa, não era fácil arranjartrabalho e, por isso, nos primeiros tempos, dediquei-meapenas a aprender o idioma.Passado pouco tempo, conheci o meu marido, a quemagradeço a coragem que teve, de me assumir como suamulher e me ter escolhido como mãe dos seus filhos.Também ele filho de emigrantes, foi o meu grande apoiona integração na comunidade da freguesia de Fráguas.O que está a acontecer com o meu país de origem,ninguém imaginou que fosse possível. Eu nunca vouentender o que estão a fazer à população do meu país.Tenho muito orgulho do presidente elegido pelo povo, poisapesar de ter sido enxovalhado, não desiste do seu país, doseu povo, da terra onde vive. Espero que não nos desiluda.Tenho esperança que a guerra acabe brevemente, é duroacordar com más notícias todos os dias.Obrigada ao povo português pela solidariedade, mesmocom tudo o que acontece aqui, não perderam asensibilidade e o amor ao próximo. Isso só demostra que oser humano continua na sua essência a ser bom e acreditoque vai continuar assim.Obrigada pela compaixão!Glória à Ucrânia!Natália Romanova9